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Pla 4.1_Demanda e curva de carga Demanda Em uma instalacio predial qualquer (industrial, comercial, residencial, entre outras), a poténcia elétrica instantanea consumida (ver Figura 4.1) — a poténcia ativa — 6 varidvel em fungie do niimero de cargasliga- das eda soma das poténcias consumidas por carga. Para fins de projeto de uma instalagio elética, é mais conve- ste trabalhar com um valor médio da poténcia, ¢ uti- 3-50 a demands (D), que é 0 valor médio da poténcia, ativa (P) em um irtervalo de tempo (A) especificado (geralmente At = 1/4 b= 15 min, ou seja, Pkwy 0 nejamento da instalacdo i: pe D af Pi) «dt (4.1) como mosia a Figura 4.1. A definiggo dada pela Expressio 4.1 indica que a demand € medida em unidades cle potércia ava (W, kW). Pode-se também detinic uma demandla eativa, Dy (var, kva), © uma demanda aparente, D, (va, kVA), obi das por: Dy=D- tg ae \ 4.2) * cos ® fo Pay ej ekwh) = Taear Av st — cameras jure &.1 = Cova de carga. defnigio da demands D 104 Instalacoes eltricas onde €0 angulo cujocosseno é 0 fator de poténcia da instalacao elética. ‘A frea entre 2 curva P(t) @ 0 eixo dos tempos & a energia consumidha pela instalagio no intervalo conside- tado. De acordo com 2 Figura 4.1, pela pripria defini. «Go de demanda, a irea cinza é a energia ¢ consumida durante At, ou seja, e=pear= [rea 43) Curva de carga Define-se curva de carga como a curva que apresen- ta a demanda em funcio do tempo, D()), para dado periodo T (ver Figura 4.2). Na verdad, ela é constituida por patamares; no entanto, & maie comum apresenté-la como uma curva, resultado da unio dos pontes médios das boses superiores dos retingulos de largura At. Para tum periodo 7, a ordenada mixima da curva define a demanda méxima (Dy). energia total eonsumida no periodo e é medida pela érea entre a curva o eixo dos tempos, ou seja, Yr ep= [Dea (4.4) ‘A demanda média (D,) definida como a altura de tum retangulo cuja base € 0 perfodo Te cuja area é a energia total (67), ou seja, a (4.5) Pn como mostra a Figura 4.3. ‘A demanda média & em outras palavras, a demanda constante que uma insialacao elétrica deve apreseatar para, no periodo considerado, consumir uma energia igual & que 6 consumida em funcionamento normal. Para estudlos e anilise do desempenho de instalacies, prediais, a curva de carga didria (ou seja, para T = 24 hy €a mais comum, uma vez que cada tipo de instalacdo pot ou A /<— Do ~y ‘af Figora 4.2 Cora de carga da: demondor ui uma forma caracteristica para sua curva de carga digria, Por um lado, a curva didria tipica de um prédio de eseritirios & diferente da de um prétio de apartamen- tos, e ambas sio diferentes da dle uma inddsiria quimica, Por outro lado, em instalacdes situadas em regides onde: as estacdes do ano sio bem-diferenciadas, as curvas de carga tipica variam conforme a 6poca do ano. E importante ebservar que os coneeitos de demanda @ cana de carga apresentados valom no s6 para uma instalagio (como um todo), mas também para os diver- 03 setores considerados em uma instalagio, para um cireuito apenas ou mesmo para um conjunto de equipa- mentos elétricos. € comum indicas, com a curva de carga, a poténcia instalada da instalagio ou do setor considerado, como & apresentado na Figura 4.3. 4.2 Fatores de projeto Fatores de projeto sio 0s iatores ullizads durante 0 projeto de uma instalacio elérica, mais precisamente na fase de quantifcacdo (ver Secdo 4.5), para a determina- ao das demandas maximas dos diversos setores da ins- talacdo e da demanda maxima global. Nesta secio, sio apresentadlos os fatores de ulilizaci0, de demand e de diversidade, bem como suns definigdes e caractersticas. Na Secio 4.3, serdo analisados os detalhes de sua pli- cacao pritica aprosentacla, também nossa socio, a definigao do {ator de carga, que, embora nio seja expeciicamente uum fator de projeto, pode ser utilizado no planejamento da insalagao (por exemplo, quando for necessiri esti mar a demanda média ou 0 consumo de energi). Fator de utilizagéo No regime de funcionamento cle um equipamento de utilizagao pode ocorrer de a poténcia efetivamente absorvida seja inferior 3 respectiva poténcia nominal. E, por exemplo, o caso dos motores elétricos, suscetiveis de funcionar abaixo de sua carga plena. O fator de utile zacao (u} 6 definido, para um equipamento de utiliza do, como a razéo da poténcia (maxima) efetivamente absorvida (Py) — também chamada de poténcia de tra- balho —, para sua poténcia nominal (Py), cu seja, w= it 46 onde, logicamente, u = 1. fator de utilizagao, ctado em muitas normas euro péias ea antiga NBR 5410:1980, 96 pode ser aplicado 10 projeto quando ha um perfeiio conhecimento do equipamento e de suas condigces dle uso. Emivora esse fator nao tenha sido incluido nas edigbes posteriores da noma, ainda pode ser util em situagoes especificas. DiKw) Pt Dip Koos 2 Copitule 4 Flanejomento da instalagao 105 Demands meéxima Poténcia instalada xb) 4 Figura 4.3 = Curva de cargo e poténda instolodo Assim, em uma instalagio industial usual, o& equips- mentos a motor apresentam, geralmente, fatores de utili zagio na faixa de 0,3 a 0,8; para tais equipamentos, a exemplo de outras normas, a NBR $410:1980 admitia, na falta de indicagao mais precisa, 0 uso de u = 0,75. Por sua vez, para os aparelhos de iluminagéo, para equi- pamentos de aquecimento e