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SOCIOLINGUISTICA s0c.ounvismcar ea Socioingistica ata da reso ene lingua e soviedde fcr comet, mas 20 mesmo Lpe,excesivamene simplifcadrs fsa asssiram ao incress cada vee mais cresceme pelosi mem uso no context social, mas os diverss enfogus gue se S00 rulo Socolngisie cbrem uma grande varagS0 de assis, Por sso, uma deimitagao. Eo gue pasos incakment fazer. seas deestudos lida com fatores seins em grande escal, as80- 8 linguagem, como decadénciae asimilagdo de lingus minors, nto de bilingismo em mages socalmente compexas, plans lingistico em nagdes.emergenes. Esse io de enfoqu, comuumente de- Sociologia da Linguagem, 6 a eliade, um ramo das eines 0- Ht medida em que encraos sistemas lingUsticos coms instrumentals em as instiuigdes sociais. Our ica de estos, a Ermngafia de Comani- Interesa-se em descrevere analsar as formas dos “eventos de fai", 88 egnis que drigemaselego que o flame opera em Fungo ontesuais reativamenteestives. como a rela que ele conta * occ unsaeren com inter, com asin da conver, cous cieuticas op Sit decommictan comompens tmpors nanan tage go ta emomodocomocaa prune ssn cna vee crs Ess ‘Sue free lian ane da concn tse spa eens ‘enn bod eet ada Secolingica era, materi rede ners, qu poemos cana propane de ‘Sciingtses Varaconin us odes cele tesc nog ‘exam da inguagem no cnet si ong aru sg de prblens prin darn ingsge, qt eg ene ng cae Ade enaadn coo inupenivl alo moreso mdi, Como lingagem & em sia n,m fete sl la as sells, que Gnesi coe varages dada Jo contexts Cll parsencontar epota rn on pbasye emepem a a ‘ete ao sitema lagen Tendo tearado a Sociologia Varo (Joan Solin eed curses fn ens dc ag, coo ca aha tendo eae ser ings e soi a node cone Jo {lane de un sms ing aide ul Ueinene e expres tsaamente do esto my aim om um tilde nunc © ress da mss anc ede roe ests J come. Scndo sin, o qu Scinnge a €oraciona a variates ene tesna xpress verbal ier de ures sci etedend cada dom tio ngiico eo soil, como fentmentsexruuooseeulaes Se un flan nuncio verbo"vamocomo| vise ie cael com (poem ta, con hase nox psto a Selig, or ‘ts vartgdo na als a Go eu set do um woarblutna cinco fem os ames un wo string ea pride feos sea lingston gue posse angio. esa sega ‘ne stead qu sare 3 denen. ‘Uma observa pouco aurada ds wos que se fazem de wa lingua em situagdes comuns de interagdo poderia Ivar & dedusio equivocada de que a inguagem em uso & uma especie de aos, una tera de ning seta 0 uso asbitrrio de seus recursos. Uns falam, por exemplo, "Voe® los ios?” {enquanto outros manifestam exatamente © mest conteddo empregando vn nh em ne i 98 os sso como “Voe8 ew 0s lia”. Com é possvelabarcar esses ino atematvosigalment disponiveisselei0do flat, numa ingusic corent sistematca? "um ponto de vista lingitico, que & 0 que sempre interes, mesmo tends a anise atoressociais,comparemos aaragio ene ausc Wd segments sonors, como ofonema I, ra pronunciado g, ort 5 caracterizado como fiatva alveolar. Para simplifica, simbalt i presen Jesse clementa sonora como sua auséncia coma [2 ariag0 ene ec [2] pode aparecer mareando o plural em “os livros! ff outostaniossubstantves comuns da lingua portugues, como meni” pode aparece tumbn.em nome prépties, ao ark! fem qu ele nlo marca plural, embora poss ser também eliminad, O scpmentosonor final cava alvela [s, pode aparece, por outro fmouias lavas, como "anand", “aro etcsemaue sa jamais clin “Afinal de contas, cviralgo como“"o ana, "o art" alg simpesmente vena lingua poruguesa,embora 1300 ea oi algo como os meno” [Nem é preciso ser especial para vrificar que as condigies da variago, no caso fonalgica ou sonora. nio esto sujeitas 40 caso, nem a0 ire do falame. Muito polo consi, acham-seTortemente mareads por es emanadas do priprio sistema lingistio que o alante € constangi- seguir sem escola, Vejumos por gus. Selecionar uma palvra com a auséncia ou a presenga de ma ficativa