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Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEIN® 8.625, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1993. Institui a Lei Organica Nacional do Ministério Publico, dispde sobre normas gerals para a organizagao do Ministério Publico dos Estados e da outras providencias. Mensagem de veto © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei CAPITULO | Das Disposigées Gerais Art. 1° O Ministério Publico é instituigao permanente, essencial a funcdo jurisdicional do Estado, incumbindosthe a defesa da ordem juridica, do regime democratico e dos interesses sociais @ individuais indisponiveis. Paragrafo unico, S40 principios institucionais do Ministério Publico a unidade, a indivisibitidade e a independéncia funcional. Art. 2° Lei complementar, denominada Lei Organica do Ministério Puiblico, cuja iniciativa é facultada aos Procuradores-Gerais de Justica dos Estados, estabelecerd, no 4mbito de cada uma dessas unidades federativas, normas, especificas de organizagao, atribuigdes e estatuto do respectivo Ministério Publico. Pardgrafo nico. A organizagao, atribuigdes e estatuto do Ministério Publico do Distrito Federal Terrtérios serao objeto da Lei Organica do Ministério Publico da Uniao. Art, 3° Ao Ministério Publico ¢ assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-the, especialmente: | praticar atos préprios de gestéo; Il praticar atos decidir sobre a situagdo funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos servigos auxliares, organizados em quadros préprios; IIl- elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos; IV- adquitir bens e contratar servigos, efetuando a respectiva contabilizagao, \V- propor ao Poder Legislativo a criagdo ¢ a extingdo de cargos, bem como a fixagao e o reajuste dos vencimentos de sous membros; VI- propor ao Poder Legislativo a criagdo e a extingaio dos cargos de seus servigos auxiliares, bem como a fixago © 0 reajuste dos vencimentos de sous servidores; VII- prover os cargos iniciais da carreira e dos servigos auxiliares, bem como nos casos de remocdo, promogao e demais formas de provimento derivado; Vill - editar atos de aposentadoria, exoneragao e outros que importem em vacancia de cargos e carreira e dos servigos auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministério Publico e de seus servidores; IX - organizar suas secretarias e os servigos auxiliares das Procuradorias e Promotorias de Justiga: X-- compor os seus érgaos de administragao; XI- elaborar seus regimentos internos; XII - exercer outras competéncias dela decorrentes. Paragrafo tinico As decisées do Ministério Publico fundadas om sua autonomia funcional, administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, tém eficacia plena e executoriedade imediata, ressalvada a competéncia constitucional do Poder Judiciério e do Tribunal de Contas, Art. 4° O Ministério PUblico elaborard sua proposta orgamentaria dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orgamentarias, encaminhando-a diretamente ao Governador do Estado, que a submeterd ao Poder Legislativo. § 1° Os recursos correspondentes as suas dotagées orgamentarias préprias e globais, compreendides os créditos suplementares e especiais, sersne-Ao entregues até o dia vinte de cada més, sem vinculagéo a qualquer tipo de despesa § 2° A fiscalizagao contabil inanceira, orgamentéria, operacional e patrimonial do Ministério Pablico, quanto & legalidade, legitimidade, economicidade, aplicagao de dotacGes e recursos préprios e reniincia de receitas, sera exercida pelo Poder Legislative, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno estabelecido na Lei Organica, CAPITULO II Da Organizagao do Ministério Publico SEGAO| Dos Orgies de Administragao Art, 5° So érgios da Administragéo Superior do Ministério Publica: 1a Procuradoria-Geral de Justiga; Il- 0 Colégio de Procuradores de Justiga IIl- © Conselho Superior do Ministerio Pibico; IV -a Corregedoria-Geral do Ministerio Piblco Art, 6° So também érgdos de Administrago do Ministério Publico: | 8 Procuradorias de Justica; Il- as Promotorias de Justiga SEGAO II Dos Orgdos de Execugao Art. 7° Sao érgaos de execucao do Ministerio Public: | - 0 Procurador-Geral de Justiga; II-0 Conselho Superior do Ministério Publico; I-08 Procuradores de Justiga; IV- 0s Promotores de Justiga SEGAO Il Dos Orgdos Auxiiares At, 8° Sdo érgos auxilares do Ministerio Piblico, além de outros criados pela Lei Organica: 1-08 Centros de Apoio Operacional; Ila Comissdo de Concurso; IIl- 0 Centro de Estudos Aperfeigoamento Funcional; IV - 0s érgaos de apoio administrativo; V - 08 estagidrios CAPITULO I Dos Orgaos de Administragao SECAO | Da Procuradoria-Geral de Justia Art, 9° Os Ministérios Publicos dos Estados formardo lista triplice, dentre integrantes da carrera, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que ser nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondugao, observado o mesmo procedimento. § 1° A eleigao da lista triplice far-se-4 mediante voto plurinominal de todos os integrantes da carreira. § 2° A destituigio do Procurador-Geral de Justiga, por iniciativa do Colégio de Procuradores, deverd ser precedida de autorizagao de um tergo dos membros da Assembiéia Legislativa. § 3° Nos seus afastamentos impedimentos o Procurador-Geral de Justica seré substituido na forma da Lei Organica, § 4° Caso 0 Chefe do Poder Executivo nao efetive a nomeagao do Procurador-Geral de Justiga, nos quinze dias que se seguirem ao recebimento da lista triplice, sera investido automaticamente no cargo 0 membro do Ministério Pablico mais votado, para exercicio do mandato. Art. 10. Compete ao Procurador-Geral de Justiga: | exercer a chefia do Ministério Publica, representando-o judicial e extrajudicialmente; II integrar, como membro nato, e presidir 0 colégio de Procuradores de Justica e o Conselho Superior do Ministério Pablico; Iil- submeter ao Colégio de Procuradores de Justica as propostas de criagio e extingdio de cargos e servicos auxiliares e de orgamento anual, IV- encaminhar ao Poder Legislative os projetos de lei de iniciativa do Ministério Publico; V - praticar atos @ decidir questées relativas a administragao geral 6 execugao orgamentaria do Ministério Publico: VI- prover 08 cargos iniciais da carreira © dos servigos aux convocagao e demais formas de provimento derivado; liares, bem como nos casos de remogao, promocao, VII - editar atos de aposentadoria, exoneragao e outros que importem em vacéncia de cargos da carreira ou dos servigos auxiliares e atos de disponibilidade de membros do Ministério Publico e de seus servidores; VIII - delegar suas fungdes administrativas; IX - designar membros do Ministério Publico para a) exercer as atribuigdes de dirigente dos Centros de Apoio Operacional; ») ocupar cargo de confianga junto aos érgaos da