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“As rolagdes entre as diferentes nasbee Aependem do estigio de desenvolvimen- to1em que cada uma dlas se encontra, no que concerne 3 forcas produivas, 2 divisgo do trabalho e 38 elagoes interna. Este principio éuniversalmente reconhe- ido, Entretanto, no s6 as relagbes entre ‘uma nagio e outra, mas também toda a cstrutura interna de cada nasso, depen dem do nivel de desenvolvimento de sa produgio ede sus intercimbios internos ‘eexternos Reconhece-se da maneira mais patente o grau de desenvolvimento alcan- ‘ado peas Forgas produtivas de uma nagio pelo grau de desenvolvimento aleancado pela divisso do trabalho.” KM. RE A IDEOLOGIA ALEMA Karl Marx e Friedrich Engels 1 Martins Fontes Sao Pub 7001 ‘semiba Indice Introdusao - O nascimento do Materialismo His. torte. Cronologia Nota desta eaigao A IDEOLOGIA ALEMA Profacio. FEUERBACH - OPOSICAO ENTRE A CONCEPCAO [MATERIALIST E A IDEALISTA Introdusao. ‘A.A ideologia em geral e em particular a ieolo- ‘gi alema B.A base real da ideologia C.Comunismo = Produgao do proprio modo de ANEXO ~ TESES SOBRE FEUERBACH. Notas vit XU = 9 105 ‘garam da comunidade antiga © medieval, A sociedad ‘vil enquanto tal 6 se desenvolve com a burguesia; en- tretanto, 4 organizacio social rsultante diretamente da proxlugio © do comércio, e que constitu em qualquer Tempo a base do Estado ¢ do restante da superesteuturs idealist, tem sido constantemente designada por ese 2. Da Producito da Consciéncia Na verdade, @ também um fato indubitavelmente empitica que, na historia decorrida até hoje, com a ex tensio da atividade, ao plano da historia universal, os individuos foram cada vex mais submetides a uma forca que thes € esiranha ~ opressio essa que eles consider van como uma trppaga do chamado Espirito univ {uma forca que se foi tornado cada vez mais macia e se revela, em Uitima instincia, como 0 mercado mundial ‘Mas também tem base empires 0 fato de que essa forga to misteriosa para os te6ricos alemies, ser superada com a derrubseda do atual estado socal, pela revolucto ‘comunista (de que falaremos mais tare) € pela abolicio, dda propriedade privada, que The inerente, entio a Tiberragio de cada individuo em particular se realizar cexatamente na medida em que a historia se taansformar ‘completamente em historia mundial, Segundo o que foi tito anteriormente, esti claro que a verladeira riqueza intelectual do individuo depende inteiramente da rique= ‘za de suas relacoes reais, E sO desta maneira que cada individuo em particular seré ibertado das diversas limi tagdes nacionaise locais que encontra, sendo colocado fem relagoes priticas com a prado do mundo inteiro inclusive a producao intelectual) € poo em condicdes de adquiri a capacidade de desfrutar a producio do mundo inteiro em todos os seus dominios (criagao dos homens). A dependéncia universal, essa forma natural dda cooperagio dos individuos em escala bistérico-mun- dial, sera transformada por essa revolucio comunista em controle e dominio consciente dessas forgas que, engen- ddadas pela acio reciproca dos homens entre si Thes foram até agora impostas como se fossem forexs funda ‘mentalmente estanhas,¢ os dominaram. Esta concepga0 pode set, por sua ver, concebida de maneira especulati- Ya € idealista, isto é, Fantasiosa, como “gerasa0 do gene 10% por si mesmo” (a “sociedade enquanto sujeito" e, por isso, mesmo a série sucessiva dos individuos em relaglo Uns com os outros pode ser representaca como ‘um inclviduo dinico que realizaria esse mistério de gerar si mesmo. Vé-se entio que os individuos se cram. 7s ‘aos outros, no sentido fsico eno moral, mas mo se ‘riam, nem no sentido absurdo de Sio Bruno, nem no sentido do “nica”, do homem “feito por si mesmo Esta concepeio da histori, portanto, tem por base © desenvolvimento do process0 real da producto, ¢ iso partindo da produc material da vida imediata; ela con- feebe a