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MECANICA DOS FLUIDOS UNIDADE 3 - BALANGO DE MASSA E ENERGIA Autora: Nivea de Lima da Silva Revisor: Paulo Fernando Introdugao Caro estudante, © balango de massa de dois pontos de um escoamento ocorre por meio da equagao da continuidade, que 6 baseada na conservagéo de massas. Dessa forma, a massa de todas as particulas dentro de um sistema permanece constante (HIBBERLER, 2016). Ja 0 balango de energia ocorre por meio da equagao de Bernoulli, que corresponde 4 soma da energia potencial, da energia cinética e da energia de pressdo. Nesse capitulo falaremos sobre a vaz4o volumétrica e a vazdo massica, conceitos importantes para o balango de massa e energia dos escoamentos. Também conceituaremos 0 balango de massa e conheceremos a equagao da continuidade. Em seguida, falaremos sobre o balango de energia, e aprenderemos sobre a equagao de Bernoulli. Também falaremos sobre 0 teorema de Torricelli e mostramos exemplos de aplicagao desta lei. Bons estudos! 3.1 Vazao Amedida de vazao é muito utilizada na caracterizagado dos escoamentos industriais. Por este motivo, 6 de suma importancia aprender sobre a vazdo em massa e a vazao volumétrica, como elas se relacionam e como sao utilizadas na caracterizagao do balango de massa e energia dos escoamentos internos. 3.1.1 Vazao volumétrica Define-se a vazdo volumétrica ( Q ) como o volume do fluido que atravessa uma certa segao do escoamento por unidade de tempo (BRUNETTI, 2008). A unidade de medida no Sistema Internacional (SI) para tal, é metros cUbicos por segundos (m ° /s). Outras unidades usuais so litros por segundo (L/s) e litros por hora (L/h) Imaginemos um tanque que é abastecido por uma tomeira. Se ligarmos um cronémetro quando abrirmos a tomneira, poderemos calcular a vazdo de alimentaco desse tanque, haja vista que a vazo volumétrica correspondera ao volume armazenado no tanque em um determinado tempo (BRUNETTI, 2008). Figura 1 — Tubulagao abastecendo um tanque. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 07/10/2021 Assim, a vazao volumétrica sera dada por: Vv a=" (2) Agora, imagine uma secéo de uma tubulagao com segao reta A. Nesse caso, medimos 0 tempo de escoamento ( At ) (#PraCegoVer: delta t), cujo deslocamento de um certo fluido AS (#PraCegoVer: delta s) acontece com uma certa velocidade constante Vel (BRUNETTI, 2008). Figura 2 - Sego da tubulagao. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 07/10/2021 Sabemos que o volume é dado pelo deslocamento ( S ) vezes a area ( A ), logo podemos reescrever a Equacdo 1 da seguinte forma (BRUNETTI; 2008): V_ SA y Oars (2) AEquagao 2 é verdadeira se a velocidade for uniforme em cada segdo, como na pratica o escoamento nao 6 unidimensional, podemos considerar um ponto com volume infinitesimal, com area dA que se desloca numa velocidade Vel (BRUNETTI; 2008). Assim: dQ =Vel-dA (3) E a vazdo em uma secao de area A sera: Q=J, Vel-da (4) Q=J, Vel-dA =V,A (5) Se reorganizarmos a Equacao 5, teremos: Vin =3h, VeldA (6) Na Figura 3, 6 possivel analisar a diferenga entre a velocidade média calculada pela Equagao 6 e a velocidade real (BRUNETTI, 2008) ==> — Figura 3 — Segdo transversal do escoamento num tubo. Fonte: BRUNETTI, 2008, p. 73. (Adaptado). Assim, é possivel entender que ha uma modificagdo no calculo da vazao volumétrica de acordo com a velocidade do escoamento, e também em dependéncia do formato da seco da tubulagdo e o volume em questao. 