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fFrAgora, nosso estudo se dirige para uma das mais importantes partes da Fisica: a Dindmica. Funda mentada por Isaac Newton no final do século XVI a Dinamica se ocupa do estudo do movimento ¢ suas causas, fazendo uso de grandezas fisicas como massa, forea, aceleracao, impulso e quanti« dade de mo As diversas ve apesar de divertidas, nao traduzem a importancia do pensamento sobre o movimento dos corpos que sempre descem verticalmente para o solo, Vocé acha que esse fendmeno ocorre apenas na yf Terra ou ele pode ocorrer também na Lua, por exemplo? CAPITULO 9 eee) Co RoR) MUO Ce Poot oe rise acca per cy eect Feu enraeae oer eae TRE ey CAPITULO 12 Vue Stephen Hawking (1942-) experimentando a gravidade zero em tum simulador de voo livre, Nessa situagao ele parece flutuar, mas tanto ele como as pessoas estio em queds livre, sofrendo efeito éncia de gravidade, As forgas que agem sobre o sistema motoci ‘ser consideradas ao fazer 0 projeto da pista for Vit Ke Forca e movimento O que hé de comum entre um windsurfista fazendo manobras sobre a Agua, as pds em movimento de uma usina edlica e 0 voo da guia a elevada altura sem bater as asas? Para ajudar a responder a essa questdo, levante-se e dé um passo. Pense no que foi necessério ocorter para que vocé conseguisse se mover, E claro que se vocé se moveu, porque obedeceu a uma ordem — caso contrério nem teria se levantado =, mas nao disso que fala- ‘mos. Estamos interessados em olhar para o fendmeno do movimento pensando em sua causa, nas condicdes que propiciaram seu i Uma forte rajada de vento & capaz de impulsionar um windsurfsta pela agua. 1. Forca ‘Os movimentos tém sido 0 foco de nossas investigacdes até aqui. Contudo, ainda n3o nos ocupamos com suas causas, com 0 que € necessério para modificar 0 movimento de um corpo e com o que pode parar um corpo que esté em movimento. A Dindmica é a parte da Mecdnica que estuda os sistemas do ponto de vista das forcas neles aplicadas, bem como de suas consequéncias. Estudaremos aqui as relagdes entre movimento ¢ forga, por meio das trés principais leis em que se baseia a Mecanica cldssica ou Mecanica newtoniana, chamadas leis de Newton. O fato simples de levantar-se e dar um passo a frente — feito ha pouco ~ associa a ideia do movimento a um esiorgo iisico, como 0 de atletas praticando esportes.. Spence AleaO5 a AP age ge {As imagens sio exemplos de aplicagtes de forgas. Nos exemplos podemos observar que a grandeza fisica chamada forca, de forma intuitiva, pode ser considerada com um “empurrdo” ou um “puxao” correspondendo a uma forca de agao de um corpo sobre 0 outro. 122 UNIDADE 4: Dinamica § 2 i & j i As forcas sao, portanto, a chave para compreender como os movimentos sdo produzidos ou modificados, pois 0 estado de repouso ou 0 estado de movimento esto diretamente relacionados & agao das forcas sobre 0s corpos. No caso do windsurfista fazendo manobras, das ps em movimento de uma usina edlica e do yoo da dguia a elevada altura, sem bater as asas, a causa desses movimentos € a forca dos ventos e © ar agente, ou seja, aquele que atua ou exerce poder sobre os objetos. Agio a distancia e acdo por contato Agora pense na acdo de um ima colocado préximo de um prego ou sobre um clipe. Quem ja brincou com imas deve ter percebido que, ao aproxima-los de algum objeto de ago, surge uma forga de atragao e uma tendéncia de movimento entre eles, mesmo a certa distancia. Esse fendmeno de atracao ‘ocarre, ainda, em situagdes bem comuns, apenas por causa da gravidade. Sempre que saltamos, retot- amos no sentido do solo, como se estivéssemos presos a algo. Na verdade, estamos sujeitos a aao do campo gravitacional da Terra, como tudo o que esta sobre sua superficie, do fundo dos mares até a atmosfera. A Lua orbita 0 nosso planeta por conta dessa forca que 6 exercida a distncia Kine eng Vales As imagens ‘lustram exemples de forgas que atuam a distancia. AAs forgas que ocorrem entre dois objetos que entram em contato, como os pneus do carro contra © asfalto, as hélices do motor da lancha contra as éguas © a propulsio dos jatos contra 0 ar, so chamadas forgas de contato, pois as superficies dos corpos que interagem se tocam, puxando-se ou empurrando-se. H também as forcas que atuam sem que as superficies dos compos tenham contato; sao as forcas de campo. ima atrai o clipe de ago aplicando sobre ele uma forga a distancia por causa do campo magnético produzido pelo ima. A Terra atrai os corpos a sua volta com uma forga que esta dirigida para seu centro ~a forga gravitacional - decorrente do campo gravitacional da Terra. A forca magnética ser abordada ‘em detalhes no terceiro volume desta colecao. PENSE E RESPONDA > Em um jogo de voleibol, a equipe que recebe o saque tem de jogar a bola & quadra adverséria em, no maximo, trés toques. Descreva as acdes do libero (jogador de recepedo € defesa), do levantador € do atacante que exemplifiquem os efeitos das forcas em um corpo. velocidad «3 orentagio do movment, para que o atacante, em uma aio areata, apiqu ua forea de grands intense para aus a Scitech ao cht is eqns soars for Coun da tonne oa cade sages 9 bole hgermerts atormad max a de a lasers do materal do que ft, ethics laimente Cufntos:ranawieaes 12S Efeitos de uma forca Uma poss{vel consequéncia causada por uma forca &a deformacao de um corpo. As vezes, a forca aplicada sobre ele é t20 intensa que, além de mo- dificar seu movimento, pode amassé-lo ou quebré-l. F 0 que ocorte nas colisoes entre automéveis, nas construgdes que ruem ou quando alguém fratura alguma parte do corpo ao softer uma queda ou um forte golpe. Contudo, ha sistemas criados para se deformarem, como 0 meca- nismo de suspensio de automéveis, por exemplo. Nele existe uma mola capaz de suportar solavancos em fungao de buracos, curvas fechadas ou freadas bruscas. Mas de tempos em tempos deve-se fazer a manutencio 1no Conjunto de pecas que constituem a suspensao desses veiculos, pois ocorre um desgaste natural com o uso. Os objetos sao construidos para Outro efeito possivel da aplicagio de uma forga é a mudanga da SWpougr eile lense cs force velocidade. £ 0 que ocorre quando um carro acelera, freia ou faz uma ocorrem as deformagdes ou quebras. curva. Nesses trés casos 0 movimento se modifica porque estdo atuando sobre ele forgas capazes de produzir tais alteracées: maior forca do motor no giro das rodas ao pisar no acelerador e maior atrito entre os pneus ¢ 0 solo ao pisar no freio ou ao estergar o volante para realizar uma curva t 2 E Também atribuimos as forcas as variagées no movimento de um corpo. Equilibrio Quando falamos de equilfbrio é comum pensarmos em pessoas e objetos que estdo na iminéncia de cair ou de se deslocar, como um equilibrista no circo ou sobre um mobile. = Exemplos de equilbrio estatico e dintmico, respectivamente 124 UNIDADE 4: Dinamica