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Desenvolvimento das Habilidades Auditivas Marisa Frasson de Azevedo « Rosanna Giaffredo Angrisani > Introducaéo A audigdo € extremamente importante para a aquisicio da «comunicagio ora. A integridade anatdmica e funcional dosis- tema auditivo periférico central ea exposicio as experiéncias, auditivas constituem um pré-requisito para a aquisicio e de- senvolvimento normal da linguagem. Pesquisas tém demons- trado que tanto a plasticidade quanto a maturagéo sio, em parte, ependentes de estimulacio, uma vez que a estimulagio 2 experiéncia auditiva ativam e reforgam vias neurais espe- cifcas' A neuroplasticidade do sistema auditivo permite que rudangas estruturais e funcionais ocorram em resposta 8 ¢s- timula¢io sonora. O cérebro ndo é uma estrutura rigida: € um Hd também evidéncia experimental de que a reintrody= {Go de estimulagio sensorial apds privagio auditiva produza keragdes que podem reverter 0s efeitos deletérios apens Noe tstigie iniials de desenvolvimento. Tas pesqusss pore totes de existencia de periodos cxticos para aintervencio.&% primeiros anos de vida, em especial 8 es primal TAT tem sido considerados como 0 periodo critico para © 8 shine abs Ei me ee i vodelam o sistema audit ci Son a moll is am er mae slaccidadee matarecso do stem au Prime ede vida ~torna-se imprescindive) PT! odecanivimsento normal da audicao e da ingusle [Nos tiltimos anos houve um crescente interesse em se estu- ddarem as habilidades auditivas de criangas, correlacionando- as As habilidades de linguagem e do aprendizado. Muitos pro- blemas de linguagem, fala e aprendizado tém sido atribuidos & dificuldade no processamento dos estimulos actsticos. ‘A avaliacio cletrofisolégica da audicio vem ganhando forca na avaliasio auditiva em recém-nascidos e criangas, por permitiravaliagéo objetiva das diversas estagbes da via auditi- ‘Yaem toda a sua extensdo. A integridade e a maturacdo das di- versas estruturas da via auditiva, desde a porgio periférica até 1 central no tronco encefilico, podem ser avaliadas e monito- radas por meio do registro dos potenciais evocados au de tronco encefilico (PEATE). Isto ¢ particularmente imp tante, pois parte do processamento requerido para apercepcio da fala tem uma base automstica e independente de elemen- tos cognitivos superiores, ou seja, ocorre em parte no tronco encefilico. Uma leséo nas vias auditivas desta regio poderia ser responsivel por iniimeras dificuldades na compreensio da fala, segundo Kraus e Nicol © estudo dos potenciais evocados auditivos corticais ou de longa laténcia (PEALL) vem sendo realizado para estudar © processo maturacional do sistema auditivo central em indi- viduos ouvintes ¢ com privacéo sensorial, possibilitando rela- cionar seus achados ao desempenho linguistico. Isto ¢ possivel, ‘por permitirem a avaliagdo objetiva das estruturas corticais en- volvidas nas habilidades de atengio, memoria e discriminaco de sons. Criangas com potenciais cortcaisalterados durante o periodo neonatal podem apresentaralteragdes de linguagem.® ‘© componente P1 dos PEALL, cujos provaveis sitios ge- radores encontram-se no télamo ¢ cértex auditivo primério,? 4 um dos componentes exdgenos das respostas corticais. Seu aparecimento relaciona-se & deteccdo do estimulo actstico, rio sendo dependente da habilidade de atencio. E considerado um biomarcador para inferir © processo ‘maturacional das estruturas auditivas centrais em lactentes € criangas com audigdo normal e com implante coclear, uma vez que sua laténcia e morfologia variam em fungio da idade.*® ‘Assim, a avaliacdo eletrofisiol6gica do lactente nos primei- ros anos de vida, aliada & avaliagdo comportamental, pode for- necer dados importantes sobre o amadurecimento do sistema 374 Tratado de Audiologia auatvo e desenvolvimento das hailidades de procestment® dos estimulos acisticos, permitindo intervencio adequ siste- eriodo critico de maturacdo e plasticidade funcional do: ‘ma nervoso central.