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bordas, pode-se utilizar par oso subcutdnee presente, aba mais delgada, para aume jotecido adi da porgio ‘ou ainda, remover parte dotecido adiposo da borda mais espessa, a fim de nivelar as duas camadas, Também hj relatos de que o posi: cionamento da sutura pode ser de grande importancia, para minimizar degraus, durante a aproximacao cuténea, Suturas posicionadas na mesma profundidade e distancia, em ambas as bordas cuténeas, minimizam esse fator. Além disso, a compressa exacerbada do né da sutura, além de promover a eversio das bordas da pele, pode causar isquemia local e favorecer a deiscéncia do ponto: * Suture subdérmica Tem a finalidade de minimizar a tensé0 nas bordas de sutura, deve ser inserida na porgéo dérmica, visto que esta estrutura & mais resistente que a hipoderme. Outra fungio deste padrao de sutura é a reduglo do espaco morto, pois neste padréo podem ser incluidos tecidos musculares juntamente como tecido subcuticular. Sutura intradérmica Sao aplicadas na borda da pele, porém s6 2 porcdo da derme é incorporada a esta sutura. Este padrao possibilita a aposicso perfeita da pele, reduzindo a necessidade de suturas percutaneas. Esta técnica pode ser realizada de forma continua ou interrom- pida, Quando utilizada, a sutura cuténea é dispensavel, assim, hd a necessidade de se remover os pontos, com menos chances de infeccao, irritago da pele e linha cica- tricial minima + Sutura interrompida Eo padrao mais empregado pelos autores, pois, além da facil aplicago, permite a apo- sigao adequada das bordas do defeito. Além disso, é segura e minimiza 0 com- prometimento vascular do tecido, tendo em vista que permite o ajuste da tensio na linha de tensdo ©, em casos de deis de dificilmente ocorreré colapso de tod. linha de sutura, . + Sutura de colchoeiro, vertical, int E pouco empregada pelos autores, prey sua aplicabilidade € recomendada, ven, que esse padrao minimiza isquemia der bordas do tecido. A sutura deve estar gi, tante da borda, em torno de 5 mm, pany minimizar os efeitos da colagenase pre sente no processo inflamatério. Outraing, ‘cago desta sutura € 0 uso em assocs. 80 com suturas simples, interrompida, tminimizando a tensdo secundaria. Quand associados a0 padrdo simples, interrom. pido, esses pontos podem ser removides em 3a 5 dias apés a cirurgia, ¢ Sutura de colchoeiro, horizontal, continua ‘Apesar de ser associado a0s outros padres, descritos anteriormente, o padrSo de suture de colchoeiro horizontal, continua, & poucs utilizado em cirurgia reconstrutive, pois néo | proporciona bom posicionamento das bor das, ocasionando degraus, e comprome tendo a vascularizagao. Na configuracao sim ples, essa sutura pode ser utilizada para ai: viar a tensio cutanea. ‘# Sutura "walking" ou sutura de avanco Sua principal acdo é a redugio do espagomor to, adistribuigao de tenséoe 0 deslocemerto da pele de suas extremidades para o certo, E preciso lembrar que as suturas em retalhos em padrao axial ou subdérmico, quando lizadas em todo o campo do retalho, podem ligar artérias e veias, comprometendo ait gacio e produzindo areas de necrose en alguns pontos ou, até mesmo, em todo 0 tecido. Os autores deste texto indicam © emprego de suturas “walking” apenas em alguns pontos do retalho, porém sempre que possivel paralelamente aos vasos sanguined visualizados naquela regiao, ou seguind? a anatomia daquele tecido. Depressées € ondulagdes podem ser observadas na regiao de aplicago desta sutura, porém as mesmas desaparecem em cerca de um ou dois meses, desde que seja realizada a sutura com fios absorviveis. + Grampos cirdirgicos Apresentam como maior vantagem a facil dade e rapidez de aplicacao. So utilizados como substitutos dos fios, e sao bem tolera: dos pelo organismo. Além disso, no com- prometem a vascularizaco das bordas teci- duais. Porém, n3o podem ser aplicados em procedimentos em que hé tensio moderada ‘ov alta, sendo utilizados apenas em bordas com