Administragaio Superior, ©) integrar organismos estatais afetos a sua area de atuago; 4) oferecer deniincia ou propor ago civil publica nas hipéteses de nao confirmagao de arquivamento de inquérito policial ou civil, bem como de quaisquer pegas de informagées; ) acompanhar inquérito policial ou diligéncia investigatéria, devendo recair a escolha sobre o membro do Ministério Publico com atribuigao para, em tese, oficiar no feito, segundo as regras ordinarias de distribuigao de servigos; f) assegurar a continuidade dos servigos, em caso de vacancia, afastamento temporédrio, auséncia, impedimento ou suspeigao de titular de cargo, ou com consentimento deste; 4@) por ato excepcional e fundamentado, exercer as funcdes processuals afetas a outro membro da instituig&o, submetendo sua decisdo previamente ao Conselho Superior do Ministerio Pablico: (Vide ADIN 2854) fh) oficiar perante a Justiga Eleitoral de primeira instancia, ou junto ao Procurador-Regional Eleitoral, quando por este solicitado; X - dirimir confltos de atribuigdes entre membros do Ministério Publico, designando quem deva oficiar no feito; XI - decidir processo disciplinar contra membro do Ministério Pablico, aplicando as sangées cabiveis; XII - expedir recomendagées, sem cardter normativo aos érgéios do Ministério Publico, para o desempenho de suas, fungoes: XIll- encaminhar aos Presidentes dos Tribunais as listas séxtuplas a que se referem os arts. 94, caput, © 104, paragrafo Unico, inciso II, da Constituigéo Federal XIV - exercer outras atribuigdes previstas em lei. Art. 11. © Procurador-Geral de Justiga poderd ter em seu Gabinete, no exercicio de cargo de confianga, Procuradores ou Promotores de Justiga da mais elevada entrancia ou categoria, por ele designados. SEGAO II Do Colégio de Procuradores de Justiga At. 12. 0 Colégio de Procuradores de Justiga & composto por todos os Procuradores de Justiga, competindo-he: | - opinar, por solicitagao do Procurador-Geral de Justiga ou de um quarto de seus integrantes, sobre matéria relativa A autonomia do Ministério Publico, bem como sobre outras de interesse institucional, II- propor ao Procurador-Geral de Justica a criagdo de cargos e servios auxiliares, modificagBes na Lei Organica e providéncias relacionadas ao desempenho das fungées institucionais; lil - aprovar a proposta orgamentaria anual do Ministério Publico, elaborada pela Procuradoria-Geral de Justica, bem ‘como os projetos de criagao de cargos e servigos auxiliares; IV - propor ao Poder Legislativo a destituigao do Procurador-Geral de Justiga, pelo voto de dois tergos de seus membros e por iniciativa da maioria absoluta de seus integrantes em caso de abuso de poder, conduta incompativel ou grave omissao nos deveres do cargo, assegurada ampla defesa; V - eleger 0 Corregedor-Geral do Ministério Publico; VI- destituir o Corregedor-Geral do Ministério Publico, pelo voto de dois tergos de seus membros, em caso de abuso de poder, conduta incompativel ou grave omissao nos deveres do cargo, por representacao do Procurador-Geral de Justiga ou da maioria de seus integrantes, assegurada ampla defesa; VII - recomendar ao Corregedor-Geral do Ministério Publico a instauragao de procedimento administrative disciplinar contra membro do Ministério Publico; VIII - julgar recurso contra deciséo: a) de vitaliciamento, ou ndo, de membro do Ministério Publico; 'b) condenatéria em procedimento administrative disciplinar; ©) proferida em reclamagao sobre o quadro geral de antiguidade; 4d) de disponibilidade e remogao de membro do Ministério Piblico, por motivo de interesse piiblico; ©) de recusa provista no § 3° do art. 15 desta lei; IX - decidir sobre pedido de revisdo de procedimento administrative disciplinar; X - deliberar por iniclativa de um quarto de seus integrantes ou do Procurador-Geral de Justia, que este ajulze ago civel de decretacao de perda do cargo de membro vitalicio do Ministério Publico nos casos previstos nesta Lei; XI -rever, mediante requerimento de legitimo interessado, nos termos da Lei Organica, decisao de arquivamento de inquérito policial ou pegas de informagées determinada pelo Procurador-Geral de Justiga, nos casos de sua atribuicao originaria; XII - elaborar seu regimento interno; XIll- desempenhar outras atribuigSes que Ihe forem conferidas por lei Paragrafo unico. As decisdes do Colégio de Procuradores da Justiga serao motivadas e publicadas, por extrato, salvo nas hipdteses legais de sigilo ou por deliberagao da maioria de seus integrantes. Art. 13 Para exercer as atribuigées do Colégio de Procuradores de Justiga com ntimero superior a quarenta Procuradores de Justica, podera ser constituido Orgao Especial, cuja composicéio e numero de integrantes a Lei ‘Organica fixara. Paragrafo nico, O disposto neste artigo nao se aplica as hipdteses previstas nos incisos |, IV, V e VI do artigo anterior, bem como a outras atribuigées a serem deferidas a totalidade do Colégio de Procuradores de Justica pela Lei Organica, SEGAO Il Do Conselho Superior do Ministério Péblico ‘Att 14. Lei Orgéinica de cada Ministério Piblico dispora sobre a composicao, inelegibilidade e prazos de sua cessagao, posse e duragao do mandato dos integrantes do Conselho Superior do Ministério Publico, respeitadas as seguintes disposigées: 1-0 Conselho Superior tera como membros natos apenas o Procurador-Geral de Justiga e o Corregedor-Geral do Ministerio Publico; II- so elegiveis somente Procuradores de Justiga que nao estejam afastados da carreira; Ill -0 eleitor poderd votar em cada um dos elegiveis até o ntimero de cargos postos em eleigao, na forma da lei ‘complementar estadual. Art. 15. Ao Conselho Superior do Ministério Publico compete: | elaborar as listas séxtuplas a que se referem os arts, 94, caput e 104. pardgrafo Unico, Ida Constituicdo. Federal II -indicar ao Procurador-Geral de Justiga, em lista triplice, os candidatos a remogao ou promogao por merecimento; Ill - eleger, na forma da Lei Organica, os membros do Ministério Pblico que integrardo a Comissao de Concurso de ingresso na carreira; IV - indicar o nome do mais antigo membro do Ministério Publico para remogo ou promogao por antighidade; \V - indicar ao Procurador-Geral de Justiga Promotores de Justica para substituigao por convocacao; VI- aprovar os pedidos de remogao por permuta entre membros do Ministério Publico; VII - decidir sobre vitaliciamento de membros do Ministério Publico: VIII - determinar por voto de dois tergos de seus integrantes a disponibilidade ou remogao de membros do Ministério Pblico, por interesse puiblico, assegurada ampla defesa: IX - aprovar 0 quadro geral de antigtidade do Ministério Publico e decidir sobre reciamagGes formuladas a esse respeito; X - sugerir ao Procurador-Geral a edi¢do de recomendagées, sem cardter vinculativo, aos 6rgaos do Ministério Piblico para o desempenho de suas fungdes ¢ a adocao de medidas convenientes ao aprimoramento dos servigos; XI - autorizar o afastamento de membro do Ministério Piblico para freqilentar curso ou seminario de aperfeigoamento e estudo, no Pais ou no exterior; XII - elaborar sou regimento intemo; tas em le Xill - exercer outras atribuigdes pre § 1° As decisées do Conselho Superior do Ministério Pablico serao motivadas e publicadas, por extrato, salvo nas hipéteses legais de sigilo ou por deliberagao da maioria de seus integrantes. § 2° Aremogao © a promogao voluntaria por antigiidade © por merecimento, bem como a convocagao, dependerao de prévia manifestagao escrita do interessado. § 3° Na indicagao por antigiidade, 0 Conselho Superior do Ministério Publico somente poderé recusar 0 membro do Ministério Publico mais antigo pelo voto de dois tergos de seus integrantes, conforme procedimento préprio, repetindo-se a votagao até fixar-se a indicacao, apés o julgamento de eventual recurso interposto com apoio na alinea e do inciso VIII do art. 12 desta lel SECAOIV Da Corregedoria-Geral do Ministério Publico, Art, 16. 0 Corregedor-Geral do Ministério Piblico serd eleito pelo Colégio de Procuradores, dentre os Procuradores de Justiga, para mandato de dois anos, permitida uma recondugdo, observado o mesmo procedimento. Paragrafo unico, O Corregedor-Geral do Ministério Publico & membro nato do Colégio de Procuradores de Justica e do Conselho Superior do Ministério Pablico. Art. 17. A Corregedoria-Geral do Ministério Publico é o érgao orientador e fiscalizador das atividades funcionals e da conduta dos membros do Ministério Publico, incumbindo-the, dentre outras atribuigdes: | - realizar correigées e inspegées; Il - realizar inspegbes nas Procuradorias de Justiga, remetendo relatério reservado ao Colégio de Procuradores de Justiga; IIL- propor ao Conselho Superior do Ministério Publico, na forma da Lei Organica, 0 nao vitaliciamento de membro do Ministério Publico; IV -fazer recomendagées, sem cardter vinculativo, a érgao de execugao; \V - instaurar, de oficio ou por provocagao dos demais érgaos da Administragao Superior do Ministério PUblico, processo disciplinar contra membro da instituigao, presidindo-o e aplicando as sangdes administrativas cabiveis, na forma da Lei Organica; VI- encaminhar ao Procurador-Geral de Justia os processos administrativos disciplinares que, na forma da Lei Organica, incumba a este decidir; VII- remeter aos demais érgéos da Administrago Superior do Ministério Publico informagées necessarias a0 desempenho de suas atribuigées; VIII - apresentar ao Procurador-Geral de Justiga, na primeira quinzena de fevereiro, relatério com dados estatisticos sobre as atividades das Procuradorias e Promotorias de Justiga, relativas ao ano anterior. Art, 18. O Corregedor-Geral do Ministério Piblico sera assessorado por Promotores de Justica da mais elevada entrancia ou categoria, por ele indicados e designados pelo Procurador-Geral de Justica Paragrafo Unico, Recusando-se o Procurador-Geral de Justiga a designar os Promotores de Justiga que Ihe foram indicados, o Corregedor-Geral do Ministério Pablico podera submeter a indicagao a deliberagao do Colégio de Procuradores. SEGAOV Das Procuradorias de Justiga Art. 19. As Procuradorias de Justiga so érgaos de Administragdo do Ministério Publico, com cargos de Procurador de Justiga e servicos auxiliares necessarios ao desempenho das fungdes que Ihe forem cometidas pela Lei Organica. § 1° E obrigatéria a presenga de Procurador de Justiga nas sessdes de julgamento dos processos da respectiva Procuradoria de Justiga § 2° Os Procuradores de Justiga exercerao inspegao permanente dos servigos dos Promotores de Justiga nos autos ‘em que oficiem, remetendo seus relatérios & Corregedoria-Geral do Ministério Piblico. Art, 20. Os Procuradores de Justica das Procuradorias de Justiga civis ¢ criminals, que oficiem junto ao mesmo Tribunal, rounir-se-do para fixar orientagées juridicas, sem carater vinculativo, encaminhando-as ao Procurador-Geral de Justica Art, 21. A divisdo interna dos servicos das Procuradorias de Justica sujeitar-se-A a critérios objetivos definidos pelo Colégio de Procuradores, que visem a distribuigdo eqliltaliva dos processos por sorteio, observadas, para esse efelto, as regras de proporcionalidade, especialmente a alternancia fixada em fungao da natureza, volume e espécie dos feitos. Paragrafo tinico. A norma deste artigo sé nao incidira nas hipéteses em que os Procuradores de Justica definam, consensualmente, conforme critérios proprios, a divisao intema dos servigos. Art, 22. A Procuradoria de Justia compete, na forma da Lei Organica, dentre outras atribuigdes: | - escolher o Procurador de Justiga responsavel pelos servigos administrativos da Procuradoria; II- propor ao Procurador-Geral de Justica a escala de férias de seus integrantes; Iil- solictar ao Procurador-Geral de Justiga, em caso de licenga de Procurador de Justiga ou afastamento de suas {unces junto & Procuradoria de Justiga, que convoque Promoter de Justiga da mais elevada entrancia ou categoria para SECAO VI Das Promotorias de Justiga Art, 23. As Promotorias de Justiga sao érgaos de administragao do Ministério Publico com pelo menos um cargo de Promoter de Justiga e servigos auxiliares necessarios ao desempenho das fungdes que Ihe forem cometidas pela Lei § 1° As Promotorias de Justica poderdo ser judiciais ou extrajudiciais, especializadas, gerais ou cumulativas. § 2° As alribuigSes das Promotorias de Justica e dos cargos dos Promotores de Justiga que a integram seréo fixadas mediante proposta do Procurador-Geral de Justica, aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justica, § 3° A exclusdo, incluso ou outra modificago nas atribuigdes das Promotorias de Justica ou dos cargos dos Promotores de Justica que a integram serdo efetuadas mediante proposta do Procurador-Geral de Justica, aprovada por maioria absoluta do Colégio de Procuradores. Art, 24. © Procurador-Geral de Justiga podera, com a concordancia do Promotor de Justica titular, designar outro Promotor para funcionar em feito determinado, de atribuigao daquele, CAPITULO IV Das Fungées dos Orgtios de Execugao SEGAO! Das Fungées Gerais Art. 25. Além das fungSes previstas nas Constituigdes Federal e Estadual, na Lei Organica e em outras leis, incumbe, ainda, ao Ministério Publico: | - propor ago de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, em face & Constituigao Estadual; II- promover a representagao de inconstitucionalidade para efeito de intervengao do Estado nos Municipios; IIL- promover, privativamente, a ago penal publica, na forma da lei; IV-- promover o inguérito civil e a ago civil publica, na forma da lei a) para a protecdo, prevencao e reparacao dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens & direitos de valor artistico, estético, histérico, turistico