® Stiga Desia forma, toma-s extremamente importante investiaz Como © sistema auditivo perifrico e central de uma crane rece, analisee organiza a informapes attics do am Diente A cranca deve ser capa de prestr steno, detector discriminate localizar sons, além de memorizar¢ integras 08 ‘experiéncias auditiva, para angio reconheclmento eco preensio da fala > Desenvolvimento das habilidades auditivas O desenvolvimento ¢ a maturagéo auditiva de um lactente com audisio normal seguem uma sequéncia padronizada de comportamentos que evoluem desde o nascimento até 0s dois anos de idade. A hierarquia das habilidades auditivas inci as seguintesetapas: 1. Detecgio: perceber a presenca e auséncia de sons. Tal habi- lidade ocorre intraitero 2. Discriminagio: diferenciar dois sons, ou seja, verificar se 0s sons sio iguais ou diferentes. Recém-nascidos sio capazes de discriminar sons verbais 3. Localizagéo: idemtficar de onde © som vem. As etapas de localizagdo sonora se desenvolvem dos 4 aos 24 meses 4. Reconhecimento auditivo: quando ocorre associacio sig- nificante-significado, ou seja, apontar figura ou partes do corpo nomeadas, cumprir ordens, repetir palavras 5. Compreensio auditiva: entender a fal, responder pergun- tas, recontar historias, A habilidade de detectar sons esti presente desde a vida intrauterina. A partir da 20! semana de idade gestacional mu. daneas nos batimentos cardiacos do feto foram registradas ‘mediante estimulacio sonora relizada préximo a barriga da mie." Estimulos sonoros produzidos externamente atin. gem a cavidade uterina com atenuagio de 20 a 40 4B, maior nas frequéncias alts, evido & oposio oferecida pelo liquido ‘amniético." Desta forma, as informagdes acistcas contidas ras frequéncias baixas (vogais e aspectos suprassegmentais da fala) poderiam ser detectadas intraitero, ‘A habilidade de detectar sons depende da integtidade do sistema ausltivo periférico (cbclea e netvo actin): Erg riangas com deficiéncia auditiva congénita tal habilidade Pode fer desenavida poe Colocaséo de prtese auitiva ou implante coclear. A detecgio & a base para o desenvolviney das demais habilidades. ® ‘molmento AA hubilidade de discriminar sons est presente no recém. nascido que é capaz de difernciar a voz de sua mie dares utras vores de mulheres, preferindo-a.™ Northern ¢ Dovens?comentam a existncia de uma pred. posi biokgieaparapercepciodevris dimensdesacieny da fala-Desde 0 5! més de gestaco, a detecsio dos paramency ‘cists bisicos fequéncia, intesidade, duragio) ja eens Sendo realzad,o que permis a dscriminagio da seane imie, jd ao nascimento, De fato Querieu e Crespin dere tram, inttoduzindo microfoe na cavidade intrauterine 64% dos fonemas da fala externa da mie e579 dos fone vor do pai poderiam ser discriminados intraitere, * vw obeervaram que ctiancas dew mag 1 etl ea pose pla deren] doVOT s diferencias Femonstrado que tal discriminaay tm) Ess ee da exposia0 lng Baa independence ons de quale Ung ee di otaman a sempre ‘decrescen cia inguistica” a a criminar alguns con Mer anes ed evened nos expert mais Sele tum mes dea ode cos ao nei ie bebe discriminar sons a parti de suas pacidade de o bebe scrote rn que se utlizade mt clas aa, Pesquisa tem demonstrado que ciangay mina Capzes de cisrimina® uma Mistria gee dls dev gnente pela me nos timos meses de gta lida repetidaments Pe jemonstraram, em experimenty De Casper eo registro de mudancas de Suto ep ado coreelaciomna, que 0 recém-nascido, ainda vo senca de vor wm pouco contato com a mie, jé disrine® fio, no qual tem pouco con ee ine i sew avor materna De fato, 0S $0ns Yerbas, Prncialnes, Equcles com padrées de entonagioexageracos, liam ney Semen wn aa omen ‘bebe frequentemente utiliza uma fala denominada ‘ne sum bebé,frequ ae tema?” caractrizada por feguéncia fundamental leg dio e entonagio exagerada."""