You are on page 1of 66
(Pedive 509180 Impresso: 0911212014) Exemplar para uso exclusiva - Moga Stoam Instrumentagao & Mecénica Lisa - 94,544. 489/000 NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16198 Primeira eaioso 17.09.2013, Valida a partir de 17.10.2013 Medigdao de vazao de fluidos em condutos fechados — Métodos usando medidor de vazao ultrassénico por tempo de transito — Diretrizes gerais de selegao, instalagao e uso Measurement of fluid flow in closed conduits — Methods using transit time flow meters — General directives for selection, insiallation and use les 17.12.10 ISBN 978-85-07-04345-4 assocgto Numero de reterencia ati BRASLEiRA ABNT NBR 16198:2013 . ae TECNICAS 58 paginas @ABNT 2013 wemplar para uso exclusivo - Mega Steam Instrumentagao & Mecariea Ltda - 94 $44.489/0001-38 (Pecido £09190 Impresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 @ABNT 2013 Todos os citeitos reservados. A menas que espectficado de outro moco, nenhuma parte desta publicagao pode ser Teproduzida ou utilzada por qualquer mela, elatrénico cu mecénco, incluindo fotacdpia © microfme, sem permisso por fesento da ABNT. ABNT ‘au Trozo do Maio, 13 - 28° andar '20031-901 - Rio de Jane - AU Tal: + 85 21 5974-2800 Fax: = 9521 9974-2346 abni@abnt org.br laviw.abnt.org. oF ii @ABNT 2013 - Todos os divitos reservados Exemplar para uso exolusivo - Mega Steam Inetrumentagao & Mecénica Lida - 94 544,483/0001-39 (Padido $09190 Improsso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 1 Escopo 2 Referéncias normativas... 3 Termos ¢ definigbes. 4 Simbolos e indice 5 Principios gerais de medig&o....... 54 Geracao dos sinais ultrass6nicos.. 52 Método de tempo de transite 5.2.1 Método do tempo de transite direto. 5.2.2 Método de repeti¢ao de pulso (sing-around method). 5.2.3 Métodos de desiocamento dle fase .... 53 Calculo da vazio volumétrica, qv, 5.3.1 Usando apenas o arranjo de trajetsrias diametrais 5.3.2 Usando arranjo multitrajetérias em planos paralelos 6 Concepgées e arranjos do medidor 64 ‘Transdutor ultrassénico ss 6.1.1 Arranjo dos transdutores 6.1.2 Arranjo de trajetéria nica. 6.1.3 Arranjo de tajet6rias muiltiplas ... 6.1.4 Projeto de transdutores. 6.1.5 Cabos de interligagao. 6.2 Unidade eletrénica (conversor). 6.2.1 Operagao dos transdutores ... 6.2.2 Processamento dos dados.. 6.2.3 Visualizagéo e saidas..... 7 Incerteza da medicao 7A Procedimento de célculo. x 7A Medigao da vazao volumétrica com arranjo de trajetoria unica 20 7.2 Fatores de Infiuéncia .... 24 7.21 Fatores relativos a perturbagao do escoamento. 7.22 Fatores relativos a geometria. 7.2.3. Falores relativos a detec¢ao do sinal 7.2.4 — Fatores relativos 4 medicao e ao processamento do tempo... 23 8 Calibracao a a1 Callbracfio sem vazia (dry calibration) 8.1.1 Pardmetros geométricos 8.1.2 Cronometragem e tempo de atraso 81.3 Distribuigao da velocidade. 82 Calibragao com vazao. 8.2.1 Calibracfo com vazo em laboratério.. 8.2.2 — Calibrag&io com vazao em camp’ Bibliografia na @ ASNT 2019 Todos 0s datos reservados il Exemplar para uso exclusiva - Mage Steam Instrumentagao & MeeSrica Lida - 94.544 485)0001-29 (Pedido 506190 impresse: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 Anexos Anexo A (informative) Calcul da vazao volumétrica por medigéio do tempo de transito utilizando técnicas de puiso .. AA ‘Técnicas de medigao do tempo de transite. A2 Calculo do tempo de transito médio A3 ‘Teoria complementar para medidores de vazao por tempo de transito 3.1 Equacao da onda. 32 — Transdutores recuados com relagao a parede do tubo. Aa Célculo da velocidade média axial do fluide V, AS Calculo da vazao volumétrica... AS Configuragao de trajetérias. Anexo B (informativo) Diretrizes gerais de instalacao BA Geral B2 Verificagao preliminar acistica. BS Dimensionamenta e faixa de vazio operacional Ba Condigées ambientais BS Condigées do fluid .. Bs Tubulacao.. Bz Instatagio de elementos primarios 888 Bs Cabos ¢ eletranica .. B9 Verificacao da instalacao. B10 Verificacdes operacionais .. ‘Anexo C (informative) Informagées a serem fornecidas pelo fabricante.. cA Geral c2 Identificago do medidor. c3 Informagées fornecidas no manual do operador .. €.3.1 Descrigao €.3.2 — Funcionalidad €.3.3 — Especificacdes .. 3.4 Documentacai 3.5 —_ Requisitos de instalagao e operacao ... ‘Anexo D (informativo) Diretrizes especiticas para aplicacao de medidores ultrassonicos em petréleo e derivados liquidos .. Da Introdugéo. D2 Campo de aplicagao .. D3 Definigdes, abreviacdes e simbolos. Da Consideragées de projeto . Ds Escoamento bidirecional. De ‘Selegiio do medidor e acessérios D7 Diretrizes gerais de instalagio 7.1 Condicionadores ou retificadores de escoamento.. D.7.2 — Valvulas. D.7.3 _Instalagao das tubulagoes.. v © ABNT 2013 Todos dicos teservasos ‘Exemplar para uso oxelusve - Mega Stesm Instrumantagao & Mecdnica Liga - 94 544,483/000'-39 (Padido 508120, ABNT NBR 16198:2013 D7.4 — Eletrénica.. D.7.5 Sistema elétrico. D8 Diretrizes especificas relativas ao desempenho do medidor.. D9 Diretrizes quanto a exatidao e repetibilidade na D.10 _Diretrizes especificas de operacao e manutengao D.10.1 Configuragao do sistema D.10.2 Eletrénica (hardware). D.10.3 Operagao dos sistemas de medicao .. D.10.4__Ajuste do tempo de resposta do MVU. D.10.5 — Escolha do fator de escala de pulsos D.10.6 _ Métodos de controle do fator de corregao 10.7 Ajuste de zero do medidor.. D.11__Diretrizes aplicaveis a auditoria e emissao de relatério: D.11.1 Parémetros de configuragae e ajustes do MVU.. D.11.2 Registro de alarmes e eventos. D12 —_Diagnésticos. D13°_Diretrizes especiticas relativas & sequranga e acesso ao MVU.. D114 _Diretrizes especificas relativas a veriticagao e validagao do desempenho do medidor.. D5 _Diretrizes especificas relativas a saida de pulsos produzides e seu Impacto no processe de calibragao: 53 56 Figuras Figura 1 ~ Principio de medigao do tempo de transito usando © método de frente de onda.. Figura 2 Principio de medi¢ao do tempo de transito usando © método passagem por zero...3 Figura 3 — Arranjos de medidor de feixes de trajetoria Unica (transdutores molhados). Figura 4 — Possivel configuragao de um transdutor plezoelétrico Figura 5 — Padrao do feixe medido de um transdutor com diametro de saida de 2 cm e frequéncia dle 162 kHz. Figura 6 - Fases dos sinais ultrassénicos a montante ¢ a jusante. Figura 7 - Valor aproximado para ky em fungao de Rep Figura 8 - Arranjos tipicos de transdutores. Figura 9 — Arranjos de trajetéria nica .... Figura 10 - Arranjos de trajetorias multiplas Figura A.1 — Detecgao de pulses pela primeira passagem por zero apés o disparo em um nivel de amplitude predeterminada aa, Figura A.2 ~ Deteccao de pulso por disparo a um nivel de amplitude predeterminado e deteceao de passagens por zero na parte estavel do pulso. 