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A Filosofia na Idade da Ciéncia Pon muito repetinse 4 se vulgarizou dizer que vivemos ‘a era atomica, O que significa, porém, chamar uma época ‘da historia da humanidade de era aiémica? A primeira ‘sta exprime o dominio plinetirio da cigncia, A energia do ‘tomo, desenherta pela ciéneia e controlada pela tecnica, constitul o-sistema de forgas, que doravante determinaré fa construgio da existéncia eo curso da histéria, Numa Progressie sempre erescente, 0 homem moderno se vé cer- > fade cada vez mais dos produtos e artefatos da cigncia. A onto deo fisico alemio Werner Heisenberg escrever' {ive munn futuro no muito distante os aparethos e instru- Imeulos téenicos serio. partes integrantes do homem, como ‘tela 6 parte da aranha e @ concha do caramujo. Esse, porém, € apenas o sentido de superlicie, no 0 significado profiindo do dominio da cltnelu. Niv ¢ essa a razio de existirmos na era atomica nem é por isso que a idade moderna se chama a época da ciéncla ¢ da téexica. Esses titulos, de que hoje em dia se usa e abuss com tanta itreflextio, possuem um significado emincntemente histo- rico-ontolésieo. A nossa era € cientifica em sua essenciali- zagio. Vivemos na idade da cigneia, porque é a cieneia que determina o ser e a verdade do real. Porque a eiéncia ¢ 0 melo em que se faz a experiéncia ¢ se entende o sentido de fade aquilo que & 0 elemento, em que se decide 0 des- tino da histéria humana, A’ ciéneia € hoje a forma, que informa toda a nosea compreensio ¢ avaliacio da realidade, independente © qualquer que seja nossa atitude frente @ 1.9, moore Bee Nata der aviors Phat, Hesbary 106, nit a te gone es rane at Sa stearate ome Ea ee eins > Na Froehliche Wissenschaft, gaia ciéncia, diz Nietzsche Se ee Elta ccs he ory cléncg, que, emi lutea Por iso, mea 36 Pode rir das credenciais da filosofia. ee oS cise elon oe i gee en ah ee Pia Tatty 166 0 12 joragio etd sujello tudo aguele que se dedica a 1 assim, desde suas origens, a filosofia se ver. apreseatando come 0 esforgo de pensamento que. traz eon sigo 0 tisco de cair num buraco'e do qual as domésticas sempre riem! Na idade da cléncia ¢ técnica essox risndas_atingiram uum suimero sem conta. Todas ‘elas, porim, se fundam wa constatagao simples e eonvineente, que ja Rogério Bacon as. siny exprimii no Opis Mains: "Si bone inopicia philosophia nullius est ulilitatis”: “Se bem se examina, a fiosofia nie de uilidade alguma", Com ela ndo se pode cumpreender nada, Na Blafdhrung in dic Mclaplysik diz Heidegger que ‘ssa constatagiv, muito em voga as esferas dos homens Je ciencla, € a expressto flel da verdade. E” tio verdadeira, que quem procurar mostrar contrario e quiser provar que com fiosotia se pode fazer alguma coisa, Ihe presta um desservigo, Pois ‘contribul para aumenar ainda mals. a confusio reinante, de que se pode avaliar a filosafia se- undo 08 critérios priticos com os quais se julga da utii- dade de auloméveis ou da eficécin de antibisticos! Nio, esti muito certo! Com filosofia uo se pode fazer sala, O'erado € apenss penser” que tom iso a Moot ter, ‘minow. Pois ainda hi o reversu da medalha, Se n6s nto po- demos fazer nuda com filosofia, resta ainda acertar se também a fHlosofla ndo pode fazer nada conosco, caso na- ‘uralmente nos dediquemos a seu cultivo, O que é inutil Pode muito bem desempenhar uma forea existencial in- Controlavel, O que nfo conhece ressonineia imediata na vida pode muito bem estar em consonincia enm as molas Profundas, que acionam o acontecer histérico da. human lade, Pode alé mesmo servircthe de prelidio, Ime mente, porém, a filosofia nfo poderé jamais proporcionar ©8 recursos nem eriar as condigdes de nenhumasituacio histories. Movimentoe de massa’ nunca. sio impulsionados mediatamente por reflexdes filoséficas. Por win razio mul. {p simples, que Kant lembrow av dedicar a Critiea da Razao Para co Ministro de Estado, 0 Bardo von Zedlitz: na filosc- ia 6c trata de “esforgos, cujo bem ¢ grande, mas distant, € por isso mesmo permanece de todo inacessivel 4 visio co. mum". Diretamente a filosotia diz respeito e afeta apenas ‘wna minoria sem expressio numérica, $6 indiretamente, € B ainda assim por melo se procestes incontrolives, ela vai ainagunde aus base such para em determinado momento iat raus Jo entdo de he muito esquccioa como filoso fietMeraporarse a terra dos homens, trabsformando-se fhuma evidenela da