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B)ia- GAP & MUNIC{PIO DE SETUBAL CAMARA MUNICIPAL Reunion’ OF1202| PROPOSTA N° 16 /2021/DURB Reatizadsem OFOU| Zox| Deuweracion’ 4Q2,130| Assunto: Requerente: CAMARA MUNICIPAL DE SETUBAL, Local: SETUBAL Técnico: ANA RITA PINHERIO DE CARVALHO Data:30/3/2021 PROPOSTA DE: ALTERAGAO AO REGULAMENTO MUNICIPAL DE EDIFIFICACOES URBANAS DO MUNICIPIO DE SETUBAL Encontrando-se neste momento concluida a ponderago dos resultados da discussio piblica da proposta de Revisdo do Plano Diretor Municipal de 2021 (PDM) ¢ elaborada a versio final para efeitos de apresentagao a ce designadamente no que diz respeito a conceitos, terminologias, qualificagdo do solo e remissdes imara Municipal, tomna-se imperioso adequar o presente Regulamento atual proposta de Revisio do PDM, E ainda objetivo da presente alteragdo a este Regulamento, na senda do que é a intengo da Revisio do PDM, prosseguir necessidades de requalificagdo da cidade e do espago de utilizagio coletiva e de estimulo a comportamentos que contribuam para melhorar o espago puiblico Foi no capitulo V, relativo 4 Rede Viaria e Pedonal, Ciclovias © Estacionamento, que foram introduzidas alteragSes de relevo, com vista a prosseguir esses fins, nomeadamente com a criagdo de uma nova norma relativa a capitagdo de estacionamento, que garante uma maior adequagao as necessidades de parqueamento dos diferentes usos e atividades ¢ mais consentanea com a pratica registada em outros municipios da Area Metropolitana de Lisboa, bem como de novas normas relativas as dimensdes dos arruamentos € dos passeios, adequando-as as exigéncias da legislagio vigente. Tendo ainda em vista uma melhor concegdo, utilizago e manutengao dos espagos verdes puiblicos foram também criadas novas regras ao longo deste regulamento, tendo sido introduzido 0 Anexo XIII para normas ¢ boas priticas na construgio destes espagos. Promoveu-se por uma alteragiio ao Titulo III relative aos Cascos Histéricos, passando a designar-se por Patriménio Cultural ¢ Natural, introduzindo dois novos capitulos, um relativo as futuras intervengdes nos bens iméveis, reforgando @ necessidade de trabalhos arqueolégicos e, outro relativo a operagdes urbanisticas em centros histéricos, elencando novas regras, identificando as agdes interditas e especificando e clarificando agées de boas priticas com o objetivo de preservar as principais carateristicas arquiteténicas, que hoje se valorizam na reabilitacao urbana, ( Bem como, atendendo ao valor cultural em presenga considerou-se ainda oportuno a criagao de duas novas contraordenagdes relacionadas com o inicio das intervengdes em patriménio cultural identificado na planta de ordenamento do PDM sem assegurar os requisitos e condigdes prévias. Por outro lado, decorridos mais de cinco anos desde a tiltima alterag4o ao presente Regulamento, verificou-se igualmente a necessidade de aclaragao ou corregao de algumas normas, de adequagio a alteragdes legislativas que, entretanto, ocorreram, bem como a incorporacao de contributos dos servigos municipais que o aplicaram ao longo deste perfodo de tempo. Fruto da publicagao do Decreto-lei n." 14/2019, de 21 de janeiro, que introduz alteragdes 4 gestilo do Sistema Nacional de Defesa das Florestas contra Incéndios (SNDFCI) ¢, que criou a obrigagio de submeter os procedimentos urbanjsticos consulta da Comisséo Municipal de Defesa da Floresta, com 0 objetivo de o, sentiu-se a cumprimento das regras destinadas a atenuar o perigo de incéndio e conter possiveis fontes de igni necessidade de se introduzir um anexo (Anexo XII) ao presente Regulamento, que inclui os elementos instrutérios necessérios a andlise dos pedidos por parte desta Comissio. Refira-se, por ultimo, que nos termos do artigo 99.° do Cédigo do Procedimento Administrative, a nota Justificativa da proposta de regulamento deve ser acompanhada por uma ponderagio dos custos e beneficios das ‘medidas projetadas. Ora, dando cumprimento a esta exigéncia legal, acentua-se que a proposta de alteragdo ao presente Regulamento, maioritariamente resulta de uma adaptagdo as novas exigéncias do PDM, e outras exigéncias legais, dai que grande parte das vantagens desta alteragdo serem a de permitir concretizar e desenvolver 0 que se encontra Previsto no novo plano © nos demais diplomas legais, garantindo a sua boa aplicaglio e a simplificagao de procedimentos, Assim, as vantagens da presente proposta sio mais de ordem formal do que material. Contudo, com esta adaptagao ao simplificar ¢ clarificar procedimentos, necessariamente leva a uma maior transparéncia, agilizagao dos procedimentos e bem assim, um incentivo @ quem pretenda investir no tertitorio, o que a podera vir a traduzir, a médio prazo, numa maior dinamizago da atividade imobiliéria e, consequentemente, num aumento de receita para o municfpio. Do ponto de vista dos encargos, a alteragdo ao presente Regulamento nio implica despesas acrescidas para 0 Municipio, nem se criam novos procedimentos que envolvam custos acrescidos na tramitagdo € na adaptago aos mesmos. Para a elaboragio da proposta de alteragao ao Regulamento foram consultados os servigos intemos da Camara Municipal, tendo sido recebidos © acolhidos os contributos dos seguintes servigos: da Divisio de Gestio Urbanistica, do Gabinete de Projeto Municipal das Areas de Reabilitagdo Urbana, da Divisto Técnica Administrativa, da Divisio de Planeamento Urbanistico, da Divisio de Espagos Verdes e da Divisio de Mobilidade e Transportes Termos em que se propde: 1. A aprovacio da proposta de alteragio ao Regulamento Municipal de Urbanizagao e Edificacio, em cumprimento do disposto no artigo 3. do Decreto-Lei n.* 555/99, de 16 de dezembro, na redacio atualmente em vigor; 2. Atenta a eficacia externa do presente Regulamento, cujas disposigdes sito direta e imediatamente aplicdveis aos cidadios, que a proposta de alteragio ao Regulamento Muni ¢ Edificagao seja publicada no site da camara municipal de setibal em www.mun-setubal.pt, ¢ no jornal oficial municipal e em aviso na 2.* série do Diario da Republica nos termos do disposto no ne I do artigo 101.° do Cédigo do Procedimento Administrativo (CPA), com 0 objetivo de ser posto a discussio pitblica, pelo periodo de 30 dias, para recolha de sugestdes dos interessados. 3. Mais se prope a aprovacio em minuta da parte da ata referente a esta deliberacio. ANEXO: Allteragdes ao Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setibal 1.1 ANEXO XII - Elementos instrutérios das operagdes urbanisticas sujeitas a control prévio com consulta 4 Comissio Municipal de Defesa das Florestas 1.2 ANEXO XIII - Normas de Construgao de Espacos Verdes orécnico ocuerevEpivisko CO piRECTOR DO DEPARTAMENTO ‘PROPONENT _ 4 Ore (AROVADT REED pers Vers Conta: A Aino AO) __ vaca Fave ANEXO 1 Alteragdes ao Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setubal Encontrando-se neste momento concluida a ponderagao dos resultados da discussao publica da proposta de Revisdo do Plano Diretor Municipal de 2021 (PDM) e elaborada a versao final para efeitos de apresentagéo & Camara Municipal, torna-se imperioso adequar o presente Regulamento 4 atual proposta de Revisdo do PDM, designadamente no que diz respeito a conceitos, terminologias, qualificacao do solo e remissées. E ainda objetivo da presente alteracdo a este Regulamento, na senda do que 6 a intengéio da Reviséo do PDM, prosseguir necessidades de requalificagao da cidade e do espago de utilizagao coletiva e de estimulo a comportamentos que contribuam para melhorar 0 espaco puiblico. Foi no capitulo V, relativo a Rede Vidria e Pedonal, Ciclovias e Estacionamento, que foram introduzidas alteragdes de relevo, com vista a prosseguir esses fins, nomeadamente com a criagéo de uma nova norma relativa a capitagdo de estacionamento, que garante uma maior adequacéo as necessidades de parqueamento dos diferentes usos e atividades e mais consenténea com a pratica registada em outros municipios da Area Metropolitana de Lisboa, bem como de novas normas relativas as dimensdes dos arruamentos e dos passeios, adequando-as as. exigéncias da legislacao vigente. Tendo ainda em vista uma melhor concego, utilizagéo e manutengao dos espagos verdes piiblicos foram também criadas novas regras ao longo deste regulamento, tendo sido introduzido o Anexo XIII para normas e boas praticas na construgao destes espagos, Promoveu-se por uma alteragao ao Titulo III relativo aos Cascos Historicos, passando a designar-se por Patriménio Cultural e Natural, introduzindo dois novos capitulos, um relativo as futuras intervengdes nos bens iméveis, reforgando a necessidade de trabalhos arqueolégicos e, outro relativo a operagées urbanisticas em centros histéricos, elencando novas regras, identificando as ages interditas e especificando e clarificando agdes de boas praticas com o objetivo de preservar as principais carateristicas arquiteténicas, que hoje se valorizam na reabilitagao urbana. Bem como, atendendo ao valor cultural em presenga considerou-se ainda oportuno a criagao de duas novas contraordenagées relacionadas com o inicio das intervencdes em patriménio cultural identificado na planta de ordenamento do PDM sem assegurar 08 requisitos e condigdes prévias. Por outro lado, decorridos mais de cinco anos desde a ultima alteragao ao presente Regulamento, verificou-se igualmente a necessidade de aclaraco ou correcao de algumas normas, de adequagao a alteragées legislativas que, entretanto, ocorreram, bem como a incorporagao de contributos dos servigos municipais que o aplicaram ao longo deste periodo de tempo. Fruto da publicagéo do Decreto-lei n.° 14/2019, de 21 de janeiro, que introduz alteragdes a gestéo do Sistema Nacional de Defesa das Florestas contra Incéndios 1 7 Regulamento de Edificagao Urbanizacao do Municipio de Setubal =( (SNDFCI) e, que criou a obrigagéo de submeter os procedimentos urbanisticos a consulta da Comissao Municipal de Defesa da Floresta, com o objetivo de cumprimento das regras destinadas a atenuar o perigo de incéndio e conter possiveis fontes de ignico, sentiu-se a necessidade de se_introduzir um anexo (Anexo XIl) ao presente Regulamento, que inclui os elementos instrutorios necessarios a andlise dos pedidos por parte desta Comissao, Refira-se, por ultimo, que nos termos do artigo 99.° do Cédigo do Procedimento ‘Administrativo, a nota justificativa da proposta de regulamento deve ser acompanhada por uma ponderago dos custos e beneficios das medidas projetadas. Ora, dando cumprimento a esta exigéncia legal, acentua-se que a proposta de alteragao ao presente Regulamento, maioritariamente resulta de uma adaptacao as novas exigéncias do PDM, e outras exigéncias legais, dai que grande parte das vantagens desta alteragdo serem a de permitir concretizar e desenvolver 0 que se encontra previsto no novo plano e nos demais diplomas legais, garantindo a sua boa aplicagao e a simplificagao de procedimentos. Assim, as vantagens da presente proposta sao mais de ordem formal do que material. Contudo, com esta adaptagéo ao simplificar e clarificar procedimentos, necessariamente leva a uma maior transparéncia, agilizagao dos procedimentos e bem assim, um incentivo a quem pretenda investir no territério, 0 que a poder vir a traduzir, a médio prazo, numa maior dinamizaco da atividade imobilidria e, consequentemente, num aumento de receita para o municipio. Do ponto de vista dos encargos, a alteragdo ao presente Regulamento nao implica despesas acrescidas para 0 Municipio, nem se criam novos procedimentos que envolvam custos acrescidos na tramitagao e na adaptacdo aos mesmos. Para a elaboragao da proposta de alteragdo ao Regulamento foram consultados os servicos internos da Camara Municipal, tendo sido recebidos e acolhidos os contributos dos seguintes servigos: da Divisao de Gestao Urbanistica, do Gabinete de Projeto Municipal da Areas de Reabilitagdo Urbana, da Divisdo Técnica Administrativa, da Divisdo de Planeamento Urbanistico, da Divisdo de Espagos Verdes e da Diviséo de Mobilidade e Transportes. Artigo 1.