You are on page 1of 47
eet Te eC ee Cel (ge ange 9-1 ae Cy E-Book -Apostila Introdugao Figura 1 - Educagdo Especial e Inclusio Escolar ore fa imagem: Vérias criancas brincando. fore] o @< Video eee Ce eed E-Book -Apostila COE TUL MEU Rie irae Ort Olé, Alunos! € um prazer t@-los aqui conosco, nessa jornada incrivel do conhecimento! Para a nossa aula a disciplina ser: EDUCACKO ESPECIAL, INCLUSKO ESCOLAR E ADAPTAGOES CCURRICULARES. Nosso conteiido foi dividido em sessées para melhor auxilid-os na compreenséo e também. para seu acesso na retomada dos temas. Enumeramos ponto a ponto os subtemas. Veremos: +“ EDUCACAO ESPECIAL E EDUCAGAO INCLUSIVA + CURRICULO E INCLUSAO + CURRICULO E PROJETO POLITICO PEDAGOGIC + PRATICAS CURRICULARES INCLUSIVAS Prepare seu material de anotacdo, muita atenco e bons estudos! Durante essa disciplina estudaremos sobre o curriculo e 0 processo de incluséo escolar. Apresentaremos os conceitos sobre o termo curriculo no &mbito educacional e a importéncia deste no processo de ensino e aprendizagem dos alunos no ambiente escolar. Alegislagao brasileira, através da Lei de diretrizes e Bases da educacdo Nacional, de 1996, reforcada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais garante a autonomia das escolas na construcéo de seus curriculos, respeitando-se uma base nacional comum, Perante essa regulamentacdo, € necessdrio que as instituigGes escolares apropriem-se desse direito, assegurado em lel e, de forma participativa construam um Projeto Politico Pedagégico que seja participativo, desde sua concepcao, acionando a toda comunidade escolar e seu entorno, em prol da construgao de uma escola inclusiva. Partindo do conhecimento da realidade dos alunos, do contexto sécio-cultural ¢ afetivo desses, de como as relacdes so construfdas oportunizaré a escola ensinar através de metodologias que garantam a aprendizagem para todos os alunos, entendendo que todos tém condigBes de aprender. Assim, durante 0 estudo vamos fazer uma discussdo sobre conceito de curriculo, a sua implementacao, através do Projeto Politico Pedagégico e a necessidade das concepcées de inclusdo permearem todos os processos. No primeiro capitulo seré feita uma breve discussio sobre educaco especial, inserindo essa na perspectiva de educagio inclusiva E-Book Apostila No segundo capitulo seré apresentada a ideia de curriculo e sua importancia na perspectiva da incluso, relacionando como a Proposta politico Pedagégica deve estar alinhada com o curriculo para que préticas pedagégicas inclusivas sejam implementadas dentro dos ambientes escolares. Finalizando, 0 terceiro capitulo discutirs como essas praticas pedagégicas podem ser efetivadas no ambiente escolar, através de um ensino colaborativo que privilegie a aprendizagem de todos. 0 objetivo € discutir a importéncia de uma concep¢ao inclusiva de curriculo e uma consonancia entre a Base Nacional Comum e as realidades locais, de forma que partindo das realidades dos alunos, a escola possa potencializar as habilidades desses alunos, ndo permitindo que as diferengas ‘sejam obstéculos 8 aprendizagem. Desafio Os estudantes com deficiéncias e transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou super dotaco tém o direito de conhecer o mundo e nele expressar suas opinides, seus pensamentos e organizar suas atitudes. (RAU, p. 14, 2020) ‘As pessoas com deficiéncia eram classificadas em grupos e treinadas para a mao de obra barata ou abandonadas em “depdsitos” de loucos ¢ deficientes mentais. Mas seré que esta regra era vélida para todas as pessoas nessas condigdes? Vamos analisar apenas um caso de um menino nascido em 17 de dezembro de 1776, filho de um miisico, e que, 2 partir dos vinte e oito anos, perdeu a audicdo por conta de uma doenca degenerativa, Estamos falando de Ludwing van Beethoven, Compositor de mais de 200 obras, superou a surdez e os limites entre o som eo siléncio. ‘Tomando como exemplo a obra de Beethoven, relacione como trabalhar com a surdez na sala de aula e como fazer com que este aluno se sinta incluso. ok -Apostila Clique aqui para ver a RESPOSTA ESPERADA O aluno com surdez consegue realizar as atividades comuns como qualquer outro. Quando se trata de um aluno surdo é designado um intérprete de libras para ele poder acompanhar as aulas assim como os demais, para ele se sentir incluido. E importante que saber trabalhar com 0 aluno com necessidades especiais e fazer com que ele se sinta incluso, sempre tratando da mesma forma. Elaborando atividades iguais, criando uma relagdo afetiva, tornando a aprendizagem mais efetiva. Assim como Beethoven, uma pessoa consegue desenvolver suas habilidades, \dependente se possui alguma deficiéncia, Ray Charles é um exemplo apesar de ser cego ele foi para uma escola onde aprendeu escrever e tocar varios instrumentos e tornou-se um grande pianista e cantor. Devemos incentivar nossos alunos e a inclusao é fundamental para conseguirem fazer 0 que quiserem. Infografico Veja agora um infogréfico sobre o assunto: Figura 2 - Infografico E-Book Apostila E-Book Apostila Descrigdo da imagem: A imagem possui uma mochila com materials escolares ao lado. Texto da imagem: Observagdes importantes sobre a elaboracao do PI + Plano de desenvolvimento individual do aluno jamais deve conter dados que ‘exponham a intimidade da familia ou que causem constrangimento; ‘+ Profissional que acompanha a crianca deve ter conhecimento do documento e utilizé-Lo em seus trabalhos diérios; ‘+ PDI deve ser elaborado com vocabulério simples e objetivo, a fim de possibilitar o entendimento por parte de toda a comunidade escolar; ‘+ Documento deve ter prazo de validade para processos de revisio © determinagio de novos objetivos — nao ¢ fixo/permanente, Fonte: Educagio infantil Educagao Especial e Educagao Inclusiva Durante muitos anos a escola era espago para poucos privilegiados que se enquadrassem num modelo estipulado, considerando aspectos cognitivos e sociais. No decorrer da histéria a escola fol sendo democratizada eo direito de acesso e permanéncia foi ofertado a todos. Essa concepgdo foi sendo regulamentada através de convencdes ¢ organismos internacionais, sendo que a Declaracao de Salamanca de 1994 estabeleceu que: Todas as criangas, independentemente de suas condigdes fisicas, intelectuais, sociais, ‘emocionais, linguisticas, ou outras. Aquelas deveriam incluir criangas deficientes € superdotadas, criangas de rua e que trabalham criangas de origem remota ou de populacao némade, criangas pertencentes a minorias linguisticas, étnicas ou culturais e criancas de outros grupos ou zonas desavantajados ou marginalizados. (DECLARAGAO DE SALAMANCA, 1996, p.38). E-Book Apostila Ainda de acordo com a Declaracao de Salamanca, as escolas devem tornar-se inclusivas, devendo ter como principio que todos os alunos tém direito e condicdes de aprender, devendo aprenderem juntos, cabendo a escola “reconhecer e responder as necessidades diversas de seus alunos acomodando ambos os estilos ¢ ritmos de aprendizagem e assegurando uma educagdo de qualidade a todos através de um curriculo apropriado” Essa declaracdo deixa claro que no deve existir uma rede de ensino diferenciada, para atender alunos com necessidades especiais, mas todos devem ser inclufdos nas redes regulares de ensino, -Apés Salamanca, ocorreu a Convengo Interamericana para a Eliminac3o de Todas as Formas de DiscriminacSo contra as Pessoas Portadoras de Deficiéncia, na Guatemala, em 1999, da qual o Brasil 6 signatério. Na Convenca0 foi reiterado que: As pessoas portadoras de deficiéncia tem os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes direitos, inclusive 0 direito de néo ser submetidas 4 discriminagdo com base na deficiéncia, emanam da dignidade e da igualdade que slo inerentes @ todo ser humano. (GUATEMALA, 1999, p.32) Assim todos devem ser vistos como seres humanos em sua integralidade, devendo os preconceitos serem derrubados pelos virios setores da sociedade, incluindo o ambiente escolar. Portanto, © problema nio é a integraco escolar em si mesma. 0 problema somos nés, nossos Préprios limites conceituais, nossa capacidade para projetar um mundo diferente, um sistema escolar ndo homogneo, em que cada qual pudesse progredir junto com outros, em fungao de suas necessidades particulares e que possa adaptar-se para satisfazer as necessidades educacionais de cada aluno, da mao de professores que aceita e est preparada para enfrentar a diversidade. Cada vvez que um professor ou uma professora tenta programar sua disciplina com o objetivo de que seja relevante para todos os alunos de seu grupo, sem excluir precisamente aqueles com necessidades educacionais mais complexas, terminam encontrando métodos de ensino e formas de organizagao que resultam dteis para todos e nao sé para aqueles que desencadearam o processo. (ECHEITA, 1994, apud MENEGHETTI e GAIO, 2004, p. 66}. E-Book Apostila Com 0 objetivo de regulamentar a educacdo especial, no Brasil, a Resolugo n® 17/ 2001 Institui as Diretrizes Nacionais de Educacdo Especial na Educacio Bésica aponta que: Aeescola inclusiva implica uma nova postura da escola comum, que propdem no projeto pedagégico, no curriculo, na metodologia de ensino, na avaliagio e na atitude dos educadores, agdes que favorecam a interagao social e sua opcéo por praticas heterogéneas. (BRASIL, 2001, p.17). Através do excerto acima, fica claro que a proposta de incluséo deve perpassar todos os mbitos escolares, desde a concepgao do curriculo, até as préticas da sala de aula, conforme Mantoan: As escolas inclusivas propdem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em fungo destas necessidades. A inclusdo causa uma mudanga de perspectiva educacional, pois no se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos, professores, alunos, para que obtenham sucesso na corrente educativa. (MANTOAN, 1997, p.121), Portanto, a concepgao de incluso modifica todo 0 espaco escolar, alterando todas as relacdes, no apenas integrando os alunos com