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F * wares ASPECTO COGNITIVO_ . - FUNGAO SEMIOTICA OU SIMBOLICA: IMITACAO, JOGO SIMBOLICO, DESENHO, IMAGEM MENTAL E LINGUAGEM (Orly Zucatto Mantovani de Assis - UNICAMP - Faculdade de Educacio Departamento de Peicologia Educacional) 1. FUNCKO smerorrca A fungdo semidtica ou capacidade de representacdo se ma nifesta através de comportamentos que implicam a evocacao representati va de um objeto ausente ou um acontecimento passado, através de signi- Hicantes diferenciados. A imitacdo na ausencia do modelo ou _ imitacdo representativa, o jogo simbélico, o desenho, ou expresso grafica, 3 imagem mental @ a linguagem séo formas de representacao que permitem a comunicagao com ps outros ea possibilidade de reconstruir as acoes passadase antéCipar as acdes futuras. " A-conquista da fungdo semidtica determina o progresso na socializagdo e a consequente insercdo da crianca no mundo social. 1.1. mMtragho A aquisic&o da funcdo semiética se manifesta por uma S€ rie de gestos imitativos que representam objetos ou pessoas na sua pre Senca ou na sua auséncia. A imitacdo é uma espécie de representacao em gestos materiais e ndo em pensamento. Através de seus estudos Piaget constatou que dos dois aos sete anos a imitacdo amplia-se e generaliza-se de uma forma espon- tanea. Devido ao egocentrismo, que caracteriza a inteligéncia represen~ tativa,a imitagdo nesta fase 6 quase sempre inconsciente. A partir dos 7/8 anos a imitacdo torna~se refletid Piaget admite que a imitacdo é um prolongamento da inte 3 ligéncia no sentido de uma diferenciacgdo dos ésquemas em funcéo de no- vos modelos. Nesse sentido, a crianca,na fase da inteligénica represen tativa, imita, por exemplo, um avido porque compreende o seu significa Go e s6 se interessa por isso porque 0 modelo a.ser imitado pode ser assimilado aos seus préprios esquemas, suscitando uma acomodacdo imita tiva por parte destes. 2 Nesta fase intervém também na imitacdo um outro fator: a valorizacdo da pessoa imitada. No nivel sensério-motor ja se percebe ‘uma certa influéncia desse fator, pois o bebé imita muito menos ‘ um desconhecido do que uma pessoa da familia. Como inicio da socializa- go a influéncia desse fator torna-se mais acentuada. A valorizacao do Sarceiro desempenha um papel preponderante. Por exemplo, um adulto que Getém autoridade ou uma crianca mais velha e admirada constituem mode~ los que serdo imitados. Ao passo que uma crianga da mesma idade e,prin cipalmente, as mais novas, ndo constituem, em geral, modelos para a imitagao. Sendo a imitacio uma das-manifestacdes da funcéo semié- tica é preciso criar na pré-escola, situacéo favoravel para que a crian ¢a faca imitacdes, aumentando, conseqlentemente, sua capacidade de re- * presentacdo. A imitacgaéo é um comportamento infantil natural que preci~ $a ser estimulado através das atividades curriculares da pra-escola. A professora deve ter sempre presente que o seu compor— tamento serve de modelo para a imitacdo pois a crianca em idade pré-es colar tende a imitar os modelos que valoriza. Conseatientemente,ela nao podera exibir comportamentos que ndo devam ser imitados pela crianca. Assim, por exemplo, se a professora tem o mau habito de gritar com as criancas, estas, por certo, imitardo esse comportamento e passarao a gritar umas com’as outras. Scanned with CamScanner Se a professora quiser que seus alunos adquiram bons hi bitos, 0 seu préprio comportamento deve servir de modelo para isso. £ preciso planejar atividades que favorecam a coopera~ Sco entre as criancas, através de jogos de grupo. Tais-jogos e ativida des so indispensaveis para que a crianca tenha oportunidade de con= frontar 0 seu ponto de vista com o de seus colegas. As atividades coo- perativas favorecen a passagem do pensamento egocéntrico para o pensaz mento operatério e, conseqlentemente, a passagem da imitacdo involunta ria para a imitacdo refletida. I~ OBJETIVO GERAL Desenvolvimento da Funcdo Semistica II - OBJETIVO ESPECIFICO . Aplicacdo e generalizacéo da imitacéo representativa. III - SUGESTOES DE ATIVIDADES - Initar animais (sapo,cachorro,macaco,cabra,coelho, etc). - A professora conta una histéria de animais como,por exemplo,a da “Galinha Ruiva" ¢ as criancas imitam seus personagens. = Jogos. Quem sou eu? Cada crianca escolhe o animalzinho que quer_ser,avisa a professo. Fa. Depois fazem a rodinha, sentan-se no.chio e una de cada vez imita o animal que escolheu, enguanto as outras tentam adivinhar qual o animalzinho que esta sendo imitado. ‘ oa = Depois de uma visita ao zoolégico, as criancas poderdo imitar seus aninais preferidos. ~ A ida ao circo é um bom motivo para que as criangas sintam vonta de de imitar os animais que viram 1a. ‘ Imitar vozes de animais: abelha, galo, grilo, pintinho, patinho, boi, carneiro, cachorrinho, cabritinho,,.gato, etc. Imitar meios de transporte (aviio, tren, etc). - A professora conta, por exemplo, a histéria de um "tren" © as criancas forman un'trenzinho que se movimenta de acordo com a narrativa, por exemplo: "-.0 trenzinho foi andando e chegou nuna colina. Sera que conseguirei chegar 14 em cima? Pensou e comecou a subir devagar, muito devagar, fazendo una forca enorma. !!1 Nao estou subindo, estou descendo!™. As criancas vao imitando o trem até 0: término-da-viagen. = Conversando com as criancas a professora as convida para fazer uma viagem a un lugar bem distante. As criancas devem escolher 0 meio de transporte que véo utilizar. As perguntas da professora = Para onde. vocé vai? e "= Como vocé vai?", a crianca Geverd res- ponder dizendo o lugar e imitando o meio de transporte que ira utilizar. Imitar objetos (sino, pi = Jogor 0 que-é?-0 que é? Dentro de'un saquinho sao colocadas varias figuras de objetos.Uma crianca de cada vez pega uma figura e imita o objeto nela repre- sentado, as outras procuram adivinhar o que 6. Imitar movimentos e ruidos de utensilios domésticos: panela de Pressao, liquidificador, batedeira, aspirador de po, etc. Imitar determinados sons: do telefone, do relégio, da buzina do carro, da motocicleta, da chave na fechadura, de wma porta que se abre e fecha, da goteira do telhado, etc. Initar agdes tais como: lavar roupas, passar roupas, lavar _lou- sas, enxugar loucas, dirigir autonével, pilotar avido, remar,pes car, escrever, costurar, bordar, datilografar, tocar piano, to- car violdo, jogar bola, andar a cavalo, empinar pipa, etc. , cadeira, etc). - 02 - Scanned with CamScanner - Jogo: 0 que estou fazendo?’ (1) Uma crianca imita uma atividade qualquer escolhida por ela, ou- tras criancas S40 convidadas a imita-la e uma de cada vez faz a mesma atividade. Quando todas j4 fizeram imitacdo, comecando pe~ la Gltima,a professora pergunta a cada uma o que estava fazendo (muitas vezes as criancas dizem estar fazendo atividades diferen tes embora usem os mesmos movimentos). Por ultimo, a primeira crianca revela o que estava fazendo. Conversar com as criancas sobre as imitagdes feitas e pedir-lhes que expliquem como perceberam o que a primeira crianca estava imitando. Nesta conversa elas terao oportunidade de concluir que 0s mesmos gestos podem representar diferentes atividades. = Jogo: 0 que estou fazendo? (2) Una crianga faz a imitacéo de uma atividade de sua prépria esco- lha e as outras tentam adivinhar o que ela esta fazendo. A que adivinhar primeiro serd aquela que substituira a primeira, fazen do outra imitacdo para que as demais adivinhem. ~ Jogo: 0 que estamos fazendo? Duas ou trés criancas imitam atividades relacionadas como por exemplo: duas batem a corda e uma pula. As outras criancas que as observam tentam adivinhar o que elas estéo fazendo. O primei- ro grupo é substituido por outro. Depois da representacao de cada grupo a professora conversa com as criancas a respeito da imitacao conjunta perguntando-lhes, por exemplo, quem mais poderia estar na cena representada, eo que estaria’ fazendo. - As criancas se dividem em duas equipes e escolhem o nome das mes, Cada uma das criancas da equipe A tirade uma caixa ou de um sa- quinho uma figura representando uma determinada atividade que ela devera realizar. As da equipe B procederéo da mesma_maneira. © elenco de atividades das duas equipes é o mesmo. Um no pode saber gual a atividade do outro. Uma crianca da equipe A faz sua imitagao e os outros a observam. A crianca da equipe B, reconhe- cendo'a atividade que lhe compete, junta-se 4 que esta fazendo a imitagdo e continuam as duas imitando juntas, até que as outras possam adivinhar qual é a atividade. * i Depois disso a professora pergunta 4 crianca da equpe Bo que a + levou a reconhecer a atividade. Perguntas tais como: "- Ha outra mangira de se fazer isso... (mencionar a atividade realizada) Co mo? 'Mostre-nos?" estimulam a discussdo sobre as imitagdes reali= zadas. - Quando as criancas estiverem num lugar amplo a professora poder propor-lhes a realizacao de um passeio imaginario: "- Vamos fa- zer um passeio? Facam de conta que estamos passeando num campo". Todos comecam a andar lentamente. "- Que flores lindas! Vamos co lné-las e cheira-1as? Que perfume cheiroso!". A professora vai falando e as criancas vao imitando. “- Estou vendo uma lagoa.Que gua fresquinha, vamos nadar?". As criancas fazem de conta que estdo nadando. *- Atravessamos a lagoa. Estamos cansados e molha dos, vamos nos deitar ao sol para descansar e nos secar?".As cri ancas se deitam, depois de alguns segundos a professora diz as- sustada: "- Vejam, um leao. Que medo! Vamos fugir?". As criancas simulam a fuga. "- Que bom, conseguimos escapar! Vamos voltar pa ra casa? Papai e mamie estdo a nos esperar“. "- Chegamos emcasa- Que alegria! Que cheiro bom vem da cozinha! Vamos almogar?". Esta brincadeira poder ser feita de inimeras maneiras, por exem plo: "~ Vamos ao circo?" em que as criancas terdéo oportunidade de imitar os artistas e as outras pessoas que 14 trabalham. - Imitar formas basicas de movimento, por exemplo, dancar como in- dio, andar como boneca, marchar como soldado, etc. =50305 Scanned with CamScanner - Imitar pessoas: professora, médico, dentista, lavrador,pescador, motorista, bombeiro, soldado, pedreiro, criancas mais novas, irs maos mais velhos, etc. = Jogo: "0 que vocé vai ser quando crescer?" i 4 professora conversa com as criancas sobre o tema. Depois expli ca=lhes como serd o jogo. Uma crianca de cada vez fica no meio da rodinha. Quando as outras lhes perguntam: "O que vocé vai ser quando crescer?" ela devera responder sem palavras, apenas com gestos. - Aproveitando as experiéncias vividas pela crianca a professora poderd propor-lhes que imitem: * 0 pescador pondo a isca no anzol, jogando a linha, fisgando um peixe © puxando a vara para pegd-10; * 0 médico consultando por ocasiao de uma doenca; * 0 dentista tratando dos dentes; +0 barbeiro fazendo a barba do papai ou cortando os cabelo: * 0 motorista que dirige o énibus escolar; * 0 jardineiro plantando, podando as plantas, cortando a grama, catando o matoy * Ame cuidando do bebé, cozinhando, lavando roupa, etc. = Imitar bebés engatinhando, chorando, chupando a mamadeira, etc. > Imitar a irm mais velha se pintando, dancando, patinando. - Imitar o irm&o mais velho estudando, andando de moto, tocando violdo, etc. - Imitar criancas brincando de bambolé, gangorra, balanco, pulando corda, etc. - Imitar fendmenos e coisas da naturez: A professora comeca a narrativa de uma histéria e combina com as eriancas que quando ela parar de falar élas deverdo fazer a imi- tacéo correspondente, por exemplo: "= Pouco a pouco as nuvens do céu foram se juntando umas as outras". Pausa. As criancas come gam a se juntar cono se fossem as nuvens. "- De repente comeca~ ram os trovées e os relampagos". Pausa. As criancas imitam os ruidos dos trovées, os do "Vento soprando cada vez mais forte",o da “chuva caindo' - Imitar a semeadura, germinacdo e o crescimento das plantas. = Imitar uma. arvore,'uma flor, uma pedra, etc. - Imitar plantas balancando, perdendo as folhas, dobrando-se com © vento, etc. ~ Imitar os movimento do modelo: Executar movimentos imitativos como se estivessem diante de um espelho. Duas criancas ficam uma na frente da outra. Uma sera o espelho e a outra é a pessoa que esté usando o espeiho. A usa 0 espelho devera "pentear-se", "vestir-se", "barbear~se covar os dentes". - A que é 0 espelho executa os mesmos movimentos que a outra. + a crianca é o espelho que reflete os gestos feitos pela professo ra. . - 04 = Scanned with CamScanner a 1.2. 