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BASICO DE SEGURANCA aE Ty Editora ICN, ano 2014 - 3° edicao Coordenacao Editorial \Vania Salornon e Liicia Lemos Visual e Diagramagao Roberto Torteroli e Juliana Haddad Reviso André Petra lustragoes. Kiko INSTITUTO DE CIENCIAS NAUTICAS - ICN CO instituto de Ciéncias Nauticas ((CN) foi criado no Rio de Janeiro, em 2000. E uma ‘organizagao de ensino e pesquisa voltada para os setores martimo @ ofshore, cre- Genciada pela Autoridade Martima Brasileira e reconhecida internacionalmente pelas, bandeiras da Libéria, do Panama, das llhas Marshall, de Bahamas e Vanuato. Foi a primeira organizag20, no Brasil a ter reconhecimento internacional e se destaca por onter um corpo docente do mais alto nivel Consuttoria André Luiz Guaycuru de Carvalho ~ Capitéo-de-Longo-Curso, Mestre em Ciéncias/ ria Oceanica pela COPPE - UFRJ. Femando Marcelo Gama ~ Capitéo-de-Longo-Curso, Especialista em Inspegao de Embarcagao. | Luciene Oliveira - Pedagoga, Especializada em Magistério Superior Colaboradores TECNICAS DE SOBREVIVENCIA NO MAR ‘Augusto Grieco Santana Meirinho ‘Amadeu Pereira Sequeira da Fonseca Carlos Roberto da Siva Jair Amaral Accioly PREVENGAO E COMBATE A INCENDIO - Basico ‘Antonio Carlos Brito do Rosario Renaldo José Pereira PRIMEIROS SOCORROS - Elementar Jdlio Cesar Ferreira Marinho ‘SEGURANGA PESSOAL E RELAQOES INTERPESSOAIS ‘Justino Sanson Wanderley da Nébrega ‘Todos 0s direitos reservados. E proibida a duplicacao ou reproducao deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios {eletrénico, mecéinico, gravagao, fotocdpia, distribuicao na web e outros) sem @ permissdo expressa do Instituto de Ciéncias Nauticas - ICN. Instituto de Ciéncias Nauticas ‘yownw.cienciasnauticas.org.br ‘Ay Pie Braneo, 18 / 15° andar - Centro - Rio de Janeiro/ Ru - Brasil "5% +85 21 2223 3458 APRESENTAGAO As inumeras mudancas ocorridas na legislacao, em fungao do crescimento e do dinamismo apresentados pelas atividades relacionadas ao setor maritimo e offshore no Brasil, levaram a necessidade de adequacao do material didatico utilizando como supor- te para 0 Curso Basico de Seguranga Maritima, agora denominado Curso Basico de Se- guranga em Plataforma - CBSP. Essas mudangas refletem a preocupacao das autoridades em minimizar, cada vez mais, os riscos de acidentes em plataformas de petrdleo e afins. Este livro, desenvolvido pela Equipe do ICN, revisado e aprovado pelas equipes técnicas da Petrobras, além de trazer todos os contetidos referentes aos itens das tabelas de Padrao Minimo de Competéncia de Resolucao A.1079 (28) e os relativos as Normas de Autoridade Maritima nacional, ja existentes, traz também, como novidade, os acréscimos feitos por meio da Normam 24 e as melhorias su-geridas por nossos alunos, apresentan- do ainda um novo formato, mais moderno e com novas ilustragoes. Nesta segunda edicao foram atualizados também os protocolos de Pri- meiros Socorros e normas de Seguranca do Trabalho. Reiterando nosso compromisso de continuar prestando um servico de qualidade cada vez maior, nos colocamos 4 disposi¢ao dos leitores para para receber criticas e sugestdes pertinentes, a fim de continuarmos aprimorando nos- sa contribuigao, filosofia de trabalho de Equipe ICN. Bons ventos e mares a todos! Capt. André Guaycuru, M. SG. Diretor do ICN SUMARIO INTRODUGAO. - Objetivo e Contetdo do Curso II- Legislagao sobre Seguranca no Mar Ill - Tabela Mestra para Postos de Emergéncia IV - Simbologia Internacional e Lista de Siglas V - Situagées e Procedimentos de Emergéncia MODULO 1 - TECNICAS DE SOBREVIVENCIA NO MAR 1.1 - INTRODUGAO AOS PROCEDIMENTOS DE SOBREVIVENCIA NO MAR 1.1.1 - Sistemas de Comunicagao Interiores de Bordo 1.1.2 - Coordenagao de Emergéncia 1.1.3 - Procedimentos Especiais de Operagdes Combinadas 1.2 - ORIENTAGAO SOBRE SEGURANGA A BORDO 1.2.1 - Tipos de Plataformas e os Principais Compartimentos 1.2.2 - Estrutura Funcional e Hierarquica 1.2.3 - Elementos de Estabilidade e Estanqueidade 1.2.4 - Sistemas de Evacuagao e Abandono 1.2.5 - Procedimentos Basicos para Embarque e Desembarque em Helicépteros 1.3 - TECNICAS DE SOBREVIVENCIA NO MAR, 1.3.1 - Equipamentos de Salvatagem e Sobrevivencia 1.3.2 - Procedimentos dentro da Agua 1.3.3 - Equipamentos de Comunicagao e Sinalizadores 1.8.4 - Procedimentos de Salvamento e Resgate MODULO 2 - PREVENGAO E COMBATE A INCENDIO (Basico) ... 