e paisagistico, a outros interesses difusos, coletivos @ individuals indisponiveis e homogéneos; ) para a anulacdo ou declaracao de nulidade de atos lesivos ao patrim6nio publico ou a moralidade administrativa do Estado ou de Municipio, de suas administragbes indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas de que participem; \V - manifestar-se nos processos em que sua presenca soja obrigatéria por lei e, ainda, sempre que cabivel a intervengao, para assegurar 0 exercicio de suas fungGes institucionais, néo importando a fase ou grau de jurisdigao em que se encontrem os processos; VI- exercer a fiscalizagdo dos estabelecimentos prisionais e dos que abriguem idosos, menores, incapazes ou pessoas portadoras de deficiéncia; VII - deliberar sobre a participagao om organisms estatais de defesa do meio ambiente, neste compreendido 0 do trabalho, do consumidor, de politica penal e penitenciaria e outros afetos a sua area de atuagao; VIII - ingressar em juizo, de oficio, para responsabilizar os gestores do dinheiro piiblico condenados por tribunais e conselhos de contas; IX - interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiga X-- (Velado); XI- (Vetado), Paragrafo unico, E vedado o exercicio das fungées do Ministério Publico a pessoas a ele estranhas, sob pena de nulidade do ato praticado. Art, 26. No exercicio de suas fungées, 0 Ministério Publico podera: | instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instrui-los: a) expedir notificagoes para colher depoimento ou esclarecimentos ©, em caso de nao comparecimento injustificado, requisitar condugo coercitva, inclusive pela Policia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogalivas previstas em lei ») requisitar informagées, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos drgaos e entidades da administracao direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios; ©) promover inspegGes e diligéncias investigatérias junto s autoridades, érgaos e entidades a que se refere a alinea anterior, II- requisitar informagdes e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processo em que oficie; Ill - requisitar & autoridade competente a instauragdo de sindicancia ou procedimento administrativo cabivel, IV - requisitar diligéncias investigatérias e a instaurag&o de inquérito policial e de inquérito policial militar, observado © disposto no art, 129, inciso Vill, da Constitui¢ao Federal, podendo acompanha-los; \V - praticar atos administrativos executérios, de carater preparatorio; VI- dar publicidade dos procedimentos administrativos nao disciplinares que instaurar e das medidas adotadas; VII- sugerir ao Poder competente a edigtio de normas e a alterago da legislagéo em vigor, bem como a adogo de medidas propostas, destinadas prevengao e controle da criminalidade; VII - manifestar-se em qualquer fase dos processos, acolhendo solicitago do juiz, da parte ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse em causa que justifique a intervengao. § 1° As nolificagdes e requisigdes previstas neste artigo, quando tiverem como destinatarios 0 Governador do Estado, os membros do Poder Legislativo e os desembargadores, serao encaminhadas pelo Procurador-Geral de Justica § 2° O membro do Ministério Piblico serd responsavel pelo uso indevido das informagoes e documentos que requisitar, inclusive nas hipéteses legais de sigilo. § 3° Serao cumpridas gratuitamente as requisicdes feitas pelo Ministério Publico as autoridades, drgaos e entidades da Administrag4o Publica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios. § 4° A falta ao trabalho, em virtude de atendimento a notificagao ou requisi¢ao, na forma do inciso | deste artigo, nao autoriza desconto de vencimentos ou salario, considerando-se de efelivo exercicio, para todos os efeitos, mediante comprovagao escrita do membro do Ministério PUblico. § 5° Toda representago ou petigao formulada ao Ministério Publico sera distribuida entre os membros da instituig&io que tenham atribuigdes para aprecié-la, observados os critérios fixados pelo Colégio de Procuradores. Art. 27. Cabe ao Ministério Publico exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituigses Federal e Estadual, ‘sempre que se cuidar de garantir-he o respeito: | - pelos poderes estaduais ou municipais; II- polos érgaos da Administragao Publica Estadual ou Municipal, direta ou indireta; IIl- pelos concessionérios e permissionarios de servigo piblico estadual ou municipal; IV-- por entidades que exergam outra fungao delegada do Estado ou do Municipio ou executem servigo de relevancia publica, Pardgrafo tinico, No exercicio das atribuigSes a que se refere este artigo, cabe ao Ministério Publico, entre outras providéncias: | -receber noticias de irregularidades, peticdes ou reclamacdes de qualquer natureza, promover as apuracdes cabiveis que Ihes sejam proprias e dar-lhes as solugSes adequadas; II -zelar pela celeridade e racionalizagao dos procedimentos administrativos; lil - dar andamento, no prazo de trinta dias, as noticias de itregularidades, peticoes ou reclamagées referidas no inciso I; IV-- promover audiéncias pablicas e emitirrelatérios, anual ou especiais, e recomendagGes dirigidas aos érgdos & ‘entidades mencionadas no caput deste artigo, requisitando ao destinatario sua divulgagao adequada e imediata, assim ‘como resposta por escrito. Art, 28. (Vetado), SEGAO II Do Procurador-Geral de Justiga Art. 29. Além das atribuigdes previstas nas Constituigées Federal e Estadual, na Lei Organica e em outras leis, compete ao Procurador-Geral de Justiga: | - representar aos Tribunais locais por inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipal face da Constituigao Estadual; II- representar para fins de intervengao do Estado no Municipio, com o objetivo de assegurar a observancia de principios indicados na Constituigo Estadual ou prover a execugao de lei, de ordem ou de decisao judicial; II representar o Ministério Piblico nas sessies plendrias dos Tribunais: IV (Vetado: \V = ajuizar agéo penal de competéncia originéria dos Tribunals, nela ofciande: VI- oficiar nos processos de competéncia origindria dos Tribunais, nos limites estabelecidos na Lei Orgdnica; VII- determinar 0 arquivamento de representago, noticia de crime, pegas de informacao, conclusao de comissdes parlamentares de inquérito ou inquérito policial, nas hipéteses de suas atribuicées legais; VIll- exercer as atribuigées do art, 129 Ie Il, da Conslituicdo Federal, quando a auloridade rectamada for 0 Governador do Estado, 0 Presidente da Assombléia Legisativa ou os Prasidentos de Tribunals, bem como quando contra estes, por ato praticado em razao de suas fungées, deva ser ajuizada a competente acao; IX delegar @ memibro do Ministério Piblico suas fungBes de érgao de execugao. SEGAO Ill Do Conselho Superior do Ministerio Pablico Art. 30. Cabe ao Consetho