You are on page 1of 25
Dimenso6oes e funcdes do conhecimento pedagogico-musical I] Em PAUIAS wat, avesa7 Refletir sobre a delimitagéo do campo da educagao musical como ciéneia ou area do conhecimento tem sido um desafio constante na literatura contemporénea especifica. Este interesse estd voltado para a construgéo de teorias explicativas na érea de educagdo musical que partam de instrumentos e préticas metodoldgicas proprias. Dai a relevancia de discussdes sobre o objeto de estudo da rea, a natureza do conhecimento pedagégico-musical e suas inter relagdes com outras 4reas do conhecimento. O artigo de Rudolt-Dieter Kraemer discute 0 campo epistemolégico da Educacdo Musical abordando estas outras quest6es pertinentes ao tema. Escrito em uma linguagem direta e de uma forma didatica o texto procura revelar as dlmensdes presentes no conhecimento pedagdgico-musical quais sejam filosdticas, antropolégicas, pedagégicas, sociolégicas, historicas, estéticas, psicoligicas e musicol6gicas. O autor preocupa-se com uma construgéo da teoria da educagao musical partindo do principio de que a pedagogia da miisica estd entrelacada com outras aisciplinas. E necesséirio antes lembrar que na literatura alemé é corrente 0 uso do termo Musikpdagogik (pedagogia musical) para designar a érea como ciéncias, Jé 0 termo Musikerziehung (educacao musical) ¢ utiizado para se referir & prati- ca da educa¢ao musical. Na presente tradugdo foram mantidas estas duas conotagées. Por analogia, 0 adjetivo musikpadagogisch foi traduzido por pedagégico-musical e musikerzieherisch por miisico-educacional. Vale ressaltar que, no Brasil, essas terminologias ainda néo esto claramente definides. A sistematizacdo da érea de educago musical proposta por Kraemer esté relacionada com uma concep¢éo abrangente do que seja educar musicalmente, fundamentada em dois principios bésicos: 1) a prética miisico-educe- ional encontra-se em varios lugares, isto 6, os espagos onde se aprende e ensina musica so muttiplos e vo além das insttuigdes escolares; 2) 0 conhecimento pedagdgico-musical é complexo e por isso sua compreensdo depende de ou- tras disciplinas, principalmente das chamadas ciéncias humanas. Inimeras pesquisas na rea, inclvindo aquelas rea- lizades no Brasil, em contribuido para uma solidficago destes principios através dos resultados apresentados. Kraemer segue a tradig¢ao da educadora musical alema Sigrid Abel-Struht que no inicio dos anos 70 impulsionou a discussao sobre o status cientifico da érea com seu fivro Materialien zur Entwicklung der Musikpadagogik als Wissenschaft (Material para o desenvolvimento da pedagogia musical como ciéncias) publicado em 1970. A biblio- grafia consultada e citada por Kraemer mostra @ vasta produgéo cientitica alemé neste campo, revelando a importan- cia que 0 tema adquire na literatura pedagégico-musical, inclusive em suas prépries publicagdes (ver Kraemer 1982, 1989, 1985). Sabemos que no hé um consenso entre as aiferentes posicdes epistemoldgicas adotadas na educagao musical, porém, compreender a especifcidade do campo pode nos ajudar a elaborer propostas de estruturagao de érea aber- tas 2 novas posigées e dispostas a integrar os conhecimentos de outras éreas que também estéo em permanente configuracao. Rudolt-Dieter Kraemer é professor na Universidade de Augsburg, Alemanha. JUSAMARA SOUZA EM PAUTA. vitt, w.18rt7 - abetisnovembre 2000 st RUDOLF-DIETER KRAEMER © motivo para as seguintes reflexdes ¢ a presente critica de diferentes lados qualidade da pesquisa pedagogico-musical. Uma possivel explicaggo para o cet cismo referente a dignidade da construgao de uma teoria pedagogico-musical pode ser: existem diferentas idéias de como a pesquisa pode ser executad, Sugestdes de melhorias relacionam-se entéo com questdes formais: as