You are on page 1of 23
MECANICA DOS FLUIDOS UNIDADE 4 - PROPRIEDADE DOS FLUIDOS Autora: Nivea de Lima da Silva ulo Fernando Figueiredo Maciel Revisor: Introdugao Caro(a) estudante, Nesta unidade, vamos aprender alguns conceitos basicos que permelam a mec&nica dos fluldos, como definigées, propriedades ¢ os principais sistemas de unidades utilizados no ambito da Engenharia, Entende-se a mecdnica dos fluidos como uma ciéncia que estuda o comportamento dos fluidos, fornecendo a base para muitos conceitos utiizados na Engenharia. A partir dela, 6 entdo possivel prever 0 comportamento dos fluidos em escoamentos, como canals e dutos. Nesse sentido, veremos as caracteristicas dos sélidos e dos fluidos, além de abordarmos os sistemas de unidade @ a lei de Newton da viscosidade, Bons estudos! 1.1 Mecanica dos sdlidos e mecanica dos fluidos ‘A mecanica dos meios continuos é a parte da Fisica que estuda os sélidos e os fluidos. Pode-se conceituar a mecat dos fluides como o ramo da mecanica que estuda os fluidos em repouso (hidrostatica) ou em movimento (hidrodinamica). Para a mecanica dos fluidos, s6 existem dois estados: 0 fluido e o sélido. A principal diferenga entre esses estados esté relacionada a resisténcia e & tensdo de cisalhamento oferecida pelo estado sélido (KWONG, 2015), Amecanica dos sélidos aborda a classificagao desses em rigidos e deformaveis, descrevendo seus comportamentos quando submetidos a forgas externas, a partir do detalhamento dos efeitos interos ocasionados pela ago aplicada a eles. Divide-se em: mecénica e dinamica dos corpos rigidos, elasticos e plasticos, além da ciéncia dos materiais (UERA, s.4). Um corpo é considerado rigido quando é submetido a forgas extemas, ¢ 0 conjunto de particulas que formam esse corpo se mantém nas suas posigées fixas. Sabemos que os sélidos sao materiais que possuem forma definida quando nao esto submetidos a forgas externas (FURLAN JR, 2011). 1 1 Mecanica dos fluidos Um fluido pode ser conceituado de diversos modos, podendo ser definido como uma substancia que nao tem uma forma prépria e, por esse motivo, assume a forma do recipiente, sendo assim, 0 fluido pode ser um gés ou um liquido, © Quadro 1 apresenta as caracteristicas dos fluidos liquidos e gasosos. » Clique nas abas para saber mais sobre o assunto Fonte: BRUNETTI 2008, p. 1, (Adaptado), A engenharia utiliza uma definigéo mais formal para os fluidos, relacionando a tensao de cisalhamento com a deformago sofrida pelo fluido. (© movimento do fluido continua a medida que a tensAo de cisalhamento é aplicada. Desse modo, também podemos definir os fluidos como uma substancia que ndo pode sustentar uma tensao de cisalhamento quando em repouso. Fluidos reer eR Cun Ea CeCe tert CORT rR UCC ferry CoC ORC ie Fonte: FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014, p. 23-24, (Adoptado) ‘#PraCegoVer : A imagem apresenta um diagrama. Ha dois retangulos diferentes: o primeiro, que fica & esquerda, esta dividido em duas partes. A superior tem o fundo azul, sobre o qual ‘esta escrito gas; a inferior tem um fundo amarelo, sobre o qual esta escrito liquido. Do reténgulo da esquerda sai uma seta vermelha, em que est escrito fluides, apontando para o outro retangulo, de cor azul marinho, em que esta escrito os seguintes dizere: ubstancias que se deformam continuamente sob a aplicagéo de uma tensao de cisalhamento, independentemente do valor dessa tensao. A Figura 1 evidencia a diferenga do comportamento dos sélidos e fluidas quando aplicada uma forga de cisalhamento “F", a um sélido ou um fluido presente entre duas placas (Figura 1A). Nota-se que, ao aplicarmos a forga “F”, tanto 0 sélido como 0 fluido sofre uma deformagao inicial (Figura 18). Sendo que, o sélido ficaré em repouso se a forga ndo for suficientemente grande para atingir 0 limite de deformagao elastica desse sélido, Por outro lado, o fluido continuara se deformando, a medida que a forga for aplicada (Figura 1C) (FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014). (A) ®) (©) —Diferenga no comportamento de um sélido um liquido devid a fora de csalhamento. A) Fluide ou sé; 8) Aude ou sélco;C) ido. Fonte: FOX: MCDONALD; PRITCHARD, 2014, p. 24, (Adaptada). Figura #PraCegoVer : Na figura, tomos trés imagens A, B e C. A Figura A esté na extrema esquerda © representa um reténgulo entre duas linhas horizontais, posicionadas acima e abaixo dele. A Figura B esté no centro ¢ o retdngulo, antes reto, tem sua parte superior deslocada para a direita e a inferior para a esquerda. Uma seta com um F acima da imagem apontando para a direita representa esse movimento. A Figura C, a direita, estd ainda mais deslocada do que a B. Assim, as duas primeiras placas podem ser constituidas de material sélido ou fluido ea terceira placa 6 constituida de material fluido. Na primeira placa nao existe atuacao de forcas, na segunda placa existe a aplicagdo de uma forca provocando uma leve deformagao, ¢ a terceira placa, que 6 constituida por material fluido, que continua se