deficiéncia, mas, empoderando todos os envolvides a serem autores do processo de aprendizagem, pois de acordo com Mantoan: Do ponto de vista pedagégico, a construcao deste modelo implica transformar a escola, no que diz respeito ao curriculo, 4 avaliag3o e, principalmente, as atitudes. Ndo podemos continuar segregando essas criancas em escolas especiais, que oferecem um ensino pouco estimulante, Quem enfrenta o desafio garante: quando a escola muda de verdade, melhora muito, pois passa a acolher melhor todos os estudantes (até os considerados “normais”). (MANTOAN, 2003, p.44). Uma das agdes desenvolvidas pelo Ministério da Educagio (MEC) foi a instituigo das Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educagao Basica, através da Resolucao n° 4, de outubro de 2009, que determinou que: E-Book -Apostila OAEE serd ofertado nas salas de recursos multifuncionais, ou em centros de AEE da rede publica de igdes comunitérias, confessionais ou filantrépicas sem fins lucr alunos com deficiéncia, transtornos globais do desenvolvimento e alunos com altas habilidades/superdotagao. (BRASIL, 2009, p. 07). Ainstituigo do atendimento educacional especializado, representa um avango na medida em que o aluno deveré ter sua necessidade atendida dentro do ambiente de uma escola regular, mesmo que por um profissional especializado. A resolugao ainda demonstra mais uma vez a necessidade do Projeto Politico Pedagégico (PPP) da escola estar em consondncia com a proposta de incluso, colocando que o PPP deveré, institucionalizar, prever e organizar sua forma de funcionamento: CUE MEME |. sala de recursos multifuncionais: espago fisico, mobiliério, materiais didaticos, recursos pedagégicos e de acessibilidade e equipamentos especificos; II, matricula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da prépria escola ou de outra escola; IIL cronograma de atendimento aos alunos; IV, plano de AEE: identificacdo das necessidades educacionais especificas dos alunos, definiggo dos recursos necessérios e das atividades a serem desenvolvidas; \. Professores para o exercicio da docéncia do AEE; jonais da educagao; tradutor e intérprete de Lingua Brasileira de Sinais, guia- VI. outros profi intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente és atividades de alimentagio, higiene © locomogao; VIL redes de apoio no Ambito da atuacdo profissional, da formacdo do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, servicos e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE. Nesse momento, determina-se a necessidade de se verificar as necessidades do piblico a ser atendido, efetuar a matricula de todos os alunos, criar as redes de apoio, providenciar, se necessério a contratacdo de profissionais especializados para o atendimento dos alunos. AResolucao n® 4, de 2 de outubro de 2009, art. 4° considera ainda como puiblico alvo do AEE: ICTOE TORE e Le MCrcatts 30-47 E-Book -Apostila |. Alunos com deficién aqueles que tém impedimentos de longo prazo de natureza fisica, intelectual, mental ou sensorial. Il, Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alteragées no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relacées socials, na comunicagéo ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definigdo alunos com autismo cléssico, sindrome de Asperger, sindrome de Rett, transtorno desintegrativo da infncia {psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificacao. Ill Alunos com altas habilidades/superdotacdo: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as éreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, lideranga, psicomotora, artes e criatividade. |Além do acesso ficam garantidas as condigdes para que a permanéncia com qualidade e direito de aprendizagem estejam garantidas durante todo o proceso. Se eee ELS SCE eRe Curriculo e Inclusdo oo. @< Video eee Ce ae aa-a7 E-Book Apostila COE TUL MEU Rie irae Ort Old! Estamos falando sobre EDUCAGAO ESPECIAL, INCLUSAO ESCOLAR E ADAPTAGOES CCURRICULARES e, nesta aula trataremos especificamente sobre CURRICULO E INCLUSAO, Vamos 20 contetido! Hé muitas definigées de curriculo: conjunto de disciplinas, resultados de aprendizagens pretendidas, experiéncias que devem ser proporcionadas aos estudantes, principios orientadores da pratica, selecdo e organiza¢ao da cultura. No geral, compreende-se curriculo como um modo de seleco da cultura produzida pela sociedade para a formacdo dos alunos; é tudo que se espera ser aprendido e ensinado na escola, Assim torna-se importante discutir 0 curriculo escolar, como so construidos, seus objetivos € as ideias presentes em seu escopo. A proposta curricular indica que tipo de individuos a sociedade pretende formar, e a quais interesses essa proposta representa, iniciando-se assim, a observagio da relagio entre curriculo e poder. Os curriculos hoje no so mais vistos como mecanicamente definidos pelos que detém 0 poder; apesar de incorporarem valores e interesses dominantes, representam os resultados de lutas especificas por autoridade cultural, por lideranca intelectual e moral da sociedade, Essa ideia é reforcada através da apresentacdo do curriculo como planejamento das aces, envolvendo aspectos diversificados como a técnica, a ética ea politica. O curriculo é entendido e trabalhado como o conjunto de aprendizagens vivenciadas pelos alunos, planejadas ou no pela escola, dentro ou fora da aula e da escola, mas sob a responsabilidade desta, ao longo de sua trajetéria escolar. O curriculo como cultura demonstra a questo do poder que permeia a concepgao curricular. Quando se seleciona quais conhecimentos serao transmitidos, reforcados ou aceitos, se estabelecem quais culturas a escola escolheu como predominante. ‘Segundo Pacheco nao seré possivel, contudo, aceitar que 0 curriculo seja a expresséo de uma Anica l6gica, na medida em que as légicas de Estado, de mercado, do ator e da cultura so pecas de um quebra cabeca, que adquire sentido pelas fronteiras conquistadas em momentos diferentes. Oliveira destaca que uma escola de qualidade é certamente aquela que possui clareza quanto a sua finalidade social, o que em geral se d por meio do projeto politico-pedagégico e da gestdo democritica A escola precisa observar o cumprimento do seu papel no que tange a atualizaco histérico- cultural dos educandos mediante apreensio dos saberes historicamente produzidos pelo conjunto da sociedade. 42.47 E-Book Apostila Além disso, é preciso verificar se as escolas esto assumindo claramente o papel de promover ativamente, por intermédio do trabalho docente e dos recursos pedagégicos disponiveis, a relago dos alunos com os saberes que thes permitam desenvolver conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessérios para a vida produtiva e cidadé, considerando as transformacées em curso na sociedade contemporanea. ALDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educagao Nacional determina que os municipios, estados ¢ federagao tém autonomia para adequarem seus curriculos, a partir da Base Nacional Comum Curricular, de acordo com suas realidades, ou seja, os curriculos precisam ser contextualizados observando a realidade dos educandos. Como consequéncia da LDB, surgiram as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para regulamentar a organizaco curricular das escolas. Mas é preciso frisar que essas diretrizes apresentam os contetidos minimos, devendo cada estado, municipio e federaco, complementarem os mesmos de acordo com suas realidades. 0 papel do professor é de suma importancia nesse processo de adaptacdo, uma vez que, conhecendo as particularidades do aluno, deverd propor tarefas que o mesmo tenha condides de executar, dentro de seu tempo e ritmo. Romper com conceps8es arraigadas, com o conteudismo, com a fragmentacao do conhecimento académico historicamente compartimentalizado em disciplinas, e com a simples transferéncia hierérquica do conhecimento do professor para 0 aluno, no é uma fungio simples, pois no ideério do professor se o aluno inteligente é aquele que domina muitos contetidos, 0 bom professor é aquele que sabe repassé-los bem. Alei n? 13.415-2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educaao Nacional e estabeleceu uma mudanca na estrutura do ensino médio. Anova estrutura, do comumente chamado “Novo Ensino Médio”, teve sua implementagao programada pelo Ministério da Educaco (MEC) para iniciar no ano de 2022, tanto na rede publica quanto privada de ensino, iniciando pelo primeiro ano do ensino médio e evoluindo de forma gradativa com a expectativa abarcar as trés séries do ensino médio até o ano de 2024 Dentre as mudangas previstas esto: (1) a ampliago da carga horéria anual para mil horas, totalizando 3 mil horas ao fim do ensino médio; (2) definigéo de um curriculo com maior flexibilidade, contemplando a Base Nacional Comum Curricular (BNC) € a oferta dos itinerérios formativos, de cardter optativo escothidos conforme as aptiddes dos estudantes, possibilitando o aprofundamento em dreas de conhecimento e ou na formacdo técnica e profissional; (3) Em substituigao as disciplinas passam a existir as reas de conhecimento - Linguagens ¢ suas Tecnologias, Matematica e suas Tecnologias, Ciéncias da Natureza e suas Tecnologias ou Ciéncias Humanas e Sociais Aplicadas - que formam o currculo geral basico e obrigatério, Ainda hd de acontecer em nossas escolas, mudangas substanciais de concepgies a respeito da inteligéncia e do conhecimento que é apreendido pelo aluno, e da prépria forma como ele esté sendo construido. Para isso é necessério contextualizar 0 curriculo através da realidade dos alunos, conhecer suas fragilidades e potencialidades, ¢ a partir de entéo, organizar o curriculo considerando 0 conhecimento de forma integrada. 43-47 E-Book Apostila Figura 3 - Educagao Inclusiva Descrigao da imagem: Menina lendo em Brainly. Dentro do universo da educagio, muitos aspectos burocraticos e ideolégicos permeiam as relacées, sendo as praticas da sala de aula, resultantes de intimeros processos que constituem as ideologias educacionais, entre esses encontra-se o curriculo escolar. 