De fato, essas situacées sao tipicas de equilibrio, mas em Fisica esse conceito é um pouco mais amplo. Em geral, distinguimos dois tipos de equilibrio: 1%) Equilibrio estatico Um ponto material esta em equilibrio estatico quando sua velocidade vetorial se mantém nula no decorrer do tempo, isto 6, 0 corpo permanece em repouso em relagdo a certo referencial ¥ = 0 Sequilibrio estético (repouso) E 0 que acontece entre vocé ¢ este livro. Em relacgao a vocé, 0 livro esta em repouso, isto é, a velocidade vetorial dele se mantém igual a zero. 2") Equilibrio dinamico © equilibrio é dito dindmico quando o ponto material tem velocidade vetorial constante e ndo nula no decorrer do tempo, isto é, quando esté em movimento retilineo uniforme (MRU). A velocidade vetorial é constante em médulo, direcao e sentido. T= constante # 6 = equilibrio dindmico (MRU) Quando estamos em repouso e observamos um carro passar na rua com velocidade constante, ele ‘estd em equilibrio dinamico, pois a velocidade vetorial dele é constante e ndo nula. 2. As leis de Newton ‘A maior parte da Dinamica, e por que nao dizer da Mecanica classica, foi estruturada com base principalmente nos trabalhos de Newton. Na obra Prineipios matematicos da filosofia natural, publi- cada em 1687, entre as muitas leis apresentadas por Newton, trés delas, relacionadas a natureza do movimento, ficaram bastante conhecidas e si0 chamadas de leis de Newton. A seguir, veremos essas tr@s leis de Newton com base em situagdes do nosso cotidiano. 1? lei de Newton ou principio da inércia Imagine que vocé precisa deslocar um caixote muito pesado numa sala que fica no final de um corredor. De que forma vocé pode fazer isso? Seria muito interessante se nesse caixote houvesse rodinhas para facilitar 0 destocamento, Caso no haja, o jeito é mové-lo a hase de empurtdes ou puxdes! Para fazer um corpo inicialmente ‘em repouso se mover & necessério aplicar-the uma forca, puxando-o ‘ou empurrando-o, com intensidade, direcdo e sentido capazes de produzir 0 movimento desejado. CAPITULO S: Forcae movimento 125 Nao basta dar apenas um forte empurrao ou puxdo no caixote. A forga precisa ser constantemente aplicada na ditegao para onde se quer transporté-lo € com o sentido apropriado; caso contrério, em razao do atrito entre o chao ¢ 0 caixote, se deixarmos de aplicar essa forca, ele para. Pade Cha Pata Para posiconar corvetamente as ceaixas na prateleira, 0 expositer deve aplicar Forgas em direcbes ‘specifics, ora na horontal, ora na vertical, levando-as do carrinho até sua posigao final Essa situagao parece dbvia, mas a explicacdo acima no vale para todas as situagSes. Ha circuns- tncias em que 0 corpo continua em movimento, mesmo depois de a forca deixar de agir sobre ele. No jogo de ténis, por exemplo, a raquete toca a bola exercendo sobre ela uma forca, ¢ a bola se movimenta mesmo depois do contato com a raquete. Nesse caso, durante o movimento, a Ginica forga que est4 atuando sobre o objeto ¢ a forca gravitacional, que move a bola para baixo, € 0 que ocorre também com uma bola de futebol depois de chutada, com uma pedra depois de arremessada, ou com um corpo que desliza, com pouco atrito, sobre uma superficie de gelo. Nesse Gltimo caso, se desconsiderarmos a resisténcia do ar, seu movimento continuard com velocidade prati- a camente constante até colidir com algum obstaculo ou sair da superficie congelada. Assim, podemos chegar a duas constatacées: 1. Os compos tendem a permanecer em seu estado de repouso até que uma forga que os impulsione 05 tire dessa condicao. 2. Os corpos tendem a permanecer em movimento até que uma forca de resistencia, geralmente do ambiente a sua volta, os obrigue a parar. Todo corpo que nao se encontra sob a agao de foreas, ou sob a aco de forcas que se equilibram, nao sofre variagdo de velocidade. Isso significa que, se ele std parado, permanece parado; se ele esta em movimento, continua em movimento, mantendo sempre a mesma velocidade numa linha reta Esse principio 6 conhecido como principio da inércia ou 1? lei de Newton. Newton enunciou esse princfpio da seguinte forma: “Todo compo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forcas impressas nele.” Entenda como podemos observar a 1* lei de Newton no movimento de um carro. Quarido um carro em repouso acelera, 05 passageiros Da mesma forma, quando 0 carro em movimento freia, ‘tandem a permanecer parados e sao pressionados (0 passageiros tendem a continuar em movimento, com contra 05 bancos. Daia importancia do encosto a yelocidade imediatamente anterior a freada. Dai a de cabeca. Importancia do cinto de seguranga. 126 UNIDADE 4: Dinamica A massa de um corpo é a medida de sua inércia. Quanto maior a massa, maior serd sua resisténcia a mudanga de velocidade. Newton também tratou da quantidade de matéria com a inércia nessa mesma obra, antes de expor as leis: “A forga inata (insita) da matéria 6 um poder de resistir pelo qual cada corpo, enquanto dependente dele, persevera em seu estado, seja de descanso, seja de movimento uniforme em linha reta.” principio da inércia é vélido para os referenciais chamados inerciais. A menos que seja mencionado de forma diferente, tomaremos sempre um ponto da supericie da Terra como referencial inercial Antes de Newton, muitos pensadores haviam formulado nog&es aproximadas do conceito de inércia, Galileu, por exemplo, ja havia desenvolvido experimentos em que este conceito era trabalhado de forma relativamente préxima ao de Newton. Ele langou uma bolinha sobre um plano horizontal e verificou que cla parava apés percorrer poucos metros, mesmo que, aparentemente, nenhuma for¢a estivesse atuando sobre ela depois do empurrio. Entdo Galileu concluiu que o freamento era decorrente do atrito, que fazia a bolinha parar. Polindo o plano horizontal para reduzir 0 atrito, ele observou que a bolinha percorria um percurso maior. No caso de © atrito nao existr, a bolinha continuaria sempre em movimento retilineo € com a mesma velocidade com que foi langada, considerando-se uma suposi¢ao abstrata de uma situacao ideal a elec a ern de ae =o ers nrizonia parcstmente pode BD i rissitertatcera cto Todo corpo em movimento retilineo uniforme ou em repouso perma- necer no mesmo estado, a menos que uma forca aja sobre ele. Cae » Qual das pessoas representadas na figura é mais dificil de ser empurrada? Por qué? © cxpo.e maior masa tem a maior ineroa © ma essonte aman co Seu est. EXERCICIO RESOLVIDO [as 41. Por que o cavaleiro é jogado para a frente quando 0 cavalo para bruscamente na frente do obstaculo? Zeke Resolugéo cavaleiro & jogado para a frente por causa da inércia. Ele tende a continuar com a mesma velocidade que possuia enquanto se mantinha em cima do cavalo. CAPITULO 9: Forcae movimento. 