minima tenséo. Quando comparados as suturas convencionais, apresentam maior taxa de deiscéncia. * Divulsio cuténea para alivio de tensao A divulséo é amplamente utilizada na rotina de cirurgia reconstrutiva. Porém, a técnica deve ser executada de maneira correta, a fir de prevenirlesdes teciduais desnecessérias. A divulsao deve ser curta, seccionando os tecidos, e profunda, abaixo do plexo subdér- mico profundo. Assim, preserva-se 0 mis: culo panicular e seus pequenos vasos san- guineos, que migram do leito em diregao a0 tecido cuténeo, conservando, por sua vez, 0 plexo subdérmico. ‘Antes da divulsio é recomendada a avalia- go da tenso das bordas mediante sua apro- ximagao; desta forma, s8o evitades divul sdes desnecessérias. Esta técnica pode ser realizada em qualquer regio do corpo. Os materiais utilizados, nesta técnica, 40: pin gas de apreensdo Adson Brown ¢ tesoura Metzenbaum romba-romba, de preferéncia, curva. No momento da dissec¢ao, € impor tante posicionar a curvatura das laminas em direcdo a0 leito e nao ao plexo subdérmico profundo. Cuidados re, Trans e Pés-operatéios em Ciurgias Reconstutivas + Padrées de sutura de tensio Este padrdo minimiza a tensao na borda de sutura, distribuindo a tenso entre pontos que incorporam pouca e, em outros, muita borda tecidual. Dentre essas suturas, s80des- eritas: a) suturas interrompidas, simples, b) suturas de colchoeiro, verticais e horizon- tais, c) suturas longe-perto-perto-longe, d) longe-longe-perto-perto, e) suturas de colchoeiro ajustaveis, que serao descritas a seguir: # Sutura de tensdo, interrompida, simples Utiizando pingas de apreensdo, ou com os dedosindicador e polegar, aproximamos as bordas, inserimos 0 primeiro ponte, incor porando 5 mm de distancia de ambas as bordas. A segunda sutura seré realizada 2 uma distancia de 5 mm da primeira, porém a insero da agulha na pele seré mais dis- tante da borda, incorporando 7 mm de ambos os lados. Este procedimento deve ser intercalado em toda a extensdo do ferimento. = Suturas de colchoeiro, verticais e horizontais ‘So suturas aplicadas distantes das bordas ‘e ambas tém como principal objetivo 0 al- vio de tenséo. Porém, pode haver isque- mia cutanea, quando da utilizagao desses padres. Tendo isto em vista, a associa- go de céptons de silicone, ou borracha, & benéfica em alguns casos. Suturas longe-perto-longe-perto e longe-longe-perto-perto ‘Também proporcionam alivio de tensao (componente distante) e aproximacao da pele (componente contiguo). Na sutura longe-perto-longe-perto, a primeira pas- sagem é aplicada longe da borda, a cerca de5.a7 mm,sendo este o componente dis tante, e na outra borda, a primeira passa- gem do fio é prdxima & borda em 13mm, componente contiguo. Com o mesmo fio, — —EE ae * perto de borda, em 123 mm. PI sue-se em diregdo contralateral e periure 3 o tecido a uma distancia de 5 2 7 mn rando 2 Sut distante da borda, enc No padrao longe-longe meira passagem na bor de um lado no outro; « na borda contralateral. Introduz-se 2 294 tha préximo a borda em 1 a3 mm, promo: vendo a mesma manobra na borda opost®, @ encerrando a suture. Com estas mano- bras, em ambos os padrées de sutura, & ta-se a eversio das bordas da ferida perto-perto, apr daéde5a7mm, om 0 mesmo fio, Suturas de colchoeiro, horizontals, ajustéveis Diferentemente da sut ‘continua, este padrao é realizado de forma intradérmica e, portanto, 0 fio deve ser absorvivel. Esta sutura permite que o cirur gido ajuste a tensdo de sua sutura, depen- endo da tensao do ferimento. O primeiro ponto perfura todas as camadas da pele, se fosse promover uma sutura de ura de colchoeiro como colehoeiro simples, horizontal, para iniciar 2 sutura intradérmica, no mesmo lado em que se deixou 0 né do primeiro ponto; inse re-se aagulha na epiderme, saindo no cen- tro da derme. Dando continuidade 8 sutura em padrao de colchoeiro, intradérmico, & possivel determinar a tenséo necesséria para o local. Para encerrar a sutura, entre na borda contralateral