regras para uma elaooragao precisa e metédica de um problema sto advertides pelos funda mentos dos resultados de pesquisas anteriores. Os apelos feitos, nos anos passados, nessa diregao, todavia, visivelmente nao conduziram a nenhuma melhorat Possivelmente, os fatores da desordem estao posicionados em lugares errados, O desconforto pode levar a que pesquisadores sejam exigidos demeis através de altas demandas de produgéo de conhecimento, porque @ qualidade da produgdo cientifica ndo esta retacionada somente a um trabalho metédico cuidadoso; as lamentagdes sao muito mais reflexos das caracteristicas da qualidade do proprio objeto da area ‘A pedagogia da musica ocupa-se com as relagdes entre as pessoa(s) e als) musicals) sob os aspectos de apro- priagao e de transmisséo. Ao seu campo de trabalho pertence toda a prética miisico-edueacional que é realizada em aulas escolares @ ndo escolares, assim como toda cultura musical em processo de formagéo. Mesmo que con- cordancias em relagao @ definigéo do objeto possam ser geradas?, fica ainda a pergunta, que dimensdes ¢ fungdes © conhecimento pedagdgico-musical pode abranger’ A seguir tentarei uma adaptagao metatedrica da pedagogia da musica no espectro da ciéncia, para salientar a logica caracteristica da misica. Num segundo passo questiono de que forma a pedagogia da musica esta interligada com outras disciplinas. Em terceiro lugar, descrevo os lugares de onde a pedagogia da musica origina-se @ quem se ocupa dela. Em quarto, identifico as fungdes e ressalto as particularidades do conhecimento pedagogico-musical. adoro de usamara Sure apa do to cel publica na revista Musikpédagogische Forschung, n.te, 1980, p. 140-172 ‘Aparece aqui Sob a permissao do autor # da ‘onte cada EM PAULA. vt, 6/17 = aoritinexemore 2000 2 1.0 conhecimento pedagégico-musical possui uma peculiari dade que o destaca da definigdo de outras disciplinas. Ja que a pedagogia da musica ocupa-se com as relagdes entre pessoals) masica(s}, ela divide seu objeto com as disciplinas chamadas ocasionalmente de “ciéncias humanas", filosofia, antropologia, pedagogia, sociologia, ciéncias politicas, historia. A pedagogia da musica trata sempre do objeto estético “muisi- ca", Com isso 6 dada a relagdo com a musicologia (assim como com a pratica da musica e @ vida musical). 1.1 Aspectos filosdficos Filosofia’ (do grego: amor para sabedoria): procura a esséncia, o motivo @ 0 sentido do sere a posigao do homem no mundo. As questées bisicas da filosofia segundo Kant so: 0 que posso saber? O que devo fazer? O que posso ‘esperar? O que 6 o homem? Diregdes da fitosofia: tecria do conhecimento, teo- . ética, filosofia da natureza ria da ciéncia, ontologia, antropologia, est filosotia do direto, filosotia da historia, filosofia da religiao Estética da music Reflexéio sobre a percepgdo dos sentidos e conheci- mento. Observagao estética segundo certas normas e critérios para a organiza- G0 como objeto estético. Ocupago com o Belo € 0 Feio nas Artes, com idéias de obras artisticas, com a musica como meio de pensar e sentir, com o carater linguistico @ simbélico da mUsica, com julgamentos estéticos. Reconstrugao de concepgoes histéricas e mutantes sobre 0 que € a misica. Antropologia pedagégica: Ocupagao com perguntas filosdficas @ antropolégicas basicas sobre a criagao (a necessidade e a capacidade de aprendizagem do homem, questées de sentido e valores, objetivos). Fundamentos para a teoria cientifica: Questées sobre a construgao de uma teoria e metodologia cientificas. Todas as diferentes diregdes da filosofia so importantes, sobretudo para uma reflexao pedagégico-(musical): A antropologia filosdfica indaga que valor a esséncia do homem atinge. Ela ressalta as particularidades do homem frente a outros organismos e compara 0 especificamente