condigio humana. seMpevide to modo estranho de seu vigor a fosofia se ve relegnda, na idode. an eleneia mais do que e% qualquer Tutt fade, a uma posiedo marginal. Por isso se {orn im erioss a meceeidade de se dicelirem as relaes entre fi Perc citnca, Pole ob discusses dessa natureza poderio tree Gegpiitg do homem moderpo para a grande de- PIED Jecloto sobre o sentido do sua existfncia, que toda cleo Austen seuupre de novo impse a0 homem fini, poe fomica ae tewta, de uma devcio, que Hnereasa 20 Nfollieado existenciakontologioo da eidnela: send a eléncia Seniad® (asldneia do saber humano ou haverd umn outro Saber mais onal que se fancam ov fndemanay ods ites, dessa manera se assogura & ciénia Se ac sa efihtia? Para 0 destino histrico do be dn moderno sera necessirio umm tal saber origindrio ou refeed sos ele dispensado e lamgamente substtuidot — © meee que a presente conferéncia nfo diz mas procure Se Sacto que diz ao dscarrer sobre a posigho da fso te Adado da einen TE gempre um csforgo penoto « muito diel o acesso a cienciaaptsar de toda'a ejuda doe profesores. 0 proces cee ibtigho du idncia descreve uma trajetéria do eres Sates qraus de difluldades: desde o saber pre ou exten Gfenutieo da erianga aid o suber profundo © transformado Ge "cspecialisia, Numa elénela temos que ser introdusidos, femfo nio if estamos em seus dominios. Nao uasee ‘octane neahua clgnelainala, © homem pelo simples fato de ser homem ninda nao € cenit ois a ciéncia € uma possibilidade historcamente con cretienda do homens, em primelro lugar do homem ociden- Six Esse possiilidade realieada ‘wo Ocidente comeca hole f longarse e cobrir 0 sudo flcro, Informendo com su fotiefodos es povos. Sem divida, no £ um mero caso Nao se trata de um proceso, cuja evulugio MMotla Estamos diante de tim destino istics, Mas donde provém esse destino? “ Costumamos distingulr a vidu précientifiea da atitude clentifiea. Nessa disting4o a vida pré-clentifiea se nos afi- fqura mais ampla, mais rica e variada. E’ teeida de compor- famentos € relacdes, que se entrelacam numa infinidade de selores: no campo das atividades praticas, do uso e confec- io das coisas: no terreno da comunicagéo religiosa com poderes divinass na esfern da convivéncia sociel com a8 ‘Outros homens; no plano de experiéncias estéticas da be- leza, € em muitos outros. Antes de qualquer ciéncla a vida hhuaiana j& € dinamizada pelo jogo dos chamados fendme- nos existeciais: do amor © coucurréucia, do trabalho © lute pelo poder, do respeito aos imortais e medo da morte. A ‘vida pré-cientifica tem profundeza ¢ superficie. Conhece fa banalidade do dis-a-dia e as horas de sua grandeza, esse mundo pré ientifica brotam os motives que con- dduzem por eaminhos cruzados & origem e conetitulgto da cidnela, Das preoeupagées imediatas pela eubsisténcia tmelos de defess, da. sabedorla mégica' dos sacerdotes, do cspirito curioso "de povos aventurelros, da ociosidade’ dos Senhores, da admiragio de naturezas’ contemplativas, da divida de espiritos céticos © de tantas outras fontes surge 4 cigncia, Toda gencalogia de uma cigncia nos diz sempre da possibilidade de 0 homem existir sem ciéncia. Hoje, po- xém, na era aldmiea, nfo se trata de uma posilidade 80 aleance de nosso arbitrio. Por uma simples decisio de von fade no nos poderemos livzar da situagdo histériea em que de fato existimos, 0 caminho da ciéneia ocidental j4 io pode’ ser refello em lik mneios de escaparinas. a ‘nosso destino, Nao obstante, a genese e constituigao da ciéncin e sua cultura revela um cardter epis6dico, que a toma, num sentido profundo, essencialmente temporal e contingente. © que, sein divide, nfo significa que ela seja um produ »-aciso on que nela nko operem forgas origindrias da Existnin humans, Todavia &posivel geparar humanida. de © ciéncia, A neceuidede da citneia & uma contingéucla stériea, O homem nfo precisa do espago da cléncla para desdobrar sua existéuela. E isso uo vale apenas dos tempos arcaicos, para os periodos sem hist6rla do nomadismo prim. tivo. Vale principalmente para as grandes cl tho. "Vale princpalmente para as grandes eulturas’ nto. 6 ‘Talvez haja aqui Tugar para uma objegivs depois que. © homem, encontrando @ conhecimento, tomou posse couse Gate de sua racionalidade, apés ter descoberto em si a razio Gina ratio. liberdade, sera mesino que ele poderia delxar e'tazer uso de suas possibilidades? Nao teria entdo de aper- feigoar, aprofundar