da ltima passagem do fio, perfurando o centro da derme, e externali- zando a agulha na epiderme, a uma distan- cia de 7 mm da borda. Apés, transfixe este fio no orificio de um botdo, ou capton de silicone, da porgao ventral para a dorsal da estrutura, e em seguida, no outro orifi- Cio, introduza a agulha da porcao dorsal para a ventral. Insira agulha de forma percuténea, apreendendo porco parcial da derme, e retorne ao primeiro orificio do ‘antes de encerrar 3 SUtUra,ajurg ‘ios, e promova 05 N65, eM cima qq, le camisa, ou capton. bot botao d «+ Utilizagao de drenos Os drenos s80 utilizados pare transport, temporariamente liquids, Ou gs indese jado, de uma ferida ou cavidade para oexte ses Em procedimentos de cirurgias recon, trotivas cutaneas, $40 utllizados para drena, 6 liquido previsto apés 24 horas da cirurca Este liquido se forma e se acumula devido ‘usencia de redugo de espaco morto durante } confeccdo e posicionamento de retalhos gin padrao axial ou subdérmico. Este con feudo acaba sendo drenado por gravidade Sntre os pontos, o que retarda a cicatrizacéo fe favorece a deiscéncia de sutura. Apesarde sua tima aplicabilidade e poucas compl cagées, é preciso lembrar que, quando mal utizados, os drenos podem causar algumas complicacdes. Infeeges ocasionadas pela utilizagéo de drenos sao bastante preocupantes, princi palmente quando causadas por bactérias hospitalares, muitas vezes, multirresistentes e mais patogénicas que as bactérias comuns. Drenos colocados na regio perianal, devide a proximidade com o anus, dever serge nizados @ cada 4 horas, durante todo 0 periodo em que estiverem posicionadcs no paciente. Nas demais areas, a limpeze pode ser realizada com frequéncia menor, dependendo da quantidade da secrecio drenada. Além do local de colocagio do dreno, a reagao inflamatéria causada pele presenca deste corpo estranho pode fave recer a infecgao. O paciente deve ser a liado diariamente com relacao aos sinais¢ inflamago na regio de aplicagao do dren? e, se necesséria, a administragao de art -inflamatérios deve ser feita. Além disso. co deve ser submetido a exames hema? logicos para diagnéstico de possiveis sePs® Um erro comum, na técnica de inserga0 = Cuidados Pré, Tans e Pé: drenos, € seu posicionamey linha de sutura, levando a sutura. e fixagdo na ‘éncia de Em cirurgia reconstrutiva, os princfpios para a colocacao de drenos sao os mesmos da cirurgia convencional. Na cirurgia recons: trutiva, a utilizagao de drenos é indicada em grandes reconstrugées, com o intuito de promover a unigo dos tecidos locais, ou ‘em regides de dificil confeccio de banda- gens compressivas. Quando nao se conse- que a oclusdo dos bolsdes, criados durante a cirurgia reconstrutiva com bandagens, estes locais se tornam depésitos de sangue, prin cipalmente devido a sangramento de capi- lares, exsudato ou soro. posicionamento dos drenos deve ser realizado antes do recobrimento do defeito, tomando-se 0 cuidado de inseri-lo e exter- nalizé-lo, por meio de incisdo penetrante, a uma distancia de 1 2.cm da borda da sutura. Quando se utiliza um dreno passivo, este deve ser posicionado em um local que apre- sente uma forca que favoreca a gravidade, como a regio ventral do térax, uma vez que 0 funcionamento deste dreno ocorre por esse sistema, Se ndo for colocado correta- mente, o dreno passivo perderé sua funcao. Os drenos podem ser fenestrados para aumentar sua eficacia. Apés sua fixagao, com uum Gnico ponto no seu éstio, com fio inab- sorvivel 2-0, é importante proteger o dreno com gazes estéreis, diminuindo © risco de complicagdes como infecgdes e deiscéncia de suturas. Os drenos nao séo substituldos a cada higienizacao da feride, sendo necessé- ria sua impeza a cada 4, 6, 8 ou 12 horas, no local de drenagem e linha de suture. A retirada dos drenos depende da exten- so da cirurgia, do volume de liquide que esté sendo drenado e da presenca ou no de processo infeccioso. Em geral, na nossa rotina, os drenos so removidos no periodo urgias