2.1 - PREVENGAO CONTRA INCENDIO 2.1.1 - Combustao e Materiais Inflamaveis 2.1.2 - 0 Fendmeno da Combustao 2.1.3 - Principios da Prevengao do Incéndio a Bordo 2.1.4 - Propagagao de Incéndio 2.1.5 - Métodos de Prevengao 2.1.6 - Vigilancia e Sistema de Patrulha 2.1.7 - Sistema de Detecgao (Fogo e Fumaga) e Alarme Automatico a Bordo 2.1.8 - AgGes contra Fumaga ou Fogo 2.2 - COMBATE A INCENDIO 2.2.1 - Classificagao dos Incéndios 2.2.2 - Métodos de Combate a Incéndio 2.2.3 - Agentes Extintores 2.2.4 - Extintores de Incéndio 2.3 - ORGANIZAGAO DE COMBATE A INCENDIOS 2.3.1 - Organizagao de Combate a Incéndios a Bordo e Tabela Mestra 2.3.2 - Sistemas Fixos de Combate a Incéndios a Bordo 2.3.3 - Ag6es da Brigada INTRODUCAO | — Objetivo e Conteudo Esta publicagao serve como suporte ao Curso Basico de Seguranga em Plataforma, e tem como propésito prover com conhecimentos basicos e habi- lidades o profissional que exerga algum tipo de atividade continuada (periodo maior que trés dias) a bordo de Unidades Méveis de Offshore (MOU), de tal modo que ele seja capacitado a responder, de forma ordenada e segura, a situagdes de emergéncia. O contetido, portanto, abrange os requisitos estabelecidos no paragrafo 5.3 do anexo Resolucdo A.1079 (28) substituindo, a Resolucao A.891 (21) da IMO e atende ao padrao minimo de competéncia estabelecido nas Tabelas 5.3.1, 5.3.2, 5.3.4 do anexo 8 mesma Resolucao. Contempla ainda, as exigéncias da legislacao brasileira contidas nas Normas da Autoridade Maritima e editadas pela Diretora de Portos e Costas. O contetido foi dividido nos seguintes médulos: MODULO 1 - Técnicas de Sobrevivéncia no Mar - MOU MODULO 2 - Prevencdo e Combate a Incéndio - Basico MODULO 3 - Primeiros Socorros - Elementar MODULO 4 - Seguranga Pessoal e Relagées Interpessoais ll — Legislagao sobre Seguran¢a no Mar A ONU (Organizagao das Nagées Unidas) é um organismo internacional, criado ao fim da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de tentar esta. belecer o bom entendimento entre as varias nagées. Ligadas a ONU, foram criadas varias outras organizagées, cada uma de- las tratando especificamente de um assunto, entre elas, a Organizagao Inter- nacional Maritima, conhecida pela sigla IMO, criada em 1957, que tem como finalidade tratar de todos os aspectos relacionados a seguranga maritima. Desde a sua criag¢do, a IMO vem estabelecendo normas, regras e regu- lamentos que, em seu Conjunto, compGem o que se denomina Convencoes Maritimas Internacionais. Sao varias as convengdes estabelecidas pela IMO; neste livro serao abordadas trés delas: - A Convengao SOLAS - trata de todos os aspectos referentes a SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA NO MAR; - A Convengao MARPOL - trata da PREVENGAO E COMBATE A POLUIGAO NOS MARES E OCEANOS; - A Convengao STCW - trata da PADRONIZAGAO DE TREINAMENTOS E CERTIFICAGAO DO PESSOAL QUE TRABALHA NO MAR. A Convengao SOLAS, na Regra 8, Capitulo Ill, responsavel pela Sal- vatagem, estabelece que todas as embarcag6es, e, por extensao, todas as unidades de producao offshore, devem fornecer, para cada pessoa a bordo, instrug6es claras que deverdo ser seguidas em casos de emergéncia. Se hou- ver a bordo profissionais de varias nacionalidades, essas instrugdes deverao ser elaboradas também no idioma inglés, além do idioma ou idiomas exigido(s) pelo Estado da bandeira ao qual a MOU pertence. As ilustragdes e instrugdes, nos idiomas apropriados, deverao ser afixa- das e expostas de modo visivel, nos camarotes, nos locais de reuniao e nos outros compartimentos destinados aos tripulantes e visitantes, indicando: - Seus postos de reuniao; - As agées essenciais que deverao se realizar em uma emergéncia; - Amaneira correta de vestir os coletes salva-vidas. Briss ster lll - Tabela Mestra para Postos de Emergéncia Das exigéncias feitas pela Convengéo SOLAS, a Regra 37, do Capitulo Ill, determina que toda embarcagao tenha uma Tabela Mestra de Postos de Emergéncia na qual devem estar especificados os detalhes do alarme geral de emergéncia e do sistema de alto-falantes, além das agées a serem adotadas, ao soar desses alarmes, nas diversas fainas de emergéncia por cada pessoa a bordo, indicando a localizagao para a qual devem se dirigir e as acdes gerais esperadas, caso sejam necessérias. (Regra 37 do Capitulo Ill do SOLAS). A Tabela de Postos devera especificar também como sera dada a ordem de abandonar a unidade e indicar as tarefas designadas aos diversos mem- bros da tripulaco, inclusive: - Fechamento das portas estanques, portas de incéndio, valvulas, em- bornais, portinholas, gaiutas, vigias e outras aberturas semelhantes existentes; - Equipamento das embarcagées de sobrevivéncia e outros equipamen- tos salva-vidas; - Preparagao e langamento das embarcagées de sobrevivéncia: - Preparativos gerais e outros equipamentos salva-vidas; - Reuniao dos tripulantes e visitantes; - Utilizagao dos equipamentos de comunicacao; ~ Tarefas especiais relativas a utilizagao dos equipamentos e instalagdes de combate a incéndio; - Quais s4o os profissionais designados para assegurar que os equipa- mentos salva-vidas e de combate a incéndio sejam mantidos em boas condigdes e prontos para utilizagao imediata; - Quais so os substitutos das pessoas-chave, no caso destas ficarem impossibilitadas e/ou invalidas, levando em consideragao que diferentes situagSes de emergéncia podem exigir ages também diferentes. O Quadro de Emergéncia nomeia as pessoas conforme designagdes nos Grupos de Agdo da Plataforma. Avda 00 BAOSVINAIGO SV 9 [UNAMIVSOHOON CAMINO — | sewn eHp: we pHENDEHHH WHE Avid 00 S30SvINAIHO Sv AUNAWWAMORINT aLNawvs0u00IN OONINOS n wopuaniwears ouNEBOR | VINO sid VO SIINNOZSIO sosisnoa oNYZniuN SUNaWWANOaINT “woupbi0wo op od 0 e908 « 8 yore eosioe | yAuOuNA Ya SIaNNOUSIa | —_oIaNgONI30 ‘orangont \v a1yanoo ‘owve.y9¢4\09 sew} ND LASS