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CAPITULO 12 A ARQUITETURA BARROCA ssim como os banqueiros e mercadores de Floren- ‘apatrocinaram os artistas ¢ arquitetos do Protor- Tenascimento, a Igreja Catolica foi a principal pa- ‘ona das artes e da arquitetura dos séculos XVII € XVIII ao redor de Roma; as obras por ela encomendadas deram origem a um novo estilo, o Barroco, ‘Quando o Renascimento chegou ao fim, a Igreja tina ‘muito poder secular, mas suas bases morais haviam se de- teriorado. O titulo de cardeal era vendido descaradamente; altos e baixos oficiais da Igrejatinham amantes e buscavar. beneficios para seus fillhos, que eram eufemisticamente cha- rados de “sobrinhos’; eas doagdes dos devotos eram gastas em projetos que careciam totalmente de propésitos espiri ‘uais. Os papas viviam em grande luxo, tratando 0 tesouro da Igreja como verba pessoal. Para financiar seus projetos sagra- dos eseculares, a Igreja insttuiu praticas de levantamento de fundos questiondveis, como a venda de perddes e indulgén- cias para poupar o pagador ~ ou um parente ~ de passar um. determinado niimero de dias no Purgatério. AREFORMA E A CONTRARREFORMA Como seria de se esperar a corrupeao da lgreja originou pe- didos de reforma religiosa, alguns ainda no século XIII. A reago mais radical ¢ influente veio do monge Martinho Lu- ‘ero, do monastério de Wittenberg, na Alemanha, Em 1517, ele pregou suas 95 teses ou propostas as portas da Igreja de ‘Tocios os Santos; essa foi a salva de abertura do movimento {ue ficatia conhecido como Reforma Protestante. Até entdo, 4 Igreja enfrentara os desafios propostos por desgarrados de seu proprio exército geralmente decarando-os hereges € destruindo-os com a forca. Desta vez, porém, o desconten- tamento era generalizado demais para que os métodos da inuisigio funcionassem ~ embora tenham sido tentados. ‘A resposta mais razodvel da Igreja foi a Contrarreforma Catélica, programa que envolvia reformas no interior da Tgeja e uma longa campanha para tazer as pessoas de volta as crencas do Catolicismo. © Concilio de Trento se reunit. em 1545 e concluiu que a arte era uma ferramenta essencial para aumentar 0 prestigio e os ensinamentos da Igreja. To- phen tatass Nearun Sagi sat a Worse 2D, (ter ptatoporTepl ence sesh st esta, upc far der esa tpio nde cnoda Onhel decrements e dana tention ones evnfeme aeubes sro eden as as artes foram empregadas nesta iniiativa de relagoes pidblicas eo estilo anistico criado para reafirmar os ensina- mentos catlicos tradicionais ficou conhecido como Barro- «co. Os resultados eram abertamente propagandistas e exte- mamente emocionais ¢ apelavam aos sentidos. Baseado em. ‘uma elaboracio das formas classcas, jf bastante individua- lizadas pelos artistas e arquitetos do infcio do século XV1, ‘© Barroco foi um estilo didstico, tetral, dinamico e exube- rante. Criticos posteriores atacaram os gestos exagerados, a ‘omamentacio excessiva e o sentimentalismo patente. No contexto, porém, as obras eclesiésticas barrocas devem ser vistas como projetos que visavam envolver diretamente as pessoas ¢ os ideais religiosos. Em geral, a arquitetura barro- «a écaracterizada pela complexidade e pelo drama espaciais ioliiasu ae eel ee faeces ee ere ees reat ares es tiga preps de gut cas ve et rete Pee proporonad por entetenimenor if ee eee oe Agni desc oun eres rte tl anda epetclo com agen, 1122 Gevert filo fanin Paez Novos rudd 134, Glebe tela 95% 19 cm Larder, Hance, sons, odorese gostos eam organtzados para satisfazer 0s sentidos e tocar coragbes fe mentes. Fsta pintura silenciosa eesttica apuura a excitagdo emocional do desfle se esforca para sugerir os berrose jorros de dgua, bem coma os rcos pesfumes que seespalhavam com as carruagens ~ twdo se movendo