127 4. Indra. Pare varia a velocidad de um veicuo valor ecrentacc é precisa sfrer a agBo de uma forga. Como estamos dentro do carro, ndo receberos esa Targa ear 50 teres aimpressdo de Sermo; largacos para fora do caro, pos mantemos © nosso movimento atetior Baits IClIOS PROPOSTOS —ERQrrtar ¢ subitamente empurado ‘ata a frente, Em relacdo 20 carr, a cabeya do motorsta Darece se desloca pata irs Sendo a neta. 1. Por que, ao viajar em pé num dnibus, um pas- sageiro procura um ponto de apoio quando o nibus arranca ou freia? Fmapon oesloanctc ances eds samen cw oat. 2:""Num espetdculo de circo, um palhago se coloca diante de uma mesa coberta com uma toalha. Sobre a toalha estdo pratos e talheres. O palhaco puxa a toalha rapidamente, retirando-a da ‘mesa, mas 0s pratos e talheres continuam sobre ee Bee OO aan a cna ‘em regouso se 3 tela for pura con muta rope (Unifesp-SP) “Na divulgacao de um novo mo- delo, uma fabrica de automéveis destaca duas inovagées em relacdo & prevencao de acidentes decorrentes de colis6es traseiras: protetores méveis de cabeca e luzes intermitentes de feio. Em caso de colisao traseira, ‘0s protetores de cabeca, controlados por sensores, so mo- vidos para a frente para proporcionar protecao para a cabeca do motorista e do passageiro dianteiro dentro de milessegundos. Os prote- tores [..] previnem que a coluna vertebral se dobre, em caso de acidente, reduzindo o risco de ferimentos devido ao efeito chicote {a cabeca é forgada para trés e, em seguida, volta rapido para a frentel’. As ‘luzes intermitentes de freio (..] alertam os ‘motoristas que esto atrés com maior eficiéncia em telagdo as luzes de freio convencionais quando existe o risco de acidentes. Testes [.. mostram que 0 tempo de reacao de frenagem dos motoristas pode ser encurtado em média de até 0,20 segundo se uma luz de aviso pis- cante for utiizada durante uma frenagem de emergéncia. Como resultado, a distancia de frenagem pode ser reduzida de 5,5 metros {aproximadamente, quando 0 carro estiver] a uma velocidade de 100 km/h’. (chttp we daimlerchysler.com.buncticias/Agosto! Nova lisse€_7006/popexpande him>) 128 UNIDADE 4: Dinamica 2) Qual lei da Fisica explica a razdo de a cabega do motorista ser forcada para trés quando 0 seu carro sofre uma coliséo traseira, dando otigem ao “efeito chicote"? Justifique. b) Mostre como foi calculada a reducdo na dis- tancia da frenagem. y= 100 bw = 27.7 mis Meo2sa0=277-02~ 4. Quando um vefculo faz uma curva, temos a sensagao que somos lancados para fora do carro, ‘como explicar esse fendmeno? 5. Na figura temos trés exemplos da atuacao de forcas. Um corresponde a um puxao, outro a um ‘emputrao € 0 terceiro a forca de agao a distancia: An a u Em cada exemplo, qual é 0 agente atuante? |-a.corda ¢ 0 agente; I= a mola¢ oagente it~ a Tera 6 agente a m aeaciex PaveCr Phe 2? lei de Newton ou principio fundamental da Dinamica Que tipo de movimento um caixote muito pesado apresentaria se um colega 0 ajudasse a deslocé-lo? Ainda de acordo com 0 seu famoso livia Principios matematicos da Filosofia Natural, Newton ‘enunciou assim a 2? lei: “A mudanga do movimento € proporcional a forca motriz impressa, e se faz segundo a linha reta pela qual se imprime essa forca.” E, na sequéncia, escreve o seguinte comentario: “Se toda forca produz algum movimento, uma forca dupla produziré um movimento duplo e uma tripla, um triplo, quer essa forca se imprima conjuntamente e de uma vez 36, quer seja impressa gradual e sucessivamente.” No caso do caixote, uma forca dupla praduziré um “movimento duplo"! A experiéncia evidencia que uma mesma forca produziré diferentes aceleragdes sobre corpos com diferentes massas. Uma mesma forca provoca uma aceleraco maior numa bola de futebol do que numa bola de boliche. Do mesmo modo, quanto maior a massa de um corpo, mais forca serd necesséria para produzir determinada aceleracao. Para compreender melhor esse fato, imagine uma experiéncia em que um compo € sujeito, sucessi- vamente, a diferentes forcas resultantes F,, Fy, .. F, que produzem, respectivamente, aceleragGes a,, 3, Fob courFeota Efetuando-se 0 quociente entre a intensidade de cada forca resultante e da respectiva aceleracdo tem-se: = habe =h=4=consane a a © quociente mostra que, duplicando o valor da forga resultante, 0 valor da aceleracao duplica; triplicando o valor da forga, o valor da aceleragio triplica, e assim sucessivamente. Dessa experiéncia, conclui-se que a constante k mede a resisténcia que o corpo opie ao ser acelerad, isto 6, mede a inércia do corpo. A constante k é denominada massa inercial do corpo (k = m). Desse modo, para corpos de mesma massa, a aceleracao é diretamente proporcional & forca resultante aplicada e tem a mesma direcao e © mesmo sentido que cla O fato de que a relacao entre a forca resultante aplicada a um corpo e a aceleracao adquirida pelo corpo € constante e igual a m é expressa pela relagao. f, = mm, ou seja, Fy = m= a a Esta férmula é conhecida como 2? lei de Newton ou principio fundamental da dindmica, que em médulo fica: F=m-a ‘em que: + Fg médulo da resultante de todas as forcas que agem sobre o corpo; i i © m:massa do corpo; o |e ; + a:médulo da aceleracio adquirida. & CAPITULO 9: Forcae movimento 129 A aceleragao de um corpo é diretamente proporcional 3 forca resultante que age sobre ele, inversamente proporcional a sua massa e tem a mesma direcdo e 0 mesmo sentido da forca resultante. A.unidade de forca no $1 é 0 newton (N), que corresponde 3 forca necesséria para acelerar a massa de 1 kga1 mst. TN=1kg- 1 mis? PENSE E RESPONDA > Um carrinho esta sob a acdo de uma forca resultante F constante, como mostra a figura. nies da chavo, pela aco Ga fore constante sobre ee , soerasare a. eee ca steven cee pare see = So catonnm Boe A partir de dado instante e durante um certo intervalo de tempo, chove verticalmente sobre 0 carrinho. Descreva a velocidade do cartinho antes e depois da chuva. Ja precisa de uma intensidade ou médulo, A forca é uma grandeza vetorial. Portanto, para ser defi uma direcao e um sentido. Acompanhe 0 exemplo a seguir: Paulo e Francisco aplicam forcas de 3 Ne 4 N sobre uma caixa de 50 kg que se encontra num chao liso, Podemos dizer 0 que ocorre com a caixa? Depende da direc3o e do sentido da aplicagao das forcas na caixa. Por exemplo, se as forcas tiverem a mesma dire¢ao e 0 mesmo sentido: ANF =44+3 FR =7N an Pela 2* lei de Newton, temos: F, = ma => 7 = 50a => a = 0,14 mvs* Tudo se passa como se houvesse apenas uma forca de 7 N que arrasta a caixa na direc3o horizontal, da esquerda para a direita, com uma aceleracao de 0,14 mis*. Se, por acaso, as forgas forem aplicadas & caixa na mesma diego, mas em sentidos opostos: an Pela 22 lei de Newton, temos: Fy = ma => 1 = 50a = a = 0,02 mis? Nesse caso, 6 como se houvesse apenas uma forca de 1 N arrastando a caixa na direcao horizontal, da esquerda para a direita, com uma aceleracao de 0,02 mis?. 130 UNIDADE 4: Dinamica Se as diregdes das forgas aplicadas a caixa formassem um Angulo de 30°, por exemplo, a caixa seria arrastada na diregdo da forca resultante. Para encontrar 0 médulo dessa resultante, usamos a lei dos cossenos. aN 3N Fy = iP FFE + 2FF, cos 30° = fy = [4+ 3 2-4-3-0,87 =Fy=6,78N Pela 2° lei de Newton, temos: F, = ma = 6,78 = 50a =3 a > 0,13 mvs? sses resultados nos do apenas a informagio sobre a intensidade da forca resultante e da acelera- cao que agem sobre a caixa. Para conhecer de forma precisa a direco e o sentido da forga resultante, devemos adotar os seguin- tes procedimentos: 1) Escolhemos diregdes convenientes para os eixos x @ y. y FON) 2") Decompomos as forcas nos eixos x e y. y y 3 2 E : F,, =F, + cos 30° = 4+0,87 =3,48N ,* €08 0° F,, =F, +sen30°=4-05=2N F,, = F,+sen 0 3%) Adicionamos as componentes nas direcdes x e y, respectivamente. FL=F,, + FF, = 348 +3 F, = 6,48N FF, +6, 96, =2+0=F, =2N 49) Calculamos o médulo da forga resultante. 