*2 Mies, mesmo de difrens nacionalidades, usam este tipo de fala com seus bebis deat seis meses de idade Kagan®® e Kearsley® sugerem que mudangas no pads acistico do estimulo provocam diferentes respostas no nene to: estimulos acisticos inesperados que atingem rapidemeat tum elevado nivel de presséo sonora provocam resposts de defesa (reflexo cocleopalpebral, sobressalto e aumento da fe quéncia cardiaca), enquanto os mesmos estimulos actin atingindo mais entamente sua intensidade maxima prove respostas de interesse (abrir os olhos,olhar ao redor ¢ dint nulgio da frequéncia cardiaca), Além disso, o estado do neonato pré-estimulasio, spat Teese ctsicos do estimulo (duracto e frequen) eo ruido ambiental durante a avaiagao interierem na rept omportamental itz" * sYslasdoInterf Nos primeiros meses ‘Roz Paraestimulosacisticos de espectrosmplor de lng: A aplicagdo de um est Postas comportamentais ea, ‘ou menor complexidade, Participagio de fu Sonoro é capaz de lca > ‘S quais, consideradas em sua eset aoa Podem permitir inferenia OM part 'n6des mais simples ou complexas € Pai areeessamento dos estimulos aciisticos, AS oe pen controladas pel reflexas, dependem da inter-reln ae ase auditivs¢ de vi pts Yi motora final tuat permite a exteriorizaio comportament, Tespos . necem conse ee, em condiSes nto patolégicas Pe™ exo cocleopalpetyn | !4Si0 do individues Por exemplo0® obervada por morn ot" do miseula orbiclar 0 Sstimulo acisicg de ok *S% Palpebral~ pode ser eliialP™ Atos com acldcaes ado nivel de eager en inate ormal,independentemente daiade er Capitulo 48 | Desenvolvimento das| -A-presenga de RCP intra eA SARS ms Ge sdade gestacional.™ ‘A ocorréncia de RCP em ae sespostas mais aprimoradass a et ate tno a vida. Estes comportamentos automaticos sao regaled pe sto Eas tena ores Saheortcaisecértex cerebral NO S"E*ACO estruturas ‘Os automatismos inatos tendem a se m cesso de maturagio do SNC. Poder dese Pee Gente ressurgindo em condigBes patelogine eee oe. fein om porno Gn En kar opm em Pees predetermine segundo uh "A reagd0 de Sobressalto (startle) ~ state tr) ec SS Tee, Gren cred mente nos primeiros meses de vida i%=s08I008 4 Ces ean ta Cote qeea manger cad ne ae co processo ce maturacio do sistema nervoro central, ‘Areagio de sobtessalto ocorre para estimalos acisticos d devado nivel de pressio sonora (2 90 dBNPS) em aprons, damente 50% dos neonatos normais com decréscimo da es. osta nos meses subsequentes até o completo desaparecimen- Btossmeet completo desaparei ‘A habituagao da reacdo de sobressalto a estimulos repeti- antimatter et ‘corresponde a diminuigdo ou extingao da resposta de sobres- salto diante de estimulos repetidos que deve estar presente em neonatos normais, sendo sua ausércia sugestiva de lesio ou imaturidade do SNC.™° Criangas nascidas a termo frequente- mente apresentam habituagdo da reagdo de sobresalto no se- undo estimulo, enquanto criangas pré-termo podem apresen- farhabituagao no segundo ou terceiro estimulo, Criancas com alteragbes centrais apresentam habituagao somente no quarto tstimulo ou auséncia de habituacio a estimulos repetidos.4 O sistema reticular tem sido considerado como responsivel pela habituacéo a estimulos repetidos.” Pesquisas tém demonstrado que 0 recém-nascido normal apresenta resposta de orientagio 20 som, voltando a cabega lentamente em diregio a fonte sonora, desde que em condi- bes ideais de teste: estado de alerta, psicio facilitadora e es- timulo acistico de longa duragio.*! “al resposta também pode ser considerada como um au tomatismo inato que se modifica com maturagio do SNC. ‘Aresposta de orientagio ao som tem sido observada em 50 a 1008 dos neonatos nos primeiros dias de vida (resposta sub cortical, com decréscimo da sua ocorténcia aos dots meses ¢ reaparecimento com uma resposta mais elaborada, de locali- ‘agio aos quatro meses.” ‘De fate’ varios experimentos desenvolvidos por Field el aL, sobre a resposta de localizacao sonora em criansas de uma semana até 16 semanas parecem indicar que o padrig de orientasdo ao som neonatal nao € mantido neste periodo® ‘K