14-47 E-Book -Apostila Ha muitas definigdes de curriculo: conjunto de disciplinas, resultados de aprendizagens pretendidas, experiéncias que devem ser proporcionadas aos estudantes, principio orientadores da pratica, selecdo © organizagdo da cultura. No geral, compreende-se curriculo como um modo de selegio da cultura produzida pela sociedade para a formago dos alunos; é tudo que se espera seja aprendido e ensinado na escola. (LIBANEO, OLIVEIRA, TOSCHI, 2003, p. 362). Assim, torna-se importante discutir 0 curriculo escolar e como esses so construfdos, seus objetivos € as ideias presentes na sua construgdo. Para isso é preciso saber que a palavra curriculo vem do latim e significa correr. Conforme a etimologia, percebemos que o termo significa muito mais que a corrida, considerando o resultado, mas sim, ao proceso, trajetéria. No decorrer 0 tempo o termo foi adotado € atrelado & educacdo, sendo que: A Nova Sociologia da Educagio (NSE), iniciada por Michael Young, na Inglaterra, nos primeiros anos da década de setenta, constitui-se na primeira corrente sociolégica voltada para a discusséo do curriculo. 0 grande marco de seu surgimento foi a obra Knowledge and control: new directions for the Sociology of Education, editada por Young (1971), na qual encontramos alguns artigos hoje considerados cléssicos. (MOREIRA, 1990, p.72). as-47 E-Book -Apostila A partir do inicio da discusso, foi se analisando que, a proposta curricular indica que tipo de individuos a sociedade pretende formar, e a quais interesses essa proposta representa, iniciando-se assim, a observagdo da relagio entre curriculo e poder: 0s curriculos hoje nao séo mais vistos como mecanicamente definidos pelos que detém o poder; apesar de incorporarem valores ¢ interesses dominantes, representam os resultados de lutas especificas por autoridade cultural, por lideranga intelectual e moral da sociedade. (MOREIRA, 1990, p. 81). De acordo com a citagdo acima é importante ressaltar que nesse jogo existentes duas grandes forgas de poder: o poder econémico e 0 poder intelectual que nem sempre se apresentam na mesma direcdo. Dai que, apesar de atender aos interesses das classes dominantes, a forga intelectual ainda sim, prope uma escola que atenda aos interesses da populagao. Portanto, muitas priticas metodolégicas inclusivas esto presentes nos espacos das salas de aulas, mesmo contrariando alguns processos curriculares, 0 que sera discutido, posteriormente nesse trabatho. Iniciaimente vamos apresentar alguns conceitos de curriculo, percebendo o mesmo como organizagio do espaco escolar, de forma que os alunos ampliem seus conhecimentos. Curriculo € um campo de trabalho, que tem todo um conjunto de praticas sociais; é um espago onde se definem coisas, onde vo ocorrendo acées, ou seja, onde vai acontecendo o préprio curriculo, (ELIZABETH MACEDO apud CARVALHO, 2005, p.107). Torroc nic arvatho apresenta o curriculo como praticas sociais, ou seja, 0 curriculo se materializa Deer Peres © curriculo € um ambiente simbélico, material e humano que é constantemente reconstrufdo. Este processo de planejamento envolve ndo apenas 0 técnico, mas o estético, o ético eo politico. (MICHAEL APLLE apud CARVALHO, 2005, p.107}. Essa ideia é reforcada através da apresentagdo do curriculo como planejamento das acées, envolvendo aspectos diversificados como a técnica, a ética e a politica, 36-47 E-Book -Apostila 0 curriculo € entendido e trabalhado como o conjunto de aprendizagens vivenciadas pelos alunos, lidade planejadas ou no pela escola, dentro ou fora da aula da escola, mas sob a responsal desta, a0 longo de sua trajetéria escolar. (CORINTA GERALD! apud CARVALHO, 2008, p.107). Portanto, a ideia de curriculo ultrapassa os espacos das salas de aula, mesmo que a escola seja responsével pela sistematiza¢o dos conhecimentos prévios que o aluno traz pelas suas vivéncias. © curriculo € fruto de uma selecdo da cultura e é um campo conflituoso de construc de cultura, de embate entre sujeitos, concepsdes de conhecimento, formas de entender e construir o mundo. (ALICE CASIMIRO LOPES apud CARVALHO, 2005, p.107). Essa ideia de curriculo como cultura, demonstra a questo do poder que permeia a concepcio curricular, Quando se seleciona quais conhecimentos sero transmitidos, reforgados ou aceitos, estabelece-se quais culturas ou qual cultura a escola escolheu como predominante. NCE Ao escolher uma cultura, a escola discrimina as demais, mesmo que inconscientemente, Sabendo dessa forca e poder, o curriculo passa a ser regulamentado, ou seja, passar pelo controle da lel ALei Federal n. 5.692, de 11 de agosto de 1971 que regulamentou durante muito tempo a educacio nacional, afirmava que um dos objetivos do curriculo até entdo era: (...) proporcionar aos educandos a formacao necesséria ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de autorrealizacao, preparagdo para o trabalho e para o exercicio consciente da cidadania. 0s Parametros Curriculares Nacionais (PCN) de 1997, acrescentaram a proposta curricular os temais transversais que tinham 0 objetivo de tentar abarcar assuntos e culturas que nao estavam privilegiadas na base curricular. Transversalidade pressupde um tratamento integrado das éreas e um compromisso das relagées interpessoais € sociais escolares com as questées que esto envolvidas nos temas, a fim de que haja uma coeréncia entre os valores experimentados na vivéncia que a escola propicia aos alunos e 0 contato intelectual com tais valores. (PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 64). Através dos conceitos apresentados, se percebe que o curriculo nao é apenas algo técnico, mas uma estrutura que permeia todas as relacdes educacionais, atendendo a determinados interesses. Isso faz com que aja um curriculo real, determinado, explicito, e subjacente a esse um curriculo oculto que determina realmente os valores, culturas e espacos do sistema escolar. ar-at E-Book Apostila Assim, 0 curriculo é construido pela luta de diferentes fronteiras que delimitam terrenos de participacdo e ambitos de decisdo. Nao se poderd, contudo, aceitar que o curriculo seja a expressdo de uma tinica légica, na medida em que as I6gicas de Estado, de mercado, do ator e cultural séo pegas de um puzzle, que adquire sentido pelas fronteiras conquistadas em momentos diferentes. (PACHECO, 2005, p.111). Nesse jogo de interesses que perpassam as relagdes de poder, importa pensar sempre que tipo de educagéo queremos ter e a qual modelo social pretendemos servir para assim, construir um curriculo adequado a proposta pretendida. Conforme afirma Oliveira Uma escola de qualidade é certamente aquela possui clareza quanto a sua finalidade social, 0 que em geral se dé por meio do projeto politico-pedagégico © da gestio democrética, A escola precisa observar 0 cumprindo do seu papel no que tange a atualizagio histérico-cultural dos educandos mediante apreensao dos saberes historicamente produzidos pelo conjunto da sociedade. Além disso, € preciso verificar se as escolas estéo assumindo claramente 0 papel de promover ativamente, por intermédio do trabalho docente e dos recursos pedagégicos disponiveis, a relago dos alunos com os saberes que thes permitam desenvolver conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessérios para a vida produtiva e cidada, considerando as transformagées em curso na sociedade contemporénea (OLIVEIRA, 2009, p.50) Dentro desse contexto, ¢ observando os fatos ocorridos no Brasil com a redemocratizacio da década de 1980 e 1990 é possivel perceber que: ‘A marca do curriculo no Brasil nos anos 90 é o hibridismo. [...] Um campo assinalado, mais pela diversidade organica do que pela uniformidade. Um campo em que diferentes discursos sio reterritorializados. Um campo habitado por sujeitos que séo em si mesmos hibridos culturais, (Ladwig, 1988). Em resumo, um campo contestado em que se misturam influencias, Interdependéncias, rejeigdes. (LOPES, 2002, p.47). Essas mudangas culminaram com a Lei de Diretrizes e Bases da Educago Nacional (LDB) de 1996, discutindo em seu artigo 26 que: Os curriculos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser completada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caracteristicas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela (BRASIL, 1996). 18-47 E-Book Apostila A LDB ainda determina que os municipios, estados e federacdo tem autonomia para adequarem seus curriculos, a partir da Base Nacional Comum, de acordo com suas realidades, ou seja, os curriculos precisam ser contextualizados, observando a realidade dos educandos. Deer cea crc] Art. 26. Os curriculos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caracterfsticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. 1° Os curriculos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, 0 estudo da lingua portuguesa e da matemética, o conhecimento do mundo fisico e natural e da realidade social e politica, especialmente do Brasil 20 ensino da arte constituiré componente curricular obrigatério, nos diversos niveis da educacdo bésica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. 3° A educagio fisica, integrada 3 proposta pedagégica da escola, é componente curricular obrigatério da educacio basica, sendo sua pratica facultativa ao aluno: (od 4° 0 ensino da Histéria do Brasil levaré em conta as contribuicées das diferentes culturas € etnias para a formagao do povo brasileiro, especialmente das matrizes indigena, africana e europela. 5° Na parte diversificada do curriculo seré incluido, obrigatoriamente, a partir da quinta série, 0 ensino de pelo menos uma lingua estrangeira moderna, cuja escolha ficaré a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituicao. 