sosunoauoaNvznuin | vayowws a0 suno3 “wjougBvewe op ody 0 egos ‘0770 30 vouvosa0 oydimoa ‘watujooyvoo smo} anb ws ‘@309 a0ud09 so teuneo ‘rave vin s300vONAINOD avnea9 901 ‘oyev.30 sans) va s3nvily woavnas009 NOD “ejougbv0we op od) 0 01908 veuige4so> 1ew0} anb WSsy ere ne oowsescowaso | Sat avrebes eccet oat ve ee @pepysseoeu sejB4SU09 Sod ‘WOdYNaGHOOD- ‘WOGYNIDHOOO coe nna Teor 7 nee Pee ne aon ae unananaan ane, (ae —_ erat aaa ee oanwno 12 IV - Simbologia Internacional e Lista de Siglas As Tabelas II ¢ Ill fornecem uma lista dos simbolos internacionalme, utilizados para identificar os diversos equipamentos de salvatagem present nas embarcagoes EMBARKATION LADDER, ESCADA DE EMBARQUE MUSTER STATION POSTO DE REUNIAO SURVIVAL SUIT ROUPA DE SOBREVIVENCIA LINE—THROWNG. APPLIANCE. LANGAMENTO DE RETINDA DISTRESS SIGNALS. FOGUETE MANUAL C/ PARA-QUEDAS RADAR TRANSPONDER, RADAR TRANSPONDER. INFLATABLE UFE. RAFT BALSA INFLAVEL RESCUE BOAT BOTE DE RESGATE FE JACKETS COLETE SALVA-WDAS RADIO BEACON. EPIRB, -_ INDICADOR DE POSIGAO EPIRB LUFEBUOY W/LIGHT. BOA SALVA-IDAS C/ PORTABLE RADIO. ILUMINAGAO. zs | RADIO PORTATIL LIFEBUOY W/LIGHT AND SMOKE. W/ QUICK RELEASE ARR, HOSPITAL BOIA SALVA-MIDAS C/ HOSPITAL TLUMINAGAO E SINAL FUMIGENO fen | DIRECTION OF ESCAPE ROTA DE FULGA LUFEBUOY W/LINE. BOIA SALVA-VIDAS C/ RETINDA DISPARO A DISTANCIA MOB BUOY 15 Mewitiiiae 2 * Incéndio - destruigao provocada pela agao do fogo por: combustéo dos materiais de bordo, ou sobre as aguas, em decorréncia de derramamento de combustivel ou inflamavel, curto-circuito elétrico, guarda ou manuseio incor retos de material inflamavel ou explosivo; + Agua aberta - Ocorréncia de abertura nas obras vivas que permita o ingres- so descontrolado de agua nos espagos internos, ou a descarga de liquidos dos tanques, por rombo no chapeamento, falhas no calafeto, ou nas costuras, por valvulas de fundo abertas ou mal vedadas, por defeitos nos engaxetamen- tos dos eixos, ou qualquer falha, ou avaria que comprometa a estanqueidade da embarcagao; * Adernamento - E um tipo de emergéncia que pode estar relacionada a colisao com embarcagdes ou com uma aeronave, ou, ainda, a ocorréncia de uma explosao ou incéndio a bordo. Trata-se da perda de estabilidade, exigindo atuago das equipes com a finalidade de recuperar 0 equilibrio e manter, maximo possivel, a plataforma adrigada (estabilizada). Outras situagdes que podem afetar a estabilidade ou posicionamento da plataforma: - Mas condigées do tempo; - Movimentos do fundo do mar; - Descontrole de lastro. * Naufragio - Afundamento total ou parcial da embarcagao por perda de flutu- abilidade, decorrente de embarque de agua em seus espagos internos devido a adernamento, emborcamento ou alagamento; * Derramamento de éleo - Fonte de grandes preocupagdes dos ambien- talistas, 0 risco deste tipo de emergéncia esta sempre presente nas atividades do setor petroleiro, pois 0 vazamento de dleo pode comprometer muito as condigdes de vida da fauna e flora marinhas e também levar @ contamina- Gao de grandes faixas de area costeira. Essa questdo tem forgado as autori- dades a tomarem medidas no sentido de envolver empresas e trabalhadores na questao da conscientizagao para os problemas decorrentes deste tipo de emergéncia, exigindo o cumprimento de planos especificos para 0 combate a poluigao causada por essas atividades. Outros tipos de acidentes possiveis em uma_plataforma que podem gerar emergéncias: * Vazamento de gas - As atividades relacionadas ao petroleo geram a produgao de gases, resultante da decomposigao natural do material organico. Um dos gases produzidos nessa atividade € o sulfeto de hidrogénio ou gas sulfidrico. Esse gas esta presente em plataformas e também em comparti- mentos como tanques de lastro segregados, tanques de dejetos, slop tanques SOBREVIVEN Sie ECNICAS iD) NO MAR 1.1 Introdugéo aos Rrocedimento: de Sobrevivéneia no Mar Pode-se definir Salvatagem, ou seja, sobrevivencia no mar, como sen¢ © conjunto dos meios, arranjos e procedimentos que assegura a sustentac: da vida humana no mar. Esses meios devem estar disponiveis em qualquer unidade maritin para serem empregados em quaisquer situagées de homem ao mar, abando: e resgate de ndufragos. A seguranga proporcionada por esses meios baseia-se em trés fatores: EQUIPAMENTOS E ARRANJOS ADEQUADOs SALVATAGEM TREINAMENTOS CONTINUADOS Existe uma legislag¢éo extensa, composta por leis, convengdes e cddigos, 4 versa sobre seguranca maritima e salvatagem. As mais importantes sao as seguintes: FATORES 1. SOLAS - Convengao Internacional para Salvaguarda da Vida Humana Mar. 2. LESTA - Lei de Seguranca do Trafego Aquaviario. 