e sistematizar seus conhecimentos? Nao r deavendar os segredos das coisas, perscrutar ‘Jo tempo e espage, numa palavra, no teria de construir a eitncia? ‘Som a menor diivida! Mas teria cle que seguir os mol iémeia ocidental? Sera essa a dnice forma possivel idade? A unica maneira de afastar a eseuridao da animalidade? © iinico modo de instular-s¢ luminosamen- te no mundo da realidade e promover i luz do Sentido do Ser 'a verdade dos entes? Que concepeso da verdade © que Interpretagda do Sentido da realidade torna possivel a es tancinlizagio da eléncia ocidental, impelindo-a a expan- ‘Tiree © exereer-se num vigor planelirio? So essas pergun- tas que interessam nfo 4 génese historico-Ontica ¢ sim génese bistOrico-ontolégica «da cicncla. Para esclarecermos cena devida profundidade a abjecio, deveriamos discutle Suficientemente essas questes. Naa paderemos fazt-lo aqui. Pols ainda nio dispomos de todos os elementos. Por isso fomaremos win atalho. ‘A expresso “mundo da vida pré-clentifica” ¢ um con ccilo introduzido por Edmundo Husserl, v fundador da mo ema fenomenologia, Apesar de todas as iluminagies cidé fica, uma. estranha obscuridade sempre 0 acompanha, A a visla, julgamos compreendé-lo numa idéia clara © Ubtinta, Pré-cientificamente, isto é, antes ca ciéncia, vive o hhomem da vida pritica, Ocupa-se de negécios ¢ afazeres, sem se preceupar com as qucstdes e problemas da ciéncia. Tazo ele deixa para os s4bios, Inventores, téenicos e cientistas fdas varius especialidades. ‘Mas as colsas niiv sfio assim to simples. Se ele. fre- qdentou uma escola, J& perdeu a inocéncia pré-cientifica Jartntrou em contacto com o mundo da ciéncia, ainda que jeoha sido de um modo primério ¢ Inocente, aprondendo apenas a ler, escrever e contar. Se nao freqtientou nenfiums fescola, sabe 20 menos que a infinidade dos instrumentos produios de sex. mundo so descobertas ¢ invengdes da ci 16 facta, De hb muito © mundo, em que wiverog, deixou dese Satan lat Up Bo ogre om 4 Palagem Puce, culvads pele hele camponcot @ aves; E a matureza violada pelos iavengdes industria Samii phn tesa etic Acad on amos" dowimnentoy, que ‘esteminham ese ‘Gomi Gr ciéneis = 5 _ Isso signifiea: as cigneias reagem sobre a esfera de onde astra enlullandoa de eas Broan E nto open oe Torma de instrumentos téenlens. Emi nosso tempo do Papel Impresto, da. vor trantmitida, da imagem projeteda a vale Sorizagio de todos os produtos da cultura 8 assumiu pro- orgies groteseas, Em formas formulas populares 09 to Temas da eféneia, mesmo das cléncias mals diffcels © perk gusts, luvadem y undo pré-cieulfico © v sugestionain cou 0 lixo cultural de uma tnformagdo pela metade, miultas ¥ fey ures, Assin endo vemos aitramenté ent eiéncia, também nifo vivemos em sentido rigoroso fora dela tote vida prestealfion fe deecninads pea ac fa nos achamos em seu poder, quando nela procuramos en- frar. Nunca estamos intelramente do lado de fora nn 8 igitin sn prensa invite do homers ibrdaf site estiuen pals fushas Gites Os fetes com Ponder da tenfcn por rept de dy seuFicocete 4 Linguogens e formulagdes de dma literatura popular? — Ningués'ousra atimélo com sertedade, Isso Toluvin nao lstedl 0 fato real e inconteste deja nio viver mals hte fameante fora do clic De Ja er pera a noel to Inch uma longa historia da citnia, Nesse sentido fodos omens da efaatGmica possuem srapre ume dla, eunndo ada uma idéia de papel do que sela cifncia, Se bem se nalise essa imersfo histérica do homem, desfazse por si mesina a contradigfo, em que & primeira vista parecemos cair, Dizlamos, de infeio, que 0 homem pade, mas nio deve Recessariamente existir na paisagem da eidncia, A cin ‘Mo ‘um fentmene exitenelalonaittivo do homety en unto omen. Nao possi msn entegoria do trablho, amor ¢ dominio. E preseamente por lino € que 0 aca ia & sempre um problema de solugdo dificil. De outro 7 Jado, porém, a andlise de nossa siluagio histories, parece revelar 0 contririo. Ja fe livre do poder cienti ‘ao ha nenhuma esfera inteiramen- A chamada vida pré-cientifica ei fede. imbuida de ciéncia, Trala-se contuda de wna simples apart A presenga universal da cicncia € uma sMidrmiaada condigdo histérica, nunca uma estrulura exis; > tencial neces vig. rata se de. um falo. que, assim como tele “ractum™ € uma forma de “facere”, & sempre feito, Ta feito, sem divida, de peso irresistivel, instaurado por delerminada configuragiu das forges hist