6° A misica deverd ser contetido obrigatério, mas nao exclusivo, do componente curricular de que trata 0 § 20 deste artigo. Art. 26-A. Nos estabelecimentos de en: 10 fundamental e de ensino médio, piblicos e privados, torna-se obrigatério 0 estudo da historia e cultura afro-brasileira e indigena 1° O contetido programético a que se refere este artigo incluird diversos aspectos da histéria e da cultura que caracterizam a formagéo da populacéo brasileira, a partir desses dois grupos Etnicos, tais como o estudo da histéria da Africa dos africanos, a luta dos negros e dos povos indigenas no Brasil, a cultura negra e indigena brasileira e o negro eo indio na formacao da sociedade nacional, resgatando as suas contribuigdes nas dreas social, econémica e politica, pertinentes 8 histéria do Brasil Os contetidos referentes & histéria e cultura afro-brasileira e dos povos indigenas brasileiros sero ministrados no ambito de todo o curriculo escolar, em especial nas dreas de educacao artistica e de literatura e histéria brasileiras. Art. 27. Os contetidos curriculares da educagao bdsica observarao, diretrizes: | a difusio de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadaos, de respeito ao bem comum e & ordem democratica; Il consideragdo das condigdes de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; Iil- orientagao para o trabalho; IV- promocao do desporto educacional e apoio as praticas desportivas no-formais. \da, as seguintes 19.47 E-Book -Apostila Art. 28. Na oferta de educaco bésica para a populacao rural, os sistemas de ensino promovergo as adaptagbes necessérias 8 sua adequacdo as peculiaridades da vida rural e de cada regio, especialmente: 1- contetidos curriculares e metodologias apropriadas as reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; I1- organizacao escolar prépria, incluindo adequacdo do calendério escolar as fases do ciclo agricola e as condigées climaticas; lil - adequagao 4 natureza do trabalho na zona rural Peruri eee ee Coe ae aerate Pee CEO ruc een rte ican) Aidela da transversalidade passa a ser regulamentada de forma explicita e a questo do respeito, € discussio das diferencas culturas que constituem a histéria do Brasil fazem-se presentes. ‘A populacdo rural com suas particularidades culturais, os negros e indios passam a ser incluidos no projeto de educagao para o Brasil, sendo muito ampliado a nocao de contextualizacao do curriculo, de acordo com cada realidade. Retomando os conceitos apresentados sobre curriculo, vemos uma aproximacdo entre os conceitos e a le Entretanto entre o mundo conceitual e as legislagdes muito ainda precisa ser feito para realizar dentro das salas de aula os ideais preconizados na legislagio. Como conseqiiéncia da LDB, surgiram as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) pare regulamentar a organizaao curricular das escolas. Mas é preciso frisar que as DCNs apresentam os contetidos minimos, devendo cada estado, municipio e federaco complementarem os mesmos, de acordo com suas realidades, Observados os conceitos de curriculo e as intengdes subjacentes em sua construcdo, é importante analisar quais idéias devem perpassar um curriculo inclusivo, suas principais caracteristicas ages. 20-47 E-Book -Apostila Nesse sentido, desde os PCNs existe uma preocupacdo em contextualizar os curriculos, ete Cues nee eeT Pensar em adequacdo curricular significa considerar 0 cotidiano das escolas, levando-se em conta as necessidades e capacidades dos seus alunos e os valores que orientam a prética pedagégica, Para os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais essas questdes tm um significado particularmente importante (PCN, 1998, p. 32). Essa adaptagdo do curriculo, deve ter como finalidade, permitir que todos aprendam, atendo as peculiaridades, de forma que todos aprendam, dentro de seus limites. Essa adaptacdo deve ser feita tendo como base o curriculo existente, MS tornando esse flexivel e dinmico, de forma a atender a todos. [As adaptacées curriculares constituem, pois, possibilidades educacionais de atuar frente as dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupdem que se realize a adaptacdo do curriculo regular, quando necessério, para torné-lo apropriado as peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Ndo um novo curriculo, mas um curriculo dinamico, alteravel, passivel de ampliacdo, para que atenda realmente a todos os educandos. Nessas circunstdncias, as adaptacées curriculares implicam a planificagdo pedagégica e a ages docentes fundamentadas em critérios que definem: 0 que o aluno deve aprender; como e quando aprender; que formas de organizagéo do ensino sdo mais eficientes para 0 processo de aprendizagem; como e quando avaliar 0 aluno (PCN, 1998, p.33). A clareza dos objetivos retoma o conceito de curriculo, segundo o qual é preciso saber onde se pretende chegar para assim, tracar uma trajetéria, considerando as potencialidades de cada aluno, pois, conforme afirma Mantoan: Nao se adapta um curriculo, tendo como desculpa a incapacidade de alguns, mas a capacidade diversificada de cada um dos alunos, para enfrentar as exigéncias da escola, capacidade essa que no & medida por testes, ou definida por objetivos especificos para este ou aquele, individualmente, mas apreciada a posteriori, pelo produto da aprendizagem de cada um. Porque é © aluno que adapta os seus esquemas de agdo e suas estruturas de conhecimento as tarefas de aprendizagem. E essas adaptagdes é que precisam ser aceitas pelo professor, como respostas ativas e particulares de cada aluno, as solicitacdes gerais do meio escolar (MANTOAN, 1998, p.120) 2-47 E-Book -Apostila Ose ae eee Ce eee ecto ry Ie Cen Cee OC Ee eee a star, dentro de seus tempos ¢ ritmos. © principio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possivel, independentemente das dificuldades e das diferengas que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos varios estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nivel de educagao para todos, através de curriculos adequados, de uma boa organizacio escolar, de estratégias pedagégicas, de utilizagdo de recursos e de uma cooperagio com as respectivas comunidades. € preciso, portanto, tum conjunto de apoios e de servigos para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola (UNESCO, 1994, p.11-12). A adequagao curricular deve ser seguida de estratégias pedagégicas adequadas, utilizago de recursos necessérios para a execucdo dessas estratégias, Tudo isso significa sair de um modelo curricular centrado nos contetidos e no ensino, para um curriculo que tenha o foco na aprendizagem ¢ os alunos como atores do proceso. Romper com concepcdes arraigadas, com o conteudismo, com a fragmentacdo do conhecimento académico historicamente compartimentalizado em disciplinas e com a simples transferéncia hierérquica do conhecimento do professor para o aluno, nao é uma funcao simples, pois no ideério. do professor se o aluno inteligente € aquele que domina muitos contetidos, o bom professor é aquele que sabe repassé-los bem. A nosso ver, hé de acontecer, ainda, nas nossas escolas, mudangas substanciais de concepcdes a respeito da inteligéncia e do conhecimento que é apreendido pelo aluno, e da propria forma como ele esté sendo construido (ALMEIDA, 2003, p.114). Essa mudanca de centralidade do processo educativo deveré provocar outras mudancas de pensamento, tais como as concepgdes que temos sobre inteligéncia, pois as miltiplas inteligén. devem passar a ser consideradas, emocional, estética, etc. Quando se aceitam as miltiplas inteligéncias, todos os alunos sio valorizados naquilo que sdo bons e incentivados a superarem seus préprios obstaculos. Ree Teer CE eee Cut POC Cay encontraram espaco para aprender, sendo a educa¢io um direito de todos. 22-47 E-Book Apostila [A educagio das pessoas com deficiéncia fisica, mental e sensorial esteve um grande perfodo da histéria sob a responsabilidade dos profissionais da rea médica. Ainda hoje, & comum os profissionais da educacio sentirem-se sem condigdes de atuar com estes educandos sem a presenga e orientagao dos profissionais médicos, psicélogos, terapeutas. Em muitas instituigées especializadas, so estes profissionais que comandam todo 0 processo escolar, como se a educago especializada fosse mais um processo de tratamento do que um processo educacional. (PINTO, 2000, p. 238) Nao se pretende com isso desconsiderar a necessidade de uma rede de apoio para contribuir com 0 processo de aprendizagem de alunos que apresentam determinadas deficiéncias, mas acreditar que 0 direito de acesso e aprendizagem, desses seja respeitado e concretizado, dentro dos espacos escolares, Devendo essas praticas inclusivas estar descritas dentro dos curriculos e desenvolvidas de forma real. Nao basta legalizar as relacdes inclusivas, através de legislagdes, & preciso concretizar esse curriculo, através das préticas pedagégicas. Para isso é necessario contextualizar 0 curriculo, através da realidade dos alunos, partir de suas realidades, conhecer suas fragilidades e potencialidades e 2 partir de entdo, organizar o curriculo, considerando o conhecimento de forma integrada, Sem conhecer os seus alunos € os que esto & sua margem, no € possivel a escola elaborar um curriculo que reflita 0 meio social e cultural em que se insere. A integracdo entre éreas do conhecimento e a concepgao transversal das novas propostas de organiza¢do curricular consideram as disciplinas académicas como meios e ndo fins em si mesmas e partem do respeito 3 realidade do aluno, de suas experiéncias de vida cotidiana, para chegar & sistematizacao do saber. (MANTOAN, 2001, p.114), Assim, conhecendo os alunos, as aulas precisam ser organizadas através de metodologias que atendam as necessidades de todos, respeitando-se 0 tempo de cada um, numa abordagem individualizada. ‘As boas praticas pedagégicas so apropriadas a todos os alunos, uma ver que todos os alunos tém aspectos fortes ¢ estilos de aprendizagem individuais. Isso se aplica a alunos com necessidades educativas especiais e aos outros. Cada vez hé uma maior evidéncia de que nao necessitam de um mero significativo de estratégias pedagégicas distintas. Podem precisar de mais tempo, de mais prética ou de uma abordagem com variacdes individualizadas, mas no de uma estratégia explicitamente diferente da que é utilizada com os outros alunos. (PORTER, 1997, p.45). 