27 Figura A.3 ~ Medicao do tempo de transito por técnica de correlacéo Figura A.4 — Medidor por tempo de transite com transdutores recuados.. Figura A.5 — Contiguragdo matricial de trajetérias actisticas.. Figura B.1 — Exemplos de instalagao de elementos primédrios para garantir que a tubulacdo esteja totalmente preenchida : @ABNT 2013 —Tedos os dretes reservados, v Exemplar para uso excusivo - Mega Steam Instrumentagae & Mocanica Lida - 0 §44.<83/0001-39 Pedido 508180 Impresso: 09122014) ABNT NBR 16198:2013 Figura B.2 - Exemplos de posiedes dos transdutores para evitar bloqueio de sinal ultrassnico em caso de deposi¢ao em frente aos transdutores (aplica¢ao em liquidos) Figura B.3 - Exemplo de arranjo ortogonal de par casado de transdutores Tabelas Tabela 1 — Simbolos .. Tabela 2 — indices (subscritos) ..... Tabela A.1 - Exemplos de posigées padronizadas de transdutores e ponderagGes da medi¢ao por integracao de Gauss com fun¢ées de ponderagao f(r) = 1 (Gauss) ¢ fir) = (f® ~ 2)" (Gauss-Jacobl), respectivamente.. ee) Tabela D.1 - Execugdo de calibragao de um medidor ultrass6nico com provador ‘Tabela D.2 — Volume sugerido do provador para + 0,027 % de incerteza no fator do medidor..56 vi © ABNT 2019 «Todos 0s cielios reservados Exemplar pare uso exclusivo - Mega Stoam Inctrumentagdo & Mocanica Lida - 64.844 483/0001-39 (Pecido 509180 Impresso: 03/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 Prefacio A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo conteddo 6 de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizacao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sa0 elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas porrepresentantes dos setores envolvidas, delas fazendo parte: produtores, consumidores @ neutros (universidades, laboratérlos @ outros) Os Documentos Técnicos ABNT so elabaracios conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2 A Assoviagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengdo para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsdvel pela identificacéio de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 16198 foi elaborada no Comité Brasileiro de Maquinas @ Equipamentos Mecanicos (ABNT/CB-04), pela Comisséo de Estudo de Instrumentos de Medicao de Vazdo de Fiuidos (CE-04:005.10}. O seu 1% Projet circulou em Consulta Nacional contorme Edital n° 05, de 17.05.2012 a 16.07.2012, com © numero de Projeto 04:005.10-024. O seu 2° Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n? 04, de 08.04.2013 a 10.05.2013, com o numero do 2° Projeto 04:005.10-024. ‘A olaboragao desta Norma baseou-se no Relatério Técnico ISO TR 12765, Measurement of fuid jlow in closed conduits ~ Methods using transit tine ultrasonic flowmeter, editado pele SO em 1998, complementaco por material publicado pela American Petroleum Instiiute (AP). Nao é intengao desia Norma gerar um texto regulamentador sobre medig0 de fluidos com tecnologias ultrassénicas, assunto que sera coberto por edigées futuras de cutras Normas Brasileiras tratando de transteréncia de custédia do liquidos e gases. Como esta Norma foi basoada em documentos publicados anieriormente ao Gula para Expressdo da Incerteza de Medicdo, editado pela ABNT e Inmetro, em 1995, @ a ISO 5168 - Measurement of fluid flow — Evaluation of uncertainty, de 2005, 05 conceitos @ recomendagdes sobre incertezas expressos na Segao 7 devem ser consideracos com ressalvas. Em caso de uso em aplicages rgulamentadas pelo Inmetro, devem ser sempre consultados 08 regulamentos metrolégicos em vigor. © Escopo desta Norma Brasileira om Inglés € 0 seguinte: Scope This Standard describes the general directives for use and main characteristics of ultrasonic flow meters based on transit time measurement, to be used in volumetric fluid flow rate measurement, ‘specially for liquids. This standard cavers primordially wet transducers (transducers in direct contact with the fluid), but it also considers aspects of clamp-on geometry. Annex A shows the theoretical fundaments of volumetric flow rate measurement trough transit time pulse techniques. Annex B cavers installation directives. Annex € shows @ suggestion of information that shall be informed by manufactures. @ ABNT 2013 Todos os dretos reservacos vil Exemplar para uso exelusivo- Moga Steam insumentago & Mecca Lida - 8.544 488000138 Pesto 508190 impresso: 08/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 ‘Annex D present general directives for application of ultrasonic transit time flow meters with crude oil and derivatives, based on Ch. 5 Sec. 8 of AP] MPMS — Manual of Petroleum Measurement Standards — American Petroleum Institute. Annex E present a complementary reference bibliography about transit time ultrasonic meters and transit time measurement techniques. vt © ABNT 2019 -Tados os sreles reservados Exemplar para uso exclusivo - Mega Steam Inotrumentagse & Mocdnica Lida -94.544,488/000-39 (Podido 509190 Improsso: 00/122014) NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16198:2013 ——— Medigdo de vazao de fluidos em condutos fechados — Métodos usando medidor de vaz4o ultrass6nico por tempo de transito — Diretrizes gerais de selegao, instalagao e uso 4 Escopo Esta Norma descreve as direlrizes gorais para ulilizagao ¢ as principals caracteristicas de medidores de vazao ultrassonicos baseades na medicao da diferenca no tempo de transito para medigoes de vaz6es volumétricas de fluids, em especial liquidos. Esta Norma, primordialmente, abrange transdutores molhados (em contato com 0 fluido), mas refers-se de modo sucinto a arranjos com transdutores externos clamp-on. © Anexo A mostra o calculo da vazdo volumétrica por medigdes do tempo de transito, usando técnicas de pulso. (© Anexo B abrange as diretrizes de instalagao. (© Anexo C fornece uma lista sobre as informagées a serem fornecidas pelos fabricantes. © Anexo D apresenta as diretrizes especificas relativas & aplicagao de medidores ultrassénicos do tompo de transito na medicao de petréleo ¢ detivados, 0 esta baseado no Capitulo 5, Secao 8, do documento API MPMS — Manual of Petroleum Measurement Standards — American Petroleum institute. © Anexo E apresenta uma Bibliagrafia sobre medidores ultrassénicos e técnicas de medigéo por tempo de transito. 2. Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir s4o indispenséveis & aplicago deste documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edigSes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as ediges mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 14978:2003, Medigao eletrénica de gas ~ Computadores de vazao ABNT NBR 16020:2011, Medigao oletronica de Ifquides — Computadores de vazao ABNT NBR ISO 4185:2009, Medigao de vazao de liquides em dutos fechados — Método gravimétrico ABNT NBR ISO 9300:2008, Medigdo do vazao de gas por bocais Venturi de fluxo critica ABNT NBR ISO 9951:2002, Medigdo de gas em condutos fechados ~ Medidores tipo turbina ISO 4006:1991, Measurement of fluid flow in closed conduits ~ Vocabulary and symbols ISO 8316:1987, Measurement of liquid flow in closed conduits ~ Method by collection of the liquid ina volumetric tank Vocabulario Internacional de Termos Fundamentais 6 Gerais de Metrologia (VIM) —Inmetro, 1996. API MPMS — Manual of Petroleum Measurement Standards - Chapter § Section 8 (2005) — Measurement of Liquid Hydrocarbons by Ultrasonic Flow meters Using Transit Time Technology © ABNT 2013 Todos os drottos reservados 1 Exemplar para uso exclusive - Mega Steam Instuentagéo & Mocanica Lida - 94.544, 488/0001-89 (Pedldo 509190 Impresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 3. Termos e definigées Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos @ definigdes do Vocabulério Internacional do Termos Fundamentais © Gerais de Metrologia (VIM) @ da ISO 4006, e os seguintes. 34 método de diferenga de tempo de transito método de medigao de vaza0 no qual a velocidade média do tluido ao longo da trajetéria acistica ¥ 6 determinada pela diferenga do tempo de transito de dois sinais ultrassénicos, propagando-se a montante e a jusante, cobrindo a mesma distancia no fluido em escoamento 32 método de frente de onda método de medigao de vazao no qual os tempos de transito de pulsos ultrassénicos sao medidas com base em disparos, em um nivel de amplitude predeterminado do sinal recebido (ver Figura 1) Legenda 1. Ponte de disparo na frente de onda Figura 1 — Principio de medigo do tempo de trénsito usando o método de frente de onda 3.3 método da frequéncia de repetiefio de pulso ou método da diferenca de frequén método de medica de vazo onde duas correntes independentes de pulsos sao transmitidas em diregdes opostas. Em cada corrente, cada pulso é emitico imediatamente apds a deteccaio do pulse precedente, e a diferenga entre as frequéncias de repetigao do pulso 6 medida nas duas direcées NOTA Adiferenga entre as frequancias de ropotigao do pulso nas duas direcoes é tungao da velocidade do fluido. 34 método de controle de fase Método de medigéio de vazo no qual uma medida da velocidade média do fluido ao longo da trajetsria actstica (V) é derivada da diferenga na frequéncia do som, com o mesmo comprimento de onda, propagando-se em diregdes opostas através do fluido em escoamento 2 ARNT 2013 -Toa09 a8 rts reservados [Exemplar para uso exelvelvo - Mega Stoam Instrumentagdo & Mocénica Lida -94,544.488/0001-39 (Pedido 509180 Impresso: 091122014) ABNT NBR 16198:2013 35 método de passagem por zero método de medigao de vazdo no qual os tempos de trénsito dos pulsos ultrassénicos sao medidos usando a primeira (ou uma outra predeterminada) passagem por zero do sinal recesido, sequinte Aquela meia alternancia (ver Figura 2) Legenda 1. Ponto de disparo na passagem por zero Figura 2 — Principio de medicao do tempo de transito usando o método passagem por zero 3.6 métocio de multitrajetéria método de medigao de vazao no qual se determina a velocidade média do fluido, utiizando-se mais de uma trajetéria 37 método de pulsos simultaneos método de medica de vazio no qual os tempos de transite € suas diferengas sao determinados por meio de sinais que so transmitidos simultaneamente a montante e a jusante na mesma trajetéria aciistica 3.8 método de defasagem matodo de medicao de vazao no qual a velocidade média do fluido ao longo da trajotéria acustica (7) 6 determinada pela defasagom dos sinais ultrassénicos em um fluido em escoamento 3.9 medidor de vazao ultrassGnico (MVU) medicior de vazAo que gera sinais ultrassOnicos e os recebe depois de eles terem sido influenciacos pelo escoamento, de modo que o resultado observado possa ser usado como uma medida de vazao NOTA Um modidor de vazéo ultrassénico consiste goralmente em transdutores ulttassénicos ¢ equipamentes que avaliam a madigao de vazao dos sinais ultrassénicos emitides @ recebidos ¢ converte ‘estes sinais para um sinal de saida padrao proporcional a vazao, LS ABNT 2019 Todos 0¢ drotos revervacos Exemplar para uso exclusiva - Mega Steam Instumentagao & Mecarica Lida - 64.544, 483/0001-39 (Pedido 508190 Imoresso: 08/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 3.10 totalizador de vazao dispositivo para medica de volume por meio da integragao ne tempo, da vazao volumétrica 3.11 transdutor ultrassénico elemento que converte energia acuistica em sinais eletricos @ vice-versa NOTA —_Transdutores ultrassénicos utilizados em mecidores de vazo por tempo de transito normalmente trabalham tanto coma transmissores quanto come receptores, 3.12 montagem externa (clamp-on) montagem na qual os transdulores sao fixados na parede externa do tubo, no qual a vazao serd medica 3.13 tubo de medicao (carretel) seca do conduto especialmente fabricada, contendo os transcutores ultrassdnicos, cbservando em todos os aspectos as especificagoes desta Norma 3.14 seedo de medicéo sogao de tubulagéo que consiste no tubo de medica, da secao de entrada e da seco de saida 3.15 trajetéria acustica trajetéria real do sinal ultrassénico entre os transdutores 3.16 ‘comprimento da