depende de estar esse segmeto numa slbadtona final, como em "I= *meninos” ¢ "Carlos". io simples fato de inci sobre uma slat como em “ananss,mpede a varia entre |), embora esse contexto congo para outros processos, como a insejo ou ndo da semivogal ants feativa alveolar, o que fornoceia casos como “unanas”,amoiz” _Essesexemplos poderam ser qustionados com oargumento de qu. nas "que a variago ert sujet, como a porgdo de flba ona il a altemincs [5] e (2, ocaos se instalana lingua jé que €0espago piv para ofalnte agora exereerlvrementeo arbi. Contra-argumente- também contraessa objegdoe a pri lingua aqui novamenteodepésito se buscam os melhores dados. Observese, por exemplo, a diferega entre "meninas” "Carlos", numa 8 como “Carlos enganou as mennas na toca de fgurnhas”. Observan- forma de “Carlos” em compara coma des meninas". deduz-se que muito mais natural que os falaneseliminassem mai a frcaiva alveolar do nome préprio que a do nome comm de "as meninas”, Deum poo de vista morfolgicoo [final de “Carlos” no exeee Fungo alguma, i que nio passa de um segmentofonoléico qu, juntamente com os demas, constitu x forma da playa em questo. Jando se pode dizer o mesmo do[s] do substan ‘yo "meninas” de “as mennas”: ata-se do mesmo segment fonogieo que, oineidentemente asl constitu sorino a marca gramaieal de plural confor te a segmentagio meninas sses dads mostram que a varagio entre [s]¢ [2] apresenta diferentes status nos dois casos: 0 segment fonologico manifesta um valor semsin co, como a plralidade que se des veicular a interlocutor, é mais pico que Se mantena itegralmente sua forma de expresio;tata-se de um processo ‘que incide sobre o sistema gramatical da lingua. E, por consegint, mis natu- Talque a incidénci de variagonaficativas}em nas stonos de palavrassja ‘ssicamente maior as plavssem que process de vaio €6 fonoligio fd que naquelas em que afta o sistema ramatical ‘No enlanto, as mrivagdes do sistema lingistico impedem mais uma vez ‘que esa corrclagio se estaelaga de modo absoluto no uso real Ocore que ‘atgora de ximeroéredandaniemente marcada no sintagma nominal em por- {uguts, mediante uma regrasititica de concordincia: assim, em termos informacionas, tanto fz dizer, por um lado, "Carlos" ou "Carlo quanto, por ‘outro, dizer "os menins eseroe” ou "os menino espero"; este sntagma no tinal eomplexo,o valor de pluralidade ext assepurao no primero constiuine «de modo que oF dems podem peescindir dessa mareagio. Jas etatisticas mostram qu a posig 0 iia de sintagrmas nom Plaralé de Tonge preferida para o emprego da varane[s endo at Ss peferidaspara'o uso de [2]. Observe Tabla I. aos da Tabla 1.1 mostram que o sistema linghistico do poraguts se eorgaizou,clcgendo a primeira posi do sintagma nominal par, roavango do presso fonogico de erosio das consoantes em posiio ston finale preservarafungio morfalgica de indcago de plualidade sonoro A freguénca com que ce alates elimina afcaiva, jerercendo marca de plural em sintgmas nominas, com "os meninos ‘bedece a reras impostas novamente pelo sistema lingstico em jo esforgo do flan pela manutengo das fungoes semintcas vical. categoria gramaticis. ms comparaso com 0 espanhol serum tnt il par se entender oal- Principio funcional "O menino”setradu, em espantol, por" ni" fo, ais, um tanto saturadaulimaente em vir da stuagso do Jo efeito de corentestxmicas no Pacifico). Em espanhol © artigo no tosis” ad “os menines™ Comparsdo com sngul ia de [s}, mesmo no antigo “ls”, mantém a integridade dt ode mimeo no sintagma nominal puralieado emo nie”. Nios cama oposgi [sx [2] em fungo da ros dsconsoantes inal alate ana mo de cura ops funcional como mesmo ses: no feminin,ofendmeno jus 0 paruguts, come se peseobservar peso“ nfl” x "Tas nia” Seo fale ciminar segment [sl do 0 plural climinars concomitantemente a marcagio denims. Sonn statistics soba eliminagiodo[s] no espanol port-iquenho resenado/ marcior de pele