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Os ecos podem ser encantadores em ambientes bucdlicos ¢ desagradaveis nos auditérios, mas costumam ser fiéis a fonte sonora. O eco de um bater de palmas, por exemplo, é quase sempre o som de um bater de palmas. Perto da escadaria da foto, porém, que pertence a uma piramide situada nas ruinas maias de Chichen Itza, no México, o eco de um bater de palmas é uma nota musical cuja freqliéncia diminui com 0 tempo. A resposta esta neste capitulo, 149 ‘Andoni Conela/Age Fotostock America, Capitulo 17 | Ondas —11 FIG.17-1 Estatartaruga-cabeguda est sendo examinads com ultra-som (que possui uma freqiéncia acima de nossa faixa de audio); uma imagem do interior do animal esté sendo ‘mostrada em um monitor diteita da foto. (Mauro Fermarillo/SPL/Photo Researchers) Frente deonda vn FIG. 17-2 Uma onda sonora se propaga a partir de uma fonte pontual § em um meio tridimensional. As frentes de onda formam esferas com centro em S:o8 raios so perpendiculares as frentes de onda. Assetas de duas cabecas ‘mostram que os elementos do meio ‘oscilam paralelamente aos raios. reine.) 8 Baer ‘A fisica das ondas sonoras estd presente nos artigos cientificos de muitas especiali- dades, Vamos dar apenas alguns exemplos. Os fisiologistas querem saber como a fala € produzida, como corrigir os defeitos de dicgdo, como reduzir a perda da audigio & ‘até mesmo por que uma pessoa ronca. Os engenheiros aciisticos procuram melhorar a actistica das catedrais e salas de concertos, reduzir o nivel de ruido perto de rodovias «obras puiblicas e reproduzir sons em sistemas de alto-falantes com 0 maximo de fi- delidade. Os engenheiros aeronduticos estudam as ondas de choque produzidas pelos cagas supersOnicos e 0 ruido dos jatos comerciais nas proximidades dos aeroportos. Os engenheiros biomédicos procuram descobrir 0 que os ruidos produziclos pelo coragao ce pclos pulmées significam em termos da satide do paciente. Os paleontélogos tentam associar 0s ossos dos dinossauros a0 modo como emitiam sons. Os engenheiros mili- tares tentam descobrir se é possivel localizar um atirador de tocaia pelo som dos seus disparos e, do lado mais ameno, 0s bidlogos estudam o ronronar dos gatos. EF Para comegar nossa discussao da fisica do som, devemos responder & pergunta: “0 que sao as ondas sonoras?” 17-2 | Ondas Sonoras Como vimos no Capitulo 16, as ondas mecénieas so ondas que necessitam de um ‘meio material para se propagar. Existem dois tipos de ondas mecanicas: as ondas transversais, nas quais as oscilagbes sao perpendiculares a diregio de propagacio, 2 as ondas longitudinais, em que as oscilagdes acontecem na diregao de propagagao da onda, Neste livro, uma onda sonora é definida genericamente como qualquer onda longitudinal. As equipes de prospee¢do usam essas ondas para sondar a crosta ter- restre em busca de petréleo. Os navios possuem equipamentos de localizacdo atra- vés do som (sonar) para detectar obstéculos submersos. Os submarinos usam ondas sonoras para emboscar outros submarinos ouvindo os rufdos produzidos pelo sis- tema de propulsio. A Fig. 17-1 mostra como ondas sonoras podem ser usadas para visualizar os tecidos moles dos seres vivos. Neste capitulo, vamos nos concentrar nas condas sonoras que se propagam no ar ¢ podem ser ouvidas pelas pessoas ‘A Fig. 17-2 ilustra varias idéias que serao usadas em nossas discussdes. 0 ponto S representa uma pequena fonte sonora, chamada fonte pontual, que emite ondas sonoras em todas as diregdes. As frentes de onda e 0s raios indicam a diregao de pro- pagacio e o espalhamento das ondas sonoras. Frentes de onda sao superticics nas quais as oscilagdes produzidas pelas ondas sonoras tém 0 mesmo valor; essas super- ficies sao representadas por circunferéncias completas ou parciais em um desenho bidimensional de uma fonte pontual. Raios sao retas perpendiculares as frentes de onda que indicam a diregio de propagacao das frentes de onda. As setas duplas so- brepostas aos raios da Fig. 17-2 indicam que as oscilagdes longitudinais do ar sio paralelas 0s raios. Nas proximidades de uma fonte pontual como a da Fig. 17-2 as frentes de onda siio esféricas e se espalham nas trés dimensdes; ondas desse tipo sio chamadas de ondas esféricas. A medida que as frentes de onda se expandem e seu raio aumenta sua curvatura diminui. Muito longe da fonte as frentes de onda sio aproximada- mente planas (ou retas, em desenhos bidimensionais): ondas desse tipo sio chama- das de ondas planas. 17-3 | A Velocidade do Som A velocidade de qualquer onda mecdnica, transversal ou longitudinal, depende tanto das propriedades inerciais do meio (para armazenar energia cinética) como das propriedades eldsticas (para armazenar energia potencial), Assim, podemos ge- neralizar a Eq, 16-26, que fornece a velocidade de uma onda transversal em uma corda, eserevendo [r _ |propriedade elastica Va \ propriedade inercial (7-1) onde (para ondas transversais) 7 € a tenstio da corda e 1 6 a massa especifica linear da corda, Se 0 meio de propagagio ¢ o ar e a onda é longitudinal, podemos supor que a propriedade inercial, correspondente a 4. é a massa especifica p do ar. O que corresponde a propriedade elistica? Em uma corda esticada, a energia potencial est associada A deformagao peri- 6dica dos elementos da corda quando a onda passa por eles. Quando uma onda so- nora se propaga no ar a energia potencial esta associada & compressao e A expans4o de pequenos elementos de volume do ar.A propriedade que determina o quanto um elemento de um meio muda de volume quando é submetido a uma pressio (forga por unidade de drea) ¢ 0 médulo de elasticidade volumétrico B, definido (pela Eq 12-25) como = aviv Aqui AVIV é a variacdo relativa de volume produzida por uma variagao de pressio Ap. Como vimos na Segio 14-3, a unidade de pressdo no SI € 0 newton por metro quadrado, que recebe um nome especial, © pasca! (Pa). De acordo com a Eq. 17-2, unidade de B também é 0 pascal. Os sinais de Ap © AV sfo sempre opostos: Quando aumentamos a pressio sobre um elemento (ou seja, Ap é positivo), 0 volume dimi- nui (AV € negativo). Incluimos um sinal negativo na Eq. 17-2 para que B seja um timero positivo. Substituindo rpor Be u por pna Eq. 17-1, obtemos (etinigio de méduto de elasticidade volumétrico). (17-2) Mare velocidad do som) -3 Vp (osidade do som (173) como a velocidade do som em um meio de médulo de elasticidade volumétrico B e ‘massa especifica p. A Tabela 17-1 mostra a velocidade do som em varios meios. A massa especifica da dgua ¢ quase 10K) vezes maior que a do ar. Se esse fosse 0 linico fator importante, esperariamos, de acordo com a Eq. 17-3, que a velocidade do som na dgua fosse muito menor que a velocidade do som no ar. Entretanto, a Tabela 17-1 mostra o contrério. Concluimos (novamente a partir da Eq. 17-3) que omodulo