54) Determinamos a diregao da forca resultante. izando 0 teorema de Pitdgoras, ter l A diregao é dada pelo Angulo 0 que F, forma com 0 eixo x. Logo: fs Fz = 6,48? + 2? =F, ~6,78N go= P= g0= 2, ig9~0315 30 =arctg 0,31 0 = 17,3 CAPITULO 9: Forgae movimento. 134 A caixa seré arrastada com uma forca equivalente a cerca de 6,78 N em uma diregdo que faz um Angulo de aproximadamente 17,3° com 0 eixo x. Assim, resumidamente, pode-se dizer que a resultante z das forgas que agem sobre um corpo 6 a forga que resulta da soma vetorial de todas as forcas aplicadas sobre ele. Essas forgas podem ter diregdes diferentes, O efeito delas, é dinico e determinado. Tudo se passa como se 0 corpo itaclo por uma tinica forga. ssa fora tinica, capaz de produzir 0 mesmo efeito que 0 de todas as forcas reunidas, denomina-se forca resultante F, ou, simplesmente, resultante. PENSANDO AS CIENCIAS: Fisica e Matematica A Matematica e a Fisica O livro da natureza nao pode ser lido até aprendermos sua linguagem e nos tornarmos familiares com os simbolos no qual esté escrito. E ele est escrito em linguagem matematica, e suas letras s40 tridngulos, circulos e outras figuras geométricas, sem as quais € humanamente impossivel compre- ender uma Gnica palavra e hé apenas um vagar perdido em um labirinto escuro (GALILEI, 1623). Nas palavras de Galileu esté contida uma das mais importantes contribuigdes da revolugao cientifica dos séculos XVI e XVII: a constatacdo do papel das ideias matematicas na descri¢ao do mundo natural Nao se trata meramente de quantificar grandezas iisicas, mas de compreender a importincia da Matemitica na expressio das leis fisicas, o que aumenta o poder de previsio a partir dessas leis, solidifica seus fundamentos e permite 0 entendimento de seus efeitos. De acordo com o fisico Paul G. Hewitt, “a ciéncia e as condicdes de vida humana avancaram significativamente depois que a ciéncia e a matematica integraram-se ha uns quatro séculos. Quando as ideias da ciéncia sio expressas \ \V ‘em termos matemsticos, elas no s4o ambiguas”. WV As consequéncias dessa mudanga refletiram-se na prépria Matematica, que passou a ter na Fisica uma das mais fortes if ynezpuadtes W fontes de inspiragao, situac3o que perdura até o presente. ij TN ‘Agora responda 11. No seu livro Didlogo sobre dois maximos sistemas do mundo ptolomaico e copernicano, Galileu Galilei usou a ilustragéo ao lado para explicar o movimento retrogrado de Jupiter quando visto da Terra. ‘Como essa imagem representa o pensamento de Galileu sobre como devemos interpretar a Natureza? Galleu defende que a Natureza deve ser estiada empregando a inguagem matemstica de tangles Circus ota hgutes Geametias,Alguns deses derentos fora tiados pare expla © mouirertO Fevorpede de unter. porta, alinguagem metemétca elutow eestor uma qvestan fica 132 UNIDADE 4: Dinamica EXERCICIOS RESOLVIDOS ay 2. Um corpo de massa 4 kg tem velocidade de 12 m/s em uma superficie lisa e horizontal. A partir de certo instante, atua uma forca constante de 2 N em sentido contrario a velocidade, retardando 0 movimento. Quanto tempo 0 corpo leva para parar? Resolugéo Quando 0 corpo para, sua velocidade fica igual a zero. A forca tem o sentido contrério ao sentido do movi- mento. Logo: Fy=ma=-2=4-asa=-05mis O tempo que 0 corpo leva para parar ¢ igual a vey, tat30=12-05tat=245 © compo leva 24 s para parar 25 movimento a | 3. Um velejador de massa 60 kg sobe em seu barco, de massa 100 kg, e apés percorrer 25 m em movimento retilineo uniformemente acelerado, por causa da agZo do vento, atinge a velocidade de 18 km/h. Qual 0 valor da forga resultante aplicada ao barco durante seu movimento acelerado? Resolucao De acordo com 0 enunciado, a velocidade inicial v, do barco é nula © apés percorrer 25 m (As ~ 25 m) sua velocidade € de 18 km/h (v = 18 km/h = 5 m/s). Assim, sua aceleracao é igual a: viewt2adss5=0'+2+a+25> = 25=50:asa=05 m/s? Como a massa do conjunto barco mais velejador € igual a 160 kg (100 + 60), 0 valor da forga aplicada a0 barco ¢ igual a: F,=maF, = 160-0,55F,=80N 2.310 Howe que pos amaty ‘quarto mac a acobratao procs EXERCICIOS PROPOSTOS A fora resultant aus em sentido oposo 20 do reximento. 6. Vocé observa um automovel que se move retil- neamente numa avenida. Se a velocidade do automével vai diminuindo, © que podemos dizer sobre a forca resultante que atua sobre ele? 7a) No a foxes restate define 9 sentiso 7. Responda: #3 cleracioantoo sentido da a) Um corpo desloca-se sempre na direcao ¢ sentido em que esta orientada a forca resul- tante que age sobre ele? ) Forgas de mesma intensidade produzem a mesma aceleracdo quaisquer que sejam os Corpos a que se apiquem? a acleraco 8. Um objelo experimenta ume forca constante acelera a 8 m/s*. Qual ser& a aceleragao deste objeto se: a) a forca for reduzida & metade? a. b) a massa for reduzida & metade? 16 1s ©) a forca e a massa forem ambas reduzidas & metade? 8.ns* 9. Uma forga constante exercida sobre um bloco A 0 faz acelerar a 5 m/s*. Exercida sobre um bloco B, a mesma fora faz acelerara 3 m/s*. Aplicada a.um bloco C, ela o faz acelerar a 8 m/s?. AUFen-aene$ ellelm .) Qual dos blocos possui a maior massa? E a menor? Explique. by Qual a razao entre as massas dos blocos A e B? 10. Os esquemas a seguir mostram um barco sen- do retirado de um rio por dois homens. Na fi- gura (1) sao usadas cordas que transmitem ao barco forcas paralelas de intensidades F, ¢ F,. Na figura (Il) s4o usadas cordas inclinadas de 90° que transmitem ao barco forgas de intensi- dades iguais as anteriores. F cn tose de Ate Wy Sabe-se que, em (I) a forga resultante transmitida 20 barco tem intensidade de 70 N e que em (tt), tem intensidade de 50 N. Determine as intensida- des das forcas desenvolvidas pelos dois homens. F/=30NeF, = 40NouF, = 40NeF, = 30N CAPITULO 9: Forcae movimento. 