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LIGIA PY Organizadora FINITUDE uma proposta para reflexio € pratica em Gerontologia NAY Rio de Janciro 1999 ©copyright 1999 by Autotes capa Solio vera asa dP CaP-teas, Ctalogago-rafonte do Foe Frnitude; uma propos pata ellen epritica em eromioiogin / Liga Fy. orgsizadora, — Bio de Jeir : NAU, 1099, 182. 321 om, ISBN 85-85936-30-4 Incl bibliograta 1. Mone — Aspectaspiclogcos. 2. hice — Aspects pstologeos. 3. Getontologa. Py. Liga cpp — 155072 NAU GRO Baigese Publicages Leda. Rus Maria bel Braue Porc, 376 P Eng” Paulo de Fronia — RJ — CEP 26650.000, ‘lea (021) 325 4431 — ema nae ibae og be 'Ntoenconttando et vo as liens pedi vi ax os mal Morte e desenvolvimento humano ‘Wilma da Costa Torres Amore pertenced categoria que Sartre chama de irrealicaves Poresta mofo, embora reconhecendoa morte como natural univer- sale inevtivel, ohomemé, pralelamenteincapazde maginara sa propria morte. Este paradaxo primar, como denonima Welsman, € ‘um parsdoxo real e nfo o resultado da consctncia ser incapaz de ‘conceber sua propria negagdo. Sempre, para cada um de nés, so.0s ‘uios que mortem se € doloraso coneeber © mundo sem alguém “queamamas€ quneeimpossvel cancebe-fosema nossa presetga, © ‘eradoso prindrio reflte, portato, nossa incapacidade de pensar 0 ‘undo separando de nosso prprio sf Em relagaoa nossa propria ‘morte ela apenas pode ser pensada como uma possbilidade e uma ameaga de ordem metaisie, masnéo ha nada de absolutoacerea do ‘nosso conhecimento sobre cla, Oy, ainda, no dizer de Srte,0 para- sinvo pode ating-la enem se projet sobre ea. A morte representa, fazsim, o limite extemo de nossas possbildades e mio de nossa propria escolha, Estaemos mort par os outros, mas io para nis esmos; pats cada um de n6s 0 moral é 0 outro. SO nos recone ‘cemcs como mortateadotanda panto de vista doutro sobre nos ‘propria pessoa. Este conbecimentoé, portant abstmato, posto em Exterioridades, Nossa moralidade no constitu objeto de nossa propria experiencia intima, nao a ignorames, mas no a sentimos, ‘Aexplicagdo par essa assimetra deve er buseada no incon lente — que ignora a morte, Como diz Freud, ostentamos wma tendencla para arguivar a morte, par elimina da vida, para silencit-la, No inconsciente todas estamos convencidos de nossa propria imortalidade, Como deeorténca, morte nos toma sempre rr 56 dle surpress, mal preparados,e por esta rzio a vemos sempre como tum evento desnecessro, premature, deplorivel, e com o qual nos deleontamoscommuitomedoe todo tipodenega¢io.Comoassinala Zilboorg, nwsmio quando o medo ds morte parece ausente, sob as Sparenctas, ele esta universlmente e onipotentemente presente, ‘indo a tona em situagses de crise ou em cers fases evolutivas «quando neldencia dtea da luz dos ato nos impo a realidade da [Em sintes,«impossibdade de um eonffonto permanente coma morte levando a represso e 20 silencio em relagaoaela,€@ limposigio da realidade da morte em detenminades momentos — cttlicos e/ ot evolves — apontam para o paradoxo da eandigto Thumana: a mais profunda necessidade do homem é dese liar da angusta da morte edo aniguilamento, mas¢ a propria vide que a ‘esperta, Sea arquivads,slenclada,veprimida, negada, ou conse fentemente — ainda que raramente — confrontada,a more € uma presenca e um fator propulzor do desenvolvimento humano. Conforme jt assinalamosem tabalhos precedentes,acranca dlescabre a morte desde uma etapa muito precocee, segundoalgans autores, ent eles Adsh Maurer, antes mesmo dos dois anos de dade, Para esta autora as experinclas da crianga com o dormir € 0 Udespertar, com o aparecer eo desaparecer, ta como nos jogos de pec-a-boo, sto una das tapas iniciais da aprendizagem sobre o set onto ser, ovivereomorte Da mesma ormma, quando uma crianga Derpunta “de onde vém os bebée?” el nao esta de modo algurm lazendo uma pergunta pura simplemente sobre a sexualidade ‘adults mas amibem uma pergunta profundament reigosae filoss- Tica sobre # nio exists, Anda para esta autora, 0 conezto de infinita € graiieane porque o equacionames com imortalidade [No importa quanto voce cane, voo® ainda podera contar mats, ¢€ isto quee a imoralidade:no importa quanto voce tenha vivid, oot vivera um outro ano, dia, minuto. Este € © nosso deseo bisico, leangar infinito.E porque também as eriancas mam o infinivoe Itam por el € que alam de mihaes, res, ete tas numeros io muito mais accinants para elas do que os mumeros menores. A insistncia diditica em relagio aos eros pequenos limita © espago-vida,o tempo-vide da crianga sr No qu di tespito 20 dsenvoinent copie, or ee ads dn esos apt pra a unidade px-temporale see ceatna mein govegltatantoaidaqeanto amor Pe en einclaldo desenvolvimento nto compreenden ds aera que aduto compreende os tes components Trin do conc de mort, a, ls fo compreendem nem vet testbade bers unereliade, nema no fancinsiade Sone Fes tn oscon empress sin rajromono pod rar aver depuis de beber pa", Pe atdeoisda inerengomedie ct Alem dio, casio

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