deformando sob a aplicagao de uma forga. Vale a pena destacar 0 conceito de fiuidos e suas propriedades. As propriedades fisicas e quimicas dos fluidos contribuem para caracterizagéo das amostras, diferenciagao entre os fluidos liquidos © gasosos e séo de fundamental importncia para os profissionais, nao s6 da érea de engenharia, como quimica. As propriedades fisicas como a densidade, peso especifico e viscosidade ajudam a caracterizar cada substéncia, sendo de fundamental importancia para o estudo do comportamento dos fluidos ao longo do escoamento. ESTADOS FISICOS DA MATERIA Gasoso Liquido 1. Nos gases, as 2. Nos liquids, as particu- 3. Nos sélidos, existe um arran- moléculas esto mais las esto mais préximas que Jo geométrico entre as moléculas distantes por consequencia nos gases, mas nao esto to- @ forgas intermoleculares, que as da alta energia cinética, ‘talmente unidas, mantém mais unidas, as particulas ossuem menor energi ica. ‘onte: Shutlerstock. Acesso em: 28/19/2020, (Adaptado). ‘#PraCegoVer : Ha trés circulos na imagem posicionados lado a lado. Dentro deles, circulos azuis menores representam 0 comportamento das moléculas nas matérias. No primeiro circulo, 4 esquerda, ha o estado gasoso, em que os circulos estdo bem afastados um dos outros, e com uma sombra representando movimento. No segundo, no centro da imagem, estd a representagao do estado liquido, em que os circulos estdo mais afastados e dispersos, como se flutuassem. No ultimo, a direita, esta o estado sélido, em que os circulos estdo agrupados em fileiras e colunas, um grudado no outro. 1.1.2 Fluido ideal, incompressivel e compressivel © fluido considerado ideal é aquele que possui viscasidade nulla, e que ao longo do escoamento no sofre perdas de energia por consequéncia do atrito nas tubulagdes. Sabemos que esse fluido nao existe, mas essa hipdtese é adotada na resolugao de alguns exercicios, quando a viscosidade & um fator secundétio ou por razées didaticas (BRUNETTI; 2008). Fluido incompressivel 6 aquele cujo volume ndo se modifica com a variagdo da pressao. Esse conceito 6 muito aplicado para os liquides, pois nao existe uma variago significativa do volume com a variagao da presséo. Na pratica, quando classificamos falar que 0 fluido é incompressivel, significa que a variagao da massa especifica desprezivel (BRUNETTI; 2008). Os fluidos compressiveis so aqueles que ocorre variacdo do volume com a variacdo da pressdo, os gases. Nesse caso, a caracterizagao do escoamento do fluido fica mais complexo, pois 6 necessario determinar a variago da massa especifica em fungao da temperatura e da pressdo. Dessa forma, teremos uma funcdo que abrange a massa specifica, a temperatura e a pressao do gas, que ¢ denominada equagao de estado: f(p.p.T) = 0(1) #PraCegoVer : Fungo ofé que abrange presso, massa especifica e temperatura, sendo igual azero. A constante de proporcionalidade da Equagao 1 é a constante do gas, originando a Equagéo 2, que é a equagéo de estado do gas ideal. Essa equagao relaciona a massa especifica com a pressdo e a temperatura para muitos gases ‘sob condigdes normais (FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014). p=pRT (2) #PraCegoVer : A pressdo é igual ao produto da temperatura, da massa especifica e da constante dos gases. Em que R a constante do gas; p 6 a pressio absoluta; T 6 a temperatura absoluta; 9 é amassa especiica, cula definigao vamos aprender em detalhes a seguir 1.1.3 Propriedade dos fluidos (massa especifica, peso especifico, viscosidade dinamica e cinemética) ‘As propriedades dos fluidos séio de suma importéncia para a caracterizagéo dessas substancias. Entre essas propriedades, podemos citar: a massa especifica, o peso especifico, volume especifico, a densidade, a viscosidade, a compressibilidade e a elasticidade (COIMBRA, 2015; FOX; MCDONALD; PRITCHARD; 2014; BRUNETTI; 2008). » Massa especifica (p) ‘Amassa especifica ou densidade absoluta é definida como a raz4o entre a massa e o volume de um fluido, ou massa do fluido por unidade de volume. m (massa) @) V (volume) #PraCegoVer : A massa especifica pé ¢ igual a razdo entre a massa e volume. No Sistema internacional (SI), a unidade de medida da massa especifica (p) ¢ kg/m ° » Peso especifico (Y) © peso especifico é a razao entre 0 peso € 0 volume do fluido ou 0 peso do fluido por unidade de volume. Fp (peso) —_——— (4) V (volume) ‘#PraCegoVer : O peso especifico ipsilon ¢ igual a razao entre 0 peso do fluido — efé pé -¢ 0 volume do fluido. Fp possui unidade de forca eV unidade de volume, Assim, no SI, tem-se’ Fp =F = N (Newton) (5) vem? #PraCegoVer : © peso do fluido efé pé é igual 4 unidade de forca Newton (N). E 0 volume & dado em metros ciibicos. Portanto, se considerarmos que: Fp=m-9 (6) #PraCegoVer : O peso do fluido efé pé é igual ao produto entre a massa ¢ a gravidade. Reescreveremos 0 peso especifica do seguinte modo: Y =p-g (7) Vv : © peso especifico ipsilon é igual a razdo entre a massa vezes a gravidade ‘#PraCegoVel dividido pelo