hebilidade de localizacdo sonora ocorre a partir de quatro mene cidade 292240825 eevolui com o aumento da idade da crianga, Inicialmente ocorre 4 localizagao no eixo horizon, tal later dreta/esquerda, para baixo e para cima}ave ort, dda mancira indireta (olhar primeiro para o lado ¢ depois Part baizo ou para cima) para a dreta colhardictamene Par fonte). Na sequéncia ocorre a localizagao no ceixo longitudin f01 documentada por meio ais a partir da 24/25 semana criangas ouvintes varia de 90 a Habilidades Auditivas 375 (acima da cabega) e transversal (sons situados & frente € ats dacabeq). Aha central reo enctica(comples Inferior) e rtex (lobo temporal Shneto™ avallando 45 eran vines nea frm cesem intercorréncias aos 12, 18 «24 meses, também observou dima evolugio das respostas de localizagao sonra com o at thento da dade: predomini da resposta de localizacio dircits para boo e indieta para cima nas criangas de 12:meses (60%) € predominio da resposta de localizacio direita para baixo ¢ para cima aos 18 meses (60%) ¢ 24 meses (80%). "hos 24 meses a crianga & capaz de localizar sons acima da cabega ea partir de trés anos de idade j € capaz de identificar Gquato ou cinco direcBes: frente (# 10° azimute) eats (cerca e170 a 190+) acima da sua cabeca,além da lateral Duss pista acsticas interferem na habilidade de localizar sons, Uma pista é diferenca de intensidade: a oretha que esti- ‘yer mum plano espacial mais préximo da fonte sonora recebers D som levemente mais intenso (20dB). As difereneas de inten Sidade sto mais importantes para sinais de frequéncia sonora alta A outa pista acistica é a diferenca de tempo, isto &, 0 Som atingird uma das orelhas mais cedo do que alcangaré a futra orelha, e assim um som continuo aleangard uma oretha fora da fase em que alcangari a outra. A diferenca de fase ser maior para sons de frequéncia baixa. Esta diferenca de fase en- tte a chegada do som nas duas orelhas poder ser da ordem de 700 us.” Movimentos de cabega auxiliam a minimizar essas am- biguidades do sina acistico que aumentam conforme a fre- atncia sonora aumenta ‘A habilidade de reconhecimento auditivo surge no final do ano de vida22ta8manens6s7 “Ta reconhecimento parece evoluir, dos niveis mais simples para os mais complexos: as criangas de 8 a 10 meses inibem Suas aividades a0 reconhecer a palavra “ndo”." Entre 9 € 13, meses sio capazes de reconhecer comandos verbais simples, tais como da tchau! joga beijo! bate palmal™" Além disto, a partir de 12 meses pode-se também verificar se acrianga reco mhece o préprio nome. Na pritica clinica tal reconhecimento ‘ocorre entre 15 ¢ 18 meses de idade. Dos 18 meses aos 2 anos a habilidade de reconhecimento auditivo evolui para a compreensao de histérias e habilidade de responder perguntas relacionadas a um evento ou histéria, wolve o sistema auditivo livar superior ecoliculo > Avaliacao das habilidades auditivas | Respostas comportamentais a estimulos sonoros A avaliacio das respostas a estimulos sonoros pode ser in- cluida no monitoramento das habilidades auditivas nos pri- ‘meiros anos de vida realizado em Unidades Basicas de Saide, ‘em programas de satide da familia, em consultérios de pedia- ‘tras e em acompanhamento de criangas de risco ou nascidas pré-termo. ‘A observacio das respostas comportamentais @ estimu- los actisticos parte do principio de que um estimulo sono- 10 produz uma mudanga detective de comportamento na ‘crianga2290 376 Tratado de Audiologia " lassificacao das respostas segundo Azevedo (1995; 2005)" ‘As respostas podem ser clasificadas em: Reap eles lout nas, * Reflexo coceopalpebral (RCP): contragio 7 orbicular do eho {ue pode ser observada por meio 4 ‘movimentagio palpebral «Reap de sobre (tare: rag corporal slob due pode aparecer como reagio de Moro (complet 04 {ncompleta) ou como um estremecimento corporal om movimentagio subita de membros + Atengio a0 som (A) ~ Respostas indicatvas de atencBo 20 Som, tais como parada de atividade ou