3. MODU CODE - Codigo para Construgaéo e Equipamentos para Platafor" Moveis. <4 20 Também se entendem como briefing, as_reunioes com finalidade dem inizar iscos durante operacbes de mavimcntceiemaamnsE ues" bombe Te cortas substanclas perigosas. Sempfe se (az erate) ammnnico™ © ™esm propésito. nados onde se retinem as pesso; Essas pessoas sdo orientadas pe rdenador geral da emergéncia, definidas de acordo com o I fique abrigado fora da + Ponto de reuniao - Sao locais predetermi! nao envolvidas nas fainas de emergéncia. lider da equipe, conforme instrugdes do coor forma ordenada e segura. Essas instrugGes sao ranjo fisico da plataforma, de forma que 0 pessoa de perigo e mais proximo do seu Posto de Abandono. + Postos de abandono - Sao 0s locais previamente definidos para a co tracao das pessoas que abandonarao a unidade; normalmente esses po: estao localizados 0 mais préximo possivel das embarcagdes de sobrevi (baleeiras @ balsas), Sa0 locais seguros e adequados para se iniciar uma de abandono durante uma emergéncia. + Rotas de fuga - Sao faixas pintadas no piso das areas abertas da plat ma, contendo setas brancas que indicam o caminho mais rapido e seguro se chegar aos Postos de Abandono, como exemplificado nas Figuras 2 € 3. a Fig. 2- Exemplo de desenho utilizado para indicar as rotas de fuga Tais indicagées podem ser complementadas por setas e placas ind tivas, algumas com figuras ilustradas e fitas autorreflexivas distribuidas rea, que podem variar sua forma de acordo com cada Unidade. Fig.3 Asbect 4 ecto de uma area na plataforma mostrando uma rota de fuga 21 Existe em plataforma 0 uso operacional de um radio WalkTalk ~ UHF, com 0 qual, em estado normal, todos os seus portadores trafegam utilizando um mesmo canal, previamente combinado para operacao, em sintonia com a Sala de Controle. Existe também uma rede de telefones internos, interligando todos os compartimentos de uma unidade. INTERCOM também faz parte do sistema, composto de varios al- to-falantes providos geralmente de microfones, podendo ser acionado de qualquer locacao e ouvido por toda a unidade Resumindo, ao se constatar uma emergéncia, 0 procedimento adotado para a comunicacao do fato é 0 seguinte: Na ocorréncia de uma emergéncia a bordo, imediatamente se instala a Coordenagao de Emergéncia, onde o principal da plataforma, que é o Gerente da Plataforma - GEPLAT, é o Coordenador Chefe. Juntamente com seus auxiliares diretos, 0 coordenador faré o aciona mento das equipes de emergéncia, as quais, por meio de ordens diretas dessa coordenacao, darao inicio a5 acées necessdrias para controlar e combater a emergéncia ‘As equipes de emergéncia de bordo, normalmente, sdo formadas por tripulantes preparados para o combate a uma emergéncia especifica, e com: postas por um lider, um substituto direto do lider e pelos membros da equipe. As equipes so especificadas como no esquema abaixo: 22 BRIGADA DE INCENDIO ; CONTROLE DE AVARIA OFFSHORE 4 EQUIPE DE RESGATE | ne ABANDONO (ALTURA OU ESPAGO. ‘CONFINADO) E fundamental conhecer os planos de resposta as emergéncias de sv unidade. 1. Lembre-se das informacées passadas nos briefings e treinamentos de seguranca 2. Siga 0s procedimentos especificos da sua funcao. Conhega os planos simulados de sua unidade. 4. Conhega todas as saidas alternativas endo somente aquelas que serao utilizadas na sua area de trabalho. Mhebitecsscer S 1.1.3. — Procedimentos Especiais de Operagées Combina- das Procedimentos especiais referem-se a todas as fainas e manobras executadas a bordo que requerem um cuidado redobrado. Isso se deve ao fato de que tais acdes envolvem riscos elevados. No setor offshore, esses procedimentos normalmente ocorrem quando ha necessidade de se trabalhar em conjunto com arranjos/equipamentos e/ou outra embarcacao. Nesse caso, sao denominados de Procedimentos Especiais de Operacdes Combi. nadas, Sa0 varias as operacées combinadas que ocorrem no setor offshore. Mas, para exemplificar, podemos citar algumas mais comuns. + Offload - E 0 escoamento do petréleo produzido e/ou armazenado nas uni- dades de producao e transferido para navios aliviadores, conforme ilustrado na Figura 4. Essa manobra envolve varios riscos, tais como a aproximacao do navio aliviador junto a plataforma, a passagem dos mangotes e a propria transferén- cia do petréleo. Fig. 4 - llustracdo mostrando uma operacao combinada. . Transferéncia de Carga e Equipamentos - Consiste na faina da embarca~ a0 de apoio (supplay-boat) para entregar ou receber carga e/ou equipamento ne- Cessérios para a plataforma. Essas manobras sao realizadas com guindaste de bordo da plataforma e exigem que a embarcacio de apoio se posicione sob maquina em distancia segura da plataforma, compativel com a extensao do braco do guindaste, evitando, com isso, riscos muito grandes de colisdo. 25 1.2 — Orientagao sobre Segurang¢a a Bordo Para que se possa adquirir uma maior familiarizagéo com o ambiente de trabalho, & necessario que sejam conhecidos todos os tipos de instalacdes utilizados para a prospeccao, a producdo e o armazenamento tempordrio de petroleo e gas. Para tanto, vamos fornecer a seguir a definicao e a classifica cao dos principais tipos de plataformas presentes na costa brasileira. Considerando a definicao acima podemos distinguir as plataformas con- forme seu emprego e, nesse caso, podem ser assim classificadas: . Plataforma de Perfuragao - Como o proprio nome esta dizendo, sao unidades Construidas com arranjos e equipamentos proprios para perfurar os pocos de extra- ¢ao do petréleo (Figura 6a). Tem como caracteristica basica uma