23-47 E-Book -Apostila Compreender a educagdo num aspecto mais amplo e socializador, demonstra que o ensino para todos deve ser feito de forma inclusiva, descentralizando 0 ensino doa figura do professor e dos contetidos e a partir de uma postura dialdgica, colocar os alunos como responsaveis pelo proceso de construgao do conhecimento. Ensinar significa atender 8s diferencas dos alunos, mas sem diferenciar o ensino para cada um, © que depende, entre outras condigées, de se abandonar um ensino transmissive © adotar uma pedagogia ativa, dialégica, interativa, integradora, que se contrapée a toda e qualquer visio unidirecional, de transferéncia unitéria, individualizada e hierérquica do saber. (MANTOAN, 2006, p. 49), Para que esse curriculo seja colocado em pratica, outros elementos precisam ser ESRC Coey realidade, inclusive no projeto politico pedagégico das instituices colares, Curriculo e Projeto Politico Pedagégico Entender no que consiste 0 Projeto Politico Pedagégico (PPP) de suma importéncia para a concretizago de um curriculo com praticas inclusivas, pois: 24-47 E-Book -Apostila 0 projeto busca um rumo, uma direcdo. € uma acéo intencional, com um sentido explicito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagdgico da escola é, também, um projeto politico por estar intimamente articulado a0 compromisso sociopolitico com os interesses reais e coletivos da populacdo majoritéria. € politico no sentido de compromisso com a formacao do cidadio para um tipo de sociedade. [...] Pedagégico, no sentido de definir as agdes educativas e as caracteristicas necessérias 8s escolas de cumprirem seus propésitos e sua intencionalidade. (VEIGA, 1995, p. 13) ‘Assim, 0 PPP é 0 documento que orienta e direciona as direcdes que a escola deve seguir em que reas deve atuar, sendo chamado de Politico-pedagégico, uma vez que as préticas pedagégicas desenvolvidas devem ter como objetivo o cidadao que se pretende formar. Projeto Pedagégico [...] um instrumento tedrico-metodolégico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, sé que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, organica €, 0 que € essencial, participativa. € uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ago de todos os agentes da instituicdo. (VASCONCELOS, 1995, p.143) Portanto 0 PPP deve ser feito e de conhecimento de toda comunidade escolar, refletindo, verdadeiramente, os anseios da escola, para sua forma de organizagéo; uma vez que a sistematizacao se faz necessdria para a organizacdo e sucesso nos objetivos. Todo projeto pedagdgico da escola é também, um projeto politico por estar intimamente articulado a0 compromisso sociopolitico com os interesses reais coletivos da populagao majoritéria. € politico, no sentido de compromisso com a formacio do cidadao para um tipo de sociedade. A dimensdo politica se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto pratica especificamente pedagégica. (SAVIANI, 1983, p. 12) Tendo em vista a amplitude e importéncia do PPP, o mesmo deve ser feito de forma coletiva, considerando o que preconiza as legislacdes brasileiras, considerando ainda que a LOB determina: nm) 28-47 E-Book -Apostila Art. 14", Os sistemas de ensino definirdo as normas da gestdo democratica do ensino piblico na educagdo basica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princi | participaco dos profissionais da educacao na elaboracdo do projeto pedagogico da escola; II participagdo das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996). ios: Uma gestéo democrética implica na participacao de toda comunidade na tomada das decisées € participacdo de todos na elaboragao e execugao do PPP, num processo de corresponsabilidade, onde todos, alunos, pais, responséveis, professores, gestores, etc., exercem iguais direitos deveres. Essa participagdo coletiva exige transparéncia em todas as instdncias, com respeito as idéias diversidade sociocultural. Ao mesmo tempo, essa transpar€ncia fortalece os espacos, tornando-os 0s mesmos possibilitadores das mudancas que a escola e a comunidade necessitam, Ja transparéncia afirma a dimensio politica da escola, sua existéncia pressupde a construgao de um espaco puiblico vigoroso e aberto & diversidade de opinides e concepges de mundo, contemplando a participacdo de todos os que esto envolvidos com a escola. (ARAUJO, 2000, p. 155). ‘Assim a relacdo entre participagio e transparéncia € extremamente dialética, uma realizando a outra, uma vez que a participacao exige a transparéncia, a0 mesmo tempo em que a transparéncia promove a participacao. [A participacao ampla assegura a transparéncia das decisées, fortalece as pressdes para que elas sejam legitimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que ‘sejam contempladas questées que de outra forma no entrariam em cogitacdo. (MARQUES, 1980, p. 2a), A partir da participagio de toda comunidade escolar na construgdo e participago do PPP, a gestao democratica é assegurada, conforme determina a LDB de 1996, sendo que, de acordo com Dourado € Duarte (2001), a gestiio democrética apresenta as seguintes caracteristicas: Celene EE) 26-47 E-Book -Apostila Perec te ‘Aadministrac3o, as decisdes e as ages devem ser elaboradas, tomadas e executadas de forma no hierarquizada; mas assegurando a participagio de todos. A hierarquia no significa autoritarismo, pois todos tém direito na tomada das decisées. Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da gestdo, ou seja, professores, estudantes, funcionérios, pais ou responsdvels, pessoas que participam de projetos escolares € toda a comunidade ao redor da escola. Meier Qualquer deciséo ago tomada e decidida ou implantada na escola deveré ser de conhecimento de todos. Assim toda @ comunidade escolar tem conhecimento de tudo o que se processa no ambiente escolar, sendo corresponsavel. Portanto o PPP torna-se um instrumento tedrico-metodolégico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, sé que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, organica €, o que é essencial, participativa. € uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ago de todos os agentes da instituigdo. (VASCONCELOS, 1995, p. 143) Portanto, 0 Projeto Politico Pedagégico da escola possui principio, dentro de suas dimensées & estrutura. Sao principios do PPP: a participacdo, a gestéo democritica, a autonomia e 0 trabalho coletivo. Participar implica em assumir a responsabilidade em conjunto, possibilitar 0 didlogo, construir 0 consenso necessério & elaboraco de um plano de ago coletiva. Isso ocorre na medida em que: As decisées centralizadas no diretor cedem lugar a um processo de resgate da efetiva fungo social da escola, através de um trabalho de construcao coletiva entre outros agentes da escola e, destes, com a comunidade (...). 0 trabalho participativo nao apenas descentraliza as decisdes, mas também sacode a reta da rotina e recria a senha das pessoas a cada dia, (CARNEIRO, 1998, p. 78). Observadas as especificidades do projeto de cada escola, a concep¢ao algumas caracteristicas em comum, propostas por Veiga (2001): 27-47 E-Book Apostila Ser processo participative tendo como ponto de partida a realidade, tendo como suporte a explicitago das causas dos problemas e das situacdes nas quais tais problemas aparecem; ou seja, partindo da realidade e do contexto dos alunos, diagnosticar os principais problemas e seus contextos visando trabalhar de forma que esses impactem 0 minimo possivel na aprendizagem dos alunos. Preocupar-se em implantar a forma de organizago de trabalho pedagégico que desvele os conflitos eas contradicée: sem mascarar a realidade. Assim 0 PPP faz com que o curriculo seja real. Estabelecer, de forma clara, principios baseados na autonomia da escola, na solidariedade e no estimulo 8 participacio de todos os segmentos; garantindo que os interesses dos alunos e da comunidade escolar sejam priorizados. Propor aces e conter opcées explicitas na direcdo de superar problemas no decorrer do trabalho educativo; assim 0 objetivo ¢ a superago dos entraves ocorridos, devido ao contexto, com a finalidade, inclusive de transformar essa realidade. Ser exequivel e prever as condigdes necessérias a0 desenvolvimento e 8 avaliaco; ou seja, ndo pode ser pensado para ficar apenas no papel, mais sim executado, de acordo com as necessidades e possibilidades da escola Ser construido continuamente, um PPP precisa ser avaliado constantemente e, caso necessério, novos rumos serem tracados ‘Aautonomia da escola é um exercicio de democratiza¢o do espaco publico: & delegar ao diretor e aos demais agentes pedagégicos a possibilidade de dar respostas ao cidado. A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas e aproximar escola e familia, (NEVES, 1995, p. 23) Para Libaneo (2004), a dimenséo pedagégica do PPP pressupde certa organizacao da escola nos seguintes aspectos: ‘+ Vida escolar: Relacionada a organizagao do trabalho escolar em funcao da especificidade de seus objetivos. ‘+ Processo de ensino e aprendizagem: Refere-se basicamente aos aspectos relacionados 8 organizago do trabalho do professor e dos alunos na sala de aula + Atividades de apoio técnico-ad istrativo: Tem a funco de fornecer 0 apoio necessério ao trabalho docente; atividades que vinculam escola e comunidade: refere-se as relagdes entre a escola eo ambiente externo. Consideradas as exigéncias da Base Nacional Comum, a proposta curricular da escola, deve considerar a parte diversificada, observando alguns principios, tais como: 28-47 E-Book Apostila Interdisciplinaridade: Que é a interdependéncia, interagdo e comunicago entre os diversos campos do saber, © que possibilita a integracdo do conhecimento evitando a sua fragmentagéo. Transdisciplinaridade: Que é a coordenacdo do