Reconsteutvas de 48 horas apés a cirurgia, pois frequ temente 0 liquide acumulado advém da hemorragia de pequenos capilares, que ces sam 0 sangramento apés 0 colabamento do vaso ou a formacio de codgulos. No entanto, & importante ressaltar que @ retirada dos drenos é determinada pelo volume de exsu dato drenado, podendo ser mantidos por uma semana ou mais. Quando 0 volume dre: nado diminuir significativamente, os drenos poderio ser removidos sem a necessidade de sedacao. Dentre os drenos utilizados na rotina de cirurgia reconstrutiva, encontramos os dre~ nos passivos, que utiizam 0 mecanismo de gravidade para remover o liquido da leséo, © 08 ativos, cujo gradiente artificial ocorre por pressio negativa & abertura de saida de um tubo de drenagem rigida. Sao exemplos de drenos passivos os de origer de latex macio (Penrose), tubos rigidos de polipropileno, ou de borracha vermelha, Rotineiramente, 08 autores utilizam 0 dreno de Penrose, por consideré-lo de facil aplicacao, baixo custo, além de propercionar um étimo resultado final. Os drenos ativos sao descritos como os mais eficientes, pois ndo dependem da gravi- dade para drenagem. Além disso, apresentam ‘come vantagem uma menor chance de infec- Bo, quando comparados aos drenos passi- vos. Com este tipo de dreno, a frequéncia de sucgio recomendada é a cada seis horas, mas sua frequéncia pode variar, de acordo como volume de exsudato. Também existem ino mercado drenas ativos com sucgao con- tinua, 0 que exclui a necessidade de succdo ‘com seringas, Cuidados Pés-operatérios Dentre 0s cuidados pés-operatérios para pa- cientes submetidos & cirurgia reconstrutiva, pode-se citar: internagéo, higienizacao, con- trole da dor, utilizacao de antibisticos, troca de bandagens e monitoramento da ferida por do ependendo do UNLZAGAO DE ANTIBKENCOS See else ps intcxBes crirgjcasretardam acieay 2.0. Dealormecio dewstodmose canes, 4a pele eoleto, bem come pastes fondimas necrolicas que cauram mene ee ‘ar, formando complexos inflamatérion ¢ uma reagBo em cadeia, leva & morte seo lashes Alam dso oprocene nse roporcionesinbigae do atidnde wes ‘ca ques ragizareretitnca ca ge Halurnidves, olagenese oc, ules, proteinases, como metiopeans 20IMP 2emetdopctirases) DINE ce lisnaeestdo presertes nos processor nice HIGIENIZAGAO DA FERIDA CIRURGICA. ciflamatoro, Napresenadeberenncsa, Além do procedimento estéril, durante acirur. ular, corre mudanca do pH tecidual, gue ia, 08 cuidadoscom aferida no pds-operctirio “U2 VER Compromete os mediadores de cea ‘so essenciais para evitar a contaminagso e | 7=sa0local nso! ncade tury, ifecsdo dos tecidos Segundo os autores, Autasbode asisicoem crugsiny camada de contto, a camada secundériae wutvaspodeserprfltica quando cxseans, 2 teria comada des bandagens devem ser sidade de necro ou terepevicn een srisiane, Salo estéreis: Quando as trocas forem realzadas, _ainfeccioj ent instalada. De forms gen ‘cardiac © press apés @ remogio das bandagens, a higleniza- autores uzamantibidtcos reviamenteatesy #0 deve ser procedida com solucéo salina _osprocedimentoscrigjcos. Acontnidatey Sabese que no, ea téeriea que mento, Porém, em retalhos em padrae Ou subdérmico, 2 frequencia ae maior, endo estes realizacios a cada 8, 2hhoras. © gazes estéreis, O uso de luvas, durante o uso desses medicamentos, durante patogy apresentam di procedimento, é imperativo pera diminuir os pSs-operatério, depend do tipo do proces. ‘parades @ pe riscos de contaminacao. Diferentemente de _ mento, tempo: de duragio da cirurgja, colocaria analgesicoe feridas abertas com necessidade de debrida- de drenos © local operado. Em procedimenss paracicatt mento, em feridas cirdrgicas reconstrutivas, Pequenos,sernautlizario de drenos,ferdalinga, vase der nao se fazem necessérios jatos de pressao em resseccdes de pequenos turmores, raramente infecao, direco da lesdo. Neste tipo de procedimento, Sera necessaria a utilizagdo de antibiaticns no move th preconizamos gotejamento, diretamente na