estrutura de torre Em seu convés com a funcao de conectar as brocas e outros equipamentos capazes de construir 0 pogo. - Plataforma de Produgao - Esse tipo de plataforma tem como emprego a extra- a0 do petrdleo por meio do poco que foi construido pela plataforma de perfuracao. Ela apresenta como caracteristica basica uma planta de processo sobre o seu convés, que tem como objetivo retirar as principais impurezas do petroleo recém-extraido (Figura 6b). As plataformas de producao poderao armazenar 0 petréleo extraido ou nao; no caso de haver a possibilidade de armazenamento, s40 denominadas de FPSO (sigla que indica ser esta uma unidade flutuante de produgao e armazenamento de 6leo - Floating Production, Storage & Offloading). des dos tipos - Plataforma de Apoio - Sao todas aquelas que apoiam as ativida hospedando acima citados, seja armazenando equipamentos e materials, seja ‘am nestas atividades, sendo, nesse ultimo caso, denomina- profissionais que trabalh das de FLOTEL. lawebtithen ic 27 4. Navio FPSO - empregado para ar-_5. Plataforma Fixa - montada sobre mazenar © petrdleo e/ou gas natural uma jaqueta constituida de médulos de producao, médulos de habitacao e geralmente com uma sonda modulada (Figura 10). produzido (Figura 9); oe az Fig. 9 - Navio FPSO Fig, 10 - Plataforma Fixa O arranjo geral de uma plataforma depende do seu emprego e de seu tipo. Entretanto, para um entendimento basico, considerando a questéo de seguran¢a, podemos identificar nas plataformas trés areas distintas: - Area industrial - envolve toda a planta industrial; - Area funcional/seguranga - abrange a sala de controle, o convés de baleeiras, os escritorios, paidis, oficinas etc, - Area de habitabilidade - onde se encontram os camarotes, banheiros, refeitorios, cozinha etc.. A Figura 11 mostra um croqui de uma planta de arranjo geral. Portanto, podemos dit J izer que séo duas as condicdes basic uma embarcacéo se mantenha na superficie (futuando), oe 1. Estabilidade 2. Flutuabilidade Positiva + Calado - E a distancia vertic al entre o plano da linha d’ i a ea linha base K, como indicado na Figura 14. Serena + Borda-Livre - Ea distancia verti tr 10. do con- Bord cal entre o pl i ‘a poner Ney 4 plano da linha d'gua e 0 plano do c Fig. 14 - Elementos da Flutuabilidade = Deslocamento - E 0 peso do volume d’agua deslocado pelas obras vivas (corre- sponde ao peso do navio / plataforma). «Centro de Gravidade (G) - £ 0 ponto onde se supe que esteja aplicada a resul- tante de todos os pesos existentes a bordo. «Centro de Empuxo ou Garena (B) - £ 0 Centro Geométrico das Obras Vivas do navio/ plataforma. Como tal, tern sua posicao alterada em relagao a geometria do casco, havendo variacao da posi¢ao desse casco em relagao a agua. + Forgas atuando sobre uma embarcagao - Em aguas tranquilas, uma embarca- cao estara sempre sob a influéncia de duas forcas: 1. Forga de Gravidade (G) - Aplicada de cima para baixo, éa resultante de t das as forcas dos pesos de bordo, indo estrutura, equipamentos, carg; ee 2. Forga de Empuxo (C)- Aplicad aixo para cima, no Centro de Emp ou Carena, (Centro Geométrico das 0 ras Vivas), resultante da pressao da dgu exercida sobre 0 casco do navio. Fig. 15 - Forcas atuando sobre uma embarcaco Essas forgas devem ser iguais, opostas e aplicadas na mesma vertical (Figura 15) Fatores que alteram a Estabilidade e Flutuabilidade 1, Deslocamento de Pesos: ~ BB/BE: Altera a Estabilidade Transversal ~ Proa/Popa: Altera a Estabilidade Longitudinal (Figura 16). - Na Vertical - Para cima, diminui a Estabilidade; para baixo, aumenta. deslocamento Pesoparaa vance Fig. 16 - Deslocamento de peso para a vante. embarcacao, alteramos nao apenas seu calado e seu sua estabilidade (Figura 17). Pesos, acrescentados acima do Centro de Gi bilidade e, abaixo, aumentam a estabilidade. Pesos acrescentados a Proa ou A Po} adquira ou varie o TRIM no mesmo sentido. deslocamento, mas também ravidade, diminuem a Pa fardo com que a embarcacio 3, Efeitos de Superficie Livre 35 Fig. 17 - Alteracao de estabilidade - Efeito de Superficie Livre. Ex.: compartimento semialagado. - Efeito de Agua Aberta. Ex: abertura ou avaria nas Obras Vivas. + Grupos de Marcas de Calado “Todas as embarcacées tém, pelo menos, dois grupos Marcas de Calado Sdo marcagées feitas a Vante (AV), @ Ré (AR) e @ Meia-Nau (MN), em pés ou polegadas, ou pelo Sistema Métrico. Decimal. Tém como finali- dade indicar_ o volume de casco imerso na agua e fazer projeces abaixo da quilha. Veja a Figura 18. Fig. 18 - Marcas de Calado 36 i Jo menos, do mbarcagoes tem, Pe ois eee arputro a*BE” (boreste), que sao ‘AMeia-Nau (MN)- « Grupo de Marcas do Calado - grupos de marcas de calado, um a “BB” (bor divididos em trés partes: A Vante (AV), A RE (AR) e R). «Trim - Ea diferenca entre o calado de Vante (av) eode RE (AR). + Disco de Plimsoll: € utilizado para fazer a marcaco do Limite da Borda- Livre no costado das embarcagoes (Figura 19). Essa marca ¢ vistoriada de 5 em 5 anos, com 0 objetivo de verificar as condicoes de flutuabilidade e estan- queidade da embarcacao. Fig. 19 - Disco de Plimsoll CONCEITOS RELACIONADOS A