volume. Isso corresponde ao produto entre a massa especifica vezes a gravidade. Considerando que o gas é ideal, pademos determinar 0 peso especifico usando a seguinte formula: P Y= ——_—_ (8) RT #PraCegoVer : O peso especifico Ipsilon é igual a razdo entre a pressao e o produto entre a temperatura ¢ a constante dos gases erre té Em que + P= presséo absoluta (Nim 7); + R= constante dos gases: + T= temperatura absoluta em Kelvin ou Rankine, sendo mais comum o uso da temperatura em Kelvin » Volume especifico © volume espectfico corresponde a razéio entre o volume e a massa de um fluido, ou 0 inverso da massa espectfica (uivi, 2012), v (9) m P #PraCegoVer : 0 volume especifico 6 igual a razdo entre 0 volume ¢ a massa de um fluido. Essa razio corresponde ao inverso da massa especifica. Dessa forma, o volume especifico correspondera a razao entre o volume e a massa, tendo como unidade: (10) kg #PraCegoVer : O volume especifico é dado em metros cubicos por quilo. » Peso especifico relative Essa propriedade corresponde a relacao entre o peso especifico de um liquido e o peso especifico da Agua em condig6es padréo (BRUNETTI, 2008) y yH,0 © peso especifico relative 6 igual a razao entre o peso especifico do fluido © 0 (11) ‘#PraCegoVer peso especifico da agua. VOCE SABIA? Alguns pesos especificos sao bastante utlizados nos problemas de engenharia, como o da agua, do ar e do mereiirio. © peso especifico da agua é: Y = 1.000 ———— = 10.000 m m #PraCegoVer : O peso especifico da agua corresponde a dez mil Newtons por metros cibicos. Merciirio: Y = 13.600 kgfim? = 136.000 Nim? Ar Y= 1,2 kgfim? = 12 Nim* © merctirio € um metal liquido muito usado em instrumentos de medida de presséo nas industriais, como barémetros, termémetros. Por ser insolivel em gua, o merctirio é facilmente separado da agua por diferenga de densidade. Infografico 1 — Peso especifico da agua versus peso especifico do merciirio Peso especifico Mercurio Fonte: Elaborado pela autora, 2020. ‘#PraCegoVer : O grafico redondo mostra a proporgao entre o peso especifico da agua e o do merciirio. A maior parte do grafico representa o peso especifico do merciirio, estando destacado em cor azul marinho. Ja uma fatia triangular do grafico, em amarelo, aponta para o peso da Agua. Haja vista, 0 merciirio possui 0 peso especifico 13,6 vezes maior que o da agua. » Densidade relativa ‘A densidade relativa, assim como 0 peso especifico relative, oblém-se mediante a razéo entre a massa especifica do fluido de interesse a uma determinada temperatura, dividido pela massa especifica de um fluido de referéncia a uma dada temperatura (COIMBRA; 2015). Normalmente, utliza-se, como fluido de referéncia, a Agua na determinagao da densidade relativa dos liquidos. Para os gases, 0 ar seco 6 utilizado como referéncia (LIVI, 2012; NBR 15213, 2008). oe, PHO (12) #PraCegoVer : A massa especifica relativa é igual a razdo entre a massa especifica do fluido e a massa especifica da agua. » Clique nas abas para saber mals sobre o assunto GRAUAPI Férmula para obtengao do grau API: API? = (141,51 densidade da amostra ) -131,5, » Viscosidade cinematica A viscosidade 6 uma propriedade que representa a resisténcia que um fluido possui ao escoamento, ¢ pode ser de dois tipos: viscosidade dinémica ( / ) ou cinematica ( v ). A viscosidade dindmica e a cinematica se relacionam do seguinte modo: u vs ——— (13) Pp #PraCegoVer : A viscosidade cinematica é a relagdo entre a viscosidade dinamica pela massa especifica. A viscosidade dindmica ou absoluta (y) representa a constante de proporcionalidade da equagao da lei de Newton da viscosidade, 1.2 Teoria cinética molecular E importante abordarmos alguns conceitos fundamentais para a teoria cinética dos gases, destacando o movimento das moléculas gasosas por meio da difusdo e a efusdo. Esses conceilos foram utlizados na definigao de algumas propriedades dos gases, como a variag4o da massa molar com a velocidade de efusdo, a variagao das velocidades de efusdo de dois gases com a massa molar e a variagao da velocidade de efusdo com a temperatura. Abordaremos, ainda, a teoria cinética dos gases, as hipdteses usadas nessa teoria, e os fatores que influenciam a cinética das reagées. |.2.1 Movimento das moléculas (© movimento das moléculas dos gases ideias sugere que esses gases possuem moléculas amplamente espagadas, que na maior parte do tempo nao interagem entre si, e que possuem movimento incessante com a velocidade média crescente ao longo do tempo (ATIKINS; JONES, 2012). Acdifusdo e a efusio mostram como 0 movimento das moléculas se relacionam com a massa molar e a temperatura, sendo que, segundo Atkins e Jones (2012), a difuséo corresponde a disperséo gradual de uma substancia em outra, por exemplo, a difusdo do perfume no ar, além de manter praticamente uniforme a composicao da atmosfera. Por sua vez, a efusao ocorre sempre que existe uma barreira porosa separando 0 gas do vacuo e esta relacionada a fuga do gas para o vacuo por melo de um orificio pequeno. VOCE