3.1.2 Vazdo massica A vazao massica é definida como a variagao de massa ao longo do tempo, sendo a unidade desta grandeza no SI quilogramas por segundo (kg/s). Ela pode ser definida tanto em fungdo da massa, como da massa especifica. h=7 (7) Reescrevendo a Equagao 7 em fungdo da massa especifica, teremos: p=>7m=pv (8) Substituindo a Equagao 8 na Equagao 9, teremos: . Vv . SA . th =" > mh =" > rh = pQ (9) Esse calculo é importante para as equagées da continuidade, tal como envolvem o movimento permanente e 0 movimento variado. Vale ressaltar que um regime é considerado permanente quando nao existe variagéo das suas propriedades. Assim, observe a Figura 4, que mostra o escoamento em uma tubulagao. Figura 4 — Escoamento em uma tubulago. Fonte: Elaborado pela autora, 2020. A partir disso, considera-se que: 121 = p2Q2 (10) Podemos reescrever a Equacéo 10, em termos de velocidade e area, como a Equacao 11, que representa a equagao da continuidade para regime permanente: piVelyA; = p2VelAz (11) Dessa forma, tem-se as equagdes que englobam a vazdo massica e a vazo volumétrica, de acordo com suas especificidades e possiveis utilizagdes. A figura a seguir resume, ento, 0 conceito dos dois tipos de vazao. “ 200 mi 200 mi ba Figura 5 — Vazio massica versus vazo volumétrica. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 07/10/2021 (Adaptado). Vazo volumétrica: definida como a variagao do volume ao longo do tempo. Vaz massica: definida como a variacao de massa ao longo do tempo. 3.2 Equagao da continuidade Por meio da equacao da continuidade, é possivel comparar as vazées entre duas dreas de seg6es transversais de tubulagao, o que permite relacionar a area de escoamento e a velocidade do fluido em duas se¢des. No escoamento de fluidos compressiveis, a massa especifica do fluido também esta relacionada a essa equacdo. Vale ressaltar que no regime permanente, a vazdo volumétrica do fluido permanece constante ao longo do escoamento. 3.2.1 Movimento permanente e movimento variado (ou transiente) Ainda que no regime permanente, entenda-se que 0 fluido escoe ao longo das tubulagées sem haver variagao de suas propriedades, ocorre de estas variarem de ponto a ponto, caso ndo ocorra variagéo com o tempo nos escoamentos de fluidos incompressiveis (BRUNETTI, 2008). Figura 6 ~ Tubulagao. Fonte: Elaborada pela autora, 2020. A massa especifica do fluido na entrada e na saida da tubulagao sera a mesma, nos escoamentos de fluidos incompressiveis. Por consequéncia disso, podemos dizer que a vazéo volumétrica de entrada da tubulagéo € a mesma da saida da tubulagdéo (BRUNETTI, 2008). Por outro lado, nos escoamentos dos fluidos compressiveis (gases), ocorrera variagdo da massa especifica na entrada e saida da tubulagdo. Portanto, tem-se que o regime variado é aquele no qual as condigées do fluido em pontos ou em regiao de pontos variam ao longo do tempo. © VOCE SABIA? Se ao longo da tubulagao houver variagao das vazdes massicas, isso significa que houve mudanga das propriedades do fluido. Dessa forma, em algum ponto da tubulagao houve actimulo ou redugao de massa (BRUNETTI, 2008). Esse fato pode ocorrer por consequéncia da degradagao do fluido, formagao de um precipitado, ou separagdo de fases de uma mistura. Para tubulagées com diversas entradas e diversas saidas, a equagao da continuidade pode ser escrita como mostrado na Equagdo (12). Y my =Y mh (12) Para fluidos incompressiveis em todas as segdes (homogéneo), podemos reescrever a Equagao 12 como XA1=2 QQ (13) E importante notar que, por consequéncia de modificagées bruscas nas condigées ambientais, como diminuigéo da temperatura, ocasionam a redugao na solubilidade de um dos constituintes da mistura. Isso interfere diretamente no movimento e no calculo realizado para os fluidos. Teste seus conhecimentos Atividade nao pontuada 3.3 Equagao de Bernoulli Por meio da equagao da continuidade, vimos que o balango de massa ocorre em regime permanente e variado. A equagdo de Bernoulli, por sua vez, apresenta o balango de energia que, juntamente com o balango de massa, permite a resolucdo de varios problemas de engenharia. No balango de energia, sao somadas as energias potencial, cinética e de pressao. Caracterizagao do movimento dos fluidos no escoamento » Clique nas abas para saber mais