30s0 sxmBOLTCO © jose sinbélico nesses cates 6 a A b OU brinquedo de *faz-de-conta* é outra!. ag mani festagses ds, fungio semidtica. fo brincar de "fa: a .iiferentes papéis transformando-se em “papai", "mas Dibents seer cd, iguaherro! essa atividade lidica ela também usa um objeto Pirnetepresgttar qualquer coise que inagina ey mio rare, conversa, ¢ Tun arto em que ora eauerio", Una caixa de: papeléo é” "transfornada £ fla e se indo fazer longes passeios. As pedras Hlo of beLinnos sue’ coneréo durante a viagen. rea a Bears 2 rigada a adaptar-se constantemente ao mundo social dos Seuttes e aeum Mundo fisico que quase nao compreende a crianca pré-es- Sidades incsiecteagem? imbelico uma maneira de satisfazer suas neces idades intelectuais'e afetivas. Adaptando o real ao eu, isto é, trans pereandere em funcdo de seus desejos, ela conseque manter o seu’ equilt beh electual. 0 jogo simbélico permite-Ihe reviver suas glegrias, seus conflitos, seus medos, resolvento-os, conpensando-o8 20 imaginar’situagdes on que a realidede.se transforma nageiio que” cle : 'M, pox exemplo, em sua imaginagdo o cachorro que a amedron- ta se torna mansinho e as criancas nao tomam remédios ruins, nem tao pouso vio dorniz cedo. Através do, jogo simbélico a crianca éria um mun io seu, um mundo ao qual no precisa adaptar-se, pois nele tudo aconte= ce da forma que ela quer. "0 jogo sinbolico tem sempre como. ‘componente a imitacéo que funciona como um significante que, neste caso, é um sim Solo que retnite # crlenca ce exprossar~ ‘i ia crianga em igade pré-escolar 0 jogo simbélico é una atividade geponténea en que o seu préprio corpo ou os objetos sio usa~ jos cono sinbolo para representar pessoas, animais ou oueros, objetos, Se o ambiente da pré-escola for livre de tensdes e de pressées, se -a erianga tiver opertunidade de escolher as atividades que quer" reali= zar, ela se sentica livre para. entregar=s8 "ud jogo simbélico intensa— henge: tna area ou bad contendo roupss velhra, a casinha da boneca, Fanentas, instruxentos ¢ utens{lies de bringuéds, @muitas veses ul simples Cabo de vassoura ou caixas vazias sdo suficientes para desenca dear o simbolisno lidico, tio importante para a crianca nesta fase de desenvolvimento. Q jogo simbélico é, portanto, uma forma de expressio taimente espontanea da crianga que lhe permite viver diferentes papéis ao dramatizar suas experiéncias. Ele se diferencia da dramatizacao in- fenetonal, “que supse tna preperacio,prévia que vai, Gaede a cecolhe, do EGE ies Daaseleado, ate a orgesieaad aa ayeriate de ascio 6a ea Sita’ dou panels que serio desenpenhacn por cada un- © jogo s: ico se diferencia também das dramatizacdes que acompanham o ansenvolvinento de certas atividades tais como: can- Ze, expressio corporal, Jogos, poesisa, relatos ae acontecinertos da vids real ou inaginérios, visto que tanbén so intencionais. id ainda Gutras dranatizagées que utiiizan diferentes técnicas de representac&éo (teatro de sombras, teatro de fantoches, bo- necos, méscaras) em que o componente intencional se encontra presente tal como nas formas anterior @ importante ressaltar que sé a brincadeira do faz-de~ conta que a crianca realiza espontaneamente constitui o jogo. simboli co; as outras formas de dramatizacdo exigem planejamento, ensaios, es- colha prévia de materiais mesmo que se trate de representar papéis nao dgcorados. A dramatizacdo de peplis decorades ¢ un procedinentss que n&o deve ser usado na pré-escola. Essas outras formas de dramatizacao constituen procedimentos fteis para o desenvolvimento da funcdo semis. tica em geral e também para o desenvolvimento do pensamento Sendo o jogo simbélico uma atividade espontanea,é quase impossivel sugerir atividades em que esta forma de expressao sé mani— Febtes wor lose procuzsucoe descrever sigins’ Jopos Get ieptcan ay nes fo taape cénpouchtca de simbolisn’ lédice eda fntetclantilaedes f S Gas0, por exemplo, do jogo “Varinha Hagina” que a crianga bate Aum ob= jeto transformando-o naquilo que ela quer. O jogo "A Loja de Brinque- ASS STRAECTRENGCLo,0°S Farcae-cones com toe sugeriae pele proteees fa tanbén se enquadram nessa categoria. Scanned with CamScanner OBJETIVO GERAL Desenvolvimento da Funcdo Semidtica OBJETIVO ESPECIFICO 3 a Desenvolvimento da capacidade de representacio e expressa através do jogo simbélico. SUGESTOES DE ATIVIDADES Usar um objeto para representar outro. Jogo: "A Varinha Magica" Tendo-Wiante de si varios objétos tais como uma caixa de papelao, um pedaco de pau, uma pequena tabua, um pedaco de papel, um peda go de corda, a crianca sera encorajada a brincar com ele, trans formando-o naquilo que ela quiser, ao toca-lo com a "varinha ma- gica". Assim,por exenplo, ela podera tocar com a varinha num ca- bo.de'vassoura que se transformaré num lindo cavalo que a levaré a.passear. " Fizer espontaneamente "conidinha" com arcia, grana, folhas, pe- Brincar espontaneamente no patio com pneus, transformando-os em navios, naves espaciais, cavernas, esconderijos, etc. Brincar con sucata, transformando-a espontaneamente em qualquer coisa que Ihe interesse. Usar 0 préprio corpo para representar objetos, animais ou outras pessoas. Jogo: "A Loja de Bringuedos". Cada crianca escolhe o bringuedo que quer ser. Ao sinal da pro- fessora todos deverdo se transformar no brinquedo escolhido. Una crianca passeia pela loja, vai tocando nos bringuedos que come- gam a se movimentar realizando seus movimentos caracteristicos. Brincadeiras.de."faz-de-conta” (1) Na maioria das vezes estas brincadeiras surgem espontaneamente. Entretanto a professora poderd propé-las, sempre a titulo de su- gestao; por exemplc: *- Vamos fazer uma Viagem de navio?". "- Pa, fa ondé vanos?". "- 0 que irenos fazer 14? ‘Onde esta nosso navio?". Decidam quem vocés seréo e 0 que fardo. Depois disso as criancas dranatizam a viagem. Terminada a viagem o grupo faz uma Giscusséo sobre a mesma. Brincadéiras ‘de "faz~de-conta" (2) A professora diz as criancas: "- Vamos ‘fazer-de-conta que somos, coisas e nao gente? Pensen e depois decidam o que gostariam de ser". A brincadeira é iniciada e depois as criancas explicam discutem sobre as