de clasticidade volumétrico da agua é mais de 1000 vezes maior que o do ar. Este &,real- mente, o caso. A agua é muito mais incompressivel do que o ar, o que (veja a Eq. 17-2) € outra forma de dizer que seu médulo de elasticidade volumétrico é muito maior. Demonstracao Formal da Eq. 17-3 Vamos agora demonstrar a Eq. 17-3 aplicando diretamente as leis de Newton. Considere um pulso isolado de compressdo do ar que se propaga da direita para a esquerda, com velocidade v, em um tubo como o da Fig. 16-2. Vamos escolher um referencial que se move com a mesma velocidade que o pulso. A Fig. 17-34 mostra a situagdo do ponto de vista deste referencial. O pulso permanece estacionério e 0 ar passa por ele com velocidade v, movendo-se da esquerda para a direita, Seja p a pressio do ar nao perturbado € p + Ap a pressao na regio do pulso, onde Ap € positive devido & compress4o. Considere um elemento de ar com espes- sura AY e seco reta A, movendo-se em diregao ao pulso com velocidade v. Quando esse elemento de ar penetra no pulso a borda dianteira encontra uma regio de maior pressfio, que reduz a velocidade do elemento para v + Av, onde Av é um nti- mero negativo. Essa redugio de velocidade termina quando a borda traseira do ele- mento penetra no pulso, o que exige um intervalo de tempo dado por Ac (7-4) 173 | Aelia d om ‘AVelocidade de Som’ Meio Velocidade (mis) Gases Ar(rQ), 331 Ar (20°C) 343, Helio 965 Hidrogénio 1234 Liquidos Agua (0°C) 1402 Agua (20°C) 1482 Agua salgada? 1522 Sélidos Ago ‘S941 Aluminio 6420 Granito 6000 “A(°C e | atm de pressio,a menos que haa uma indieagdo em contrério. 420°C ecom 35% de salinidade. BEES D C2P'tulo 17 | Ondas — 11 FIG, 17.3. Umpulso de compressio se propaga da direita para a ‘esquerda em um tubo longo cheio de ar. O referencial da figura foi escolhido de tal forma que o pulso permanece em repouso e oarse ‘move da esquerda para a direita. (a) Umelemento de ar de largura A se move em diregdo ao pulso com velocidade v. (6) A borda dianteira do elemento penetra no pulso.Sa0 Arm movimento (elemento Lido) 5 4 5 ay rmostradasas forgas (associndas & | aye presso do ar) que agem sobre as A Sah “iia bordasdianteira etrascira. % ‘Vamos aplicar a segunda lei de Newton ao elemento. Durante o intervalo de tempo Ata forga média exercida sobre a borda traseira do elemento € pA, dirigida para a direita, e a forga média exercida sobre a face dianteira é (p + Ap)A, dirigida para a esquerda (Fig, 17-36). Assim, a forga resultante média exercida sobre o ele~ ‘mento durante 0 intervalo Ar é F=pA-(p+ dpa ==ApA —(Gorgarceutont). (75) Osinal negativo indica que a forga resultante que age sobre o elemento de ar aponta para a esquerda na Fig, 17-35.O volume do elemento € Ax; assim, com a ajuda da Eq, 17-4, podemos escrever a massa como Am = pAV=pAAx=pAv At (mas). (17-6) A aceleragio média do elemento durante o intervalo Aré A a 7 (accleragio). (7-7) Assim, de acordo com a segunda lei de Newton (F = ma) e as Eqs. 17-5, 17-6 17-7, tem Av Ap A=(pAv at), Ap A=(pAv Ant ‘que pode ser escrita na forma Ap Aviv ar Oar que ocupa um volume V (= AvA\) fora do pulso sofre uma redugao de volu AV (= AAvAt) ao penetrar no pulso. Assim, AV _AAvAL_ Av VO Avar (179) ‘Substituindo a Eq. 17-9 ¢ a Eq. 17-2 na Eq. 17-8, temos: Ap ___ Ap wiv AVIV =B. pv? Explicitando v, obtemos a Eq. 17-3 para a velocicade do ar para a direita na Fig. 17 €,portanto, a velocidade do pulso para a esquerda. Quando um pulso sonoro, como 0 som de um bater de pal- mas, € produzido perto da escadaria da piramide dos maias que aparece na fotografia de abertura deste capitulo as ondas sonoras sao refletidas pelos degraus, primeiro pelos mais préximos (mais baixos) (Fig. 17-4a) e depois pelos mais afastados (mais altos) (Fig. 17-4b). Os degraus tém d = 0,263 m de largura e altura e a velocidade do som é 343 m/s. trajet6ria das ondas sonoras até os degraus mais baixos pode ser tomada como sendo aproximadamente horizontal. A trajet6ria até os degraus mais altos faz um ngulo de aproximadamente 45° com a horizontal. Com que freqUéncia frye 0S ecos produzidos pela rellexio dos pulsos nos degraus proximos da base da pirimide chegam ao ouvinte? Com que freqiiéncia fy, 08 ecos produzidos pela reflexio dos pulsos nos degraus préximos do alto da pirdmide chegam ao ouvinte,um pouco mais tarde? = TERRES 1) srequencia com a qual os pusos tam ao ouvinte é o inverso do intervalo de tempo Af entre pulsos sucessivos (2) O intervalo de tempo At necessirio para que 0 som percorra uma certa distancia L esta rela- cionado a velocidade do som através da equagio v = Liat Céleulos: Perto da base da pirdmide (Fig. 17-4a) a onda sonora refletida por um degrau percorre uma distancia L = 2d maior que a onda sonora refletida pelo degrau ime- diatamente abaixo, (A onda sonora precisa atravessar duas vvezes a largura de um degrau.) Assim, as chegadas dos ecos dos pulsos ao ouvinte estdo separadas por um intervalo de tempo Ae . Qual € o ntimero de pontos N dessa cireunferéncia nos quais a interferéncia ¢ totalmente construtiva’? Raciocinio: Imagine que, partindo do ponto a, nos deslo- camos no sentido horério ao longo da circunferéncia até © ponto d. Nese percurso a diferenga de percurso AL au- menta continuamente, Como foi visto no item (a), a dife- renga de pereurso no ponto a € AL = 1,5A.Como foi visto no item (b), AL = 1,5A no ponto d. Assim, deve existir um ponto entre @ e d ao longo da circunferéncia no qual AL = A, como mostra a Fig. 17-95. De acordo com a Eq. 17-23, uma interferéncia totalmente construtiva ocor- re nesse ponto. Além disso, nao existe outro ponto ao @ © FIG. 17-9 (a) Duas fontes pontuais Sy ¢ S; separadas por uma distancia D,emitem ondas sonoras eséricas em fase. As ondas percorrem distncias iguais para chegar ao ponto Py. ponto Pr est sobre a lina reta que passa por S} ¢S;,(6) A diferenga de percurso (em termos do comprimento de onda) entre as ‘ondas produzidas por Se 5,,em oito pontos sobre uma grande circunieréncia que envolve as fontes. Jongo do percurso de a a d no qual ocorre interferéncia totalmente construtiva, j4 que 1 € o tinico ntimero inteiro entre Oe 1,5. Podemos agora usar a simetria para localizar os outros pontos de interferéncia totalmente construtiva no resto da circunferéncia, A simetria em relagdo a reta cd nos dé © ponto b,no qual AL = 0A. Existem mais trés pontos para os quais AL = A. No total, temos N=6. (Resposta) Capitulo 17 | Ondas —11 17-6 | Intensidade e Nivel Sonoro Se voe@ jd tentou dormir enquanto alguém ouvia misica a todo volume, bem que existe algo no som além da freqtiéncia, comprimento de onda e velocidade, Hi tambéma intensidade. A intensidade / de uma onda sonora em uma superficie € a taxa média por unidade de érea com a qual a energia contida na onda atravessa a superticie ou 6 absorvida pela superficie, Matematicamente, temos . (17-26) onde P é a taxa de variagio com o tempo da transferéncia de energia (poténcia) da onda sonora e A é a drea da superficie que intercepta 0 som. Como vamos mostrar daqui a pouco, a intensidade / esta relacionada & amplitude do destocamento s,, da onda sonora através da equacao (17-27) Variagao da Intensidade com a Distancia Em geral. a intensidade do som varia com a distincia de uma fonte real de uma forma bastante complexa. Algumas fontes reais, como os alto-falantes, podem emi- tir 0 som apenas em certas diregdes, e 0 ambiente normalmente produz ecos (on- das sonoras refletidas) que se superpdem as ondas sonoras originais. Em algumas situagdes, porém, podemos ignorar os ecos e supor que a fonte sonora é uma fonte pontual e isotrdpica, ou seja, que emite o som com a mesma intensidade em todas as diregdes. As frentes de onda que existem em torno de uma fonte pontual isotrépica ‘Sem um dado instante sao mostradas na Fig. 17-10. ‘Vamos supor que a energia mecdnica das ondas sonoras é conservada enquanto las se espalham a partir de uma fonte pontual isotrépica. Vamos também construir uma esfera imaginaria de raio r com o centro na fonte, como mostra na Fig, 17-10. Toda a energia emitida pela fonte passa pela superficie da esfera. Assim, a taxa com a qual a energia das ondas sonoras atravessa a superficie ¢ igual a taxa com a qual a energia ¢ emitida pela fonte (ou seja, a poténcia P, da fonte). De acordo com a Eq. 17-26, a intensidade J da onda sonora na superticie da esfera é dada por (O som pode fazer um copo de vidro oscilar. Seo som produzir uma a (17-28) onda estacionaria e se a intensidade dar do som for elevada,o vidro pode quebrar. (Ben Rose/The Image Bank’ onde 47m? é a drea da esfera, A Eq. 17-28 nos diz que a intensidade do som emitido: Getty Images) por uma fonte pontual isotrépica diminui com 0 quadrado da distancia r da fonte, FiG.17-10 UmafontepontualS _ Eseala de Decibéis emite ondas sonoras com a mesma intensidade em todas asdiregdex. «Com vimos no Exemplo 17-2,a amplitude do destocamento no interior do ouvi ‘Asondas atravessam uma esfera_-—-‘Aumano varia cerca de 10-* m, para o som mais alto tolerdvel, a cerca de 10“ imaginaria de raio rcom centroemS. para o som mais fraco detectével ~ uma razao de 10°, Como, de acordo com a 17-6 | Intensidade ¢ Nivel Sonoro 17-27, aintensidade de um som varia com o quadrado da amplitude, a razio entre as intensidades nesses dois limites do sistema auditivo humano é 10'*. Isso significa que e ey Alguns Niveis Sonoros (di os seres humanos podem ouvir em uma enorme faixa de intensidades. ae 2 Para lidar com um intervalo tao grande de valores, recorremos aos logaritmos, _Limiar de audigao 0 Considere a relagio Farfalhar de folhas 10 = logs, Conversa 60 onde x e y sio varidveis. Uma propriedade desta equagio é que se x é multiplicado Snowe roCK pe por 10, aumenta de 1 unidade. Para mostrar que isso € verdade, escrevemos feaier dade ey Turbina ajato 130 y’ = log(10x) = log 10 + log = 1 + y. ee Da mesma forma, quando multiplicamos x por 10" y aumenta apenas de 12 unida- des. Assim, em vez de falarmos da intensidade / de uma onda sonora, € muito mais conveniente falarmos do nivel sonoro 8, definide como B=(10dB)log (729) i onde dB € a abreviacdo de decibel, a unidade de nivel sonoro, um nome escolhido em homenagem a Alexander Graham Bell*. J) na Eq. 17-29 é uma intensidade de referéncia (= 10°" W/m?), cujo valor foi escolhido porque esta proximo do limite inferior da faixa de audicao humana. Para f = fy, a Eq, 17-29 fornece B = 10 log 1 = 0,de modo que a intensidade de referéncia corresponde a zero decibel. O valor de B aumenta em 10 dB toda vez que a intensidade sonora aumenta de uma ordem de grandeza (um fator de 10). Assim, 8 — 40 corresponde a uma intensidade 10* maior que a intensidade de referencia. A Tabela 17-2 mostra os niveis sonoros em alguns ambientes Demonstragao da Eq. 17-27 Considere, na Fig. 17-5a, uma fatia fina de ar de espessura dx, area A e massa dim, o5- cilando para a frente e para tras enquanto a onda sonora da Eq, 17-13 passa por ela A energia cinética dK da fatia de ar é ak (17-30) onde v, no é a velocidade da onda, mas a velocidade de oscilagao do elemento de ar, obtida da Eq. 17-13 como pot op, wanker 108, or Usando esta relacdo e fazendo dm = pA dx, podemos escrever a Eq, 17-30 na forma dK = M(pA dx)(—as,,)? sen(kx ~ 0), (731) Dividindo a Eq. 17-31 por dt, obtemos a taxa com a qual a energia cinética se des- loca com a onda. Como vimos no Capitulo 16 para ondas transversais, dx/dré a velo- cidade v da onda, de modo que « = ApAvers?, sen?(kx — a). (17-32) A taxa média com a qual a energia cinética é transportada é (# dt ) =} pAve’s, [sen*(kx-t) aus =i pave (17-33) *Na verdade,a unidade de volume sonoro é0 bel (B),€ 0 decibel & um submliplo (1 dB = 0,1 B).mas 0 ecibel é muito mais usado na pratica que obel. (NT) MELON Capitulo 17 | Ondas— 11 Para obter essa equacao, usamos 0 fato de que o valor médio do quadrado de uma fungio seno (ow co-seno) para uma oscilagao completa é 1/2. ‘Supomos que a energia potencial é transportada pela onda com a mesma taxa média. A intensidade I da onda, que ¢ a taxa média por unidade de érea com a qual a energia nas duas formas é transmitida pela onda, é, portanto, de acordo com a Eq. 17-33, = LAK dos = tpvers?, 7 PVCS que ¢ a Eq. 17-27, a equagdo que queriamos demonstrat. exemple Uma centetha elétrica tem a forma de um segmento de reta de comprimento L = 10 me emite um pulso sonoro que se propaga radialmente, (Dizemos que a centelha é uma fonte linear de som.) A poténcia da emissao é P, = 1,6 x 10°W. (a) Qual é a intensidade Zdo som a uma distancia r= 12m da centelha? DEERING () varnos consirir um ciindro imaging rio de raio r = 12 me comprimento L = 10 m (aberto nas duas extremidades) em torno da centelha, como mostra a Fig. 17-11. A intensidade / na superficie do cilindrico dada pela razdo P/A, onde P € a taxa com a qual a ener- gia sonora atravessa a superficie e A é a drea da superficie. (2) Supomos que o prinefpio da conservagao da energia se aplica a energia sonora. Isso significa que a taxa P com a qual a energia passa pela superficie do cilindro é igual & taxa P,com a qual a energia é emitida pela fonte. Calculos: Juntando essas idéias e notando que a area da superficie cilindrica € A = 2arL,,temos BB. iele 17:34 A” Qnrk 784) Isso nos diz que a intensidade do som produzido por uma fonte sonora linear diminui com a distancia r (e nfo com 0 quadrado da distancia r, como no caso de fonte pontual). Substituindo os valores conhecidos, obtemos Exemplo_ Muitos misicos veteranos de rock sofrem de perda aguda da audigdo por causa dos altos niveis sonoros a que sio submetidos durante anos tocando miisica perto de alto- falantes ou ouvindo misica em fones de ouvido. Alguns, como Ted