continuamente, animado pela uz do sol forte que incidia na seda.e sno lamé dourado e prateado, cuja luz era reffatada pelas superficie ativas da égua sbundante e ondulante. ‘Ao anoitecer,vindas dos pélécioseigejas, procissGes mais solenes iluminadas por elas de cera delgadas e tochas invadiam a Piazza Navona, lumi nada, por sua vez por fogueiraselanternas de papel de cer colorido. Nas cerimanias que celebraram a eleicio de Inocéncio como papa, a superficie s6bra da igre renascentistano primeiro plano, adireita, serv de pano de fundo para uma enorme construcio de madeira, argamassa¢lona ~ aaarca de No€ sobre o monte - culminando em belissimos expetéculos de fogos dea tio que encantaram a plateia composta or rcos cortesdos. peregrinos, pores comerciantesesoldados. ‘Tas eventos eram interrompidos oca- sionalmente pela dura realidade dos anos teiores dos por volta de 1650: o texouro papal art ‘nado por divides, fome. epidemia de peste Dbubéniea eas terrveisbatalhas, tanto fsi- as como intelectual entre protestants € ‘atbicos, isto ¢, as fores cristas contra os nfs" As vezes, a estituas ainda jorca- vam vinho em ver de dgua, Por acato isso tudo lembra os excessos da Roma Antiga? LUm dos objetivos dos governantes bar- ocos era, sem divida, impressionar seus siiditos rvais: 0 Classicismo subjacente c’vidente no pesiodo barroco se deve aos sonhos explicitamentehistoricists de um {dco "Perfodo de Ouro" déssico, No é de surpreender, ponanto, que o estilo ‘enka surgido em Roma. ‘Apes de tudo, aferenha devogie intema frequentemente animava as vidas das pessoas da Epoca, provocando a tetra lidade externa dos exuberantes eventos pa- blicos © proprio Inocéncio, por exemplo, «ra devoto e moderado em seus habitos pessoais; Bering, o grande escaltore aqui ‘eto, praticava regularmente os exericios ‘epirituas presaitos por Santo lgndcio de Lojols. Misturando a piedade privada com a devogio publica, o poder secular se unit 2s onganizagesreligiosas para gerarexces- 508 deescla efeito emocional. Inoctncio seus arquitetos ciaram a grandiosidade ‘duradoura da Piazza Navona, em Roma, e+ ‘paco que tem atendlddo muito bem 20s ha bitantes evsitantes da cidade desde entio, CAPTULOR _AARQUITETURABARROCA_375 ADIFUSAO DA ARQUITETURA BARROCA PARA O NORTE DAITALIA Guarino Guarini A obra de Borromini, especialmente o projeto de Sant'ivo della Sapienza, serviu de ponto de parida para a obra de Guarino Guarini (1624-83), arquiteto cujas edificagoes constru(das em Turim levaram 0 Barroco romano para 0 norte. Guarini era membro da Ordem Teatina e passou cito ‘anos em Roma, como novico, entre 1639-47. Suas primei- zas obras em Modena, para os teatinos, nao sobreviveram; problemas politicos fizeram com que fosse expulso da ci- dade em 1655, forgando-o a passar a década seguinte em vrios locais,incluindo Franca e, possivelmente, Espanha ‘Ao retornar para Turim, em 1666, trabalhou em duas igre- jas com planta baixa centralizada. ‘A Cappella della Santissima Sindone ou Capela do Santo Sudario (Figuras 12.23a, b), foi adicionada a extre- ‘idade leste da catedral de Turim para abrigara importante reliquia que d4 nome & edificagéo. Guarini foi contratado para edifici-Ia em 1667, depois que outro arquiteto havia comegado a construir uma planta baixa circular que ele foi obrigado a manter. Ao inserir um triangulo equilétero no circulo e reprojetar a escada de acesso € 05 vestibulos dos patamares, Guarini conferiu mistério e dinamismo ao es- quema original bastante sem graga. A capela com cipula pulsa com as contracurvas geradas pelos vestibulos e um nicho axial; tes pendentes tocam tangencialmente o cfrculo 1.28 Gavia Gua na septa dete jt paral Captor Seda Tarn, ite en Gautier plas. pata de eto Proje ee sas oes uraabtbd lee emearads comps po