coisas em que se transfornaram. Brincar de "faz-de-conta" representando suas vivéncias. Na sala de aula a professora organiza juntamente com as criangas um lugar para guardar pecas de vestuario infantil e de adultos, acessorios fémininos e masculinos, que estejam ao alcance da crianca e que posam ser utilizados por elas quando quiseren. G ralmente, quando as criancas resolvem brincar com essas vestimen tas e acessérios se entregam ao jogo simbélico. Instrunentos (maleta de médico), ferramentas, utensilios domésti cos (fogao, liquidificador, etc} de brinquedo que estejan dispo- niveis a manipulagdo espontanea da crianca, podem ser desencadea Gores de jogo simbélico em que as criancas representam suas expe rigneias vividas. A casinha de boneca existente na sala de aula estimula a repre- sentacdo através dé jogo simbélico-Quando brincam na casinha da boneca as criangas espontaneamente representam cenas da vida dia ria,desempenhando diferentes papéis- Quando manipulan o telefone de brinquedo, geralnente as _criancas se entregan a0 jogo simbélico,representando suas experiéncias ao conversar con pessoas inagingti 06%. Scanned with CamScanner ’ Oh) 1.3. 0 DESENHO © desenho € uma forma de funcdo semié inscre ssqaziseg joprslaittnfe'a*lopen ce, fnete seston gue goers esforco de een? do real. De inicio o desenho néo possui um compo- ‘net vo @ aproxima~se de um jogo de exercicio: sio os rabiscos ou (garatujas)que a crianga de dois a dois anos e meio faz quando tem Ppstis Ge entre an gotetor A partie doaaaines Sages Feet aad Tanne tice eon ee Geuze Seaficamente un modelo evocado, 0 desenho tor st 720 ou imagem, ainc a expressa a erianca nao So Stewsine omy odes fu toll pS iesaneadutire Srtees m6 2 Q desenho da crianca até 8/9 anos é essencialmente re: desenho da crianca passa por diferentes fases que sao: a) Realismo fortuito (02 a 03 anos e meio) b) Realismo gerado (03 anos e meio a 04 anos e meio) Esta fase se caracteriza pela incapacidade cintética demonstrada 1a crianga. 0s elementos Go desenho estio justapostos e nao se co= ordenam num todo. Por exenplo, o chapéu muito acima da cabeca, 08 botes a0 lado do corpo. Nesta fase, um dos modelos predominantes & oda figura humana representada por una cabeca dotada de apendices filiformes que séo as pernas ou dotada de bragos e pernas, mas sem tronco. ¢) Realismo intelectual (04 anos e meio a 08 anos) Nesta fase, o desenho da crianca supera as dificuldades das fases anteriores, mas apresenta, essenciainente, os atributos conceptuais @o modelo, néo havendo preocupacdo con perspectivas visuais. Assin, por exemplo, 0: rosto desenhado de perfil tera dois olhds. No dese~ hho de um homem a cavalo, também de perfil, aparecen as duas __per- 3, uma delas desenhada do outro lado do Cavalo. A "transparéncia ‘tuma das caracteristicas do desenho dessa fase. Os méveis sao vis- tos no interior das casas desenhadas, as raizes das plantas sao vil tas no interior da terra. = Outra caracteristica que se observa no desenho desta fase, 6a de gue a crianca utiliza um Gnico desenho representando um desenvolvi- mento cronolégico. Varios bonecos em diferentes alturas do tronco de una arvore. Ma fase do realisno intelectual o desenho infantil nio _apresenta perspectiva e non relacées métricas, mas leva em consideracio as proximidades, limites, contornos e fechamentos. a) Realismo visual (a partir de 08/09 anos) Esta fase, que se inicia por volta dos 08/09 anos, apresenta duas no- vidades. im primeiro lugar, 0 desenho j4 ndo representa o que € vi- Sivel de um ponto de vista particular. O rosto de perfil tera ape: has un olho, as partes dos objetos que ficam escondidas atras de ou tro objeto J néo sdo mais desenhadas e os objetos que estéo nun se gundo plano séo gradualnente menores em relacao aos do primeiro pla fo. Em segundo lugar, o desenho leva em consideracdo a _disposica Zor objetos segundo um plano de conjunto e suas proposicdes métri- £05.°x flor degenhada ao lado "da casa sera proporcionalmente menor GRe'a casa e nao maior como acontecia na fase anterior. = ore Scanned with CamScanner © desenho é uma manifestacio da funcio semistica que consiste num esforco de imitacao do real; conseqientemente, ao expres- sar-se através do desenho a crianca devera fazé-lo livremente, isto é, sem que lhe seja sugerido o que deve desenhar e nem como deve desenhar. A descricéo anterior das fases do desenho infantil auxi lia a professora a compreender em que estagio de realismo a crianca se encontra. Desta maneira,.é possivel avaliar como a crianca esta se desenvolvendo, visto que. o desenho infantil adquire caracteristicas di ferentes 4 medida em que a crianca se desenvolve. Muitas vezes a crianca tenta,mas no consegue desenhar. Nesse caso, a professora poderé sugerir-lhe que rabisque 0 papel sem a Preocupagdo de dar alguma forma ao seu desenho. Talvez retornando as garatujas a crianca exercite sua habilidade de representacdo grafica. Seo desenho consiste numa imitacdo do real,desenvolver a capacidade de observacao dos objetos e da natureza é wma maneira de favorecé-lo. © desenho da crianca sera uma cépia da realidade tanto mais fiel quanto mais ricas forem as experiéncias vivenciadas pela cri anga. Assim sendo, propiciar experiénicas enriquecedoras as criancas ¢ condicao essencial para que elas se interessem em desenhar as coisas que’ a cercam. A crianca se sente encorajada a desenhar quando 0 educa dor se interessa pelos desenhos que ela faz. Esse interesse o educador manifesta ao querer saber o significado do desenho da crianca. Em vez de somente elogiar o desenho feito é importante que converse com a crianca sobre ele, demonstrando que esta realmente interessado em sa- ber como a crianca comecou o desenho, qual foi a coisa que ela achou mais facil ou mais dificil de desenhar, etc. Enfim, a crianca deve per ceber que o educador esta interessado ém saber alguma coisa a mais so- bre aquilo que ela fez. £ necessdrio dizer que o interesse do educador pelo trabalho da crianca deve ser sincero. No deve haver um momento em que todas as criancas de una classe tenham que désenhar. Na pré-escola as atividades do progra~ ma devem ser planejadas de tal maneira que a crianca possa _escolher quando