sobre o assunto 3.3.1 Principio da conservagao de energia Ao fluido podem estar associados trés tipos de energia mecanica: energia de pressdo, energia potencial e energia cinética. A energia potencial é medida pelo potencial de realizagao do trabalho do sistema. Pode ser definida como o estado de energia do sistema devido a sua posigéo no campo gravitacional em relagéo a um plano de referéncia. CG Fp =mg PHR Figura 7 - Energia potencial. Fonte: BRUNETTI, 2008, p. 86. (Adaptado) Sabemos que o trabalho corresponde a forga vezes o deslocamento. Dessa forma, correspondera ao produto da forga peso ( Fp ) vezes o deslocamento, conforme apresentado na Equacdo 14. W = Foz = mgz (14) A energia cinética 6 a energia ocasionada pelo movimento do fluido. Se um sistema possui massa m e velocidade Vel , a energia cinética sera dada pela Equagao 15. mVel* 2 Ec= (15) A energia de pressao que esta associada ao trabalho potencial das forgas de pressdo que atuam sobre o fluid ds at av A Figura 8 — Energia de pressao. Fonte: BRUNETTI, 2008, p. 86. (Adaptado). A Equacao 16 mostra equagdo que determina o trabalho ocasionado pelas forgas de pressao. dw = dE, = Fds = pAds = pdV (16) A energia mecdnica total do fluido sera igual a soma da energia cinética, da energia potencial e da energia de pressdo. Vale ressaltar que no calculo do balango de energia nao sdo levadas em conta as energias térmicas (BRUNETTI; 2008). Assim: E = Ec + Ey + Epr (17) Integrando a Equagao 18, teremos: 212 E=mgzt+ 4 Sy pav (18) Na Figura 9, temos um tanque com um orificio de saida do fluido. Nota-se que nao existe uma velocidade significativa do fluido no ponto 1 por ser um tanque de grandes dimensées. Dessa forma, a velocidade nesse ponto ( Vel 1 ) 6 considerada nula. Figura 9 — Tanque. Fonte: HIBBERLER, 2016, p. 204. No regime permanente, a energia do trecho 1 6 igual 4 do trecho 2. A pressdo do recipiente 6 atmosférica, 0 que corresponde a zero manométrica, logo, p , =p =0.A diferenga entre as cotas corresponde a h . O regime de escoamento é permanente, logo, m , =m ,. Se dividirmos a equago pela gravidade e lembrarmos que y = pg ( #PraCegoVer : gama igual a ré vezes gravidade), podemos igualar as energias do ponto 1 e do ponto 2, obtendo igualdade: 7, +h az, Rm (19) 2g 2g A Equacao (19), que mostra a soma das energias potencial, cinética e de pressdo, & conhecida como equagao de Bernoulli. 3.3.2 Teorema de Torricelli © teorema de Torricelli é uma aplicagao direta da equagdo de Bernoulli para um reservatério em que a velocidade inicial é desprezivel. O teorema diz que a velocidade de um liquido jorrando por um orificio por meio de uma parede delgada é igual a velocidade que teria um corpo em queda livre de uma altura h . A linha do tempo a seguir apresenta a evolucao do desenvolvimento do teorema de Torricelli. Aplicagao dos métodos cientificos aos fluidos » Clique nas abas para saber mais sobre o assunto Considera-se que, quando a dgua escoa de um reservatério e passa por um pequeno orificio de saida, 0 escoamento é realizado em regime transiente, pois a distancia h é grande e, devido a pressdo da agua no orificio de saida, o nivel da agua cai a uma velocidade mais rapida que o decréscimo de h (HIBBERLER, 2016). Por conseguinte, se for possivel jogar uma particula do fluido que esta em repouso até uma altura h , embora © tempo de trajetéria para essa particula em queda livre seja curto em comparagdo ao tempo que uma particula escoa de uma altura h , a velocidade 6 a mesma caracterizada pela equagao de Lei de Torricelli. Outro fator importante nesse calculo 6 que 0 orificio 6 pequeno, entéo, o movimento da Agua dentro do reservatério é muito lento. Consequentemente, a velocidade na superficie do fluido é semelhante a zero. E possivel considerar um escoamento permanente por meio do orificio Portanto, ao considerar a Equagao (19), se isolarmos a