Superior do Ministério Piblico rever 0 arquivamento de inquérito civil, na forma da le SEGAOIV Dos Procuradores de Justiga Art. 31. Cabe aos Procuradores de Justica exercer as atribuigées junto aos Tribunais, desde que nao cometidas 20 Procurador-Geral de Justica, e inclusive por delegacao deste. SEGAOV Dos Promotores de Justiga Art. 32. Além de outras fungdes cometidas nas Constituigdes Federal e Estadual, na Lei Organica e demais leis, compete aos Promotores de Justiga, dentro de suas esferas de atribuigées: | - impetrar habeas-corpus e mandado de seguranga e requerer correigo parcial, inclusive perante os Tribunals locais competentes; II atender a qualquer do povo,tomando as providéncias cabiveis; Iil- oficiar perante Justiga Eleitoral de primeira instancia, com as atribuigées do Ministério Pablico Eleitoral previstas na Lei Organica do Ministério Publico da Unido que forem pertinentes, além de outras estabelecidas na legislagdio eleitoral e partidaria. CAPITULO V Dos Orgaos Auxiliares SECAO | Dos Centros de Apoio Operacional Art. 33. Os Centros de Apoio Operacional sao érgdos auxiliares da atividade funcional do Ministério Publico, ‘competindo-Ihes, na forma da Lei Organica: | - estimular a integragao e 0 intercmbio entre érgaos de execugao que atuem na mesma area de atividade e que tenham atribuig6es comuns; II remeter informagées técnico-juridicas, sem carater vinculativo, aos érgdos ligados a sua atividade; lil - estabelecer intercmbio permanente com entidades ou érgaos puiblicos ou privados que atuem em areas afins, para obtenco de elementos técnicos especializados necessérios ao desempenho de suas funcées; IV-- remeter, anualmente, ao Procurador-Geral de Justica relatério das atividades do Ministério Publico relativas as suas dreas de atribuigses; \V - exercer autras fungdes compativeis com suas finalidades, vedado o exercicio de qualquer atividade de érgéo de ‘execugo, bem como a expedigao de atos normativos a estes dirigidos, SEGAO II Da Comissao de Concurso Art. 34. A Comissio de Concurso, érgo auxiiar de natureza transitéria, incumbe realizar a selego de candidatos ao ingresso na carreira do Ministério Publico, na forma da Lei Organica e observado o art, 129, § 3°, da Constituicao Federal Paragrafo unico - A Lei Organica definird o crtério de escolha do Presidente da Comissao de Concurso de ingresso na carreira, cujos demais integrantes serao eleitos na forma do art. 18, inciso Ill, desta Lei SEGAO Il Do Centro de Estudos e Aperfeigoamento Funcional Art, 36. © Centro de Estudos e Aperfeigoamento Funcional 6 6rgao auxliar do Ministério Publco destinado a realizar cursos, semindrios, congressos, simpésios, pesquisas, aividades, estudos e publicagées visando a0 aprimoramento profissional ¢ cultural dos membros da instituicdo, de seus aunilares e funcionarios, bem como a melhor execucao de ‘seus servigos e racionalizagao de seus recursos materiais. Paragrafo unico. A Lei Organica estabelecerd a organizagéo, funcionamento e demais atribuigées do Centro de Estudos e Aperfeigoamento Funcional, SEGAOIV Dos Orgdos de Apoio Administrativo At. 36. Lei de iniiativa do Procurador-Geral de Justica discipinard os érgaos e servicos auxilares de apoio ‘administratvo, organizados em quadro proprio de carreiras, com os cargos que atendam as suas pecularidades e as necessidades da administragao e das atividades funcionais. SEGAOV Dos Estagiérios Art. 37. Os estagiarios do Ministério Publico, auxiliares das Promotorias de Justiga, sero nomeados pelo Procurador-Geral de Justiga, para periodo nao superior a trés anos. Paragrafo nico. A Lei Organica disciplinara a selegdo, investidura, vedagdes e dispensa dos estagidrios, que serao alunos dos trés ultimos anos do curso de bacharelado de Direito, de escolas oficials ou reconhecidas. CAPITULO VI Das Garantias e Prerrogativas dos Membros do Ministério Piblico Art, 38. Os membros do Ministério Pablico sujeitam-se a regime juridico especial e tém as seguintes garantias: | - vitaliciedade, apés dois anos de exercicio, nao podendo perder o cargo sendo por sentenga judicial transitada em julgado; lI inamovibilidade, salvo por motivo de interesse piblico; ll - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto a remuneragao, o disposto na Constituigao Federal. § 1° © membro vitalicio do Ministério Public somente perdera o cargo por sentenga judicial transitada em julgado, proferida em agao civil prépria, nos seguintes casos: | = pratica de crime incompativel com 0 exercicio do cargo, apés decisao judicial transitada em julgado; II exercicio da advocacia; ll abandono do cargo por prazo superior a trinta dias corridos, § 2° Aago civil para a decretagéo da perda do cargo seré proposta pelo Procurador-Geral de Justiga perante o Tribunal de Justiga local, apés autorizagao do Colégio de Procuradores, na forma da Lei Organica. Art. 39. Em caso de extingao do érgio de execugao, da Comarca ou mudanga da sede da Promotoria de Justiga, sera facultado ao Promotor de Justica remover-se para outra Promotoria de igual entrancia ou categoria, ou obter a disponibilidade com vencimentos integrais e a contagem do tempo de servic como se em exercicio estivesse. §§ 1° © memibro do Ministério Publico em disponibilidade remunerada continuar sujeito as vedagées constitucionais @ serd classificado em quadro especial, provendo-se a vaga que ocorrer. § 2° A disponibilidade, nos casos provistos no caput deste artigo outorga ao membro do Ministério Publico o direito a percepgao de vencimentos e vantagens integrais e contagem do tempo de servigo como se em exercicio estivesse. Art. 40. Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Piblico, além de outras previstas na Lei Organica: | - ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inquérito, em dia, hora e local previamente ajustados com o Juiz ou a autoridade competente; II- estar sujeito a intimago ou convocagao para comparecimento, somente se expedida pela autoridade judiciaria ou por érgao da Administrago Superior do Ministério Publico competente, ressalvadas as hipdteses constitucionais; IIL- ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime inafiangavel, caso em que a autoridade fara, no prazo maximo de vinte e quatro horas, a comunicagdo e a apresentacao do membro do Ministério Publico ao Procurador-Geral de Justiga; IV - ser processado e julgado originariamente pelo Tribunal de Justiga de seu Estado, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada excegao de ordem constitucional; \V - ser custodiado ou recolhido a prisdo domiciliar ou a sala especial de Estado Maior, por ordem e a disposigao do Tribunal competente, quando sujeito a priséo antes do julgamento final; VI - ter assegurado o direito de acesso, retificago e complementagao dos dados e informagées relatives a sua pessoa, existentes nos érgaos da instituigao, na forma da Lei Organica Art. 41. Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Pablico, no exercicio de sua fungao, além de outras previstas na Lei Organica | -receber 0 mesmo tratamento juridico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judicidrio junto aos quais oficiem; II nao ser indiciado em inquérito policial, observado 0 disposto no pardgrafo tinico deste artigo; lil - ter vista dos autos apés distribuigdo as Turmas ou Camaras @ intervir nas sessdes de julgamento, para sustentagao oral ou esclarecimento de matéria de fato; IV - receber intimago pessoal em qualquer processo e grau de jurisdigao, através da entrega dos autos com vista; V - gozar de inviolabilidade pelas opinides que externar ou pelo teor de suas manifestagdes processuais ou procedimentos, nos limites de sua independéncia funcional; VI-ingressar ¢ transitar ivremente: a) nas salas de sessdes de Tribunais, mesmo além dos limites que separam a parte reservada aos Magistrados; b) nas salas e dependéncias de audiéncias, secretarias, cartérios, tabelionatos, oficios da justica, inclusive dos registros publicos, delegacias de policia e estabelecimento de intemnacao coletiva; c) em qualquer recinto publico ou privado, ressalvada a garantia constitucional de inviolabilidade de domictio; VII examinar, em qualquer Juizo ou Tribunal, autos de processos findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar pegas e tomar apontamentos; VIII - examinar, em qualquer repartic&o policial, autos de flagrante ou inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar pegas tomar apontamentos; IX = ter acesso a0 indiciado preso, a qualquer momento, mesmo quando decretada a sua incomunicabilidade; X - usar as vestes talares e as insignias privativas do Ministério Piblco; XI- tomar assento a direita dos Juizes de primeira instancia ou do Presidente do Tribunal, Camara ou Turma Pardgrafo tnico. Quando no curso de investigago, houver indicio da pratica de infrago penal por parte de membro do Ministério Publico, a autoridade policial, civil ou militar remeterd, imediatamente, sob pena de responsabilidade, os respectivos autos ao Procurador-Geral de Justiga, a quem competira dar prosseguimento a apuragao, ‘Art, 42. Os membros do Ministério Pablico terdo carteira funcional, expedida na forma da Lei Organica, valendo em todo o territério nacional como cédula de identidade, e porte de arma, independentemente, neste caso, de qualquer ato formal de licenga ou autorizagio. CAPITULO VII Dos Deveres e Vedagées dos Membros do Ministério Publico Art, 43. Sao deveres dos membros do Ministério Publico, além de outros previstos em lel: | - manter ilibada conduta publica e particular; II zelar pelo prestigio da Justiga, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas fungées; IIL indicar os fundamentos j manifestacao final ou recursal; icos de seus pronunciamentos processuais, elaborando relatério em sua IV - obedecer aos prazos processuais; \V - assistr aos atos judiciais, quando obrigatéria ou conveniente a sua presenga; VI- desempenhar, com zelo e presteza, as suas fung6es; Vil- declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei VIII - adotar, nos limites de suas atribuigées, as providéncias cabivels em face da Irregularidade de que tenha conhecimento ou que acorra nos servigos a seu cargo; IX -tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funclonérios e auxiliares da Justica; X - residir, se titular, na respectiva Comarca; XI - prestar informagGes solicitadas pelos 6rgaos da instituigao; XII -identificar-se em suas manifestacdes funcional XIll - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes; XIV - acatar, no plano administrativo, as decisdes dos érgaos da Administragao Superior do Ministério Piiblico. Art. 44. Aos membros do Ministério Publico se aplicam as seguintos vedagées: | - receber, @ qualquer titulo e sob qualquer pretexto, honordrios, percentagens ou custas processuais; II- exercer advocacia; Ill- exercer 0 comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista; IV-exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra fungao publica, salvo uma de Magistério;, \V - exercer atividade politico-partidaria, ressalvada a filiago @ as excegdes previstas em l Paragrafo tinico, Nao constituem acumulagao, para os efeitos do inciso IV deste artigo, as atividades oxercidas em organismos estatais afetos a area de atuagao do Ministério Puiblico, em Centro de Estudo e Aperfeigoamento de Ministério Publico, em entidades de representago de classe e 0 exercicio de cargos de confianga na sua administragaio nos érgaos auxiliares. CAPITULO Vill Dos Vencimentos, Vantagens © Direitos ‘Art, 45, © membro do Ministério Puiblico, convocado ou designado para substituiga: tera direito a diferenca de vencimento entre 0 seu cargo e o que ocupar. Art. 46. A revisao da remuneragao dos membros do Ministério Publico far-se-a na forma da lei estadual. Art. 47. Os vencimentos dos membros do Ministério Publico serdo fixados com diferenga nao excedente a dez por cento de uma para outra entrancia ou categoria, ou da entrancia mais elevada para o cargo de Procurador-Geral de Justiga, garantindo-se aos Procuradores de Justica nao menos de noventa e cinco por cento dos vencimentos atribuidos ‘a0 Procurador-Geral. Art, 48. Aremuneracao dos membros dos Ministérios Publicos dos Estados observaré, como limite maximo, os valores percebidos como remuneragao, em espécie, a qualquer titulo, pelos membros do Poder Judiciério local. Art. 49. Os vencimentos do Procurador-Geral de Justiga, em cada Estado, para efeito do disposto no § 1° do art. 39 da Constituigéo Federal, quardardo equivaléncia com os vencimentos dos Desembargadores dos Tribunais de Justica {Vide ADIN n? 1.274-6) Art, 50, Além dos vencimentos, poderdo ser outorgadas, a membro do Ministério Publico, nos termos da lei, as seguintes vantagens: | - ajuda de custo, para despesas de transporte e mudanca; II- auxilio-moradia, nas Comarcas em que nao haja residéncia oficial condigna para o membro do Ministerio Pablico, IIL salério-familig; IV ditrias; V- verba de representagao de Ministério Publico; VI - gratificagao pela prestagao de servico a Justiga Eleitoral, equivalente aquela devida ao Magistrado ante o qual oficiar; VII - gratificagao pela prestago de servigo & Justica do Trabalho, nas Comarcas em que nao haja Junta de Conciliagao e Julgamento; VIIl- gratificagao adicional por ano de servigo, incidente sobre o vencimento basico @ a verba de representagao, observado o disposto no § 3° deste artigo e no inciso XIV do art. 37 da Constituiao Federal, IX - gratificagao pelo efetivo exercicio em Comarca de dificil provimento, assim definida e indicada em lei ou em ato do Procurador-Geral de Justica; X - gratificagao pelo exercicio cumulative de cargos ou fungées; XI-- verba de representagdo pelo exercicio de cargos de dirego ou de confianga junto aos érgos da Administraco ‘Superior, XII - outras vantagens previstas em lei, inclusive as concedidas aos servidores publicos em geral § 1° Aplicam-se aos membros do Ministério PUblico os direitos socials previstos no art. 7°, incisos Vil XVI e XIX, da Constituigdo Federal xuL, XVIL, § 2° Computar-se-4, para efeito de aposentadoria, exercicio da advocacia, até o maximo de quinze anos. ;ponibilidade e adicionais por tempo de servigo, o tempo de § 3°. Constitui parcela dos vencimentos, para todos os efeitos, a gratificagao de representagao de Ministério Puiblico. Art. 51. 