desenhar e decidir o que desenhar. Entretanto, a professora po- de criar situacdes em que a crianca sinta necessidade de: desenhar. I - OBJETIVO GERAL Desenvolvimento da func&o semiética . II - OBJETIVO ESPECIFICO - - Desenvolvimento de capacidade de representacdo e — expressao através do desenho. III - SUGESTOES DE ATIVIDADES Desenhar livremente ~ pentre as varias opcdes de atividade que podem ser realizadas, a erianga espontaneanente decide desenhar aquilo que quer. Desenhar cenas da vida familiar - Para relatar o que fez no dia anterior, a crianca desenha as ati vidades realizadas no lar ou durante um passeio com a familia. = A professora conversa com as criancas sobre a vida familiar, pe dindo-1hes que desenhem o que mais gostam de fazer com seus pais imndos. = Desenhar os méveis ou as dependéncias de sua casa. = Desenhar os bringuedos que tem em casa. ; = Os acontecimentos relevantes na vida familiar da crianca, tais como 0 nascimento de um irmdozinho, podem ser desenhados e afixa dos no quadro de noticias. = Desenhar a familia, a casa onde mora, etc. ~ 08 ~ Scanned with CamScanner ry Desenhar cenas da vida escolar ~ Acrianca desenha as atividades que mais gosta de realizar na es cola. ~ A crianca desenha as dependéncias da escola, tais como. a sala de aula, a horta, etc. + Desenhar os materias escolares. > Acrianca desenha as festas e comemora¢ées escolares. A professora conversa com as criangas sobre as pessoas que traba iham na escola e elas as desenham, desempenhando suas fungdes. A seguir pode ser organizado um painel para afixar o trabalho das criancas,que podera servir de ponto para discussdes sobre o tema. Um acontecimento inesperado ocorrido na escola pode ser desenha— do pela crianca para fazer parte do quadro de noticias As criancas fazem uma excursdo e desenham o que viram,a fim de compor um painel sobre a mesma. A crianca observa o jardim da escola ¢ desenha seus _canteiros, suas arvores ¢ suas flores. ¢ ~ Desenhar as varias atividades que séo realizadas na escola para elaborar 0 planejamento diario- ~ A crianca observa a germinacdo de uma planta,desenhando cada uma de suas fases. Desenhar cenas de uma histéria - A professora conta uma histéria e a crianca desenha a parte que mais gostou. - A professora conta uma histéria até um determinado ponto e pede 4 crianca que invente um fim para a mesma. A crianca imagina o fim da hist6ria, representando-o através do desenho. Un painel po de ser organizado, onde cada crianca expde o seu desenho.Uma dis cussdo sobre os diferentes finais da mesma histéria, encerra a atividade. - A professora conta uma histéria e a crianca imagina um outro co- + Mego para a mesma, representando-o através do desenho. + aA crianca ouve una histéria,inventa um outro personagem que tam bém poderia participar dela, representando-o através do desenho. - Acrianca inventa una histéria, representando-a através do dese- mho que podera ser utilizado no mommento em que for narré-la a seus colegas. Desenhar cenas da vida da comunidade . - Tento participado de uma festa em sua comunidade,a crianca 6 en- corajada a representé-1a através do desenho. = Uma conversa sobre a vida da comunidade pode estimular a crianca a'desenhar as formas pelas quais as pessoas que nela vivem su- prem as suas necessidades. = Desenhar as instituigdes, os estabelecimentos comerciais,igrejas existentes na comunidade. = Desenhar os meios de transporte utilizados pelas pessoas da comu nidade. = Desenhar a chuva caindo, uma manhd de sol, céu com nuvens. = Desenhar livremente ao som de una misica. © patio, 1.4. A IMAGEM MENTAL - Dentre os comportamentos que permitem a evocacdo repre- sentativa de um objeto ou acontecimento ausente e, conseqientemente, a diferenciacdo entre significantes e significados, distingue-se também a imagem mental. . Durante as cinco primeiras fases do periodo sensério-mo tor nao se observa nenhum indicio da imagem mental. Ela surge a partir da sexta fase como uma ‘imitacdo interiorizada. _ : ‘Segundo Piaget, a imagem mental nao constitui um simples prolongamento da percepcao; s@ fosse assin ela interviria desde o nas~ Cimento. Mas como ndo se observa nenhuna manifestacao da imagem mental antes da sexta fase, o seu aparecimento parece estar ligado ao da fun Gio semidtica. Piaget admite que a imagem mental resulta de uma . inte Fiorizacio da imitacao. Scanned with CamScanner 0s’ estudos de Piaget e seus colaboradores sobre o desen volvimento das imagens mentais entre 04/05 e 10/12 anos parecem _ind car uma nitida diferenca entre as imagens do periodo pré-operatério « as dos perfodos operatérios que parecem ser influenciadas pelas opera-. sées. Existem duas grandes categorias de imagens: as "imagens Feprodutivas", que se limitam a evocar espetaculos j4 conhecidos e per- Sebidos antericrmente, eas "imagens antecipadoras", que consistem em imaginar movimentos ou transformacées e 05 seus resultados, sem ter a: sistido anteriormente 4 sua realizacéo. As "imagens reprodutivas" se subdividen em trés.categorias:estaticas, cinéticas e de transformacio. Os estudos de Piaget sobre a imagem mental levaram-no a concluir que no periodo pré-operatério as imagens mentais da crianca sao reprodutivas ¢ quase exclusivamente estaticas. Por exemplo, as cri angas desse periodo sentem dificuldade em imaginar as posicoes interne diarias entre a posicao vertical inicial ¢ a posicéo horizontal e fi= nal de uma vara que cai. Somente no periodo das -operacées concretas é que a8 cfiancas consequen reproduzir novinentos ¢ transfornagées 2 tan bén somente nesse periodo que aparecem as "imagens antecipadoras*. As sugestées de atividades descritas a seguir visam es- timular o desenvolvimento da imagem mental,a fim de que as possibilida des ‘de representacdo da crianga se amplien cada vez mais. e I = OBJETIVO GERAL Desenvolvimento da fungio semidtica II - OBJETIVO ESPCIFICO Desenvolvimento da imagem mental III - SUGESTOES DE ATIVIDADES Reconhecer objetos, animais, pessoas pelo tato e representa-los ‘como os imagina. ~ A erianca, tendo os olhos vendados, manipula objetos e —escolhe um deles para guardar dentro de uma caixa, A professora, através de perguntas, estimula a crianca a imagina-lo com