trajetéria (Le) ‘comprimento da trajetdria actistica no fluido em repauso com relagao as faces dos _transdutores {ver Figuras 3a) © 3b)] 3.17 comprimento de influéncia (L) comprimente da parte da trajetéria aciistica, no fluide em repouso, limitada ao interior do tubo Iver Figuras 3a) € 3b)] 3.18 distancia de influéncia (a) projogéo do comprimento de influéncia na linha paralela ao eixo do tubo ou do escoamente ver Figuras 3a) e 35)] 3.19 Angulo de inclinagao (:p) Angulo entre os eixos dos transdutores ultrassénicos e uma linha paralela ao elxo do tubo [ver Figura 3a)] 3.20 Angulo de fase posicao da fase de uma oscilagao 4 © ABNT 2013 - Todos 0s dries resenados Exemplar para uso exclusive - Mega Steam Instrumentagao & Meera Lida - 94 544,482/0001-39 (Pedido 600790 Improsso: 09"12°2014) ABNT NBR 16198:2013 3.21 volocidade de propaga¢ao (c) velocidade dos sinais acusticos em relagdo a um abservador em repouso 3.22 velocidade do som (¢3) velocidade dos sinais actistices no fiuido em repouso 3.23 velocidade média do fluido ao longo da trajetsria acuistica (9) velocidade do fluido no plano que 6 formado pela trajetoria acuistica e a direcao do escoamento 3.24 velocidade média axial do fluido @,) tazio da vazao volumétrica (qy) pela atea da segao transversal de medicfio (A) 3.25 falor de corregao da distribuigao de velocidade (Kn) azo da velocidade média axial do fluido (v,) no trecho de medigéo pela velocidade média axial do escoamento ao longo da trajetsria actstica (v) 3.26 pulso ultrassénico sinal gerado por uma excitacao elétrica de duracéo finita de um transdutor ultrass6nico 3.27 ‘onda ultrassénica continua sinal gerado pela excitacao elétrica continua de um transdutor ultrassénico 3.28 tempo de transito (t) tempo necessdrio para um pulso ultrassOnico cruzar a trajetdria actistica 3.29 diferenca do tempo de trAnsito (At) diferenga entre os tempos de transito dos sinais ultrassénicos propagados a montante e a jusante G ABNT 2013 - Todos os dies reservados 5 Exemplar para uso exclusivo - Moga Steam Instrumentagdo & Mecanica Lida - 84.544 4&9/000'-38 (Pedido £09180 Impresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 Legenda 1 receptorfemissar 2 emissorirecoptor b) Medidor de felxe diagonal indireto refletido Figura 3 ~ Arranjos de medidor de feixes de trajetoria Unica (transdutores molhados) 6 1 ABNT 2013 Todos os drotos reservasce [Exemplar para uso exotusivo - Mega Steam |netumentagao & Mcénica Lida - 04.644, 488/0001-39 (Podido 609190 Improso: 091122014) 4 Simbolos e indices ABNT NBR 16198:2013 Qs simbolos e os indices (subscrites) relacionados & medigao oletronica de liquidos estéo descritos nas Tabelas 1 ¢ 2. Tabel: Unidade Si correspondente Area da sagao transversal Velociclade de propagagao do fluido escoando | ‘Velocidade do som no fluido em repouso Didmetro interno da tubulagao Disténcia de influéncia | Frequencia Incerteza relativa eee Incerteza absoluta | inteiro. a | Fator de corregao da distribuigao de | velocidade Comprimento de influéncia ‘Comprimento da trajetéria Inteiro Inteiros (1,2,3,...) Vazio volumstrica Tempo de transito | Diferenga de tempo de trénsito Velocidad local do fluid | Velocidace média do fluido ao tongo da trajetéria ca I | Velocidade média axial do fluido ASNT 2019 - Todos 08 datos rexervacos xemplar para uso exclusiva - Mege Steam Instrumentagaa & Mecdrice Lida - 94 544.483/0001-28 (Pedido 509180 impresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 Tabela 1 (continuagao) Grandeza Simbolo | Dimensées? |, Unisede St correspondente Peso de medigio, 5 Angulo de fase Y > | rad Comprimento de onda de uma oscilagéo | a L m ultrassénica “Angulo de inelinagéo ° > rad Frequéncia cielica 5 Tr rad/s | Massa espacitica do tluido p mus kai © M= massa, L = comprimento, T = tempo > Grandeza adirnensionel. © A dimensao deste pardmetro ¢ a dimensio da grandeza ao qual ele se relaciona Tabela 2 - indices (subscritos) [4 Montante 5 P cipios gerais de medicao © principio basico usade nos medidores de vazao ultrassénicos descritos nesta Norma 6 que o som se propagands no sentido do escoamento do fluid seré mais répido do que o som se propagando no contraescoamento. Os tempos de transito © a diferenga de tempo séio fungdes da velocidade do fluido. A medipao pode ser realizada medindo-se os tempos de transito diretamente ou usando-se medigao de frequéncia 0U fase. Madidores de vazao ultrass6nicos $40 essencialmente bidirecionais. A vazao volumétrica (q,) € determinads polo produto da area da segéo transversal (A) © a volocidade média axial do tluido v,, 5.1 Geragao dos sinais ultrassénicos Os sinais ullrassénicos necessérios para a medigao da vazio so gerados € recebidos por transdutores ultrassénicos (por exemplo, usando cristais piezoelétricos). Transdutores piezoelétricos empregam cristais ou cardimicas que vibram quando uma tensao elétrica allernada ¢ aplicada a seus terminais. O elemento vibratorio gera, deste modo, ondas de prossao longitudinais (ondas de som) no fluide. Como 0 efelto piezoelétrico ¢ reversivel, ondas de som incidinds em tais elementos piezoelétricos produzirao sinais elétricos em seus terminais. As propriedades actisticas do transdutor (padraio do feixe, frequéncia de ressonancia, largura de faixe etc.) dependem fortemente da construgao do transdutor. A Figura 4 mostra uma possivel configuragao de transdutor © o padrao do feixe de um transdutor 6 mostrado na Figura 5. 8 © ABNT 2019 -Tosos os cvelios reservados Exemplar para uso oxclusivo - Mega Steam insrumentapo & Mecdnica Lia - 94 544 483/0001-39 (Pediclo 508190 Impresso: 08/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 Legenda Posalvel camada de ajuste Elemento piezaeléirico Invélucro do transdutor Material de suporte Anol de vedacao Cabos Posaivel selo de pressaio Flange de montagem Condutor para 0 cabo do transdutor eeyonsens NOTA © material do invélucro do transdutor pode ser de metal ou plastico, dependendo da aplicagao, Figura 4 Possivel configuragao de um transdutor piezoelétrieo NOTA 1 O transdutor omproga uma camada de ajuste como na Figura 4, NOTA 2 Uma diviséo da escala radial no diagrama polar corresponde @ 10 8. Figura 5 — Padrao do feixe medido de um transdutor com diametro de saida de 2. em e frequéncia de 162 kHz @ABNT 2019 —Tedoe 0¢ dretos reservados, 9 Exemplar para uso exclsivo- Mega Steam Instumentazéo & Mocanca Lita -94.544.483/0001-39 (Pecieo S09T90 Impresso: 097122014) ABNT NBR 16198:2013 5.2 Método de tempo de transito 5.2.1. Método do tempo de transito direto A velocidade de propagagée ¢ € a soma da velocidade do som co com a componente v.cos da velocidade do fluido na direeao da trajet6ria acustica (ver Figura 3). © =Co +¥cos} ) ‘Se 08 transdutores ultrassénices forem montados dentro do tubo de medicao e feceando oom a sua parede interna (ver Figura 8b)), sinais ultrassOnicos podem se propagar a montante @ a jusante ho fivido em escoamento. Os tempos de transito dos pulsos ultrassénicos a jusante e a montante no escoamento do fluide sao dados por: ee Q) G—V.cos) eee | @) 2 Gye v-cos6 1_1_2.