POS-operatirio. com dk leséo, com minima pressfolocal.Quando uli _¢ anipeticoa ser uliaado deve ser hase wines Zamos gazes, as mesmas séo deslocadas de pafloraresidente da regio, considerandoquts pode forma delicada para remover possiveis crostas procedimentos foram reaizads em centociie Ag Soltas ¢ tecidos desvitalizados presentes nas _gico, com material ester eo Grurgo parame cm bordas e adjacéncias daferida, Masas-crostas tad, Antes ou durante o procedimento, dees ¥ aderidas a pele nao dever ser removidas. N&o se faz necessétia a utilizacdo de diluigdes com agentes bactericidas, ou até mesmo aincluséo de antibisticos tpicos para aplicacdo naferida cirdngica; se ndo howver sinais de contamina- ¢40, sdo suficientes apenas solucao salina ou Ringer lactato. coletar swab da pele para exames de cutee : antibiograma, Apos 08 resultados, 0 antiais escolhido, no primeiro momento, pode sera tido ou substituido, dependendodabactaiaye sente, ou se houver resisténcia a0 antibioticn Os antibidticos utilizadosna rotina dos autoreses0 listados na Tabela 42, a seguir, Tabela 4.2. Antibisticos utilizados na cirur ‘aniexSTiCO = falxina - gia Ceftriaxone Amoxiiina Amoxielinae law Enrofloracine CONTROLE DA DOR A dor € uma reac produzida pelo proprio corganismo, que ocorre quando algum tecido é lesionado. Esta reagdo dolorosa pode ser observada pelas alteragdes comportamentais, como choros, uivos,latidos, rosnados, gemidos, alteragoes de postura, mudanca da expresso facial, protegao da lesio, autotraumatismo, midriase, sialorreia, elevacao da frequéncia cardiaca e pressao arterial Sabe-se que pacientes nao tratados para dor apresentam dificuldade cicatricial, quando com- parados a pacientes submetidos a tratamento analgésico adequado. As feridas demoram mais para cicatrizar, o sistema imunolégico apresen- ta-se deprimido, aumentam as chances de infecgdo cirdrgica e o sistema respiratério pro- move trocas gasosas inadequadas. Pacientes com dor apresentam altos niveis de catecola- mminas ealteragées hemodinamicas, que também podem comprometer a cicatrizacdo dos retalhos. Algumas alteragdes hormonais, como hipergli- cemiae aumento dosniveisde cortisolendégeno, podem ser observadas, favorecendo distirbios na cicatrizagao. inadequado controle da dor esté envol- Vido em algumas alteragées na condugéo ner- vosa, que podem propiciar episédio nao res- Ponsivo aos métodos tradicionais de controle de dor como anti-inflamatérios néo esteroideis (INES) opioides. Cuidados Pré, Tans © Pés-o c dos Pr, Trans e éis-operatérios em Cirurg jas Reconstrutivas | Cuidados Pés-operatd [Wa be APLicacho vo 8D vo iD vo O controle analgésico, no pré-operatério, auxilia na diminuigao dos riscos de altera ges de condugées da dor durante 0 transo- peratério. Durante o periodo pés-operatério, a associagéo de opioides, como tramadol, morfina, metadona, meperidina ¢ anti-infla- matérios, como carprofeno, meloxicam, piro- xicam, firocoxibe e dipirona, proporcionam controle analgésico e modulam o proceso inflamatério. Os protocolos analgésicos & 0s bloqueios pré-operatérios, assim como © tratamento da dor pés-operatéria, serao amplamente discutidos no Capitulo 5 refe- rente ao controle da dor em pacientes subme- tidos & cirurgia reconstrativa. BANDAGENS EM PACIENTES SUBMETIDOS ACIRURGIA RECONSTRUTIVA, ‘Como mencionado anteriormente, neste capi- tulo, uma das formas de minimizar os efeitos causados da nao reducao do espago morto é a utilizacdo de bandagens compressivas em cima da lesao. E preciso lembrar que as ban- dagens sao uma prética comum em medicina veterindria de pequenos animais, mas muitas veres sua confeccao & um desafio, devido as diferengas anatémicas, tamanho, localizacao tipo de leséo, grande quantidade de mate- rial e dificuldade de permanéncia das banda- gens no paciente. econstrutiva em Ces © 0 for ntami 0 da ‘as fungoes gerais das bandagens Ee 3 cosmetica, prevent CO seat i aciente NO ferimento, Pre- interferer ov aciconal 8 ede, POMeNS! um ambiente