pormenores. De pois a crianca descreve o objeto imaginado ou representa-o atra- vés do desenho. = De olhos vendados a crianga passa a mao num animalzinho, procuran do imaginar cono ele é. A professora,através de perguntas, encora ja-a a descrevé-10 e depois pede-lhe que 0 desenhe. Tendo.os olhos vendados, a crianca que esté no meio da roda ten ta reconhecer pelo tato um de seus colegas. Em vez de dizer 0 seu nome, ela devera dizer como ele é, descrevendo-o mais pormeno rizadamente possivel. Reconhecer objetos, pessoas e animais somente pelo som que pro- ven deles e representa-los como os imagina. = As criancas fecham os olhos e a professora faz com que um relé- gio desperte e depois o esconde. Tendo ouvido o ruido,as. crian- Gas desenhan 0, objeto que o produziu, Essa mesma atividade pode Ser realizada utilizando-se outros ob: = Ao escolher uma fita ou um disco em que aparecem vozes de _ani- mais, a crianca procura evocar o animal pelo som ouvido e depois pode'descrevé-1o, nomed-lo, desenha-1o ou modelé-lo em massa. ou argila. 3 - A proféssora faz uma gravacdo de uma fita com vozes de varias cri ancas da classe. Ao ouvir a gravacdo, as outras criancas tentam reconhecer as vozes dos colegas, descrevendo-os, dizendo os seus nomes ou entéo desenhando-os. ouvir uma descricdo parcial sobre uma paisagem, um animal ou um objeto e depois representé-los como os imagina. 5 = A professora diz as criancas que fez um passeio muito bonito. Que foi a um lugar onde havia muitas arvores, um lago onde nadavam patinhos e muitas outras coisas. As criangas imaginam como seria esse lugar a partir da discrigdo parcial feita pela professora e desenhan a paisagen descrita,complementando-a. = 10- Scanned with CamScanner Jogo de Advinhacdo: "Quem sou eu?" A professora propée una advinhacéo comegando com: a ' pergunta: "= "Quem sou eu?" e depois diz algunas das caracteristicas do ani mal en que esta pensando. A partir dessas caracteristicas acrian Ga imagina o animal e depois representa-o através do desenho ou Giz 0 seu none e descrevero, complenentande as outras caracteris- icas. A professora distribui um papel onde estéo desenhados alguns tra G08 de um objeto. A crianca deverd imaginar qual objeto pode ser, complementando 0 desenho. A professora descreve um objeto parcialmente, enunciando algunas de suas caracteristicas, a crianca advinha o que é, e diz o seu none, mencionando as caracteristicas que faltan. Sentir um odor ¢ imaginar de onde ele provém, descrevendo de olhos fechados o objeto, planta, animal que o exala. Estando a crianca de olhos vendados, a professora pede-lhe que sinta 0 cheiro de uma flor, tendo o cuidado de néo deixé-1a_to- car nela. A crianca devera entdo identificar 0 cheiro.e descre- ver como imagina ser a flor que o exala. A professora solicita,a crianca que esté com os olhos vendados, que abra o frasco que esté em suas maos. Ao, sentiz 0 cheiro ela devera dizer que liquido produz aquele odor. Ela deverd,além dis so, dizer tanbém tudo o que sabe sobre ele. Tendo os olhos vendados a crianca devera reconhecer, pelo cheiro, pelo menos um dentre varios objetos, descrevé-lo com pormenores e explicar sua utilidade. Imaginar cenas e personagens de uma histéria ou da vida didria. A professora pede as criancas que fechen os olhos e figuem pen- sando num lugar onde gostariam de ir passear. Depois a crianca é solicitada a descrevé-lo pornenorizadanente. A professora pode ra encoraja-la fazendo-lhe perguntas. A crianca ouve a narracdo de una histéria até determinado ponto e imagina o acontecinento seguinte, relatando-o. Ro folhear um livro de historia que lhe 6 desconhecido, a crian- a deveré imaginar qual sera a cena ilustrada na folha seguinte, descrevendo~ Quando contar una histéria as criancas,a professora podera pe. Gir-lhes que fechen os olhos para imaginar como seria um determi nado personagen.As criancas fazem suas descricdes ,comparando-as Imaginar variagées de objetos,aninais, plantas e - pessoas conhe~ cidas. a A professora escolhe um animal bastante conhecido da crianca, un €achorro, por exemplo, e pede-lhe que imagine um outro ben dife- Gente de todos aqueles que ela conhece e a seguir pede-ihe para Gescrevé-1o ou representa-lo através de un desenh Mostrando una boneca ou um caninhdozinho para a crianca,a profes sora pede-lhe que feche os olhos e imagine-os bem diferentes do que sao. As criancas dizem cono os imaginaram ou os representan através do desenho. if Pedir as criancas que pensem no prédio da escola e a seguir que © imaginem de maneira bem diferente. Depois as criancas descre- vem 0 prédio que imaginaran. Imaginar 0 que fariam se... Conversando com a crianca, a professora estimula a sua’ imagin: do, com perguntas, tais como: #0 que vocé faria'se fosse um peixe? (0 que vocé faria se fosse um passarinho dentro de una gaiola? 0 que vocé faria se fosse un passarinho que vivia num jardin? © que voc faria se fosse una girafa? (0 que vocé faria se fosse uma professora? © que vocé faria se ficasse perdido numa floresta? ° ° ° ° mae vocé faria se ficasse perdido num supermercac US Voce farsa se tivesse un elefante? a que voos faria se fosse um jogador de futebol muito famoso? ° que voce faria se pudesse conversar com os animais? O que vocé faria se pudesse ficar invisivel quando quisesse? Scanned with CamScanner Inaginar posicdes intermediarias entre a posicio inicial e final de um objeto em movimento. % R professors segura um lapis sobre a mesa na posicio vertical e Geixa-o cair, enquanto as criangas observam. Depois disso, lag representam graficanente a queda do lapis. : A brofessora’joga una bola no chéo de modo que, depois de repicar, gla bata na parede. As criangee ‘observam © movimento da bola '¢ depois desenham a sua trajetoria, A brofessora Joga a bola rente ao chao de modo que ela bata ini- Cikinente na parede antes de atingir os boliches. As criancas ob Servam a jogada e desenham a trajetéria da bola. - Rebels de sbservar o movimento de cambalhota de una caixa de ts fobos, cujo palito preso na sua face mais estreita fol pressions foros Sidnch devera tentar reproduzi-lo graficanente, Cono as sored Gaiores da caixa foram divididas em duas metades, pintadas §2°e5 te diferentes, no sentido