Nugent, perderam totalmente a audicdo em um ouvido, Outros, como Peter Townshend, do The Who, ou- vem sons inexistentes (tinido). Recentemente varios mi- sicos de rock, como Lars Ulrich, da banda Metallica (Fig, 17-12), comegaram a usar protecdes especiais nos ouvidos durante as apresentagdes, Se um protetor de ouvido dimi- FIG. 17-11 Uma centelha na forma de um segmento de reta de comprimento L emite ‘ondas sonoras radiais AS ondas atravessam um cilindro imaginério re comprimento L caja eixo coincide com & | centelha. Centetha 1,6x10°W (12 m){10 m) = 21,2 Wim? = 21 Wine. (b) Com que taxa P, a energia sonora € interceptada por um detector actistico de area Ay = 2,0 em, apontado para acentelha e situado a uma distancia r = 12 mda centelha? (Resposta) Céleulos: Sabemos que a intensidade do som no detector € a razdo entre a taxa de transferéncia de energia P, nesse local ea drea A, do detector: Pi a Podemos imaginar que o detector est na superficie ci Arica do item (a). Nesse caso, a intensidade sonora no de- tector é igual a intensidade I (= 21,2 Wim?) na superficie cilindrica, Explicitando Pyna Eq. 17-35, temos: Py = (21,2 Wim?)(2,0% 10" m?) = 4.2 mW, (17-35) (Resposta) ‘nui o nivel sonoro em 20 dB, qual ¢ a razao entre a intensi- dade final ye aintensidade inicial 2 <9 MERI so para a onda final como a para a cial o nivel sonoro esté relacionado 4 intensidade através da definicao de nivel sonoro na Eq. 17-29. Céleutos: Para a onda final, temos: B, =(104B) log a 17-7 | Fontes de Sons Musicais EPR) e para a onda inicial, temos: FIG.17-42 Lars Ulrich, da banda Metallica, ¢ um dos que apdiam I 6, =(04B)log A diferenga entre os niveis sonoros é a organizagio j 1 HEAR (Hearing 8, = (104B)| log" — 1 17.36) Education and Fk Se ee a (1799) gwareness for Rockers), que alerta para os a ad danosque altos log, log = 85 is sonoros Bp ea be ane podem causar audigao. (Tim Mosenfelder i, Getty Images ~B, =(104B) log (17-37) News and Spore Services) Usando a identidade podemos escrever a Eq. 17-36 na forma Reagrupando os termos e substituindo a redugao do nivel sonoro B; ~ 8; por ~20 dB, obtemos 1, _B)-B,_~20aB 7, 10dB 10dB Em seguida, tomamos o antilogaritmo de ambos os mem- bros desta equagao. (Embora o antilogaritmo de ~2,0, que € 10-*®, possa ser calculado mentalmente, vocé pode uti- Assim, 0 protetor de ouvido reduz a intensidade das on: lizar uma calculadora digitando 10*-2,0 ou usando a tecla das sonoras para 0,010 da intensidade inicial, o que corres. 0°.) O resultado € 0 seguinte: ponde a uma redugao de duas ordens de grandeza. (-2,0) = 0,010. (Resposta) 17-7 | Fontes de Sons Musicais Os sons musicais podem ser produzidos pelas oscilagdes de cordas (viol4o, piano, Violino), membranas (timpano, tambor), colunas de ar (flauta, oboe, tubos de 6 © odigeridu da Fig. 17-13), blocos de madeira ou barras de ago (marimba, xilofone) ¢ muitos outros corpos. Na maioria dos instrumentos as oscilagdes envolvem mais de uma pega. me Como vimos no Capitulo 16, & possivel produzir ondas estaciondrias em uma corda mantida fixa nas duas extremidades porque as ondas que se propagam na corda so refletidas em cada extremidade. Para certos valores do comprimento de onda, a combinacdo das ondas que se propagam em sentidos opostos produz uma onda estaciondria (ou modo de oscilag4o). Os comprimentos de onda para os quais isso acontece correspondem as freqivéncias de ressonéncia da corda. A vantagem de produzir ondas estaciondrias € que, nessas condigdes, a corda passa a oscilar com grande amplitude, movimentando periodicamente o ar ao redor e produzindo assim ama onda sonora audivel com a mesma freqiiéneia que as oscilagdes da corda, Essa ‘orma de produgdo de som € de bvia importancia para, digamos, um violonista. Podemos usar um método semelhante para produzir ondas sonoras estaciond- 2s em um tubo cheio de ar. Quando as ondas se propagam no interior de um tubo sio refletidas nas extremidades. (A reflexdo ocorre mesmo que uma extremidade es ja aberta, embora, nese caso, a reflexdo nao seja tao completa.) Para certos com- primentos de onda das ondas sonoras,a superposigao das ondas que se propagam no jnterior de um digerid (um “tubo” uubo em sentidos opostos produz uma onda estaciondria Os comprimentos de onda gscila quando o instrumentoé para os quais isso acontece correspondem as freqiiéncias de ressondncia do tubo.A.tocado. (Alay Images) vantagem de produzir ondas estaciondrias & que, nessas condigdes, 0 ar no interior jo tubo passa a oscilar com grande amplitude, movimentando periodicamente o ar 20 redor e produzindo assim uma onda sonora audivel com a mesma frequéncia que FIG.17.43 Acolunadearno FIG. 17-14 (a) O padrio de deslocamento mais simples para uma onda sonora (longitudinal) estaciondria em um tubo com as duas extremidades abertas possui um antiné (A) em cada extremidade e uum n6 (N) no ponto médio do tubo. (Os deslocamentos longitudinais, representados pelas setas duplas, esto muito exagerados) (b) © padrao correspondente para uma onda eldstica (transversal) cstacionéria em uma cord »-5 RSS +» RSE 7 6 FIG. 17-15 Ondas estacionérias em ‘tubos, representadas por curvas de pressdo em funcdo da posigio. (a) ‘Com as duas extremidades do tubo abertas qualquer harménico pode ser produzido no tubo. (b) Com apenas. uma extremidade aberta, apenas ‘os harménicos impares podem ser produzidos. as oscilagdes do ar no tubo. Essa forma de producdo de som € de Sbvia importancia para, digamos, um organista Muitos outros aspectos das ondas sonoras estacionérias sto semethantes aos de ondas em cordas: a extremidade fechada de um tubo é como a extremidade fixa de ‘uma corda, pois tem que haver um né (deslocamento nulo) nesse local,¢ a extremi- dade aberta de um tubo é como a extremidade de uma corda presa a um anel que se ‘move livremente, como na Fig. 16-216, pois deve existir um antiné nesse local. (Na verdade, o antiné associado a extremidade aberta de um tubo esta localizado ligei- ramente para fora da extremidade, mas isso ¢ irrelevante para nossa discussAo.) A Fig. 17-1da mostra a onda estaciondria mais simples que pode ser produzida em um tubo com as duas extremidades abertas. Existe um antin6 em cada extre- midade ¢ um n6 no ponto médio do tubo, Um modo mais simples de representar essa onda sonora longitudinal estacionéria € mostrado na Fig. 17-146, na qual ela foi desenhada como se fosse uma onda estaciondria em uma corda (neste caso, a.co- ordenada perpendicular a diregdo de propagagdo da onda representa a variagao de pressao em cada ponto,em vez do deslocamento da corda). A onda estacionéria da Fig. 17-14a é chamada de modo fundamental ou pri- ‘meiro harménico. Pata produzi-lo as ondas sonoras em um tubo de comprimento L devem ter um comprimento de onda tal que A = 2. Fig. 17-15a mostra varias ou- tras ondas sonoras estacionérias