de sucgio, abrir rma palpebral ou movimentos faciais como o franzir da testa ou oelevar das sobrancelhas + Procura da fonte sonora (PF) ou localizagio incompleta ~ Considerada quando a crianga busca a diregio da fonte sonora, olhando ao redor, sem entretanto localizé-lacorre- tamente + Localizagi lateral (LL) ~ Quando a crianga volta a cabega uo olhar imediatamente na diego da fonte sonora + Localizagio de sons para baixo (LB) - Quando a crianga localiza a fonte sonora situada 20 cm abaixo do pavilhdo auricular no plano lateral + Localizagio de sons para cima (LC) ~ Quando a erianga localiza a font sonora situada 20 cm acima do pavilhio au- do misculo ricular no plano lateral + Localizago da fonte sonora situada abaixo e acima do pa- vilhio auricular ~ Pode ser indireta (quando a crianga olha pprimeiramente para o lado e depois para a fonte) ou direta (quando a crianga olha diretamente para a fonte), = Observacao do comportamento auditivo de criangas de 0 a3 meses de vida Procedimento A crianga, em estado de sono leve,é colocada deitada, livre de cobertas para faclitar a observacio das respostascorporais ‘ou na posigdo facilitadora, no colo da mie com apoio de ca- bega. 0s estimulos sonoros de 70 a 80 dB NPS (guizo¢ sino) so acionados em ordem crescente de intensidade, no plano lateral a direita e & esquerda, com 10 2 20 s de duragio, a distancia de 20 cm do pavilhdo auricular. Espera-se observar respostas de atengdo, como franzir a testa, arregalar 0s olhos, abrir os clhos. Quando a crianca estiver em alert, verficar a ocorrén. «ia de resposta de orientacio 20 som, acionando o estimulo Por 20, estando a cringa na posiéo fcilitadora (com apoio de cabesa). A resposta de orientagdo a0 som aparece em 30 ¢ 70% dos neonatos, sendo que hi decréscimo de resposta coms aumento da idade,**$" s estimulos sonoros de 90 a 100 dB NPS (black-black e agogé) devem ser acionados da mesma forma, com 2 de tat ‘atdo. Espera-se observa resposta refer (celexo cocleopal pebral) e automiética inata (reagao de sobressalto).” Nas criangas de até 3 meses, a pesquisa do fendmeno de habituagdo a estimulos repetidos também é relizada confort ame descrito por Sacaloski et al Espera-se que a reate a sobressltodiminua ou desaparesa na segunda apresenacas realizada com curto espago de tempo:*#244 ces também costuma apy ae acalmar-se,francira testa nt e 0. A fala com padroes fundamental alta propia Me cra de so ena thos on rego e een Thores respost = Observacao do comportamento audit decriangas de 3a 6 meses Procedimemt_,recostadaousentada no colo da Cranes rc atatvo frente para distal sua ang bring FS somoros de 60 a 70 dB NES slo acinadn omen de nensdade, no plano later deg ln cre ee de duragio, distancia de 20.m do Saat Bopera-se observa, as riangas de 3 meses, re aa nascrangas de 4 meses, resposas dep tas de atone Taga incompleta€ 20S 5 Mest os ‘ita e esquerda. tae sus do etlexo coceopalpebral com estos dey smaterna, que normalmente é rica em entonacio, emitde tmalmente, 4 direita e A esquerda do avihdo ace crianga, sem fornecer pistas Visuais. As criangas de 3&6 mae Spresentam respostas de procura da fontee localizasio dev dda mie ou do pai. = Observacdo do comportamento auditivo de criancas de 6 a9 meses Procedimento CCrianga em alerta, sentada no colo da mie com bringuelo pouco atrativo distraindo-a, Estimulos sonoros de 50 a 60 dB NPS (guizo tinic) so acionados em ordem crescente de intensidade, no plano lt ral, direita €& esquerda, e 20 cm abaixo e acima do pavihio auricular: Espera-se observar respostas de localizagio (dra © esquerda) ¢ localizagao indireta para baixo e para cima. Pesquisa do reflexo cocleopalpebral com estimulo 50000 ‘de 100 di NPS (agogé), que deve estar presente. Entre 6 ¢ 9 meses a crianga localiza tanto a vor da mit ‘Quanto a do examinador a direitae a esquerda, «é sPesauisa do nivel de deteccao de voz em cabina ecistia fadg omendada a partir de 6 meses, A crianga & colocads st 50 one eo da mie