poirot 1.205 Guano Guar Core Cpa Sto Sadi Tui ic e882 der eda errr opuicline daca conrad pe Gare Cura nda ego ciphers debe da cipula acima, que ndo € uma cipula propriamente dita, ‘mas uma rede hexagonal de arcos ascendentes que dimi- ‘nuem até formar um 6culo com arcos entrelacados coroado ‘por uma lanterna em espiral. A luz incide na zona superior ‘por pequenas janelas inseridas dentro da rede de arcos e, através de seis janelas grandes, banha a base da cpula. Para sua propria ordem, Guarini projetou San Loren- 20 (1668-80), baseando-se em um octégono definido por superficies convexas com motivos serlianos que invadem ‘0 espaco principal ~ todas inseridas em um quadrado concluidas por um coro eliptico (Figuras 12.24a, b). A ‘complexidade geomética € impressionante, pois envolve quadrados, octégonos, uma cruz grega, formas ovais ¢ cit ‘alos. Novamente, a cipula ndo é uma abébada maciga, mas uma estrutura oca com oito nervuras eipticas entre- lacadas. A igreja é iluminada por aberturas ovais, penta- gonais e circulares inseridas entre as nervuras,além de ci- ‘maras espalhadas que capturam e modulam a luz, Sobre 0 ‘cofo encontra-se uma abdbada de estrela baixa, nervurada com seis pontas que, como a ab6bada principal, reme- te as cipulas nervuradas islémicas da Grande Mesquita de ‘Cordoba (veja as Figuras 7.10-7.11); 6 possivel que Guarini a tenha conhecido em suas viagens. A cipula, o tambor e a lanterna de San Lorenzo refletem o jogo de formas con- ‘avas e convexas visto no interior (Figura 12.25). Outros ‘exemplos de cipulas nervuradas em projetos nao construi- dos podem ser encontrados em Architettura civil, livro pu- Dlicado apés seu falecimento, em 1737. 6 _AHISTORIA DA ARQUITETURA MUNDIAL CAPTULO_AARQUITETURABARROCA_377 © BARROCO NA EUROPA CENTRAL Enquanto a influéncia de Guarini continuava em Turim e seus arredores, os ideais aristicos da Italia barroca se espa- Jharam para o norte e o leste da Europa através da Sufca, ‘Austria, sul da Alemanha e Botmia. 14, as influéncias ita- lianas se misturaram com os gostos locais e com as tradi- bes remanescentes das corporagoes de oficios para criar ‘uma versio distinta do Barroco na Europa Central. Como na Itélia, a Contrarreforma Catdlica esteve por tras de tudo; no entanto, 0 estilo nao foi apoiado apenas por ofici da Igreja, mas também por principes e monarcas, que pretendiam transmitir uma imagem progressista, e pelo povo, para quem ele refletia profundas cren¢as religiosas. Em muitos aspectos, as igrejas barrocas da Europa Central deram continuidade aos temas medievais; a arquitetura, a escultura € pintura manifestavam uma mesma ideia - a evocagio da esfera celestial. 0 simbolismo numérico € pro- eminente, assim como as imagens dos santos que server de intercessores entre a terra e © céu. S30 comuns facha- as oeste com torres duplas coroadas por cipulas bulbosas em ver de flechas géticas. A impressio de volume elevado, transmitida em obras goticas por alissimas abdbadas, no Barroco da Europa Central, €criada por abébadas de arga- ‘massa muito mais baixas, as quais a tinta eo estuque era. aplicados engenhosamente para criar a ilusdo de céu aberto cheio de figuras celestiais. Essas igrejas barrocas sao bem ‘luminadas e ventiladas; as janelas tem vidro incolor ea luz do sol ¢ direcionada para as superficies brancas do interior, ‘omamentadas com tons dourados e pastel ‘Os monumentos barrocos italianos foram fontes importantes para a Europa Central. A Igreja de Jesus, em Roma, foi particularmente influente, uma vez que seu rojeto levou a0 desenvolvimento do Wandpfeiler (ou pilar-parede) que caracteriza muitas igrejas barrocas do centro do continente. Na Igreja de Jesus, as capelas laterais, com ab6badas de berco sto separadas umas das outras