que podem ser produzidas em um tubo com as duas extremidades abertas. No caso do segundo harmOnico,o comprimento das ondas s0- noras € A = L,no caso do rerceiro harménico € A = 2L/3,e assim por diante. No caso geral, as freqiléncias de ressonancia de um tubo de comprimento L com as duas extremidades abertas correspondem a comprimentos de onda dados por aa 2k, para = 7” J H3,..25 (17-38) onde n é 0 ntimero harménico. Chamando de v a velocidade do som, podemos esere- ver as freqlléncias de ressonincia de um tubo aberto nas duas extremidades como von TP ort para 7 = 1,2,3,... (tubo,duasextremidades abertas). (17-39) A Fig. 17-156 mostra algumas ondas sonoras estaciondrias que podem ser pro- duzidas em um tubo com apenas uma das extremidades aberta. Nesse caso existe ‘um antind na extremidade aberta e um n6 na extremidade fechada. O modo mais simples é aquele no qual A = 4/.. No segundo modo mais simples, A = 41/3, ¢ assim por diante. No caso geral as freqiiéncias de ressonincia de um tubo de comprimento L com uma extremidade aberta e a outra fechada correspondem a comprimentos de onda dados por paran = 1,3,5,..., (17-40) ‘onde o ntimero harménico n é wm niimero impar. As frequiéncias de ressondncia si dadas por vim = [7G paran=1,3,5, ae (tubo,uma extremidade aberta). (17-41), Observe que apenas os harménicos impares podem existir em um tubo com u das extremidades aberta, Assim, por exemplo, o segundo harménico, com n = 2. n pode ser produzido em um tubo desse tipo. Observe também que em um tubo d tipo uma expresso como “o terceiro harménico” ainda se refere ao modo cujo ‘mero harm@nico € 3,€ nao ao terceiro harmOnico possivel. © comprimento de um instrumento musical esté ligado & faixa de frequénei que o instrumento foi projetado para cobrir; comprimentos menores esto at dos a freqiiéncias mais altas. A Fig. 17-16, por exemplo, mostra as familias do a LECCE RTH 177 | Fortes de Sones EE FIG. 17-16 As famil do saxofone edo violino, ‘mostrando a relacao entre 0 comprimento do instrumento € a faixa de frequéncias.A faixa de frequéncias de cada instrumento é indicada por uma barra horizontal ‘em uma escala de freqieneia sugerida pelo teclado na base da figura; as freqiiéncias aumentam, da esquerda para adireita. fone e do violino, com as faixas de frequéncias sugeridas pelo teclado de um piano. Observe que para cada instrumento existe uma superposi¢ao com os vizinhos de freqiiéncias mais altas e de freqtiéncias mais baixas. Em qualquer sistema oscilat6rio que produz um som musical, seja ele uma corda de violino ow o ar em um tubo de 6rgao, o modo fundamental e um ou mais harménicos superiores costumam ser gerados simultaneamente, Assim, so escuta- dos juntos, ou seja, superpostos para formar uma onda resultante. Quando diferen- tes instrumentos tocam a mesma nota produzem a mesma freqiiéncia fundamental, ‘mas os harmOnicos superiores tém intensidades diferentes. Assim, por exemplo, 0 quarto harménico do dé médio pode ser forte em um instrumento e fraco ou mesmo ausente em outro instrumento, E por isso que os instrumentos produzem sons di- ferentes, mesmo quando tocam a mesma nota. Esse € o caso das duas ondas resul- tantes mostradas na Fig. 17-17, que foram produzidas por diferentes instrumentos tocando a mesma nota musical. Va 3 O tubo A, de comprimento L, ¢ 0 tubo B, de comprimento 2L, tém as duas extremidades abertas. Que harménico do tubo B tem a mesma freqiéncia que 0 modo fundamental do tubo A? rm FIG. 17-17. _As formas de onda produzidas (a) por uma flauta e (b) ‘por um obog quando a mesma nota € tocada, com a mesma freqtiéncia fundamental. Ruidos de fundo de baixa intensidade em uma sala produ- zem ondas estacionérias em um tubo de papelao de com- primento L = 67,0 cm com as duas extremidades abertas. aL nv _ (1)(343 m/s) 20.670 m) 256 Hz, (Resposta) Suponha que a velocidade do som no ar dentro do tubo & 343 m/s. (a) Qual a freqiiéncia do som produzido pelo tubo? TERE con as duas extremidades do tubo abertas ‘emos uma situago simétrica na qual a onda estaciondria possui um antin6 em cada extremidade do tubo. A onda estaciondria do modo fundamental é a da Fig. 17-14b Céleulo: A frequéncia ¢ dada pela Eq. 17-39,comn Se os rufdos de fundo produzirem um harménico de ordem superior, como, por exemplo, o segundo harménico, serao produzidas outras freqiéncias que so miiltiplos inteiros de 256 Hz. (b) Se vocé encostar 0 ouvido em uma das extremidades do tubo, que frequéncia fundamental ouvira? tremidades do tubo temos uma situagao assimétrica: ainda BETS) C2pitvo 17 | Ondas—11 cxiste um antiné na extremidade aberta, mas passa a haver ny _()(343 m/s) ‘um né na outra extremidade, que esta fechada. Nesse caso, t= ar ACen) 4 onda estacionéria mais simples é a representada no alto na Fig, 17-15b. 3 He (R 4.” 40670m) 7 Reno Se os ruidos de fundo produzirem harmOnicos superiores, eles serdio miiltiplos impares de 128 Hz. Isso significa que Céleulo: A freqiiéncia é dada pela Eq. 17-41, com n = 1 a freqtiéncia de 256 Hz (que é um miiltiplo par) nao pode para 0 modo fundamental ‘ocorrer, Tempo FIG.17-18 (a,b) As variagdes de pressio Ap de duas ondas sonoras quando siio detectadas separadamente. As frequéncias das ondas so muito proximas.(c) A variagao de pressao resultante quando as duas ondas sio detectadas simultaneamente. 17-8 | Batimentos ‘Quando escutamos, com uma diferenga de alguns minutos, dois sons cujas frequén- cias so muito préximas, 552 e 564 Hz, digamos, temos dificuldade para distingui-los. Quando os dois sons chegam aos nossos ouvidos simultaneamente ouvimos um som cuja freqiiéncia € 558 Hz, a média das duas frequencias, mas percebemos também uma grande variagdo na intensidade do som; ela aumenta e diminui alternadamente, produzindo um batimento que se repete com uma freqiiéncia de 12 Hz, a diferenca entre as duas freqiiéncias originais, A Fig, 17-18 ilustra esse fendmeno. Suponha que as variagbes de pressdo em um certo local, produzidas por duas ondas sonoras de mesma amplitude s,,,sejam $1 = Sq C08 Wf © 52 = Sq, COS Ost, (17-42) onde «; > «:. De acordo com o principio de superposicao, a variagao de pressio to- tal édada por 5 = 51 +5 = 5, (COs wyt + Os wt) Usando a identidade trigonométrica (veja o Apéndice E), cosa + cos B= 2cos|4 (a f)}osl+(a+B)] podemos escrever a variagao de pressao total na forma 25,, cos|z(@,— w)é| cost (w, + 0,)t] (17-43) Definindo Ho) © w= Hor + or), (17-44) podemos escrever a Eq. 17-43 na forma 5(0) = [25,608 «t]c08 ox. (17-45) ‘Vamos supor que as freqiiéncias angulares @ © a» das ondas que se combinam sto quase iguais, o que significa que w > w’ na Eq. 17-44, Nesse caso podemos con- siderar a Eq. 17-45 como uma funcao co-seno cuja freqléncia angular é w e cuja amplitude (que nao ¢ constante, mas varia com uma freqiiéncia angular «’) € 0 valor absoluto do fator entre colchetes. ‘Um maximo de amplitude ocorre sempre que cos «tna Eq. 17-45 é igual a 1 ou ~1,0 que acontece duas vezes em cada repeticao da fungao co-seno. Como cos tem uma freqtiéncia angular w’,a freqiiéncia angular dq. com a qual ocorre o bati- mento é erg = 200’. Assim,com a ajuda da Eq. 17-44 podemos escrever eq, = 20" = (2)GMw, —@2) = 0, — Wy, Como w = 2nf. esta equacdo também pode ser escrita na forma fost =i ~ fir (freqiéncia de batimento). (17-46) Os mnisicos usam o fendmeno de batimento para afinar seus instrumentos. O som de um instrumento é comparado com uma freqiiéncia-padrao (como, por exemplo, uma nota chamada “Ii de concerto” tocada pelo primeiro oboé), ¢ ajustado até que © batimento desapareca. Em Viena, o lé de concerto (440 Hz) é fornecido por tele- fone aos muitos misicos residentes na cidade. 