rieas, impulsio- Sedo por decisdes origindrias da Hiberdade, mas mesmo as- sim, @ por ser assim, um ello episddice, O que nfo nos wea ‘ppeibitidade de prevertIne 0 future, de predizer-he trofetleamente o fim, antes no-In neg em principio. Die eretemyanas a. auloconsciéneia de que © homer, por ser cimplesmente homem, nio deve exereer su tsfera da cigneia, enmo 1a humanidade na fem de exereé-la na almosfera do trabalho, do amor, da Iuta. => Animal racional, © fun natureza, no desejo de saber. Ni homem arde por necessidade de juma sede insaciivel sun ualpre mais. conheeimentos. Para © homem finito mio de sesppre que seja completo, definitive, satisfatério, Que The apague a. atracio do desconhecido, que se contente cone sige mesmo, Hi homens ‘que se contentam © que; logo satis- Fates, se instalam tranquilamente numa distancia respei- ase frente aa, desconhecido, Sio as naturezas que herda eee fouco de foge de Promcteu. Mas, em si mesmo, v saber Thumano como tal, justamen Dulhado por uma jasati constituigao ontoldsiea mente suber", € 2 frase ro Livro da Metufisica. seja, 0 nexo intimo de istura de faculdades fem si mesmo o desejo de saber ¢ 0 mi mais violenta das puixdes, muito embora 9 jos en raz psicolngia vulgar, eoncebendo a person: ‘por ser finito, € sempre trax isfaeao sem fim: “no vigor de sua Hodos os homens desejam ardente~ ‘com que Arisiételes abre o Primei- ‘A Higegio profunda entre saber ¢ de ‘asio © peixdo no consiste numa Iinferiores e superiores da olma. Ja ig selvagem dos dese~ idade numa espécie Me fopogeatia de rezioes allas e baixas, oponiia a razio paingo ¢ eante os louvores do saber desapaixonado, Na ver: lade, porém, 0 saber I mente, Mas sua dinimi 18 ‘mano é sempre carregado dinamica- ino se reduz ao processo psiquieor fa sucessfio de alos e representagdes do pensamento. Ea sopria estrafurn do saber em sf mesma que ni ea Wicd do sober com ima outra yrandess: A grandosa Dega- Maccccemieen(aarinreckani ° [esse setdo o desejo de saber € un fenome da enstenen,constiutivo do homem como homemy ng ndo st fev ier dsj igi de se com ea oeidental Esta € apenas uma eonfigurngao historia e een pre limiada daquee. Na ern attmien, em que impers a i formacio da cidnia,o saber conttitivo da existéncla ve fur dintinica revoluclondria sipengada Je casagio pela re nnalldade.clenifen. Tralnse, porém, dum esfarg. 6 tnelhante so do Rario de Manchhensen, fentanlo arrencor fe do pintene pelos eabeles, Pols a ciénia, longe de ser tim fenomeno exstenlal necessio, ji € em muna wna Urioulagto hetgrea do: proprio saber origina, ‘Toda trama de relagbes nunca se compée apenas ded semen Premupe st ers fn gue serve de ee ago comm 8 articulagao_ das. civergenciss «converge Geet ov trmos selaiondos, No caso de ciel ef si xeéci human, ic, em seu deseo eine Header, ere de pont ann deselect ade diferenea, a convergénciae divergenca enire amas, ‘se articulam em fungio da atitude do homem frente ea ja fers don homens a cénein, nie conettine wane e, teronlngioessenclal da exstclay so afirma mama, Bre Senga, de. Talo, hisloricamente eondiionada, Tssoy a, cen E a filovofia, como © homem se com- pb com cla Sus oxstincia? Exinirh cle de per si muma situaglo ex: Watt? oa. sagumnio xis site wesc vt i virude’ da meama ele ala, que Ihe ‘npc omen a encla? Havers uma genealogy da fle sige uaa pre-e, como ho una eneatola seni" Vida re-ceniea? primeira divergtncia, que ope flsotin e cine, dic Few essncilnggae dese, Como ger que 86 acione coon a existecia humana, « filostie nunca, © tro fem razio de cua pripria esetneia, 6 eegura de si mesma, 10 ‘como a ciéneia, Embora conheca em seus fundumentos e1 i pe rE ee andenfearse om praca 8 oer seni nn pre ok by Sep et Sn erlda ao il pei, oo ol tigate cena, Quan gare fs, Sa come die, Po em sua een plo aan cu ape cpilético ou um carcinoma medular, nunca, porém, a medi- ne funda oe ee i aera Tesi um psa sult, porém, de uma deficiéncia de conheeimentos. ‘Nao & cul per ass por sabemea mula alt dle em pensar filosofieamente. Hoje conhecemos toda uma historiogréfien de grandes filésofos, um muscu dou- em que hi concepedes, opinises’¢ interprelagbes ara todos os gostos, closlficadas em rolules preciws: Yen. in, idcalismo, socialismo, criticism, eaistencalismo, Ista de todos ce fsmos nio tém fim. Se € verdade.que em sia presenga a flosofia udo € uma eléneta, alo é/imenes yerdade que cm sus auséncla o sistema dos mos. compe lima cléneia da plor espécie, a ciencia de catalogar as dou- irinas filosofieas, e a initula de Bistéria da filosotia, muito fembora de blstéria ¢ filosofie mesmo sb haja o titulo. Pols Saber fosofia no “€ apenas saber as senteneas dos fide Solos, o que gles pensaram e disseram, E° saber pensar ¢ Bees cuie gircamipie cies Ease faue cerlamente sabia filosofia, a maxima de toda refloxie oxic. Minima, que ele recordou a Fhethart e consortes om as palavras: *, «muitos historiadores da filosofin.