por paredes transversais com pilastras voltadas para a nave cen- tral. Ao norte dos Alpes, tais paredes transversais se trans- formaram em pilares-paredes, exploradas pelos arquitetos arrocos em funcéo de sua estabilidade estrutural € da configuragdo do espaco intemo, Embora as igrejas possam. ‘manter as naves lateris, algumas indlusive com galerias su- periores, as paredes-pilares eram usadas como elementos configuradotes para estabelecer 0 conceito de centralidade dentro das plantas baixas geralmente longitudinais, Logo, a interagao das plantas baixas axiais e centralizadas, 4 pre- sente nos projetos ovais de Borromini e Bernini, teve conti- nuidade no Barroco da Europa Central ‘A vida e a obra de Johann Bernhard Fischer von Etlach (1656-1723) exemplificam uma das formas pelas quais as, ideias italianas foram transferidas para a Europa Cental. Fischer von Erlach nasceu em uma familia de pedreiros austriacos e foi enviado a Roma para ser treinado no ate- lig de Carlo Fontana. Durante os 16 anos que passou em Roma, familiarizou-se com obras tanto antigas como con- ‘temporaneas; essas influéncias, somadas ao conhecimento adquirido nas viagens pelo continente europeu, se refleti- ram posteriormente em seus préprios projetos e no livro ilustrado Entwurf einer historichen Architdtur (Arquitetura Hist6rica), uma das primeiras hist6rias da arquitecura, pu- blicado por ele em 1721. A sorte de Fischer von Erlach na arquitetura esteve conectada a dos Hapsburg, Fle se unit 2 corte imperial de Viena como tutor de Joseph | em 1689, foi elevado a nobreza em 1696 e atuou como inspetor-che- fe das obras da corte de 1705 até seu falecimento. Durante © periodo em que viveu, a Austria passou por um perfodo de orgulho nacionalista, depois de repelir decididamen- te 08 ataques turcos a Viena no ano de 1683. Buscando ‘riar uma cidade internacional tdo impressionante quanto Roma ou Versalhes, os principes vienenses construtram pa- ‘A maior contribuigao de Fischer von Erlach para Viena foi a igteja Kariskirche (1716-25), edificio que reflete sua ‘renga de que cada obra deve ser nica (Figura 12.26). Ins- pirando-se em uma ampla vatiedade de fontes histricas,ele ‘aiou um projeto extremamente original que faz referencia a mutas edificagies grandiosas do passado. A igre foi dedica- daa Sao Carlos Borromeo, o santo padroeito do imperador, ‘e construida para pagar uma promessa feita por Carlos VI em 1713, durante uma epidemia de peste bubdnica, Sua ampla fachada é dominada por uma cipula sobre tambor que se leva acima de um pértico com frontdo, ladeado por colunas ‘de maneira que nos faz lembrar a fachada de Santa Agnese in Agone, cuja cfipula central ladeada por campanérios gé- _meos. Os elementos de edificios histricos incorporados ali incluem 0 pértico com cohunas de templos romanos, como ‘© Panteon; a Coluna de Trajano da Roma Imperial, repet- ‘daem ambos os lados da rotunda e adomada com cenas da vida de Sdo Carlos Borromeo em vez de relevos das Guerras Dias; 0 tambor ea cipula da Roma papal; e uma composi ‘Go total que remete 3 cipula e aos minaretes de Santa Sofia, ‘em Constantinopla. O interior ¢ impressionante por causa ‘da nave central oval alongada (Figuras 12.27a, b), cujo teto fi enfeitado com affescos ilusionistas que representam S30 Carlos Borromeo apelando a Virgem Maria como interces- sora para amenizar os efeitos da peste Fischer von Erlach hhavia visto os affescos serem instalados no teto da Igreja de Jesus durante o perfodo que passou em Roma; por sso, usou pintura, em ver de caixot6es ou nerwuras (como teriam feito Bernini ou Borromini), para terminar o interior da capula. ‘A abordagem bastante severa ¢ classica de Fischer von Erlach contrasta com a obra de seu contemporineo, © arquiteto tirolés Jacob