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Orientador
Profª. Marceli Lopes
Rio de Janeiro
2006
AGRADECIMENTOS
3
DEDICATÓRIA
4
RESUMO
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA 55
ANEXOS 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
INTRODUÇÃO
1
Segundo da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade (SBP), a Psicomotricidade é considerada
“ciência”. Para ver maiores detalhes, consultar ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e
emoção. Rio de Janeiro: Wak, 2003. p. 15)
9
não optam por esta área de estudo, já que, para eles, é desconhecida e “sem
grande importância”.
Caberia uma reavaliação dos currículos dos cursos de Formação de
Professores, por conta de órgãos responsáveis, para repensarem a prática dos
professores de educação infantil e verificarem a necessidade de incluir novas
tendências; novas disciplinas; novos estudos, como é o caso da
Psicomotricidade.
A fim de proporcionar elementos que permitam refletir sobre a
psicomotricidade, em um primeiro momento foram apresentadas algumas
definições, algumas considerações que julgamos importantes para o
desenvolvimento psicomotor da criança de 0 a 6 anos.
E finalmente, no último capítulo, foi feito um trabalho de campo, na qual
ouvimos professores que lecionam em turmas de Educação Infantil, que nos
deram um breve relato sobre o que pensam a respeito do assunto.
CAPÍTULO I
O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
todo comportamento tem relação direta com o tônus. (LE BOULCH, 1982;
OLIVEIRA, 1997).
brincadeira, mas como dito acima, esses momentos também têm uma
intencionalidade pedagógica e psicomotora, uma vez que o professor estaria
observando, intervindo e proporcionando momentos de ludicidade e prazer.
Além disso, oportuniza o(a) professor(a) a ter um conhecimento maior de seus
alunos, que quando interagem entre si, conhecem outras culturas, já que
pertencem a diferentes classes sociais, gênero, religião e etnia.
Alguns autores como Krathwohl, Bloom & Masia (apud, Tani, 1988)
classificam a afetividade como algo aprendido e dividem estes
comportamentos afetivos em algumas categorias: receber, responder, valorizar,
organizar, caracterizar um valor.
Já Vygotsky (1989), por ser interacionista, acredita ser essencial a
interação entre os seres para a construção do social, em que o papel do outro
é fundamental neste processo de desenvolvimento.
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Depois de tudo isso exposto, não poderia deixar de ser com a mãe a
primeira relação afetiva desenvolvida pelo bebê. A criança identifica o rosto
materno, e logo após, a presença da mãe, que antes era necessidade, agora
será transformada em prazer, em desejo.
Até o momento, como já dito, poderia haver a compensação da mãe por
outras pessoas, mas a partir do período de ligação com a mãe, esta se tornará
exclusiva, insubstituível. Este estádio de desenvolvimento foi nomeado, por
Spitz, de “angústia dos 8 meses”.
Entre os 9 e os 11 meses, a criança chega a um estádio no qual tem
medo de pessoas que, para ela, não são familiares. Este medo é bem
observado em crianças que foram criadas unicamente por suas mães, ou seja,
a criança que tem outros contatos fora do meio familiar, não teria reações tão
bruscas.
Le Boulch (1982) também realça a importância da mãe saber exercer
funções distintas durante a evolução afetiva de seus filhos: sua presença e
19
CAPÍTULO II
A PSICOMOTRICIDADE E A CRIANÇA DE 0 A 6 ANOS
do corpo e dos movimentos já realizados, nos quais foi bem orientada pelo
afeto e muito valorizada pelo adulto.
No que diz respeito à expressão, na idade entre 3 e 4 anos, a criança se
utiliza muito do jogo simbólico através do qual ela observa o papel expressivo
do movimento. Durante o jogo, nesta idade, ela vai poder identificar-se a
personagens para ela, marcantes, como por exemplo, de desenhos infantis, do
professor, de um leão, de um campeão, etc.
Os jogos acrescentam e auxiliam muito nas atividades motoras, ou seja,
na praxia, mas são, essencialmente, as tarefas de tomar banho, ir ao banheiro,
comer sozinho, ajuda nos trabalhos domésticos, novas formas de locomoção
(andar de bicicleta, patins), ou seja, as tarefas do dia-a-dia que enriquecem o
repertório de gestos da criança.