- nfo perechem a intengio dos filsofos, por deeprezarem a chave Me toda interpretagio filosfica, a ewincle da, prépria Ta: Ho, por isso no conseguem ver, por entre © que of filés0- fos diaseram, 0 que quiscram dizer*- - ‘As mais’ das yezes esse aclinulo de conhecimentos pe- cos s6 os cega para a presenga extraordindvia, dai losofia na existénela, A fim de identificsla, nfo basta co tubecer a historiografia ilosiea e abstrair dos grandes pen. sadores um trago que seja comum a todos, Desde 0 fim 4a antiguidade nos Toram transmilids sels conceitos abstr tos de filosoia: 1. conheclmento das coisas enquanto star 3 conhecimento das coisas divinas e humanas: 4 preseupagao com a morte; 4, assimilagdo de Devs segundo ar posibil. dades do omen: 5. arte das arts clencin'dan Cienclass 6. amor & sabedori a carat 82 Poderenos acitarsimplesmente alguna dessas aracteriagGcs erm quc e exprimiu u experiencia do honem for 9 filosotia no fm da anliguidade? Em que medida nos, omens modernog, filly do atomo e da miquina, dese, ramos ainda nossa existencla no espago de experiéncia do ‘Pe oo gregos chamavam “on”, “theos", “episteme™, “lechne $,285 taduzimos por “ser”, “beus", “eiéncia", “arte ou e- pica"? Ainda dispomos de ‘tanta forga criadora de espirito ora opor a experiénca filosfica prega uma olitta, 0 mes. dapainPO moderna e origindria, que sirva de funda e fun- vento a um novo humanismo? a —> A interpretago da filosofia como amor @ sabedoria, “philia sophins”, lem sido a pista mais frequentads, apesar de nio sor esse 0 sentido origindrio da palavra grega. Sac bedoria é algo que todos os homens dizem conbecer € pre= zur, algo em que os povos de todos os tempos véem um valor Supreme, Mas talvez se dé com a sabedotia o que acontece Com a flicidade: todos se empeoham em buseéla mas Cada um a interpreta diferentemente, "No primeiro livro da Metafisica Aristételes esboga uma ‘raduaglo das dimensdes em que ve axticulam ao povolbili- dlades da sabedoria, Num primelro grau a pereepgio sensi- ‘el; “aisthesis”, se estende & todos os seres vivos. Localizada ho espaco e siluada no tempo a sensibilidade percebe apenas fo que Ihe é dado “hic et nunc”. Alguns seres vivos, porém, fs animals, retém o contetido de suas percepgdes, integran- ‘loos na_sintese da memérla, “umeme”, e nesse sentido ja saber mais, sia mais sbios do que os vegetais. Os homens, falém de sensibilidade e meméria, dispdem ainda de expe- nia, “empeiria”, o pela experiéncla se Ihes torna fami uma pratiea no trato com as coisas, © que Os greZos Chamavam “techne” e que melhor do. que “técnica” traduz {palavra, portuguesa “pericia”, Da “techne” procede num (superior a -reflexio sobre os prineipios constitutives| ta existéncia, a “cpisteme”, cuja tradugio por elncia é no Iminimo desviaute. Por fim coroando, como chave, toda a bobada da sabedoria, a suprema forma de saber, 0 esforgo pela “sophia”, a filootia. (0 que Aristiteles pretende messe esquema ntio € um sk tema estitico de graduagio, uma cadela de vasos comunk antes desde as plantas através dos animais até o homem © dlentro do espago humano desde os téenicos através dos clen- istas até os fildsofos. A graduacdo constitu, como um tod lun movimento s6, um Unico processo de sutopotenciagioy de auto.essencializacho do saber. A filosofia nfo & uma posse irangiiilamente estatiea. E” a dinamizagio de uma conguis- {a Ao homem finite no & dado sesde sempre nem Dara sempre o ser de sua esséneia, Para cer aquilo que é ele deve Tatar na conquista das estagdes de sua constituicio ontolé= fica, © ultimo yruu da graduagao ja opera virtualmente {lesde 0 primeiro, constituindo-se na forga, que aciona todo © processo da sabedoria 2 mecha 5 tants mdash © pai ftexfo o fMlosolia formam a perepectiva em cujp horizonie hbegedl rentb gcetae Ad felnas “sib “tophor, © “sebedors" Sophia” atin, a Ae ee pling on is vulgar comprcensto, das Faure. cashes Rabio™e subedori, a im de explisiar s