entre dois alto-alantes posicionads + €0 nome ga Pavilhio auricular, O estimulo sonoro uli She tae 8 stianca emitide pelo examinador por meio é Tencio pnt’ 60™ técnica de apresentacio ascendente, 60s¢ cabecgit# 0 Som. A primeira resposta de localizacio, ir I dere cts40 a0 estimulo verbal, é considerada como! ivo * Observacao do co, ‘ i portamento auditivo de criancas deg 424 meses Procedimento Change ena era | , Pouch arate th no aod mie com ie Capitulo 48 | Desenvolvimento das Habilidades Auditivas 377 Estimulos sonoros de 40 a samento da distancia) so ccna meas intensdade, no plan lateral, dire os acima do pavilhio auricular: Espera-se ober Soaix0 € localizagéo & direita e esquerda, dircta se TesPostas de iOmese) indies para cima. & parse ee Dari de ses pode se fncontrat a localizacio direts pee Para cima, : rn ee ae ocalacio Sonora também pode ser ava jis a los de idade ‘i erin giinlgu oad ma fontesonors siete i ‘ia oo ita); rda (90° a esquer a tered 1703190 etcna laste resquisa do reflexo céoleopalpebr: ti e100 BBNPS (049), 0 qual deve cag ee sonar A pesquisa do reconhecimento de comandos verbais pod: ser tealizada a partir de 9 meses de idade, conforme sughedo por Azevedo etal" Tal reconhecimento parece soln ee vyeis mais simples para os mais mace scomplexos aseriangas ness inibem suas atividades ao reconhecere meas Entre 9 13 meses as erangas sip apanes Geforce smandos verbais simples, tais como: “da tchaul” sands vais ples, tais como; “da chau!” “joga beiol, procedimento de avaliaca i mento de comands verbaiscontste a werticase de nee, réncia do reconhecimento da classficacio do nivel de co. mandos verbais reconhecido. Para tanto, a classficagio de comandos verbais descrita por Azevedo etal,” pode ser utili- zada (Quadro 48.1). (Buiz0 Unico com "m ordem crescente de "Quadro 48.1 Apresentacio das soliitagGes verbais “em relagdo &faixa eta Exemplos de ordens. verbais 1 Dé tchaul Joga bel Bate palma Cadéachupeta? Codéamamse? Codtosapato? Cade ocabelo? Cade amo? 12015 15a18 Tuadro 48-2 Wives de fern ds respostas aus cians armas zvedo 195), ‘Além disto, a partir de 12 meses pode-se também verificar se. crianca consegue reconhecer seu proprio nome. Na prati- a dinica tal reconhecimento ocorre entre 12 € 18 meses. Bas- setto™ observou que 93,3% das criangas de 12 meses de idade reconhecem comandos verbais simples ¢ todas as criangas de 18e de 24 meses eram capazes de reconhecer ordens. De ato, partir de 13 meses, criancas normais reconhecem partes do corpo e vocabulério familiar ™*' De 18 meses a 24 ‘meses a crianga ja é capaz.de apontar para figuras ou objetos conhecidos nomeados tais como au-au, carro, bola. CCriangas a partir de 18 meses jé sio capazes de reconhe- cer objetos e 20s 24 meses reconhecem figuras. Aos 36 meses compreendem historias. Pinheiro eta.” estudando 90 criangas nascidas pré-termo, observaram que sea crianga nao reconhece ordens ao final do primeiro ano de vida, ter 63,7 vezes mais chance de apresen- far exame neurol6gico alterado aos 3 anos e atraso de lingua Luize Azevedo** acompanhando 54 criancas do nascimen- to até 4 anos de idade, observaram que 0 reconhecimento de ordens aos 12 meses pode ser considerado como preditivo para 0 desenvolvimento da linguagem. As criangas que néo Teconhecem ordens entre 12 e 18 meses tém 12,5 vezes mais chance de apresentar entre 4 e 6 anos atraso de linguagem. ‘O resumo das respostas esperadas para cada faixa etéria é apresentado no Quadro 48.2 = Anélise da qualidade da resposta | sinais sugestivos de alteracao do processamento auditivo central [Na observagio das respostas comportamentais a estimulos sonoros deve-se também verificar a ocorréncia de sinais su- gestivos de alteragio do processamento auditivo central, con- forme proposto por Azevedo etal.” ‘+ Respostas exacerbadas ~ quando ocorre desproporcao en- ‘trea magnitude da resposta e 0 nivel de pressio sonora do ‘estimulo actstico, Presenca de reflexo cocleopalpebral ou reagio