¥-cosq 4) bois T onde © (6) at=t~t2 a) Se os transdutores estiverem afastados da parede do tubo, o comprimento de influéncia (L) é substitulde polo comprimento da trajet6ria (Lp). Os tempos de transite (f) e (ta) S80 definidos como os sinais dos tempos de transito ao longo de Lp (ver Figura 3). e) A Equacao (8) compensa diretamente o tempo no qual o sinal percorre nos alojamentos dos transdutores, considerando-se que a velocidade do som no fluide estacionario retido nos alojamentos 6 a mesma que no fluido em escoamento (ver A.3). ‘As equages seguintes (10), (14) e (150) S80 para montagem do transdutor em contato com @ fluido @ faceando a parede interna do tubo (nao retraitios). Para transdutores retraidos, L deve ser substituido por Lp [ver equagao (8). 10 @AQNT 2019 Todos os aratos rosorvaAdos Exemplar para uso exclusivo- Mega Steam Insirumenlago & Mecdnica Lida - $4,544 483(0001-39 (Pedide 809190 Impresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16191 5.2.2 Método de repeti¢ao de pulso (sing-around method) Em vez dos tompos de transito diretos (f) € (iz), como acima, no caso do método da frequéncia de tepetigao de pulses, duas frequéncias (/;) e (/2) sao medidas. Estas ocorrem quando um pulso Ultrassénico atinge 0 receptor e dispara um novo sinal ao emissor. 1/1 at ® aha ao ah hee ‘Substituindlo (2) em (6), tem-se: _ 2 = (ef) i) 5.2.8 Métodos de deslocamento de fase 5.2.2.1 Método de diferenga de fase Em vez da medigéio direta do tempo de transito, os angulos de fase ‘7 @ y2 de dois sinais continuos com frequéncia ciclica at) que podem ser usados para determinar fy € & (ver Figura 6): yW=Gh=20fh (12) w=Gh=2nh (13) Amplitude do sinat Posigdo na trajetéria acuistica, L Legenda 1. Sinal a montante 2. Sinal a jusante Figura 6 — Fases dos sinais ultrass6nicos a montante e a jusante © ABNT 2019 - Todas 08 cteios reservados "1 Exemolar pata uso exclusiva - Mega Steam Insirumentagao & Mectinica Lda - 94644 489(0001-98 (Pecido 509180 Impresso: 09/12/20"4) ABNT NBR 16198:2013 Das equagdes (12), (13) e (6), tem-se: yuhtmf wow «ay a” yav2 5.2.3.2 Método de controle de fase A trequéncia constante (/) pode ser substituida em ambas as diregdes por irequéncias variaveis (1) (f,). Pelo controle da fase ¢ possivel ter sinais em ambas as diragdes com comprimentos de ondas constantes e fases idénticas 1 = Y2 = 2x m (sendo m preferencialmente um inteiro). Neste casa, os tempos de transito serao: mm, m 1 = g=2 A alw-n (18) n= Be etme Em vez da equagao (6), tem-se: B ower 155 ama") (15a) @, uma vez ajustado 0 “deslocamento de tase lambder, + = +, tem-se: Me #) (13b) © comprimento de onda A depende da velocidade instantanea do som no fiuido em repouso (co) bem como da velocidade do escoamento. Mesmo se 0 “desiocamento de fase lambda" for interrompido (por exemplo, pela perda do sinal ou mudanga na direcao de transmissio do sinal), a malha pode ser restabelecida com um numero diferente de ciclos, ou seja, com um m diferente, Uma vez que om 6.0 mesmo em ambas as diregdes de transmissao, A pode ser determinado por A = onde F = ae Assim: ss on ¥= 37g A) (180) 5.3 Calculo da vazdo volumétrica, qv 5.3.4 Usando apenas o arranjo de trajetérias diametrais A vazio volumétrica gy 6 determinada por aA, (18) No metodo de tempo de transito, apenas a média das velocidades do fluide ao longo da trajetéria aciistica v é determinada. Para se determinar a velocidade axial média do fluido V4 através da segao transversal (A) ‘@ consequentemente a vazdo volumétrica (q,), um fator de corregao da distribuigae de velocidades Ki, deve ser conhecido. O fator Kj; 6 resultado do porfll de velocidades no tubo de medigao e € dado por: Va a7 12 © ABNT 2013 - Todos cs dott reservados [Exemplar para uso exclusive - Mega Steam Inctrumentagao & Mecdiniea Lida -94.844,483/0001-89 (Pacido 609190 Impresso: 091212014) ABNT NBR 16198:2013 Ent, substituindo, tem-se: qvaK,. AS (18) Ovalorde Kk,6 fungéiodo ntimerode Reynolds (Rep) (ver Figura7)e pode sercalculadoaproximadamente para um perfil de velocidade plenamente desenvolvido em um escoamento axialmente simétrico sem movimento rotacional (ver A.4). Ky ido pode ser definide sem ambiguidade para um escoamento nna transig&o laminar - turbulento. Medidores com arranjos diametrais empregando corregao de perfil dindmico requerem que os valores de rugosidade da parede interna, diametro e viscosidade sejam assumidos de forma que Rep e, consequentemente, Kn possam ser calculados com base no v medido. Se as condigdes desviarem do definido anteriormente, uma calibragéo com vazo é necessaria (or 7.2). 5.3.2. Usando arranjo multitrajetérias em planos paralelos Quando ¥ é medico om diferentes pianos paralelos (usando-se um arranjo de trajetdrias acusticas miiltiplas), ¥ 4 pode ser avaliado usando-se técnicas de integraggo apropriadas sobre a area da segao transversal A (ver 6.2.2 @ A.4). Por exemplo, um conjunto de tempos de transito (ti) @ (te), medidos a montante e a jusante em n planes paralelos, ¢ calculando as velocidades resultantes vj, a vazao velumétrica pode ser calculada usando qaA. mw (ig) i” ‘onde as velocidades ¥; s€0 calculadas nos planos j (j= 1 até i = 1), e w depende da técnica de integracao utilizada (ver A.4) Arranjos multitrajetoria ajudam a reduzir 9s erros na estimativa da velocidade do escoamento devido a0 perfil de velocidades. 