humano em diferentes épocas da histéria ¢ em diferentes povos, culturas e sociedades. Reinhard Schneider (1987, p. 9) chamou a atengao para o fato de que a pedagogia da misica como ciéncia basica (0 lugar * Foram mantides todos 08 negritos do original (N.T)) EM PAUFA- v.11, wt6rt7 + suritsmavembro 2000 8 antropolégico do comportamento musical}, como instancia critica (peso, valo- rizagao do monopolio humano) € como perspectiva (humanidade) depende da antropologia. A antropologia pode. segundo Schneider, construir uma ponte entre as musicologias (Incluindo a pedagogia da miisica). A imager do homem moldada consciente ou inconscientemente na construgao de uma teoria pedagégica deve ser explicitada. A esiética ocupa-se com a percepeao, nao de conceitos abstratos, mas de certos modos de conhecimento @ com efeitos @ fungdes da arte, Adolf Nowak (1987, p. 216) descreve a relagao [entre aj da pedagogia da misica e [a] da estética da musica da seguinte forma: 0 questionamento sobre o sentido da fore magao do ambito de aprendizagem @ a érea do conhecimento necessita da resposta da teoria estética como forma de aprendizado da constituigéo do sen- tido da musica [...] As posig6es pedagdgico-musicais sdo dependentes das opini6es sobre sentido musical, que sdo esciarecidas pela estética. A pedagogia da musica tem perguntas sensiveis sobre a percepgao e sobre o conhecimento, sobre julgamentos estéticos, sobre o pensamento, sobre a maneira de agir e sentir, sobre o conhecimento do carater linguistico e icdnico da musica, sobre a experiencia corporal ¢ estética, sobre a ética e cultura com vistas a abarcar os problemas de apropriagdo e transmissdo da musica. Entre suas tarefas esta a rellexao sobre os problemas de normas e valores, assim como sobre os respec- tivos conceitos musicais utilizados na pratica A tarefa da teoria cientifica € descrever e verificar as _premissas, condigdes, metas, conceitos, discursos, métodos ¢ resultados da produgao do conhecimento, assim como acionar a pratica da pesquisa e a elaboragao de teorias. Como toda ciéncia, a pedagogia da musica deve refletir sobre suas possibilidades ¢ limites, tarefas especiais e estruturas no conjunto das cléncias. As seguintes areas contribuem para uma observagao teérico-cien- tifica (Kraemer 1985, p. 210): anélise da estrutura de discursos pedagogico- musicais (aspecto da ciéncia légica); métodos de aquisig&io de conhecimen- to na pedagogia da musica (aspecto metodolégico); problemas ético- antropoldgicos fundamentais sobre @ teoria do conhecimento presentes no Pensamento pedagdgico-musical (aspecto filoséfico); desenvolvimento histérico da pedagogia da musica como uma ciéncia {aspecto historico), pro- cedimento cientitico de pedagogos musicais (aspecto psicol6gico); as condigdes sociais, econémicas e institucionais da cléncia pedagégico-musi- cal (aspecto sociolégico). Em PAUTAs vat, 16047 - apritinevembre 2000 o 1.2 Aspectos histéricos A historia ocupa-se com os acontecimentos: histdria € 0 conjunto de con- tribuigdes humanas, que nés préprios temos que reconstruir a partir do material disponivel, analisando e interpretando criticamente (Seiffert 1977, p.57). A historia abrange pesquisa e escrita historica. Aspectos: historia das idéias, pesquisas sobre o Zeitgeist, pesquisa histérica de vide-biogréfica, pesquisa histérica real @ social, historia das condigdes institucionais e sécio-econémicas. Musicologia histérica: tratamento de fontes musicais, edigao historico-crti- ca e interpretacdo de obras musicais, pesquisa biografica, escrita da historia. Pedagogia histérica: tratamento, andlise, interpretagao e edigao de fontes histérico-educacionais (descrig&o de agdes educacionais, instituigdes, pessoas, praticas educativas, métodos de ensino e teorias educacionais; idéias