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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2003 IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE Aviso A matéria a publicar no “Boletim da Republica” deve ser remetida em cépia devidamente autenticada, uma cbpia por cada assunto, donde conste, além das indicages necessérias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para publicaggo no “Boletim da Repiblica”. SUMARIO Conselho de Ministros: ‘Bier at S003! | nprova 0 Regulamento relativo ao Processo de Aucitoria ‘'Resolugio n° 24/2003: Renova o mandato dos membros do Conselho de Regulagao de abastecimento de Agua. CONSELHO DE MINISTROS Decreto n° 32/2003, de 12 de Agosto ‘Tomando-se necessirio estabelecer os parimetros para a realizagZo de auditorias ambientais, nos termos do disposto nos artigos 18 e 33 da Lei n° 20197, de 1 de Outubro, o Conselho de Ministros decreta: Unico. E aprovado 0 Regulamento relativo ao Processo de Auditoria Ambiental, anexo ao presente decreto e que dele parte integrante. Aprovado pelo Conselho de Ministros. Publique-se, 0 Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. Rogulamento Relativo ao Processo de Auditoria Ambiental ARTIGO1 (Ambito de aplicasio) © presente regulamento € aplicavel a actividades publicas ou privadas, que durante a sua implementagdo, directa ou indirectamente, possam ingluir nas componentes ambientas. ISERIE — Numero 34 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE ARTIGO2 (Conceito de auditoria ambiental) A auditoria ambiental, é um instrumento de gestioe de avaliagio sistematica, documentada e objectiva do funcionamento ¢ organizacio do sistema de gestio ¢ dos processos de controlo e protecgdo do ambiente. ARTIGO3 (Tipos de auditoria ambiental) A auditoria ambiental pode ser piblica ou privada: a) & publica, quando ¢ realizada pelo drgdo estatal competente para o eftito; ») E privada, quando é realizada e determinada plas ; ‘proprias entidades cuja actividade seja potencialmente ‘ causadora de degradacio do ambient. ! ARTIGO4 i (Objecto da auditoria ambiental) | Constitue abjecto da auditoria ambiental, avaliar: |) Os impacts provocados pelas actividades de rotina sobre o ambiente; ') Os riscos de acidentes e os planos de contigéneia para a evacuagdo € protecedo dos trabalhadores © das populagées situadas na drea de influéncia da actividades ©) 0 graude conformagiio do exercicio das actividades de desenvolvimento, com os parametros definidos, para 4 sua implementago, no processo de licenciamento ambiental e sua conformagio com os regulamentos e normas tEenicas em vigor; ) Os niveis efectivos ou potenciais de poluigao ou de degradagio ambiental resultantes da implementagao de actividades de desenvolvimento; @) As condigdes de operago ¢ de manutensi0 dos ‘equipamentos e sistemas de controlo da poluicdo; ‘f) As medidas a serem tomadas para restaurar o ambietite¢ proteger a sade humana; g) A capacitagio dos responsiveis pela operagio ¢ ‘manutenglo dos sistemas, rotinas, instalagbes e ‘equipamentos de proteceio do ambiente e da sade humana; 1h) A gestio e conservagio das fontes de energia, matér prima, da égua; 1) A teutilizagio, reciclagem, redugdo, transporte © climinagao de residuos; J) Os ruidos e vibragBes dentro e fora das instalasdes; 380 1) Aselecgio de novos métedos de produgto e alterago dos métedos existentes, inclusive de processo industrial e sistemas de monitoramento continuo para a redugdo dos niveis de polientes; 1) As medidas de prevengdo e Limitagto dos acidentes, ambientais. ARTIGOS (Competéncias) Em matéria de auditoria ambiental, compete ao Ministério para a Coordenagio da Acco Ambiental: 4a) Promover auditorias piblicas, b) Emitirdirectivas especificas para @ orientagdo dos processos de auditoria ambiental que terio cardcter vinculativo, para as auditorias privadas; o) Registar os auditores ambientsis. ARTIGO6 (Auditoria ambiental piblica) A auditoria ambiental publica serd realizada sempre que o Estado julgar necesséria para as actividades em laboragdo constanies da lista anexa a0 Regulamento sobre o Processo de Avaliagio do Impacto Ambiental, aprovado pelo Decreto n° 76/ 98, de 29 de Dezembro, ARTIGO7 (Auditoria ambiental privada) A auditoria ambiental privada seré utilizada pelos ‘empreendidores, visando conformar os seus processos laborais, ¢ funcionais do seu empreendimento, com 0 plano de gestio ambiental aprovado para 0 efeito ¢ com as imposigdes legais ambientais em vigor. ARTIGOS (Dever de colaboragio) Os responsiveis das entidades a auditar devem prestar toda 2 colaboraco necessaria para o bom desempenho das tarefas atribuidas aos auditores, especialmente no fornecimento de documentagao e¢ informagées solicitadas, bem como facultar 0 livre acesso as instalagdes ¢ locais objecto da auditoria, ARTIGOS (Custos da auditoria ambiental) s custos da realizago de uma auditoria ambiental sto da responsabilidade exclusiva do requerente. ARTIGO 10 (Relatérios de auditoria ambiental) 1. Os auditores deverdo elaborar em duplicado um relatério completo contendo: a) A introduglo ¢ antecedentes da actividade auditada; ) A metedologia usada para a criagdo de consenso entre 08 Varios intervenientes no processo; ©) O sumario executivo, apreciagdo do nivel de conformidade entre 0 plano de gestio ambiental da actividade € os factos constatados; 4) A apreciagto dos resultados das acqdes recomendadas nas auditorias anteriores; €) O relato das desconformidades identificadas ¢ sumério das constatagdes da auditoria e sua anélise; DAs conclusdes ¢ recomendagdes, SERIE — NUMERO 34 2. Umexemplar do relatério sera entregue ao Ministénio para a Coordenagio da Acco Ambiental e o outro a entidade auditada, 3. Acntidade auditada podera publicar o sumirio executivo se tal for do seu interesse. 