do comprimento, & possivel veri- oe coree o eefanea reproduziu corretamente o movimento observado, Evocar movimentos observados € representd-los depois que eles cossam. A professora faz com os dedos um movimento no ar em zigue-zague, Riprofessora fas con os deog Vero" Gopois:laitan's 2e%es SST: Porto novar, num tabuleiro de areia ou sobre a mes: mento roca: observam o movimento de uma mola que se distende ¢ AS criarea sucessivas vezes e depois irdo reproduzi-lo com ge, tos, ou tracados com dedos na areia. tos, Cvigness seguram nas extremidades de uma corda, . produzindo us fa varios movinentos intermitentes.Cada vez que o movimento sores, as outras criancas tentam reproduzi-lo fazendo tracados e553" gedo no ar, num tabuleiro de areia ou sobre a mesa. Rprofessora abre e fecha varias vezes uma caixa de fSsforos Jebois. pede as-criancas que representem com gestos 0 que observa ran. ’ tae crianga joga bilboqué. Quando ela para, as outras que a esta Una criorvando representam a trajetéria da bola con gestos ot tragados no ar ou na areia. i Una erianga brinca com o ié-i8 por algum tempo. Depois que ele para, as outras representam o movimento do ié-i8 com ‘tracados feitds no ar, na areia ou na mesa. Observar um piso rodopiar e, quando ele parar, reproduzir o seu jovimento, com tragados feitos no ar ou na areia. Subir e descer una escada pulando com os dois pés emcada degrau, em seguida reproduzir o movimento com os dedos. A mesma ativida- Ge pode ser realizada subindo e descendo alternando os pé: Fazer movinentos ritmados com os bracos ou com as pernas e depois reproduzi-los com tracados no ar ou na areia. antecipar as transfornagées dos objetos. hpresentar-a.crianca.um.pedago de massa de modelar e perguntar- Ihe cono ele ficaria se fizéssemos uma rosquinha ou um biscoiti- nho com ele. Esperar que a crianca diga como ficaria e depois pe @ir-Ihe que faca um desenho para mostrar. = Colocar um pedaco de gelo numa panela e esta. sobre un fogareiro. A seguir perguntar 4 crianga o que acontecera com o gelo se acen dermos 0 fogareiro. Mostrar un leque fechado e pedir que a crianga faca o desenho de ele aberto. Mostrar uma bola de soprar vazia e pedir 4 crianga que desenhe como ela ficara depois de cheia. Plantar uma-semente-e“pedir 4 crianca que desenhe o que acontece ra com ela quando brotar. Por um barquinho de papel na agua e perguntar 4 criancao que acontecera com ele se 0 enchermos de pedrinhas. Mostrar a crianca um quadrado de papel e dobra-lo em diagonal de nodo a formar um tridngulo. Pedir 4 crianca que faca um desenho de cono ele ficara se for desdobrado- 212- Scanned with CamScanner ~ Apresentar & crianca dois frascos, sendo um mais largo e o outro mais estreito e mais alto. Colocar agua no frasco mais largo sen enché-1o completanente. Depois perguntar @ crianca o que aconte- cera se sa agua deste frasco para este (apontar o mais sitelio/omnig mayo" CO Helse ass coe apni oa ~ Preparar a gelatina com as criancas, a seguir perguntar-lhes 0 que ‘acontecera depois que ela ‘for colocada no refrigerador. 1.5. LINGUAGEN bo um acontecimento extraordinario marca 0 inicio do esté- gio préwoperatério. £ 0 aparecinento da funcio semidtica que consiste Tautasdo, a gigs renresentar alguna coisa por meio de outra. 0 3090) 3 ar 1agem s&0 os meios 3 aK aEeT gue’ eda anguageR S40 08 meios gracas aos quais a crianca represen es ‘A partir do segundo ano de vida, comeca a aquisicio sis tendtica da Linguagen que produz profundas modificacdes no ‘conportanes toda crianga. De agora em diante, ela torna-se capaz de evocar suas agées Passadas e de antecipar suas acdes futuras por meio de palavras. As agdes sensério-motoras sao interiorizadas, aparece o pensamento pro Priamente dito e a crianga tem a sua disposigio significantes diferen= Giados que Ihes permitem representar as coisas, as pessoas,enfim o mun do que a cerca. Como conseqléncia da aquisicdo da linguagem observa-se g,inicie da socializacdo que supse a troca e comunicacdo entre os indi Estudando 0 desenvolvimento da inteligéncia sensério-mo tora antes do aparecinento da linguagem, Piaget descobriu que a origen da légica esta nas agées e nao nas palavras. A crianca comeca manipu- lando 03 objetos para conhecé~1os através de seus esquemas de cdo, que sero posteriormente interiorizados dando origen aos esquemas ver- baig- Antes de falar e até mesmo de representar alguma coisa,a crianca ja € capaz de resolver problemas praticos através da acdo. Sew compor- tamento sensério-notor exibe una légica perfeita que se manifesta na busca do objeto escondido, na capacidade de deslocar-se'no espaco e atingir tm mesmo ponto por diferentes caminhos. Ha pois una inteligéncia pratica antes do pensanento, an tes da linguagem. Ouse j existe inteligéncia antes da linguagen, isto significa que a linguagem por si s6.ndo pode explicar o desenvolvimen- to intelectual. Porem, nao resta divida que a linguagem amplia e apro funda a capacidade de’ compreensao~ > Una concluséo a que se chega a partir da maneira como Piaget encara_as relacées entre a linguagem e a inteligénica, 6a de que a aquisicéo da linguagem néo.é suficiente para assegurar a aquisi- cao das estruturas do pensamento légico.. Tais estruturas derivam. das acées sobre os objetos e das coordenacées descas acces e néo de formu- lacées verbais. As implicacées-pedagégicas dessa perspectiva sio claras. 