° Alteragao ao Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Muni Setubal io de Os artigos 3°, 4°, 6, 8°, 119, 12°, 13°-D, 14%, 19°, 20°, 26°, 27°, 29°, 33, 35°, 37°, 40°, 42°, 55°, 65°, 66°, ¢ 67° do Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setdbal publicado pelo Aviso n.° 10914/2016 de 1 setembro, da 2.® série do Diario da Republica, passam a ter a seguinte redagdo: Artigo 3° () ope & (5 d. Carater de permanéncia e incorporagao no solo: considera-se que uma construgao tem cardter de permanéncia e se incorpora no solo quando a mesma perdure no tempo ou se encontre unida ou ligada ao solo, fixada nele de forma permanente por alicerces, colunas, pilares, apoio fixo ou quando exista ligagao as infraestruturas publicas, ou outros que Ihe confira carater permanente; Anterior alinea d); Anterior alinea e); Anterior alinea f); Anterior alinea g); Anterior alinea h); Anterior alinea i); Anterior alinea Anterior alinea k); m. Anterior alinea |); Aplicam-se ainda as definigbes constantes no artigo 2° do RJUE, no Decreto Regulamentar que procede a fixacao dos conceitos técnicos atualizados nos dominios do ordenamento do territério e do urbanismo, no Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor no concelho de Setubal, no Regulamento Geral de Edificagdes Urbanas (RGEU) e na demais legislacao para o efeito Feo peo Artigo 4° G) Constituem parte integrante do presente Regulamento os Anexos | a Xill 2. Foi revogado o Anexo | relativo as normas de apresentacao de elementos PPya instrutérios, que passou a constar no site do Municipio de Setubal, em https:/www.mun-setubal.pvuso-urbanismo-setubal-online/ Artigo 6° () (.) (.) (ss) Quando 0 terreno seja revestido de pavimento semipermedvel deve ser apresentada ficha técnica relativa as caracteristicas desse pavimento, com identificagao da percentagem/capacidade de permeabilidade. Artigo 8° () Nas operagées urbanisticas que impliquem ocupagées para além dos planos verticais que delimitam os lotes ou parcelas privadas ficam sujeitos a condicionamentos relativos a corpos balangados referidos nos nimeros seguintes e ao pagamento da taxa municipal fixada no RTORMS E admitida a construgao de corpos balancados sobre a via publica, desde que se verifiquem as seguintes condicdes: Regulamento de Edificacao e Urbanizacao do Municipio de Setiibal L a. Emnenhum caso 0s corpos balangados com mais de 0,15 m podem ter uma altura inferior a 3,00 m em relago ao terreno publico. b. Devem manter as caracteristicas e alinhamentos das frentes edificadas marginais as vias que se encontrem estabilizadas, dos conjuntos edificados, ou de edificios considerados de interesse arquitet6nico; c. Nao devem interferir com alinhamentos, preestabelecidos ou existentes, de Arvores, postes de iluminagao publica, ou quaisquer outros elementos. 3. A admisséo de corpos balangados depende ainda do cumprimento dos condicionamentos referidos nos artigos seguintes. Artigo 11° Estacionamento e arrecadagées em propriedade horizontal (Revogado) Artigo 12° Espaco do condominio (Revogado) Artigo 13°-D () po aoopr~ Os residuos resultantes da atividade deverao ser tratados, separados e depositados nos locais adequados para 0 efeito nos termos do disposto na legislagdo em vigor e no Regulamento de Residuos Sélidos Higiene e Limpeza Publica do Municipio de Setubal, nao podendo em situacéo alguma ser depositados nas partes comuns do prédio onde se insere 0 estabelecimento ou no espago pubblico circundante; @. (...) 3. (...) 4. (..) Artigo 14° Ge) 1. A instrugao processual relativa as operagées urbanisticas 6 a que consta na Portaria n° 113/2015 de 22 de abril e nos Anexos | a XIII ao presente Regulamento, explicitando inequivocamente a pretensao e permitindo a andlise cabal da operagdo urbanistica em causa. (..) (..) (Revogado). RON Aeon Regulamento de Edificagao e Urbanizacao do Municipio de Setiibal Artigo 19° (.) Ga) (.) (.) (.) (od: a (...) b (..) c. (...) d._ Iméveis identificados em Planta de Ordenamento — Patriménio Cultural (x) Artigo 20° () Sempre que 0 interessado invoque que o edificio foi construido em data anterior 4 entrada em vigor do Decreto-lei n° 38382, de 07 de Agosto de 1951 (RGEU), se situado dentro de perimetro urbano ou em drea rural de protegao ou sujeita a plano de urbanizago ou de expansdio, ou em data anterior a entrada em vigor do Regulamento Municipal das Edificagdes Urbanas, em 8 de novembro de 1972, se situado em drea rural nao abrangida por plano de expansdo ou de urbanizagao, deveré comprova-lo pela exibigéo dos documentos que tiver ao seu dispor, designadamente certidao predial, certidéo matricial, ou outro documento de valor legal reconhecido com data anterior & entrada em vigor dos referidos diplomas legais. (.) Artigo 26° () Havendo um projeto de decisdo para aprovacao do pedido de operacao de loteamento, de alteragdes a licenga de loteamento ou do pedido de informagao prévia previsto no numero 3 do artigo anterior proceder-se-é previamente a consulta puiblica, por um periodo de 15 dias uteis, através da pagina eletronica do Municipio, publicagao no jornal municipal, aviso a afixar nos locais de estilo num jomal nacional () Artigo 27° (.) opel Regulamento de Edificagdo e Urbanizacao do Municipio de Setubal b. (...) ¢. edital a afixar nos locais de estilo, num jormal local, no jornal municipal e na pagina eletrénica do Municipio. 4. (...) Artigo 29° Equipamentos privados (Revogado) Artigo 33° (.) 1. (.) 2. (.-) 3. Sempre que seja cedida drea para dominio publico para efeito de alinhamento e alargamento das vias e arruamentos é emitida oficiosamente, por parte dos servigos municipais competentes, uma certidéo de integragéo no dominio publico da drea cedida, para feitos registais por parte do particular. Artigo 35° Gd 1 (a): a. Largura minima de 2,00m em frente urbana, a face do passeio em arruamento sem arborizacga b. Largura minima de 2,70m (1,5m largura livre + 1,2m de caldeira) em frente urbana recuada e arruamento com possibilidade de arborizacao; c. Largura minima de 3,20 m (2,0m largura livre + 1,2m de caldeira) em frente urbana, face do passeio em arruamento com arborizacao em caldeira; d. Largura minima de 2,70m (1,5m largura livre + 1,2m de caldeira) em frente urbana, a face do passeio em arruamento com arborizagao em caldeira integrada no alinhamento do estacionamento. ‘SITUAGAD a) SITUAGAO b) ‘SITUAGAD @) SITUAGAO 2. (.) 3. (...) 4. Nos acessos ao interior dos lotes ou estacionamentos, deve o lancil ser rampeado, de acordo com 0 estipulado em legislagao especifica Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setubal 5. Apenas sao admissiveis rebaixamentos de passeio nas zonas de acesso a passadeira, em conformidade com o previsto em legislagao especifica. 6. Anterior n.°7 Artigo 37° Lugares de estacionamento 1. Os lugares de estacionamento devem ter as dimensées minimas previstas na seguinte tabela Tipo de estacionamento |Comprimento minimo (m) Largura minima (m) a. (longitudinal) Viatura ligeira 5,00 2.50 (perpendicular ou obliquo) Mobilidade condicionada 5,00 3,50* Cargas e descargas 7,00 3,00 | “resulta da soma da largura minima de estacionamento 2.50m é da faixa de acesso lateral com 1m. 2. Para o dimensionamento dos lugares de estacionamento devem ser respeitadas as seguintes regras: a. No calculo da area de estacionamento necessaria a veiculos ligeiros considera-se no minimo i. 20m? por lugar de estacionamento a superficie; ii. 30 m? por lugar de estacionamento em estrutura edificada, b. No célculo da area de estacionamento necessaria a veiculos pesados considera-se no minimo: i. 75 m? por lugar de estacionamento a superficie; li, 130 m? por lugar de estacionamento em estrutura edificada. 3. A largura dos corredores de circulagao interna nao devera ser inferior: a. Para veiculos ligeiros: i. 4,00m no caso de estacionamento organizado longitudinalmente; ii. 4,50m no caso de estacionamento organizado até 45°; iii, 5,00m no caso de estacionamento organizado a 60°; iv. 5,50m no caso de estacionamento organizado a 90°. b. Pedonais: i. 0.90m 4. Os servigos técnicos municipais poderao admitir outras dimensdes de lugares de estacionamento ou de corredores de circulagao desde que devidamente fundamentadas de acordo com a legislagao especifica. 5. Os lugares de estacionamento devem ser devidamente identificados e diferenciados com a demarcagao no pavimento dos limites do poligono que os delimita. 6. Os lugares destinados a pessoas com mobilidade condicionada devem ter as seguintes carateristicas: RONS Regulamento de Edificago @ Urbanizagao do Municipio de Setubal a. Ser demarcados através de raias e pintura do simbolo no pavimento cor amarelo e assinalados com placa vertical indicativa do simbolo internacional de acessibilidades; b. Estar localizados ao longo do percurso acessivel mais curto até a entrada/saida do espago de estacionamento ou do equipamento que servem; Localizado perto de passadeiras de pees; Serem concebidas rampas de acesso aos passeios sempre que sejam contiguos a estes; e. Respeitar as normas técnicas de acessibilidade ae Artigo 40° Rampas de acesso automovel a estacionamento Artigo 42° () (.) 2. A escolha da espécie € 0 respetivo compasso de plantagao, deverao respeitar OOReENa a dimensao e caracteristicas do arruamento onde se inserem, bem como o diametro da copa e a altura da arvore em estado adulto, pelo que em projeto, devera ser representado 0 diametro maximo de copa plausivel de atingir. Nas areas urbanas, deve ser mantido, sempre que possivel, 0 compasso de plantagdo bem como o porte das arvores existentes. O projeto de arranjos exteriores deve acautelar uma correta articulagdo com as infraestruturas alojadas no subsolo e elementos instalados na sua projegao vertical, existentes e propostos, através de uma correta selegao de espécies arbéreas, nos termos do Anexo XIII, designadamente quanto as suas raizes e copas. Sempre que se verifique a necessidade de valoragao de material vegetal para efeitos de analise custo/beneficio, esta ¢ feita segundo os principios da Norma de Granada ou outros métodos reconhecidos e comprovados por entidades competentes. Artigo 55° (.) Nao é permitida a ocupagao de espagos verdes publicos por motivo de execucao de obras, salvo em caso excecionais e devidamente justificados, 8 Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setubal desde que previamente autorizadas pelos servigos técnicos competentes da CAmara Municipal, a data do inicio da ocupagao pelo dono de obra Caso seja ocupado um espago verde publico, no final da obra, este devera ser reconstituido e requalificado tal como se encontrava a data anterior do inicio da ocupagao, as expensas do dono de obra. Titulo Ill Cascos Histéricos . Artigo 65° Ambito e area de aplicagao (Revogado) Trabalhos arqueolégicos, achados e obras (Revogado) Artigo 67° Operagées urbanisticas (Revogado) Artigo 2° Aditamento ao Regulamento da Urbanizaco e Edificagao do Municipio de Setubal Sao aditados os artigos 12°-A, 14°-A, 14°-B, 32°-A, 35°-A, 36°-A, 43°-A, 51°-A, 55°-A, 67°-A, 67°-B, 67°-C, 67°-D, 67°-E, 67°-F, 67°-G, 67°-H, 67°-I, 67°-J e 67°- com a segui inte redago: Artigo 12°-A Rampas pedonais de uso provado em espago publico 1. Na construgao de novas edificagdes nao é permitida a construgdo de rampas 2. de uso privado para acesso aos edificios em espago publico. Em edificios pré-existentes s6 ¢ permitida a construgao de rampas pedonais de uso privado em espago piiblico em condigées excecionais e devidamente justificadas, quando as obras necessarias ao cumprimento das normas técnicas de acessibilidade sejam desproporcionadamente dificeis ou requeiram a aplicagéio de meios econémico-financeiros desproporcionados. Artigo 14°-A Sistema de vistas Sempre que uma determinada operagao urbanistica sujeita a control prévio afete o sistema de vistas assinalado na Planta de Ordenamento — Patriménio Regulamento de Edificacaio e Urbanizagao do Municipio de Setubal Natural do PDM deve ser instruida com estudo paisagistico, elaborado por Arquiteto Paisagista, que avalie o impacte dessa operacdo na paisagem. 