SABIA? Temos varios exemplos, no nosso dia a dia, do fendmeno da difusdo e efusdo. Quando o pneu de um carro fura eo ar foge por uma tinica abertura bem pequena, ocorre a efusdo. Ja o fendmeno da difusdo, que representa 0 preenchimento do gas de todo o espaco disponivel, observamos quando abrimos um frasco de perfume ou quando existe vazamento do gas de cozinha. No caso do gs de cozinha, o curioso 6 que esse gas nao tem cheiro, mas por motivos de seguranga é adicionado a mercaptana, que é um composto a base de enxofre, que alerta os consumidores em caso de vazamento, » Aplicagao das propriedades dos gases © quimico escocés Thomas Graham descobriu, por meio de estudos experimentais, que a temperatura constante a Velocidade de efusdo do gés é inversamente proporcional a raiz quadrada da massa molar desse gas, como mostrado na Equagdo 14 (ATIKINS; JONES, 2012). 1 Velocidade de efuséo. ¢ ———————__—___ (14) ‘(massa molar (M) ‘#PraCegoVer : A velocidade de efusao do gas é proporcional ao inverso da raiz quadrada da massa molar. Desse experimento surgiu a lei de efusdo de Graham, que relata que a velocidade de efusao do gas é diretamente proporcional a velocidade média do g4s, porque esta determina a velocidade que o gas se aproxima do furo. Velocidade média a (15) #PraCegoVer : A velocidade média 6 proporcional ao inverso da raiz quadrada da massa molar. Quando ocorre a efusdo de dois gases, a Equagao 15 fica: Velocidade de efusdo da molécula A vm, 5 A ; a (16) Velocidade de efusao da molécula B VM, #PraCegoVer : A velocidade de efusdo da molécula A di ida pela velocidade de efuséo da molécula B é proporcional a raiz quadrada das massas molares do gas B sobre 0 gas A. Como a Equago 16 pode ser escrita utiizando 0 tempo de efusdo que dois gases efundem por uma pequena abertura? \M, Lemna chance Tempo de efusdodeB ~ \M, #PraCegoVer : A razao entre o tempo de efusdo das moléculas dos gases A e B é proporcional Tempo de efusdo de A (17) a ralz quadrada das massas molares de Ae B. Os resultados experimentais mostram que, com o aumento da temperatura, a velocidade de efusao aumenta. Velocidade de efusaoemT, _\T, i ee es Velocidade de efusaoemT, © \T, #PraCegoVer : : A razao entre a velocidade de efusdo na temperatura 2 e 1 é proporcional a ralz quadrada da razao das temperaturas 2 ¢ 1. Sabemos que a velocidade média de efusdo dos gases é diretamente proporcional 4 temperatura e inversamente proporcional 4 massa molar do gs, com base nas Equagées 17 e 18, assim, obtém-se a Equagdo 19: i, sal T Velocidade média a\| = (19) ‘#PraCegoVer : A velocidade média de efusdo é proporcional a raiz quadrada da razdo entre a temperatura de efusao e da massa molar. 1.2.2 Fatores que influenciam a velocidade das reagées Com base nas caracteristicas dos gases, surgiu 0 modelo cinético dos gases, ou teoria molecular dos gases, que baseado em quatro hipéteses, conforme resume 0 Quadro 1. Quadro 1 — Modelo cinético dos gases Hipéteses. Um gas ‘em movimento aleatério continuo. vigas e lajes é constituido por um conjunto de moléculas ‘As moléculas de um gas so infinitesimalmente Teoria cinética dos gases Pequenas. As particulas se movem em linha reta até se colidirem, As moléculas nao influenciam umas as outras, $6 quando colidem, Fonte: ATIKINS; JONES, 2012, p. 182. (Adaplado} A teoria cinética é uma teoria valida em escala microscépica, na qual as leis da mecnica newtoniana séo consideradas verdadeiras em escala molecular (PALANDI et al., 2010). Essa teoria considera que uma amostra gasosa & composta por grande niimero de particulas, que permanecem em constante movimento. Essa teoria corresponde ao estudo da velocidade das reagdes quimicas e dos fatores que influenciam essas reages. Os fatores que afetam a velocidade das reagdes sao (ATIKINS, JONES, 2012; FELTRE, 2004): + O estado fisico dos reagentes; + As concentragées dos reagentes; A temperatura na qual a reagao ocorre; + Apresenca de um catalisador. Os sistemas de unidade representam um conjunto de unidades principais. Dessas unidades derivam as outras nidades que compée o sistema. Entre os sistemas de unidade existe o sistema inglés, 0 sistema intemacional, 0 sistema chinés, 0 CGS (centimetros, gramas, segundos), 0 MKS (metros, quilos, segundos). Nesse estudo, falaremos sobre o Sistema Internacional de Unidades (SI), sobre o Sistema Inglés de Engenharia (EE) e sobre 0 Sistema Gravitacional Britanico (GB). Também realizaremos a andlise dimensional de algumas propriedades com base nas dimensées primdrias de cada sistema. 1.3 Sistemas de unidades Todas as equagées que relacionam grandezas fisicas devem ser dimensionalmente homogéneas (FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014). © conhecimento dessas grandezas é imprescindivel para 0 profissional de engenharia, haja vista que um erro em uma unidade pode ocasionar uma catastrofe, VOCE SABIA? Como apontado por Fox, McDonald e Pritchard (2014), uma explosao ocorrida com a sonda da NASA, em 1999, foi causada porque os engenheiros projetistas utiizaram como dimensao de comprimento pés (ft), enquanto os engenheiros responsdveis por construir a sonda, consideraram as dimensdes em metros (m). 