acrdo om pase da plan ara fequéncias mais alas em todos os constuintes dos sintagmas ‘snap oa smasculinos freqbéncias Mais hnas no sinagmasnominas fern a se observa mas TabelasL2€ 13. = [rome | [robe a Tame 12 Poagioweo | oa 2 oa m Speco eeeteeers Pogo en Ey ss s Maesine = “ea Pog ais eo) 36 zou 3 216 1 3 Poses aa) > 26 m6 = By 7 Poop wave |S se m cy 20 1 “ Poe: St (1981) apa Tal (990 12. wae ry Tere “TAME. 13 ‘reas de apgamanin deem sats fica estivel. Em todos 0s contexos os alates usa diferencia iefaianc de prestzio social que && presenga de velar, com base na sts de @ a @ “oa a 386 om ce 7528 am eae Pate: Ps, MY Aa 1989p Tarlo 190-126, ‘Exes resulados comprovam, asim, quo os sistemas ingusticos do espe note do portugués submetios a um process de variagiofonoligica que pale Wir a comprometer a veleuagio de valores semintieos, como a marcagio de ‘luraligade,permitem a maior freqhénca de uso jstamente nos casos em que a ‘posi etre singular plural é mas neutrae menos relevanefuncionalmen Ae Cef Taal, 1950) ist 6 nas posiges mais dire do sintaga nominal pao portugeds, ena forms masculinas para o espanhol Pods volta, agora, comparagio das feqléncas de emprego da varia «lo ent e [2] em nomespedpies, como "Carlos" em que ocancelamento fh fricativa no significa a eliminag3o de uma marca de plural, e em nomes ‘emu, como “meninos”, em que o cancelamento pode implicar peda de in rma, Ao comparar ests ds formas, no faremos mas com ainocénci “nterioe. mas convitos das presses gramaticals teremos a ertezade que com rages fidedignas s6 se podem estaelecer em posigdes 0 marcadas do “ntaga nominal o que obvamente exci a primer E, sobretdo,trem0s “prendido uma lio imporant: a de que avariaso no €o resultado do us0 imhitroe regular dos falantes, Ao contro: se, por um lado, enconra sa tmotivagio em ercunstncasHinglsticasdeterminadas, , por our, 0 esta do sistemiticoe regular deresrigGes impos pelo pp sem lingisico ‘Vjamos, agora, um exempo mas, para observes arelago etre vata «0 e estutura social Paraiso, viajes aléo inglés e examinemos 3 forma {que os flantes americanos empeesam para exprimir © morfema de gerindio (ing) em verbos como “writing, “singing” et. altemando entre presenga € suséncia da velar final po mesmo tipo de fonema que o portugués manifests no info de "gla, por exempla.Teatase af de wm eas tpico de variag30 ago entre freqléncia maior ou menor do Fonema af Fechando 0 as poses Guo falantes oupam ma escala socioecoanca: maior lsseecontmica mis elevada.Além dess indicagS0 sca. ads 1 uso de cada variane conforme o grau de formalidade da siuagao eal mostra que, aposar das diferengas soca, todos 0s gr "um eomportament wntca o dices mais altos de uso da ie prestsio acham-secorclacionados a graus mais elevados de femal FBsesresuladorapontam para conclusio de que ndo sio resides de intinsecamentelingstica, com 0 qu ocoere com a maxeagio de fo portugués, que favorecem a supressfo ou a manutengio do fonema do grupo ston final (ing), mas restgdes de naturczaextralinguistca ‘Seas lingua natras humanas consistem em sistemas orpanzados defor fronted seria esranho qu a variago no Fosse uma de sus propreds arcanesesgnifiatvas. Na ealidade, a diversidade € uma propre fancional einerene 30s sistem ingUiticos eo papel da Socilingustica sc enfocéla como objeto de esto, em suas determinagbes lng nlo-lingisticas. A esse respit sempre sil ovirmes Labov: frintcia de raring ¢ de esr ctergénen as cuanidaes do fla Inve pv acu groom ea ues pode dvdr. a eogeeade mo poms coma, € tab 0 Felt natal de fates linge Discs. Algamos qo anc de rept c dei musta de comuniago queria Alinguagem é, sem dvida alguna, a expressio mais caractrstica de um 0 soci, sendo, por isso, imposivel separa de suas fangs omss. até por isso que, vale repetr prprio uso do term 300 um tanto redundante,Conseqientemente somente & pos i “he se of rin nd gasses ee os fame commen set scans ge air: We a Si