forma dos intercimbios humanos ligada a esse ‘modo de produgao e por ele engendrada, ito 6, a socie~ dae civil em seus diferentes estigios como sendo 0 fun: ddamento de toa a histria, 0 que significa representila fem stit ago enquanto Estado, bem como em explicar por ela 0 conjunto das diversas proxugoes teoricase das Formas da conscigncia, religito, losofia, moral etc, © 4 seguir sua génese a partir dessas produgbes, 0 que per mite entio naturalmente representar a coisa na sua tote % “em “almas do outro mundo”, lidade (¢ examinar também a agio reciproca de seus di- ferentes aspectos), Ela no € obrigada, como ocorre com a concepca idealist da his6ra, a procurar uma catego ria em cada periodo, mas permanece constantemente no terreno real da histria; ela no explica a pritica segure doa idéia, explica a formagio das idéias segundo a pri- tica material, chega por conseguinte ao resultado de que todas as formas e produtos da consciéncia podem ser resolvidos no por meio da critica Cespiritual intelectual pela reducao a "consciéncia de si" ou pela metamorfose sm “fantasmas’,em “obses- soes™ ete., mas unicamente pela derrubads efetiva das relagbes sociais concretas de onde surgiram essas babo- seis idealistas. A revoluglo, e nao a ertca, € a verda-| deira forga motiz da historia, da religtio, da. filosofia de qualquer outra teoria. Esta concepga0 mostra que © fim da historia nao se acaba resolvendo em “consciéncia de si", como “espirto do espirto", mas sim que a cada festigio sto dados um resultado material, uma soma de forcas produtivas, ma relaga0 com a natureza e entre 0s individuos, riados historicamente e transmitidos a cada ‘genigio por aquela que a precede, uma massa de forcas produtivas, de capitas © de circunstincias, que, por um lado, sio bastante modificados pela nova geracio, mas que, por outro lado, tam a ela suas prOprias condlicoes de existéncia Ihe irmprimem um determinado desenvol- vimento, wim cardter especifico; por conseguinte as cir- Ccunstinclas fazem os homens tanto quanto-os homens fazem as crcunstncias. Esta soma de Forgas produtiva, de capita, de formas de relagbes sociai, que cada indi- viduo e cada geracao encontram como dados existent ‘constitu a base conereta da representacao que fl6s0- % fos fazem do que seja "substincia" e “esséncia do ho- ‘mem’, daquilo que eles elevaram 3s nuvens ou comba- teram, base conereta cujos efeitos ¢ influéncia sobre 0 desenvolvimento dos homens nio sio absolutamente afetados pelo fato de esses fl6sofos se revoltarem contra ‘els na qualidade de “conseiéneia de si° & de “Gnicos Sto igualmente essas condigdes de vida, que as diversas igeragdes encontram prontas, quee determinam se aco ‘ogo revoluciondri, produzida periodicamente ma his- Toria, sera suficientemente forte para derrubar as bases de tudo o que existe; os elementos materias de uma, subversio total sio, por um lado, as forcas produtivas texstentes e, por outro lado, a formagio de uma massa revohicionaria que faga a revoluglo no s6 contra condi- ‘oes particulares da Sociedade existente até ento, mas tambem contra a propria “producto da vida" anterior, ‘contra 0 *conjunto da atividade™ que consul sua base; se essas condicies nao existem, € inteiramente indie rente, para 0 desenvolvimento pritico, que a idéia dessa subversio jf tenha silo expressada mil vezes... como 0 prova a histria do comunismo, ALé agora, toda conceprao histérica deixou comple- tamente de lado essa base real da histori, ou entdo a cconsiderou como algo acessério, sem qualquer vinculo ‘com a marcha da historia. E por isso que a historia deve ‘sempre ser escrita segundo uma norma situada fora dela A produgio real da vida aparece na origem da histéra, 20 passo que aquilo que é propriamente historico spare ‘ee como separado da vida comum, como extra e supra terrestre, As relagdes entre os homens ¢ a natureza Sio, por isso, excludas da historia, o que engendra a