manets letete Go mee fomtle crecee ute Chalo nae meee oss of wsiliets te vee pelturs © eens fos na existence, do gue € sabedorigservcine de eesh @ investigacao temalica da filosofia, Nela se deslindam as pressupsigies, que sempre se Tezem, menne mss condigaet Se vide price male egies © am intron Heats hamem 36 chesou k filosfis, por sempre conbeete vista ae a pa Get. Styrene grou de sobocttincin Se Rowen Bi sts fn. saion dan Sehnert Aguma crise, tndepandanta de enlaténcas wen aaa ehee i on steal cesium saben te ahead se ¢2.0 Jato proprio de suber human; come bi teak feats Be sce cs decarnn pe nee bho Intote {'sopelniy Ail procure bo ii at Metis, precag dofloma na Cxetnc ma das relay que soldam numa interdependeacs Fn ord en wr dit ‘ilosofia sempre est toda presente em todas as Becsey sconce Fe teense ee aoe fe ales de Mlofar dlerminaine 6 chico, desma Ihe o terreno discutirahe o metodo, ot demancar emit suas questdes,estabelecer os Grgion de wen exceico, as, [eGurando-se primeiro de sua eficicia © reto uso equi en 80 Vio esforco de se querer pensar sem o ae Toda propedéutica da filosofia ‘id pressupa rpmeciae Ua eiséncin Exige tober ae de entero cin que welngOes Sateen ne ah aes te enconta o bomen coma flotia ¢ Module tone Ne ita presents a aupiva a conhecer la tudo & mots claro e definide. Todo ciéneia inseam ead ata de progr, de una Jong le desenvolvimento, da. colaboragao. de Ge, redes Inteiras de centstay, documentado. em’ obras. 3 7. tandardizadas, 0 estado alual sc dinamiza nas pesquisas los laboratorios € no ensino de institutes espectalizados, Constando de um acervo de teoremas estabelecidos, proje- tao sistema das questdes em que se desitobra © Progresso ae investigugoes. Nao significa estado final ¢ definitive mas Gpenas corte transversal numa marcha de desenvolviinento, Desse catado afual é que se determina o acesso ¢ aquisigio Uc uma eigncia, No fato da cultura basta o esforco do es: tudo pura o individuo Introduzirse no movimento da ciéne th Mas 0 homem pede, nfo deve fazilo, de vez que 00 Scr de stn hominizagio no pertence necessariamente 0 des- Noprarse da rucivmulidade so estilo da eifncin ocldene tal. E € por isso que 0 ucesso a i embora dificil ¢ penoso, é sempre fundamentalmente possivel, Toda intros Muede repete de alguma mancira a gencalogia da ciéneia da vida pré-cientifica. ‘Ta a filosofia exclui em principio qualquer introduc, ‘Nao 6 uma possibilidade que © homem ow a humankdade pudeese ou no realizar historicamente, Trata-se de uma Pecessidade existencial, cuja viruléncia instaura © proprio reerimente hietérieo, hamem no poderd jamais porse fora da filosofia. Nao dispde de nenhum pouso, livre. to- Tuinente da atragio de sea magnetismo. Desde aque Pro meteu roubou aos imortais o fogo do Ser, desde quando Adao Tomeu 0 fruto da arvore do conhecimento, quebrowse, nO Ger de Rilke, a paz da escuridio animal, ¢ o destino onto {ogieo do homem lem sido lutar pela verdade dos entes na tena da historia, Desde nto. home existe, Bstendety ose no. espago da lingwagem, usa sempre da palavra set ary Drain owe nyt sy abe Jel'da linguagem, — chama as coisas e pessons de seres, com seed MSinuntes em termos de coséncin ¢ existéncy a Constincia e mutabilidade, de ser e nfio-ser, de poder ¢ deve ser. de ser verdadeiro e falso, bom € mau, de ser presente pasado e futuro. Toso, todavia, nie quer dizer que todos os homens $8 tenham edieado sempre em todos os lempos ao cultivo © plicito © temitico da Filosofia, De mancira alguma! Co Parade 4 extensiio dada aos negécios ¢ afnzeres, aos Phos; paixes ¢ desejos, o pensamenta fiosofico ocupa $e pre ulin espago inaignificante de historia, So apenas a poucos, somente alguns marginals sobem « montanha sol- Riva das geleies pura se consugrarem ao écio inutl dat fossa, E todos se hanham na mesma Iuz trglea, em que Socrates apareceu aos atenienses;sentindose muito embora Festidn do destino messianico de reaguariar e premover frerdade do homer, sempre se viu marginalizado por Atenas, para, acutado de subversdo’ dn fuveniude, ser condcnade BEE cia tin nerve dou tradigten domsedlionn « rdighe tas do povo atenicnse. O pocta Hocldcslin exprime © destino TE inves oe fildsaton, quand die que Sécrates fol condenode por ter um olbo demals, Para Nietsche, o fidsofo € wa Bas ue wtstantaeate ete ny owe, snp pera e sonha colsas extraordindrias, Ora, em odes es tem. os a vida deapteocupadn dos hotoeas