de for- macao) assim como da escrita histérica. As agées da teoria e da pratica pedagégico-musical estéo voltadas para o tempo presente, mas ainda ligadas a idéias de geragdes passadas. Nao interessa por isso, por que 0 foi, mas porque num certo sentido ainda o , no momento em que age (ver Antholz 1992, p. 147). A investigagao das idéias pedagogico-musi- cais mostra o desenvolvimento do pensamento como caminho para uma progres- siva diferenciagao da dependéncia de condigées de produgao @ dos efeitos do contetido pedagégico-musical. A descrigdo da pratica musico-educacional colo- ca-se em aberto, 0 que ndo ¢ somente pensado mas também realizado. Junto a isso, a consideragao politica e histérica de um period, fornece o modelo de um argumento dominante, uma forma de pratica misico-cultural e pedagégica condi- cionada economicamente. Para um julgamento apropriado da situagao atual, uma consideragdo histérica coloca & disposigao conhecimentos sobre origem, con- tinuidade e mudangas de idgias, conteddo e situagdes pedagdgico-musicais; através da comparagao com problemas semelhantes aos do passado, s40 colo- cadas a disposigao alternativas para a discussao atual © com isso fundamentos para a critica da situagao atual. O esforgo por uma possivel investigagéio com- pleta sobre © pensamento € a agao pedagégico-musicais no passado contribui para 0 reconhecimento do homem como ser cultural, © oferece uma con- tribuigao para 0 esolarecimento de perguntas sobre quais problemas, quais posigdes @ situagdes pertencem sobretudo @ apropriacao e a transmissdo de musica. Até ai desdobra-se 0 objeto da pedagogia da musica em sua dimensao histérica. © pensamento histérico ultrapassa de longe uma simples jungao de Em PAUTA Voth, nte/17 - aprlisnovempra 2900. % fatos cronolégicos: a histéria é entendida como uma jungdo de situagdes de vida delimitadas temporal-espacialmente, que necesita de interpretagao (Seifert 197, p.109). Através da ocupagao com a histéria, os sentidos de acdes humanas, contextos definidos socialmente © possibilidades subjetivas de for- magao so desvelados. Assim os comportamentos nao somente temporais mas também espaciais recebem atencao. Toda pesquisa histérica baseia-se no traba- iho com fontes, as quais apoiam as afirmagées. A pedagogia considera como fontes: fontes de pelavras faladas, fontes visuais, fontes de divuigagao @ de som fontes abstratas (instituig6es, situagées juridicas e legislativas, feitos dos cos- tumes e da lingual. 1.3 Aspectos psicolégicos A psicologia ocupa-se com processos e estados psiquices, seus contextos, condigées e resultados. Na visdo psicolégica geral, questiona-se sobre os con- textos ligados a regras de comportamento ¢ as vivéncias humanas, como elas vigoram para (quase} todos os seres. Sao abordadas as maneiras de funciona- mento do pensamento, da percepedo, do falar, do sentir e do agir. Ao contrario, uma visdo psicolégica diferencia! (visto psicoldgica de personalidade}, acentua as diferengas entre as pessoas no que se refere aos seus comportamentos @ as suas experiéncias. Numa consideracdo da psicologia do desenvolvimento (psi- colégico-desenvolvimentista), a constancia e as modificagdes do comportamen- to e vivéncia humanas séo examinadas no contexto do tempo de vida total. A influncia do campo social, as condigées socioculturais e econdmicas € as relagdes humanas examinam as investigagdes psicoldgico-sociais, ‘A psicologia da misica investiga 0 comportamento musical as vivéncias musi- cais. Sao analisadas semelhangas € diferengas observaveis de comportamento @ da vivéncia musical, desenvolvimento musical e a infuéncia do meio social no comporta- mento musical. No contexte da psicologia da musica aplicada so tratados temas ‘como musica de filme, musicoterapia, musica no ambiente de trabalho, entre outros. 