2. O estudo referido no numero anterior deve contemplar as medidas de enquadramento, valorizagao e minimizagao de impactes na paisagem Artigo 14°-B Intervengdes em bens iméveis do Patriménio Cultural Sempre que numa determinada operagao urbanistica sujeita a controlo prévio ou em obras isentas, haja intervengéo em bens imoveis identificados na Planta de Ordenamento - Patriménio Cultural é necessario instruir 0 pedido ou a comunicacao de inicio dos trabalhos com um estudo de levantamento e caraterizagao histérica, construtiva, arquiteténica e decorativa bem como a justificagéo da adequagao da proposta a intervengao em causa, elaborado por técnico habilitado para o efeito em fungao do valor cultural em presenga. Artigo 32°-A Novos arruamentos 1. A constituigéo de novos arruamentos urbanos, deve integrar faixa de rodagem, passeios, estacionamento e ciclovia, sempre que se justifique. 2. O dimensionamento de novos arruamentos urbanos deve prever 0 acesso as edificagdes por parte dos meios de socorro, incluindo capacidade de estacionamento e manobras dos veiculos de emergéncia. 3. N&o sao permitidos arruamentos em impasse, salvo em casos excecionais devidamente justificados e, tendo em consideragao os numeros seguintes. 4. Sem prejuizo de outras disposigdes mais gravosas, as vias de acesso deverao possuir as seguintes caracteristicas: a. As vias de acesso a edificios com altura néo superior a 9,00m e a recintos ao ar livre devem possuir: i. Faixa de rodagem com uma largura util minima de 4,00m, no caso de vias de sentido unico de circulagdo, com comunicagéo com outras vias; ii. Faixa de rodagem com uma largura util minima de 5,50m no caso de vias com dois sentidos de circulagao, com comunicagao com outras vias; ili, Faixa de rodagem com uma largura util minima de 7,00m no caso de vias em impasse ou em alternativa devem possuir bolsas de retorno que permitam a inverséo de marcha das viaturas de socorro. O comprimento destas vias nao deveré ser superior a 30,00m; iv. 11,00m de raio de curvatura minimo, medido ao eixo da via; V. 15% de inclinago maxima; vi. Pavimento com capacidade para suportar as cargas inerentes as viaturas de socorro. b. As Vias de acesso a edificios com altura superior a 9,00m devem possuir: 10 Regulamento de Edificagdo ¢ Urbanizagao do Municipio de Setubal —— i. Faixa de rodagem com uma largura util minima de 5,00m, no caso de vias de sentido unico de circulagao, com comunicagao a outras vias; ii. Faixa de rodagem com uma largura util minima de 6,00m no caso de vias com dois sentidos de circulagao, com comunicagao a outras vias; ili, Faixa de rodagem com uma largura util minima de 10,00m no caso de vias em impasse ou em alternativa devem possuir bolsas de retomo que permitam a inversdo de marcha das viaturas de socorro. O comprimento destas vias ndo devera ser superior a 20,00m; iv. 13,00m de raio de curvatura minimo, medido ao eixo da via; v. 10%de inclinagao maxima; vi. Pavimento com capacidade para suportar as cargas inerentes as viaturas de socorro. 5. As vias e arruamentos existentes, alvo de correcdo do tragado, devem dar cumprimento ao previsto nos nimeros anteriores, exceto em caso de impossibilidade face as carateristicas do local, podendo nestes casos ser propostas para avaliagaio dos servigos técnicos do municfpio outras solugées alternativas, tais como vias de coexisténcia com primazia do pedo. Artigo 35° -A Passeios com arborizagao Nos passeios com arborizacao, definem-se os seguintes critérios para construgao e disposigao das caldeiras: a. Devem ter dimensdes compativeis com 0 saudavel e pleno crescimento das espécies arbéreas ai plantadas, no sendo admitido que o espaco disponivel para o efeito, isto é, a drea permeavel: i. Tenha uma largura inferior a 1,20 m, no caso de adotar um formato quadrado ou retangular; ii, Tenha um raio inferior a 0,50 m, no caso de adotar um formato circular ou nao retangular. b. Devem assegurar junto ao lancil ou guia de transi¢éo com a rodovia, uma distancia minima do eixo a este de 0,8 m; c. Devem garantir a continuidade de percurso acessivel com distancia minima de 1,50 m; d. Quando localizadas em espagos de circulagao rodovidria, as caldeiras devem ser localizadas de acordo com os seguintes oritérios: i. No eixo dos separadores, quando os mesmos disponham de uma largura livre minima igual ou superior a 1,20 m; ii. Nao é permitida a instalagao de caldeiras em pontos que possam pr em causa a continuidade e seguranca das faixas ou pistas ciclaveis. ©. Quando localizadas em espagos de utilizago pedonal, no sentido de serem minimizadas enquanto obstaculo, devem: i. Ser cobertas por grade ou grelha que oferegam condigdes de seguranga e estabilidade, devendo dispor de sistema antirroubo, ou adotar solugéo de pavimento transponivel (pavimento com agregado), garantindo a infiltragao da Agua no solo; a Regulamento de Edificagéo e Urbanizagao do Municipio de Setubal Artigo 36°-A Parametros de dimensionamento da dotagao de estacionamento 1. Os parametros de dimensionamento da dotagéo minima de estacionamento a considerar em operagées urbanisticas so as constantes do quadro seguinte: fone Ra TA otcon a0, abe 90, f sTSeloucomae.> 200m Dispciges compementares 8) Emigteamertos ov operagées com impacto semelhate a oleamerto, «par de 80 fogos ou mels de 10000? de a jor | leeds aproseniaco eetdo de raga eeetaconament, Habitagdo” |b} 0 numero tal delugaresresularte de apcarso dos ctérosaniroes 6 acrescdo de 20% para estaconaranio Bubtca, Excesonam 2e cesla dopaagso as stuagdes de ater de uso em seas consldadas, nomeadamante ss Qe stam ladas por sara de lteamora ¢ com as Gores de urbanzagso execuladst om ave "ao el eencaante Possivel gran onlmaro de ugares de eataconamenta pica xii €)Acaptsto de eraconamenta a comptpeias resencias de estodarteseresidénciasstior deverk se usbicada ataves da apresertarao do estudo da algo eelaconamem. |‘ orterencitmerte sempre gus posi seaiagaoe apicata por Ulla | T ano mae oS Dispoigdsscomplemenares | | SBplancros cette ce eaconaret scars sire oa, cod | Sinecoa ate | yOnamre taser ena rena pci oto airs arto |5h3oxc pra exasonanon panten Cesc dase Sepia sate Seg Se cs farina | on sentcnsinin tmenonarn ur ep Sssh pov scone econes coat S scensgi eeaatte’ on aoe uote oicaret fash gs shanoe de hase Ssucorarern pics exis |e snntnenoe Seri con a> 1000r devs aeneiare ero go « hacen jaonnde prc eop ce ease Sea peso rr dee ut pan pce Oc con un mrina toerovem terse a pesto Cau otis ocraconumo inteanisa fcaree ‘ttapuga deluge co Ser cocaine pr we ea Comércio Hipermercdos, oe Cervos comers Comercio | Asresentagbo de stud dewilegoe estacionarent, *lugadlso ra Sapiro ‘nme oa se lugares de estaconsmentoresulante da aplicao dos ctrios anteriores #acrscio de 20% bara estaconaments ples. Excec Gosia Ssposigao as stuapoes do aleroqao de Uso em Aten roe chm a oat de urbanizagao Tugares de eslaconamerto pabies Senvigos ») Para esabelecimentos ce serigoe com a..>2500 m deversapresenla-e eudo de tlegoe estaconamerto lustfcendo a sutancia de capagao de etacorament 2) Nas nstaagoes destnadze a ocolas do conduyao, stands de vende de auomdéves, agtrcss de alvguer de ‘uomaves @ suas fis, ofcnas ou as que stam Ge estabslocmento 2 alvces do rnesma raves, © Tespetvo lceneamento fear coccionado& exstrcia de estaconamerto prvato ara o mero de vices & Spies Be eae Ge WATS @ Giana FUNTEATDS 8 WORN para velles ge | 9)" Doverapreverse no Inter do ote 1 lugar de pesedos por cada 00m? de ac, com um minimo de 1 ugar ou, am Indusviae | stomata, a apreseniagso de elude ae steno estasionament urifcando a swctencia de de lugares de Industia@ | targus e descargas para veledoe peador © igeroet ») CO numero fa de lugares ce esaclonamento pare veluls igevos resultant da aptcacto dos clros anteriores & cece de 20% para estacicnamentopubleo. Cacesonam-se cesta iaponeao ae suagoes de aera ao soe” || Hess cancaldeass,nomeadamente a Qe eve tladas por svara de otamenio com a8 obras de urbanzaga0 || execulaae, em qus nfo sea feencamente possivel grant a numero de lugares de estaionatnani palice exits 12 Regulamento de Edificagao e Urbanizacao do Municipio de Setubal PARAMETROS DE DOTAGAO DE ESTACIONAMENTO _ T Lugares de estaclonamento iva ar avalos Caso & cto, provers Se Breas de eaiacionamenio ara ulaies | tencionas, bem come ipa para suiocarolcargase descargas | Attu inceativo asus 3) Ezupamento esol Equipamentos |) Esupamento cut re 25 were. Pats salas om capacdade superior a 300 utenies deve ser orevisio 1 Socials, Culturals, |” ugar de eslaconamento para aulcaros 0 rtatt do lle ou em zona adjacenis ao elce. Quance comprovada & Escolares, impossticade "ecaca ou Incowenlcle Ubanisiea deve ser asteguada # posubidade ce uilzagao. do Desportvos, |__ealaconamento pubes num ode 800m. Relgiosas © |) Equpameta dosporivo 3 lugares /Olm de rea da imlanagao ou de ac. consosnte ae stem de euipamentos ‘Outros Sesooberos ou cobenon Hospltasres |#) Eduipamentohospitar~ 1 uga’/3 cams ©) Equipamentoiioss- lugares 100m a ‘A camara Muna! poder enigrsapresentgio de eetudo de talaga extacionamento pare lusticar a aién'a de ‘aplagao de estaccnamen, ara esabeleamenios som mais de 50 uidade de ajamento deve ser provi 1 ugar de etaconamento oars caro no ier do le ou em Zona acjacnte so eds, Em so wha pode ser asmdo em atematva t ugar de | paragem de auocare para tomada © agada ds passageros Emoreendimentos |b) usraa comprovada a mpossibiiade seca ou insonverércia ubanitic,ou 8 ua pare depensa sem prune da "Tursticas. | lapto apleavel. deve sor assogurada 2 possllsede de Wzatao de eslcionamanto ul num rio ce SOD | ).Casoo estacelocimerto possus sslas de espelaculo ou de feunbe apica-e cumulabvamnte& egra dos eqUpaments [ues A cons Mei! pte exp 2 speedo ero ce lgo © eracorameno pr jen sfiécia do [cei tarde. paras emcee | | lugar de veicuos lgetos/5uentes cues rr a — usosiatvidades casos especiais | A camara Municipal poderd exo coping ce astaconoment, presenaio de etudo de uilego #eslaonamento para justeara sufcincia da 2. Os lugares de estacionamento, em ntimero para além do exigido podem constituir fragdes auténomas, desde que constituam unidades independentes, distintas e auténomas entre si, 3. Excecionalmente pode ser admitido o no cumprimento dos pardmetros de dotagao de estacionamento dentro do lote ou parcela quando comprovadamente se verifique alguma das seguintes situagdes: a) Intervenges em edificios classificados ou localizados nos Espagos Centrais — Centro Histérico e nos Espagos Habitacionais — Centro Histérico, quando a criagao de acesso de viaturas ao seu interior prejudique ou seja incompativel com as suas caracteristicas arquiteténicas; b) Edificios a construir em locais sem possibilidades de acesso a viaturas seja pelas caracteristicas do arruamento ou por razdes de trafego; ©) Nas diferentes categorias de Espagos considerados Consolidados nos termos do regulamento do PDM, quando se verifique mudangas de uso residencial para outro uso @ nao seja possivel a dotagdo do estacionamento resultante da aplicagao dos parémetros constantes do quadro do n.° 1; d) Quando comprovada a impossibilidade de natureza técnica, nomeadamente em fung&o de caracteristicas geolgicas do solo, niveis fredticos ou comprometimento da seguranga de edificagdes envolventes ou das caracteristicas da malha urbana existente. 