Em se tratando da coordenação dinâmica manual, esta já estará bem
desenvolvida a partir dos 3 anos e existe firmeza nas atividades manuais,
como segurar o lápis com preensão e os gestos manuais bem diversificados,
fazendo com que a coordenação visomotora se desenvolva também.
Aos 4 anos, a criança consegue utilizar diversos materiais como
tesoura, lápis de cor, e realiza inúmeros movimentos como abotoar e
desabotoar botões da roupa, trocá-las, amarrar e desamarrar sapatos, ou seja,
a criança de 4 a 6 anos inicia a realização de certas tarefas, adquirindo assim
responsabilidade.
Por volta dos 6 anos, a dominância lateral já está definida, isto é, o lado
mais forte, mais ágil e mais preciso do corpo já está marcado, seja o direito ou
o esquerdo. A verbalização e conhecimento dos lados como “direito” e
“esquerdo” não podem ser realizados antes que se estabeleça a dominância
lateral.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Andar na ponta dos pés;
- Correr de lado;
- Andar agachado;
- Engatinhar para trás;
- Saltar objetos colocados no chão.
27
ALGUMAS ATIVIDADES
- Pintura;
- Recortar, rasgar e picotar papel ou jornal;
- Colar pedaços em determinado espaço;
- Origami e dobraduras em geral;
- Jogo de varetas;
- Pentear-se;
- Escolher arroz;
- Massa de modelar ou argila;
- Quebra-cabeça.
2.3.3 – Equilíbrio
28
ALGUMAS ATIVIDADES
• Estático
- Equilibrar-se sobre um pé só;
- Equilibrar-se sobre tacos;
• Dinâmico
- Andar sobre uma linha reta ou curva desenhada no chão;
- Correr com algo na mão, sem deixá-lo cair;
ALGUMAS ATIVIDADES
- Bater cotovelos na mesa;
- Tapar ouvidos;
- Aplaudir;
- Andar com uma bola entre as pernas;
- Ficar de olhos vendados;
- Fazer com que as crianças toquem as diversas partes do corpo
enquanto o educador vai dizendo o nome dessas partes.
2.3.6 – Lateralidade
ALGUMAS ATIVIDADES
- Fazer gestos imitando a pessoa a sua frente;
- Pular espaços marcados com linhas ao chão com o pé direito e depois
com o esquerdo;
- Pular até determinado lugar com o pé direito e voltar com o pé
esquerdo;
- Atender solicitações como: colocar a mão esquerda no pé direito, o
cotovelo direito no joelho esquerdo.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Passar por dentro de um bambolê;
- Passar por cima da cadeira;
- Colocar os pés embaixo do banco;
- Percorrer circuitos com vários obstáculos de natureza diferentes.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Andar em diferentes velocidades;
- Calendário da escola, fazendo com que a criança perceba o ontem, o
hoje e o amanhã;
- Árvores genealógicas;
34
2.3.9 – Ritmo
ALGUMAS ATIVIDADES
- Dança da cadeira;
- Dançar ao som de uma música, realizando coreografias;
- Produzir sons com o corpo.
35
2.3.10 – Percepções
PERCEPÇÃO AUDITIVA
É a capacidade de identificar estímulos auditivos, realizando uma
associação e diferenciação a estímulos anteriormente percebidos.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Cabra cega;
- Criar sons fracos e fortes com um mesmo objeto;
- Perceber os sons mais fracos e mais fortes.
PERCEPÇÃO VISUAL
Utilizada em quase todas as nossas atividades. Ao manusearmos um
lápis, andar, diferenciar objetos, cores, símbolos, estamos desenvolvendo a
percepção visual.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Identificar diferentes formas;
- Completar figuras ou desenhos que se encontram inacabados;
- Utilizar blocos lógicos para a construção de alguma cena.