velocidade 2, teremos o teorema de Torricelli Vel, = /2gh (20) No escoamento em um canal aberto, uma aplicagdo da equagdo da Lei de Torricelli pode ser vista na determinacéo da velocidade no tubo de Pitot, como na Figura 9. Dessa forma, medindo-se 0 h do tubo de Pitot pode-se determinar a velocidade do escoamento. ——— Escoamento Figura 10 - Tubo de Pitot. Fonte: HIBBERLER, 2016, p. 205. Outra aplicagao da Lei de Torricelli € a determinagao da velocidade do escoamento em um canal fechado. Tem-se que quando o fluido esté em um canal fechado, a determinagao da velocidade se da por meio do auxilio de um piezémetro, que corresponde a um tubo de vidro que é introduzido na tubulagao e utilizado na medida de pressdo em tubulagao. 3.4 Equagao de Bernoulli para fluidos ideais A equagdo de Bernoulli representa o balango de energia entre dois trechos de um escoamento. Esse balango corresponde a soma das energias potencial, cinética e de pressdo, que tém seus significados no quadro a seguir. Quadro 1 — Caracterizagao dos tipos de energia TIPO DE ENERGIA SIGNIFICADO Cinética ( Vel 2 12g ) (#PraCegoVer : velocidade ao quadrado dividido pelo Energia cinética por unidade de peso produto de dois vezes a gravidade) Potencial (z ) Energia potencial por unidade de peso Energia de pressao (p , /y) ( tf Energia de pressao por unidade de #PraCegoVer : pressao dividido por peso gama) Fonte: BRUNETTI, 2008, p. 88. (Adaptado) Em um escoamento real existe o atrito que o fluido exerce nas tubulagées ao longo do escoamento, ocasionando a perda de energia, assim como, a existéncia de equipamentos e acessdrios como bombas, turbinas, expansdes e redugdes que ocasionam alteragées na pressao do fluido. Porém, a equacao de Bernoulli 6 baseada em hipéteses que tornam o escoamento ideal. 3.4.1 Regime permanente A equacao de Bernoulli corresponde 4 equagao de energia e 6 admitida em algumas hipéteses (BRUNETTI, 2008; FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014): (a) regime permanente; (b) falta de maquina no trecho de escoamento em estudo (bombas ou turbinas); (c) perdas por atrito no escoamento do fluido ou fluido ideal; (d) propriedades uniformes nas segées; (e) fluido incompressivel; e (f) falta de trocas de calor. As hipéteses (b), (c) e (f) excluem que no trecho do escoamento seja retirada ou fornecida energia ao fluido. Observe a Figura 11, em que ha uma representagao das forgas atuando em um tubo. ds poof f [+] 2 — F=pA || | \ at dv A Figura 11 — Tubulagao. Fonte: BRUNETTI, 2008, p. 86. (Adaptado). Considerando a equacao de Bernoulli, no trecho 1, teremos dmVelt dE, = dmygz, +1 + pid (21) E no trecho 2, teremos: dm2Vel dE, = dmygz, + “+ podVy (22) No regime permanente, a energia do trecho 1 é igual ao trecho 2. Logo: dmyVel dmVel} dm,gz, oor “14+ pidV;, = dmygzz oom 24 pdV2 (23) Fazendo as seguintes simplificagdes, tem-se que no regime permanente, a massa especifica do trecho 1 € igual a do trecho 2; e, se dividirmos a equagao pela gravidade e lembrarmos que y = pg ( #PraCegoVer : gama igual a r6 vezes gravidade), a Equacao 23 serd reescrita como a equagdo de Bernoulli 3.4.2 Fluidos incompressiveis Escoamentos nos quais as variagées na massa especifica sao despreziveis denominam- se incompressiveis. Quando as variagdes de massa especifica ndo sao despreziveis, 0 escoamento é denominado compressivel (FOX; MCDONALD; PRITCHARD, 2014). Para um fluido incompressivel, p (# PraCegoVer : r6) é constante. Um exemplo disso so os escoamentos de liquidos, em que é valido o balango de energia. Além disso, podemos utilizar a equagdo de Bernoulli na caracterizagdo dos tubos de Venturi, que 6 um dispositivo utilizado para medig&o da vazdo ou da velocidade de fluidos incompressiveis nas tubulagées. 