Geng nie nots emt sina ose * mcr unc ve consider-a uma subirea da Lingdstica ou um de seus dominios conexos deumaperspectiva quem inclua como relevant amature Sci interacinl dalinguagem. A Sociolingbistica rata ds estratura ed evolugdodalingusgem, encaixando-a no context social da comunidade.Seustpicosrecobeem ea conencionalmentechamada de "Linguistica Geral", na medida em que lida com questesdecorrentes do exame dos ves fonolgico, mrfolgico, sin ‘coe semdntico para esclarecer cotiguragio dasregra lingstics, acon binago em sistemas, a coexisénca de sistemas alternative, principalimete, a evelugiodiacrnica de tis regra sistemas (Labov, 1972). Vale lembar a Tote corelagio entre variagio © mudanga, Toda mudanga éo resukado dea _gu proceso de varia, em que anda coexistem a substiuta ea substitu, tembera 0 inversonloseja verdad, isto é, nem odo proesso de varagio resulta necessariamente numa mudanga diaténica, caso em que a variaglo € ‘xtve e fnciona como indcador de diferengas socials 2. AVARIAGAOESURS AUSAS SOAS ‘Masa propésito, 0 que sio variants evargveslinguftcas? Observe altersincia entre ab diversas pronncis do fonema ft! em final de slabs ‘como |]. forma retrflexa, amplamente usada no itrior do So Paul, Pejoraivamentechamada apr (x, uma fieativavela, (hua ecaiva ‘lta, ambasfaladasnoiteal brasileiro em geralemboraestereatipadas como pertencentes unicamente ao disletocatoca ,finalmene, [uma vibrate alveolar, usada na regito metropolitana de Sio Paulo. Uma propriedadeco- ‘mum identifica todos os casos mencionados de variag do: epresetam das Ov mas formas alteratvas de dizer a mesma coisa no mesmo content. JS 0 term varidvel representa oesfrgo do sociolingtsta por generalizag®es abs- trata, Trat-se de uma elasse de variants que consiuem, ests sim, duas ou mas formas coneretas de uso. As variantes, ordenadas a0 longo de uma di- ‘mensio continua so determinadas por uma ou mais vardveis independents. de naturezalingistica ou extraingustica. Observe que a mareago de plural no sintagina nominal é uma vail, epresntada por Labov (1972) por col chetes angulares: <5>. A prsenga de marcagio, representa por [s}, como eat eters pe ol me mom ue ps mi vn ” fe} eaaustncia de marca, representada por (2). comoem os mente porque duss variants nfo exercem fungao informative no ide comunicag, ou se), ndoalteram o valor semintico da senenga m, que a Lingsticaestruturalista no levou seriamente em consi Manse do processo de varagso. Concebeu a inguagem como um ip decomunicag, ientificando- com uma espcie de cio, simi de sini eletnics, coisa que absoutamentealinguagem hu- 6 O interesee pa fun cognitiva, informativa ou referencia da f teve como consequénca tevico-metodogica a exlusio de qual- de de anise que no contvesse o minim de informagso requerida funcional. A abordagem gertvsta, quando surgiu no final dos 1950, também no incliv-o enfogue da variagdo, dando preferécia por um modclodescrtivotaseado numa comnidadelinguistien isto 6, como se todos os falantes manivessem um comportamento. Funiforme A alterdncia ene das formas com o mesmo significado, acabou confnada pra um estratralista, 3 vala comum da ¥3- livre, quando nio sujeita a restrgdes estuturais,e na da variaglo ria (ou contextual ov anda posiciona), quando sujet a esse ipo de para um grativista, das variants foram, de ini, inf ne postuladas como regrafaculativa ou opcionl A despeito de diferenas de enfoque, todo lingistaindisriminadamente ;com oprincpio de que nenhuna lingua natural humana & um sistema mesmo homogéneaeinvarivel, Em todos os niveis de alse, depaa-se fendmeno di variagto. Observes, incialmentc, 0 nivel onolgico: entre qualquer prondnciade[¢ Je sua ausécia,em foemasiniivas como “als, "come", é um exemplo de variago sonora, Ji no nivel 0.6 possvel observa alterninca de sufixos derivacionss, como ge “alamita” que identifica uma diferenga ene o falar paulstaco No nivel sinitico, observe