133 EXPERIMENTO Queda dos corpos A queda dos corpos esta presente no cotidiano de cada um, ¢ mesmo intuitivamente todos ja anali- samos algum tipo de verificagao na queda dos corpos. Assim, com um simples experimento, poclemos, verificar com um olhar mais critico como Galileu chegou pode ter chegado a suas conclusdes. Material ¥ Folha de papel v Livro & Procedimento 1) Deixe cair um livro e uma folha de papel simultaneamente da mes- ma altura. Verifique qual desses objetos chega primeiro. 2) Coloque a folha de papel sobre o livro e deixe-os cair novamente. Verifique 0 que aconteceu e debata sobre isso. 3) Agora, amasse o papel até moldé-lo numa bolota bem apertada € novamente deixe-o cair junto do livro. Verifique 0 que aconteceu e por qué Agora responda 1. Voce deve ter percebido fatores que interferem no tempo de queda de um corpo em condicoes reais. Cite os dois principais. Resstércia com oar e formato do objeto. 2. Em que condicao esses fatores nao interferem no tempo de queda de um corpo? iowsevo Peso de um corpo Galileu, cientista italiano, considerado como introdutor do método experimental, fez experiéncias sobre a queda dos corpos e mostrou que uma pedra grande e uma pequena largadas simultaneamente de uma mesma altura atingem o solo no mesmo instante. © “puxdo” gravitacional da Terra sobre um corpo em sua superficie ou préximo dela é chamado de forga gravitacional ou forca peso. A forga peso ou simplesmente peso é indicado pelo vetor P. Sua direcao € sempre vertical e orientada para o centro da Terra, Desprezando a resisténcia do at, todos os corpos proximos & superficie da Terra caem em queda livre, com a mesma acelera¢ao, : a qual é simbolizada pela letra g. Assim, a = @. Dessa maneira, se a forca B for a Gnica a atuar no corpo de massa m, podemas escrever: Teper fo F,=m-gsP=m-g toa ee ‘em que g é a denominada acelerag3o da gravidade. Como todos os planetas apresentam forca gravitacional, po- demos falar em peso de um corpo na Lua, em Marte, em Vénus, em Jipiter ete 134 UNIDADE 4: Dinamica A influéncia da resisténcia do ar O meio no qual um corpo esté imerso (ar ou liquido) também oferece resisténcia ao des- locamento. Em geral, a resist@ncia do ar sobre compos em queda nao é desprezivel. Sobre um ‘corpo em queda agem duas forcas: a forca peso P e a forca de resisténcia do ar F. A forga peso é vertical e para baixo, ea forca de resistencia do ar, em sentido contrério ao do movimento, tem numa queda vertical a mesma direcdo, mas sentido contrério ao da forca peso. Se houver a forga de resistencia do ar, 0 corpo nio estaré em queda livre. Nesse caso,a_ forca resultante F, é orientada para baixo € scu médulo ¢ igual a diferenca entre 0 médulo do peso do corpo e 0 médulo da forga de resistencia do ar falotade ate P Entretanto, a forca de resistencia do ar 6 varidvel Seu médulo depende do formato do corpo e do modo como ele se movimenta, da densidade do ar 1a regio em que ele se movimenta e, principalmente, da velocidade desse corpo. oe eit nage ‘A forga da resistencia do ar influencia nos movimentos.. Num salto de paraquedas, quando 0 médulo da forga de resisténcia do ar se iguala ao do peso do paraquedista, a forca resultante se anula, bem como a aceleracao, fazendo-o cair com velocidade constante. Esta € a chamada velocidade limite de queda. No instante em que o paraquedas 6 aberto, a forca de resisténcia do ar aumenta muito, provocando no paraquedista uma aceleracao contriria ao movimento. A velocidade diminui até atingir um certo valor e permanece constante até 0 solo. AAs formas geométricas que reduzem a forga de resisténcia ao minimo chamam-se aerodinamicas Por isso, veiculos como carros, avides e barcos, que se movimentam com velocidades elevadas, tém formas aerodinamicas e superficies bem lisas. Ce Sir, aribos ttm formas aeradindmicas com supericies Has, que ajudam a ences a essttnca da Agua # do ar Fespectnernent. Observe 0 tubardo e o foguete. Vocé acha que por terem essas formas eles levam alguma vantagem quanto a mobilidade? CAPITULO 9: Forcae movimento 135 EXERCICIO RESOLVIDO [ry 4. Dois corpos A e B, de massas m, em relagao ao chao. mem, ‘@ 2m, sdo largados em um mesmo local e da mesma altura @: Despreza-se a influéncia do ar. Por que 0 corpo B nao cai duas vezes mais répido que 0 corpo A? Resolucéo Representando as forcas sobre os corpos 4 e B, temos na figura abaixo: ee Manage dete Usando a 2*lei de Newton, temos: P, = m,g—> P, = mg; P, = m,g +P, = 2 mg Note que a atracao gravitacional da Terra no corpo B € duas vezes maior do que no corpo A, pois P, = 2P,. Se nica da 2# lei de Newton para cada um dos corpos, podemos obter a aceleracéo da queda aplicarmos a de pela razao entre a forga peso e a respectiva massa de cada corpo: Pa m,a, = P, => ma, =a, = Py _ 2Pa _ Pa 2m ~ 2m ~"m Como as razdes so iguais, as aceleragSes dos corpos A € B sao iguais, Portanto, os corpos caem em intervalos de tempo iguais. =f el (ot (05-9 10) 10 Sy LO Lo 12. Sir. 0 corpo pode estar sem aca de gravid A situacao inversa no pode ser posshvel, 0 se tem peso deve haver masse, 11. O que se quer dizer com “queda livre"? fo movimento resutante de aco da grevidade 12. Um corpo pode ter peso nulo e a massa n3o nula? E a situagao inversa, & possivel? 13. Na superficie da Lua a aceleracao da gravidade 6 aproximadamente 1,6 m/s, e na superficie da Terra, aproximadamente 10 m/s*. Quanto pesa ‘na Lua um objeto que aqui na Terra pesa 50 N? an 14. Qual é a forca resultante que atua sobre um corpo de 10 N em queda, enquanto ele softe 4N de resistncia do ar? ow 15. Por que 2o saltar de um galho a outro nas érvores © esquilo voador aumenta sua area frontal? Porque o aumento da aes Hentalelova a resistencia do 2 fazer a vlocidade de queda esr 136 UNIDADE 4: Dinamica ‘© esquilo voador € uma criatura de habitos noturnos que move-se em meio as ‘copas das vores. Essa espécie de esquilo vvoador & uma das mais de 30 existentes nas florestas europeias ‘easidticas. Seu porte & pequeno, medindo aproximadamente 20m, 16. Por que um paraquedista leve cai mais lenta- mente do que um paraquedista pesado que usa um paraquedas do mesmo tamanho? Foxque a fora resukante da diferenca de peso ¢ dierente para os dos paraquedstas opr tai str to de Saipunens ds segue ea 3? lei de Newton ou principio da acao e reacao Mao Imagine-se com os dois pés sobre um skate, em uma superficie plana, lisa e sem obstaculos. Agora, sem se apoiar em nada e mantendo os pés sobre 0 shape, tente se deslocar para a frente ou para trés em linha reta. Como faz falta 0 contato dos pés com 0 chio nessas horas, nao é mesmo? Se vocé tentou fazer isso, deve ter encontrado enormes dificuldades para se deslocar, principalmente se as rodinhas do skate estiverem bem lubrificadas e sem muito desgaste. Ao descer dele, vocé deve ter sentido uma sensacio de alfvio, pois de novo foi capaz de se movimentar nor- malmente, sem dificuldades. Vamos pensar no que houve. Quando vocé estava sobre o skate nao havia como se deslocar, pois as rodas giravam