13 Regulamento de Edificagao e Urbanizacao do Municipio de Setibal 4. Excecionalmente pode ser admitido o no cumprimento dos parémetros de dotagao de estacionamento publico, nos Espagos Centrais e Espagos Habitacionais — Centro Hist6rico e Espacos Habitacionais Consolidados, quando: a. A criagao do estacionamento prejudique gravemente o alinhamento; b. Comprometer a continuidade da malha urbana e tal seja considerado prejudicial para a imagem da cidade; c. Nao exista espaco disponivel na zona objeto de intervenga 5. Excecionam-se ainda do disposto no quadro constante do n.° 1 as situagdes de alteragéo de uso em espagos considerados Consolidados nos termos do PDM, onde se inclui o Centro Histérico, nomeadamente as que estejam tituladas por alvaré de loteamento e com as obras de urbanizagao executadas, em que nao seja tecnicamente possivel garantir 0 ntimero de lugares de estacionamento ptiblico exigido. 6. Os pardmetros de dotagdo de lugares de estacionamento publico indicados no quadro do n.° 1 tém aplicagao exclusiva nas operagées de loteamento e nas obras de edificagao com impacte semelhante a uma operacao de loteamento. 7. Na concegao e construgéo de parques de estacionamento, sero reservados lugares de estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada no seguinte numero minimo: Lotagao de lugares do parque | N° de lugares a reservar Ate 70 7 | 14.425 2 26 a 100 3 101 a 500 4 Mais de 500 1em cada 100 8. Poderd ser exigida a apresentagao de estudo de tréfego e estacionamento para justificar a suficiéncia ou insuficiéncia de capitagao de estacionamento, contendo designadamente os seguintes elementos que permitam avaliar: a. A acessibilidade do local em relagao ao transporte individual e coletivo; b. O nivel de servigo (volume de tréfego (v)/capacidade da via (c)) das vias envolventes; ©. A capacidade de estacionamento do préprio lote ou parcela e nas vias que constituam a sua envolvente imediata, considerando as necessidades de acordo com cada utilizagao; d. © funcionamento das operagdes de cargas e descargas e a area de estacionamento prevista para as mesmas. Artigo 43° -A. Alteragao do sistema publico de rega decorrente de obras particulares Nao 6 permitida a alteragao do sistema ptiblico de rega decorrente da execugao de obras particulares sem informagao previa e respetiva autorizagéo dos servicos técnicos da Camara Municipal. 14 Regulamento de Edificagao e Urbanizacao do Municipio de Setubal Artigo 51° -A Encerramento Provisério de vaos Nas situagdes excecionais em que a recomendagao técnica seja entaipamento ou emparedamento provisério, a agdo a desenvolver deve, na medida do possivel, assegurar 0 minimo impacto visual e nao danificar os materiais existentes e originais de modo irreversivel. Previamente a qualquer intervengao com vista ao encerramento provisério deve ser efetuada limpeza de forma a assegurar as condigdes de seguranga e salubridade da edificacao. Da intervengao deve ser garantido 0 correto arejamento do interior, de forma a no acelerar o processo de degradagao, mas sem permitir 0 acesso de pessoas ou animais domésticos; Nos encerramentos de vaos, nos casos de emparedamento, o acabamento final deve ser idéntico a fachada, normalmente rebocada e pintada com tinta nado texturada. Admitir-se-é ainda cores dois tons abaixo ou acima da cor da fachada ou na cor das caixilharias ou portas originais. . O plano de encerramento deve ficar recuado em relagao ao emolduramento dos vos, idéntico ao plano original das caixilharias. Artigo 55°-A Intervengao em arvores por motivos de obra Todas a estruturas verticais, ao nivel do solo e subsolo, necessarias ao desenvolvimento de qualquer obra, néo devem interferir com arvoredo puiblico e respetivo sistema radicular. Sempre que existam situagdes onde nao haja possibilidade de evitar a interferéncia de estruturas com arvores publicas, devem ser consultados e informados os Servigos Técnicos da Camara Municipal, para avaliagéo da situagéio em causa, realizacao de proposta altemativa e indicagaio das normas de protegao ao arvoredo, em ambiente de obra, a implementar pelo dono de obra, no respetivo perimetro. Nao é permitido a qualquer particular executar operagées nas copas das Arvores por motivos de obras. . Sempre que haja necessidade de executar qualquer operagdo nas copas de Arvores por motivos de obras, deve ser comunicado pelo dono de obra aos Servigos Técnicos da Cémara Municipal, as intervengées com 15 dias tteis de antecedéncia, para que estas operagées, sejam realizadas pela equipa de arboricultores do municipio. Titulo Ill Patrimonio Cultural e Natural Capitulo 1 Disposigées Gerais Artigo 67°-A Patrimonio Cultural 45 io de Setubal Regulamento de Edificacdo e Urbanizagao do Muni A intervengao em bens iméveis identificados na Planta de Ordenamento — Patriménio Cultural é precedida por vistoria a realizar por Comissao Municipal constituida para 0 efeito com competéncia na area do patriménio Artigo 67°- B Trabalhos arqueolégicos Todas as operagdes urbanisticas que impliquem remogo ou revolvimento de solos, localizadas nas areas de sensibilidade arqueolégica, identificadas na Planta de Ordenamento - Patrimonio Cultural do PDM, estao sujeitas a Plano de Trabalhos Arqueologicos. O Plano de Trabalhos Arqueolégicos deve ser aprovado pela entidade da administragao central que tutela o patriménio arqueolégico, nos termos da Lei especifica, com vista A aplicagéo obrigatéria das medidas ou providéncias limitativas definidas no mesmo, ou outras, visando a identificagao e salvaguarda de potenciais valores arqueoldgicos. Todas as operacées urbanisticas que impliquem intervengdo em paredes mestras ou estruturais, nos bens iméveis que integram a Planta de Ordenamento — Patriménio Cultural,o Plano referido no n° 1 deve incluir sondagens parietais prévias A emissdo de licenga ou admisséo de comunicagao prévia das obras referidas no n° 1, apenas tera lugar mediante apresentagéo do comprovativo de aprovacao do Plano de Trabalhos Arqueolégicos, por parte da entidade da administragao central que tutela 0 patriménio arqueolégico Nos casos de obras isentas de controlo prévio, nomeadamente, obras de conservagao, reparagao, reabilitagéo ou quaisquer outros trabalhos de melhoramento que impliquem remogdo ou revolvimento de solos, incluindo 08 trabalhos de reforco e/ou manutengao das infraestruturas em subsolo, 0 comprovativo referido no nuimero anterior deve ser apresentado com a comunicagao do inicio dos trabalhos. Apos a conclusao das obras ou com o pedido de autorizagao de utilizagao, deve ser apresentado o respetivo Relatério de Trabalhos Arqueolégicos, aprovado pela entidade da administragao central que tutela 0 patriménio arqueolégico, em formato digital, incluindo as plantas gerais das diferentes layers de escavagéo (em _ formato dwg e/ou shape file georreferenciados, sistema ETRS 89) Exceciona-se do n.° 4e do n.° 5 os casos tecnicamente fundamentados, nomeadamente quando o estado de conservagao do imével possa por em causa a devida seguranga para a realizagao dos trabalhos arqueolégicos, Capitulo Il Centros Histéricos . Artigo 67° - C Ambito e area de aplicagao O presente capitulo aplica-se as areas edificadas que correspondem a classificagao de Centro Histérico conforme definido em Plano Diretor Municipal de Setubal, compreendidos no interior no interior dos limites do perimetro do sistema 16 Regulamento de Edificacdo e Urbanizagao do Municipio de Setubal defensivo, muralhas, de Setubal e no Bairro Salgado, e pelas Areas edificadas que correspondem aos nucleos histéricos de Vila Nogueira de Azeitdo, Vila Fresca de Azeitao, Aldeia Rica, Aldeia de Irmaos e Oleiros. Artigo 67° - D Operagées urbanisticas As operagées _urbanisticas, a realizarnas reas referidas no artigo anterior, devem respeitaras caracteristicas dos edificios existentes e malha urbana envolvente, bem como integrar os elementos arquitet6nicos, plasticos ou decorativos mais expressivos, reutilizando sempre que possivelos materiais removidos da edificagao pré-existente e suscetiveis de utilizagéo ou, em alternativa, utilizando materiais de igual natureza e qualidade. Artigo 67°- E Coberturas 1. A substituigéo de telhados deve ser feita mantendo a forma, o volume, a aparéncia bem como os elementos de remate ou beiral primitivo, salvo em casos tecnicamente fundamentados, na impossibilidade da sua manutengao ou recuperagao, ou quando for permitido o aumento de cércea. 2. No revestimento nao é permitida a substituicdo da telha tradicional ceramica por outras de cor distinta ou vidradas, nem por fibrocimento, chapas onduladas ou semelhantes. 3. Quando admissivel o recurso a trapeiras estas deverdo ser verticais, ficando sempre recolhidas em relagao ao plano da fachada, nunca interrompendo o beiral do telhado ou a platibanda, consoante o caso. 4. A dimenséo e configuragao das trapeiras devem ser cuidadosamente projetadas, considerando os alinhamentos com os vaos existentes nas fachadas correspondentes e as tipologias mais caracteristicas. 5. As claraboias existentes devem ser recuperadas e mantidas na sua forma original. Artigo 67° - F Portas e janelas 1. Nas operagées urbanisticas de edificios existentes devem manter-se os vos originais, quer no que conceme a sua configuragao e dimensdo, quer no que respeita a sua localizagao na fachada. 2. Excecionalmente admitem-se intervengdes de alteracao de vos, desde que assegurada a métrica e 0 ritmo dos vaos originais, néo podendo comprometer a leitura harmoniosa da fachada. 3. As guamigées ou molduras existentes, tradicionalmente em cantaria de pedra calcéria rija aparelhada, bujardada (a pico fino) ou amaciada, ou em argamassa pintada, devem ser mantidas e tratadas, 4. Excecionalmente aceita-se a substituiggo das guamicdes ou molduras existentes nos casos em que se verifique a impossibilidade técnica da sua manutengao e desde que, a largura, mantenha a proporcdo tradicional 5. Nao é admitida a aplicagao de materiais pétreos polidos em soleiras e peitoris, 6. Nao sao admitidos capeamentos nem a pintura das cantarias existentes. 7 Regulamento de Edificago e Urbanizacao do Municipio de Setubal 7. As portas, sempre que apresentem caracteristicas tradicionais devem sé mantidas e recuperadas ou, na impossibilidade técnica, substituidas por outras de idéntico material, desenho e cor, considerando que: a. Nas portas tradicionais, em madeira devem ser pintadas a tinta de esmalte sem brilho; b. As cores a adotar nas portas devem ser idénticas as do aro fixo das caixilharias das janelas e ndo devem ser brancas; c. Acaixa de correio, sempre que possivel e adequado, deve integrar-se harmoniosamente na porta; 8. Devem ser mantidas e recuperadas as serralharias existentes ou, na impossibilidade, a sua substituigdo por outras idénticas. 9. Nas janelas privilegia-se a aplicagdo de caixilharia em madeira, mas é admissivel a aplicagdo de caixilhos em PVC ou aluminio termolacado desde que seja mantida a expressdo e imagem das janelas tradicionais, respeitando © perfil curvo (excluindo o perfil retilineo) ou trabalhado. 10. Nao é permitido a aplicagao de estores ou persianas exteriores. 11.As portadas interiores em madeira devem ser mantidas como sistema de ensombramento. 12. As travessas e pinazios deverdo ter expressao exterior. 13.Nos vidros nao s4o admissiveis acabamentos com cor, fosco, espelhado ou solugdes similares. 14.Apenas so admitidas excegdes aos ntimeros anteriores em edificios existentes com titulo valido onde a solucdo foi devidamente aceite em mapa de acabamentos em sede de telas finais, ou em construgao nova devidamente enquadrada na solucao arquiteténica. Artigo 67°- G Revestimentos e Acabamentos 1. Na reabilitagao de edificagdes existentes sero aplicados nos paramentos de fachadas, empenas, tardoz e muros, unicamente rebocos lisos e afagados, preferencialmente em argamassa decal e areia, pintados ou caiados. 