oposi- (Glo entre a’natureza e @ histéria. Por conseguinte, essa ys PO concepsiio s6 pade ver na historia os grandes aconteci= ‘mentos histéricas e politicos, lua religiosas e, sobren- do, teoricos, ¢ teve panicularmente de compartlbar, em cada época historiea, a ilusdo dessa época. Suponhamos {que uma epoca imagine ser determinada por motivos uramente “politicos” ou “religiosos", embora “politica” f *religiio” sejam apenas formas de seus reais motvos seu historiador aceita entio essa opinio. A “imagina- a “representacio" que esses homens determinados fazem da sua prixis real, tansforma-se na Gnica forga dleterminante & ativa que domina e determina a prtica, sdesses homens. Sea forma rudimentar sob a qual se apre- senta 4 divisto do trabalho entre os indianos e 08 eg cios faz surgir um regime de castas em seu Estado e em sua 1eligi2o, 0 historador acredita que o regime das cas- tas €4 forca que engendrou essa forma social rudimen- ta, Enquanto 0s franceses e os ingleses se apegam pelo menos i ilusio politica, que € ainda a que mais se apro xima da realidade efetiva, os alemaies se movem no do- minio do “espinito puro" e fazem da iusto religiosa forga mouiz da isin. A fosotia da hist de Hegel ~ altima expressio consequent, levada 2 sua “mais, pura expressio", de toda essa maneira que os alemies tem de escrever a histéria € na qual ndo se fala de inte- resses reais, nem mesmo de interesses politicos, mas de ideias puras; essa historia mo pode, entio, deixar de apacecer a S40 Brno como uma seqiencia de “leas” fem que uma devora a outra e acaba por perecer na ‘conseigncia de si", © para Sao Max Stimes, que nacla sabe de toda a historia real, essa marcha da historia devia parecer, com muito mais logica ainda, como uma siny ples historia de “cavaleitos", de bandidos e de fantas ¥ ‘mas, a cuja visio 86 consegue escapar pela “dessacrali- zacio". Usa concepeio € de fato religiosi, ela supoe {que © homem religioso € 0 homem primitivo do qual par- te toda a historia, e-ela substitu, na sua imaginagao, a producio real dos meios de vida e da propria vida por Luma produo religiosa de coisas imaginarias. Toda essa concepeio da histria, bem como a sua desagregagio € fs esertpulos e as dvidas que dela resulta, nao passa de uma questio puramente nacional que diz respeito apenas aos alemaes, tendo apenas unt interesse local para a Alemanha, como por exemplo a questlo impor. ‘ante, etratada reteradas vezes ultimamente, de se saber como se pass exitamente “do reino de Deus 20 reino dos homens’; como se esse "reino de Deus" algum dia tivesse existido em algum lugar que mo na imaginagio dos homens e como se esses doutos senhores no vives- sem sempre, e sem dar por is0, no “reino dos homens”, ‘ujo caminho estio procurando agora, © como se 0 dliverimento cientfico ~ pois nacla mais € do que isso ~ {que existe em explica a singularidade dessa construgio Teorica nas nuvens no consistise, a0 contririo, em ‘demonsirar como essa mesina construgao surgi do esta- do de coisas real, errestre. Em geral, para esses alemaes, trata se de atribuir 0 contr-senso que encontram a algu- ‘ma outra quimera, ou seja, de afirmar que todo esse con- tea-senso tem um sentido particular que € preciso esclae recer, quando na verdade se tata unicamente de expli- car essa fraseologia te6rica a partir das elagdes reas exis= tentes. A verdadeira solucio pritca dessa fraseotogia, a climinagio dessas tepresentagdes na consciéncia dos ho- mens, $6 sera realizada, repitamos, por meig de-uma » wansfofmacao. das circunstincias existentes, € no por of » dedugdes weéricas. Para a massa dos homens, isto &, para ‘© proletariado, cis representagdes teoricas nao existem & portanco do precisam ser suprimidas,e, se essa MASS teve algum dia representacoes te6rieas como a religo, Iki muito tempo j forum destrudas pelas circunstancias © cariter puramente nacional dessas questoes e de suas solugdes manifesta-se