1.3.1 Andlise dimensional Cada lado de uma equagao deve possuir a mesma dimensdo. Por exemplo, considerando a definigo de forga, dada pela segunda lei de Newton ( F = ma ), que define a forga como 0 produto entre a massa e aceleragao. Nessa equago, podemos relacionar as grandezas utllizando os diferentes sistemas de dimensdes. Vale ressaltar que existem trés sistemas de unidades, nos quais dimensées primarias so especificadas de diferentes formas. Esses sistemas sao: Sistema Intemacional de Unidades (SI), Sistema Inglés de Engenharia (EE) e o Sistema Gravitacional Briténico (GB). O Quadro 2 relaciona esses sistemas com equagao da forga definida por Newton. Quadro 2 ~ Sistemas de unidades mais comuns Sistemade Dimensées_—_Forga Comprimento Tempo Temperatura i Massa (m) unidades —_primérias ) wo ® m Sistema Internacional Newton quilograma segundos Mut metro (m) Kelvin (K) de Unidades ) («9) 6) (sl) Gravitacional Libra segundos Britnico FLIT forga slug és (ft) ‘ Ranking (°R) s (cB) (tot) » Sistema . Libra. bra Inglés de segundos FMLIT —forga.=—Ssmassa és (ft) Ranking (°R) Engenharia ©) (tof) (bm) (Ee) Fonle: FOX; MCDONALD; PRITCHARD: 2014, 9. 30, (Adaptado). A Ultima coluna do Quadro 2 relaciona a forga definida pela segunda lei de Newton com as dimensées primérias definidas nos trés sistemas de dimensdes. Analisando uma das propriedades dos fluidos, o Quadro 3 apresenta as dimensdes de duas propriedades, a massa especifica @ o peso especifico. ‘Quadro 3 - Dimensées e unidades sl cB EE Propriedades MLtT FLT FMLtT Massa especifica (p) kgim slugitt * tint? Peso especifico (y) Nim Lpsitt Levit Fonte: COIMBRA, 2015, p. 3. (Adaplaco) Se realizarmos a analise dimensional dessas propriedades, como apresentado por Brunetti (2008), teremos: + uSFL?T + paFisT?; evel? Tt No SI, teremos: v= ———_ (20) s #PraCegoVer : A viscosidade cinematica no SI sera igual a metros quadrados por segundos. Com base nos contetidos sobre a andlise dimensional de varias propriedades dos fluidos, descreva a analise dimensional da massa especifica, considerando a lei de Newton, e depois calcule 0 peso especifico de um 6leo comestivel que possui peso especifico relativo igual a 0,9, considerando: ‘#PraGegoVer 4Jé diferenciamos os fluidos dos sélidos e, portanto, j sabemos que os fluidos se deformam continuamente sob a ago de uma forga de cisalhamento, e que na auséncia dessa forga, os fluidos nao se deformam. Adicionalmente, falaremos sobre a definicdo da lei de Newton da viscosidade a partir da definig&o da tensdo de cisalhamento. Para finalizar, classificaremos os fluidos seguindo essa lei, que classifica os fluidos de acordo com a relagdo entre 0 esforgo aplicado e a taxa de cisalhamento, Desse modo, os fluidos podem ser clasificados em fluidos newtonianos ou fluidos ndo newtonianos. Teste seus conhecimentos ‘ividade nao pontuada 1.4 Lei de newton da viscosidade A tenséo de cisalhamento ¢ definida como a razo entre a forga e a area sob a qual essa forga é aplicada (BRUNETTI, 2008): = ——_ 24 t (21) #PraCegoVer : A tonsao de cisalhamento 6 igual a razdo entre a forca @ a area Sendo 1 a tensdo de cisalhamento, que é a forga tangencial aplicada no fluido por unidade de érea, mostrado no Gréfico 1 Grafico 1 - Forga (F ) aplicada em uma superficie de rea A. Fonte: BRUNETTI 2008, p. 2. (Adaptada, ‘#PraCegoVer : 0 grafico em forma retangular mostra um corpo submetido a uma forca (F) ¢ as resultantes dessa forca (Fn) e (Ft). Ha uma linha chi nna parte inferior do grat :0, apontando para a esquerda, que representa F t. Ela se une a uma linha que desce na vertical, na extrema direita da imagem, apontando para baixo, que representa F n. No ponto em que elas se unem, hé também uma linha diagonal, apontando para esse encontro de linhas, que representa F. Fechando o reténgulo, hé uma linha pontithada na parte superior e na parte direita. ‘A tensao de cisalhamento corresponde a razdo entre a forga (N) e a drea (m 7 ) no Sistema Interacional de Unidades (SI). As dimensdes da tensao de cisalhamento nos sistemas GB e EE séo eo —__— (22) LE ‘#PraCegoVer : A dimensdo da tensdo de cisalhamento 6 igual a razdo entre F (forga) ¢ 0 comprimento ao quadrado (L”). ‘A dimensao da tensao de cisalhamento é forga por unidade de érea, ou seja, F/L ? . A resisténcia dos fluidos ao cisalhamento depende de dois fatores: + Da forga de coesao entre as moléculas; + Da velocidade de transferéncia da quantidade de movimento. Newton descobriu que, para alguns fluidos, a tensdo de cisalhamento proporcional ( a’) ao gradiente de velocidade, ou seja, a variago da velocidade em y. Como esquematizado no Gréfico 2, onde duas placas paralelas estao separadas por uma pelicula de um fluido (Iiquido) de espessura y. Gréfico 2 - Lei de Newton da viscosidade Y? FE ST = % Fonte: BRUNETTI, 2008, p. 4, (Adaptade) #PraCegoVer : O