de arcondicionado, a norma recomendava que o fator de utilizago fosse sempre con- sicerado igual a 1 E muito importante observar que, se mal-aplicado, 0 fator de utilizagao pode conduzir ao subvimensionamen- 10 de circuitos terminals e de distrivuigao). Portanto, seu lemprego deve ser cercadfo de todo 0 cuidado. Fator de demanda fator de demanda de um conjunto de equipamen- tos de utiizacdo (g’ é definido pela NBR IEC 6(050 (826) como a razio entre a soma das poténcias nominais dos equipamentas — de um conjunto de equipamentos de Ltilizag3o suscetiveis de funcionar simuitaneamente em determinado instante — e a poténcia instalada do cor- junto, Geraimente, o instante considerado & aquele co: respondente & demanda maxima da instalagio ou da parte dla insalagao que alimenta 0 conjunto. Define-se também 0 fator de demanda da instalago ou de parte da instalecao (g’) como 2 razio entre a poténcia de alimeniacio, ou da parte considerada da insialagao, ¢ a respectiva poténcia install, Por sua vez, a poténcia de alimentago (de uma insta- lagao ou de parte de uma insialagao), Dy, & considerada a soma das poténcias nominais de todos os equipamen- ‘os de utilizagéo existentes ou previstos na instalagao, ou ra parte considerada da instalaao, suscetiveis de funcio- nar simultaneamente. A poténcia de alimentacio deve correspender 3 demanda maxima presumics de uma ins- talagio, ou co uma parte da instalagio, em um perfodo do 24 horas. ‘A poténcia instalada (de uma instalagie, de uma parte da instalacio ou de um conjunto de equipamentos de utilizagéo), Py € & soma das poténcias nominais de todos os equipamentos de utilzagao existentes ou pre- Vislos ne instalagio, na porte consicerada da instalagio ‘ou no Conjunto de equipamentos consideredo. Dessa forma, temos: D, 8p 47) Esse jator, eempre inferior & unidade, deve ser aplica~ doa ‘pontes ce cistribuicio" da instalacio, isto é a qua- dros de disribuicdo em geral. Leva em corta a provavel, nao simultaneidade no funcionamento dos equipamen- tos ligados a um ponto de cistribuicio e, nessas condi ‘GBes, sua aplicacio exige o conhecimerto detalhado do tipo de instalacao que esté sendo projetad Seja uma instalaclo elétrica, seja um setor de uma instalagéo, constituida(o) por trés conjuntos de cargas, A, B eC (por exemplo, motores, iuminagio e tomadis de ccorrente), Caca Conjunto possui sua poténcia instalada e sua curva de carga didria, ¢ as demandas miximas (Dara, Day Dye) OcomeM Nos instartes tq, ty © te, respectiva- mente, como mostra a Figura 44. (05 fatores de demand dos setores A, Be C, sio, res- pectivamente: Dun Duc Pose 106 Instolagses eltricas Figura 4.4» Curves de corga dos conjunios de cargas A, Be C de uma indialogio © curva de carge total ‘A curva dle carga total 6 a soma das tiés curvas € apresenta uma demanda mixima Dy no instante 7 Entio, para a instalagao ou setor considerado, € possivel definir um fator de demanda g’, que seré a Pu, ok onde Pi é a potéacia instalada total, que 6 igual & soma das poténcias instaladas dos conjuntos, ou seja, Prag = Pisa + Pras + Perc Para determinar a demanda maxima, Dy, das potén- cias instaladas dos conjuntos de cargas,é necessaro defi nit, para cada conjunto de cargas, 0 fator de demanda pratico (g), definido como a razéo da demanda do con- junto (D}) no instante em que ocore a demanda maxima total Dy, instarte 7, para a poténcia instalada do Conjunto (Py), OU seja, (48) A demanda méxima da instalagio ou do sevor consi- deraclo pode ser escrita, para n conjuntos de carga, como: 4.9) Se + Pass No caso apresentado na Figura 4.4, temse: fatores de demanda priticos: demanda maxima total: Dy = D'y + Diy + De= Bat Pina + 80° Pron + 80 * Poste EXEMPLO A tabela a seguir mostra um exemplo de céleulo de ‘demanda, dos fatores de demanda priticos e da deman- ‘da m&xima total, com base no que foi apreseniad ante- riormente. Nesse caso, o fator de demanda global da instala- ‘cio seré igual a: 25 47 0,457 cae de) Paw i kW) | Dini) | veawy | gh= ran & 81 Paw 1 (KW) a 7 > is B 5 a5 093 a5 20 8 0,75 8 47 (os 215 Em geral, 08. projetistas nio tém disponiveis os valo- res do fator de demand prético, pois essa técnica nio é usual. Os fatores de demanda tipicos sé0 observados e colocados em tabelas para o uso em planejamento e pro- jetos de novas instalacées. Fator de diversidade Note que, na Figura 4.4, as demandas maximas da insialacao e dos setores A, B e C nao ocotrem a0 mesmo tempo, mas em instantes distintos, uma vez que ha uma diversidade de consumo de energia em cada trecho da insialagao elétrica. Desse modo, define-se 0 fator de diversidade (d) para um ponto de distribuicao de energia como a razao da soma das demandas miximas dos diversos conjuntos de cargas ligadas ao ponto (yy) para a demanda méxi- ma do ponto de distibuicio (Dy), ou seja: Sdn Du (4.10) a onde o fator de diversidede €, logicamente, m igual a1. No exemplo anterior, tem-se: 0+ 14 + 1 aso hat Assim, a demanda maxima de uma instalagao ou de tum setor de uma instalagdo do ponto de distribuigao (geral) da instalacdo ou do setor, & qual estdo ligados Conjuntos de carga, 6 dada por: Su a (aa) Dy Fator de carga fator de carga, 6, &definido para uma insalagio como a razio da clemanda mécia, Dy, para a demenda méxima (Dy) da instalacao, em dado perfodo 7, ou sein (4.12) serdoc <1 ‘A Figura 45 mostra uma curva de carga e indica a demanda