os vitos ips de constragiofltiva, nos tesexemplos: "A mocade quem voe8 falouesudanocolégio" "A mova falou estuda no colégio" x “A moga que voe®falou dela esta no ™ Observe agora, que alterincia lec ene “erimum abbr © Paipin manda" frnece identiicagio da oxigem regional do 1 ponto de vst da relagio com fatores de naturezaextalingistica 6, 1988), toa lingua comport variants: (i) em fang da identdade * mc Ancien soa do emissor: i) em fang da iemtdade socal do receptor (im fan ‘Gio das condigbe sociis de prodog discursiva. Em ungao do rimeio for, Pertencem as variates que Se podem denominar dialetais em sentido amplo: Surlantes geogrdficase socioculrats. Em fungio do segundo edo trecro fatores, penencem as variants de regisiro ou esilisticas. Referens a0 gray de formalidade da stuago e ao ajustareato do emissor identi social do receptor, 2} Como é verdadeir que o dominio de uma lingua derivado grav de conato ‘do fant com outros membros di comanidade, também € verdadero que qua tomaior inercimbio enteos flantes de ums lng, tanto maior a semetha- ‘genie ses tos verbs. Dssatendéncia para a maior semana ene os os verbs dos membros de uma mesma comunidade resulta a variagdo geo _rfca, Our rarao reside no fato de que os individuos natives de determinado Stor geogrifico orienta separa um cet cultural politica eeconomicamen tepolrizadoe. Constitu-se, assim, uma comuniade liga geograficamente restita, insrida no interior de uma mais extens e abrangent, Medians aa ‘ho googrifica ea comtgtidade fisiea& que se desenvolve um comportamento Euluralespeciico que identi os membros de ma comunidadee os distin fue dos membros de outs, fic percober vari mosivada pr diferengas na origem geogrifics ‘Basta pereortero pas para peecher, por exemplo, que tod a epi nordestns se idefiea com base na aherturasistemstca da vogal pretOnica de “dezem- ‘yo e“colins,sistematicamentefechadana regi sudeste. Em certs rites do sl do pas, pronunciam-se como médias as vogais em posigo sna inl, ‘como no sinagma nominal “lete quent", que, em ous regis, aparecem ‘como alas, eit unt. Nest imo caso, obverva-se anda que a pron ‘da vogal anterior fi repo sudesteacareta por assmiagiorepressiva a pulatalizagio da consoanteoclsiva, que passa a Soar come uma africa; algo Pedximo a “lite quetchi™ Como ogra de semethanga cnr as formas de expresso dos membros de ‘uma comunidad ingistica é proporcional 20 grau de itrcimbio social que ‘mantém entre sha variagdo sociocultural deriva da tendneia para a maior se rmethanga entre os ats verbs dos indivduos panieipantes de um mesmo soe Socicccondmioo e cultural. As diferengas lingafsticas sdo motvadas por df= rengas de ordem socioecondmica, come nivel derenda familar, grau de escos- rida, de ordem scicbolGsica, comp idae e sex, de ocupaio pofissiona. nie outros, ejam eses foes isolados ou combinados ents observa alguns tragos que earacterizam o desempenho verbal a baitos estat seioculturas na pronincia mais laada da edogo e desasalizagio do dtongoleyN em posi- toa inal.comose obseraempalaascomo"homen” ronan pm "ever pronunciada “dev, casocm que oprocessofonoligico ftancamentearegra de concordincia verbal em sentengas como “les para cera Outo tago é mencionadocancelamento do fonema fem posiglo de slab dtona final, obsevvel em palavas como m pronuncada "vamo", ¢ em sitagmas nomiaispluralizados, como ‘menina”, que, nesse caso, afeta também aregra ‘ome presenga de marca de plural no snag nominal, éconbocida de pretigi seal entre os membyos dacomunidade, sendo por arian padrdo ov de presi. 1 sua altermativa, a auséacia de ral, & conhecida como variante no padrao ov estlgmatizada. E 1 distrbuigio de valores scias se tra insttcionalizaa pla ele uma varied de prestiio condo de lingua podrIo que, como ta, se veiclads no sistema escolar nos mcis de comuniago, na ingu cial do Estado ete O mecaniamo simples: como os detentores a varie ‘Preligiocontrolam o poder politica das instiuigbes, que emana das feconfmicase sociais, so tamnbin detntres da wstordade de vineulst 2 ariedade que empregim come ide, sexo eocupaso motivam a dstingo ent a Hingua- as linguagens especian, Crresponde & primeira 0 iventiio Je sitio referent os conceitos commun todos os membros de ums linguistic relativamente homogénea. 