grafico mostra duas placas, que contém um fluido entre elas. O eixo x, na horizontal, esta dividido na sua parte inferior em segmentos na diagonal, e o eixo y sobre linha reta. No centro do grafico, ha dois retangulos menores, em horizontal: um mais & ‘esquerda, abaixo, e outro mais a dir , acima, do qual sai uma seta indicando F t. Entre os dois reténgulos, ha uma sombra acinzentada, que representa o fluido, Esse fluido tem espessura y, e € submetido a atuagdo de uma forga (Ft), havendo um deslocamento da placa superior e formacao do gradiente de velocidade, representado por delta v. ‘A resisténcia ao escoamento é chamada de viscosidade, Essa propriedade ¢ caracteristica de cada fluido representa a resisténcia do fluido ao cisalhamento, quando o fluido se move (KWONG, 2015). Desse modo, na lei de Newton da viscosidade, a tensdo de cisalhamento deve ser proporcional ao gradiente de velocidade, e a constante de proporcionalidade corresponde a viscosidade absoluta ou dinamica. av dy salhamento 6 igual a visco: (23) #PraCegoVer : A tensdo de lade absoluta vezes a taxa do deformagao. Quando a distancia entre as placas & pequena (¢), como na Equagao 24, considera-se que a variagao da velocidade (v) com y seja linear, Assim, a lei de Newton da viscosidade pode ser escrita de forma simplificada, facilitando o célculo pois elimina a integragdo (BRUNETTI, 2008). lim, yen dv (24) a (24) #PraCegoVer : A tensao de cisalhamento com o limite de y tende a zero ¢ ¢ igual a viscosidade dinamica vezes a taxa de deformacao. Pode ser reescrita substituindo-se dy por ¥ e dv pela velocidade inical, vs: —— (25) #PraCegoVer : A tensdo de cisalhamento ¢ igual a viscosidade absoluta vezes a razdo entre a velocidade inicial pela distancia e. Muitas equagdes do escoamento usam a viscosidade cinematica (v ), em vez da viscosidade dinamica ( y ), sendo calculada do seguinte modo: ve emis (26) P cm —— =STOKES 3 #PraCegoVer : : A viscosidade cinematica é igual a viscosidade absoluta pela massa especifica. Reorganizando a Equagao 25, teremos a viscosidade dinamica em fungao da tensao de cisalnamento, que 6 a distancia entre as placas e a velocidade inicial: — (27) #PraCegoVer : A viscosidade dinamica 6 igual a razéo entre o produto da tensdo de cisalhamento pela distancia entre as placas dividido pela velocidade inicial. Em que’ FE F i t A L (28) A tensao de cisalhamento 6 dada pela razao entre a forca e a drea. As #PraCegoVer dimensées nos sistemas GB e EE serdo iguais a F dividido por L ao quadrado. ‘Substituindo essas dimensées na Equago 27, origina-se as Equagées 29, 30 e 31 FLt =—— (29) ve #PraCegoVer : : As dimensées nos sistemas GB e EE da viscosidade dinamica serao iguais a razo entre o produto da forga vezes © comprimento e o tempo, dividido pelo comprimento ao cubo. Ft ee (30) #PraCegoVer : As dimensées nos sistemas GB e EE da viscosidade dinamica serdo iguais a razo entre o produto da forga vezes o tempo, di Mut M a 31 eee tL Sy ido pelo comprimento ao quadrado. ‘#PraCegoVer : As dimensées no sistema SI da viscosidade dinamica ser igual a razéo entre a massa pelo tempo vezes o comprimento. ‘As dimensGes da viscosidade cinematica, na Equagao 25, devem ser, entao: wl? ———— (32) v 7 (32) #PraCegoVer : As dimensées da viscosidade cinematica correspondem ao produto das dimensées da viscosidade dinamica vezes o inverso das dimensées da massa especi comprimento ao cubo por metros. ML? _—— (23) tLM #PraCegoVer : As dimensées da viscosidade cinematica correspondem a razao entre metros: vezes comprimento a0 cubo, por tempo vezes comprimento vezes metros. v vs——_ (24) t ‘#PraCegoVer : As dimensées da viscosidade cinematica sao iguais a razdo entre o comprimento ao quadrado pelo tempo. 1 .1. Fluide newtoniano e nao newtoniano \Vimos algumas propriedades dos fuidos, cada fluido possui caracteristicas singulares que sao imprescindiveis para aplicagées industrials especificas. © comportamento dos fluidos, quando submetidos a tensdo de cisalhamento, fol descrito pela lei de Newton da viscosidade, Essa lei é de suma importancia para a engenharia, pois separou os fluidos em duas classes: os fluidos que quando submetidos a uma tensao de cisalhamento, esta tenso é proporcional a taxa de deformagao, os chamados fluidos newtonianos, e os fluidos ndo newtonianos, que nao obedecem a essa proporcionalidade. Nesse item veremos essas definigdes e as caracteristicas dos fluidos, definidos por essa lei Os fluidos nao newtonianos so menos abundantes que os newtonianos, como exemplo, temos o sangue, polimeros com alta massa molecular, creme dental, éleo mineral e maionese (SILVA, 2018). © Grafico 3 mostra, de modo genérico, 0 comportamento dos fluidos newtonianos @ ndo newtonianos, como o aumento da tensao de cisalhamento, Nota-se, nos fluidos newtonianos, o crescimento da taxa de deformagao com a tensao de cisalhamento é linear, partindo de um ponto nulo onde no existe tens&o. Diferente do plastico de Bingham, que cresce linearmente, mas com a deformagao se