Gmido para orecera cicattiza~ gio, reter calor para criar um mele acido que ira ajudar na dissociagao de oxigen? para os tecidos, proporcionar alivio da dor exercer pressio para reduzir esp: zar edema e hemorragia, 2 debridar feridas e ajudear 2 estabiliz se presentes. ‘As bandagens sao amplamente utilizadas em cirurgia reconstrutiva, com 0 intuito de tratarferidas abertas, colaborando para debri- damento e descontaminacao, formagao de tecido de granulacdo, protegao contra pos siveis antigenos e fechamento da ferida por segunda intengo. Porém, sua maior aplica- bilidade, em termos de cirurgia reconstru- tiva, é 2 compresséo de retalhos em padrao axial, subdérmico ou enxerto, impedindo a for- magio de exsudato ou coagulos secundérios a sangramento de pequenos vasos sanguineos necer aparenci Jago morto, minimi- bsorver exsudatos, ar fraturas, ossam ficar entre oretalhog nxertos CULENeOS, a imob, oPrquada & primordial Par® 0 Suces, ‘onto, visto que o fragmento de jo nao deve sofrer movimenr, 5 a cirurgia. pilares) que P (ca eptor. Em leito rec lizagao 3 do procedim' le enxerta ear 72.2 9% horas ape podemos utilizar bandagens em todo corpo dos pacientes, come cabeca, pee CoP serax, membro toracico ¢ pélvicag Fer espectivas articulagbes, reQi80 inguin setrailiaca e abdome. As mais utlizades, a saat rotina, séo as bandagens circular tor nee e abdominal, Robert-Jones modificads Sim membro pélvico e toracico, pélvica ci. cular e em extremidade (Figura 4.3) Em locais de dificil adequagao, ou de fxacio, destas bandagens, uma alternativa ¢ a ui izagdo do tie-over, tipo de bandagem que utiliza como meio de fixago a inserca0 de pontos distantes da linha de sutura ao redor de toda a lesio, ‘Apés sua confec¢ao, sao posicionadas camadas de contato, que sero fixadas por estes pontos, no local. Esta bandagem é um dos métodos, de tratamento necessério para 0 sucesso da cirurgia reconstrutiva, em caes e gatos. METODOS DE PREVENCAO E DE ‘TRATAMENTO DE SEROMAS NO POS-OPERATORIO Uma das complicagdes secundarias & ndo redugSo do espaco morto é a formacao de hema- tomase seromas. Estas saculagSes, criadas pelo procedimento cirtirgico, permitem que se forme se acumule liquido serossanguinolento, resul: inte de sangramentos dos capilares extrava samento vascular, secundério ao processo infla. matério. A excessive manipulaco cirdrgica, a movimentagao no controlada do paciente ¢ a dificuldade de confeccionar e manter as banda gens podem favorecer a formacao dos seromas. A diérese adequada, hemostasia meticulosa asso: ciada a colocago de bandagens precisas ea res- trigdo de movimentos do co minimizam a for macdo de seroma, Porém, mesmo quando os cuidados neces sérios s80 tomados, pode ocorrer a formacao de seromas. Quando o seroma se estabelece, podemos promover a drenagem deste con: teudo e avaliar sua citologia para confirmacao de diegnéstico. Saculagdes com pequenos volumes de conteido podem ser drenadas com utilizagao de agulha 40x12, torneira de trés vias, circuito adaptado (equipo) e seringa de 20 mL. Restrico de movimentos, terapia a base de calor e bandagem compressiva no local também sao indicadas, Para os seromas significativos que, mesmo apés tentativas de drenagem e bandagem, nao se resolveram, indica-se a colocacao de drenos. Este proce: dimento deve ser associado 8 colacacdo de bandagem compressiva e sua troca depen. derd do volume drenado. Uma opgao, para 0 casos com contetido abundante, ¢ a utilizacao de drenos ativos. DEISCENCIA DE SUTURA Deiscéncia de sutura é uma complicacéo relati vamente comum em procedimentos de cirurgia reconstrutiva. Sua incidéncia é maior em reta- thos com tensa0 em sua linha de sutura, porém Cuidados Pré, Trans e Pés-operatérios em Cirurgias Reconstrutivas | Cu outros fatores, como processos inflamato rios, infeccéo cirdrgica, necrose, mau posicio namento das suturas nas bordas da ferida e edema local, também podem estar envolvidos. O tratamento da deiscéncia de sutura & 0 fe- chamento por segunda