1436 linguagens especas }€om a comim por conssiem em varedadesdltas pis das subcomunidaeslingttca,cujos membros compartiham uma for de aividade, profissional sobretudo, mas também ientfica lic, cients, as pras do subcatgorascompeendidas no Ambit das emis ou especisis diverts modalidades de gis distinguemse de outostpos de in- enias em fungi dus motivagbes soca que aconam seu surgime 0, mais importante & a necssidade de sito, principales no caso jolvimento de varedades lingsticaspépias de srupes fechas. como ” soci ances ‘de margins, Hi, todavia, ouras motvagSes ue scionam o sugimento da siti. Alm da necesidade de riagio de neolgismos por foga de neces des expresivas, hi un demanda especial, em certs grupos, por ore coco Sscial cujaconseqhéncia a exluso, va linguagem, dos que no fazem parte do grupo. Esse tipo de mativagio para a cragio de gira carcteriza espa: ‘mente a linguagem do adolescent, A diversidae lingaistia no se estringe a determines motivadas poe ‘origem sociocultural geogrifiea. Um mesma individuo pode altemar ents diferentes formas ingusticas de condo com «via das ieunstincias que ‘ceteam a interasdo verbal, incluindo-s ocontexto social, propriamente dito, ssuntotatado, a identdade socal do itrloesto ete. Un professor univers iro, por exemplo, pode prs 3s voltas com pelo menos us diferentes sta Ges lingisticas: no restaurant unversiiio, eonversando banaldades com Seu alunos; na sala de aula, xercendo sua profs; eno auitrio dando a palestra dbvio que esas diferentes circunsinciasexigem progressivamente maior freqéncia de escola de variantes par, Assim, na stuagio de cone rencist, no seariaadequado o emprogo de “ee, por “woo”, por exempo, de "i", por “est”, perfetamenteplausivels na conversa informal do estaurante universitro 2 A variagto estilrica oud registro 60 resultado da ade da expres: ‘io 3 fialdadesespeciicas do presto de intrago verbal Com bese no gra de reflex do falante sobre as formas que selciona para compor se enn do. O grau de reflexdo € proporcional ao gra de formalde da situagio ieracional: quanto menos cologuisis sic unstncias tanto maior a preoeups- ‘fo forma Se a competncia do flute incl dua formas de expresso, como "Por favor, podera me pasar o agicat, em eantraste com "O meu chaps, va fear alugando o agucaciro até quando? Di pa passa nd” 0 Jbvio € que © primeiroenunciado sea selecionado, por exemnplo, um jatar com pessoas strana © pouco familiares, enquantoo segundo sj selecionao, pot exem lo numa mesa de bar que e compari com pessoas do circu imo £ possvel considerar dois limites extemos na transi ene os difere tes esos possiveis: o esto informal, em que € minime o grat de reflexio Sobre as formas empregadas e 0 estilo formal, em que é maximo 0 grau de refleo qu se projeta sobre as forms lingUistcas. A diferngacxsencil ene 0s dois gras exremos reside no diferentes grave de adeso a0 wo de formas Padrio ou varanes de prestsio: no esl informal a adesio is formas pres Tigladas ou elas € menor do que no etl formal, 2 Re specto a destacar é forte vinculagSo entre a varia social ea (Oindividwo necesita ter, intrivizadas em sua competencia ings alerativaspadrio nio-padrio sobre as quis cle ode operar onforme variam a circnstinia de intragio, Em gral, indiviuos escolarizagio e que excrcem aividades padutivas que lads manus, ndo desenvolvem a capacidade de ope : is. Nest cao, como Ihe slo vedass as possblidades de adapta is circunstincas de nteragio, a lingua que usam acaba repesentando areira a todo tipo de ascenso socal que dependerde capaci ko Yenonan a vaRAGKO UNGUISTICA