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PERCEPÇÃO TÁTIL
Nela exploramos percepções de temperatura, pesado e leve, seco ou
molhado, e outros. Para desenvolvermos a percepção tátil, geralmente,
utilizamos os pés ou mãos, mas na verdade conseguimos fazer a diferenciação
através da pele.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Apalpar diversas texturas;
- Pisar num tapete construído com diversos materiais (canudos,
chapinhas de refrigerantes, algodão, lixa de obra, areia);
- Saquinho-surpresa no qual a criança terá de reconhecer diferentes
objetos através do tato, com os olhos vendados.
PERCEPÇÃO OLFATIVA
Refere-se à capacidade de diferenciar diferentes odores, cheiros. Ela
auxilia na memorização e discriminação de alguns alimentos.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Identificar diferentes cheiros;
- Identificar cheiro das frutas, com os olhos vendados;
- Sentir o perfume das flores.
PERCEPÇÃO GUSTATIVA
Envolve a capacidade de diferenciar diferentes sabores, como salgado,
doce, amargo, azedo, ácido e picante.
ALGUMAS ATIVIDADES
- Reconhecer as frutas através do gosto;
37
EXPRESSÃO
COMUNICAÇÃO
ALGUMAS ATIVIDADES
- Fazer caretas;
- Assoprar língua de sogra, apitos, balão de ar;
- Jogar beijos;
- Mímica de animais.
2.3.12 – Relaxamento
ALGUMAS ATIVIDADES
- Relaxar, através de uma música bem lenta;
- Ginástica historiada, na qual o professor vai contando uma história,
dirigindo os exercícios, até chegar ao ponto de repouso.
2.4 – A Psicomotricidade e a escola
CAPÍTULO III
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
INFANTIL
têm (ou deveriam ter) maior contato com as crianças, e por este motivo
deveriam dispor de inúmeros momentos especiais a fim de ajudar no
desenvolvimento da criança, como por exemplo, o banho e a hora de jantar.
Logo após os pais, vem o papel dos professores de educação infantil,
que estaria também em primeiro plano, já que estes passam, no mínimo 4
horas junto às crianças. Essas 4 horas são essenciais para a aprendizagem
psicomotora de seus alunos. São eles, também, os responsáveis por identificar
os conhecimento e/ou dificuldades de seus alunos, sejam elas psicomotoras
ou não. E deverão encontrar exercícios para sanar tal problema ou aperfeiçoar
alguma área que esteja carente.
Os professores de educação infantil deveriam dominar o assunto
“psicomotricidade”, visto que este faz parte de muitos objetivos que regem a
educação infantil.
Profissional responsável
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Profissional de Professor de educação
psicomotricidade infantil
5
4
3
2
1
0
Sim Não
CONCLUSÃO
52
ANEXOS
QUESTIONÁRIOS
53
Professor A
Professor B
Professor C
Professor D
Sim.
59
BIBLIOGRAFIA CITADA
ÍNDICE
61
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O DESENVOLVIMENTO INFANTIL 10
1.1 – O equipamento motor 11
1.1.1 O tônus muscular 11
1.1.2 A organização do sistema telo-cinético 12
1.1.3 Controle piramidal 13
1.2 – A exploração do ambiente 14
1.3 – A evolução afetiva 17
1.3.1 A afetividade da criança até os 8 meses 18
1.3.2 A evolução da afetividade da criança 19
CAPÍTULO II
A PSICOMOTRICIDADE E A CRIANÇA DE 0 A 6 ANOS 21
2.1 – Afinal, o que é psicomotricidade? 21
2.2 – Desenvolvimento psicomotor 23
2.2.1 O desenvolvimento psicomotor até os 3 anos 24
2.2.2 O desenvolvimento psicomotor dos 3 aos 7 anos 25
2.3 – Áreas psicomotoras 27
2.3.1 Coordenação dinâmica global 27
2.3.2 Coordenação motora fina 28
2.3.3 Equilíbrio 29
2.3.4 Esquema corporal 30
2.3.5 Imagem corporal 32
2.3.6 Lateralidade 32
62
CAPÍTULO IIII
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
INFANTIL 43
3.1 – Quem deveria dar esta educação? 44
CONCLUSÃO 55
ANEXOS 56
BIBLIOGRAFIA CITADA 64
ÍNDICE 66
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
63
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega: