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as consideragoes sobre a clinica do consumo ‘Ana Maria Costa Lino Figueiré Introdugao Q uando falamos de clinica do consumo, incidimos nosso foco de interesse nas novas formas de mal-estar em nossa cultura, isto é, nos sintomas que resistem a entrar no discurso analitico e que levam os sujeitos a se consumirem na obesidade patolégica, na bulimia, na anorexia, nas drogas, nas compras compulsivas, nos gastos excessivos pelo objeto. Tal como salienta Mauricio Tarrab, esses sZo sintomas do tipo que Lacan define em seu seminario sobre a Angiistia,: quando diz que “é o sintoma que nao necessita nada de vocés. O sintoma nfo pede nada, O sintoma nfo quer dizer nada, sen‘io que € fixagao de gozo, recusa do saber, recusa do inconsciente”. Concernentes, dessa forma, “menos ao sujeito da palavra que ao sujeito do gozo... € um gozo que nfo é metaforizado pelo corpo do Outro” ’— caracteristica salientada por Miller a respeito das toxicomanias, mas que, 2 meu ver, pode ser estendida aos outros sintomas que nos interessam — o problema é que, por seus excessos, eles sao relativos a praticas cujos riscos, sofrimento ou desordem nao sio poucos. F, alids, o que faz da sua repeti¢io a manifestagio da sua precariedade, ou melhor, da impossibilidade de eliminar um resto, por si sé inelimindvel, esse mesmo que nao deixa de alimentar a obstinagao cega de uma espetacular satisfagio efémera que quer apagé-lo. E por isso que essa satisfagio, em um fazer que prescinde do corpo do Outro e que requer sempre mais, acaba por revelar que se, por um lado, 0 ‘objeto ¢ somente um semblante em relagio a uma falta estrutural, por outro, tal como salienta Eric Laurent, revela-nos que, “no horizonte o que seria o verdadeiro objeto de gozo — se essa palavra significa algo — seria a morte. O que se busca af nao é entio, como dizem alguns, ‘um prazer’; 0 que se busca ¢ justamente a verificagio do vazio que rodeia 0 gozo do ser humano”.* E por isso, aliés, que embora haja sujeitos que se obstinem por essa eleicao, ainda que a morte se anuncie como o tinico limite, outros, felizmente, podem fazer um movimento de querer um outro tipo de tratamento do mal-estar. Cuvinga 819 BHT Noo 2008 - FRPMGP Decorréncia légica da modernidade ‘Mas por que dizemos serem essas solug6es contemporadneas? Porque a novidade nfo est tanto nas patologias da dependéncia que elas implicam, mas na expansio de sua incidéncia que, certamente, por suas conseqiiéncias nefastas, exige, por parte da estrutura social, aparatos juridicos, de regulagio e de cuidados, em fiango dos quais, como analistas, muitas vezes somos convocados a responder. Ea fazé-lo para além dos nossos consultérios, para além até mesmo de uma demanda subjetiva. E nesse sentido que os remeto a Lacan quando penso que, s¢ antes a pritica do consumo fazia cdcegas na cultura, hoje se alastra na proporcio de uma extensa labareda, sem dominio. O problema é que, com os meios que a estrutura social dispde, geralmente o que se propde acaba por insuflar, com um sopro a mais, a ventania que contrariava a pretensio. De fato, o que a clinica do consumo manifesta € que nem o saber nem a mestria, muitas vezes apregoados em diversas instituigdes, so eficazes como orientagio. Bassim que, quanto mais os argumentos sobre o bem proliferam, tanto mais os ideais de contengio imperam; quando, enfim, a mira que se propée é a normativa, mais a questo subjetiva ¢ desconsiderada, mais o foco se reanima e se alastra. Alids, como se instalar no lugar da mestria ou da pretensio do saber sobre o bem, se jé neles no se acredita ou se é disso mesmo que se esté farto? Por outro lado, as intimeras associagdes de auto-ajuda que se instalam, numa proporgio jamais vista, ¢ que, entre os portadores do mesmo sintoma, visam a uma identificagZo imagindria que dé consisténcia ao eu, deixam intocada, pela desconsideragio do inconsciente de cada um, a propria posicao do sujeito em relagio ao gozo. O problema que, embora algumas vezes eficaz, esse tipo de soluedo proposto implica um excesso de sacrificios, “a troca de um excesso por outro, quando nfo, segregacGes renovadas.” Talvez, como nunca, o que a clinica do consumo manifesta é que, mesmo que mortffera, essa solugio do tratamento de uma falta estrutural por uma certeza de gozo, quando funciona em sua precariedade, nao € detida “nem pelo amo, nem pelo pai, nem pela palavra, nem pelo parceiro; nem pelo ideal, nem pela lei, nem pelo simbdlico, nem pelo falo”® E nesse sentido que, como solugées de ruptura com 0 Outro, com o desejo, com o inconsciente, elas nao deixam de se tornar, cada uma em sua manifestacdo, paradigmas de nossa época. De fato, “o Outro contemporineo é um Outro gue deixou cair seu poder histérico de interdiggo e que sustenta a lei perversa do gozo ao alcance das mos para todos”. Na decadéncia da autoridade e dos ideais favorecedores de um sentido e de um mais-de-gozar que nao 0 dos interesses do mercado e do discurso do capitalista, “Goze como quiser” parece ser 0 que melhor traduz 0 mandato de nossa modernidade, de tal forma que, hoje, © que nio ¢ permitido € nfo gozar. Corre a pricanitise cura 14 Os objetos so instrumentos com que se nutrem a emergéncia da satisfacao, a garantia de satisfagio, propiciados por um mercado sem amo que, hoje, rege a distribuigao de nosso gozo. Assim, numa época em que a ciéncia ¢ tio dominante quanto Deus foi outrora, em que hoje, em Seu lugar, tanto 0 mercado quanto todos, amos gracas & tecnologia e ds suas conseqiiéncias no real; para além da sua vertente positiva, o que se destaca, para nosso interesse, ¢ uma “forclusio tecnocientifica da subjetividade”, “uma segregagio do inconsciente”: hoje, como nunca, a inquietagio de uma falta s6 pede um objeto para apazigui-la. Contudo, nao é sé a paixto da ignordncia que acaba por sair vitoriosa em nosso mundo: ¢ o cinismo que também ganha a cena. Prevalece, hoje, o demérito do dom do que nio se tem, “o softimento de ser excluido do go20 do objeto, nao do signo do amor”? —c 0 amor determinante para as rentincias, tal como salienta Freud, para condescender do gozo ao desejo, como o traduz Lacan. Desse modo, a vergonha parece estar muito mais préxima do descjo do que do gozo e se alguém quiser evitar os riscos de um encontro — alids cada vez maiores, porque jd no se sabe muito bem que tipo de mulher ou de homem se tem pela frente —, com certeza, em algum outro tipo de objeto encontraré uma satisfagio. No entanto, com o mercado € 0 discurso do capitalismo, com 0 declinio paterno ¢ a decadéncia dos ideais, nfo é sé a angistia frente ao enigma do desejo do Outro que se verifica com intensidade; também no € sé a reclamagio de cada sexo para com 0 outro que se intensifica, nem somente a enorme preocupagio da familia para com o trabalho; é também o declinio de uma fala orientadora, ou melhor, a ascensio poderosa da midia que regula, com seus modelos produzidos —mnuitas vezes efémeros porque recicliveis —, as identificagbes imaginarias ideais. O simbélico acaba, assim, por ficar submetido ao imaginirio, o que faz até mesmo do narcisismo 0 objeto de um consumo perfeito, que ndo é senao a fruigao de uma existéncia virtual. ‘Acentua-se, entio, a culpa por envelhecer, por estar fora de forma ¢ da forma a ser consumida, por nao ter trabalho ea possibilidade do acesso ao mais-de-gozar, por no ter determinado objeto, por no ter... Culpa pelo menos-de-gozo ¢ que alimenta, ‘ou fayorece, a ferocidade do supereu contemporaneo. Acentua-se, também, a possibilidade de que o mais-de-gozar que, a prinefpio, poderia ser equivalente aos ideais propostos, acabe por ganhar a cena c destruirr aos poucos 0 sujeito. O problema, certamente, é que, se hoje 0 que nao é permitido é no gozar, a culpa pelo que excede jainio tem mais lugar ou tarda muito em despontar. E por isso que, embora os sintomas da prética do consumo sejam manifestagdes de ruptura com o desejo, com o corpo do Outro ¢ com a palavra, eles ndo deixam de refletir uma profanda alienacio & voz do mercado, esta mesma que leva os sujeitos a consumirem ou a se consumirem, a resolverem seu softimento real pelo real. Curinge N19 BI Now 2008 - EDR}. Assim, tudo indica que nossa cultura jd ndo parece estar tanto a servico de Eros, isto é, a ligar individuos isolados, tal como Freud salienta em seu texto sobre 0 mal-estar da cultura. De fato, se ela mantém individuos isolados juntos, se, com seu supereu, cla visa & pritica do bem de consume, a caga a0 mais-de-gozar em detrimento da culpa, tudo indica que ela estaria, hoje, a servico da pulsio de morte. O consumidor virtuoso De qualquer forma, penso que a consciéncia consumidora e consumida, ¢ determinada pelo interesses do mercado, faz reluzir o que Freud, em sua genialidade, referindo-se a Shakespeare, transmitiu-nos respeito da consciéncia ao dizer que “€ ela que faz de todos nés covarties”® Gostaria de tecer algumas consideracdes a respeito do consumidor consumido em sua singulatidade, esse que se encontra em consonincia com a apatia universal ¢ que, além dos objetos — cito Jean Baudrillard: “consome imagens, fatos, informagGes que conjuram © real nos signos do real, conjuram a histéria nos signos da historia, [...] que a0 consumir o real de uma guerta Adistincia consome o acontecimento, a historia pela manipulagao dos signos, [J que ao estar ao abrigo dos signos ena recusa do real, na seguiranga de contemplar as imagens, jf no distingue a breve irrupcio da realidade do prazer profundo de rela no participa, [...] que tem com o mundo real, coma politica, com a hist6ria, com a cultura uma relagio, nfo de interesse e de investimento, mas de curiosidade € de desconhecimento, [..] que a curiosidade seja saciada desde que servida em casa, [..] que para milhdes de pessoas sem histéria e felizes de o serem é necessério desculpabilizar a passividade ao fazer da tranqililidade um valor disputado constantemente ameacado, a fatalidade sugerindo-se na violéncia do mundo exterior a fim de que a banalidade venha achar desculpa”? Ora, Miller nos diz que, apesar do radicalismo de Baudrillard, nfo resta diivida de que 0 mérito de sua articulaggo est em apontar-nos que a linguagem indica 0 ponto zero de referencia e que éa esse discurso, que faz da linguagem o assassinato da coisa, que estamos todos submetidos.” Tal como Lacan jé salientava em 1947, ¢ que petmanece muito atual, “trata-se da manipulagio combinada das imagens e paixGes como meios de agir sobre © psiquismo”.!! Todavia, é sobre uma outra citacdo que gostaria de me deter, para evocar, a respeito desse consumidor consumido, 0 “efeito sapo” 20 qual alude Mauricio Tarrab em seu texto O risco da modernidade. O “efeito sapo”, para aqueles que no o sabem, “consiste em comprovar que ao se langar um sapo na dgua fervente, cle dela saité de um salto imediato. Entretanto, caso se 0 coloque em um recipiente com égua e se sc for clevando a temperatura aos poucos, ele tender a se acostumar a ela até que seja demasiado tarde”,!? 2 Come a priate cur © que Tarrab quer salientar é que o homem contempotineo nao é um sujeito responsével, atravessado pela preocupagio e disposto ao ato. Ele é, antes, um Homer ‘Simpson, paradigma de nossos tempos, da idiotice mais normal, que ¢ 0 contrério do sintoma e que ilustra, a seu ver, 0 “efeito sapo” na atualidade. Bis af a elaboragio de um psicanalista que, sem dtivida, encontra-se em sua época, ainda que com ela nao se identifique, e que também esté 3 frente dela. O fato é «que seu alerta recentemente foi comprovado pela divulgagéo dos resultados de uma pesquisa, feita nos BUA, sobre 0 maior dos americanos de todos os tempos: © nome aque aparece no topo da lista é Homer Simpson, deixando Abraham Lincoln em segundo Martin Luther King rastejando em terceito. Assim, por causa desse herdi, os pais americanos, hoje, também sabem, por uma outra pesquisa, que 22% das criangas trocatiam seu pai por Homer. Contudo, celebrado por sua simplicidade cega, por sua “idiotice 2 mais normal”, ele acaba, inevitavelmente, em nossa modemidade, por estender seus lasttos: na iltima edicio brasileira dos Simpsons, ele € considerado, por uma leitora, no o maior americano de todos os tempos, mas 0 maior dos fildsofos, a0 dizer que 0 que tem guiado a sua vida ¢ o seguinte imperativo simpsoniano: “nunca diga alguma coisa a nao ser que tenha certeza de que todo mundo pensa o mesmo”, Proclama-se, assim, © principio da fala vazia, a perda do sentido da fala, o viver de acordo com a opinigo priblica; proclama-se um imperativo cuja crucldade para com as particularidades ¢ a surpresa nao € pouca. Poesia, entio... Pois bem, a psicanalise, sabemos, sempre fez. obje¢020 supereu cultural, Como dizia Freud, “tal como o superen individual, cle nfo se preocupa de modo suficiente com os fatos da constituigZo mental dos seres humanos”.!* A homogeneizagio apética prescrita pela cultura esbarra, sempre, num impossivel, 4 medida que haverd continuamente uma voz dissonante ao que € prescrito pelo discurso dominante. O problema ¢ que, hoje, embora dissonante, embora possa haver um abuso no uso, isso info deixa de estar em consonancia, o que faz.com que a culpa sé acabe por se manifestar depois de muito estrago. Entre a ironia e o desafio, uma aposta Diferentemente das psicoterapias, a psicandlise objeta 4 moral da histéria, & apatia, a0 “feito sapo”, aos consumidores consumidos, & alienagio. Ela, assim, ests para além da sua épocas todavia estd também nela, Na sua época, cla est para além do Edipo, defrontando-se com a queda dos ideais. E dentre as mais diversas dores de cxistit, a ela so enderegados, cada vez mais, sintomas que, em seu desligamento do saber inconsciente, so solugdes para a nio-relagao sexual, por um fazer-se, que dé a certeza de gozo, para além da fantasia. ep pis i i BJ on ae ent Grande ironia! O que tem sido apresentado como pritica do consumo & psicandlise de orientagio lacaniana nifo deiva de ser semelhante ao que se espera 4 sua saida: um saber fazer com o sintoma, com 0 incurével, com o qual o sujeito se identifica, para além da fantasia, para além da consisténcia do Outro. Nesse sentido, se € possivel pensarmos essas coorenadas como estando no centro de toda a dificuldade de uma entrada em anilise, talvez seja possivel, até mesmo, um sentimento de impostura habitar o analista, levando-o 2 um horror do ato que acabe por deixar 0 sujeito se deparando com 0 vazio do Outro. Contudo, ¢ com certeza, talvez esteja ai, por essa semelhanga mesma, embora tio avessa & ética da psicanilise, uma grande chance para o seu futuro; uma grande chance, além disso, para a pritica do consumo encontrar um dtimo enderecamento. Alids, Lacan, em seu Semindrio XVIZ: O avesso da psicandlise, confessa que gostaria que seu campo fosse chamado o campo do gozo. Ora, o saber fazer com 0 sintoma, no final da andlise, longe de ser uma certeza de gozo referida a um objeto que se tem em atravessamentos que colocam em curto- Gircuito o dizer e se abrem para uma repeticdo mortifera, é uma certeza de gozo referida a uma pura falta que se tem em atravessamentos que colocam em circuito um dizer ¢ se abrem para respostas novas ¢ incalculéveis, uma abertura para a vida. A identificagao, desta forma, nao nos remete a uma fuga dos encontros por meio de um objeto que faria esquecé-los; cla leva, sim, & marca da vida e a enfienté-los com 0 desejo. Sem chivida alguma, trata-se de um saber fazer ou um fazer-se com a falta desvinculado do inconsciente, mas que s6 € posstvel de ser adquirido por ter sido tolo do inconsciente, tolice, aliés, que se mantém em sua importéncia. De fato, é uma verdadeira ironia que nos deparemos com a semelhanga entre 0 que se nos apresenta de entrada, com a clinica do consumo, ¢ 0 final de uma andlise. No entanto, mesmo que o seja, no podemos correr o risco de cair num ideal da psicandlise, isto é, de supor saber sobre o bem do outro, desvinculando o sujeito de suas particularidades, dos dererminantes de sua histéria, de sua estrutura, Embora mortiferas, essas solugdes podem servir de ancoragem de algo mais devastador, como €0 caso das psicoses. Poderfamos, pelo menos, apostar que solugdes menos arriscadas advenham. Pois bem; pelo fato de estarmos nos referindo ao campo do gozo, que € 0 campo dos discutsos, tudo indica que 0 desafio que a clinica do consumo nos impoe situa-se na sua entrada, uma vez que nfo é raro que o sujeito, em seu sofrimento, se apresente com a matca identificatdria com que o Outro 0 nomeou por seu gozo e que, além do efeito nefasto de marginalizagio que ela implica, tampona a falta-a-ser de maneira consistente. O que pode, ento, fazer 0 analista para que, dos horrores ou louvores do objeto, sobre os quais gira 2 fala do sujeito, a identificacéo pelo objeto passe a representar nao 0 Outro, mas o sujeito do inconsciente frente a um significante se tin ont cs 18 de sua histéria? Ou, em outras palavras, que © sujeito relacione seus atos com um insuportével para que a falta apareca e esta possa entrar em cena? Como, enfim, passar do fazer ao dizer, daquilo que serve como solucio ¢ tampona, & revelagéo de uma falta eum querer saber? De fito, fazer existioinconsciente, sabemos, é uma responsabilidad do analista. Mas como o analista se faz sujeito-suposto-saber? Em seu Semindrio XVI, Lacan nos dé a resposta, Ele diz: “a partir do objeto a”. O que podemos traduzir: a partir dos objetos de consumo como causas do desejo, Trata-se, assim, de intervir sobre o real do gozo, obrendo 0 ponto de vazio central do sujeito, a fim de que 0 analista tome o lugar da substincia, Em outras palavras, que o sujeito se veja causado como falta do analista, com a condicio, certamente, de no se servir dele como complemento de gozo. Realmente, uma coisa é certa: na experiéncia de uma andlise, €0 analista que se faz consumir. Desse modo, a clinica do consumo convoca, a cada encontro, o ato do analista, Essa é a aposta: que a cada sessdo, um ato inventivo e surpreendente no fazer, no siléncio ou na palavra dé chances para que, do fazer-se devorar, fazerse drogar ow fazer-se endividar, advenha um dizer e um novo fazer-se, dessa vez nfo mais mortifero ou correlative & parada do circuito pulsional. Com certeza, na IX Jornada da EBP-MG, ser étimo se pudermos demonstrar, a partir da experiéncia de cada um, que a psicandlise de orientacao lacaniana, 20 tratar 0 real pelo simbélico, nao ¢ sem conseqiiéncias sobre uma lei mortifera que leva 20 pior. Contudo, nessa dificil batalha entre Tanatos ¢ Eros, que ¢ a clinica do consumo, 05 desafios ¢ 0s limites nao sio poucos, Entio, que os demonstremos também. Sem ctivida alguma, é a psicandlise que saird fortalecida, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: * LAGAN, J Semindrio X:A angst. Ligko de 23/01/63. Inédito. °TARRAB, M. Algo peor que un sfntoma. 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