de sobressalto para sons inferiores 90 dB NPS Dificuldade de localizagéo sonora com acuidade auditiva normal (emiss6es otoactisticas presentes) + Austncia de habituagdo do sobressalto aestimulos repetidos a Nivel minim de et Faixaetéria __- fespostanaARV —Padréoderespostaaestimulos reflex palpebral (meses) Padrioderespostaesperadoasonsinstrumentals(tonspurosdBNA) _verbais html a3 Sobresalto : Aeaimasecomavordamée + engoo ee oes coe Procuraoulocalzaavordamée + Procura da fonte Locaizagao Lateral 0/8) 6a9 Localizagio lateral O72 40260 leaumaaamieesco + teeataagioinireta par bab inditeta par cima ee 9313 Locaizacto lateral (0/0 20a40 Recorheecomandosvabos + tocalzagio dieta pare bao ¢ par cima Nivel vais Localizagiolteal (0/2 20 Reconhececomandesvebas + Localizago deta par baxoe para cra 378 Tiatadode Audiologia + Aumento da laténcia de resposta na ausénca de compro- metimento do sistema timpano-oseulat ' + Auséncia de reflto cocleopalpebral com acuidadeauditiva Normal (emissdes otoaciisticas presentes) + Auséncia de relexo acistico com curva timpanométrica tipo A naimitanciometria thors + Imon de ron a oe pn com neon Tespostas para sons de eopcto employ melhores e505 Parsrulde de band erga eno) oa debanda ete {2 (narow band) ‘ + Necessidade de aumentar a durago do estimulo acistico pata clicarresposta, Traalhosealizadosdemonsraram exis corelastopos- tiaentea presenga dster sini esltados anormas 83 lagéoneurcogis e um predominiodestssnas em cians ‘com asfixia e hemorragia ventricular a0. ee Pinheiro etal” corelaconaram a presenga de sina cen- tzais no primeiro ano de vida com o resultado da avaliagio curldgica 20s 3 anos em 50 rianas nascias Péterno acompantadas no progamna de intervengao,precoce. da UNIFESP Os resultados demonsraam que, 8 etanga apresentarreaio exacerbada ao nascmeno, ters 7.21 votes ais chance de ter exame neurologic allerdo 2083 anos Se tive astncia de eflexo coceopapebrl, apreenatd 78 ‘eves mals chance de ter exame neurldgco ater soy 3 os latnciaaumentads de resposta ho primeir ano de vida corresponde a 5,2 veaes mais chance de spresenar cane neurlégicoalterado 2083 anos. A inconsistnca de repost ‘Para tons puros também estabelece mais isco (4.7 veces mais chance) de ter alteragio neurolopca tos 3 anon, Desta bona 4 presngadeses sins corresponde a um maior sco de ate rapio neurologicn, Taiz e Azevedo acompanhando 54 eriangas nascidas prétermo até 4 anos de idade, observaram que ss cranios ‘ue nlo apresentam RCP nos primetos meses de ile seen Bresenga de emissbesotoacisticns tem 452 venes mais chance de apresentar atraso de lingwagem entree 6 anos Alem die $0 a8 autores observram que as criangas que no ieaican som de forma adequada ene 6€9 moses tem 169 ver male chance de apresentaralteragzodelnguagem entre 4e¢ seen deidade » Estudo do desenvolvimento auditivo A maturagio do sistema auditivo central segue o sentido caudorrostral, ea velocidade de transmissio do estimule seis tico parece estar diretamente rlacionada ao grau de miclinn: Za¢io das fbras nervosas."' processo maturacional pode er evidenciado e monitorado utiizando-se medidas eletrofsnn Jogicas da funcao auditva central. Igualmente ao que oon, ze com as a laténcias a respostas do PEATE, a latencies to Ppotencial cortical PI diminui de acordo com o aumento do idades* fato este que permite o monitoramento do process de maturasio. AA pesquisa dos potenciais cortiais em recém-nascidos & jum tema recente e controverso devido a maturacao das caeue {urs cortical continua até fase adulta. A literatura rene que esses potencials podem ser evidenciados jé no periods ‘neonatal, sendo considerados indicadores do desenvolviner: te cognitiv, Por refletirem a capacidade cortical de detectar - asco so particolarmente Gl 8 ayaa, ext esa Je Pico para alteragdes do procen dlitiva da pope eagern ioe ig ando comblaada a fo eletrofisiol6gica, 4 "a = aie anpertaental, ode foreceinformagtes gt is cme met au ental ang sobre 0 detereiancia