2. Nas reconstruges, a eventual marcagao de socos, cunhais ou pilastras, molduras de vaos e comnijas, cimalhas, contrabeirados, remates, etc., sera feita em cantaria de pedra calcéria bujardada a pico fino ou amaciada, ou em argamassa lisa e saliente, no minimo a 1 cm da parede, caiada ou pintada 3. As pilastras e cunhais quando previstos, deverdo ter uma largura minima de 0,30 m e ser proporcionais a dimensao da fachada 4. Nao é permitida a remogdo de azulejos de valor relevante em fachadas, atendendo a sua raiz historica, cultural e artistica, conforme legislagdo aplicavel 5. Excetuam-se do numero anterior, 0s casos que, comprovadamente, seja impraticavel a sua recuperagéo podendo, pontualmente, admitir-se a substituigdo dos azulejos primitivos por réplicas de material id&ntico. 6. Nas fachadas confinantes com arruamentos publicos, as tintas a utilizar ndo podem ser do tipo areado ou texturado. 7. Apenas se admitirao tubos de queda para escoamento de aguas pluviais pelo exterior do edificio em acabamento idéntico a fachada. 18 1ento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setubal 8. E interdita a colocagao de algerozes e caleiras nas fachadas confinantes Z arruamentos publicos 9. Nas construgGes existentes as pinturas exteriores devem manter a cor atual ou qualquer uma das cores primitivas, considerando que os pigmentos tradicionais so a cal (branco), ocre (éxido amarelo), vermelhao (éxido de ferro) e cor-de- rosa (almagre). 10.Admitem-se excecionalmente outras cores, menos tradicionais, desde que aceites pelos servicos técnicos da CAmara Municipal. 11.08. edificios de equipamentos piblicos, elementos marcantes por si so da malha urbana onde se inserem, podem ser realgados através da utilizagao de cores excecionais, Artigo 67°-H Competéncia para fiscalizar Anterior artigo 67°-A Artigo 67°-1 Contraordenagées Anterior artigo 67°-B com a seguinte redagao: 1. Sem prejuizo do disposto no artigo 98.° do RJUE, sao puniveis como contraordenagao, as seguintes infragdes: a. A falta de informagao sobre o inicio das obras, em violacao do disposto no artigo 45.° do presente Regulamento; b. Desrespeito pelas condigdes impostas para a ocupacdo do espaco piblico, por motivo de execugao de obras, em violagao do disposto nos artigos 55.°, 58.° e 59.° do presente Regulamento; c. A ocupagao do espago ptiblico, por motivos de execugao de obras, sem a prévia comunicagao, em violagéo do disposto no artigo 56.° do presente Regulamento; d. Ano afixagao do aviso de realizagao de obras isentas de controlo prévio previsto no n.° 5 do artigo 56.° do presente Regulamento; e. Aintervengao em bens iméveis identificados na Planta de Ordenamento ~ Patriménio Cultural sem a vistoria prévia prevista no artigo 67.°-A do presente Regulamento; f. O inicio dos trabalhos que impliquem remogao ou revolvimento de solos, localizadas nas éreas de sensibilidade arqueolégica, identificadas na Planta de Ordenamento - Patriménio Cultural do PDM, sem Plano de Trabalhos Arqueolégicos, previsto no artigo 67.°-B__ presente Regulamento, 2. As contraordenacdes previstas nas alineas a), b), c), e) e f) do n° 1, sao puniveis com coima graduada entre o minimo de 100 euros e o maximo 2.500 euros, no caso de pessoa singular, e entre o minimo de 500 euros e 0 maximo 5.000 euros, no caso de pessoa coletiva. 3. A contraordenagao prevista na alinea d) do n° 1, séo puniveis com coima graduada entre 0 minimo de 100 euros e o maximo 1.500 euros, no caso de pessoa singular, e entre o minimo de 250 euros e o maximo 2.500 euros, no caso de pessoa coletiva 19 Regulamento de Edificagdo e Urbanizagao do Municipio de Setubal 4. A competéncia para determinar a instauragéo dos processos de contraordenagao, para designar o instrutor e para a aplicacdo das coimas, pertence ao Presidente da Camara. 5. A tentativa e negligéncia sao puniveis. Artigo 67°-J Ocupagio ilicita do espago publico por motivos de obras Anterior artigo 67°-C Artigo 67°-L Custos da remogao Anterior artigo 67°-D Quanto aos anexos constantes do presente Regulamento so aditados o anexo Xi relativo 4 instrugao dos pedidos das operagées urbanisticas sujeitas a controlo prévio com consulta 4 Comisséo Municipal de Defesa das Florestas e 0 anexo XIll relativo as normas de construgdo dos espagos verdes. Artigo 3° Entrada em Vigor O presente regulamento entra em vigor no dia util seguinte ao da sua publicacao. REGULAMENTO DE EDIFICAGAO E URBANIZACAO DO MUNICIPIO DE SETUBAL Preambulo Com a publicagao do Decreto - lei n.° 26/2010, de 30 de margo, que introduziu no ordenamento juridico portugués alteracdes significativas ao Regime Juridico da Urbanizagao e da Edificago estabelecido pelo Decreto - lei n.° 555/99, de 16 de dezembro, aliada a experiéncia adquirida pela aplicacdo do regulamento municipal, verificou-se a necessidade de atualizar 0 mesmo regulamento no sentido de potenciar um documento operativo coerente com a legislagéo em vigor e, consonante com a experiéncia entretanto adquirida, agil nos procedimentos e ajustado a pratica e politica urbanistica e objetivos estratégicos assumidos pelo Municipio. Esta atualizagéo e alteragéo do regulamento em vigor permitira reforgar a transparéncia e eficdcia dos procedimentos, a coeréncia e 0 entendimento das decisées municipais assumidas, valorizando, cada vez mais, a relagao do Municipio com a populagdo em geral, na construgao de um territério sustentado e qualificado. Tendo em consideragéo que € dever do Municipio consagrar em regulamento municipal especifico todas as alteragdes introduzidas no Regime Juridico da Urbanizagéo e Edificagdo, no que respeita a adequagdo de procedimentos, atualizagdo de conceitos ¢ preceitos legais e a simplificago administrativa, a Camara 20 Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setubal Municipal de Setdbal apresenta_ o REGULAMENTO DE EDIFICAGAO : URBANIZAGAO DO MUNICIPIO DE SETUBAL, adiante designado por REUMS. TITULOI Disposigées Gerais Artigo 1° Lei Habilitante O presente regulamento é elaborado nos termos do artigo 241° da Constituigdo da Repubblica Portuguesa, da alinea 0), do n.° 1, do artigo 13° da Lei n.° 159/99, de 14 de setembro, da alinea a), do n.° 2, do artigo 53°, da alinea a), do n.° 3, da alinea a), do n° 6 e da alinea a), do n.° 7, todos do artigo 64° da Lei n.° 169/99, de 18 de setembro, com as alteragées introduzidas pela Lei n.° 5-A/02, de 11 de janeiro e ulteriores alteragdes, e do artigo 3° do Decreto - lei n.° 555/99, de 16 de dezembro, na versao atual, designadamente com a publicagao do Decreto - lei n.° 26/2010 de 30 de margo, com as alterag6es introduzidas pela Lei n.° 28/2010, de 2 de setembro consagrando 0 Regime Juridico da Urbanizagao e da Edificacao, doravante designado por RJUE. Artigo 2° Objeto e ambito de aplicacao 1. O presente documento regulamenta os principios e as regras aplicaveis as. diferentes operagées urbanisticas previstas no RJUE. 2. Este Regulamento aplica-se a area do Municipio de Setubal, sem prejuizo da demais legislagdo em vigor nesta matéria e do disposto nos planos municipais de ordenamento do territério em vigor. 3. As taxas devidas pela realizado de operagdes urbanisticas e atividades conexas constam do Regulamento de Taxas e Outras Receitas do Municipio de Setubal (RTORMS). Artigo 2°-A, Termos e prazo de autoliquidagao 1. O pagamento das taxas a liquidar no ambito das operagées urbanisticas podera ser feito através de depésito na conta bancaria n.° 2271 7747 0601 titulada a Camara Municipal de Setubal, do Novo Banco, a que respeita o IBAN: PT50 007 0227 0017 7470 6016 7. 2. Nas situagdes referidas no numero anterior deve ser entregue cépia do respetivo comprovativo do depésito, identificando a operagao urbanistica a que respeita. 3. O pagamento das taxas devidas no Ambito do procedimento de comunicagao prévia é feito por autoliquidaco no prazo de 60 dias, contados do termo do prazo para a notificagéio a que se refere 0 n.° 2 do artigo 11° do RJUE. Artigo 3° Definigées at 3. Com Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setiibal 0 objetivo de uniformizar 0 vocabuldrio urbanistico, so consideradas as seguintes definicdes: a, Alpendre: elementos rigidos de cobertura que, em saliéncia do plano vertical da fachada de uma edificagao, tem fungées de protegao, estadia ‘ou apenas decorativas; Anexo: edificio de um sé piso destinado a uso complementar e dependente do edificio principal, nele nao integrado e nado podendo contribuir para a alteragao da tipologia daquele; Balango: a medida do avango de qualquer saliéncia tomada para além do plano da fachada; Carater de permanéncia e incorporagao no solo: considera-se que uma construgo tem carater de permanéncia e se incorpora no solo quando a mesma perdure no tempo ou se encontre unida ou ligada a solo, fixada nele de forma permanente por alicerces, colunas, pilares, apoio fixo ou quando exista ligacao as infraestruturas puiblicas, ou outros que Ihe confira carater permanente; Corpos balangados sobre a via publica: todos os elementos salientes, com excegao de comijas e beirados, projetados sobre o espago publico, com balango superior a 0,30m, para além dos planos verticais que delimitam os lotes ou parcelas edificavei Elementos dissonantes: elementos que se evidenciem por caracteristicas negativas, falta de qualidade e/ou de integragao e que se traduzam por uma intrusao arquiteténica desqualificadora do imével ou da harmonia do conjunto urbano; indice de impermeabilizagao: quociente entre o somatorio de todas as reas pavimentadas com materiais impermeaveis ou que resultem no mesmo efeito, incluindo as areas de implantagao da edificago principal, piscinas, anexos e todas as obras de escassa relevancia urbanistica e a area de solo do prédio ou lote, expresso em percentagem; Construgées ligeiras, sumdrias e autonomas: as construgdes destinadas a anexos de apoio a exploragdo agricola ou ao jardim, abrigos para equipamentos de captacao de agua, casas de maquinas de piscinas, pérgulas, abrigos para instalagées técnicas e casas do gas; Plano evolutivo de fachadas: conjunto de elementos graficos e escritos representativos de uma possivel evolugéo da imagem da fachada contemplando todos os elementos que possam vir a ser adicionados, nomeadamente, estendais, marquises, aparelhos elétricos, tipo de revestimento, etc. Edificios contiguos e funcionalmente ligados: edificios vizinhos sem necessidade de ligagao estrutural ou material entre eles, mas que apresentam ligagdo entre si pela existéncia de partes comuns afetas ao uso de todas ou algumas unidades ou fragdes que os compéem; Equipamento Iidico e de lazer: campos de jogos, estruturas aligeiradas destinadas a recreio, repouso, pratica de atividades ludicas ou desportivas; Forma da fachada: aparéncia externa da fachada, compreendendo o Conjunto de superficies que a compéem, incluindo designadamente os vos € 08 seus elementos de guarni¢ao, paramentos e outros elementos constituintes, tais como corpos balangados, elementos decorativos materiais de revestimento; 22 Regulamento de Edificagao e Urbanizacao do Municipio de Setubal m.Forma dos telhados ou coberturas: aparéncia_ externa compreendendo 0 conjunto de superficies que a compoem (planos de nivel ou inclinados), incluindo designadamente altura da cumeeira, geometria das aguas, materiais de revestimento, platibandas ou balaustradas, beirados, aberturas e chaminés; 4, Aplicam-se ainda as definigdes constantes no artigo 2° do RJUE, no Decreto Regulamentar que procede a fixagdo dos conceitos técnicos atualizados nos dominios do ordenamento do territério e do urbanismo, no Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor no concelho de Setubal, no Regulamento Geral de Edificagdes Urbanas (RGEU) e na demais legislagao para 0 efeito. Artigo 4° Anexos ao regulamento 3. Constituem parte integrante do presente Regulamento os Anexos | a XIll. 4. Foi revogado o Anexo | relativo as normas de apresentagao de elementos instrutérios, que passou a constar no site do Municipio de Setubal, em hitps://www.mun-setubal, pt/uso-urbanismo-setubal-online/ Artigo 5° Abreviaturas ARU - Area de Reabilitagéo Urbana AVAC ~ Aquecimento, Ventilagao e Ar Condicionado DGOTDU - Diregao Geral de Ordenamento do Territério e Desenvolvimento Urbano GAGIAS ~ Gabinete de Gestao de Infraestruturas de Agua e Saneamento IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado NIB — Numero de Identificagao Banoaria PDM — Plano Diretor Municipal PMOT - Planos Municipais de Ordenamento do Territério RCCTE — Regulamento das Caracteristicas de Comportamento Térmico dos Edificios REUMS — Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setubal RGEU — Regulamento Geral de Edificagdes Urbanas RJUE — Regime Juridico da Urbanizagao e da Edificagao ROEP — Regulamento de Ocupagao do Espago Publico e da Afixacao, Inscrigao e Difusdo de Mensagens Publicitarias de Natureza Comercial RRSULPMS — Regulamento de Residuos Sdlidos Urbanos ¢ Limpeza Publica do Municipio de Setubal RTORMS — Regulamento de Taxas e Outras Receitas do Municipio de Setubal SIR — Sistema de Industria Responsavel STP — Superficie Total de Pavimentos SNDFCI - Sistema Nacional de Defesa das Florestas Contra Incéndios TITULO II Urbanizagao e Edificagao CAPITULO! 