ESTANQUEIDADE da linha d’agua, em um grande nimero de compartimentos estanques (células). Quanto maior for esta subdiviséo, maior também seré a resistencia oferecid® pelo navio ou plataforma a progressao de alagament. © @, con: te afundamente. aoe Cada umn dos compartimentos, de acordo com 0 fim a que se destina ¢ ¢ a sua localizacio, tera um determinado grau de estanqueidade. T e valvulas neles situados deverao possuir, no minimo, , dos os acessorios r 40 ay a. - Falta de entendimento dos procedimentos de evacuaae submersi garante sobrevivencia até a Sobreviver ao impacto da queda nao 1 n identado é que va0 determi- chegada do resgate. As acdes e respostas do aci nar as chances pessoais de sobrevivéncia. NOTA: Existem, hoje, treinamentos especificos para orientacao de evacuacao sub- mersa, aumentando muito as chances de sobrevivéncia. ‘A Figura 22 apresenta a sequéncia de um pouso forgado deum licéptero, em meio liquido, quando a tendéncia apés 0 pouso € 0 seu camento. Isso acontece pela conjugacao dos fatores: he- embor- - Entrada de Agua na cabine (perda da flutuabilidade) e o peso do motor. - Rotor sobre a mesma (perda da estabilidade). Portanto, a aco de tripulantes e passageiros é a de evacuar antes que isso aconteca, mas caso nao haja tempo para o abandono, todos devem sa- ber como agir para com a aeronave submersa e emborcada. Fig, 22 - Sequéncia de pouso forcado. Sendo assim, sobrevivéncia é questao de: CONHECIMENTO PREPARACAO } TREINAMENTO ATITUDE Para ajudar numa emergéncia, lembre-se de que: Conhecimento e treinamento preparam; - Atitude positiva e confianca em sua propria habilidade aliviam as ten- ses; 0 medo deve trabalhar a seu favor e nao contra A combinacao desses pontos forma o triangulo de seguranca: PROCEDIMENTO 42 1.3 — Técnicas de Sobrevivéncia no Mar 1.3.1 Equipamentos de Salvatagem e Sobrevivéncia As unidades maritimas sao dotadas de varios tipos de equipamentos para assegurar uma eficiente evacuagéo ou abandono em caso de emergén- cia. Veremos, a seguir, como sao esses equipamentos e de que eles dispoem para garantir a sobrevivéncia humana no mar. Baleeira (Embarcagao de sobrevivéncia) E 0 meio coletivo de abandono de embarcagéo ou plataforma maritima em perigo, capaz de preservar a vida de pessoas durante um certo periodo, enquanto aguarda socorro. Sao consideradas embarcacdes de sobrevivéncia as embarcacées salva-vidas, as balsas salva-vidas e os botes organicos de abandono. Trata-se de uma embarcacao rigida, como ilustrado na Figura 23. Antes aberta e deslocada a remos, posteriormente ganhou uma cober- tura de fibra de vidro. Fig. 23 - llustracao da Baleeira no turco ena agua Fi Com © aparecimento de navios petroleiros, essas embarcacées, que ee Permaneciam abertas e sujeitas aos perigos que esses navios repre- favam como incéndios e explosdes, passaram, entao, a ser fechadas, para maior protecao de seus usuarios , hs Wh & Pore, pata que as baleeiras pudessem ser fechadas, elas tiverarn que yer dotadas de ar respiravel, fornecido por garrafas de ar, de modo 2 propor- clonal Melos livres de fespiragio para seus ocupantes. Por normas, as bales fas FM Una autonOMia minima de B (ito) minutos, A segunda fungdo desse ar colocado @ dotar o motor de uma quan- Kidade de ar para ser queimado, nao precisando requisitar ar externo, que poder estar contaminado por um vazamento severo de gas, com sério risco de explosae, Uma terceira fungio para esse ar é exercer uma pressdo positiva, evitan- do que qualquer tipo de gas penetre no interior da baleeira, 0 que significaria un desastre para seus ocupantes, Ussas consideragées sobre a baleeira também podem ser feitas para 2s capsulas, Tanto as baleeiras como as cApsulas possuem, ainda, outras caracteristicas que as elevam a categoria de embarcagbes seguras, capazes de retitar o pessoal com total seguranga durante emergéncias perigosas. S30 elas: Capacidade de suportar elevadas temperaturas, contando, para estes casos, por um sistema de sprinklers para ser ativado nestas condices. Permitem serem langadas, pela ativagso de um sistema interno; tam- bém possuem um sistema capaz de permitir a sua desconexZo (maximo 4,5 metros) com 05 gatos de sustentacgdo, sem necessitar que pare isso alguém va ao lado externo, Sto dotadas, ainda, de um sistema que permite seu lancamento em queda livre, no caso de haver uma parada durante seu lancamento. Os simbolos que identificam alguns dos equipamentos citados est3o ilustrados na Figura 24. Fig, 24 - Elementos caracteristicos de uma Baleeira Na Figura 25, podemos ver uma baleeira do tipo free fall. Sao embarca- {oes que nao precisam da ajuda de cabos de sustentacgo para serem mn das, Seu turco nada mals é do que uma rampa com uma certa inclina¢3o est colocada a baleeira, que desliza sobre ela e atinge a 4gua livremente. Fig. 25 - Baleeira do tipo free fall Todas as baleeiras possuem uma palamenta a bordo, que viabiliza a so- brevivéncia dos ocupantes. A palamenta é todo o material, destinado ao uso em sobrevivéncia e encontrado nas embarcagdes de sobrevivéncia rigidas ou inflaveis, composta de material de manutengdo e reparo, equipamentos de sinalizagao e comunicagao, assim como racao, liquida e sdlida, material de pesca, de movimentacao, primeiros socorras etc. (Figura 26). Fig. 26 - Kit de sobrevivencia. Balsa Salva-vidas Meio secundério de sobrevivéncia, formado por dois flutuadores sobre- Postos, geralmente com dois acessos diametralmente opostos. Pelo seu lado externo esta a linha da vida, com a qual as pessoas se seguram na aborda gem, esperando a oportunidade de subir a bordo (Figura 27). 