intengao, utiizando sulfa diazina de prata, pomada, a2,5%, Apésaformagao de tecido de granulacdo, a sulfaciazina ¢ substi- tuida por pomada & base de aloé vera e prépolis: até 0 fechamento completo da leséo. Porém, em alguns casos, © reparo por aproximagao cuténea das bordas também pode ser efetuado. PREVENGAO E TRATAMENTO DE NECROSES POS-OPERATORIAS Procedimentos cirirgicos de grande porte, com utiizac3o de retalhos em padréo subdér- rico ou axial, so suscetiveis & necrose parcial (ponta do retalho) ou, mais raramente, total. O padrSo subérmico apresenta maior chance de necrose em ponta quando comparado ao padréo axial, Devemos lembrar que areas escurecidas no so necessariamente sinais de isquemia e necrose, mas também podem ser hematomas. Aviabilidade do retalho pode ser avaliada, veri ‘cando-se a temperatura do retalho, existéncia de sangramento apés uma pequena inciséo, testes com fluoresceina, avaliagao do hematécritoe ut: lizaglo de eco-doppler. Na literatura, sio relatados alguns métodos de prevengao de necroses, como a utilizagao de pentoxifiina e oxigenoterapia hiperbérica, ~apresentando resultados animadores. Nao se recomenda a remogao precoce das reas necroticas, pois em alguns casos a circu: lacao poderé retornar, exceto quando ha secre- ao purulenta adjacente. Quando a necrose progride, o ideal é que sua remogao ocorra quando se der a estabilizacdo de sua progres: slo. Apés a remocao da érea desvitalizada, a ferida deve ser tratada por segunda intencio. Tanto 0 debridamento como o tratamento de feridas sao abordados no Capttulo 3. Bases da Anestesiologia e ‘sua Aplicagao no Conceito de Anestesia Balanceada ‘A complexdade do SNC @ 9 mecanismo de lal dos agentes anestsios li toms compreensto dos mecansmos que ev enue em mudangas ne portement de for ‘Sve danas ou entzo pate promoversntay peracio® Arsim, 0 manejo adeguade de De acordo como (89 pox operator A manutengio das fungBes autonén coma componente essen da anestoa ge Compreende princinalmente a presenar ‘Sa tongio doe sistemas ropiatero, cde oso eendocino 23050 fr mera do mac tr anestésteoe Gezoctvos poem ser od rads pare spore de corsciénia. prod Se snguangee quads eopeceimer® TRRGEocidade © morthdace dos artis ati como a So ps opera es mvs oy # soca de ‘Stor rleicominfastode opiodese res wire a ns trocainadequada dot {leemio™ Asin, os pacientes demoram a ontre covretamente, o.que predispoe & perda de peso corporal, catabalizme proteico isc tecidos, provocando dor decatrente so, modulagio e percepeso, sformagdo do eatin am a Staimpornea sevdencs do gue wana ‘etratamentosanalgscor pr etransoper enna de win en cos aalgsieos pra ons dhe Analgéscos opines (Os férmacor opioides sdo analgésicos com Eemprovada ees, sendo a melhor roducio de medadoresilamatsior ot Iissbo do estinul dolorosa t's percepts | gio destsirmacor6medhac pel eploresopordes racorinecidos que operoda roca SSreatnotatanenta angie ene ope gr NMOAT. Estes recopores. gun 28; Cimento cringcopaecstrumeinponiy fp stn Todedh, a rsa ‘ipmon dtermnandoumestadoconbecide "giocomosfesémenos de dorehiparene | inom mladenSemrgenes i de pes tos sobre tempo mal ro enn comme acon analgeses endo jacnalgesapreempaa cu pee operat analgesia provera tan tae analgesia pos opratro® 80 conta, no qual eaters al dos neuidnios enocicep teeldon Este frmacos podem cdo sobre um ou mais eceptores segundo a gue const ne aumento do seni de oestinulos dolvoso5,e al sidade Estadual de Colorado. Guaiquer escapade sor ura com uses na “erat da dor nos pacientes se per ecapoesye queer ocho aponcia sobre ete ecepor ins metade eh {ona,meperidins} Desa ago oon ‘ames efeitos analgsicos«acversou ie seneae afeidode pelosrecep seb ego pcentescom race, singrome de Cushing wandnas 2 COX) 63 COX2 Uma See ia. depressio receptor ea hens assocada smpertetes fungoes (Sreomas homeostsievacur regula do Foran potegto da mucoss fo dos canels Mioqledosangue ropredcto,metabolame | dependent gem, 2 que res provengis de deepolrzazoneworal