ainda no fato de que esses tedricos aereditavam, com a maior seriedade do mundo, ‘que as divagagdes do espirito como 0 *homemdeus", © homen” et, presidizam as diferentes €pocas da hist ria ~ Sio Bruno chega mesmo a afirmar que somente "a txiticae 0s crtcos fizeram a histéria”~e, inclusive, quan do se dedicam a construgbes histéricas, eles saltam rapi- ddamente por cima de todo 0 passado € vio da “civiliza- ‘Gio mongol” & historia propriamente dita "rica de con- fetido’, isto &, a hist6ria de Anais de Halle € Anais Ale- ‘dese contam como a escola hegeliana degenerou em disputa geral, Todas as outras nagbes, todos os aconte- cimentos reais S40 esquecidos, 0 teatro do mundo (CTheatram mundi) iets 2 feiea de livros de Leipzig e As conteovérsias reciprocas da “Criica", do "Homem & ddo “Unico”. Quando acontece a teoria tatar de temas verdadeiramente historicos, como o século XVII, por ‘exemplo, esses fldsofos $6 oferecem a hist6ria das re- presentacdes, desligada dos fatos e dos desenvolvimen- tos prtcos que constituem sua base; e, além disso, 6 oferecem essa histria com a finalidade de representar 2 paca em foco como uma primeira etapa imperfeita ‘como um aniinco, ainda limitado, da verdadeira época historic, isto é, da época da luta dos fi6sofos alemies de 1840 2 1844, Seu objetivo €, portanto, eserever uma historia do passado para fazer resplandecer com o maior ” britho a gloria de uma pessoa que nlo é histérica ¢ de sus Fantasias, e se coacluna com esse objetivo 0 fato de ‘do lembrar os acontecimentos realmente istéricos, nem. ‘mesmo as intromissbes realmente histricas da. politica na historia, © de oferecer, em compensacio, um relato que nio se fundamenta em um estudo sério, mas em montagens histricas e bisbilhotices literdrias ~ como fez © Sto Bruno em sua Histia do Século XVI, agora es «quia. Eses mereeirs do pensamento,cheios Je vee- mnéncia artogancia, que se julgam ifintamente acima dos preconceitos nicionis, 40, na pritca, muito mais tmcionas do que eses fists de cerejari que, como pequenos burgueses, sonam com 4 unidade alema Recusam todo carter histérico as agBes dos outros po> vos, vive na Alemanha, para Alemanhs e pela Ale tanta, transfomam a Canga0 do Reno em hino espe tual, ¢ conquistam 2 Alsiia-Lorena pihando a flosofia francesa em vex de plbar 0 Estado francés, © germans zando pensamentos franceses em verde germanizat ro Vincias francesas. O st. Venedey* aparece como cosmo: pola 20 lado de Sao Bruno e de Sao Max, que proc ‘mam a hegemonia da Alemanka prockamando a hege- ‘moni da tori, ‘Vee também, por esss discusses, 0 quanta Fever- bach se engana quando (na Revita Trimestral de Wigand, 1845, tomo ID*, qualiicando-se de “homem comuniti- rio’, ele se proclama comunistae uansforma este nome cm preicado de “0° homem, acrediandlo poder asion transformar em uma simples categoria 0 trmo comunis _1a que, 00 mundo atv, designa @ adepto de um partido! 5 fevolucioniio determinado, Tada a dedugio de Fever tach quanto as elagdesrecprocas dos homens visa uni a re Artie ston camente a provar que os homens tém necessidade uns dos outros © que sempre fo! assim. Ele quer que a cons- ciéncia se apasse desse fat, ele quer assim, a exemplo dos outros tericos,suscitar uma justa consciéncia de um fato existene, 20 passo que para o verdadeiro comunis ta-o que importa é desrubar essa ondem existente. Re- ‘conhecemos plenamente, alii, que Feverbach, nos seus ‘esforgos para engendar a conscigncia dessefato, vai io Tonge quanto € possivel a um te6rico sem deixar de ser tebrico e flsofo, Mas & bem caracterstico 6 fato de que Sto Bruno e Sao Max colocaram imecliatamente a repr sentagio do comunista segundo Feuerbach no lugar do comunista verdadeiro, e assim 0 fazem, em pare, a fim de poderem combater © comunismo enquanto “espinito ‘do espinito”, enqusinto categoria fllosbica, enquanto ad versio de condicao idéntica i deles ~ e Sto Bruno o fiz