0 direito a férias anuais, coletivas e individuais, do membro do Ministério Publico, serd igual ao dos Magistrados, regulando a Lei Organica a sua concessao e aplicando-se o disposto no ar iso XVII, da Const Federal Art 52. Conceder-se-lieenga | para tratamento de satide; IL- por motive de doenga de pessoa da familia; II-& gestante; IV - paternidade; V- em caréter especial VI- para casamento, até cite dias; VII- por luto, em virtude de falecimento do cénjuge, ascendente, descendente, itmaos, sogros, noras e genros, al oito dias; VII - em outros casos previstos em lei Pardgrafo unico. A Lel Organica disciplinara as licengas referidas neste artigo, ndio podendo o membro do Ministério Publico, nessas situagdes, exercer qualquer de suas fungoes. Art, 53. Sao considerados como de efetivo exercicio, para todos os efeitos legais, exceto para vitaliciamento, os dias ‘em que 0 membro do Ministério Publico estiver afastado de suas fungdes em razao: | -de licenga prevista no artigo anterior; Ul-de férias; IIl- de cursos ou seminarios de aperfeicoamento e estudos, no Pais ou no exterior, de duragio maxima de dois anos e mediante prévia autorizagao do Conselho Superior do Ministério Publico; IV- de periodo de transito; \V- de disponibilidade remunerada, exceto para promogao, em caso de afastamento decorrente de punigao; VI- de designagao do Procurador-Geral de Justiga para: a) realizagao de atividade de relevancia para a instituigéo; b) diregdo de Centro de Estudos ¢ Aperfeigoamento Funcional do Ministério Publico; VII de exercicio de cargos ou de fungdes de diregao de associagao representativa de classe, na forma da Lei Organica; VIII - de exercicio das atividades previstas no pardgrafo unico do art. 44 desta lei; IX de outras hipéteses definidas em le. Art. 54. © membro do Ministério PUblico sera aposentado, com proventos integrais, compulsoriamente, por invalidez ‘ou aos setenta anos de idade, e, facultativamente, aos trinta anos de servigo, apés cinco anos de efetivo exercicio na carreira, Art, 55. Os proventos da aposentadoria, que corresponderao a totalidade dos vencimentos percebidos no servigo ativo, a qualquer titulo, serdo revistos na mesma proporgao e na mesma data, sempre que se modificar a remuneragao dos membros do Ministério Piblico em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer beneffcios ou vantagens posteriormente concedidos aqueles, inclusive quando decorrentes de transformagao ou reclassificagao do ‘cargo ou funcao em que se deu a aposentadoria. Pardgrafo unico. Os proventos dos membros do Ministério Publico aposentados serdo pagos na mesma ocasido em que 0 forem os vencimentos dos membros do Ministério Publico em atividade, figurando em folha de pagamento expedida pelo Ministério Publico. Art, 58. A pensdo por morte, igual a totalidade dos vencimentos ou proventos percebidos pelos membros em atividade ou inalividade do Ministério PUblico, sera reajustada na mesma data e proporgdo daqueles. Pardgrafo unico. A pensao obrigatéria ndo impedira a percepgao de beneficios decorrentes de contribuigao voluntaria para qualquer entidade de previdéncia Art. 57. Ao cénjuge sobrevivente e, em sua falta, aos herdeiros ou dependentes de membro do Ministério PUblico, ainda que aposentado ou em disponibilidade, sera pago 0 auxilio-funeral, em importancia igual a um més de vencimentos ‘ou proventos percebidos pelo falecido Art. 58. Para os fins deste Capitulo, equipara-se & esposa a companheira, nos termos da lei. CAPITULO IX Da Carreira ‘Art, 59, ingresso nos cargos iniciais da carreira dependerd da aprovacao prévia em concurso piiblico de provas titulos, organizado e realizado pela Procuradoria-Geral de Justica, com participagéo da Ordem dos Advogados do Brasil § 1° E obrigatéria a abertura do concurso de ingresso quando 0 nimero de vagas atingir a um quinto dos cargos iniciais da carreira, § 2° Assegurar-se-4o ao candidato aprovado a nomeago e a escolha do cargo, de acordo com a ordem de lassificagao no concurso § 3° Sao requisites para o ingresso na carreira, dentre outros estabelecides pela Lei Organica: 1 ser brasileiro: Il-ter concluldo o curso de bacharelado em Direito, em escola oficial ou reconhecida; II estar quite com 0 servigo militar; IV - estar em goz0 dos direitos politicos. § 4° O candidato nomeado devera apresentar, no ato de sua posse, deciaragao de seus bens e prestar ‘compromisso de desempenhar, com retidéo, as fungdes do cargo e de cumprir a Constituigdo e as leis. Art, 60. Suspende-se, até definitivo julgamento, o exercicio funcional de membro do Ministério Pblico quando, antes do decurso do prazo de dois anos, houver impugnagao de seu vitaliciamento. § 1°ALei Organica disciplinara o procedimento de impugnagao, cabendo ao Conselho Superior do Ministério Piblico decidir, no prazo maximo de sessenta dias, sobre 0 nao vitaliciamento ¢ ao Colégio de Procuradores, em trinta dias, eventual recurso. § 2° Durante a tramitagéio do procedimento de impugnago, o membro do Ministério Publico perceberé vencimentos integrais, contando-se para todos os efeitos o tempo de suspensao do exercicio funcional, no caso de vitaliciamento, Art. 61. A Lei Organica regulamentara o regime de remogao e promogao dos membros do Ministério Publico, observados os seguintes principios: 1 - promogo voluntaria, por antighidade e merecimento, alternadamente, de uma para outra entrancia ou categoria da entrancia ou categoria mais elevada para o cargo de Procurador de Justiga, aplicando-se, por assemelhagao, 0 disposto no art, 93, incisos Ill e VI, da Constituigao Federal; II apurar-se-4 a antigiiidade na entrancia o merecimento pela atuagao do membro do Ministério Piblico em toda a carreira, com prevaléncia de critérios de ordem objetiva levando-se inclusive em conta sua conduta, operosidade e dedicagao no exercicio do cargo, presteza e seguranca nas suas manifestagdes processuais, o nlimero de vezes que jé tenha participado de listas, bem como a freqiiéncia e o aproveitamento em cursos ofciais, ou reconhecidos, de aperfeigoamento; Iil- obrigatoriedade de promogao do Promotor de Justiga que figure por trés vezes consecutivas ou cinco altemadas em lista de merecimento; IV - a promoco por merecimento pressupée dois anos de exercicio na