3.4.3 Aplicagao da equagao de Bernoulli © medidor de Venturi é um dispositivo constituido por um redutor seguido por um tubo ou garganta de Venturi, com diametro D , e depois um retorno gradual a tubulagao original. A linha do tempo a seguir apresenta o desenvolvimento desse medidor. Medidor de Venturi » Clique nas abas para saber mais sobre o assunto Em sua aplicagaéo, entende-se que a medida que o fluido passa pelo redutor, o escoamento acelera, causando uma velocidade mais alta com menor pressdo a ser desenvolvida na garganta, conforme demonstra a Figura 12 Figura 12 ~ Medidor de Venturi. Fonte: HIBBERLER, 2016, p. 207. (Adaptado). Se aplicarmos a equago de Bernoulli na linha de corrente central do medidor de Venturi, entre os pontos 1 e 2, teremos a Equagdo 24: Veli | pi Ve, rp yt toaynt+ sete 24) pt ty Sete ty (24) Como a cota 6a mesma, z =z = 0 ( #PraCegoVer : z um igual a z dois igual a zero), podemos reescrever a Equacao (24) da seguinte forma: Veli | pi _ Velz | po alate laoreet tale 25 29 y 29 y (25) Assim, a diferenga das pressées estaticas (p 47P 2) ( #PraCegoVer : p um menos p dois) no medidor de Venturi é determinada por meio de um tradutor de presso ou um manémetro (HIBBERLER; 2016). Ao considerar p (# PraCegoVer : r6) a massa especifica do fluido no tubo e p o # PraCegoVer : ré zero) a massa especifica do fluido no manémetro e aplicar as equagdes da estatica, teremos: Pi + pgh — pogh — pg(h —h) = pp (26) Podemos reescrever a Equagao 26 como: P2— Pi = (Pp — po)gh (27) VOCE SABIA? O tubo de Pitot pode ser usado para medir a velocidade do fluido em canais abertos. Em canais fechados utiliza-se o medidor de Venturi. Em dutos fechados, utiliza-se o Pitot estatico, que corresponde a dois tubos concéntricos acoplados, em que 0 tubo externo atua como um piezémetro 3.4.4 Sem perda de carga no escoamento Entre as hipéteses consideradas pela equagao de Bernoulli é que ndo existe atrito ao. longo do escoamento. Isso significa que ndo ocorre perda de pressdo do fluid ao longo do escoamento por consequéncia do atrito que o fluido exerce ao longo das tubulagées, que é a perda de carga distribuida. Em adicional, nao vai haver perda de carga localizada quandb o fluido entrar em contato com os acidentes presentes no escoamento, tais como as redugées, as expansées, as valvulas ou curvas. Teste seus conhecimentos Atividade nao pontuada Sintese Neste capitulo, diferenciamos a vazao volumétrica da vaz4o massica e falamos sobre a equacao da continuidade, que descreve o balanco de massa nos escoamentos. Assim, entendemos que é importante saber que, para um fluido incompressivel, a massa especifica na entrada e na saida do escoamento sao constantes, dessa forma a equagdo da continuidade prevé que a redugdo da area do escoamento aumenta a velocidade do escoamento. Porém, se 0 escoamento for de um fluido compressivel, a massa especifica do fluido néo sera a mesma na entrada e saida da tubulagéo. Abordamos ainda as equacées de Bernoulli e Torricelli e mostramos exemplos de aplicac&o delas. Para finalizar, falamos sobre 0 balango de energia ao longo dos escoamentos e quais as consideragdes que permitem que a equacao de Bernoulli seja valida. Titulo : Medigao da velocidade e vazao do fluido Autor : Paulo Smith Schneider Comentario : Esse artigo fala de conceitos basicos utilizados na mecéinica dos fluidos, além de abordar o funcionamento dos equipamentos usados nas tubulagées industriais, para medir vazao e diferenga pressao Onde encontrar : < >. Titulo Autores Comentario Onde encontrar: BRUNETTI, F. Sao Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. CENGEL, Y.A.; CIMBALA, J.M. . 3. ed. Sao Paulo: AMGH Editora, 2015. FOX, R. W.; MCDONALD, A. T.; PRITCHARD, P.J. Rio de Janeiro: LTC, 2014. HIBBERLER, R.C. . S40 Paulo: Person Education do Brasil Ltda., 2016. VASQUES, E.J.; MENEGASSO, P.; DE SOUZA, M. Explorando a conexao entre a mecanica dos fluidos e a teoria cinética. vis l, v, 38, n. 1, 2016.

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