17.9 | 0 Efeto Doppler ES Memo Quando um pingiim imperador volta para casa depois de sair a procura de alimento, como consegue encontrar a companheira no meio de milhares de pingiins reunidos para se proteger do rigoroso inverno da Antartica? Nao é pela visio, j4 que todos os pingiiins sio muito parecidos, mesmo para um pingiiim. A resposta est no modo como os pingitins emitem sons. A maioria dos passaros emite sons usando apenas um dos dois lados do seu 6rgdo vocal, chamado siringe. Os pingtlins imperadores, porém, emitem sons usando simultaneamente 1 dois lades da siringe. Cada lado produz. ondas actsticas estaciondrias na garganta © na boca do péssaro, como em um tubo com as duas extremidades abertas, Suponha que a frequéncia do primeiro harmdnico produzido pelo lado A da siringe € fy = 432 Hz e que a freqiéncia do primeiro harménico produzido pela extremidade B é fy) = 371 Hz. ‘Qual ¢ a frequéncia de batimento entre as duas freqiiéncias do primeiro harménico e entre as duas freqiléncias do gundo harménico? = EIEns ».. acordo com a Eq. 17-46 (fa: fa freqincia de batimento de duas freqiéncias € a diferenca entre elas. Caleulos: Para as duas freqiléncias de primeiro harménico fay € fai. a freqiténcia de batimento é ows = fan ~ fon = 432 He ~ 371 Hz = 61 Hz (Resposta) Como as ondas estaciondrias no pingiim corres- pondem a um tubo com as duas extremidades abertas, as frequléncias de ressonincia so dadas pela Eq. 17-39 (f = nvi2L), onde L € 0 comprimento (desconhecido) do tubo. A freqiéncia do primeiro harmonico € fi = v2L ea freqiiéncia do segundo harménico é fy = 2v/2L. ‘Comparando as duas freqiiéncias, vemos que, seja qual for o valor de L, h=%h. Para o pinglim, o segundo harmOnico do lado A tem uma frequéncia fay = fr, € 0 segundo harménico do lado B ‘tem uma freqiiéncia fn = 2fpy. Usando a Eg. 17-46 com as freqUéncias f, € fyo, descobrimos que a freqéncia de bati- ‘mento correspondente é Sfoa2 = far ~ foo = 2far — Afar = 2(432 Hz) ~ 2(371 Hz) = 122 Hz. (Resposta) Os experimentos mostram que os pingilins conseguem perceber essas freqiiéncias de batimento relativamente elevadas (0 mesmo nao se pode dizer dos seres humanos). Assim, o chamado de um pingidim possui uma variedade de harménicos e freqiiéncias de batimento que permite que sua voz seja identificada mesmo entre as vores de milhares de outros pingiins. 17-9 | O Efeito Doppler Um carro de policia esta estacionado no acostamento de uma rodovia,com a sirene de 1000 Hz ligada, Se vocé também estiver parado no acostamento, ouvird o som da sirene com a mesma freqiiéncia, Entretanto, se houver um movimento relativo entre vooé ¢ 0 carto de policia voc’ ouviré uma freqiléncia diferente. Assim, por exemplo, se voee estiver se aproximando do carro de poltcia a 120 km/h ouviré uma freqiién- cia mais alta (1096 Hz, um aumento de 96 Hz). Se estiver se afastando do carro de policia com essa mesma velocidade ouvir uma freqiiéncia mais baiva (904 Hz, uma diminuicao de 96 Hi se efeito foi proposto (embora nao tenha sido perfeitamente an: lisado) e1 Foi estudado expe- ‘usando uma locomotiva que puxava um vagio aberto com vérios trompetistas”. (GG Eee one mento, porém, vamos considerar apenas 0 caso das ondas sonoras e usar como refe- rencial a massa de ar onde essas ondas se propagam. Isso significa que a velocidade da fonte § de ondas sonoras ¢ do detector D dessas ondas serao medidas emt relacdo a0 ar. (A nao ser que seja dito o contrério, vamos supor que o ar esté em repouso em relacdo ao solo, de modo que as velocidades também podem ser medidas em relagio a0 solo.) Vamos supor que Se D se aproximam ow se afastam um do outro em linha reta, com velocidades menores do que a velocidade do som. Capitulo 17 | Ondas —11 Se o detector ou a fonte esta se movendo, ou se ambos esto se movendo, a fre- quéncia emitida fe a frequéncia detectada f’ sao relacionadas através da equagao vivy vivs fy (equagiogeratdosteta Doppler), (17-47) onde v & a velocidade do som no ar, vp € a velocidade do detector em relagio ao are vs €a velocidade da fonte em relacao ao ar. A escolha do sinal positivo ou negativo é dada pela seguinte regra: Para resumir, aproximacdo significa aumento de freqtténcia; afastamento significa di- minuicdo de freqiiéncia, Aqui esto alguns exemplos de aplicagdo da regra. Se 0 detector esta se mo- vendo em diregao a fonte use o sinal positivo no numerador da Eq, 17-47 para obter ‘um aumento da freqliéncia, Se o detector est4 se afastando da fonte use o sinal nega- tivo no numerador para obter uma diminuigao da freqléncia. Se o detector estiver parado substitua vp por 0. Se a fonte estiver se movendo em diregio ao detector use © sinal negativo no denominador da Eq. 17-47 para obter um aumento da freqiién- cia, Se a fonte estiver se afastando use 0 sinal positivo no denominador para obter uma diminuigdo da frequéncia. Se a fonte estiver parada substitua vs por 0. ‘Vamos agora demonstra -m seguida, demonstrar a Eq, 17-47 para Quando 0 detector esta se movendo em relagio ao ar e a fonte est parada em relagdo ao ar o movimento altera a freqtiéncia com a qual o detector intercepta as frentes de onda e, portanto, a freqiiéncia da onda sonora detectada. 