0 raciceinio 1égico ndo se desenvolve se a crianga for simplesmente um receptaculo passivo dos conhecimentos dos outros. A crianca sed volve agindo sobre os objetos que a cercam e ngo ouvindo falar sobre eles. Isto significa, queaprender a dizer nome dos objetos e de suas caracteristicas, responder corretamente as perguntas fornuladas nao So procedimentos fecundos para ajudar a crianga a desenvolver sua in- teligencia. Ensinar formas de linguagem e expressées _lingilisticas ndo contribui para a aquisicao do raciocinio légico. Quando a’ légica Se constréi, a crianca encontra as palavras que precisa para exprini- la. Porém,se a légica ainda nao se construiu,as palavras de nada adian tam. Una inversio que se_percebe, freqttentemente, nos curri- culos da pré-escola, é a preocupacdo em ensinar expressdes que tradu- zem relacdes entre os objetos: "naior/menor", “Aspero/liso", "baixo/al to". Parece que o educador pensa estar assim’ fornecendo os ’instrunen= tos necessarios para o pensamento abstrato. A maneira pela qual eases palavras sio ensinadas evidencia a énfase que se dé a linguagem. & pre Eiso nio esquecer que a compreensdo das relagdes entre os objetos "i Scanned with CamScanner Plica a agdo do sujeito sobre os mesmos e esta aio ndo pode ser subs- tituida pelas palavras. Por conseguinte, a transmisséo verbal nao pode ser a fonte da aquisicdo de conceitos e nem deve constituir o nico meio para a estimulacdo do pensamento. : B educacdo pré-escolar deve se preocupar com o desenvol vimento da linguagem como uma das formas de uma fungdo muito mais am= pla, isto &, da fungio semictica. A expresso verbal da crianca é re- flexo do progresso do seu pensamento. Portanto, para melhorar a expres, sdo verbal da crianca é preciso, antes de mais nada, favorecer o desen volvimento do seu pensamento. As atividades que estimulam o desenvolvimento da lingua gem so aquelas em que a crianca tem oportunidade de estabelecer rela- Sées entre os objetos, fatos, pessoas e depois tem oportunidade de ver balizar as relacoes descobertas porque é solicitada a fazer isto. I ~ OBJETIVO GERAL : Desenvolvimento da funcéo semistica IZ ~ OBJETIVO ESPECIFICO Desenvolvimento da capacidade de expresso verbal III - SUGESTOES DE ATIVIDADES Identificar a figura ou objeto correspondente & palavra emitida pela professora. - A professora mostra varias figuras e diz o nome de uma delas de cada vez. Ao ouvir o nome dito pela professora, a crianca aponta a figura correspondente. = A professora mostra varios objetos, dizendo o nome de um deles de cada vez. Ao ouvir o que a professora diz, a crianca aponta © objeto correspondente. - A professora diz o none de um mével ou objeto existente na sala de aula e a crianca identifica-o. Nomear figuras, objetos, animais, pessoas determinados pela pro fessora. - Mostrar crianca varias figuras, apontar uma de cada vez para que a nomeie. ue - Mostrar & crianca varios objetos, apontar um de cada vez para que ela diga o seu nome. = Mostrar & crianca animais de brinquedo, apontar um de cada vez para que ela diga o seu nome. letar frases iniciadas por outras pessoas. - A professora inicia uma frase e a crianca a completa. Por exem- loz PMeu carro parou porgue ..." * *Hoje nao vamos ao patio porque. * *Ganhei de presente...” * "Eu gostaria de. brinca: * "Papai e mande..foran.. - uma crianca de cada vez inicia uma frase e aponta para outra que deve completi-la. Identificar figuras correspondentes a frases.ditas pela profess: ra ou por outra crianca. - A professora diz uma frase, como por exemplo: “0 cachorrinho es- £4 comendo © seu osso" @ a'crianca pega a figura correspondente a ela. - Uma crianca de cada vez diz uma frase e aponta outra crianca que devera mostrar-lhe a gravura correspondente. = Ouvir quadrinhos-ow-versos-e procurar as figuras que lhes ccrres pondam. Repetir frases ditas pela professora. = Jogo: Repita o que eu disse: 1 professora diz uma frase qualquer, como por exemplo: "A laran- Bed cuna gruta deliciosa" © ponte para uma eriange que dever repeti-la. ayes Scanned with CamScanner _ erianga que © descreva. A professora 18 una histéria; quando ela para, aponta para una ctianca que deveré repetir a ditina frase lida. A leitura deve ser lenta e as criancas precisan estar ben atentas. Por tittlos em desenhos ou gravuras ou histérias. Sravira deve ser apresentada as criances para que elas esco~ than ‘um titulo para a resna. A professora anota os titulos esco- Unidos e as ersancas decigen quel o mais adequado- As criancas fazen seus desenhos ou pinturas ¢ escolhem un titulo para el A professora conta una pequena histéria e ag criancas _escolhen lun'titulo para ela. Os titulos eseolhides séo anotades © depois as criancas decides qual o mais apropriado. Descraver objetos. Mostrar una ferramenta para a crianga pedindo-lhe que observe bene depois diga como ela é. Lembrar & crianga que ela deve di- zer tudo o que esta vendo naquele objeto. Mostrar um instrumento musical para a crianca, pedindo-lhe que o observe bem e diga tudo o que vé nele. Descrever figuras. 5 Mostrar uma figura de uma pessoa realizando um trabalho. Pedir 4 erianga que descreva tudo o que esta vendo naquela figura. Mostrar una figura de pessoas praticando um esporte. Pedir a cri anga que descreva tudo o que observou na figura. Mostrar una figura de criancas brincando-Solicitar & crianca que diga 0 que.elas estéo fazendo e todas as coisas que observou na figura. Descrever pessoas. Mostrar um retrato de uma pessoa e pedir is criancas que a des crevam. Pedir a uma pessoa que venha 4 sala de aula para que as criancas a observen e a descrevan. Pedir 4 crianca que descreva sua mie, seu pai ou um de seus ir- naozinhos. Descrever animais. A professora propicia a observacdo de um animalzinho e pede Se existir um aqurio na classe, a professora pede as criancas gue observem 05 peixinhos durante algum tempo e depois descrevam © que viram. Aproveitando a oportunidade de una visita ao zoolégico, cada cri- anca é convidada a descrever um animal. Aproveitando um filne sobre animais visto na televisio, a profes sora solicita que as criancas descrevam os animais que viram. Mostrar uma figura de animal e pedir as criancas que o descrevan. Narrar acontecimentos passados. Na hora da novidade a professora estimula as criangas a contarem algun acontecinento vivido ou presenciado por elas; Ro conversar com as criangas sobre o que fizeram ontem (no do- ningo), a professora encoraja-as a relatar o que fizeran, Una crianca da um passeio pela escola e quando retorna a sala de aula relata tudo o que viu. Na hora da rodinha as criancas poderdo relatar un passeio reali- zado com a fanilia. Narrar pequenas histérias. Na thora da histéria” as criancas sio estimuladas a contar una historia que ouviram ou inventadas por elas. Avista de una gravura sugestiva, a crianca narra una hiétéria sobre ela. A crianca faz una pintura ou um desenho, inventa uma histéria ao bre ele, narrando-a a seus colegas. 2 -1s- Scanned with CamScanner

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