conhecimento em um sistema légico, que permite o livre transito de um campo de saber para outro, ultrapassando a concepgdo de disciplina e enfatizando o desenvolvimento de todas as nuances aspectos do comportamento humano. Assim & preciso sair de uma cultura de curriculo como mero documento legislative, que verticalizava 0 ensino e a aprendizagem, privilegiando uma escola elitista para uma concepgio de curriculo como definidor dos aspectos do trabalho escolar diretamente relacionados a pratica pedagégica, definindo 0 espago 0 papel exercido pelos diferentes segmentos envolvides com 0 processo educative, com aproveitamento do tempo escolar, articulacdo entre as diversas reas do conhecimento, os conteddos, entre a equipe pedagégica e entre esta ea comunidade. (PINHEIRO, 2001) ‘Assim 0 Curriculo se torna um espago de lutas em torno dos diferentes significados sobre o social e © politico, como espago por meio do qual os diferentes grupos sociais, principalmente, os grupos dominantes, expressam sua visio de mundo, seu projeto social e seus desejos e interesses em relacdo 8 formaco dos individuos. (SILVA, 2001) © aluno como sujeito de sua prépria aprendizagem; torna-se importante agente no proceso educativo e 0 conhecimento é construido, progressivamente, através da atividade prépria do aluno € das interacdes sociais. Esse curriculo também supera a fragmentacdo do saber enfatizando a construgo integrada de saberes, competéncias e valores que perpassam, de forma transdisciplinar, © conjunto do saber-fazer escolar; que parte das experiéncias e vivéncias do cotidiano do aluno, 29.47 E-Book Apostila Esse estimulo a aprendizagem do aluno deve ser feito, @ partir da organizagéo do trabalho pedagégico a partir de atividades que proporcionem o prazer de conhecer e 0 estimulem 20 processo de aprender a aprender além de estimular 0 desenvolvimento da autonomia do aluno. Nesse processo os professores também possuem papel essencial na construgo do proceso de ensino-aprendizagem. De acordo com a LDB, de 1996: Art. 13. Os docentes incumbir-se-do de: |= participar da elaboracdo da proposta pedagégica do estabelecimento de ensino; Il - elaborar e cumprir plano de Trabalho, segundo a proposta pedagégica do estabelecimento de ensino; Ill zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperacio para os alunos de menor rendimento; V- ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participa integralmente dos periods dedicados a0 planejamento, & avaliacdo e ao desenvolvimento profissional; VI- colaborar com as atividades de articulago da escola com as familias e a comunidade. Portanto, os professores no podem ser apenas meros transmissores de conhecimento, mas sim, autores do processo, elaborando e articulando estratégias que garantam a aprendizagem dos alunos, desde a concepgao da ideia até o processo avaliativo, que também muda sua perspectiva Aavaliagio educacional, em geral, e a avaliago de aprendizagem escolar, em particular, so meios € no fins, em si mesmas, estando assim delimitadas pela teoria e pela pritica que as circunstancializam. Desse modo, entendemos que a avaliagdo nao se dé nem se daré num vazio conceitual, mas sim dimensionada por um modelo teérico de mundo e de educacdo, traduzido em prética pedagégica. (LUCKESI, 1995, p. 28) Essa participagdo ativa do professor faz-se necesséria, uma vez que a metodologia que se faz coletiva e solidariamente € diferente daquela que é determinada a priori, de cima para baixo, a respeito de como devem ser realizadas as atividades em sala de aula. (VEIGA, 2001, p. 90) 30.47 E-Book -Apostila Para garantia da execugdo dessas metodologias, 0 professor precisa fazer um planejamento que esteja em consondncia com o curriculo da escola, devendo ser pensado para que as estratégias € lades privilegiem a todos os alunos, pois: 0 planejamento escolar & uma tarefa docente que inclui tanto a previsio das atividades didaticas em termos de organizacao e coordenacao em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisdo € adequaco no decorrer do processo de ensino. (LIBANEO, 2004, p. 35) Esse planejamento deve considerar os objetivos que se pretende atingir, as habilidades que se pretende consolidar e quais estratégias serdo utilizadas para se atingir os objetivos. Essas estratégias podem sair da rotina convencionada no ambiente escolar, por isso é importante que todos estejam cientes dessa mudanga para compreenderem ser parte do Pe ee eal aay Estratégias, onde a comunica¢ao exerce papel fundamental, como ponto de partida para que todos se entendam. Assim é importante ao gestor discutir solugdes possiveis e promover negociagbes, assumir responsabilidades e deixar que os outros também assumam; ser ouvido, mas também ouvir, valorizar os aspectos positivos do grupo, deixando claras as suas intengSes para com a escola e zelar pela total transparéncia de todas as agdes. (VASCONCELOS, 2004, p.62). ‘Tendo em vista a importéncia do curriculo no processo de incluso e como esse se personifica no PPP, passaremos a discutir como se efetiva a inclusdo, através das préticas pedagégicas no ambiente escolar. Praticas Curriculares Inclusivas Para a implementacdo de praticas curriculares inclusivas é necessério conceituar o que seriam essas, a partir de unidades did: Zabala so: ‘as organizadas por atividades sequenciadas, que de acordo com 31-47 E-Book -Apostila Um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realizagao de certos objetivos educacionais, que tem um principio e um fim conhecidos tanto pelos professores quanto pelos alunos. (ZABALA, 1998, p. 20). Zabala também afirma que essas unidades didéticas devem abordar todas as metodologias para intervengio efetiva na aprendizagem dos alunos, devendo essas contemplarem todos os aspectos da aprendizagem. Ainda para esse autor, nas unidades didticas esto incluidas todas as varidveis metodolégicas de intervengéo, que so assim objetivadas e definidas por Zabala como uma sequéncia de atividades de aprendizagem ou sequéncias didéticas, sendo essas uma forma para articular atividades diferentes e articuladas, nas quais devem estar claro 0 papel dos professores ¢ alunos durante 0 processo, estruturando 0 espago da sala de aula de forma a privilegiar os trabalhos em grupos, sendo os alunos os principais agentes do processo, através da mediacao do professor. Den Se Oe See ca Ce ec ets COE yecto mais global, devendo a avaliacdo compreender todo 0 SE Sue ‘Assim para a efetivagdo das praticas metodolégicas inclusivas € necessdrio redimensionar os espacos educativos, percebendo a aprendizagem ocorre em espacos variados e ndo apenas nas salas de aula, Os atores do processo de aprendizagem, ou seja, alunos ¢ professores também passam 2 representar um papel mais dindmico, marcado pelo didlogo, pela cooperacao, e 0 espaco da sala de aula um ambiente de cooperagao no qual todos aprendem juntos. Por meio de préticas pedagégicas onde predominam o didlogo, a criacdo, @ construgéo da autonomia, a descoberta, a participacdo, a coautoria do conhecimento e 0 senso de responsabilidade pelo coletivo”. (ALVES; BARBOSA, 2005, p. 18) 32-47 E-Book -Apostila Isso pode ser observado em préticas metodolégicas no espaco da sala de aula, conforme registro de relatos de professores ao afirmarem que: Diversifiquei minhas aulas, utilizando muito o lédico, trabalhando em pequenos grupos, pois penso que 0 professor deve fazer do espago da sala de aula, um ambiente de socializagio de aprendizagens, onde os alunos adquiram normas e valores, condutas de respeito, responsabilidade, solidariedade, cooperagao, visio critica, buscando sempre incluso incondicional de todos os alunos na escola regular. (PIVETA; RODRIGUES; NOGUEIRA, 2005, p 141). A contextualizagao dos contetidos faz-se de extrema importdncia para adquirirem significado aos aluno: Cet eee Pacheco (2005) afirma que a forma de organizagdo do conhecimento por disciplinas, que marca 0 modelo de educagao no Brasil reafirma uma educacao elitista, no privilegiando a todos. Além das disciplinas, muitas vezes trabalhadas de maneira estanque, os contetidos, na maioria das vezes so transmitidos de maneira isolada, sem uma relacdo com a vivéncia e realidade dos alunos. DTC em ee ck ee cot) fundamentais para as mudangas que a escola necessita para se tornar, de fato, inclusiva Stainback e Stainback (1999) afirmam que mesmo com uma estrutura curricular cristalizada, 0 que ‘se observa em muitas préticas metodolégicas é uma desconstrucdo desse no cotidiano da sala de aula, eles demonstram que: 33-47 E-Book Apostila [J A @nfase no curriculo pré-definido, mais voltado para o préprio curriculo do que para a crianga. Atualmente, hd uma tendéncia de partir da crianca e construir 0 curriculo em torno de suas experiéncias, percepcées € conhecimento atual. [..JA percep¢3o de muitos alunos de que o curriculo tradicional é tedioso, desinteressante e sem propésito (SMITH, 1986). Os curriculos padronizados de modo geral nao se desenvolvem a pattir da vida do aluno e do mundo que cerca os alunos, nem tem nada a ver com eles. [..] (STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 236) ‘Amélia Maria Araijo Mesquita © Genylton Odilon Régo da Rocha discutem que o processo de incluso esté quebrando paradigmas que reproduziam uma escola excludente, tendo ainda alguns desafios como a organizagao da estrutura curricular fragmentada e a avaliagao classificatéria, mas a forma de se trabalhar est apresentando avangos significativos. Isso faz com que as escolas analisem 0 que jd estdo conseguindo fazer na perspectiva da evolugio do processo de incluso e em quais aspectos ainda precisam avancar. A politica de incluso articula a ampliagSo do acesso da educagio basica e educacio para todos a0 movimento de expansio dos processos de escolariza¢ao. Contudo incluir no é apenas garantir 0 ingresso dos estudantes com necessidades educacionais especiais na escola comum, é criar condigées para que o estudante permanega e vivencie um processo educacional de qualidade (TARTUC!, 2001, p.8) Essa politica de inclusdo faz com que seja necessério que outros profissionais se fagam necessério dentro do ambiente escolar, para algumas situagdes nas quais haja necessidade de um servigo especializado para determinados alunos. Esse servico também esté regulamentado em lei. Entre as determinagdes legais temos a figura do professor de apoio e da sala de recursos que tém como finalidade auxiliar 0 professor regente a trabalhar as estratégias necessérias para os alunos que apresentam alguma necessidade especial. Importante frisar que o professor de apoio nao é 0 responsdvel pela criacdo e implantacao de estratégias pedagégicas, mas adequar essas estratégias a realidade desse ou desses alunos que eles atendem. 