45 arode salvament 0 ncora flutuant e ‘acessorios cde embar que alsa Salva-vidas inflavel (utilizada em plataforma) Na sua parte inferior, estéo instaladas quatro ou mais bolsas de esta- bilidade preenchidas com a propria agua em que estejam flutuando. Ainda na parte inferior, encontra(m)-se instalada(s) a(s) garrafa(s) contendo a mistura gasosa CO, +N, Na parte superior, encontra-se a capuchana, ou cobertura, que pos- sui uma abertura por onde o vigia coloca a sua face quando a balsa estiver fechada. Seu propésito ¢ 0 de vigiar em torno a procura de aeronaves ou em- barcages para fazer sinais de socorro. Também ai, encontra-se instalado um Conjunto de duas calhas e um furo, 0 qual tem contato com o interior da balsa, sua fungao é recolher a Agua da chuva. Em balsas com capacidades maiores, existem a cobertura e o subteto. Este conjunto tem a funcao de proporcionar maior conforto térmico aos ocu- pantes, ja que existe, entre as duas coberturas, um colchao de ar. Pelo mesmo principio, as balsas possuem um duplo fundo cuja finali- dade ¢ fazer 0 isolamento térmico dos ocupantes quando a Agua estiver com temperatura baixa, utilizando-se para tal 0 auxilio de uma bomba manual. Em resumo, as balsas salva-vidas tém as seguintes caracteristicas prin- cipais: — Possui duas camaras de flutuacao estanques; — Piso inflavel; ~ Rampa de embarque semirrigida e escada; — Pode ser desemborcada por uma pessoa; ~ Resiste & exposi¢ao de 30 dias ao tempo, flutuando em qualquer condigao de mar; 46 metros; ~ Resiste a repetidos saltos de uma altura de45 - frio e 0 calor; - Sua cobertura deve proporcionar prote¢ao contra neste caso, ter — Com capacidade para mais de 8 pessoas, devendo, duas entradas. i ei de coletar — Sua cobertura é dotada de, pelo menos, 1 vigia, como ™ ‘gua da chuva ic iodo geral AAs balsas instaladas a bordo de navios e plataformas de um modo g ‘igura 28). esto colocadas e amarradas sobre um berco soldado a estrutura (Figu Fig, 28 - Instalacao de balsa salva-vidas a bordo. Em plataformas semissubmersiveis, jack up, FPSO e navios, a amarra- a0 das balsas é feita com a adocdo de uma valvula hidrostatica (ver detalhe da Figura 28), cuja finalidade ¢ liberar 0 casulo se houver afundamento destas unidades, com posterior acionamento da balsa, que chegard a superficie to- talmente inflada. As balsas também podem ser acionadas manualmente. Para isso deve-se seguir a seguinte sequénci - Desprender a amarragao e lancar 0 casulo ao mar; ~ Pegar o cabo de acionamento fixado a valvula hidrostatica, que conti- nua presa ao berco; -Tirar 0 excesso de cabo do casulo; ~ Dar um tranco, quando ele ficar esticado, acionando a valvula_da(s) Garrafa(s) que injetaré(a0) a mistura gasosa CO, + N, nos flutuadores, inflando a balsa. De outro tipo & a Balsa Turcada, fixada ao berco, 2 que a balsa de lancamento manual e, portando, possuindo uma valvula hidrostatica, possibilitando assim que ela também se infle automaticamente, A balsa turcada, quando instalada, deverd ter o apoio de um turco (Figura 29a). 0 procedimento de inflagem da-se do seguinte modo: da mesma manei- 48. Fig. 30 - Embarcagao de Salvamento Boias Salva-vidas As boias salva-vidas, que sao usadas a bordo das plataformas offshore, tem um dimensionamento proprio, 40 cm de diametro interno e 80 cm de didmetro externo, para fa- cilitar 0 seu uso (Figura 31), Estao dis- postas de 24 em 24 metros de forma que 0 usudrio se desloque menos do que 12 metros para langar mao de uma delas. As boias salva-vidas sao confeccionadas de modo a resistir a0 impacto, quando lancadas da altura que estiverem estivadas até a linha de flutuagao, estando 0 navio em carga leve, a plataforma em calado de tran- sito ou 30 metros, o que for maior, sem prejudicar a capacidade de fun- cionamento dos seus componentes. Deve ter massa de no minimo 2,5kg. Sao providas de cabos retinidas de 9,5 mm, cujo comprimento deverd ser igual a0 dobro da altura dela estivada, ou de 30 metros, o que for maior. Se forem destinadas a acionar 0s dispositivos de liberaao répida dos sinais fumigeros autoativados e 05 das lampadas de acendimento au Sorstitrscxsee | 1,3.2 Procedimentos dentro da Agua Procedimentos de Abandono © ato de abandonar uma unidade (flutuante ou fixa) significa que se perdeu por completo 0 controle sobre a emergéncia presente. Neste mo- mento, deve-se deixar para tras bens e afeigoes a coisas materiais. Se for possivel levar algo para bordo das embarcacées de sobrevivéncia, que sejam coisas que possam trazer mais chances de sobrevivéncia, tais como: barras de chocolate, doces embalados, 4gua, roupas abrigadas etc. Sempre que se fizer um abandono, devem