4, 0 Ministerio para a Coordenagio da Acco Ambiental poder publicar o sumério executivo sobre os aspectos relevantes que contribuam pela positiva ou pela negativa para o ambiente, devendo, no entanto respeiter aquelas informagoes que constituam segredo industrial, 5. As recomendagdes da auditoria sto de cumprimento obrigatério para aentidade auditada ea sua nio observancia sera sancionada nos termos da legislagdo em vigor. 6. 0s relatérios completos dever ser preservados, quer pelas centidades publieas, quer pelas entidades privadas, por um perfodo minimo de dez anos, ¢ colocados sempre que necessério a disposigio da inspecgdo ambiental ou do Ministério Piblico. ARTIGO 11 (Auditores ambientais) 1, Oministério para A Coordenagdo da Ac¢do Ambiental criard ‘um sistema de registo de auditores para a érea do ambiente. 2, $6 poderto realizar auditores ambientais privadas as pessoas singulates ou colectivas registadas nos termos do presente artigo. 3. A emissio do certficado de registo acima referido seréfeita mediante requerimento dos interessados dirigido 4 entidade licenciadora contendo os seguintes dados sobre os auditores a) Nome, nacionalidade, profissio, local de trabalho, residéncia habitual; b) Certficado de qualificagdo académica ou profissional; ©) Curriculum vitae, demonstrativo da sua experiéncia no dominio ambiental pratico; @) No caso deste ser pessoa colectiva, niimero do NUIT para efeitos fiscais; ¢) Prova de seguro profissional colectivo on individual 4, Recebido o requerimento, o Ministério para a Coordenagiio da Acgdo Ambiental emitiré 0 respectivo certificado de registo, ‘num prazo no superior a dez dias, contados a partir da data da sua recepgto. 5.0 Ministério para a Coordenagao da Acgd0 Ambiental, poder exigiracomprovagdo das informagdes fornecidas plo igeressado, 6. 0 certificado de registo seté pago nos termos do disposto no artigo 12 do presente Regulamento, ARTIGO 12 (Taxas de licenelamento de auditores ambientais) ara efeitos de registo de auditores ambientais nos termos do disposto no artigo anterior, sero cobradas as seguintes taxas: 4) Pelo registo de auditores ambientais, a titulo individual, ser cobrada uma taxa no valor de 1 000 000, OMT; 5) Pelo registo de auditores ambientais, a titulo colectivo, ser cobrada uma taxa no valor de $ 000 000,00MT. ARTIGO13 (Responsabilidade dos auditores ambientais) Os auditores ambientais so, civil e criminalmente, responsiveis pelas informagdes que fornegam no relatério da auditoria ambiental. 20 DEAGOSTO DE 2003, ARTIGO 14 (Intracgées e sangbes) 1A obstrugo ou embarago sem justa causa, a realizagio das atribuigdes cometidas as entidades referidas no presente Regulamento sera punida com uma multa entre 20 000 000,00MT .60.000000,00MT. 2.0 exercicio de actividades de auditor ambiental, sem observincia do disposto no artigo 11 do presente Regulamento, seri puntido coma pena de mutta de 20 000 000,00MT, semprejuizo de outras sangdes previstas na legislagdo geral em vigor. ARTIGO15 (Graduagio das multas) 1 Agraduagao da mula prevista, no iimero 1 doartigo anterior, atendera 4 gravidade da acgo que constitui infracgo, as circunstincias atenuantes a gravantes. 2. Constituem circunstancias atenuantes da infracgio: @) O arrependimento do infractor, manifestado pela cexpontinea mudanga de atitude do infractor; {) A pronta colaboragio com os agentes de autoridade. 3. Constituem circunstincias agravantes da infracgio: 4@) Areincidéncia na pritica de infracgio; b) Oexercicio pelo agente da infraccao de cargo de dieogo ou chefia na entidade a auditar. 381 ARTIGO16 (Destino dos valores cobrados) Os valores das taxas e multas estabelecidas no presente Regulamento tetio 0 seguinte destino: «60% para o Oreamento do Estado; ) 40% para o Fundo do Ambiente (FUNAB), ARTIGO 17 (Actualizagto das taxas e multas) Os valores das taxas e multas previstas neste R egulamento serio actualizadas, sempre que se mostrar necessirio, por Diploma Ministerial conjunto dos Ministros do Plano e Finangas e para Coordenagao da Acgdo Ambiental. Resolusiio n® 24/2003 de 12 de Agosto Nos termos dos n® 2 ¢ 3 do artigo 6 do Decreto n° 74/98, de 23 de Dezembro, 0 Conslho de Ministros determina Unico. & renovado 0 mandato dos se guinles membros do Conselno de Regulagio de Abasteimento de Agua Manvel Joaquim Carilho Alvarinho, Presidente; — José Dias Loureiro; e = Anténio Femando Lace, Aprovada pelo Conselho de Mi os. Publiquesse. (0 Primeico-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi

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