als, por sua vez, em vista de interesses pragmatics. ‘Como exemplo desse reconhecimento e desconhecimen to simultineos do estado de coisas existente, que Feuer bach continua a panilhar com nossos adversiris, lem- bbremos esta passigem da Filosofia do Futuro”, onde ele esenvolve a ideia de que o ser de um objeto ou de um. hhomem ¢ igualmente sua esséncia, que as condigoes de cexsténcia, o modo de vida e a atividade determinada de ‘uma cragira animal ou humana so aqueles em que a sua “esséneia" se sente satisfeita. Compreende-se aqui ‘expressamente cada excegio como urn ineliz acaso, co- mo uma anomlia que ndo se pode mucar. Portanto, se milhoes de proletirios nto se sentem de maneira alguma satiseitos com suas condigoes de vida, se seu "set" Na realidad, para o materialissa pratico, sto é, para 0 comunista, vatase de revolucionar © mundo existent, a2 dle atacar ede tansformar praticamente 0 estado de coi- Ss que ele encontou. E, se as vezes encontramos em Feuerbach pontos de visa dessegénero eles nunca v20 além de intsigdes inoladase tém muito pouca influéncia Sobre toda a concepedo gen, para que pessamos ver ne les, aq, algo mais do que germes capazes de se desen- volverem, A “concepga0" do mundo sensvel para Feuer bach limia-se, por um kad, a simples inuigao deste io €, por outo, & simples Sensacio, Ele dz “¢ homem’ fem ver de dizer os "homens histrics reais". “O ho- mem” é, na realidade, “0 alemao”. No primeir cas0, na Intuigdo do mundo sensvel, ele se choca necessavia ‘mente contra objetos que esto em contadicio com sun consciénca e a6 suas sensagbes, que perurbam a harmonia de todas as partes do mundo sensivel que ele tava pressupost, sobreudo a do homem eda ature- 2a”, Para eiminar esses objeto, ele € obrigao a se ref far em uma dupla mani de ves, oscla entre uma Ihancira de ver profana, que pereebe apenas “o que € vie sivel a olho nu, e uma maneia de ver mais elevada, flosfica, que percebe a esséncia verdadeira das coi sis, Nio vé que 0 mundo sensvel que o cerea no € um bjeto dado diretamente, eterno © sempre igual a si ‘mesmo, mas sim o produto da indistria © do estado da Sociedade, no sentido de que € um produto histonico, 0 resultado da atvidade de toda uma série de geracdes, serido que cada uma dela se agava sobre os ombros da precedente, apefeigoava sua insti e seu coméicio € thoxhficava seu regime social em fungio da modifiaco ds necesiades. Os objetos da mais simples *ceneza sensivel”sio dads a Feuerbach apenas pelo desenvol- viento social, pela instr e pela tocas comers “6 Sabe-se que a ceejeia, como quase todas as arvores fru- tifeas, foi transplantada para as nossas latitudes pelo _comércio, hb apenas poucos séculos, e que portato foi ‘Somente gravasa essa agao de uma determinada socie ‘dade em uma determinada &poca que ela foi dada a Ycer- teza sensivel” de Feuerbach, Pog suit vez, nessa concepeio que vé as coisas tals ‘como realmente slo e como aconteceram realmente, 10 \do problema flosofico oculto se converte simplesmente fem um fato empirico, como veremos ainda mals clara ‘mente tim pouco mais adiante. Tomemos por exemplo a uestio importante das relagdes entre o homem € a na tureza (ou mesmo, como Bruno nos diz na pagina 110" ‘as “contradigoes na natureza € na historia", como se al hhouvesse das “coisas* separadas, como se 0 homem, ro se achasse sempre em face de uma natureza que & hrstorica e de uma historia que & natural), Esta questo da origem de todas as “obras de uma grandeza insone vel" sobre a “substincia” e a “consciéncia de si" se re dduz por si s6 a compreensio do fato de que 2 tio eéle- bre “unidade do homem ¢ da natureza" existiu em todos [0s tempos na indistia e se apresentou de maneira die renfe, em cacla 6poca, segundo 0 desenvolvimento maior ‘ou menor da indistrit;€ 0 mesmo acontece com a “Tut” do homem contra a natureza, até que as suas Forgas pro-

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