rants Sion ceatngio da eri, crescent Semietespostasonsmiseie’-Estorsubstancas em sido ut Cr oplodesna doses apron sociados» fet For ourolado, aiele-oigenae 2(COK2) 6 sitatadaom coreequinca desta de iovalagose celles propensos a exter eles, por ese doses menores 360 vendoe nesta sss tarmacesapresentam a vantage de avo seus efetor aversos podem ser revert daa don aoe 199 pe 16 12h de aplcaczo, podenda per itadssimos efeitos Sacerbagie na percapca0 dotorosa emo ademe ani ro um agente partepant ‘Agonistes a, adhencsicos longa ag, como abupivacsina a Adnumedetomtine 60 200 5o'faiede menor tor avesos om gen Se om se dversos dete ox guaize de ‘dade om cortos tei, eager slergics 2 palmente ro ocus couleur es Sralgesi por modula da projeyer se “rencrgcesdescondentes no cord rmedulaespnta “a opie com pati Secu eetosem dvorsos ebporerqve aetamanoccepgto, agenists Srrcpteres eploden, arapenamo com Snide aravl dos NDAs, alm do 980 ese gusepromove sinigso devas des cee demonseade em mods de dor seed Erraninet nim aioe ‘a vecamaybo de oreo Smeonine 0 que be proporciona umn SxSopconal ne conte dado eromea™ ‘XScmains metadons 0 apresentaefeito uvos agentes antagonists NMDA podem sr usedos para o comole da dor erénica, po: CO potenca sedativo, analgsico, bem came oa een cna vesponsaves por prop 08 eeitoradvorsosproduzides por sisi sine renee educa na produgso de sminoscdos | macor ext relacionados 3 sua soled aeoreerasesen trombonana A2 e neurocinnas, pelos receptor adronérgicos do tipo uaa) ‘omsequénca acotacemrespontarenagerades_ te de um prtocole analgés Js DATECNCA CONSIDERAGOES FIAISDATECRICA ‘nde para cena, Q'Simese completa do data Desanho Ge ThayanatNona de in Qu fochado Indo ioe. CCONSIDERAGOES FINAIS DA TECNICA Fechamento em *V" Combinado snoIcagao, CCONSIDERAGOESFivals Dare ct importante tembrarque oxime ‘Gps emprego de dro. plored Freie: Deere do Teyana edema Gus L y dos cosmeticor Incisdes de Relaxamento leripanao Aon crgeacomien 30, problematco. to Onetho de Thayra ee dina cron, CCONSIDERAGOES FINAIS DA TECNICA sande do pel 280 sco escahe 2m "2 6 compotte por um dois rages todos com gusone ea Bae ‘ osha te oa eperada com foinabsarsvel3.0(Fg 6.14 C) que, enquantoosreta meta do delta. Re inhae «fo. mm angle de 40" 9 ial do“ foumando un Enguo de 45" como esa maior dodstote 2G eda, conteconogo um tubo de 13 Técnicas Reconstrutivas em Membro Rafael Ricardo Huppes Jorge Luiz Costa Castro Andrigo Barboza De Nardi Josiane Morais Pazzini Introdugao asécricas de crurgiareconstutva sio ut ‘ndssna otina para correcao de defeitos outa recs causados prineipalmente porressecgdes crigicas de tumores ou traumas em regigo emembro pélvico. Para alcangar est obje- two podemos utilizar 0s retalhos de padres aial subdérmico ou enxertos Enxertos sfo seamentos de pele elevodos ditantesdoleto teceptor, que 880 implantados em defeitos gencipalente em regibes distais de membre que diferencia um enxerto de um retalho & que o enserto ndo apresente pediculo vase il persuiumartérineveia 2 rearmica 0 ple ube in core ars imei hoes la,eoretalho ax constituigdo, e 0 subd nico, portanto sua sobreviven da embebigdo plasmatica ns P st6 que o processo 6 Pélvico pélvics sio compostos por retalhos das art ras epigéstia caudal, ace cicunflona pro funda, enicula, eiasafenareversa. Dentre ‘osretalhos em padtzo subdérmico sio descr: tos:rotacinaltransposieio de pediculo nico, tubuleres e pregado flanco.Osretalhosloceis de padrBes subdéxmico e axial so defécileon- Iecioe podem cr realizadosjuntamente com a vessecgdo do tumor, enquanto os dstantes Sdomasirabalhosos, sondo necessria a con- {ecg doretalho pera formarumtubo 15221 dias antes da reaizagao do procedimento de teticada do tumor e recobrimento do defeto. Retalho de Padriio Axial da Artéria Epigdstrica Caudal Esse padido de retalho 6 irigado pela atéria cpigdstrica caudal superficial, uma ramitica Ghodda artéria pudenda externa, que emerge y

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