2. Quando a fonte esta se movendo em relagdo ao ar e o detector esta parado em relago ao ar o movimento altera 0 comprimento de onda da onda sonora e, por- tanto, a frequncia detectada (lembre-se de que a freqiléncia esté relacionada ao comprimento de onda). Detector em Movimento, Fonte Parada Na Fig. 17-19 u (representado por uma orelha) comprimento de onda A freqiiéncia f;que se propagam com a velocidade v do som “moar. As frente de ond esto desenhadas com uma separagio de um comprimento ie onda. A freqiléncia detectada pelo detector Dé a taxa com a qual D intercepta as frentes de onda (ou comprimentos de onda individuais). Se D estivesse parado essa FIG. 17-19 Uma fonte sonora estacionéria S emite frentes de onda csféricas, mostradas com uma separagao de um comprimento de onda, que se expandem radialmente com velocidade v.Um detector D, representado por uma orelha, se move com velocidade ¥ pem direeao a fonte. O detector mede uma freqiéncia maior por causa do movimento, taxa seria f, mas como D esta se movendo em diregao as frentes de onda a taxa de interceptacao € maior e, portanto, a frequéncia detectada f’ é maior do que f. ‘Vamos por um momento considerar a situacdo na qual D esta estaciondrio (Fig. 17-20). No intervalo de tempo t as frentes de onda percorrem uma disténcia ve para a direita. O némero de comprimentos de onda nessa distancia vré o ntimero de compri- mentos de onda interceptados por D no intervalo f, esse ntimero é vi/A. A taxa com a qual D intercepta comprimentos de onda, que € a freqiéncia fdetectada por D,é =tALY (17-48) Nessa situacdo, com D parado nao existe efeito Doppler: a frequléncia detectada pelo detector D é a freqiiéncia emitida pela fonte S. Agora vamos novamente considerar a situagiio na qual D se move no sentido ‘oposto & velocidade das frentes de ondas (Fig. 17-21). No intervalo de tempo 1 as frentes de onda percorrem uma distancia vr para a direita, como antes, mas agora D percorre uma distancia vot para a esquerda. Assim, nesse intervalo ¢ a distancia percorrida pelas frentes de onda em relacdo a D é vt + vpt. O ntimero de frentes de onda nessa distancia relativa vi + vpf € o ntimero de comprimentos de onda inter- ceptados por D no intervalo te & dado por (vt + vpi)/A.A taxa com a qual D inter- cepta comprimentos de onda nessa situagdo é a freqtiéncia f’ ,dada por , Wt pA _ tv, D/A ete 17-49) f 7 7 (17-49) De acordo com a Eq. 17-48, A = vif. Assim, a Eq. 17-49 pode ser escrita na forma. tee ee. (17-50) Observe que na Eq.17-50 f" > fa menos que vp = 0 (ow seja,a menos que o detector esteja parado). Podemos usar um raciocfnio semelhante para calcular a frequéncia detectada por D quando D esta se afastando da fonte. Nesse caso, as frentes de onda se movem uma distancia vt — vpt em relagio a D no intervalo t,e f' 6 dada por (oF va¥p (7-51) Na Eq. 17-51 f’ fa menos que vs = 0. No lado oposto, o comprimento de onda A’ das ondas é vT + vsT. Se D detecta estas ondas, detecta a freqiiéncia f’ dada por fi=f— (17-54) vv, Na Eq.17-54/" — a Ge ae 8,00 mis)i. Que freqiiéncia f,,,,¢ € detectada pela € detectando ondas ultra-s6nicas, que sdo ondas sonoras mariposa? Qual ¢ a freqiiéncia f,,,g detectada pelo mor- com freqiiéncias tao altas que nao podem ser percebidas cego ao receber 0 eco da mariposa? pelos ouvidos humanos. Suponha que um morcego emite ultra-sons com uma freqiiéncia fy... = 82,52 KHz enquanto esta voando com uma velocidade Fy = (9.00 mis)i em EEMERMMMA A frequencia é alterada pelo movimento Perseguicao a uma mariposa que voa com velocidade _relativo do morcego e da mariposa, Como os dois esto se movendo no mesmo eixo, a variagdo de frequéncia é dada pela equacao geral do efeito Doppler, Eq. 17-47. Um mo- vimento de aproximagdo faz a frequéncia aumentar, e um movimento de afastamento faz a freqdiéncia diminuir. Detecedo pela mariposa: A equacio geral do efeito Doppler é acm (17-56) onde a freqiiéneia detectada f” na qual estamos interessa- dos € a freqUencia fio,« detectada pela mariposa. Do lado direito da equagao a frequéncia emitida f é a frequéncia de emissio do moreeg6. faze = 82.52 kHz, a velocidade do som € v = 343 mls, a velocidade vp do detector é a velo- cidade da mariposa, Vig, = 8.00 mis, e a velocidade vs da fonte € a velocidade do morcego, Vy, = 9,00 mis. Essas substituigodes na Eq. 17-56 sao faceis de fazer. Entretanto, é preciso tomar cuidado na escolha dos sinais. Uma boa estratégia é pensar em termos de aproximacao e afastamento. Considere, por exemplo, a velocidade da mariposa (0 detector) no numerador da Eq. 17-56. A mari- posa estd se movendo para longe do morcego, o que tende a diminuir a freqiiéncia detectada. Como a velocidade esta no numerador, escolhemos o sinal negativo para respeitar a tendéncia (o numerador fica menar). Os passos desse ra- ciocinio estdo indicados na Tabela 17-3. A velocidade do morcego aparece no denominador da Eq. 17-56. © morcego esti se movendo para perio na ‘mariposa, o que tende a aumentar a frequiéncia detectada. Cee Do Morcego para a Mariposa 17-10 | Velocidades Supersbricas, Ondas de Choque Como a velocidade esté no denominador, escolhemos o si- nal negativo para respeitar essa tendéncia (o denominador fica menor). Com essas substituigdes e escolhas, temos 343 m/s-8,00 m/s 343 m/s—9,00 m’s = 82,767 kHz ~ 82,8 kHz. = (82,52 kHz). (Resposta) Detec¢ao do eco pelo morcego: Quando 0 morcego re- ‘eebe 0 eco a mariposa se comporta como fonte sonora, emi- tindo sons com a freqUéncia fn, que acabamos de calcular. Assim, agora a mariposa € a fonte (que esté se movendo ara longe do detector) e © morcego € 0 detector (que esta se movendo para perto da fonte). Os passos desse raciocinio estdo indicados na Tabela 17-3. Para calcular a freqiiéncia Srna detectada pelo morcego usamos a Eq. 17-56: YAW Fria = Sr VV pe 343 m/s +9,00 m/s 343 m/s +8,00 m’s = 83,00 kHz ~ 83,0 kHz, (Resposta) Algumas mariposas se defendem emitindo estalidos ul- tra-sOnicos que interferem com o sistema de deteccdo dos morcegos. = (82,767 kHz) Eco da Mariposa para o Morcego Detector Fonte Detector Fonte mariposa morcego moreego ‘mariposa velocidade Vip= vue velocidade Vs = Vn velocidade v= vnar _velocidade V5 = Vnur afastamento aproximagio aproximagao afastamento diminui aumenta aumento diminui numerador denominador numerador denominador negativo negative positive positive 17-10 | Velocidades Supersénicas, Ondas de Choque Se uma fonte esti se movendo em diregio a um detector estaciondrio com uma velocidade igual a velocidade do som, ou seja, se vs = v, as Eqs. 17-47 e 17-55 pre- véem que a freqiéncia detectada f” serd infinita. Isso significa que a fonte esta se movendo to depressa que acompanha suas préprias frentes de onda, como mostra a Fig. 17-232, O que acontece quando a velocidade da fonte & maior que a veloci- dade do som? Nessas velocidades supersdnicas as Eqs. 17-47 e 17-55 niio sio mais vélidas. A Fig. 17-23 mostra as frentes de onda produizidas em varias posigées da fonte. O raio de qualquer frente de onda dessa figura é v, onde v € a velocidade do som er é © tempo transcorrido depois que a fonte emitiu a frente de onda, Observe que as BET 2p 1017 | Onds—11 ie o FIG. 17-23 (a) Uma fonte sonora Sse move com uma velocidade v, igual & velocidad do som e, portanto,com a mesma velocidade que as frentes de onda que prodz, (b) Uma fonte S se move com uma velocidade vs maior do que a velocidad do som e, portanto, mais depressa que as frentes de onda. Quando a fonte estava na posicao S, produziu a frente de onda O,:quando estava na posigao ‘Ss produzit a frente de onda O,, Todas as frentes de ondas esféricas se expandem com a vek ude do som ve se superpdem