6 Concepgées e arranjos do medidor © estagio atual de desenvolvimento dos medidores ultrassdnicos caracteriza-se pelos seguintes aspectos construtives: a) um tubo de medigéo e transdutores ultrassGnicos (dispositive primario) com arranjos especiticos de trajetérias aciisticas ¢ métodos ospecificos para fixacao dos transdutores ao conduto; b) unidade de controle (dispositive secundério) para processamento de sinal, que comproonde toda ou parte da eletronica necessdria. A unidade de controle compreende 0 equipamento eletrénico requerido para operar os transdutores ¢ fazer as medigdes, alérm de promover meios para processamento dos dados medidos e para visualizagéo, transmissao e/ou armazenamento de resultados. (© ABNT 2013 Todos os arate recenvadoe 13 Exemplar para uso exclusive - Mece Steam intrumentagao & Mecdrica ida - 94 544 ¢83/0001-39 (Peuldo 508180 Impresso: 09/12/2044) ABNT NBR 16198:2013 os Legenda 3 1 Segdo transversal circular on 2 Segao transversal retangular ga Zp 3 Escoamento laminar | 4 Escoamento turbulento oo 0.86 Ze 6 Figura 7 — Valor aproximado para Kp em funeao de Rep 6.1 Transdutor ultrassénico 6.1.1. Arranjo dos transdutores Em um medidor de vazao ultrassénico que utiliza © métode de tempo de trnsiio, séio ampregados no minimo dois transdutores ultrassénicos. Ambos 0 transdutores sao inseridos no conduto, mantendo contato com o fiuido ou fixadios na parede fextema do conduto (arranjo clamp on — ver Figura 8) 14 © ABNT 2018 - Todds 08 crits reservados Exemplar para uso exclusive - Mega Steam Instrumentagdo & Mecénica Lida - 4.544, 183/0001-90 (Pecido 809190 Improsso: 00/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 @) Transdutor em contato com o fluido (retraido) LLL b) Transdutor em contato com o fluido (Fa ido) clamp-on) ) Transdutor intrusive no escoamento Figura 8 — Arranjos tipicos de transdutores Transdutores ultrass6nicos inserides ne conduto so montados em um Sngulo oblique ou normal A parede do conduto. Em qualquer caso, o angulo entre a diregéio axial do escoamento € a(s) linha(s) reta(s) que liga(m) os transdutores nunca pode ser 90°. Os transdutores podem avangar para dentro do canduto ou podem permanecer retraidos dentro da parede do conduto. GABNT 2018 -Tados 0s aries recenadios 15 ‘Exemplar cara uso exelusivo - Mage Stoam instrumontagao & Mecdnica Lida - 84 54 483000138 (Peck 808180 Impresso: 08/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 6.1.2 Arranjo de trajetéria unica Atransmissao actistia entre os transdutores também pode ser direta ouindireta. O use da parede interna do tubo como refletor (ver Figuras 9 a), b) e ¢)) ajuda a aumentar o comprimento da trajetsria actistica, (0 que implica em os transdutores serem montados tanto no mesmo “lado” como em “lados opostos" do tubo (ver Figuras 9 ), b) € c)) Em um medidor de trajetoria Unica com transmisséo direta, os transdutores podem ser posicionados ao longo de um dimetro inclinada ou uma corda inclinada (ver Figuras 9 d) ¢ e)). Para dutos menores, 0s transdutores podem ser montados axialmente, como mostrado na Figura 9 1). — & a) Transmissao direta -~ \ Yh b) Transmissao indireta (refltida na parede do tubo ~ Trajetéria em “V") ¢) Transmissio indireta (refletida na parede do tubo - Trajetéria em “W") aw d) Diametro inclinacio 16 © ABNT 2013 - Todos oe srees reservedes Exemplar para uso exclusiva - Mega Steam Instrumentagéo & Mocénica Ltda - 4544.4 83/0001-29 (Pedide 500190 Impreese: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 1 7 Lh») G 4 {f) Transdutores montados axiaimente Figura 9 — Arranjos de trajetoria nica 6.1.3 Arranjo de trajet6rias multiplas Um medidor de trajetérias mutiplas bascia-se normalmente na ttansmisséo direta a0 longo de duas ou mais cordas au diématros inclinados. Os transdutores podem ser arranjados de muitas ‘maneiras diferentes, de forma.aminimizara sensibilidade ao turbilhonamento e outros distuirbios no perfil de velocidades do escoamento. Exemplos (ver Figutas 10 a) a d)) incluem: arranjos de plano tinico; arranjos cruzados simétricos; —_ arranjos cruzados assimétricos —_ arranjo em pares casados. Os arranjos cruzados faciltam arranjo mecanico em contiguragdes com grande numero de trajetérias. Um medidor de trajetdrias multiplas pode também se basear em uma rede de trajetérias acusticas espacadas (ver A.6) © ABNT 2019 Todos os droits reservados 7 Exemplar para uso exclusive - Moga Stoam instumentaggo & Mecanica La - 9¢ 544 483/0001-39(Pedido 509190 Impresso, 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 , “(i 728 aa Moree b) Cruzado simétrico 1234 ) Plano unico - 3 13 24 (I a ¢) Cruzado assimétrico 2 Figura 10 - Arranjos de trajetérias maltipias. ; ) Par casado 6.1.4 Projeto de transdutores Os seguintes ctitérios sao, entre outros, significativos no projeto de transdutores: — adequagio aciistica e mecénica ao tubo, bern como aa fluido; — para transdutores em contato direto com o fluido, selecionar 2 montagem mecAnica com transmisséo aciistica (acoplamento) menor possivel do transdutor para a parede do tubo; — para montagens externas clamp-on, uma boa transmissao actistica (acoplamento) entre os transdutores e a parade do tubo; — possibilidade de montagem e remogao em operagao; 18 (© ABNT 2013 - Todos 68 rolos reservados Exemplar para uso exclusivo - Mega Steam Instumentacdo & Mecénica Ltda -94.G44 483/0001-29 (Pedico 603190 mpresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 — adequagdo as faixas de temperatura e pressao requeridas; — protegao contra umidade; — protegao contra corrasio; — requisitos de seguranga. Transdutores so componentes criticos no medidor de vazéo e seu desempenho afeta a exaticéo do medidor ultrassénico. Se as caracteristicas tisicas dos transdutores mudarem com 0 tempo, a relagéio sinal-ruido pods deteriorar-se. Portanto, os transdutores devem ester submetidos aos mais rigidos controls de qualidade nos processes de fabricacao. Indicagdes de pessiveis mudangas no desempenho dos transdutores devem ser informadas pelo fabricanto. 6.1.5 Cabos de interligacso © comprimento do cabo de interligagao entre transdutores e as unidades de controle € de importante consideragao, tanto o comprimento maxima camo os dados para determinar o tempo de atraso resultante (ver 7.2.4) nestes cabos devam ser definidos pelo fabricante. 