média, D,, €a maxima, Dy. Trace a reta que une 0 ponta 0 ao ponto A, situado sobre o eixo vertical tracado na abscissa T, na altura cor respondente & ordenada Dy. Essa reta cruzaa correspor- dente D,, ro ponto B; desse ponto, baixase a vertical que enconta 0 eixo das abscissas no ponto C. Chama-se a abscissa OC de tempo de utilizacao, t,, Dos triéngulos semelhantes OBC e OAD, pode-se escrever: Capitulo 4* Flansjemento do instalagso «107 De, € Du ‘A Dal 4 G © D ~— aad Figura 4.5 * Tempo de uilizacto oc _ Bc 0D ~ AD ouseja, te Ds fy Dw 1 7 5 (4.13) Entao, da Expresso 4.12, tem-se: enw (4.14) Das expressdes 4.13.6 4.5, obtém-se: ep = Dye T= Duy (4.15) onde ay & a energia elétrica consumida pela instalagio ro perfodo 7. ‘A Expressio 4.15 mostra que 0 tempo de utilizagéo {G,) €0 tempo no qual a instalagio deve funcionar com a «lemanda maxima, para que © consumo de energia seja igual ao consumo referente ao perfodo (real) de funci namento. A Expresso 4.14, por sua vez, mosira que © fator de carga pode ser definido pela relacio enire 0 tempo de utilizacdo e o perfodo de funcionamento. Da Expressao 4.12, multiplicando o numerador € 0 denominador pelo perfodo Te considerando a Figura 4.5, terse: Dus T Du tea FGDO, frea EADO (4.16) ‘A &rea FGDO corresponde & energia consumida, é no periedo T, e a érea FADO, corresponde & energia, xe que seria consumida duranie T, caso fosse mantida a demanda maxima, Dy. Assim, da Expressio 4.16, tem- 2 (417) ey eeentio (418) 108 ——_Instolagses eltricas ‘onde o fator de carga pode serinterpretaclo como um fator percentual da energia consumica. Em outras palaveas, a instalagio s6 consome uma porcentagem igual a com vez do consumir com a demarda mixima mantida durarte 9 period. © fator de carga dependle do tipo de instalagio e do periodo considerado. Manta a demanda mixima, quan- to maior 0 perfodo, menor o fator de carga. Em geral, 0 fator de carga dirio (T ~ 24 hy, considerado 0 valor médio para 0s dias éteis, € 0 mais usodo. Consilere agora a instelagio cuja curva de carga dié- ria € @ mostrada na Figura 4.6 Seja fy 0 tempo de funcionamento (em horas) da ins- talagao. Em relagao a fy € possivel definir uma deman- dda média Dy, urn tempo de utilizagao f,, € um fator de carga cy, das expressbes 4.12 € 4.13. Das Dye ie a 19) Para. um periodo de 24 horas, tem-se uma demanda média Dy < Dn um tempo de utilizacio fs € um fator de carga disrio es <¢y, que é dado por: Daa he Dy 2 (420) © consumo difro sed, da ExprestB0 4.15, igual a: #7 = Dula = Duta a2 do qual se em que: ia = ta (422) Pode-se ainda escrever, das expressdes 4.18 e 4.20, que =a te (423) ou, entdo, bt Dy 7 Dnt \ Dra —, ah! Figura 41> Garg operons om im did never an Portanto, BE (424, essa maneira, © fotor dle carga disro 6 igual a0 pro- duo do fator de carga relative ao tempo de funcionamen- to ditvio pela elacio entre esse tempo de funcionamento © 24 horas. EXEMPLO Considere uma indiisiria na qual o consumo mensal de enezgia elktvica gira em tomo de 50.611 kWh, cuja conta indica 275 kW como a demanda maxima. A Indstria funciona, em média, 16,25 horas por dia & 25 dias por més, ‘A energia consumida (em média) em um dia seré Igual a: _ 50.611 ar 3s A demanda média relatva a0 tempo de funciona- 2.024,44 kWh mento (i, = 16,25 hi serd, da Espressio 4.15, igual 2: 2004.44 = 12438 hW Teas 7 12S (© fator de carga relativo ao tempo de funcionamen- to sera, da Expressio 4.19, igual a: 12% = 0,453 = 453% a= 275 Para 0 fator de carga didirio, tem-se, da Expresso 307 = 30.7% ‘A demanda média dria serd igual a: 1307 » 275 = 84,42 kW Dua = 6 Dy = 4.3. Poténcia de alimentaséo e corrente de projeto Poténcia de alimentagao Como vimos anteriormente, a poiéncia de amenta- 40 deve cortesponder & demanca maxima presumida cdeuma instalagdo, ou de uma parte da instalagio, em um peciodo de 24 horas. De acordlo com a NBR 5410, a determinacao da poténcia de alimeniacio é essencial para a concep¢a0 econémicae segura de uma insialacao, dentro de limites adequados de elevecao de temperatura e de queda de tensdo. Na determinacdo da poténcia de alimentacao, devem ser computados os equipamentos de ul ser alimentados, com suas respectves poten nals e, em seguida, consideradas as possibilidades de no simultaneidade de funcionamento desses equipa- mentos, bem como capacidade de reserva para futures ampliagées. Na elaboracio de um projeto de insialagio elétrica, deve cee determinacla a pokéncia de alimentacio de cada tum dos pontos de distribuicio, «ja do ponto de alimen- tagio de toda a instalagio (quacko de distribuigao geral, dos quadros terminais, soja dos quadros de distribuigso intermodisrios. Desses valores, serio dimonsionados os condutores © 05 dispositives de protecio dos diversos cireuitos de distribuicio. Considere um ponto de distibuigio dle uma insiala- Ge a0 qual estejam ligados, em diversos circuitos, Conjuntos de cargas, cada um com uma poténcia insta- Jada. Pigg um fator de demand prético g; € um fator de poténcia cos +, e m cargas incividuais, cada uma com uma poténcia nominal de entrada Py, e um fator de potencia cos @, A poténcia de allmentagao do porto & igual az Pam Bhi Bit Dery (425) e 2 correspondente poténcia (de alimentacao) reativa, igual a: n= SPs 2+ SA, 426 ‘A poténcia de alimentagao aparente do ponto de dis- tribuicao 6 igual a: Sa= VPA OR (427) ‘A Figura 47 apresenta uma carga com 0 consumo real estimado na hora da porta. © fator de poténcia do ponto de distibuicio, em condigdes de demanda mixima, 6 igual a (428) Corrente de projeto ‘A corrente de projeto (fy) do circulto de distribuiga0 que alimenia © ponto de carga ¢ igual a Fla Pu QueSr a cond Figura 4.7 = Porto de Capitulo 4 Flanejomento da instolagao «109 i _, ry Sy by (4.28) cos @ Uy conde Uy & a tensio nominal do circuito e ¢ 6 um fator que vale V3 pata os circuitos wifisicos e | para os cir= Cultos monofésicos. Poténcia nominal e fator de poténcia No projeto de uma instalagio, para determinar a poténcia de alimentacio dos diversos quadros de disti- buicdo — ou seja, des diversos setores dla instalecao, incluindo © quacro geral, cyja poténcia de alimentagdo 6 a de propria instalagao como um todo—, € necessario cconhecer a poténcia nominal e 0 faor de potencia de todos 0s pontos de utilizacao prevstos, como: Pontos de luz (aparelhos de iluminacio). Pontos de tomachas ou pontos de uso especticn (onde ‘io ligados, geralmente, equipamentos fixos) Pontos de tomadas de uso geral (onde so ligados, fem geral, equipamertos estacionirios, méveis ou portites). Devem-se corsiderer: 1a cs pont de ho vad eu pot de to cepectico, a potncia nominal dle entrada 00 for 4 potincia nominal o emulpamerto previo pa ter ligado. Ta pct rch de ns pe in pine pio, «cade tome ever ser atibutdes« potencia hatin de entade eo fo" de potncia de equip Fens psc nr penne Wo ge © Quadro 4.1 apresenta os valores tipicos de rendi- mentos de lémpadas. Uma ver determinadasas poténcias nominais de vir pontos de utilizacdo, podem-se obter, 20 somélas, as pPoiéncias nominais corresponclentes e as poténcias instala- das dos diversos conjuntos de cargas. Somando esses valo- res cem as poténcias nominais das cargas individunis exis- tentes em cada setor, 6 possivel obter as poténcias dos dliversos stores ea pténciainstalada global da insialagio. Para calcular as diversas poténcias dle iluminacio, dlovem-se utilizar as expressies 4.25, 4.26 e 4.27, apl ccando crteriesamente os fatores dle cemanda priticos Fatores de demanda Aeescolha dos fatores de demanda a serem utilizados 1no projeto de uma instalacao elétrica deve levar em con- sideracdo, no caso mais geral: As alividades previstas para os diversos locais do prédio. 110 Instolagses eltricas Quadro 4.1 = Valores tipicos de rendimentos de lampada: A determinagio da poténcia nominal dos aparelhos de iluminago, bem como sua quantidade e localizagao, deve, em prinefpio, ser obtida de um projeto espectfico de iluminagio (ver Capitulo 16). Para 0s aparelhos de iluminagao incandescente, @ poténcia nominal a ser considerada € a soma das poténcias nomi~ nis das lampadss. Para os aparelhos de iluminacdo & descarga (com limpadas a vapor de mercirio, fluorescentes, a vapor de s6dio, entre ‘outras), a soma éas poténcias nominais das limpadas corresponde a poténcia de safda. A poténcia de entrada do cir- cuito das limpadas, devem-se considerar as perdes nos reatores ou transformadores e as correntes harménicas: 0 ren dimento jé leva em conta esses fatores, Esses aparelhos apresentam os seguintes rendimentos: Vapor de sodio a baixa pressio: de 0,7 a 0,8 ™ Vapor de sodio a alta pressao: 0.9 = Fluorescente: de 0,54 a 0,83 Vapor de meresrio: de 0,87 20,95 ™ odeto metilico: de 0,9.a 0,95 Os valores tipicos do fator de poténcis dos aparelhos de iluminagdo A descarga so 0,5 para os aparelhos no compen- sados e 0,85 pare os compensados. * O funcionamento previsto para os diferentes equipa- Imentos de utilizagao. No caso especifico de equipa- mentos de aquecimento e de reirigeracdo, devem ser consideradlos os fatores climsticos. As possibilidades de aeragio de layout de equipa- Imentos, isto 6, a flenibilidade necesssria nos diversos setores do prédio, no que diz respeito aos circuitos. As condigées econémicas locais. ‘A adogio de fatores de demanda muito baixos conduz 20 subdimensionamento do circuito que ali- menta 0 ponto de distribuicdo considerado. Esse fato, em principio, causard problemas principalmente na hora do pico do consumo cuja corrente real seré maior que a projetada. Como tempo, esse sobreaque- cimento diminuiré a vida itil da isolacao, colocando Tobela 4.1» Valores tipicos do fator de diversos tipos de instalacoes. em risco toda a instalagao. Por sua vez, a utilizagao de um fator de demanda maior que a reai produz um superdimersionamento da instalacao eltrica, cue, do onto de vista da seguranca, é timo, mas penaliza 0 lado econémico. ‘A Tabela 4.1 presenta os valores tipicos dos fatores dde demanda giobais e dos fatores de carga difrios para varios ramos de atividade. As tabelas 4.2 a 4.6 mostram 0s valores tipicos dos fatores de demanda priticos em diversas situagBes e so os resultados da experiéncia de companhias concessionérias e de projetstas. Em particu- lar, S30 mostradas algumas tabelas da concessionéria AES Eletropaulo, mas isso deve ser tomado pelo leitor apenas como exemplo. £ importante destacar que essas tabelas podem nao ser adequadas em algumas situacbes, tendo em vista as particularidades da concessionsria de demanda’ ‘do fator de diario (| " ee de carga ic Varet Ramo de aiividade da empresa Earagio de minerals T= Pedra [__ Poténcia instalada [nen 2 -Esarey & mince nao op Wels GUO inerago de aril, inerais: exiragio de areia; extragio e beneficiamento de Ai 200kW {alco e xisto). ‘Aca de 200 kW ost | 033 Produtos minerais ni metilicos 1 — Britamento de pedra (britamento de granito; britamento de pedras: pedreira e ore ‘AN 300kW oas| ous 2 = Aparelhamento de pedras, marmore, grinito, sewaria de granite Ost | 039 ai = 3 ~ Fabricagiio decal. aa a 162 | O74 4 ~ Cerimica (sem especificagio). [079 [022 0.62 | 0,38 (continua) Capitulo 4 Flanejomento da instolacao (continuacao) Ramo de afividade da empresa Poténeia instalada |g | ¢ Ceramics — _ oa Aw 75 kW 024 '5~ Cerdmica de tijlos, thas e elhdes eine 1 ac 5 ieee ‘Aig OKW 021 6 Cerda de manihas,asociads ov nio a tetas, njotas, tubose conendes, EE ECR Te a 7 = Cerimica de ljotas. associads ou no a Hols, telhas,tubos © gus 024 8—Cerimica de refinttios 037 5 7 ‘i ‘Ate 250 KW 039 9~ Pisos ceramicos,vitrfiados, esmaltados,larilhose pastilhas Sa Se as 10=Lougas € porcelnes. 048 11= Cetliica de material vazado,assaciado ou ni a outras cermicas 024 Aa hele einai insta Gn ine clas as loss 13 Fabrieagio © elaboragio de video (de fibras de vito, frien do garrafas, vidraria) par | 98! 14= Maagem de pé cals, mineragao e mcagem de Galeario, p6 calsario) | Ate 1OOKW 075 | 015 ‘cima de 100KW 065 | 0.30 Metalurgia 1 ~ Metalurzia (metalursia,reducio e refino de cobre, fundigio, recuperacio de | Até 300kW 028 | 0.22 metas) ‘Acima de 300 kW 037 | 043 Za Lamina Swany roar | 029 3= Metalurga: diversos (fabrica de arames,esquadtias mtalicas,artefates de | A 150 KW 028 | 0.16 eta, armagies e estraturas metélicas, sertalharias,cutearia) ‘Acima de 150 kW 025 | 031 Mecaniea 1 Fabrigdo de méquinas operatizes (indistria de maquinas pesadas, fundigio de | Axé 500 kW 025 | 0.23 idquinas,indstria mecdnia, incstria de mquinas e equipamentos,inds- tra de miquinas-erramentas) ‘cima de 500 kW 025 | 037 2 - Fabricago de méquinas agricoles (lbricagio de arados, de pogas de watores © de maquinas,implementos e ferramentas agrcolas) 8) 92 ‘3 Indsria de ferramentas agricoles e inddsrias mecanicas diversas (pregos, correntes, panelas, caldeioes,frigiceins, emzadas, emadbes, peneitas, 048 | 0.19 adutadeirs) Materiais elétricos e de comunicacées 1 = Indstia e transformacores ¢ equipamentos eltricos 034 | 033 2 ~ Fabricago de material eléieo e de comunieagées:diversos (ndistra de ‘eletrofones, geradores, equipement elevador de carga, centroleseléricos, os haves elétiens, vélvuhs, insalagéee tormelétrieasindustiais) Material de transporte — FE (iin ca ie wena pm coment ds Bryan ia Go 2 = Indstria de rodas 035 | 025 3 — Indstria de escapamentos 048 | 028 4 Indstria de feies para vefeuls (autopegas) & lanternas 023 | 034 '5= India de tanques (anques,basculantes,reboques, carreras) 022 | 0.19 (6 Indstria de earrocerias 047 | 0.20 ‘T= Indstria de carinhos de bebés oai | 0.23 8 = IndGstria de mancas © buchas 044 | 0.25, (continua) 112 nstolagses eltricas (continuagao) Ramo de atividade da empresa gle Madeira “T= Serraria'€eampinaria Oar [O18 2 = Fabricagio de material de embalagem (rica de cxixas de madeira, de embelagen Reales cde madeira, palha de madeira para embalgem) 3 ~ Fabricagio de artigos de madeira e laminagio de madeira (cabides, eruzetas de | Até 100 KW 039 | 019 ‘madeira arefetos de madeira, ports, janes, tacos, dormentes,tanoaria) | Acima de 1OOKW | 0.25 | 023 Mobiliavio — _ - - — 1 = Feébrica de méveis (mdveis de madeira, de fémmica esto colonial, mévels para] Até T20 KW 080 [019 esert6rio) ‘Acima de i20kW [0.30 | 028 2 Fibrica de m6veis coftes de ago 0.24 | 028 3 — Fabrica de méveis etofados 0.@ | 023 Celutose, papel papelio [Are 100KW 031 [O31 | ~ Fabrica de papel e papeido (indsstrss de celulose, papel, cartotina, papelio, | Acima de 1OOKW eat | 5 4 | g 55 papel miolo, ppetio ondulado, saco de papel) 1.000 kW a ‘Acima de 1000 kW | 0,62 | 066 Borracha, quimica e produtos farmactuticos e veterinarios ‘Aig 300 KW ‘Acima de 300 KW 013 = Indiéstri € usina de asfalto ea = Diversos (india de adubos, prodrosfarmacGicos, quimicos,weterinaios, Pirsbcticos incline; pe telco per freedicidh, paca 6 reueslage Areftos de boracha tinta para madeira, cera para assealho, tnturs text 040 | 037 ‘xiao de tanino, Glo lbsficant, devadon de price, india de intl 608, esas at Gouros e peles ‘Ais 1OOKW 048 [027 1 Inder de plo, comme nda de ou ‘cing # TDKW eat | 29 | 21 ‘Acima de300kW | 0.45 | 043 Produtos de matéria plastica [Ai 150KW O34 1 = Indistia de plistico (beneficiamento de plistco ¢ espuma) zi0 [3350 | 3800 | 28370 |-a2.10| 077 8 358 [3.10 | at80 [2187060 | or 30 3052 [#620 a0 | san70 [seco [0 0 ane e020| Tons) [ata | 71730 | 084 50 48.73 73,80 127,90 528,50 915,50 0.84 % 31 [e810 | 152.09 [tne [1.09570 [0s 3 7328 [ 10939" | 189.79 is00 | — 085 100 95,56 144,80 250,80 1,619.00 085 3 rigs | 17730-| —s07a0 116270" | 201400 | oe 150 rags [21490 | sro sso 2ni70[ oss 700 1508] 28610 | 499,10 [19360 | sas8n0"[ oss 7 056 390 | 300 [zr [1400 | 088 g[_ 2 31 077 710 350 31.00 | 1600 | 0.66 ra a 067 a A a £ [5 1a 235 2140 10.70 96.00 O71 : Bar| 397] ane [ass | a0 on3 sz [ aut] | 2 as € 08 equipamentos de eletslise, as méquinas injetoas © Previséie de cargas de iluminagao 2s extrusoras de pléstico etc : # ‘A demarda, em BVA, deses equipaménss poe se; © tomadas em locals destinados 4 habitagao determinada considerando-se 100 por conto da pot cia, em WVA, do maior equipamento e 60 por cento da No caso de locais desinados & habitagio — a¢ uni- poténcia, em KVA, dos demais equipamentos somados. _dades residenciais (casas ¢ apartamentos) ¢ as acomode- (Ges (apartamentos) de hoiéis, flats, mots e similares — a determinacao da poténcia instalada e da poténcia de alimentacao pode ser feta, segundo a NBR 5410, consi- deranclo-se as seguintes condicées Huminaséo ‘A poténcia de iluminacao minima de dado local & obiida em fungao da érea (S) = Para $ = 6m’ adote-se 100 VA. ™ Para $ > 6 m’ adota-se 100 VA pare os primeiros 6 me soma-se 60 VA para cada 4 m inteiros. Pontos de tomada ‘© nimero de pontos ce tomada deve ser determina- do em fungio da destinacio do local e dos equipamer- tos elétrcos que poem ser nele utilizados, observando- se no minimo os seguintes crtérios: = Em banheitos, deve ser previsto pelo menos um pponto de tomada préximo ao lavaiério. "Em cozinhes, copas, copas-cozinhas, éreas de servigo, cozinhasirea de servigo, lavanderias e locais andlogos, deve ser prevsio, no miitro, um ponte de tomacla para cada 3,5 m, ou fragao, de perimetro, e acima da bance- dada pia devem ser previstas, no minima, duas tomades de cortente, no mesmo ponto ou em pontos distintes. 1 Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, admitindo-se que o ponto de tomaca no seja ingalaco na prépria varand, mas préximo a0 seuacesso, ‘quando a vararda, pr razdes construtives, no comportar ‘oponto de tomada, quando sua drea for inferiora 2m ou, ainda, quando sua profundidae for inferior a 0,80 m. = Em salas e domitsrios devem ser previstos pelo ‘menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou frac3o dle perimetto, devendo esses. pontos ser espacaclos ‘30 uniformemerte quanto possivel. Particularmente, 1no caso de salas de estar, deve-se atentar para a pos- sibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentago de mais de um equipamen- to, sendo recomendavel equipé-lo, porianvo, com a ‘quaniidade de tomacdlas julgada adequada. Em cada um dos demais cOmodos e dependéncias de habitagao devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada, se a érea do comodo ou dependéncia for igual ou inferior a 2,25 my (admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao comodo ou dependéncia, a até 0,80 m no méximo de sua porta de acess0). Se a érea do cémodo ou dependéncia for superiora 2,25 m? e igual ou inferior a 6 m’, deve ser previsto um ponto de iomaca. € se a drea do cémo- do ou dependéncia for superior a 6 m, deve ser pre- vito um ponto de tomadh para cada 5 m, ou fracdo dle perimetro, devendo esses pontos ser espacaclos 0 uniformemerte quanto possive. Copitulo 4 Flanejomento de instolagao «119 Quanto a poténcia a ser attibuida a cada ponto de tomada, ela é fungio dos equipamentos que © ponio poderé vir a alimentar e nio deve ser inferior 20s sea tes valores minimos: = Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, reas de servico, lavanderias e locals anilogos, no rinimo 600 VA por ponto de tomada, até tiés pontos, .€ 100 VA por ponto para os excedentes, consideran- do-se cada um cesses ambientes. separadamente. Quando 0 total ce tomadas no conjunto desses ambienies for superior a seis pontos, admite-se que 0 critério de atribuicao de poténcias seja de no minimo {600 VA por ponto de tomadh, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, sempre conside- rando cada um dos ambientes separadamente. | Nos demais cémodos ou dependéncias, no minimo 100 VA por ponto de tomada, ‘A NBR 5410 indica que em exda cOmioto ow dependencia deve ser prevsto pelo menos um ponto de luz xo no tto, ‘omandado por interrupter. No entanto, admite-se que © onto de luz fixo no jeto seja substituido por ponto nia parede em espagns vob escad, depésites, despensas,laya- bose varandss, desde que de pequenas dimensbes € onde a colocagio do ponto no teto seja de diffe exezugio ou ‘lo conveniente, Além disso, nas acomodagées de hots, mots e similares, pode-se substitu © ponte de luz fixo no teto por tomscla de comrente, com potéacia minima de 100 VA, comindada por interuuptor de pared. Poténcia de alimentacao de iluminaséo e tomadas ‘Appoiéncia de alimentacao de iluminagio e tomadas pode ser calculada por Pa= (Poon * Poel + Pay (430) instalaca de iluminacio. ~ = poténcia insialada de tomadas de uso geral. ™ g = fator de demanda relacionado na Tabela 4.2, em fungao da poténcia instalada de iluminacio e toma- dis de uso geral Pam + Py 5 Px.) = soma das potencias nominais dos equipamenios especiticos. Deve'se ainda observar que: Ofator de poiéncia das cat dlerd do tipo de limpada utiizada. Como geralmenie ‘io utilizadas.lampadas.incandescentes, 0 mais ccomum 6 adotarse um fator igual & unidade. Para ‘outros tipos de Limpadas, ver Quadro 4.1 1s de iluminaco depen- 120 Instolagses eltricas © O fator de poténcia atribuido as tomadas de uso geval 6 quase sempre, igual a 0,8 induti © Para ainstalaczo global, no caso de iluminagio incan- descente, adota-se o fator de poréncia 0,95 indutivo. Em projetos, para © dimensionamento de circuito, com respeito as tomadas de uso geral, observe que, quando se airibui certa poténcia aparente a uma tomada de uso geral, como 100 ou 600 VA nos lecais de habita- fo, considera-se, na realidade, um fator cle utilizagao. ‘Assim, por exemplo, para uma tomada de 10 A em um circuito de 127 V, a poténcia nominal é igual a 10 x: 127 = 1.270 VA, € 0s fatores de utilizacao serio: + pan tcova = gore «ras ccovn «oar EXEMPLO Calcule a poténcia instalada de um apartamento ppatirdo de um prédio residencial com as seguintes depen- dlencias e respectivas dimensoes (em metros Hall de entrada 2x2 * Salas (conjugadas) 5x8 ® Varanda 15X53 * Lavabo 15x 15 © Distribuiggo 2x55 = Dormitério. 145.x4 "= Banheiro 1 252 ™ Dormitério 2 35x4 "= Banheiro 2 2x2 ® Dormitétio 3 45x45 ® Copa-cozinha 45X35 Area de servigo 3x53 Quarto ce empregada 2x25 Banheiro de empregada 2X15 Esto. previstos os seguintes pontos ou pontos de tomadas de uso especifica: Aquecedor de agua (central) de 300 litros, ou 2.000 W, na drea de servigo ™ Chuveiro de 6.000 W no banheiro de empregada "= Exausior de 300 W na cozinha ' Foro de microondas ce 1.200 VA (cos = 0,8) na cozinha ® Lava-louca de 2.800 VA (cos = 0,8) na cozinha ™ Tomeira eltrica de 5.000 W na cozinha ™ Lavadora de roupa de 770 VA (cos & = 0,8) na érea de servigo ' Secadora de roupa de 5.000 W na drea de servic ™ Trés aparelhos ar-condicionador de 10.000 BTU/h, 1,400 W cada, um por docmitério, (@) Os valores minimos das cargas de iluminacao sic Hall: 100A © Salas: 40m? = 6m? + 8X 4m? +2 m? 100 + 8 x 60 = 580VA © Varanda: 100 VA * Lavabo: 100VA © Disirbuicao: 11m? 100 + 1.x 60 = 160 VA ® Doimit6rio 1: 18 m? = 6m? + 3X4 m* 100 + 3 x 60 = 280VA © Banheiro 1: 100VA ® Dormitério 2: 14 m? = 6m? + 2X 4m? 100 +2 x 60 = 220VA © Banheiro 2: 100VA ® Dormitério 3: 20,25 m? = 6 m? +3 X 4m? + 2,25 m? 100 + 3 x 60 = 280VA © Copa-cozinha: 24,75 m’ = 6m? +4 x 4m? + 2,75 m? _100 + 4 x 60 = 340 VA Area de service: 16,5 m? = 6m? + 2X 4m? + 2,5m'___ 100 +2 x 60 = 220VA ® Quarto de empregada: 100 VA ® Banheiro de empregada: 100 VA. m+ 1x4 #1 me ‘Os resultados estao na Tabela 4.7, (b) Determinagao da quantidade e poténcia dos pontos cde tomadas de uso geral: * Hall: 1 © Salas: 265 - 600 VA. © Varanda: 1___1 x_100 = 100 VA © Lavabo: 11 x10 ® Distribui = 300A ® Doimitério 1: 175 = 3,4 4__ 4 x 100 = 400 VA ™ Banheiro 1: 1____1 x 600 = 600 VA ® Domiério 2: 15/5 = 3__3_3 x 100 = 300VA ® Banheiro 2:1 _1 x 600 = 600VA ® Doimitério 3: 18/5 = 3.6 4 x 100 = 400 VA © Copa e cozinha: 20,5 =5,7__6 __@ X_ 600) + Gx 100) = 2.100 VA © krea de servico: 178,5 = 4,8 3 X 600 +2 X 100 € 2.000VA ® Quarto de empregada: | ___1 100 = 100 VA ® Banheiro de emprogada: 1___1 x 600 = 600 VA Os resultados estéo na Tabela 4.7. (@ Determinacao da poténcia insialada: © Muminagio Phun = 2.760 X 1 = 2.780 W # Tomadas de Uso geral Pry = 0.300 0,8 = 6.640 W Dimensies Tuminagio | Tomadas de uso geal | Tomadas/pontos de uso espeifco Dependincias| Krea [Perimetro| Néde |Poténcia| Ni de | Poténcia ; Potincia (=) |) pontos (VA) | puntos | (vay Dsevisio ow) Hal 4 |= a = = Salas 0 | % ys | 6 | oo = = Varandia 7 |= [10 [1 | 1m = = Lavabo 25 | a = = Dsirbuigio | 1 | IS a = = Dosmitério 1 | 18 7 2 280 4 | 400 Ar-condicionado 1.400 Bunteiro! | 5 | — 2 | wo | 1 | oo = = Donnitéio? | 14 | 18 1 20 | 3 | 30) | Ancondicionalo _‘1.a00 Banteiwo2? | 4 | ~ 2 | mo | 1 | 6 = = Donnitéio3 | 2025/18 2 28 | 4 | 40 | Arcondicionado 1400 zs | 20 2 | a0 | 6 | 210 Exaustor 300 Cone | Fomo de miwoondas | 960 ae Laveloujas 2.240 4.000 Arcade ws | 7 ee servigo WW Seeadorade roupas 51000 Ouario _ - empregada | 7 a Banteirode |) iw fr | ao Chuveio aia 175.25 a | 2780 | 38 | 8300 24700 Muminacéo a ipnediaponmds wecepedion 5 Ayy= Pre = 24.700 W ” © Pag = 34.120 (€) DeterminagSo da potincia de alimentagdo conside- rando a Tabela 4.2: * Phan + Pry = 9420W __g=0,27 (Tabela4.2) ™ Da Expressdo 430 P= 9.420 X 0,27 + 24,700 = 27.2434 W Previsdo de cargas de iluminacéo e tomadas em locais néo destinados @ habitacao Asproscriges da NBR 5410 sobre cargas do do @ tomadas em locais nio destinados 3 habitaca0, (estabolecimentos comerciais, industriais, insttucionais ele.) so as seguintes: As cargas de iluminagio (quantidade © poténcia) ABNT NBR 5413, Para os aparelhos fixos de ilumi 2 descarga, a po'éncia nominal a ser consicerada deve incluir a poténcia cas lampadas, as perdas € 0 fater de poséncia dos equipementos auniliares. Pontos de tomada = Em halls do servigo, salas de manutengio e salas de equipamentos, tais como casas de méquinas, salas cle bombas, bartletes¢ locais anélogos, leve ser pre- visto no minimo um ponto de tomada de wo geral, © 0s circultos terminals respectivos deve ser alributda uma poréncia de no minimo 1.000 VA. Quando um ponto de tomada for previste para uso ‘expecifico, deve ser a ele atribuida uma poténcia gual 3 poténcia nominal do equipamento a ser 122 Instolagses eltricas alimertado ou & soma das poténcias nominais dos equi- amentos a serem alimentados. Quando valores precisos no forem conhecidos, a poténcia atribuica ao ponto de tomada deve seguir um dos dois seguintes critérios: poténcia ou soma das poténcias clos equipamentos mais potentes que 0 ponto pade vir a alimentar, ou a peténcia deve ser ealeulada com base na comrente de projeto e na tensio do circuito respectivo, ® 0s pontos de tomada de uso especifico devem ser localizados no maximo a 1,5 m do ponto previsto para a localizacao do equipamento a ser alimentado, * Ospontos de tomada destinados a alimentar mais de lum equipamento devem ser providos com a quant: dade adequada de tomadss. Como verificado nas prescrigdes anteriores, 2 NBR 5410 nao faz nenhuma referéncia especifica a quantida- de e poténcia minimas dle pontos de tomadas de uso geral, em locais