ser utilizadas as embarcagées especificas para tal, pois foram projetadas para sobrevivéncia e oferecem conforto e seguranga. O salto na agua s6 é aconselhdvel, quando se pego de surpresa, isto é, quando a pessoa se sente cercada por uma emergéncia qualquer e tenha de se langar na agua. Antes de fazé-lo, verifique, nas proximidades, a presenca de uma boia salva-vidas, lance-a a agua e posteriormente faga um salto reto ¢ de pé. Na agua, utilize a boia convenientemente. Na auséncia da boia, verifique, nas imediag6es, a existéncia de qualquer material que possa Ihe dar apoio de flutuabilidade, tais como: bombonas va- zias, pedagos de madeira, isopor etc., e o lance na agua. Nao havendo nenhuma dessas alternativas, salte na agua. Utilizando sua cal¢a, improvise uma boia, dando um no em cada pera da calca, fazendo entrar pela cintura uma quantidade de ar que venha a inflar a mesma; ao se esvair o ar, volte a fazer a manobra até a chegada do resgate. Se o salto na agua se der a mais de 4,5 metros de altura, deve-se as- sumir a posicio grupada para evitar leses. Para essa posicao deve-se co- locar os dedos polegar e indicador para fechar as narinas e, com a mesma mao, fechar a boca; passar o braco desocupado por cima do que est sendo empregado e segurar 0 colete de modo a evitar que ele faca um movimento vertical, expondo a pessoa a ferimentos produzidos pelos tirantes que passam entre as pernas. Sem o colete, ser necessario fechar as narinas, conforme a orientacdo dada, cruzando os bracos de modo a diminuir a area de impacto contra a superficie do mar. Naufrago na agua ‘A maior causa de morte em emergéncias no mar é a hipotermia por imersao, que pode ser definida como a diminuicao da temperatura do corpo causada pela exposicao do ndufrago a ambientes frios, principalmente no caso de imersdo em agua fria. ‘Antes mesmo de o ndufrago enfrentar os problemas decorrentes da hi- potermia, poder sofrer 0 choque térmico inicial, 0 que pode ser fatal para a pessoa que se lance na dgua. As roupas adicionais reduzirdo esse efeito, representando © primeiro elemento de protecdo do néufrago. Assim, deve-se abandonar a unidade apropriadamente vestido. 53 Sendo ea ge Baa Pessoa que estiver dentro da agua deve adotar também lequados com o objetivo de reduzir a perda de calor do seu corpo. Para pre: pes reat a i do corpo, a pessoa deveré assumir a posicao ence Se, nace do corpo, a circulacéo periférica conti- See aguas de temperatura baixa. A posicao exposta na prépria para pessoa que se encontra sozinha na agua. Fig. 32 - Posicao HELP Quando houver um grupo de pessoas na agua, é aconselhavel permanecer em posicao Huddler ou Circulo de sobrevivéncia, a fim de preservar a temperatura do corpo, como pode ser observado na Figura 33 Outras finalidades da posicdo Huddler, é de aumentar o alvo para embarcacoes e aeronaves emprega- das nas operacdes de busca e salva~ mento, como também elevar 0 moral dos seus componentes. Fia. 33 - Circulo de Sobrevivencia ea Soca SLU) brkththy Eee} eer Embar cago em perigo usando EPIRB Fig. 35 - Esquema mostrando a rede de servico de emergéncia da EPIRB OBS.: Existem similares na aviagéo, como o TLE aerondutico e o de aplicagao pessoal - PLB. A EPIRB possui também as seguintes caracteristicas: - Radiobaliza de localizacao via satélite em 406 MHz; - Autonomia de 48 horas apés ativacao; ~ Luz Xenon de alta intensidade para visualizagao a distancia com 23 flashes por minuto; - Vlvula Hidrostatica para liberagao automatica; Programacéo com MMSI ~ Ndmero de Identificacao do Servigo Movel Maritimo; Mest scsnser im em um dos vertices, onde se prende um fino cabo, que prende na outra ex- tremidade uma palheta de madeira ou plastico, também com um furo, como ilustrado na Figura 37. Esse conjunto sé deverd ser usado em dias de Sol bas- tante brilhante. Para o seu pleno funcionamento, o Sol deverd estar localizado em quadrantes contiguos 4 embarcagao da qual queremos chamar a aten¢ao, enquadrando esta embarcacdo nos dois furos, espelho e palheta, simultanea- mente, fazendo incidir, no furo da palheta, o reflexo dos raios captados pelo espelho. Para se ter uma ideia do poder de reflexdo com esse tipo de espelho, se ele estiver ao nivel do mar, a distancia util para sinalizagao é de 10 milhas nauticas. Em caso de aeronave, se ela estiver a uma altitude de 9.000 a 10.000 pés, esta distancia se amplia para 45 milhas nauticas. ee) Fig. 37 - Espelho Heliografico + Fumigeno de 3 minutos - Fumaca laranja - Esse tipo de fumigeno sinal- izador (Figura 38) devera ser emprega- do quando se tiver, durante o dia, uma embarcacdo, ou uma aeronave a baixa altitude, nas proximidades. Seu tempo Util 6 de 3 minutos e apresenta uma fu- maca de cor laranja Sua dotacdo nas embarcacées de sobrevivéncia é de quatro uni- dades. OBS: Verificar sempre seu prazo de - Fig, 38 - Seca: ig. 38 - Fumigeno de 3 minutos + Facho manual de luz vermelha - Este tipo de pirotécnico deverd ser em- pregado durante a noite, a fim de sinalizar para uma embarcacdo, ou para uma aeronave a baixa altitude, nas proximidades.

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