34-47 E-Book Apostila Apesar da pouca informacio sobre as especificidades do professor de apoio, fica evidente a preocupacio em caracterizar o trabalho peculiar, devendo estar em acordo com as necessidades singulares de cada aluno atendido, utilizando-se para tal, de auxilios que possibilitem primar pela qualidade do trabalho pedagégico. Outro dado importante, diz respeito ao olhar a este profissional de apoio permanente, ndo remetendo-o a mais um auxiliar para a instituigdo ao enfatizar a necessidade deste tipo de servigo (PEREIRA NETO, 2009, p.19) Assim é importante que o professor de apoio tenha ciéncia de suas reais fungées e de fato colaborar para que as praticas pedagogicas inclusivas sejam efetivadas nas salas de aulas, através de acdes e 2 cooperagio de todos. Essa cooperacao implica no envolvimento de todos no processo de aprendizagem dos alunos, portanto nao apenas a sala de aula deve tornar-se um espaco inclusivo, MS todo o ambiente escolar. [..J ainda estamos longe do real sentido da inclusdo, seja por insuficiéncias de politicas piblicas especificas de educagao, seja por outros motivos, como pressdes corporativas, falta de informacao € acomodacdo. Provavelmente as poucas e recentes iniciativas piblicas significativas tenham dado um novo félego 8s discusses acerca do processo inclusivo, remetendo-nos as praticas em sala de aula e as aces pedagégicas empreendidas nos espacos de ensino regular (PEREIRA NETO, 2008, p. 33), Pereira Neto demonstra que ainda estamos longe do ideal, mas estamos no caminho e priticas de tum ensino colaborativo, no qual todos se sentem responséveis pelo proceso da aprendizagem é essencial, sendo um desses caminhos o ensino colaborativo: © ensino colaborativo ou coensino é um modelo de prestacao de servico de educagdo especial no qual um educador comum ¢ 0 educador especial dividem a responsabilidade de planejar, instruir e avaliar a instrucao de um grupo heterogéneo de estudantes. Ele emergiu como uma alternativa aos modelos de sala de recursos, classes especiais ou escolas especiais, como apoiar a escolarizagio de estudantes com necessidades educacionais especiais irem para classes especiais ou de recursos, ¢ © professor especializado que vai até a classe comum na qual esté inserido colaborar com o professor do ensino regular. (TOYODA, 2011, p. 84) A insero dos alunos com necessidades especiais em classes regulares provocou uma mudanga significativa no ambiente escolar, fazendo com que até os demais alunos aprendam a conviver com as diferencas. 0 professor de apoio deve possuir saberes que o professor regente no possui, de forma que os mesmos se complementem. © ensino colaborativo desponta mais como uma: [... filosofia de trabalho entre profissionais da educac3o com conhecimentos e experiéncias diferenciadas, do que uma técnica metodolégica de trabatho. € uma atitude filoséfica e critica de olhar para um colega de trabalho como parceiro e com ele construir uma experiéncia conjunta de trabalho pedagégico no contexto escolar e de sala de aula” (RABELO, 2012 p. 53). 35-47 E-Book -Apostila Portanto perceber o espaco escolar como um amplo espaco de cooperacio permeia uma filosofia que tira a centralidade do ensino do professor e um espaco hierdrquico se torna circular, Nesse espago todos ensinam e todos aprendem, assim as préticas pedagégicas ndo privilegiam apenas um tipo de inteligéncia ou habilidade, mas variados tipos e considera todas as habilidades. © ensino colaborativo esté relacionado com a maneira de tratar novas ideias, de implementar mudangas, com os sentimentos de integracdo, de solidariedade e posturas de auto avaliacéo, autocriticas e de competéncias reflexivas coletivas. Pesquisadores nacionais apresentam evidéncias de que esse tipo de ensino (colaborativo) traz uma série de beneficios para as escolas em que se efetiva entre eles: 0 papel de recuperar nos professores as suas capacidades de produzir conhecimentos sobre seu trabalho, promovendo aperfeicoamento continuo e aprendizagem. (MACHADO, 2010 p. 346). Esse talver seja 0 grande desafio de uma escola inclusiva, trabalhar de forma que todos sejam responsaveis pelo processo, inclusive 0 proprio aluno que precisa aprender, pois todos séo coautores em todos os processos. Como responsdveis todos opinam e fazem parte do processo de decisio, inclusive na ee ete See eee eee ee 0 repensar da trfade que: [..] demanda um trabalho coletivo, a necessidade de construir espacos de reflexdo e discussdo coletiva na construgdo de um fazer pedagégico coletivo. As iniimeras dificuldades vao desde as questdes de cardter mais pessoal dos envolvidos, as préprias condigées concretas de trabalho (auséncia de tempo e espaco, caréncia e rotatividade de profissionais, etc.), 8 cultura escolar individualista e competitiva até a auséncia de uma politica de formagdo que contemple questées do trabalho em equipe, bem como o carter de mediador de conhecimentos do papel do professor (TARTUCI, 2005, p.147). Mudar uma cultura e um pensamento demandam tempo, mas é necessério reestruturar todo 0 espago e conceito de educagao. Comegando na concep¢ao de curriculo, sua formulagéo e pratica cotidiana, uma ver que a ideia de incluso precisa permear todo 0 espago escolar. Na pratica 36-47 E-Book -Apostila Que tal acessar links externos para aprimorar ainda mais 0 assunto? Recomendamos o canal Noemi Sportela, o filme 0 Segredo de Beethoven Filme Completo, fore] o @< Video eee Ce ae 37-47 E-Book -Apostila © sucesso da inclusdo escolar ndo depende apenas de professores dedicados, competentes e com vontade de implementar mudangas em sala de aula para atender as necessidades educacionais especiais de seus alunos. Entre outros fatores, a incluso escolar bem-sucedida é fruto do trabalho de profissionais e de outras pessoas importantes na vida do aluno que, juntos, iréo desenvolver e implementar estratégias visando a construgao de uma escola democrética, na qual s8o oferecidas oportunidades para todos os alunos desenvolverem suas habilidadese, _consequentemente, permanecerem na escola. (Silva, p. 144. 2012) 0s alunos autistas necessitam de atencdo especializada no ambito escolar, com a pandemia a aprendizagem destes alunos precisou se adaptar em diversos aspectos. Durante 0 periodo pandémico, foi necessério a elaboracao de atividades adaptadas. Os alunos com transtorno do espectro autista ndo tem facilidade para ficar frente a0 computador assistindo uma aula. Sendo assim, cabe 20 docente se adaptar para trabalhar e produzir da melhor forma, onde 0 aluno dé atenco e compreenda de forma sucinta 0 contetido abordado. Na pandemia foi utilizado 0 Plano de Estudo Tutorado (PET) para realiza¢o das atividades. Pelo intermédio do PET, os alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) tiveram as atividades nortedas com as necessidades de adaptagées individuais, Cabe salientar que no ensino remoto é necessario 0 apoio da familia, visando um monitoramento dos alunos, principalmente aqueles que possuem necessidades especiais. Renata Carvalho, especialista em anélise do comportamento, aborda trés aspectos cruciais para garantir uma boa educago aos alunos com TEA, sdo elas: CCE CCT C Rune Sinalizar a rotina didria- util ar apoio visual, mostrando ao aluno o que iré acontecer no seu dia (Ex: café da manha, sessdo com a fonoaudiéloga, brincar, almoso, TV, caminhada, brincar, banho, jantar, dormir). 0 lazer e descanso devem sempre estar presentes. A utilizagao de rotina sinalizada traz previsibilidade e consequentemente, reducdo de ansiedade ao aluno. Organizar um espago na casa livre de distratores e estimulos para a realizacao dos teleatendimentos - isto facilita o engajamento e direcionamento da atengo do aluno, uma vez que ele est em seu ‘habitat natural’ e pode se distrair facilmente. 38-47 E-Book Apostila Diminuir a duragdo dos atendimentos - mais vale menos tempo de atendimento com maior engajamento ¢ participaco do aluno do que mais tempo com menos aproveitamento. (As sessdes podem ser jas em duas com menor tempo de duraco em periodos do dia diferentes, por exemplo). (CARVALHO, 2022). Atividades de Fixagao Uma das resolucées mais importantes para a educagao especial foi a declaracao de Salamanca 1994, onde foi estabelecido o direito da educagao igualitaria para todas as criangas independente de suas condicées. oe Verdadeiro Poe eMac co Pe ee eee Cee Suu he coy Cee eleCuce 39-47 E-Book Apostila O rave Resposta Incorreta: SNM COR React ci O programa Mecdaisy foi langado em 2009, por Fernando Haddad, consiste em: e Transformar qualquer formato de texto de um computador em um texto digital falado. Doe eka CED CM ae eee Ne RUC TOR ack Med CC enon CROs © __ Tansformar texto digital falado em texto escrito. 40.47 E-Book -Apostila Transformar qualquer formato de texto de um computador em um texto braille. Transformar qualquer formato de video de um computador em um texto digital falado. 