iniciando apés a aplicacao de altos valores de tensdo de cisalhamento. Nas outras curvas (pseudopléstica e dilatante), 6 evidente o crescimento néo linear da taxa de deformagao com a tensao de cisalhamento. Grafico 3 - Tensao de cisalhamento como uma fungao da taxa de deformagao para o escoamento unidimensional de fluidos newtonianos e nao newtonianos Plastico de Bingham Pseudoplastico Dilatante Newtoniano Tens&o de cisalhamento Taxa de deformacgao Fonte: FOX; MCDONALD; PRITCHARD; 2014, p. 58. (Adaptado). #PraCegoVer : O grafico 6 formado pelo eixo hi tal, representando a taxa de deformacao, © 0 eixo vertical, representando a tensao de cisalhamento, Mostra quatro linhas que correspondem a variagdo da tensao de cisalhamento com a taxa de deformaao para os fluidos newtonianos © néo nowtonianos (dilatantes, pseudoplasticos © plastico de Bingham). Uma primeira linha, debaixo para cima, sai do ponto 0 entre os eixos e sobre em diagonal de forma reta, sendo classificada como newtoniano. Também do ponto zero, sai uma curva ada como dilatante. Do aberta, que tende a esquerda e acaba apontada para cima, classi ponto zero ainda sai uma curva que sobre pendendo a direita e classifica o pseudoplastico, J& apés a metade do eixo vertical, sai outra linha reta em diagonal para cima, indicando o plastico de Bingham Varias equagées foram propostas para descrever o comportamento dos fluidos nao newtonianos. Para a engenharia, a mais adequada € representada pela Equago 35, que é bem similar a dos fluidos newtonianos, Equagéo 22, com o expoente “n’, que representa o indice de comportamento do escoamento e “k’, que corresponde ao indice de consisténcia (FOX; MCDONALD; PRITCHARD; 2014). tyh ral (35) #PraCogoVer : A tensao de cisalhamento no plano y @ no sentido x ual a uma constanto (k) vezes a taxa de deformagao, elevada an. Destaca-se que a Equagdo 35 pode ser aplicada aos fluidos newtonianos quando n = 1 ¢ k = a viscosidade dinamica Ww. A viscosidade aparente é definida para os fluidos nao newtonianos, como sendo a viscosidade que depende da taxa de cisalhamento. Reescrevendo a equago (30), incluindo a viscosidade aparente, obteremos a Equacao 36: =k (=| =a (36) #PraCegoVer : A tensdo de cisalhamento no plano y e no sentido x é igual ak vezes a taxa de deformagao elevada an menos 4, vezes a taxa de deformacao. Essa equagao é reescrita de forma que a tensao de cisalhamento no plano y € no sentido x torna-se igual a viscosidade aparente vezes a taxa de deformagao. A diferenga entre a viscosidade dinamica ()) ¢ a viscosidade aparente (n) ¢ que a viscosidade dindmica é constante, enquanto a viscosidade aparente varia com a taxa de cisalhamento. Para os fluidos néo newtonianos classificados como plasticos de Bingham ou plastico ideal, o modelo tensao de cisalhamento mais adequado sera o apresentado nna Equagéo 37 (FOX; MCDONALD; PRITCHARD; 2014): av eth (37) #PraCegoVer : A tensao de cisalhamento no plano y ¢ no sentido x é igual a tensao li mais a viscosidade aparente vezes a taxa de deformagio. Em que T , @ a tensao imitrofe, pois o fuido se comporta como séldo até esse valor; e p, & a viscosidade aparente, Amaioria dos fluidos no newtonianos tém viscosidade aparente alta, quando comparadas a viscosidade da agua Grafico 4 - Viscosidade aparente como uma fungao da taxa de deformagao para o escoamento unidimensional de fluidos newtonianos néo newtonianos Pseudoplastico e te Q ~-------.- = 2 S & s @ 3 & 3B = 8 Dilatante 2 ro Newtoniano Taxa de deformacao Fonte: FOX; MCDONALD; PRITCHARD; (2014), p. 58. (Adaptado) ¥PraCegoVer : 0 gréfico & formado por um eixo vertical, que representa a viscosidade aparente, ¢ um eixo horizontal, que apresenta a taxa de deformagao. Ele mostra trés linhas na horizontal, no centro do grafico, que nao se cruzam e nao tocam os eixos. Elas correspondem variagao da viscosidade aparente com a taxa de deformagao para os fluidos ha inferior é reta e & newtonianos © nao newtonianos (dilatantes e pseudoplasticos). A classificada como newtoniano. Acima dela, hé uma linha pontilhada, que sobe em diagonal para a direita e acaba em uma pequena reta, sendo classificada como dilatante. E a ultima linha formada por tracos e pontos. Ela sai da direita em uma curva para cima a esquerda, sendo classificada como pseudoplastico. Quando pensamos na classificagao dos fluidos seguindo a lei de Newton da viscosidade é importante evidenciar que, te um aumento da temos dois tipos de fluidos, cujas viscosidades se comportam de modos opostos. Nos gases, & Viscosidade com o aumento da temperatura. Isso porque a energia cinética das moléculas gasosas aumenta com o aumento da temperatura, aumentando a probabilidade de choques entre as moléculas e, consequentemente, a forga de coesao do gas. Todavia, as viscosidades dos liquidos diminuem com 0 aumento da temperatura. Como a tensao de cisalhamento & diretamente proporcional a viscosidade, nos liquidos, 0 aumento da temperatura provocaré uma reducéo da viscosidade e, consequentemente, da