respectiva entrancia ou categoria e integrar ‘9 Promotor de Justiga a primeira quinta parte da lista de antigtiidade, salvo se nao houver com tais requisites quem aceite o lugar vago, ou quando o numero limitado de membros do Ministério PUblico inviabilizar a formagdo de lista triplice; V -allista de merecimento resultaré dos trés nomes mais votados, desde que obtida maioria de votos, procedendo- se, para alcangé-a, a tantas votagdes quantas necessarias, examinados em primeiro lugar os nomes dos remanescentes de lista anterior, VI- no sendo caso de promogao obrigatéria, a escolha recairé no membro do Ministério PUblico mais votado, observada a ordem dos escrutinios, prevalecendo, em caso de empate, a antigilidade na entrancia ou categoria, salvo se preferir o Conselho Superior delegar a competéncia ao Procurador-Geral de Justiga, Art, 62. Verificada a vaga para remogao ou promogao, o Conselho Superior do Ministério Publico expedira, no prazo maximo de sessenta dias, edital para preenchimento do cargo, salvo se ainda no instalado. Art. 63. Para cada vaga destinada ao preenchimento por remogao ou promo¢ao, expedir-se-A edital distinto sucessivamente, com a indicagao do cargo correspondents a vaga a ser preenchida Art. 64. Serd permitida a remogo por permuta entre membros do Ministério Publico da mesma entrancia ou categoria, observado, além do disposto na Lei Organica: | - pedido escrito e conjunto, formulado por ambos os pretendentes; Il -a renovagéo de remogao por permuta somente permitida apés o decurso de dois anos; IIl- que a remogao por permuta ndo confere direito a ajuda de custo, Art. 65. A.Lei Organica podera prever a substituicdo por convocagao, em caso de licenca do titular de cargo da carreira ou de afastamento de suas funges junto & Procuradoria ou Promotoria de Justica, somente podendo ser convocados membros do Ministério Publico, Art, 66. Areintegragao, que decorrera de sentenga transitada em julgado, é 0 retorno do membro do Ministério Piblico ao cargo, com ressarcimento dos vencimentos e vantagens deixados de perceber em razdo do afastamento, inclusive a contagem do tempo de servigo. § 1° Achando-se provido 0 cargo no qual sera reintegrado membro do Ministério Piblico, o seu ocupante passaré disponibilidade, até posterior aproveitamento. § 2° O membro do Ministério Piiblico reintegrado sera submetido a inspegao médica e, se considerado incapaz, sera aposentado compulsoriamente, com as vantagens a que teria direito se efetivada a reintegragao. Art, 67. A reversao dar-se-é na entrancia em que se aposentou © membro do Ministério Publico, em vaga a ser provida pelo critério de merecimento, observados os requisites legais. Art. 68. 0 aproveitamento € 0 retorno do membro do Ministério Publico em disponibilidade ao exercicio funcional § 1° 0 memibro do Ministério Publico serd aproveitado no érgdo de execucdo que ocupava quando posto em disponibllidade, salvo se aceitar outro de igual entrancia ou categoria, ou se for promovido, § 2° Ao retornar a atividade, seré 0 membro do Ministério Publico submetido a inspegao médica e, se julgado incapaz, sera aposentado compulsoriamente, com as vantagens a que teria direito se efetivado o seu retorno, CAPITULO x Das Disposigées Finais e Transitérias Art. 69. Os Ministérios Publicos dos Estados adequardo suas tabelas de vencimentos ao disposto nesta Lei, visando & revisdo da remuneragao dos seus membros e servidores., Art. 70. Fica instituida a gratificagao pela prestacao de servigo & Justica Eleitoral, de que trata o art. 50, VI, desta Lei, Art. 71. (Vetado), Art. 72. Ao membro ou servidor do Ministério Publico 6 vedado manter, sob sua chefia imediata, em cargo ou fungao de confianga, cdnjuge, companheiro, ou parente até o segundo grau civil Art, 73. Para exercer as fungdes junto a Justiga Eleitoral, por solicitagao do Procurador-Geral da Republica, os membros do Ministério Publico do Estado serao designados, ¢e for o caso, pelo respective Procurador-Geral de Justiga. § 1° Nao ocorrendo designagao, exclusivamente para os servigos eleitorais, na forma do caput deste artigo, 0 Promotor Eleitoral sera o membro do Ministério Publico local que oficie perante o Juizo incumbido daqueles servigos. § 2° Havendo impedimento ou recusa justificavel, o Procurador-Geral de Justica designard o substituto. Art. 74. Para fins do disposto no art, 104, pardgrafo Unico, inciso II, da Constituico Federal e observado o que dispée 0 art, 15, inciso |, desta Lei, a lista séxtupla de membros do Ministério Publico seré organizada pelo Conselho ‘Superior de cada Ministério Publico dos Estados. Art, 75. Compete ao Procurador-Geral de Justiga, ouvido o Conselho Superior do Ministério Puiblico, autorizar 0 afastamento da carreira de membro do Ministério Piblico que tenha exercido a opgao de que trata o art. 29, § 3°, do Ato das Disposicdes Constitucionais Transitérias, para exercer 0 cargo, emprego ou fungao de nivel equivalente ou maior na ‘Administragao Direta ou Indireta. Paragrafo unico, O perfodo de afastamento da carreira estabelecido neste artigo sera considerado de efetivo exercicio, para todos 0s efeitos legais, exceto para remogdo ou promogao por merecimento, Art. 76. A Procuradoria-Geral de Justiga devera propor, no prazo de um ano da promulgagdo desta Lei, a criago ou transformagao de cargos correspondents &s fung6es nao atribuidas aos cargos ja existentes. Pardgrafo unico. Aos Promotores de Justiga que executem as fungdes previstas neste artigo assegurar-se~4 preferéncia no concurso de remogao. Art. 77. No Ambito do Ministério Publico, para os fins do disposto no art, 37, inciso XI, da Constituicao Federal, ficam estabelecidos como limite de remuneragao os valores percebidos em espécie, a qualquer titulo, pelo Procurador-Geral de Justiga. Art. 78. © Ministério Pablico podera firmar convénios com as associagées de membros de institulgao com vistas & manutengao de servigos assistenciais e culturais a seus associados. Art, 79. 0 disposto nos arts, 57 ¢ 58 desta Lei aplica-se, a partir de sua publicagao, aos proventos e pensdes anteriormente concedidos, nao gerando efeitos financeiros anteriormente a sua vigéncia, Art, 80. Aplicam-se aos Ministérios Publicos dos Estados, subsidiariamente, as normas da Lei Organica do Ministério Publico da Unido. Art. 81. Os Estados adaptardo a organizagao de seu Ministério Publico aos preceitos desta lei, no prazo de cento e vinte dias a contar de sua publicagao. Art, 82. 0 dia 14 de dezembro sera considerado Nacional do Ministério Publica”, Art 83. Esta lel entra em vigor na data de sua publicagéo. Art 84, Revogam-se as disposigdes em contrario. Brasilia, 12 de fevereiro de 1993, 172° da Independéncia e 105° da Republica, ITAMAR FRANCO Mauricio Corréa Este texto nao substitui o publicado no D.0.U. de 15.2.1993

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