23 Regulamento de Edificago e Urbanizagaio do Municipio de Setubal Disposigées Gerais Artigo 6° Drenagem e indice de impermeabilizacao . A descarga de todas as aguas pluviais provenientes da area impermeabilizada de cada prédio ou lote devera processar-se por infiltragao no proprio terreno tendo em conta as caracteristicas do mesmo, de forma a evitar o escoamento destas para a via publica e/ou propriedades confinantes. As aguas prediais pluviais, que nao sejam suscetiveis de infiltragao no proprio. terreno, deverdo descarregar na via publica, na valeta/caleira do lancil ou em escoamento superficial, salvo 0 uso de melhores téonicas conhecidas e fundamentadas. Sem prejuizo do disposto no Regulamento do PDM e em regulamento proprio, 0 indice maximo de impermeabilizacdo deve ser inferior a 70% da area total do terreno, sendo que este valor, desde que garanta a infiltracdo referida no numero anterior, podera ser ajustavel quando tecnicamente justificado e, desde que aceite pelos servicos competentes. Quando 0 terreno seja revestido de pavimento semipermedvel deve ser apresentada ficha técnica relativa as caracteristicas desse pavimento, com identificagao da percentagem/capacidade de permeabilidade. Artigo 7° Muros de vedagao - Os muros de vedagao confinantes com espagos piblicos, quando edificados ‘em material de construgaio opaco, néo podem exceder 1,00m de altura, Excetuam-se do disposto no numero anterior, situagdes pontuais para integragdo de portées e marcagao de entrada, quadros técnicos e contadores, 08 quais deverao ter as medidas regulamentares. . Os muros referidos no ntimero 1, podem ser encimados por rede, gradeamento ou outros materiais desde que permitindo a permeabilidade visual, ventilacao e insolagdo, até uma altura maxima total de 1,80m, medidos a partir da base. . As vedagdes em sebe vegetal poderdo elevar-se até uma altura maxima de 2,50m e nao devem transpor o limite do prédio ou lote. . Para efeitos de medigao da altura dos muros de vedacdo, considera-se como referéncia: a. Se confinantes com espaco publico: i. A cota média do terreno publico ou do lancil, existente ou proposto, confinante com 0 muro; ii, Em arruamentos em declive consentir-se-d, na parte descendente a partir da cota média, uma tolerancia de altura até ao méximo de 4,50m b. Entre terrenos vizinhos: o perfil natural do terreno (cota altimétrica média). . Pode ser imposta a redugdo da altura dos muros, a supressao de redes ou gradeamentos, ou ainda permitida a sua construgéo com altura superior, quando: 24 Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Settibal a. Haja interesse na defesa do patriménio arqueolégico, histérico, cultural ou paisagistico, natural ou edificado; b. Salvaguarda de enquadramentos estéticos e urbanos; ©. Se justifique pelas caracteristicas excecionais decorrentes da topografia, utilizagdo ou ruido No caso de muros de vedacao de terrenos de cota superior a do arruamento ou espaco pliblico, sera permitido, quando necessario, que 0 muro ultrapasse a altura definida no n.° 1, no podendo contudo exceder 0,90m acima da cota natural do terreno no local da respetiva implantacao, sem recurso a aterros. Artigo 8° Admisso dos corpos balangados sobre a via publica Nas operagées urbanisticas que impliquem ocupagdes para além dos planos verticais que delimitam os lotes ou parcelas privadas ficam sujeitos a condicionamentos relativos a corpos balangados referidos nos numeros seguintes e ao pagamento da taxa municipal fixada no RTORMS. . E admitida a construgdo de corpos balangados sobre a via publica, desde que se verifiquem as seguintes condigdes: a. Em nenhum caso os corpos balangados com mais de 0,15 m podem ter uma altura inferior a 3,00 m em relagao ao terreno publico. b. Devem manter as caracteristicas e alinhamentos das frentes edificadas marginais as vias que se encontrem estabilizadas, dos conjuntos edificados, ou de edificios considerados de interesse arquiteténico; c. Nao devem interferir com alinhamentos, preestabelecidos ou existentes, de vores, postes de iluminacéo publica, ou quaisquer outros elementos. . A admissdo de corpos balangados depende ainda do cumprimento dos condicionamentos referidos nos artigos seguintes. Artigo 9° Varandas abertas e outros elementos formais arquiteténicos No dimensionamento de varandas abertas e outros elementos formais arquitetonicos salientes nas fachadas, deveréo ser respeitados os condicionamentos relativos a cada uma das situagdes a seguir mencionadas: a. Nos balangos sobre vias pibblicas com perfil inferior a 6,50m, a extensao do balango medido na perpendicular ao plano da fachada nao podera ultrapassar 0,30m; b. Nos balangos sobre vias publicas com perfil igual ou superior a 6,50m, a extensdo (L) do balango medido na perpendicular ao plano da fachada, ndo podera ultrapassar as seguintes dimensdes: i. L=0,50m, se passeios possuirem largura inferior a 1,50m; ii, L = 2 com uma extensao maxima de 1,60m, quando os passeios possuirem largura igual ou superior a 1,50m, € sendo (X) a largura do passeio. 2. Em nenhum caso os corpos balangados com mais de 0,15m podem ter uma altura inferior a 3m em relagao ao terreno puiblico 25 Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Settbal , Artigo 10° Balangos encerrados e varandas parcialmente fechadas 1. Admitem-se balangos encerrados e varandas parcialmente fechadas, ou que apresentem solugdes que facilitem o subsequente encerramento da superficie exterior do corpo projetado, nas seguintes condigées: a. Nas vias piblicas com perfil igual ou superior a 6,50m; b. A extensdo dos corpos balangados referidos no presente artigo nao podera ultrapassar os limites impostos pela alinea b) do artigo anterior. 2. Em nenhum caso os corpos balangados com mais de 0,15m podem ter uma altura inferior a 3m em relagdo ao terreno publico. Artigo 11° Estacionamento e arrecadagées em propriedade horizontal (Revogado) Artigo 12° Espago do condominio (Revogado) Artigo 12°-A Rampas pedonals de uso provado em espaco publico 3. Na construgao de novas edificagdes nao € permitida a construgao de rampas de uso privado para acesso aos edificios em espaco publico. 4. Em edificios pré-existentes so é permitida a construgao de rampas pedonais de uso privado em espago ptiblico em condigdes excecionais e devidamente justificadas, quando as obras necessérias ao cumprimento das normas técnicas de acessibilidade sejam desproporcionadamente dificeis ou requeiram a aplicagao de meios econémico-financeiros desproporcionados. Artigo 13° Alteracéo de fachada 1. Oencerramento de varandas com envidragado nos termos do disposto no n? 2 do artigo 71° do RGEU, deve ser contemplado num plano evolutivo de fachadas a submeter a controlo prévio. 2. As obras de alteragao de fachada que contemplem a modificagdio da cor, dos materiais de revestimento, das caixilharias, ou da configuracao dos vaos, que no originem a alteragao ou reforgo da estrutura resistente, embora sujeitas a controlo prévio nos termos do disposto no artigo 4° do RJUE, tem uma instrugao simplificada conforme Anexo V1 Artigo 13°-A Critérios morfolégicos e estéticos das edificagées 26 1 Regulamento de Edificagao e Urbanizagao do Munici As operagées urbanisticas deveréio contribuir para a qualificagéo do espago objeto de intervengao e do tecido urbano envolvente, privilegiando uma interagéo harmoniosa entre os mesmos. As operacées urbanisticas de obras de edificagéo deverao assegurar uma correta integragéo na envolvente e deverdo ter em conta os seguintes principio: a. Respeitar as especificidades e caracteristicas dos lugares e espacos envolventes, designadamente a volumetria, alinhamentos e densidade, verificadas na frente edificada onde se insere a interven¢ao; a. Privilegiar a utilizagao de linguagens arquiteténicas contemporaneas, de concegao sdébria e nao sobrecarregada de elementos decorativos, promovendo uma correta integragao na envolvente; b. O projeto de concegao das novas edificagdes deverd ter por base a adogdo de normas de composicao basicas de desenho arquiteténico tais como, 0 equilibrio, o ritmo, a harmonia e a proporcao: c. Os revestimentos exteriores deverdo subordinar-se a utilizagdo de cores e materiais que mantenham 0 equilibrio cromético do conjunto ou envolvente em que se inserem. Artigo 13°-B Utilizagées mistas Os titulos de utilizagéo dos edificios ou suas fragdes podem contemplar utilizagdes mistas, nos termos do disposto no artigo 62° do RJUE, desde que cumulativamente: a. Se verifique a efetiva compatibilidade, conetividade ou afinidade entre os usos; b, Sejam observados os requisitos minimos e condigées fisicas necessarias a sua instalagao. Os requisitos mencionados no numero anterior devem ser fundamentados por técnico habilitado para o efeito, no respetivo termo de responsabilidade. Artigo 13°-C Usos compativeis Pode ser autorizado o desenvolvimento de usos compativeis, numa relagao de usos dominantes — habitagao, comércio ou servigos —, com usos acessorios ‘ou complementares, na mesma edificagao ou fragao, sem prévia alteracao do regime de utilizagdo previsto no artigo 62.° do RJUE, desde que sejam verificados, cumulativamente, os seguintes requisitos: a. Efetiva compatibilidade, conetividade ou afinidade entre o uso dominante © 0 uso acessério ou complementar pretendido; b. O uso acessério ou complementar néo ocupe uma area de utilizagao superior a 25 % da area do edificio ou fragdo destinada ao uso dominante; c. O uso dominante deverd ser, obrigatoriamente, compativel com o previsto no Plano Municipal ou Intermunicipal de Ordenamento do Territério e no plano de pormenor ou alvaré de loteamento, quando exista; 27 Regulamento de Edificagao ¢ Urbanizagao do Municipio de Seti 4. exercicio das atividades econémicas compreent regime de usos compativeis, deverd cumprir todas as regras de instalagao legalmente aplicaveis e em vigor no momento da decisdo correspondente a pratica do ato de instalacao; e. As atividades a desenvolver no Ambito do presente regime de usos compativeis s6 sero aceites desde que nao provoquem impacto relevante no equilibrio urbanistico e ambiental, ndo agravando as condiges do uso dominante autorizado, designadamente: i. Nao originem a produgao de fumos, cheiros ou residuos que afetem as condigdes de salubridade do edificado ou dificultem a sua melhoria; ii. Nao perturbem de forma permanente as condig6es de transito e estacionamento, bem como as condigées de utilizagdo e seguranga na via publica; ili, N&o acarretem agravados riscos de incéndio ou exploséo do edificado; iv. Quando 0 uso dominante seja habitaca acesso ao pubblico. 2. Para efeitos do disposto no niimero anterior, o interessado deveré apresentar requerimento, dirigido ao Presidente da Camara, tendo em vista o reconhecimento, que os usos pretendidos (uso dominante e uso acessério ou complementar) no edificio retinem os requisitos necessérios para 0 efeito. nao podera haver Artigo 13°-D Sistema de industria responsavel (SIR) 5. Desde que, se verifique a inexisténcia de impacte relevante no equilibrio urbano e ambiental, pode a Camara Municipal de Setubal declarar compativel com 0 uso industrial o alvara de autorizagao de utilizagéo de edificio ou fragdo auténoma destinado ao uso de: a. Comércio, servigos ou armazenagem, no caso de se tratar de estabelecimento industrial a que se refere a parte 2-B do Anexo | ao SIR; b. Habitagao, no caso de se tratar de estabelecimento abrangido pela parte 2-A do Anexo | ao SIR. 6. Para salvaguarda do equilibrio urbano e ambiental, as emissdes e necessidades decorrentes da atividade industrial deverdo corresponder as que resultariam do uso a que se destina o edificio ou fragdo ocupado pelo estabelecimento, nomeadamente: a. Quando instalado em prédio urbano destinado a habitagdo, o estabelecimento nao podera ter acesso a publico; b. O ruido e incomodidade sonora resultante da laboracéo do estabelecimento nao poderao causar incémodo a terceiros, devendo ser garantido o cumprimento do disposto na Lei do Ruido; c. A exaustdo de fumos e cheiros resultantes da atividade devera ser devidamente salvaguardada através dos meios adequados, nao podendo causar incémodo a terceiros; d. Os residuos resultantes da atividade deverdo ser tratados, separados e depositados nos locais adequados para 0 efeito nos termos do disposto na legislagdo em vigor e no Regulamento de Residuos Sélidos Higiene 28 Regulamento de Edificagéo e Urbanizacao do Municipio de Setubal e Limpeza Publica do Municipio de Setubal, néo podendo em situacao alguma ser depositados nas partes comuns do prédio onde se insere 0 estabelecimento ou no espaco publico circundant . Quando instalado em prédio urbano destinado a habitagao os residuos resultantes da atividade a desenvolver devem apresentar caracteristicas semelhantes a residuos sdlidos urbanos; f. As aguas residuais resultantes da atividade devem ter caracteristicas, similares a Aguas residuais domésticas. O procedimento para obtengao da declaragao de compatibilidade referida no n° 1 do presente artigo rege-se, com as necessérias adaptagées, pelo regime aplicavel a alteragao da utilizagao de edificios ou suas fragdes constantes no RJUE. A declaragao de compatibilidade prevista no nimero anterior, quando favoravel, devera ser inscrita por simples averbamento, no titulo de autorizagao de utilizagao ja existente. CAPITULO II Instrugao dos Pedidos e dos Termos dos Técnicos Artigo 14° Instrugao processual A instrugdo processual relativa as operagées urbanisticas é a que consta na Portaria n.° 113/2015 de 22 de abril e nos Anexos | a XIII ao presente Regulamento, explicitando inequivocamente a pretensao e permitindo a analise cabal da operagao urbanistica em causa. ._ Os elementos constantes da instrugao processual devem ser apresentados em suporte digital, contendo toda a informagao organizada de acordo com as normas técnicas constantes do Anexo | ao presente Regulamento, sob pena de ndo ser aceite Para efeitos do disposto no Anexo I da Portaria n.° 113/2015 de 22 de abril, os levantamentos topograficos e plantas de implantacéo deverao estar georreferenciados (ligagao 4 rede geodésica nacional) recorrendo ao sistema European Terrestrial Reference System 1989 (ETRS89). (Revogado) Artigo 14-A Sistema de vistas . Sempre que uma determinada operagao urbanistica sujeita a controlo prévio afete o sistema de vistas assinalado na Planta de Ordenamento — Patriménio Natural do PDM deve ser instruida com estudo paisagistico, elaborado por Arquiteto Paisagista, que avalie o impacte dessa operacao na paisagem. © estudo referido no numero anterior deve contemplar as medidas de enquadramento, valorizagao e minimizagao de impactes na paisagem. Artigo 14°-B Intervengées em bens iméveis do Patriménio Cultural 29 { de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Setubal Sempre que numa determinada operacao urbanistica sujeita a controlo prévio ou em obras isentas, haja intervencéo em bens imoveis identificados na Planta de Ordenamento — Patriménio Cultural é necessario instruir 0 pedido ou a comunicagao de inicio dos trabalhos com um estudo de levantamento e caraterizacao historica, construtiva, arquitetonica e decorativa bem como a justificagdo da adequacdo da proposta a intervengao em causa, elaborado por técnico habilitado para o efeito em fungdo do valor cultural em presenga. Artigo 15° Elementos adicionais (Revogado) Artigo 16° Condigées especiais de habilitagao técnica (Revogado) Artigo 17° Termos de responsabilidade 1. Os técnicos autores de projetos, coordenadores de projetos e/ou responsaveis pela diregao técnica de obra, devem subscrever termos de responsabilidade, nos termos da legislaco em vigor e de acordo com as minutas constantes dos anexos a Portaria n.° 113/2015 de 22 de abril. 2. Caso se verifiquem inobservancias de normas técnicas ou regulamentares, devem as mesmas ser expressamente mencionadas nos respetivos termos de responsabilidade, conforme previsto no n.° 5 do artigo 10° do RJUE. 3. O termo de responsabilidade do técnico coordenador dos projetos deve ser redigido em conformidade com 0 modelo constante no Anexo III a Portaria n.° 113/2015 de 22 de abril, com mengdo expressa da compatibilidade entre os projetos, por forga do disposto no n.” 1 do artigo 10° do RJUE, conforme Anexo IX do presente Regulamento. 4, Para efeitos do disposto nos n.°s 1 ¢ 2 do artigo 63° do RJUE, o termo de responsabilidade a apresentar com o pedido de autorizagao de utilizagao deve ser subscrito por técnico habilitado, em data nao inferior a um ano da data da sua submissao. 5. O termo de responsabilidade a subscrever pelo técnico responsavel pela legalizacao de edificios existentes, deve ser redigido em conformidade com o modelo constante nos Anexos X e XI CAPITULO III Procedimentos Especiais Artigo 18° Isengao de controlo prévio 30 Regulamento de Edificagao ¢ Urbanizagao do Municipio de Setubal 1. As obras de escassa relevancia urbanistica, apesar de nao submetidas a controlo prévio da cémara municipal, nao sao dispensadas do cumprimento do disposto no n.° 8 do artigo 6° do RJUE e esto sujeitas a fiscalizacdo, a processo de contraordenagao, embargo e demoliggo em caso de incumprimento das mesmas 2. Para efeitos do exercicio da competéncia de fiscalizagao, deve o interessado informar a cAmara municipal que vai iniciar a execugéo dos trabalhos, identificando 0 responsavel pelos mesmos, com a antecedéncia minima de 5 dias. Artigo 19° Obras de escassa relevancia urbanistica 7. Sdo obras de escassa relevancia urbanistica: a. As edificagées, contiguas ou nao, ao edificio principal com altura ndo superior a 2,20m ou, em alternativa, a cércea do rés-do-chao do edificio principal com area igual ou inferior a 10m? e que nao confinem coma via publica; A edificagao de muros de vedagao até 1,80m de altura que nao confinem com a via publica e de muros de suporte de terras até uma altura de 2m ou que nao alterem significativamente a topografia dos terrenos existentes; A edificago de estufas de jardim com altura inferior a 3m e area igual ou inferior a 20m?, desde que destinadas ao cultivo e resguardo de plantas, constituidas por estruturas amoviveis de caracter ligeiro que nao impliquem obras em alvenaria e ndo usadas para fins industriais ou terciario; ‘As pequenas obras de arranjo e melhoramento da area envolvente das edificagdes que néo afetem érea do dominio publico, tais como ajardinamento, pavimentagéo e execugdo de muretes, escadas e rampas, desde que nao impliquem uma modelagao para além de 1,00m de cota altimétrica relativamente ao perfil natural do terreno; A edificagdo de equipamento liidico ou de lazer associado a edificagao principal, com area inferior & desta titima, nomeadamente, 0 conjunto de materiais e estruturas aligeiradas destinadas a recreio, repouso e pratica de atividades desportivas; A demoligao das edificagdes referidas nas alineas anteriores, bem como as obras referidas no n.° 2; A instalagéo de painéis solares fotovoltaicos ou geradores edlicos associada a edificagao principal, para producao de energias renovaveis, incluindo de microprodug&o, que ndo excedam, no primeiro caso, a area de cobertura da edificagdo e a cércea desta em 1m de altura, e, no segundo, a cércea da mesma em 4m e que o equipamento gerador nao tenha raio superior a 1,50m, bem como de coletores solares térmicos para aquecimento de aguas sanitérias que nao excedam os limites previstos para os painéis solares fotovoltaicos; A substituigao dos materiais de revestimento exterior ou de cobertura ou telhado por outros que, conferindo acabamento exterior idéntico ao original, promovam a eficiéncia energética. a1 Regulamento de Edificagao e Urbanizacao do Municipio de S 8. Para efeitos do disposto na alinea i) do n.° 1 do artigo 6° - A do RJUE, sao ainda consideradas obras de escassa relevancia urbanistica, as seguintes: a. A pavimentagao de acessos e caminhos privados, desde que cumpram 0 disposto no artigo 6° do presente Regulamento; b. A eliminacdo de barreiras arquiteténicas e a adogao de medidas cuja finalidade seja garantir a aplicagéo das normas técnicas previstas no regime de acessibilidades, dentro de logradouros elou edificios; c. Vedagdes amoviveis em rede, suportadas em prumos de madeira ou similar, sem fundagdes, mesmo que confinantes com caminho publico, desde que localizadas fora dos perimetros urbanos e que cumpram as disténcias a via publica previstas na legislacdo e instrumentos de gestéo territorial aplicaveis; d. Tanques e reservatorios particulares de Agua com a capacidade maxima de 20m? e 4m’, respetivamente; e. Abrigos para animais de criagao, de estimagao, de caga ou de guarda, cuja area nao seja superior a 10m? e desde que nao ultrapasse a altura maxima prevista para os muros; f. Sem prejuizo das obras constantes na alinea a) do n° 1, podem ainda ser efetuadas construgées ligeiras, sumdrias e auténomas, nao contiguas ao edificio principal, de apoio ao jardim, abrigos para equipamentos de captagdo de Agua, casa de maquinas de piscinas, abrigos para instalagdes técnicas e casa do gas, desde que tecnicamente fundamentadas; g. Em logradouros eou terragos de prédios particulares a construgao de estruturas para grelhadores/"barbecues’, ainda que de alvenaria, desde que ndo causem incomodos a terceiros; h. Colocagao de algerozes e tubos de queda para escoamento de aguas pluviais do edificio, desde que cumpridos os critérios definidos em regulamento proprio, salvo para as construgées localizadas nos Cascos Histéricos; i. A realizacao das obras de alteragao de fachada em edificios existentes, contempladas no plano evolutivo de fachada previsto no artigo 13° do presente Regulamento que se traduzam apenas na: instalagdo de marquises de uma Unica tipologia construtiva, em termos de desenho arquitetdnico, materiais e cores, que deverao ser idénticos aos utilizados nos vos exteriores do edificio; ii, instalago de aparelhos de exaustao de fumos, ar condicionado, ventilagéo e aquecimento central (AVAC), desde que cumulativamente cumpram os seguintes requisitos: 1. Nao sejam visiveis do espaco puiblico; 2. Nao prejudiquem a estética do edificado; 3. Seja garantida a insonorizagao dos mesmos; 4. Seja garantida a recolha de liquidos resultantes do seu funcionamento As obras de construgao civil destinadas 4 implantagao de construcées, reconstrugées ou alteragées de jazigos. 9. As edificagdes e equipamentos em logradouro de parcela ou lote, previstos na alinea e) do n.