6.2 Unidade eletronica (conversor) 6.2.1 Operagao dos transdutores Os pares de transdutores carespondentes podem ser excitados simultanea ou altemadamente com uma ou mais transmissées em cada diregao. A frequéncia acustica, 0 comprimento do pulso ea taxa de repetigao do pulso podem variar principalmente em fungéo do fluido em escoamento e do comprimento da trajetoria (Lp). Cada par de transdutores em uma configuragao de trajetoria miltipla pode operar de forma indapendente cu multiplexada Em um medidor de trajetoria maltipla, as medidas do tempo de transito de cada trajetéria sao efetuadas para que a velocidade axial média do fluide v, possa ser determinada. 6.2.2 Processamento dos dados O processamento des dados, em complemento a estimativa da vazao volumétrica a partir dos tempos de transito medidos, deve ser capaz de rejeitar medidas invalidas, ruidos etc. A vazfio volumétrica apresentada pode sero resultado de determinagdes de uma ou mais velocidades individuais do tluido. 6.2.3 Visualizagao e saldas A maior parte dos medidores de vaz8o ultrassdnicos tem varias saidas disponivels, padrio ou opcionais. Os mostradores (displays) podem indicar os dados de vazao, 0 volume totalizado e/ou por sentido de escaamento, e podem ser do tipo analégico ou digital. As saidas de sinal podem ser do sequinte tipo: corrente, tenséio, saida digital (serial ou paralela) e frequéncia do pulsos proporcional 2 vazo. As saidas podem ou nao ser eletricamente isoladas. A unidade de controle pode incluir saidas de alarme e recursos de diagnéstice. © ABNT 2013 - Todos os sires reservados 19 Exemplar para uso exclusivo- Mega Stoar Intumentagdo & Mecdnica Lida - 64.544 488/0001-38 (Peddo 509790 Imoresso: 00/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 7 Incerteza da medigéo! ‘As fontes de incerteza incluem: — as incertezas associadas com a vazao e 0 fator de corregao da distribuigdo de velocidade (Kn) ‘0u 0 peso (ponderagao) da medida (m) — as incertezas associadas com os parametros geométricas do tubo de medigao; —_ as incertezas associadas com a medigao de tempo. 7.1 Procedimento de célculo 7.1.1 Medig&o da vazio volumétrica com arranjo de trajetéria unica ‘A velocidade média do fluido medida ao longo de uma trajetéria actistica 6 dada pela equacao (6) ‘A vazdo volumétrica 4 dada pela equagao (18). Combinando-as para um tubo de diametro interno D, com A= 7.0/4, tem-se | np At Kp at 20) WO oo hte Me A incerteza em qy 6 obtida pela determinagfa do diferencial total da equagge e dividindo-a por qy: Bau _ bkn | 99D , 4 (ty a hy 3 G@= nate Os quadrados dos componentes 30 somados para obter: 1 2 44.6244. 62 463+ 1, (B62 +2 £2) 22) Boa eBaa eR rE a (62 +8 -€6) (B81 — P8i2) 2 eR onda Eg, 6 aincerteza na vazao volumétrica medida; Ex, 8 @ incerteza no fator de corragao da distribuigao de velocidade; Ep 6a incerteza no diametro do tubo (area); Eq 6a incerteza na distancia de influéncia; E, a incerteza no comprimento do influéncia; Fi, @ aincerteza no tempo de trénsito f; Ej, 6 aincerteza no tempo de trdinsito fe Na derivagaio acima é assumido que todos os par&metros sao independentes portanto suas incertezas podem ser elevadas ao quadrado e somadas de forma a obter 0 quadrado da incerteza resultant, 1 Qs conositos de incertezas aqui apresentados séo adequados aos _métodos expressos no ISC/TR 5168:1998, @ ndio s40 homogéneos aos principios do Guia para a Expresso da Incerieza Ge Medigao, editado pela ABNT © Inmetto) @ SO 5168.2005. Em alguns casos, 0s conce'tos de estimativas Ge incertezas aqui apresentados deve ser revisios em fungao desses documentos, 20 © ABNT 2019 - Todos as dels reservados ‘94 544, 484/0001-39 (Pedido 508180 Impress: 09/1212014) Exemplar para use exclusiva - Maga Steam Instrumentagzo & Mecénica Li ABNT NBR 16198:2013, 7.1.2 Medico da vazdo volumétrica com arranjo multitrajetori Avazac volumétrica (qy) pode ser obtida com modigdes om varias trajetérias porintegracdo aproximada, dada pela equacdo (19). Neste caso, com a combinagao da equacao (19) com @ equagao (6), ter-se: (aa) A incerteza relativa em (q) é obtida pela determinagio do diferencial total da equagao (23) @ dividindo-a por gy: (23) = ff Stal) (24) (ty ~ tar) (tw tai) (Os quadiados dos componentes, assumidos como independentes, sao somados para obter: ne 4 £2 =45g £2 44. ER +63 + (tg, 62 +1222 4 8-3 Bt EB ERY BE + 4) 5) onde os componentes das incertezas esto definidos da mesma forma que o estabelecido em 7.1.1 © Ey representa as incertezas em vy, 7.2. Fatores de influéncia 7.2.1 Fatores relativos 4 perturbagao do escoamento Perturbagdes no escoamento causam incertezas na medigao de @ e no célculo de V, A incerteza é influenciada por: — escoamento em torno do transdutor; — oxisténcia de componentes transversais no escoamento {vértices); — a forma do perfil axial de velocidades; — pulsagdes. A incerteza pode ser reduzida pelo: — aumento do comprimento do trecho reto a montante e a jusante; — uso de condicionadores de escoamento: — uso de medidores multitrajetérias com técnicas de integragao adequadas para as condigdos Ge operacdo: — execugiio de calibragdes com vazo sab condigées similares as condigées de operacéo. @ABNT 2019 - Todos 28 dretos eservados 21 [Exemplar para uso exclusiva - Mega Steam Instumentacdo & Mecniea Lida -94,544.489(0001-39 (Pedido 508190 impresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 7.2.2 Fatores relativos & geometria Eros em D e L causam erros percentuals constantes na vazéo volumétrica € na velocidade, equivalontes ao dobro do erro percentual em D e L, respectivamente. Eros em d causam erros percentuais constantes na velocidade do mesmo valor que no erro percentual em d. A incerteza ¢ intluenciada por: — metodo de determinagaio de De ovalizagao; — exatidae cla medica — expansao da sep&o de medicaio devido pressao e temperatura. Aincerteza pode ser reduzida por: — um método apropriado para determinagiio de D (ver 8.1.1); — usinagem precisa do didmetro interno do tubo de medigéo; — uso de instrumentos ¢ procedimentos que permitam medigoes geométricas exatas; — compensagao da expans&o da segao de medicao devido aos efeitos de temperatura € pressao; — realizacéo de calibragSes com vazao sob condigdes similares As condigdes de operagao. 