parece defenierse tom ult oa ona diay con sy ssp, coe a8 vsbes e csperangas dos pensadores. Ela confia mals le pesmeno, AD cosiderarmosquio poco a iota con- fiona exoresnte 3 pasagen va 9 conan fo insigifieante ¢ sua ressondncia nos quads de publi ida, auio estreita a base social die filxnins, nao pode Femos delsar de ver um enagero monrruaca.ni afireocto Ge ie 0 einem prise. Sempre no espe da estas todavia ‘sin6" Apne ae rata de ume affrmagio fox sin cio cente, ara compreendermes, porta de econ a a o ao sce dwt Nio exprime a constatagdo de um foto imedia erie, Nao resita deta Indugio soba natures uma, ae se ercuaie em rex Tegal a soa na exitencin de indivuos e grupos. Mais frequen Malo mais cormum do que a reflex, é'9 isreflexin. Tole: Wi Para consti, faze mister-de-uima exes tome e aaar um crtéiorévo. em funeto do ial pone fice Uoeuir vida ndotlositca a iesdtcs, rm gest a Peta isso, Até Id nie chegnm os dois cihou fa mio de uma oposiedo ju pronta, Distinguemse numa Tigidez hermética os dois comportamente ba Tales heme os di entos e se_caqucce pret nt da manera isos em que a Hotta se hn nglo eae coconde no proprio cen da nolosofi Perecbe,eniae, coun ilosofia dorm na. sove Yi nao. 23 la cotidiana, Ja no se the descobre a presenca sor ‘mas operante no que se apresenta como 0 Sell cone tririo. A ndo-filosofia é a forma em que na existéncia ime iata a filosofia se exterioriza numa alienacig, palavra que hoje pode valer uma taga de cicuta. ‘Ao homem pertence pur uevessidads de natureza a come preensio do Ser! Embora repouse imdvel nas preocupagées Tmediatas da vida, nela se constrét o urcabougo das calegos ‘rigs em que as coisas re-velam sua presenga no mundo dos homens. Na compreensio do Ser se estrutura o horizonte, ‘om que, antes de toda experiéncia, isto é, a priori, se edifica a tolalidade do real. No movimento da filosonia, entao, toda fess con-juntura de eategorias a priori do Ser como que acom da e se poe em atividade constituinte, Liberlam-se 0s come cellos origindrios para ser novamente questionados em: Sun originariedade: 0 que é uma coisa e o movimento, ser @ apartneia, © que é csséneia ¢ existéncia, realidade © pos Sibilidade, histéria e sociedade, o que é a citncia ¢ filoso- ia, v que & a nalurca, a Tiberdade, 0 mundo, o homem. Deus? Sao questdes yelhas de milénios. 0 que possuem de sempre novo € apeuas a necessidade histérica de serem Yestigadas sempre de uovo. Sio o tipo das questies que Soe rales tomara para tema de suas discussées maiguticas com os alenienses. Refere Didgenes Laércio que um famoso so- sta, a0 vollar de uma Viagem de cusiny pela Asia Menon, encontrou Sderales no Agora de Atenas, perguntando a wm testi 1 hypodema?”, o que ¢ Isso, umn supato? E sapateiro © interpelou, indagando: “ainda esta ai, Socrates, dizendo @ fmesina coisa sobre a mesma coisa?” — Socrates o encaroyy de certo com o olho que tinha demais — ¢ respondeu fo que sempre fago. Voce, porém, que € tao sabio, certains te munea disse a mesma coisa sobre a mesma coisa!” Nessas questées milenirlas n filosofia se essencializa como ontolozia, articulando a précompreensio do Ser n0 Sistema dos conceitos transcendentals, que instauram na {O- falidade dos entes as regides de objeto e os projetos de constituigdo dus pesquisas cicntifieas. Pois nas categorias fontoldgicas se descuvelve a interpretagio do sentido da red Tidade ec a concepgio da esstncia da verdade, que empure ram o dinamismo de sucessio das épocas hist6ricas. Seni ‘a esteira, em que se desenrola historicamente 0 desejo 26 inkrlo de saber, a pricompreensio do Sor nflo & um pro Sito no cérebro de'um mamifero ineligente, Nao se trate do modo de o homem comporlarse e referirse & esstucia Magulo que & Traine antes de tudo da modalidade de o proprio Ser inserirse na. existéncia, reportanda as oselie humana. E*a auuvira em que o Ser mesmo apela 0 homem, {mpelindo-o & sua luz temporal, Nada de mais profundo de. termina o vigor da existencia do que esse apclo. As conhec- das auto-interpretagoes do homem, a anttopoldgiea, ci “homo sapiens”, a psicoligica, como “animal rationale” téenica, como “homo faber”, a'socialisia, como “operdrio’da ppermanecem todis, em profundeza e originavie- fo aquém da ontolécica, que o interpreta cama 0 lugar da auto-revelagio do Ser. O'homem é 0. prisina do Ser. O receptor da mais antiga mensagem ¢ da primeira de todas as revelagdes. Eo ouvinte de um apelo, que