tensao de cisalhamento. Para finalizar, se considerarmos os Graficos 2 e 3, é importante destacar as principais caracteristicas d nao hewtonianos, conforme o Quadro 4 Quadro 4 - Caracteri VISCOSIDADE Fluido isticas Exemplo APARENTE (n) Aviscosidade aparente _Polpa de papel em decresce conforme a gua; soluges de *Pseudoplastico net i taxa de deformacao polimeros; suspensées cresce, coloidais Aviscosidade aparente rela da praia mida; Dilatante nat cresce conforme a taxa _—mistura de amido de de deformacao cresce. iho e agua. Um “fluido” que se comporta como um sélido até que uma tensdo limitrofe, ry, seja Suspensdes de argila, excedida e, Plastico de Bingham Nao se aplica lama de perfuragao © subsequentemente, « pasta dental exibe uma relagaio linear entre tensao de cisalhamento ¢ taxa de deformagao, Viscosidade aparente € —_Diminui ao longo do Tintas; petréleo crue Tixotrépicos uma fungao do tempo, tempo. mel. ‘Aumento da . Viscosidade aparente & Reopéticos . viscosidade aparente Gesso em pasta uma fungao do tempo, ao longo do tempo. Apés a deformacao, 0 fluido retorna parcialmente a sua Gelatinas, glicerina e forma original quando saliva, livres da tensdo Viscoeldsticos Nao se aplica, aplicada, “Representam a maior parte dos fuidos no newtonanos. te: FOX; MCDONALD; PRITCHARD; (2014), p. 56; SILVA, SILVAJR., PINTO JR., 2018, p. 2 36; FREIRE, 2012, p. 10-18. (Adaptado) Teste seus conhecimentos Atividade no pontuada. Sintese Nesta unidade, abordamos alguns conceitos da mecénica dos fluidos, que séo de fundamental importancia para o estudante de engenharia, Falamos sobre 0 conceito de fluido e sobre as caracteristicas dos fluidos © dos sélidos quando submetidos a uma tensdo de cisalhamento, Além disso, descrevemos as propriedades dos fluidos, a principais unidades usadas na engenharia e realizamos a anélise dimensional de algumas dessas propriedades. Por fim, vimos as propriedades dos gases ¢ sobre a lei de Newton da viscosidade, que classifica os fluidos em newtonianos e nao newtonianos. tulo: O que é fluide newtoniano e fluido nao newtoniano? Autor(a) ou autores(as): Micelli Camargo em Engenharia & Cia Ano: 2016 Comentario: Esse video fala sobre 0s fluidos newtonianos e néo-newtonianos. Inicialmente, apresenta a definigao desses fluidos. Em seguida, mostra exemplos de substancias que apresentam esas caracteristicas. Onde encontrar: < https://www.youtube.com/watch?v=07-jGQ1hYgc >. Titulo: Teoria Cinética dos Gases Autor(a) ou autores(as): FisicaModemaUFF ‘Ano: 2011 ‘Comentario: Esse video fala da teoria cinética dos gases, como surgiu essa teoria e como essa teoria contribuiu para 0 surgimento de outras equagées como a equagao de estado dos gases ideais. ‘Onde encontrar: Titulo: Introdug4o aos conceitos de mecanica dos fluidos ¢ de reologia em produtos do cotidiano Autor(a) ou autores(as): Paulo Henrique de Lima Silva Ano: 2018 Comentério: Esse artigo apresenta alguns conceitos referentes as propriedades dos fluidos, dé exemplos de fluidos que apresentam diferentes propriedades reolégicas e mostra o comportamento desses fluidos ao longo do escoamento. ‘Onde encontrar: Referéncias bibliograficas ASSOCIAGAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS — ABNT. = Céloulo de propriedades fisico-quimicas a partir da composigdo. Rio de Janeiro, 2018. ATKINS, P.; JONES, L. + questionando a vida modema e 0 melo ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2012. BRUNETTI, F. 2, ed. rev, Sao Paulo: Pearson Pretice Hall, 2008. COIMBRA, A. L, - 1. ed. - Rio de Janeiro: E-papers, 2015. FELTRE, R. - 6, ed, S40 Paulo: Modema, 2004, v. 1 FOX, R. W.; MCDONALD, A. Le, 2014. PRITCHARD, P.J - 8. ed. rev, Rio de Janeiro: FREIRE, |. S. Reologia escoamento e deformagéo da matéria 1p. 1-21, set. 2012. Disponivel em: < >, Acesso em: 03 nov, 2020, FURLAN JR, S, . EdUFSCar; Sao Carlos - Sao Paulo; 2011 KWONG, W. H. mec&nica dos fluidos. Sao Carlos: EdUFSCar, 2015. Postado por Engenharia & Cia. (3min. 23s.). son. color. port, Disponivel em: < >, Acesso em: 27 out, 2020 LMI, CP, 2. ed. Sao Paulo: Editora LTC, 2012. PALANDI, J. et al Grupo de estudos de Fisica do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Santa Maria, 2010. Disponivel em: < >. Acesso em: 27 out. 2020. POPOV, E.G. Sao Paulo: Editora Blucher, 1978. SILVA, C. M.; SILVA JR., T. Li; PINTO JR,, |. M, Caracterizago reolégica de fluids ndo-newtonianos e sua aplicabilidade na industria . Alagoas, v. 5, n. 2, p. 285-300, malo 2019. Disponivel em: < >, Acesso em: 25 out, 2020, SILVA, P. H. L. Introdugao aos conceitos de mecdnica dos fluidos e de reologia em produtos do cotidiano. , Volta Redonda, v. 13, n. 37, p, 33-44, ago. 2018. Disponivel em: < >, Acesso em: 27 out, 2020, - Postado por FisicaModemaUFF. (15min, 06s.). son. color. port, Disponivel em: < >. Acesso em: 27 out. 2020. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ. Faculdade de Engenharia (Departamento de Engenharia Mecdnica). . Disponivel em: < >. Acesso em: 25 out. 2020.

You might also like