na superficie de um cone chamado cone de Mach, formando uma onda de choque. A superficie do cone possui um semi-angulo @¢ & tangente a todas as frentes de onda, frentes de onda se combinam em uma envoltéria em forma de V no desenho bidimensional da Fig. 17-236. As frentes de onda na verdade se propagam em trés dimensdes ¢ se combinam em uma envolt6ria em forma de cone chamada cone de Mach. Dizemos que existe uma onda de choque na superficie desse cone porque a superposi¢ao das frentes de onda causa uma elevagdo e uma queda abrupta da pressio do ar quando a superficie passa por um ponto qualquer. De acordo com a Fig, 17-23h,o semi-Angulo do cone, cha- mado dngulo do cone de Mach, € dado por seng=t = vet V5 A razio vglv é chamada de mimero de Mach. Quando Voce ouve dizer que um certo avido voou a Mach 2,3 isso significa que a velocidade do aviao era 2.3 vezes maior que a yelocidade do som no ar que o aviio estava atravessando, A onda de choque gerada por uma aeronave supersOnica (Fig. 17-24) ou por um projétil produz um som semelhante a0 de uma explosao, conhecido como estrondo sénico, no qual a pressao do ar primeiro aumenta bruscamente e de- pois diminui para valores menores que o normal antes vol- tar ao normal. Parte do som produzido pelo disparo de um (ngule de cone de Mach). (17-57) FIG. 17-24 Ondas de choque produzidas pelas asas de um jato FA 18 da Marinha dos Estados Unidos. As ondas de chaque so visiveis porque a redugao brusca da pressio do ar fez com que moléculas de égua se condensassem, formando uma nuvem. (Foto do guarda-marinha John Gay paraa Marinha dos Estados Unidos) rifle se deve ao estrondo s6nico produzido pela bala, Um estrondo sonico também pode ser produzido agitando rapi- damente um chicote comprido. Perto do fim do movimento a ponta esta se movendo mais depressa que o som e produz um pequeno estrondo sOnico: 0 estalo do chicote. =F REVISAO E RESUMO ‘Ondas Sonoras Ondas sonoras sdo ondas mecfinicas longitu- dinais que podem se propagar em sélidos, liquids e gases. A ve- locidade v de uma onda sonora em um meio de médulo de elasti- cidade volumétrico B ¢ massa especitica pé (velocidade do som). (7-3) No ar a20°C,a velocidade do som é igual a 343 mis ‘Uma onda sonora provoca um deslocamento longitudinal s de um elemento de massa em um meio que € dado por 5 = Sy c0s(kx ~ ct), (7-13) ‘onde 5;, a amplitude do deslocamento (= #018 Na Fig.17-35,um som com comprimento de onda de 40,0.em se propaga para adireita um tubo = que possui uma bifurcagie. Ao chegar a bifurcagio a onda se di- FIG. 17-38 Problema 18. vide em duas partes, Uma parte se propaga em um tubo em forma de semicircunteréncia e a outra se propaga em um tubo retilineo. ‘As duas ondas se combinam mais adiante, interferindo mutua- mente antes de chegarem a um detector. Qual é 0 menor raio rda semicircunteréncia para o qual a intensidade medida pelo detec- toré minima? #919 Na Fig, 17-36 dois alto-ta- kK lantes separados por uma distancia 4, = 2,00m esto em fase. Suponha que as amplitudes das ondas so- noras emitidas pelos alto-falantes sio aproximadamente iguais para lum ouvinte que se encontra dire- ot tamente frente do alto-falante da . direita,a uma distancia d) =3,7Sm, FIG. 17-36 Problema 19. Considere toda a faixa de audigio de um ser humano normal, 20 ‘Hz 1 20 kHz. (a) Qual é a menor freqiincia, fay. para a qual ‘a intensidade do som é minima (interferéncia destrutiva) na po- siglo do ouvinte? Por que numero a frequencia fain, deve ser ‘multiplicada para se obter (b) a segunda menor freqUéneia, fans, para a qual a intensidade do som é minima, e (c) a terceira me- nor freqiténca, fins, ara a qual a intensidade do som é minima? (@) Qual é a menor freqiigneia, fais, para a qual a intensidade do som é maxima (interferéncia construtiva) na posigio do ou- Vinte? Por qual niimeto fg, deve ser multiplicada para se obter (c) a segunda menor freqléncia, fga2. Para a qual a intensidade do som € maxima, (c) a terceira menor freqléncia, fag, Para a ‘qual aintensidade do som é méxima? Detector 4, Altetalantes +K Ominte § #20 Na Fig. 17-37 as ondas sonoras Ae B, de mesmo com- rimento de onda A, estio ini- cialmente em fase € se propagam para a direita, como indicam os dois raios. A onda A € refletida Por quatro superficies, mas volta ‘se propagar na diregao ¢ no sen- tido original. O mesmo acontece ee FIG. 17-37 Problema 20. cies, Suponha que a distancia L da figura é um miltiplo do com- primento de onda A: L = gA. Qual é (a) 0 menor e (b) o segundo menor valor de q para 0 qual A e B estdo em oposigio de fase apdsas reflexdes? #421 Dois alto-falantes estao separados por uma distancia de 3.35 m em um paleo 20 ar livre. Um ouvinte esté a 18,3 m de um {dos alto-falantes e 2 19,5 m do outro, Durante o teste do som urn gerador de sinais alimenta os dois alto-falantes em fase com um sinal de mesma amplitude e freqiléncia. A frequéncia transmitida varia ao longo de toda a faixa audivel (20 Hz a 20 kH2).(a) Qual € menor frequléncia, fui, Pata a qual a intensidade do sinal é mf hima (interferéncia destrutiva) na posigio do ouvinte? Por que inlimero fig, deve ser multiplicada para se obter (b) a segunda ‘menor frequéncia,f.2 Para a qual o sinal é minimo, e (c) & ter- ceira menor frequéncia, fas, para a qual o sinal 6 minimo? (d) Qual é menor freqléneia, fg. Para a qual o sinal & maximo (in terferéncia construtiva) na posicaio do ouvinte? Por que nimero Jus deve ser multiplicada para se obter (c) a segunda menor fre- uéncia, fna.2 para a qual o sinal & maximo, (c) a terceira menor freqdéncia, fags para aqualosinalé méximo? <9 22 Fig. 17-38 mostra quatro fontes sonoras pontuaisisotr6- picas uniformemente espacadas ao longo de um eixo x. As fontes ‘emitem sons de mesmo comprimento de onda A e mesma ampli- Lude Sy € esto em fase. Um ponto P é mostrado sobre o eixo x Suponha que quando as ondas se propagam até P a amplitude se ‘mantém praticamente constante, Que miltiplo de s,corresponde 2 amplitude da onda tesuttante em P se a distancia d mostrada na figura é (a) N4,(b) A? € (c) 2? L shiz 7 Ss baud 7 FIG. 17.38 Problema 22, 23 A Fig. 17-39 mostra dus fontes pontuais 5, eS, que emitem sons de comprimento de onda 2,00 m, As emissdes so isotr6pi cas € em fase: a distancia entre as fontes € d = 160 m. Em qualquer onto P sobre o cixo x as ondas produzidas por 5; e S; interferem, Se P esté muito distante (x = «), qual ¢ (a) a diferenga de faseentre FIG. 17-39 Problema 23. 4s onias proxluzidas por 5) e S, (b) o tipo de interferéncia que elas produzem? Suponha que 0 ponto P é deslocado ao longo do eixo x em direcao a S;. (c) A diferenga de fase entre as ondas au- ‘menta ou diminui? A que distancia x da origem as ondas possuem uma diferenga de fase de (d) 0,504, (€) 1,004 ¢(f) 1,504? o P 4 Ls,

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