Prandtauer (1660-1726), que foi treinado em Munique como pedreiro e trabalhou como arquiteto-escultor. As obras de Borromini e de Guarini se refletem em seus projetos, mas ele também foi influen- ‘ado por Fischer von Erlach. Membro de uma irmandade religiosa, Prandiauer envolvia-se de perto com seus pro- jetos durante a construgio e € conhecido principalmente ‘Por seus projetos monésticos, inchuindo a reconsinugto da ‘grande abadia de Melk (1702-14), implantada de maneira espetacular sobre um afloramento rochoso que se eleva 60 metros acima do Dantibio. Os edifcios do monastério fo- ram distribuidos em um U alongado, com a igreja na parte Jnterna; seu claustro comprimido interrompe uma longa f- 378_AHSTORIADA ARQUITETURA MUNDIAL 1.36 Johann Berhard chron ch rc Vena 6-25. as. Fecer en ter cca empitenocobecmero prio ge tebadhindda esi cls As cokns comerontias conta sirboicrerteolnpiiohapinrgcor inipisde oman ace siete ere apa 127 phn 12% Jenin ah i wire tenes ee 63% ffelmgnr mapiretaarssreonmgn es Conpniconasrtabinn cade cco Ted. 0 Apes pot slag ee, enero eccrine pape ebeate cichata erat aeeeaoecee fea sealon 12.28 cob Pandaue nto gj Aba de al, 2-4 xpress e pas onda cin sndeansno qc matocom inereesmedides sees ceedficosreaeens oro ged Sen areia oes Bonelaciem Rowse Ieira de comodos. Do rio abaixo ao pequeno pitio interno ue precede a fachada oeste, as torres gemeas da fachada principal dominam, enquanto o tambor ea cipula sobre o cruzeito so mais bem visualizados a partir do grande pé- tio que fica na extremidade leste da igreja. Trata-se de uma {gteja de pilar-parede com galerias acima das capelas ovais, em vez de naves laterais. A énfase longitudinal era inevi- tével devido aos condicionantes do terreno; Prandtauer enfatizou a verticalidade por meio de pilastras com cane- luras e de uma ciipula sobre pendentes que se eleva aci- ‘ma das nuvens e dos drapeados ondulantes representados nos afrescos do teto (Figura 12.28). A comija ondulada da nave central sustenta os arcos recuados ao tedor das janclas, do dlerest6rio, fazendo com que o teto inteiro pareca um ‘mundo flutuante. A ilusio das figuras celestiais espalhadas pelas abobadas acima cria um vinculo dramético entre os problemas mundanos e o mundo espiritual. ‘Na Suiga, na Bavaria e na Boémia (atual Repablica ‘Teheca), projeto barroco geralmente era executado por familias de arquitetos, escultores e pintores — pais, fils, tios e sobrinhos colaboravam em projetos de construcao. Por exemplo: cinco irmaos Dientzenhofer - Georg, Chris toph, Leonhard, Johann e Wolfgang ~ trabalharam na Boé- mia e no sul da Alemanha por volta do ano de 1700, onde combinaram as curvas orginicas encontradas nas obras de Borromini e Guarini com motivos eslavos e g6ticos:o filho 1229 chioph Oeraahoer rer dp de Sto Nc de eo Prag O-1 Un dseserdosaress Chiseph rte poet esaigen ware plies pees Ao ac abe m gape de cep sae see vrei canon dears capo ee een ngrcaiee ovarian route tani Spl ‘de Christoph, Kilian Ignaz, também se tornou um projetis- ta renomado. Essas familias de mestres de obras nfo dever ser consideradas provincianas: muitos deles foram treina os em centros importantes, como Turim, Viena e Praga, € conheciam os projetos tanto construfdos como no cons- truidos dos maiores arquitetos italianos, embora exerces- sem a arquitetura como membros de corporacdes de oficio Christoph Dientzenhofer (1655-1722) projetou a iggeja de ‘S40 Nicolau na Cidade Menor de Praga (1703-11) (Figura 12.29) para que tivesse uma planta baiza longitudinal com pilares-paredes profundos inseridos entre as capelasabaixo eas galerias acima, Os pilares-paredes perto da nave cen- tral sto chanfrados, para sustentar 0$ arcos com curvatura

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