41-47 ofeulonl :steoqeasl Conclusdo E-Book -Apostila co... @< Video eee Ce ae Clique aqui para visualizar a transc Estamos concluindo nossa disciplina de EDUCACAO ESPECIAL, INCLUSAO ESCOLAR E ADAPTAGOES CURRICULARES, revisemos! A legislacao brasileira, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educacdo Nacional de 1996, reforcado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, garante a autonomia das escolas na construgio de seus curriculos, respeitando-se uma base nacional comum. Perante essa regulamentagio é necessério que as instituigdes escolares se aproy direito, assegurado em lei e, de forma participativa construam um Projeto Politico Pedagégico - PPP de forma participativa, desde sua concepgo, acionando a toda comunidade escolar e seu entorno, em prol da construgio de uma escola inclusiva. Conhecer a realidade dos alunos, o contexto sociocultural e afetivo, e como as relagdes sao, construfdas, oportunizaré a escola ensinar através de metodologias que garanta a aprendizagem para a totalidade dos alunos, entendendo que todos tém condicdes de aprender. Como vimos, compreender a educagéo num aspecto mais amplo e socializador demonstra que © ensino deve ser realizado de forma inclusiva, descentralizando o ensino do professor e dos contetidos ¢, a partir de uma postura dialégica, colocar os alunos como responsévels pelo proceso de construcdo do conhecimento. -utir uma concepgao inclu: Finalizando, ficou claro em nossos estudos a importancia de de curriculo e uma consonancia entre a Base Nacional Comum ea realidade local de cada aluno, Vocé, como profissional da érea, munido dos conhecimentos dispostos, sabe da importancia de seu papel em potencializar as habilidades desses alunos, nao permitindo que as diferengas sejam obstéculos & aprendizager. Ficamos por aqui. Até a préxima! 43-47 E-Book Apostila A partir das observagbes feitas, percebe-se que o curriculo escolar & 0 instrumento através do qual a incluso pode se concretizar nos espacos das salas de aula. Isso ocorre, uma vez que, € 0 curriculo que norteia todo o trabalho escola e proporciona que as determinacées legais se efetivem, através de outros instrumentos como 0 Projeto Politico Pedagégico, que é 0 documento maior, dentro de uma instituigao escolar. E através do PPP que a autonomia garantida na lei se materializa e propdes metodologias inclusivas que atendam as necessidades de todos os alunos, incluindo Squeles que necessitam de um apoio diferenciado, tais como um professor de apoio, uma sala de recursos, ete. Um curriculo transparente, que explicite na prética sua proposta inclusiva, proporcionaré 8 escola um PPP participativo, no qual a realidade de cada escola esteja presente e todos os alunos possam estar incluidos no processo de aprendizagem. Espero que o conhecimento passado tenha sido o suficiente e que tenha conseguido compreender a histéria e importéncia da educacdo especial, incluso escolar e adaptacées curriculares. Até a préxima! Referéncias Bibliograficas Referencial bibliografico basico: ALVES, Denise de Oliveira; BARBOSA, Kétia Aparecida Marangon. Experiéncias Educacionais Inclusivas: refletindo sobre 0 cotidiano escolar. In: ROTH, Berenice W. (org.). Experiéncias reito & diversidade. Brasilia: Ministério educacionais inclusivas: Programa Educacao Inclusiva: da Educagao, Secretaria de Educagao Especial, 2006. BEYER, Hugo Otto. Inclusio e avaliago na escola de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Mediagao, 2006. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Nacional. Lei n® 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Brasilia, Subsecretaria de Edigdes Técnicas. DOU 23.12.1996, Referencial bibliografico complementar: POLITICA NACIONAL DE EDUCAGAO ESPECIAL. Brasilia: ME/SEESP, 1994 __. Ministério da Educagdo e Cultura. Pardmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasilia: Ministério da Educacao, 1997. Secretaria de Educagdo Fundamental. Pardmetros curriculares nacionais: Adaptacdes Curriculares / Secretaria de Educacdo Fundamental. Secretaria de Educagdo Especial. - Brasilia MEC SEF/SEESP, 1998.62 p. Resolugdo n° 2 CNE/CEB de 11 de setembro de 2002 __. Resolugio n° 4 de 2 de outubro de 2009, Brasilia: MEC/SEESP, 2009, 44-47 E-Book Apostila CARVALHO, Rosita Edler. Educagao Inclusi 2004, 1gos nos “is”. Porto Alegre: Mediacio, CARVALHO, Maria do Amparo de Melo. © curriculo prescrito interpenetrado pelo curriculo alternativo: possibilidades limitagSes de um trabalho com ‘ati alternativas' numa escola de ensino fundamental. 2005. 144f. Dissertaco (Mestrado) - Pontificia Universidade Catélica de Minas Gerais, Programa de Pés-Graduacao em Educagio. lades curriculares CASTRO, Adriano Monteiro. A avaliago da aprendizagem no contexto da incluso de alunos com necessidades educacionais especiais na escola publica. Séo Paulo: FEUSP, 2007. (Tese de doutorado). DECLARAGAO DE SALAMANCA e Linha de Agio Sobre Necessidades Educativas Especiais. £4. Brasilia: CORDE, 1994 FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases soci escolar. Porto Alegre: Artes Medicas, 1993. @ epistemolégicas do conhecimento GONCALVES, Aline,, K. S. Estratégias pedagégicas inclusivas para criangas com paralisia cerebral nna Educagao Infantil. So Carlos: UFSCar, 2006 (dissertagao).. LEAO, Andreza Marques de Castro et all. Inclusio do aluno com dismotria cerebral ontogenética: analise das praticas pedagégicas. In: Revista Brasileira de Educagao Especial, 2006, vol.12, n.2. LIBANEO, José Carlos, OLIVEIRA, Jodo Ferreira de, TOSCHI, Mirza Seabra. Educagéo Escolar: politicas, estrutura e organizacao. Séo Paulo: Cortez, 2003, (Colegio Docéncia em Formacao), LOPES, Alice Casimiro © MACEDO, Elizabeth. Curriculo: debates contempordneos. Séo Paulo: Cortez, 2002, p. 13-54. Interpretando e produzindo politicas curriculares para 0 ensino médio. In: FRIGOTTO, Gaudéncio e CIAVATTA, Maria (orgs.). Ensino Médio: ciéncia, cultura e trabalho. Brasilia: MEC/SEMTEC, 2004 MANTOAN, MLE. Integragao x Inclusao escolar para todos. Patio, Porto Alegre - RS, n®. 5, p.4-5, 1998, __. Incluso escolar: 0 que &? por qué? como fazer?. 2. ed. Sao Paulo: Moderna, 2006. MANTOAN, Maria Teresa Eglér; PRIETO, Rosdngela Gavioli, Inclusio Escolar Pontos e Contrapontos, Sao Paulo; Summus, 2006. MENDES, Geovana M. L. Nas trilhas da exclusdo: as praticas curriculares da sala de aula como objeto de estudo. In: BUENO, José G.; MENDES, Geovana M. L; SANTOS, Rosali A. dos. Deficiéncia escolarizagdo: novas perspectivas de anélise. Santos -Araraquara, SP: Junqueira & Marin, Brasilia, DF: CAPES, 2008. MENEGHETTI, Rosa; GAIO, Roberta. Caminhos Pedagégicos da Educagdo Especial. Petrdpolis, RJ, 2004 MESERLIAN, Katia Tavares. Anélise do processo de incluso de alunos surdos em uma escola municipal de Arapongas. Londrina: UEL, 2009. (Dissertagdo de mestrado). MESQUITA, Amélia Maria Aratijo. Préticas curriculares inclusivas: tenses e desestabilizagdes na agio docente. Dispontvel em: https://anpae.org.br/iberoamericano2012/Trabalhos/AmeliaMariaAraujoMesquita_res_int_GT1.pdt. ‘Acesso em 18 out.2020. 45.47 E-Book Apostila MIOTTO, Ana Cristina Felipe. A pri educandos com de! a curricular e suas implicagdes no trabalho com os avangos e impasses na incluso. Minas Gerais: PUC, 2010. (Dissertacéo de mestrado} PACHECO, José A. Escritos Curriculares. SP: Cortez, 2005. MOREIRA, Antonio Fldvio Barbosa. Sociologia do Curricul jes. In, Em Aberto, N°S6 (73-83), 1990. origens, desenvolvimento ¢ contril OLIVEIRA, Jodo F. A funcao social da educacdo e da escola pablica: tensdes, desafios e perspectivas. e da escola e po icas educativas. In: Eliza Bartolozzi Ferreira; Dalila Andrade Oliveira. (Org.).€ ed, Belo Horizonte: Auténtica, 2008, v. 1, p. 237-252 PACHECO, José Augusto. Escrites curriculares. S30 Paulo: Cortez, 2005 PINTO, Dartagnan Guedes. Crescimento, composicao corporal e desenvolvimento motor de criangas e adolescentes. So Paulo: CLR Balieiro, 2000. PIVETA, Mara K. ;RODRIGUES, Marisa M. F.; NOGUEIRA, Salustiana R. 8. Inclusdo: jogar nesse time nos leva 8 vitéria. In: ROTH, Berenice W. (org.). Experiéncias educacionais inclusivas: Programa Educacao Inclusiva: direito a diversidade. Brasilia: Ministério da Educacéo, Secretaria de Educagio Especial, 2006. PORTER, Gordon. Organizagio das escolas: conseguir 0 acesso e a qualidade através da inclusao. In: Caminhos para Escolas Inclusivas. Lisboa: Instituto de Inovacao Educacional. 1997, p. 33-47. PLETSCH, Marcia Denise. Repensando a incluso escolar de pessoas com deficiéncia mental: diretrizes politicas, curriculo e praticas pedagégicas. UERJ: Rio de Janeiro, 2009. (Tese de doutorado) RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. Educagao especial: eu também quero brincar! 2020. SACRISTAN, J. Gimeno, Poderes instaveis em educagio. Porto Alegre: ARTMED, 1999. © Curriculo: uma reflexdo sobre a pratica. 3* ed. Porto Alegre: ARTMED, 2000. SANTOME, Jurjo Torres, Glob tegrado. Porto Alegre: ARTMED, 1998. SILVA, Aline Maira da. Educa e fundamentos. 2012. SILVEIRA, Waldemir C. da. Geografia dos sentidos: a atuago do professor de geografia no processo de inclusio. Sao Paulo: PUC, 2008. (Disserta¢o de mestrado). STAINBACK, Susan; SATAINBACK, William (orgs.). Inclusdo: um guia para educadores. Porto Alegre: ‘Artmed, 1999 VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e Projeto Educativo. So Paulo: Libertad, 1995. VEIGA, |. P. A. Escola: espago do projeto politico-pedagégico. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998. Inovagdes e Projeto Politico - Pedagégico: Uma relacdo regulatéria ou emancipatéria? In ta Educagao e Sociedade, Campinas, v. 23, n. 61, dezembro/2003, p.267-281, UNESCO, Declaragao de Salamanca ¢ linha de ago sobre necessidades educativas especiais. Brasilia: CORDE, 1994, WGOTSKY,L. S. Obras escogidas - V: fundamentos de defectologia. Madrid: Visor, 1995 46-47 E-Book Apostila XAVIER, Gléucia do Carmo. 0 curricule e a educagéo pl escolar de alunos com nece: Horizonte, 2008. 196f. Dissertagdo (mestrado} Programa de Pés Graduacao em Educagio. \clusiva: a pratica curricular e suas idades educacionais especiais. - Belo Pontificia Universidade Catélica de Minas Gerais, ages na inclu ZABALA, Antoni. A pratica educati somo ensinar. Porto Alegre: ARTMED, 1998. 47-47

You might also like