auditiva, usuarias de aparelhos de seers inal empl ceara i ficagdo srncdo audioldgica comportamental realizads py A sali aud io tne de via perme ea we durante o primel ; diame cc habilidades de Fesposta a esimtlos ace fom o aumento da idade, oqo também rele o proce t fmaturagio do sitemanervos central. ‘Desta forma, avaliagdes audiolégicas periddicas possi, tam cearecteriaro desenvolvimento auditivo de cada crag dlassificando-o em: . : yuando as respostas obtidas em todas s aval + Noma quando reno cnd a Frequentemente encontrado em criancasouvintes norma, naseidas a termo e sem intercorréncias ‘Atraso de desenvolvimento: quando as resposta obit nas avaiagdes encontram-se abaixo do padrio de normal, dade alcangando-o, porém, no ltimo trimestre do prin, fo ano, Frequentemente encontrado em criancasouvats nascidas pré-termo que necessitaram de cuidados inten vos neonatais.2# Este atraso pode estar relacionado ao processo de maty racio do sistema nervoso central e/ou a alteragbes transis rias do sistema nervoso central resultantes das interconé Aconselhamento familiar 0 ‘aconselhamento fami li bs sO scons ilfar durante o acompanhament0 ‘cern stu an oomph mnbiete Gilstco © de estimulagao aut «de Tinguage™ " Osfamiiares devem set aconselhodos em e0 enn ‘mie-filho e. familiares al-ruido, ou seja, falar mais ato (a imentado) ‘als em situagBes de comunca) ~ stianga (desligar a televisio, ridio- Tuldos de fundo, d ni lo, dos moné- ilador,ar-condicionado) sox falando como ruldo de lo) em atividads rotineca de comunicnhe aa nga usando frases curtas, deve; com pau Sgnitcave arianga esta olhando (p. ex, a crianga cad Deeench ane are (ea clans eatin com «+ evitar uso de fala infantilizada mamadeira?”) «+ quando a crianca solicitar repeticio ou dem guande a rian slice epetsto ou demonstra no ter (©. te tet? para “Quer riaimediata se dita para reforcar a memé- «+ quando a crianga soicita ry seepeotendeat NS repeticio pedir etorno. O que «+ contar historias curtas ou cantar msicas rca crs ete miss df mons dia seguinte tampando outra oreha’e no tore de tampar a8 orelhas, mantendo a mesma histori, msica ou poesia «realizar brincadeiras que envolvam rima (p. ex. pio rima com mao), meméria auditiva (Li vai abe canregado. de banana, maga...) e sequéncias sonoras (p. ex, drematizar © bano do bebe pedi para lavar amo, opé ea barrig de yoneca) «+ iniciagdo musical em caso de interesse da crianga + reestruturar frases complexas dividindo-as em formas mais curtas (p. ex, vi buscar a blusa vermelha na terceira gaveta do armario Dizer: mamae quer a blusa. A blusa vermelha esti lf em cima, No armério. Vai buscar) + Iembrar que o momento de conversar com a crianga deve ser agradivel, envolvendo afetividade e prazer. > Conclusdo ‘Todas as criangas devem ser monitoradas em relagio 20 desenvolvimento das habilidades auditivas ¢ de comunicagio 10s primeiros anos de vida. Tal acompanhamento pode ser te- alizado nas Unidades Basicas de Sade, no Programa de Sa- de da Familia, em consultérios pediétricos, em programas de acompanhamento de neonatos prétermo e/a denise prefe- xr equipe multidisciplinar. eS mopenesto do desenvolvimento da audio com aconselhamento familiar periddico e sistematico interfere de forma favordvel no ambiente, além de permitir a identificagio precoce dos atrasos e distirbios auditivos, propiciando inter- vvengéo imediata. » Referéncias bibliograficas central auditory processing disor oat Am Audlolog. 19921075. 2 Neate, Downy MP Desenvolvimento avo € INenent Pe ‘coee. In: Northern JL, Downs MP. Audicio na Infincs: 2 2005. 2. Siningr V, Doyle Kh Moore THe ing in losin chile. Pediatr Clin North Am. a 1 ne sin tronics a aio A Audie ‘co cerebral cap 2 In Carvallo RM. “Aaagdo Audie: Informacio pared formagdo, 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Roopa, 208.7937 se toapeach sounds inthe cen 5. Kraus, Nicol T. AgEreRae NEUE OP tral airy system. 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