7.2.3. Fatores relativos a detecgao do sinal [As medigdes de velocidade podem ser influenciadas consideravelmente, caso os sinais actisticos se deteriorem. Neste caso a detecc&o do sinal se torna dificultada, 0 que pode levar a erros na medigdio do tempo de transito e, portanto, & redugdio na exatidao da medi¢ao. Pode também levar Ainconsisténcia no reconhecimento do correlo ponio de cronometragem do tempo (‘ming point devido ‘a variagses na amplitude recebida, forma de onda distorcida ou rufdo. Sinais deteriorados, entretanto, podem ser rejeitados por meio de ensaios de validagao apropriados. Trés fontes de deterioracao de sinal podem ser elencadas: problemas elétricos, problemas induzidos pelo escoamento ¢ problemas actisticos. Mais espocificamente: — tuldo elétrico; — escoamento secundario (escoamento cruzado e vortices); — escoamento multitasice na segao de medig&o; — depésito de contaminantes nos transdutores em torno da Area deles; — gradientes extremos de massa especifica na secao de medi¢io; — perturbagio excessiva no escoamento; — rufdo ambiental excessivo (gerado pelo escoamento ou por fontes externas, como valvules de controle); — rufdos autogerados; — instatag&o do medider préximo a jusante de valvulas, operando com escoamente critico. 22 @ABNT 2019 - Todos 08 eros rosscvados Exemplar para uso exclusive - Mega Steam Instumentagdo & Mecdnica Lida - 94.544 483(0001-39 (Pedide 609100 Impreaso: 02/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 Geralmente os problemas sfo melhor identificados por meio de autodiagnéstico, dispositives de autoverificagtio © indicagées de alarme. Problemas induzidos pelo escoamento sao melhores resolvidos pela culdadosa lovalizagao do medidor 2 do controle das condigdes do fluido. Problemas aciisticos séo melhor resolvidos obtendo uma alta relagao sinal-ruido. Desta forma, © tuido randémico de fundo (elétrico, induzido pelo escoamento, aciistico) é goralments filtrado. © tuido autogerado pode ser mais dificil de ser detectado e pode nao ser filtrado, causando assim orros na medigao do tempo de transite, 7.2.4 Fatoros relatives a medi¢ao @ ao processamento do tempo As \certezas em fy, b © Atsdo influenciadas por: técnica de deteceao do sinal; — método de medicao do tempo (tempo da transite, defasagem); — resolugdo da medigéo do tempo: — estimativas do tempo morto, incluindo os atrasos devicio acs cabos, eletrénica, transdutores © parede do tubo; — exatidao do processamento interno; — influéncia das condigdes ambientais na eletronica: — escoamento (turbuléncia, vortices e pulsacao); — alrasos devido as cavidades dos transdutores, \s incerlezas podem ser reduzidas por: — Isolamento da seco de medigao, de forma a evitar gradientes de temperatura; — verificagdes de zero nas condigées de operacao. 8 Calibragao 8.1 Calibragao sem vazao (dry calibration)* 8.1.1 Parametros geométricos Para maior exatidao, 0 valor de D dove ser a média do diémetro interno ao fongo do comprimento do tubo de medic&o. O didmetro interno médio deve ser a média ariimética das medidas de pelo menos 12 didmettos, isto 6, quatro diametros posicionados em angulos iguais entre eles, distribuldos ‘am cada um dos trés segmentos iqualmente distribuidos ao longo do comprimento do tubo de medigao contendo todos os transdutores. Nenhum diametro deve diferir em mais que 0,3 % da média dos 12 diametros. 2 Em linguagem metiologica, a calibragso sem vazo ou calibracao seca nao € consiclerada uma calibragao na acepelio do termo, qua é reservada para calibracso nas condigdes de uso (com vazao). 0 termo “verificagao sem escoamanto” cu “Verificagsio 6eca” 8 muilas vezes, por esse mativo, proferice. © ABNT 2013. Todos os diios reservados 23 Exemplar pare uso exclusive - Moga Steam ins:rumentagao & Mecca Lida - $4544, 483000199 (Pedic 509190 Impresso: 09/12/2014) ABNT NBR 16198:2013 8.1.2 Cronometragem e tempo de atraso Os atrasos podem ser medidos por um determinado conjunto de eletrOnica e transdutores Um método, entre outros, é montar dois transdutores em uma célula de ensaio. A distancia entre Qs transdutores precisamente medida. A célula de ensaio ¢ preenchida com um fluido no qual a velociclade do som é conhecida. Na célula de ensaio, uma condigao de escoamento zero é necessaria NOTA —_Uma mudanga no tempo do atraso nao causa um erro ce zero, mas uma troca de transcutores pode introduzir um erto de zero davico & mudanga na orientagao ou na frequéneia do transdutor. (© tempo de transito dos sinais no fluido pode ser calculado pelas equacies (2) @ (3). Os tempos de transito dos sinais a montante (ix) e a jusante (ts) so iguais (vazéo zero) © podem entac ser calculados. O sistema de medigao ultrassénica gera o tempo do transito (') @ (te!) que inclui © tempo do atraso na eletrénica, transdutores, cabos otc, Estes tempos de atraso sao facilmente calculados pela diferenga de 4’ — tr @ by ~ te. Este método requer conhecimento preciso da velocidade do som no fluido que preenche a célula de ensaio. Qualquer erro na velocidade do som afeta 0 desempenho do medidor. Isto causa Um desvio sistomatico na curva de desempenho, uma vez que erros na velocidade do som refletem sistomaticamente nos tempos de atraso aplicados. Este mesmo método pode ser usado para ensaiar transdutores e, no campo, como uma verificagao na calibragao inicial. NOTA Este ensalo requer estabilidade térmica, um fluida multo bem conhecido (em especial para gases), medigao linear exata etc. Um outro método para determinagao do tempo de atraso nes cabos eletrénicos e transdutores @ dado abaixo. 0 método requer uma configuracao onde os tempos de transito de um par de transdutores podem ser madidos em duas trajetorias diferentes, (La) © (Lp), em condigdes de repousc. As medidas dover ser feitas sob as mesmas condig6es ambientais para ambas as trajetérias. © instrumento (MVU) mede os tempas de transitos (i) € ({h') que incluem, para comprimentos iguais,um mesmo tempo de atraso, tg. f= htt 26) i= +t 7) ‘Os tempos de transito (fa) © (t)) no fluido sao iguais a La/ey @ Ln/eo. Sabendo-se que as distancias Lee 1, 280 conhecidas, as oquagses (28) e (28) tem duas incégnitas, isto 6 co @ Wy. Estas equacoes fas facilmerte, sendo que o tempo de attaso fs © ) podem ser caiculados usando: fal) (28) (29) Este método néio requer o conhecimento da velocidade do som no fluido, uma vez que ola 6 calculada, 24 © ABNT 2013 Todos dralos reservaccs

You might also like