livremente, levando o skate para a frente e vocé para tras ‘0u 0 inverso, sem sair efetivamente 0 conjunto do lugar. O contato dos pés com o solo evita escorregées possibilita empurrar 0 chao para trés, produzindo o movimento de nosso corpo para a frente. Sim! Ao caminhar, ‘ aplicamos uma forga empurrando 0 chao para tras. Podemos dizer que realizamos uma forca de aco sobre 0 chao. Como resposta, 0 chao reage sobre nossos pés, empurrando-os para a frente. Newton explicou assim sua terceira lei “A.uma aco sempre se opde uma reacdo igual, ou seja, as agdes de dois corpos um sobre 0 outro sempre sao iguais e se dirigem a partes contrérias.” Vamos ver como isso se aplica ao jogador de futebol cobrando um pénalti Dd arr Picea aang Para se mover, um skatista e uma i pass ceifarco deen apen i ira orga para bs no he, g 3 j Na bola paad a boa parada¢ } recent um ele ue apleard uma forca pera mové-la. ‘Apés o chute, a bola se move em relacio ao solo, tendo uma inércia menor do que o sistema pé ¢ jogador. Sc em vez de uma bola de futebol houvesse uma bola de boliche, com certeza teramos um jogador a menos nesse time depois da cobranca! Detalhe importante: as forgas de agao e rea¢ao sao sempre aplicadas em corpos distintos, por isso nao podem ser somadas vetorialmente, ou seja, ndo se equilibram. Qualquer uma das forcas pode ser considerada a “aco”, A forca F, » aplicada pelo pé do jogador sendo a outra a “reacdo”. Causa e efeito nao so implicitos, ha Sobre a bola ao chuta-la provoca o uma intera¢3o métua e simultnea. Isso conduziu Newton 20 {BESS etre ten creer principio da acao e reacao. ‘enquanto 0s corpos esto em contato. ‘Sempre que um corpo A exerce uma forca em um corpo B, este reagird exercendo em A outa forca, de mesma intensidacle e diregio, mas de sentido contrério CAPITULO: Forcae movimento. 137 Vejamos outros exemplos aos quais se aplica esse principio. + Suponha duas pessoas, A e B, sobre patins, conforme indica a figura ao lado. Se A empurrar B, verifica-se que ambos se movi- mentam, mas em sentidos contrarios. Quando A aplica em Ba forca F,, » 0 corpo B reage e aplica em A uma forga F, ,- As forcas F, . ¢ Fy, tm a mesma direcao horizontal, sentidos contrérios e a mesma intensidade. + Considere um corpo préximo a superficie da Terra A Tetra exerce no corpo a forca da gravidade correspondente ao peso B. Ao mesmo tempo, 0 compo reage exercendo na Terra uma forga de reac3o — Essas forcas tém a mesma intensidade, a mesma direcdo e sentidos contrérios. toad ae + Quando nadamos, com as maos empurramos a 4gua para trés, aplicando uma forca de acio sobre ela. Entretanto, a gua aplica sobre as mos uma forca de reagao de mesmo valor da forca de ago, de modo que nos empurra para a frente. Pale Cha Pavia PENSE E RESPONDA > ATerra puxa a mac para baixo e a macé puxa a Terra para cima. Por que nessa experiéncia sé notamos a variagio da velocidade da ma¢a, ¢ nao a da velocidade da Terra? Fela 34 de New, as foras ca ager sobre a mage aera tn ‘mesma ntensidade Coro amass da mach emt menor docue a Maga em galho. hess da Ter, a 2 de Newer, 3 aceraxdo odusda narra E muito macr do que a produ ra Tera, Por sa s6notamos avareo aveloidade da maga A vaiaglo do velocdade 2 fra & cespreave PENSANDO AS CIENCIAS: Fisica e Tecnologia Auséncia de peso aparente Vemos frequentemente imagens de askonautes fluluondo no interior do énibus espacial ou da Estacao Espacial Inlemnacional falamos deles como se nde tivessem peso. No verdade, a forga do gravidade na alitude em que se ercontia © dnibus espacial néo é muito menor que ra superficie da Terra e, pottonto, © peso dos astronauias 6 quase igual co peso normal; © que os faz fllvar é © fato de que também e330 em bia A Ginica forgo que age sobre uma nave em érbia & a grovidade terreste. Iso significo que o nave es sendo conlinuamente atiaide pata o ceniro da Tetra; podemos dizer que est’ caindo o tempo todo e s6 1nGo se choca com 0 superficie porque possui uma ala velocidade tangencial. Aconlece que o mesmo se aplica a todos os corpes que se enconttam no interior de nave. Se um askonaula sobe em uma balanga, por exemplo, a balanca est caindo coma mesma velocidace que ele, e, poriart, regisia um peso igual ‘a -2610. Logo, a cuséncia de peso 6 apenas aparenie. TREFL, Jomas; HAZEN, Robart M. Fitica viva: uma irodugio & fica conesiud Traduca Ronabio Sérgio de Bias. Rio de Jonere: TC, 2006. v. 1, p. 110. 138 UNIDADE 4: Dinamica 2. Ao suis © nimero mestado ple bola ser mai une vez que é ure foga retake pars cima. O piso, exerendo esa forge sobre 08 us és fae que ees eejam com uma fora eral pea bano, iornando-se mat que a inessdede de fora peso da stuaceo ri 1A blanca tage com uma ferca de gual tensed, a mesma Agora responda recsoe rm sentdo opaa,Poranta a bur qu lazemos a blag {Covesponde a eqnalente em ase da force de each de blanca 41. Ao subirmos em uma balanca, aplicamos nela uma forga na vertical, de cima para baixo e de intensidade Igual a orca com que a gravidade da Terra nos puxa para o seu centro. Por sua vez, 0 que faz a balanca? Explique de acordo com a 3# lei de Newton. 2. Um astronauta em érbita vivencia apenas uma das maneiras de verificar 0 peso aparente. Ha outras situagdes que permitem essa mesma sensacdo. Imagine que vocé esté sobre uma balanca de uso resi- dencial dentro de um elevador. No piso térreo, com o elevador parado, vocé faz uma primeira leitura. Ao apertar 0 botdo para 0 20# andar, voce percebe que na subida a leltura da balanca é outra. Qual é a sua hip6tese: 0 valor registrado é maior ou menor que o inicial? Justifique. 3. Agora pense na situacéo oposta: apés parar no 20° andar, vocé percebe que a leitura da balanca é a mesma que no térreo. Durante a descida, o que acontecerd com o niimero registrado na balanga? Justifique. ‘a descr, 0 numero marcado pel lang rd menor, uma vez que hi uma ferca resultant par bio, Nessa stub, afro ‘im gue presionamos a bales & reduata n interadade oo Yoga resutante peo elvador Ma ese, “conte EXERCICIOS RESOLVIDOS [ay 5. Em cada caso, represente as forcas horizontais que agem no fio e na mola representados nas figuras. a by Home puxando 0 fio. Homem comprimindo a mola Resolugdo BO ne Flaten Se As forcas que agem sobre o fio denominam-se aan sea CRATES forgas de tracao. en Semmes bre amola d 6. No sistema da figura, 05 corpos A ¢ B tém massas respectivamente iguais a 5 kg ¢ 15 kg. A superti onde 8 se apoia ¢ horizontal perfeitamente polida. O fio é inextensivel, e o sistema é liberado a partir do repouso. Admitindo-se g = 10 m/s?, calcule: a) 0 valor da aceleragao do sistema; b) © médulo da tragao no fio que une A e B. CAPITULO 9: Forcae movimento. 