° 1 e alineas f), g), do n° 2 seréo sempre estrutural e funcionalmente auténomos, destinados a utilizagao privativa associada a 32, Regulamento de Edificagao e Urbaniza¢ao do Municipio de Setubal edificagao principal e, ainda que erigidas em momentos distintos, teréo que respeitar cumulativamente os seguintes requisitos: a. Nao confinar com espaco publico e distar mais de 10m do eixo do arruamento; b. Existir num Unico piso, cuja cércea nao podera exceder 2,50m; ©. Observar as disposigaes do RGEU, relativas a ventilacdo, iluminagao, salubridade, afastamentos, entre outras; d. Nao ocupar uma area superior a 10% da érea total do lote ou propriedade em que se implantem; e. Nao prever o abate de arvores de espécie vegetal protegida, a menos que previamente autorizado por entidade competente; f. Nao implicar a execugao de novas ligagées as redes publicas de infraestruturas. 10.0 somatério de todas as areas impermeabilizadas, incluindo a da edificagao principal, piscinas, anexos e todas as obras de escassa relevancia urbanistica, no pode exceder o indice maximo de impermeabilizacao previsto no artigo 6° deste Regulamento. 11. Nao so consideradas de escassa relevancia urbanistica as obras e instalagdes em: a. Iméveis classificados ou em vias de classificagao, de interesse nacional ou de interesse publico; b. Iméveis situados em zonas de protegao de iméveis classificados ou em vias de classificagao; c. Iméveis integrados em conjuntos ou sitios clasificados ou em vias de classificagao; d._Iméveis identificados em Planta de Ordenamento - Patriménio Cultural. 12.A notificagao a cdmara municipal para a instalacao de geradores edlicos deve ser acompanhada dos elementos instrut6rios indicados no Anexo Il SECCAO! Edificagées Existentes Artigo 20° s existentes Edifi 3. Sempre que o interessado invoque que o edificio foi construido em data anterior @ entrada em vigor do Decreto-lei n° 38382, de 07 de Agosto de 1951 (RGEU), se situado dentro de perimetro urbano ou em area rural de protegao ou sujeita a plano de urbanizagao ou de expansdo, ou em data anterior a entrada em vigor do Regulamento Municipal das Edificagdes Urbanas, em 8 de novembro de 1972, se situado em area rural no abrangida por plano de expansdo ou de urbanizagao, devera comprové-lo pela exibi¢éo dos documentos que tiver ao seu dispor, designadamente certidao predial, certidao matricial, ou outro documento de valor legal reconhecido com data anterior & entrada em vigor dos referidos diplomas legais. 4. Nos casos em que nao seja possivel fazer prova através dos elementos acima referidos, devera ser apresentado _levantamento _aerofotogramétrico comprovativo da existéncia das construgées em causa, emitido por entidade competente para o efeito. 33 Regulamento de Edificagao e Urbanizacao do Municipio de Setiibal Artigo 21° Legalizagao de operagées urbanisticas Sem prejuizo da eventual responsabilidade civil, criminal ou disciplinar a que haja lugar, aos pedidos de legalizagao de edificagées executadas a revelia de controlo prévio, aplicar-se- com as necessarias adaptacées 0 procedimento de licenga, nos termos do RJUE e demais legislagao especial aplicavel. Na legalizagao de edificios existentes dispensa-se a apresentagao de projetos de especialidades, mediante a entrega de termo de responsabilidade de conformidade do construido com as exigéncias legais e regulamentares vigentes a data da sua construcao, bem como com as condigées de solidez, de seguranga e salubridade da edificagao, subscrito por técnico habilitado. . Pode ser dispensado o cumprimento das normas técnicas relativas A construgao, cujo cumprimento se tenha tornado impossivel ou que nao seja razoavel exigir, desde que cumpridas as condigdes técnicas vigentes a data da sua construgao. . Sempre que se torne necessario, a data da realizado da operacao urbanistica a legalizar deve ser demonstrada nos termos do disposto no artigo anterior. ‘Sempre que a legalizagao nao implique a realizagao de qualquer obra, 0 pedido de aprovagao e concessao de licenga é feito num unico momento, sujeito a despacho, sendo dispensada a emissao de alvara de construgao. O interessado na legalizacao da opera¢ao urbanistica pode formular pedido de informago sobre os termos em que a legalizagao se deve processar, a efetuar ao abrigo do disposto no n.° 6 do artigo 102°-A do RJUE. Sempre que o pedido de legalizagao nao seja desencadeado pelo interessado, a Camara Municipal notifica-o para desencadear 0 procedimento, no prazo nao superior a 60 dias. Artigo 21°-A Legalizagao oficiosa Nos casos em que o interessado nao promova as diligéncias necessarias a legalizagéo voluntaria das operagées urbanisticas nos termos do RJUE, a Camara Municipal, com faculdade de delegacdo no presidente e de subdelegacéo deste nos vereadores, pode proceder oficiosamente a legalizacdo, sempre que a ilegalidade resulte da falta de procedimento de controlo prévio necessario, e ndo carega de obras de corregao ou alteragao. . O recurso a legalizagao oficiosa deve ser notificado ao proprietario do imovel, nao podendo ser determinada caso este a ela expressamente se oponha no prazo de 15 dias a contar da notificagdo. . Havendo oposigéo do proprietario, devem ser ordenadas ou retomadas as medidas de reposigao da legalidade urbanistica adequadas ao caso concreto, nos termos do RJUE. Pode igualmente ser promovida a legalizagdo oficiosa quando a ilegalidade resulte de ato de controlo preventivo que tenha sido declarado nulo ou anulado ea respetiva causa de nulidade ou anulagao jé nao se verifique no momento da legalizagéo e desde que esta possa ocorrer sem a necessidade de realizagao de quaisquer obras. 34 gulamento de Edificagao e Urbanizagao do Municipio de Seidbal 5. No caso referido no numero anterior, sao aproveitados todos os projetos que instruiram 0 ato de control preventivo anulado ou declarado nulo. 6. A legalizagao oficiosa sao aplicveis, com as devidas adaptagdes, as demais normas previstas no presente Regulamento. 7. Na sequéncia de legalizagao oficiosa, o alvaré ¢ emitido sob reserva de direitos de terceiros, referindo expressamente que a edificagao foi objeto de legalizagao oficiosa, CAPITULO IV ios de Impacte Relevante ou Semelhante a Loteamento Operagées de Loteamento, Edi SECGAO! posicées Gerais Artigo 22° Operagées urbanisticas com impacte relevante 1. Para efeitos do disposto no n.° 5 do artigo 44° do RJUE, consideram-se com impacte relevante as operacées urbanisticas de que resulte: a. Uma area total de construgdo igual ou superior a 1500m?, independentemente do uso; b, Uma area total de construcao superior a 1500m? resultante da ampliagao de uma edificagao existente, com excecdo das ampliacdes iguais ou inferiores a 10% da drea existente, licenciada ou admitida; ¢. Alteragéo do uso em area superior a 1000m?, quando implique o agravamento dos parametros urbanisticos a cumprir ou a sobrecarga das redes de infraestruturas existentes. 2. Excecionam-se das regras previstas no niimero 1 as operagdes urbanisticas de edificagdes inseridas em operacées de loteamento ou impacte semelhante a loteamento. Artigo 23° Operagées urbanisticas com impacte semelhante a uma operagao de loteamento Para efeitos de aplicagdo do disposto no n.° 5 do artigo 57°, do RJUE, os edificios contiguos e funcionalmente ligados entre si, inseridos em area nao abrangida por operagao de loteamento, consideram-se com impacte semelhante a uma operagao de loteamento desde que apresentem uma das seguintes caracteristicas: a. Tenham 10 ou mais fragdes ou unidades independentes; b. Provoquem ou envolvam uma sobrecarga nas infraestruturas ou ambiente envolvente, nomeadamente em termos de rede de abastecimento de aguas, de saneamento, de vias de acesso e estacionamento e de produgao de residuos ou outras, Artigo 24° 35 Consultas nas operagées urbanisticas com impacte relevante ou semelhante a uma operacao de loteamento Os projetos de edificago com impacte relevante ou semelhante a uma operacao de loteamento ficam sujeitos a consultas prévias as entidades concessionarias das infraestruturas urbanisticas, com vista a averiguar a capacidade e os niveis de servico das redes em causa. Artigo 24°-A ios morfolégicos, funcionais e estéticos dos loteamentos e obras de urbanizagao Cri ‘As operagées de loteamento e de impacte semelhante a loteamento deveréo assegurar uma correta integragao na envolvente e deverao ter em conta os seguintes principios: a. Qualificar e diversificar os novos espagos piiblicos, atendendo ao seu destino basico de convivéncia e lazer urbanos em condigdes de conforto, seguranga e acessibilidade; b. Garantir a coeréncia da morfologia urbana dos lugares, contemplando a continuidade funcional e formal das urbanizagées confinantes, podendo ser sempre estabelecidas pelos servigos da camara municipal orientagdes no que respeita ao tracado de vias, larguras de passeios, localizagdo de zonas livres e verdes publicas, alinhamentos e alturas de muros, orientagao, alinhamentos e afastamentos de poligonos de implantagéo das edificagSes, cérceas especificas, sem prejuizo dos pardmetros e indices admitidos pelos PMOT. c. Os novos espacos piblicos destinados ao lazer, a criar no ambito de uma operagao de urbanizacdo, deverdo utilizar materiais de reconhecida qualidade @ serem equipados com mobiliario urbano que seja duravel e de manutengao simples, e que permitam a respetiva utilizagdo para os fins pretendidos e por diversas faixas etarias, privilegiando a criagdo de ambientes destinados a satisfacdo das necessidades dos municipes. SECGAO II Das Operagées de Loteamento 1. Sao sujeitas a discussao publica as operagées de loteamento que excedam um dos seguintes limites: a. 4 Hectares; b. 100 fogos; c. 10% da populagao do aglomerado urbano em que se insere a pretensao. 2. Ficam ainda sujeitas a discussao publica as operagées de loteamento que em fungao da sua localizagéo ou natureza, se verifique terem significativa relevancia urbanistica, social, patrimonial ou ambiental, nomeadamente as sujeitas a estudo de impacto ambiental. 36 A 3. Os pedidos de informagao prévia relativos a operagées de loteamento onde se verifiquem os requisitos previstos nos numeros anteriores. Artigo 26° Procedimento de consulta publica 3. Havendo um projeto de decisdo para aprovagao do pedido de operagao de loteamento, de alteragdes a licenga de loteamento ou do pedido de informagao prévia previsto no ntimero 3 do artigo anterior proceder-se-a previamente a consulta publica, por um periodo de 15 dias uteis, através da pagina eletrénica do Municipio, publicagdo no jornal municipal, aviso a afixar nos locais de estilo e num jornal nacional. 4. A consulta publica tem por objeto 0 projeto de loteamento, podendo os interessados no prazo previsto no némero anterior, consultar 0 processo onde constam todos os pareceres emitidos e apresentar por escrito as suas reclamagées, observacdes ou sugestoes. Artigo 27° Alteragées a licenca ou comunicagao prévia 5. Aquando da entrega do pedido de alteragées da licenga ou da comunicagao prévia de operagao de loteamento, o promotor devera identificar todos os proprietarios dos lotes abrangidos pela operagao de loteamento, através de apresentagao de documento atualizado emitido pela conservatéria do registo predial. 6. Ogestor de procedimento procede notificacao dos proprietérios referidos no. numero anterior para prontincia no prazo de 10 dias tteis. 7. A notificagdo poderd revestir a forma: a. pessoal b. via postal ¢. edital a afixar nos locais de estilo, num jornal local, no jornal municipal e na pagina eletronica do Municipio. 8. Caso seja apresentada autorizagéio expressa de todos os proprietdrios, é dispensada a notificagao, Artigo 28° Dispensa da equipa de projeto Sao dispensadas as equipas de projeto nas alteragdes as especificacdes dos alvaras de loteamento, desde que, cumulativamente: a. Nao impliquem alterages nas obras de urbanizagao; b. Nao impliquem aumento do numero de lotes ou fogo: c. No traduzam uma variagao de areas de implantagao e de construgao superior a 10%. SECGAO III 37

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