fe por acreditarem que avariagio conse numa espécie de caos vjos principio merecem sr esrutinaos, 6 qu os sacolingistas a atengo para seu exame. A vaidel como objet de esto represen Jnovagdo na tcoriadalingusgem com osurgimento da Sociolinguistics. fdas as unkadesingusticas— fons, foncmss, orem snags —eram unidades de ntureza invariant, dserotae qulitatva, A de ands rida pela Socolinguistica em natures, por defiigio, va gonna ¢quanitativa (ef. Labov, 1966), Tem naturza varivel porque das ou mas diferentes manceas de expresso, conformeadiversidade de so; tem atureza continua porgue cera altematvas, como ia retroflexa de, assumem valoes Soca negativos com base na da forma pudrio, a vtrane alveolar, ronunciads ma regido mettpo- So Paulo; em naturezaquantittiva porque arelevincia metodolica vel &determinada pela frequéncia de ead uma em elago aos diferentes ators que as condicionum, stud de ua unidade com a cracteristicas da varivelingistica 56 no interior de um areabougo testco que abandoneo postulado ainda se esegoriidade, 0 que de pronto se deu com a Sociolngistica elano, sera interessante verifier porque se voltou a atengdo t Yariagio somente nos times rink anos, pricipament de lidar com o cos uma faque2a humana nada despezivel sia por isso, nioexatamente por gnoraraexistencia da vaiago, que Hinguistica se conduzu de modo a excut-a de seus eriterios de io € por ignorar a variagSo, porque, desde 0 século pasado, 05 rete eee een ecetecee tingostas manifest econhecimento de su existéncia. Em 1885, Schuchardt que, por tendéncia sempre prefer tabular com seu proprio conheci- (opud Chambers, 1995) js ntava que a proninca do indviduondoests ive de sda epras de funcionament da inguagem. (miagbes Algunas d&cadss mais tard, Sapir (1921) alegava que todos ree0- eee Insc qua linguagem € varivel. Mesme assim, por que rao a dversidade Soest fo fol sistematicamente analisads até inaugurapio da Socolingtstica no inicio dos anos 19602 var (as variants pertencem a diferentes sistemas linguistics co ( desenvolvimento na tora lingtiea de um sentimento de aversio 20 cena mesina comunidad de fala ea allerdncia entre clas ndo passa de eos, 8 argo, cujaconseqhncia fo gra uma concepso monolitca de in jode mistura deta ov de uma mudanca de cédigo; (i) as variants {guagem, basea-se na suposigio metodolgiea de que a estrtura lingstica € bate una aout irement varanes ives) constituind, pant, ‘ecessriamente homogened, Esse postuldo, que emergi originalmente do ecundiro, de poucarlevincia para o esta da geamtica de uma recor metodoligico sobre ofendmeno linguistico que Saussure (1916-1977) "Par straressas das posigdes, pseriamos consderaraapicaio da ‘iow aa cunhara famosa dicotomia ing fla, radica no fat de que ing, oncordincia verbal ma lingua portapuos. A primciraexpicago afi ‘intra gramatial, Cextraida da turulénca vertiginosaem quecmerge fala alan tua entre dois diferentes sistemas, ou fz ua mista die ‘om wos soca daTinguagem,Ficaexluida, in Fimine. a aprenteilezalida ‘ue alter um enunciado, em que 0 verbo concorda em nimero {de dos fendmenos soca (Sapir. 1929, pul Chambers, 1995) set, como “Ai chogaram ins ear", com um enunciad como "AI jf cass", em que 0 verbo ndo esibelececoncordinca. A segunda ex afm que 4 concoedinca est em variaio live na gramitiea do fa- st traa-se de um uso submetido 8 elegiofaultaiva, a ivee-arbirio “Atradigho lingistica em favor da cateporckdade dos fendmenos observ ‘vs inicada na sting sassteana, eve coninsiade nara na teoria ger {iva como pode ser observado com mevidiana clareza ma seginte tag: ‘Quand demos que dts pessoss fim mesma lings, estamos nsesria I ec cia ssid ue osama trent asi abtrago de oa as especies de erent as.) Poe ee ees cupaeeeaeecens ‘plc de nossa expsiio,admtremos que a igus que descreveros€ Re iogicoe gram nore“ enendendo por anime que la & indferencida dae © um para outro, Essa noo fil desustenarse em vite “Mllsteamente que osc, wma ie dos fats — © Qe inca que dela se infee: ade que os falants seram capuzes de ‘olosos flats nativo es de cod se um enncado€aetve on mi sisteniemente um sistema fonolgieo até que alguma mudanga mas as de uso acionaseo segundo sistema disponvel. Elements mis- Desuz-se, assim, que € possivel desenvolver cabalmete uma teri in Jos dis sistemas no deveriam em principio ocoer, enquanto as con shine adequada com bse num compotamento verbal nforme ¢ homo do evemo de fal pormaneceserinakerads, eo sem espag pra varias. pogo de variants ive, que se assent aia de que formas aera ‘Como sues da anslise abst dos fendmenos ingsicos, opera. de meas aayes submatias x earirio do fle, incalmene plo paradiina esratralistac. em sguia, cl erat no abn cones scutes Se dss Varnes Sho realmente preia hover neabuma rio para peaqusador se peceupar com a busca d2 forgsamente que els nope ser codiconaas por ne fades, A excluiodarlgdo ete ainguager eo ontewo soi, mtv rembora cbserio mis esinressaa pose do Node fala pelo postulad de categorcidade, foi de certa mania, convenient para in qu variates em uso se acham sempre fortment vincul toes seas, o que toena Seu compertamentoempiicamente Sa es ry a ey iT RY Mt 8 a SP 0 ea frailidade dese tipo de consideragio se tomar nds 5 vollarmos a atengdo para procesosvardvis que se situa na i — interscego entre grams ea fonologa, come os fendmenos de simpifis «lode grupos consonatais no inglés negronon-americano, como bold” (are- ido), pronunciada "bo" e “rolled” (olowolava,promanciada roll”. A. ques to central agu iz respite dretamente pri estutura linguistic: grupos consonantas da forma CVC+C’ que envolvem uma marea de pret, como “rolled”, [10+ d, devem recsbero mesmo tratamento que os grupos form {CVCC. como [bol], que no perdem nenhumainformagio sramatical como cancolamento do [d] final? Tevias lingulsticas de hase Tormal no possuem ‘ritros nem mes adequados para expres a configuragdo deste fo, ‘ez que tanto “bol” quant “role se incusiam na mesma regraopcional ou faculativa sé um watamento quantitative de dado da lingua em uso no con- texto social peite obsarvar que as formas que envolvem vor de petri, como “rolled”, apresentam menor frequncia de cancelamento de [gue as formas, como “boli”, que nio se envovem com ese tipo deconteido" Econ se 0s flames se semtssm Bloquados diane do apagamento de uma forma que ‘express um valor semntico de petit, lenonou a vanagho uNisCa Bakitn fomeceu uma hipstese interessante para x ex cia da teora da linguagem para o tratamento categérco dos fendmenos lingstios e, como um marxista convicto, localizou toda as causas na bistéia do pensament lingistico ovidental. © enfoqu filolpeo, com 0 qual a Lin- _tistica do séeulo XX pensou romper, deteminante para apreciagodo pen Samentocontemperinco da toda da linguagem. Desde os primeiros estudos hindus egregos remontando aos séculos IV eV aC. a Lingbistica vem elaborando sus categoria com base em mondlo- {20s moras, como por exemploaiserclo em monumentosantigs. Ee flo ‘mais antigo ata sobre inguagem produzdo na India € uma interpreta {das palavras do Rigveda, que jf haviam feado obscuras;o objetivo prin ipal do estado lingistico em Alexandra durante o perfodo helnistico foi a explieago dos textos dos poctas da Antsuidade, principalmente Homero(Ci- ‘mara Snir, 1975). - ‘Bakhtin (1979) entende que a pra enunciasso monoigics 6 ua abs trai, que qualquer ato enunciatvo, anda que no Smita da inguagen es efit, representa aresposta a algum oui texto, cnstiuindese, desse modo, rum elo de um cada de tos de fil, No ent, ofilSloge-lingista no era ‘apaz de pereeher o carter diaéio das enuncagbes; pelo eontério, "ompre- éende-as como um todo isolado que se hasta si mesmo eno The aplica un ‘ompreensio ideoligica aia (.)”. ‘A concepso de una lingua isola, fechada © monoligica, desvinulada

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