139 Resolucao. a) Isolando os corpos A @ 8 e representando as forgas que agem sobre eles: Is ovimonto a u x Aplicando o principio fundamental da Dindmica nas diregSes do movimento, temos: compo A: P, = T= ma compo B: ma Adicionando as duas equagbes, obtemos: Po ssa formula mostra que a forga que produz o movimento dos dois corpos é o peso do corpo A. Substituindo 0s valores, abtemos: P= (m, + ma m,g = (m, + ma 5-10 = 6 + 15a 2,5 m/s? by Da segunda equagdo T = m,a, vem: T = m,a—>T = 15-25-37 = 37,5N 7. Um homem que pesa 700 N esta num elevador de 300 kg de massa, que se desloca verticalmente para cima, em movimento acelerado, com ace- leragio de 0,5 m/s?. Considere g = 10 m/s a) Qual o valor da forca que o homem exerce no piso do elevador? b) Qual o valor da tracdo que o cabo de sustentacao exerce no elevador? Resolucdo 2) lsolando 0 homem eo elevador: 4 Ri Ai; fga peo homem aterce na piso do lavador peso do bomem peso do elovador fer que o cabo de sustntagdo exerce ro elevedor ‘movment | ‘A massa do homem m, & dada por: P, = m,g = 700 = m, - 10 => m, = 70kg © peso do elevador P, & dado por: P, = m,g = 300-10 P, = 3000N Utilizando a 2! ei de Newton, para o homem: N, ~ P, b) Aplicando a 2! lei de Newton, para o elevador: T=N,~P, = (m, + mJa=+ T — 735 ~ 3000 ~ (300 + 70) - 0,5 = T= 3920N mg = N, ~ 700 = 70-05=N, =735N 140 uNIDAvE 4: Dinamica 18. A combust dos gases provoca uma rani eco destes pela turina do foguete. 0 foguete age scbre os gases da comousizo, frcando-s ver talent para balio, eos gases reagem a esa fora, impubionando o foguete pare cima. | EXERCICIOS PROPOSTOS | IOS PROPOSTOS para sas (ace). Senultaneamente, 3 rodova emp os es para frente Veatac 17. Um carro acelera numa rodovia. Identifique forga que move o carro. 18. Identifique a forca que impulsiona um foguete. — Langamento de foguete com énibus espaci 19. Como um helicéptero consegue sua forca de sustentagdo? Mics do hlcopter force oa para baeo: ia snr pero cao fnguibonandoo hekopto gars 20. Descreva a forca de reagao para cada uma das seguintes forcas de ago € indique 0 objeto sobre 0 qual ela atua, fore a1oi0 erartacona! a) A forga gravitacional da Terra sobre a Lua. 5) A orga elétrica de um elétron sobre um prston. fovea da avec etica do proton sobre o een, ©) A forca exercida pelo polo norte magnetico de um ima sobre 0 polo sul de outro ima. ‘force cxerada peo bolo Sul sebre e ole norte do mer ind d)A forca que as moléculas de ar exercem so- bre a camara de um pneu cheio. ‘force da cama sobre as moletas ea 21. Trés blocos idénticos so puxados, como mostra a figura, sobre uma superficie horizontal sem atrito. Se a forca F tem intensidade constante igual a 60N, qual a intensidade da tracao nos fios? zone don SS 22. A figura mostra duas forcas horizontais atuando em um bloco apoiado em um piso sem atrito. ering te an SN ado ca feta 23. 24, 25. $2uma terceita forga horizontal F, também age sobre 0 bloco, determine a intensidade © a orientacio de F, x 0 bloco esti a) em repouso; 2, para a esquowia. b) se movendo para a esquerda com uma velo- cidade constante de 5 m/s. 2N, pave a esquerde. Aocalegao trast snes, Ae B S80 dois blocos de massas, respectiva- mente, 6,0 kg e 4,0 kg, que esto em contato e se desiocam, sem atito, num plano horizontal Sobre 0 bloco A age a forca horizontal F, de intensidade 25 N e sobre o bloco B age a forca horizontal Ede intensidade 5,0 N Determine: 2) a acelera¢do dos blocos; 2 =i? b) a intensidade da forga que A exerce em B. 135 Um elevador de peso 10000 N sobe com velo- cidade constante de 2 m/s, quando é freado para em 2 s. Determine a tracdo no cabo do elevador (adote g = 10 m/s"): 2) antes da frenagem; 10000) b) durante a frenagem. sooo (UFT-TO) Uma pequena esfera de chumbo com massa igual a 50 g 6 amarrada por um fio, de ‘comprimento igual a 10 cm e massa desprezivel, € fixada no interior de um automdvel conforme a figura, O carro se move horizontalmente com aceleracio constante. Considerando-se hipoteti- ‘camente o Angulo que 0 fio faz com a vertical igual a 45 graus, qual seria o melhor valor para representar 0 médulo da aceleragao do carro? Desconsidere 0 atrito com o ar, € considere 0 mé- dulo da aceleracao da gravidade igual a 9,8 m/s’. = ae a) 5,3 m/s b)8.2 m/s xO 9,8m/s d)7.4 m/s? €) 68 m/s? CAPITULO 9: Forcae movimento 144 3. Forca de atrito Langando um corpo sobre uma super verificamos que ele acabars parando. Durante 0 langamento, por meio da interacdo ‘com a mio da pessoa, 0 corpo adquire uma velocidade ‘que é redluzida gradativamente com o movimento. 1380 ignifica que, enquanto 0 corpo se move, adquire uma aceleracao cujo sentido é oposto ao do seu movimento. De acordo com a 2* lei de Newton, conclufmos que deve haver uma forca contréria ao deslizamento do corpo, a qual recebe o nome de forca de atrito (F,). Sempre que a superiicie de um corpo tende a escorregar sobre a de outro corpo, um exerce sobre © outro (principio da ago e reac3o) uma forca de atrito tangente as superficies de contato. _- horizontal, ‘movimento —representapio das foreae = Note que a forsa a vans ee de atrito sobre comme cada corpo tem B sentido oposto, culas A causa do alrito esté na interacio entre as molé situadas nas superficies em contato. Essa adesdo superficial ‘corre porque nos pontos de contato as molkculas de cada superficie esto tio proximas que passam a exercer forcas intermoleculares. Assim, nos pontos de contato é como se as supericies fossem “soldadas a frio”. Oattito pode ser reduzido com 0 uso de lubrificantes. © leo do motor de um automével, por exemplo, tem ae dupla funcao: contribui com a refrigeracdo durante seu Soldagem a fro, Pera romper as funcionamento e principalmente com a lubrificagio das pegas ees faa meen e que se movem dentro do motor. Sereno A placa de cima esta deslizando paara a direita em relacdo & placa de Na regio dos pistes, que se deslocam dentro dos cilindros, 0 6leo é espirrado por bombas, garan- tindo, assim, que 0 atrito entre as superficies de metal seja reduzido, diminuindo o desgaste do motor. Se a bomba ialhar ou 0 dleo vazar completamente, 0 motor funde pelo superaquecimento decorrente do atrito entre as superficies das pecas que se movem dentro dele. Se no motor a lubrificacdo 6 essencial, na pista 6 acidente certo. Quando um carre ou uma moto realizam uma manobra em pista com agua, areia ou dleo, o atrito € muito reduzido, fazendo que a pessoa perca o controle sobre 0s comandos do veiculo, que mantém seu movi- mento por inércia. O atrito esta presente em quase todas as situacées e, ‘como vimos, pode ser titi! ou nocivo. Uma pessoa nao poderia andar se ndo houvesse atrito entre o calgado e 0 solo. O pé da pessoa empurra o solo para tris (-F,), este empurra 0 pé da pessoa para a frente (F,) 142 uniDAade 4: Dindmica Se nao houvesse atrito, os veiculos nao poderiam iniciar o movimento; as rodas girariam sem avangar. Nas indiéstrias, usam-se esteiras para transporte de material, como, grios de trigo ou limalhas de ferro. las conseguem fazer isso porque ha atrito entre sua superficie e o material que ¢ transportado. Sem atrito, 