nao destinados & habitacio. Isso no ‘eria muito sentido, tendo em vista que a quantidade e a poténcia das tomadas dependem do tipo de ocupacio dos diversos locas. Quanio 3 iluminecao, geralmente o projeto especi 0 6 indispensével. No entanto, para os pontos de toma- das de uso gor, as sugestbes roferentes a escritirios ¢ lojas a seguir podem ser titeis em muitos casos: Para escritérios comerciais ou locais similares com Srea igual ou inferior a 40 mr, 2 quantidade minima de tomadas de uso geral deve ser calculada pelo c \ério, dentre os dois seguintes, que conduzirao maior nimero: Um ponto ce tomada para cada 3 m, ou traci, de perimetro, Um ponto de tomada para cada 4 m’, ou fracao, de area, Para eseritérios comerciais ou locais anslogos com Srea superier a 40 m', a quantidade minima de toma. das de uso geral deve ser calculada com base no seguinte criério: dez pontos de tomadas para os pr meiros 40m? e um ponte de tomada para cada 10 in, ou fragdo, de drea resianie, # Em lojas e locais similares devem ser previstos pon- tos de tomadas de uso geral em quantidade nunca inferior 2 um ponto de tomada para cada 30 m?, ou fraga0, no consideradas as tomadas para a ligagio de lampadas, tomacias de virines ¢ tomadas para a demonstragio de aparethes. A poténcia a ser atribuida aos pontos de tomadas de uso geral em escrit6rios comerciais, lojas e locals similares nao deverd ser inferior a 200 VA por ponto de tomada. EXEMPLO Em um quadro de distribuigse de um local comer- cial io ligadas as ceguintes cargas cujas earacteristicas 830 indicadas na Tabela 4.8: (© quacro 6 alimentado por um circuito de dlstribui- ‘io wifésico GF-N), 127220V. Para calcular as poténcias de alimentagio ativa, rea- tiva e aparente, bem como a corrente de projeto, utili za-se oquadio de carga da Tabela 4.9. ‘Assim ter-se, dos valores calculados na Tabela 4.9: De Expressio 4.25: P, = 20,24 + U1 = 31,24 kW * Da Expressio 4.26: Q, = 1321 + 1.88 = 15,09 kvar Da Expressio 4.27: Vi + 1508 Da Expressio 4.28: Sa BO RVA 31,24 34,69 cos ® De Expressio 4.29: 31,24 x 10° V3 x 220 X09 4.4 Corrente de projeto em circuitos terminais No caso de circuitos terminais, a corrente de projeto & definida, para varias cargas (do mesmo tipo), em funcao das poténcias nominais das cargas alimertadas, Dessa maneira, se Ps, 6a poténcia nominal de uma carga gené- rica, & 0 mimero de cargas e cos & é seu fator de potér- cia, a comente de projeto é dada pela Expressio 431 Sew 1 Uycos ® ii (431) Para_um cizcuito terminal que alimenta uma Gnica carga, de poténeia nominal Py, terse Py —_—2_ (4.32) + Ux cos 2 ty onde t é um fator que vale V3 (para circuitos wifési cose | para circuitos monofisicos. Capitulo 4 Planejomento de instalagao 123 seasio Forde | Potncn | RE nominal de |Rendimento| poténcia | nominal Fator de ean) ea ear | | main feentad| OES demand «W) cosh Py (kW) (kya), ‘Apa dh minagdo fluores- 32, 20 4*004 07 0.85, 25 = 1 cate Apa mnogo | 8 | m7 | on 1 t |= || = 1 pang Temew | ay | a | - - | « | - | 2 | 03 teminrane | 5 Tap | - | ow | - | 2 Jo Toma pa chuveiro elétrico } a ~ - i § ~ ~ Teadapa muses | 1 | mo |= - 1 fa fo. | - anal “Toma pan mune 1 | aw} - = | o@ | a | - | = ace Quando uma carga trabalhar com fator de utilizacdo menor que a unidade e esse fator for conhecido, nas expressdes 4.25, 4.26, 431 e 4.32, deve ser usada a poléncia maxima (ou de trabalho) da carga. Este € 0 caso de certos equipamentos inclustriais de grande porte, EXEMPLO: Do quadro de distibuicdo do exemplo anterior par- tem 05 circuits terminais indicados nas colunas |, 2.€3 da Tabela 4.10 a seguir As respectivas correntes de pro- jeto sao caiculadas, utlizando as expressbes 4.31 € 4.32, por meio das colunas 4, 5, 6, 7 ¢ 8 da referida tabela, 4.5 Conservactio e uso racional de energia elétrica ‘A conservacao eo uso racional de energia elétrica em determinadlo local consistem, basicamente, em utilizar 0 ‘minimo de energia elétrica que possibilite a realizacao de todas as atividades inerentes ao local. € conseguida com um conjunto de procedimentos que envalvern: = A escolha dos processos a serem uiilizados para a realizacio das atividades (por exemplo: iluminagao, transporte vertical, refrigeracdo, producdo de vapor, bombeamento de agua, preparacdo de alimentos € aquecimentos de gua). =O dimensionamenio dos equipamentos elétricos a serem ulilizados nos diversos pracessos (como transfor- adores e motores, aparelhos de iksminaio) = Oddimensionamento dos cemais componentes eléti- cos a serem utilizacos na instalag3o (como cabos, ccondutos ¢ barre). © Cuidacos a serem tomados na execugio da insaleg Regime de funcionamento dos diversos equipamentos. = Manutengio da insialacao (incluindo equipamentos. E facil perceber que a conservacio € 0 uso racional de energia elétrica, no tocante 3 instalacao elétrica pro- priamente dita, comecam no projeto, passam pela exe- uso e continuam com a manutencio periédica. ‘A NBR 5410, que justamente se refere ao projeto, & ‘execugio € & manutengao de instalagdes de baixa ten- 0, muito embora nao seja especificamente uma norma que tate de conservagio € uso racional de energia elé= trica, tem como um Ge seus cbjetivos garantir © bom funcionamento ca Instalacao e apresenta indmeras pres- ccrigoes englodando a otimizacao de desempenho e a reducao de perdas, entre elas:

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