rompe © Sins da, nolle dos ents e compete o Filho de Prometeu 4 ahs no testemunho do fogo do Sen, promovende os sig ‘Nu existénela 0 vigor desse * , apclo mora num pressenti- eno do proprio Sen cuja onginariedade lanundo nos campo de foreas da filosotia, 2 subtral a nosso controle. B or Iso que a Hiosofia faz conosco tudo que somos, enquan lo com ela nés no podemos fazer nada, Por se estrulurar Bo sn eleréaca dierenga entre Sere homer 9 fl se essencializn mo paradoxo exislenciol. Aqucle, pa. Fadoxo, de que se serviu Nictsche parn mote de seu Zar pln: “Elo Buch far alle nd einen" “um lier para se para ninguém"! O mesmo vale da filesofia, Bo BEaMo\Ge lodcevon/icewra sae settee Deira Quanto articula o fundamento em que o homem sata ace ft exec De nen enquanto, forge de la se esquiva cin principio « qualguer: von fade de dominio do homem. Na fiisalia se re-vela toda Polncia ¢ toda a lnpoténcia humana. Em seu espelho se Felts toa '"covergadura da fintuds. Onde homer welenspolco para demonsragoes de fre, onde anda ts coat frou” de se geno dominaor, des em losofia as sombras do esquecimente, Um es. ‘Wesimento que’ a era atdmica potency ao, maximo” Ne- 2 nhuma outra idade experimentou e trabathow tantos ent Imus também se esqueceu tanto de perguntor pelo ser dag entes. Nenhuma outra época julgou tantas verdades mas Ja verdad, fambém se incomodou tie pouco com a essénci Nenhuin uulro tempo fez tamanho progresso na conquista dos mundos sei, no enlanto, preocupar-se com a questo, lade do mundo. O alarido da citneta, 9 Fonear da técnica, euclendo-nos os outvidos de esquecimen: fo do Ser, entorpece-uos as forgas do espirilo, deixando a Tiosofia adormecida numa paisagem de cogumeles atémicos, (0 curioso em tudo isso € a presenca da filosofia em sug propria auséneia. Nosso esqueeimento do Ser nunca ¢ absos Tuto. 0 sono de nosso espirito nunca ¢ tio profundo a ponto de excluir a possibilidade de um novo despertar. A tranqal- Tidade, com que instalamos a existéncia ¢ nos julgamos em feast no meio. dos entes, pode scr sempre perturbada pela visita de hispedes incdmodos: no melo dos prazeres surge Zaiusea, Na alividade febril se insinua uma monotonia @nervante. A familiaridade com as coisas sucede uma re- fa estranheza do mundo, Nas palavras de Agostinho: Inedia in vita in morte sumus. No pr6prio centro da vida hoe deparamos com a morte. A filosofia, essa necessidade Fundamental do homem, que nao The advém de si mesmo jobrevém do apelo do Ser, acompanha sempre a como a morte, Sempre temos certeza da morte Sua possibilidade sempre nos segue como uma sombra. Sax Demos que a eadn instante nos poder surpreender. E, mes mo assim sempre procaramos reprimir pensamento tio ite comodo para a margem da vida, sepultando-o nos cemité: ios fora das cidudes. E como a morte & sompre pressentida a ‘despeito de todas as tenlutivas de esquecé la, assim também a Tilosotia, como o destino de todos © de nenhum, se apr Senta na exisléneia mais ingénua na forma do pressentimen to do Ser. Geralmente se opde pressentimento a saber, ora col0= cande-e absixo ora acima, em {odo caso fora do saber No vigor de sua essencializacio, porém, o pressentiment do Ser no & uma coisa abaixo, acima ou fora do saber OF {ginbrio da oxisténeia, E’ 0 espaco de articulacio, a esteira de movimento, o campo de exercicio do proprio saber. Ele presenta, no’ sentido. de tornar e fazer presente, 0 mode sobre a mundani 7 28 > Na cra atémica, em que a fnos poderemos apoderar, Da revelacio do Ser 0 homem nao ‘mento e recordagiio do Ser que se edifica a existincia. Mes- Nunca nos args insts inteiramente numa clarida. j je acta deve sn ig t's i ht i sscmactn u rcfeto ete at coat bp stint ropa nc ty sedate ee tno sempre ma eoulgrot hes a thy Seam eo dinamo se sesame ce gt eee das varias épocas da humanidade. Na ter- fe os tomeng noha previdecis ne provitpee ce égica. © homem nunca & o autofalante do absoluto. De tntengo ado mbt aonte vl hep tea morn ae oe e E a ie ‘nos pele despir de nossa finitude, Irian dem aber sat sms Oren sis mscarada que at vance hie fe exe ce pie desmascarando sua divindade. A filosofia permu- sek sempre a retest ta do 'moie tne do eter Dor ser ons ciao de a iad, Asin os atc Serio sempre os aventurciros que se afastam Ui in tue dog entes © ae langam nar periptciw Ja betésle cm busca ‘da ‘verdad o hotaem, Os argonauias do Ser

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