0s biscoitos escorregariam na esteira, Atrito estatico Considere um corpo, inicialmente em repouso, sobre uma superficie horizontal, no qual aplicamos uma forga horizontal f= _| Fran fact mpm: Se ee tauudente Sea intensidade de F nao for suficiente para mover o corpo, ela estard sendo equilibrada por uma forga de atrito F,, contrari a F, exercida sobre a base do corpo pela superficie de apoio. Experimento andlogo a esse foi realizado pelo engenheito e fisico francés Charles Coulomb, em 1785, quando trabalhava na construcdo do Fort Bourbon (Martinica). Mantendo a dirego e o sentido de F e aumentando gradativamente sua intensidade, Coulomb determinou experimentalmente a forga minima necesséria para tirar 0 corpo de sua posicao de equilfbrio estatico. Essa forga minima, que tem 0 valor da maxima forca de atrito, é chamada de forga de atrito de destaque (arranque). Coulomb também publicou varios tratados sobre eletricidade e magnetismo. Assim, a intensidade da forca de atrito varia de zero (quando nao hi solicitagao de movimento), até um valor maximo (quando o corpo comega a se mover). Observe que a forca maxima de attito estatico é igual A forca motriz minima para iniciar 0 movi- mento. Por esse processo, Coulomb confirmou trés leis sobre o atrito jé estabelecidas por Leonardo da Vinci € ainda estabeleceu uma quarta, que veremos a seguir. As trés primeiras leis verificam que 0 médulo da forca de atrito: 14) independente da drea de contato entre as duas superticies; 2") depende da natureza das superficies de contato; 34) 6 proporcional 3 forga normal. Com base na 3? lei, 6 possfvel obter uma expresso para a intensidade da orga de atrito estatico: A constante de proporcionalidade m,, depende da natureza das superficies em contato ¢ denomina-se coeficiente de atrito est CAPITULO: Forcae movimento. 143 Atrito dinamico ou cinético No estudo do atrito estatico, vimos que para fazer um compo entrar em movimento, numa super- ficie plana, temos de aplicar uma forga motriz mi- rnima maior que a forca de atrito estatico, No entanto, a experiéncia mostra que, para manter 0 corpo em movimento, podemos aplicar uma forga de menor intensidade do que a forca de atrito estatico. A forea de atrito com 0 corpo deslizando é denominada forga de atrito dinamico ou cinético. As trés caracteristicas determinadas por Leonardo da Vinci para 0 caso estatico valem também para (© caso em que hé movimento entre as superficies em contato. &, de forma semelhante, podemos obter uma expresso para a intensidade da forga de atrito dinamico: movimento i. = em que: + ny Coeficiente de atrito dinamico. A 4? lei determinada por Coulomb estabelece que 0 atrito dinamico independe da velocidade. Considere, por exemplo, a ago de empurrar um carro. Inicialmente fazemos ceria forga e vamos aumentando-a até que 0 carro comece a se movimentar, A partir desse momento, a forca que fazemos para empurrar o carro é menor do que aquela que fizemos quando 0 carro estava parado. g © homem apica uma forgano caro (Figura 1) at vence a forga de att eststica, om caro em movimento (Fgura), a forgade ato continue existindo, porém & menar,o que reduz 9 esforo do homem Em termos industriais, o atrito dificulta o funcio- namento das méquinas, pois produz calor, reduz a eficiéncia e provoca o desgaste das pecas. Para dimi- nuir 0 atrito, utiliza-se uma camada fina de lubrificante entre as duas superticies méveis em contato. Os lubri ficantes mais usados so os liquidos, principalmente 0s derivados de petréleo (6leos minerais), por serem mais baratos e féceis de aplicar. Os lubrificantes Ifquidos devem ter um nivel de viscosidade suficientemente alto para aderir aos corpos em contato, mas no ele- vado demais a ponto de acarretar perda de energia. Dentre 0s s6lidos, os mais conhecidos so 0 grafite e otalco. ‘Maquina com engrenagens lbriticadas Stbpetrshtestackcon 144 UNIDADE 4: Dinamica PENSANDO AS CIENCIAS: Fisica e Cidadania Acessibilidade nas calcadas No Brasil, existem diversas leis que regulamentam a padronizacio de passeios publics (calcadas) de casas e comércios. Essa padroni- zacdo garante 0 acesso e a seguranga dos pedestres que circulam pelas cidades. Na cidade de Sao Paulo, Decreto n* 45.904, de 2005, regula- mentou que as calcadas paulistanas devem atender a algumas normas, tais como 0 uso de pisos adequados, especificacdes de largura, inclinagao e faixas de seguranca, a fim de que possibilitem o acesso de todas as pessoas. ssa foto de passeio pabico O calgamento usado deve ter rugosidade adequada e pi localizado na Avenida Paulista, em derrapante (coeficiente de atrito adequado) que impeca acidentes, $40 Paule: & um exemple ce calcada i ‘4 a pees "que atende as especificagbes de ‘como quedas e escorregamentos, especialmente em dias de chuva. _seguranga e aceso a pedestres. iste Sobre pestle pubic haus Gade esbonence soe eros ‘Agora responda — Gaosem que ex rormassjam lathes ou poor expressive, propor soies ‘ages do pode pace 4. Faca uma pesquisa e descubra quais regulamentacGes para padronizagao de passeios piiblicos esto em vigor em sua cidade. Investigue se ha normas sobre a utilizacao dos materiais que compem as calcadas, bem como condig&es de acesso a idosos e pessoas com deficiéncia fisica e mobilidade reduzida. 2. Muito provavelmente voce jé deve ter visto em lugares pablicos ou de grande circulacZo um piso especial para cegos. Descreva como é esse piso e como isso ajuda na movimentacao dos portadores de cegueira. © aso ¢ charac “podota”e conte em una faa destcada ro chio, em ques posse sent com os és ou com a bergala sallencas de forme clindrica. Em ponies de ctuzarento nos ais ¢necessaio Par €axkionada uma faa ne perpersiculr. Dessa forma, os cegos podern se sentir mas Seguros nos seus desloarerit, EXERCICIOS RESOLVIDOS ay 8. O bloco da figura term massa igual a 8 kg e repousa sobre uma su- perficie horizontal. Os coeficientes de atrito estético e dinamico en- treo bloco e a superficie sao, respectivamente, 4, = 0,4e p., = 0,3. Dado: g = 10 m/s? Aplica-se a0 bloco uma forca motriz horizontal F,,. Determine a intensidade da forga de atrito que atua sobre o bloco, nos seguintes casos: ar, =0 b)F, = 10N OF, =50N Danley at Resolugao Vamos calcularinicialmente a intensidade da forga de atrito de destaque que € dada por: Fasc BN = Fosse Ba” P Fy = p.rm+g=0,4-8+10 Fe ge 32N 4) Quando F,, = 0, nao hé solicitagao de movimento, Logo, F,, = 0. b) Enquanto a intensidade da forga motriz néo for maior do que 32 N, o bloco continuara em repouso, 0 atrto serd estitico e a intensidade da forca de atrito serd igual a intensidade da forca motriz. Logo, se F,, = 10N <32N, teremos F, = F, sro tina eae ON. ©) Como F,, = 50 N > 32 N, 0 bloco entra em movimento, e 0 atrito serd dinamico. Logo: F, = uN = Fy = 0,380 F, = 24N CAPITULO 9: Forcae movimento 145

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