'No ponto central da andlise e da pesquisa em psicologia educacional, esta o individuo aprendente ¢ a ser educado. Os conhecimentos da psicologia s40 aplicados nos problemas pedagdgicos. A psicologia educacional esforga-se para investigar as pre- missas, condigdes e conseqUéncias sob as quais uma pessoa aprende e é educada. Hans Giinther Bastian mostra as contribuigées da psicologia da musica para a pedagogia da musica em um grafico (1982, p. 124) EM PAUTA- wt, wtertT =o rilinovembrs 2000 58 geral da misica Psicologia diferenciada da masica pesquisa sobre a recepgdo = talento musical @ sua mecigao estética sociolégica + desenvolvimento de tastes pesquisa sobre + caracteristicas da aprenaizagem personalidade @ do + pesquisa sobre motivagso ‘comportamento musical ‘ ‘ ‘ Psicologia da misica psico- Psicologia do légico-social desenvolvimento - socializagao musical génese de determinados comportamentos musicais & pesquisa sobre concepgdio niveis de vivéncia em relago 30 musical - amadurecimento - orescimento pesquisa sobre comunicagao - meio sociocultural Psicologia da misica aplicada miisica “funcional” (musica no ambiente de trabalho, em lojas) = musica na propaganda = misica de filmes - musicoterapia Figura 1: Subérea da pesquisa psicologico-musical hoje De la Motte-Haber (1978, p.180) descreve a mdtua influéncia da acao pedagégico-musical ¢ da psicologia da musica: na aco pratico-pedagdgico musical, 0 conhecimento da psicologia da musica pode ser aproveitado de maneira triplice. Pré-requisilos da aula podem ser esclarecidos, principios didaticos podem ser deduzidos e também o conteudo da aula pode ser apreendido. 1.4 Aspectos sociolégicos A sociologia analisa 0 comportamento de pessoas observando as influén- cias sociais, instituigées € grupos. Aqui pertencem os problemas de posigdes Em PAUTA Wt, 88097 = abritinovemses 2000) sr @ preferéncias, do comportamento no tempo livre @ no trabalho, dos compor- tamentos de papéis dos individuos em grupos bem como as produgées cul- turais e as formas de organizegao da vide humana. A sociologia da musica examina as condigdes sociais @ os efeitos da miisi- ca, assim como relagées sociais, que estejam relacionadas com a mdsica. Ela considera 0 manuselo com masica como um processo social ¢ analisa 0 com- portamento do homem relacionado com @ musica em diregao as influéncias sociais, instituigdes @ grupos. Aqui pertencem os problemas de posigées preteréncias relacionadas @ misica, do comportamento no tempo livre e no trabalho, dos comportamentos de papéis dos individuos em grupos bem como as produgdes culturais e as formas de organizagao da vida musical © homem em crescimento observado na pedagogi de uma perspectiva sociolégica, em Areas institucionalizadas e organizadas da educagao. Aqui também pertencem processos de socializagao, instituigdes e formas de orga- nizagao, profisséo, grupos de mesma idade, meios e condigdes legais econdmicas. Renate Miller (1994, p. 138) chama a atengdo para os sequintes campos de problemas pedagégico-musicais considerados sociologicamente rele- vantes: socializagZo musical como processo no qual 0 individuo desenvalve e modifica suas posigdes, suas capacidades de percepgdes, julgamentos expressées musicais; socializagao através da musica, isto é possibilidades de diferentes géneros ¢ estilos de mUsica, manejo da musica em contexto social, por exemplo, interagdes em aulas de musica, o significado da musica ina cultura jovem, o significado da musica na identidade dos jovens. 1.5 Outras disciplinas podem ter um significado pedagégico-musical especial: As ciéncias politicas ocupam-se com sistemas politicos, doutrinas do estado, relagdes internacionais, tradigdes @ desenvolvimento do pensamento politico de uma forma histérica, comparativa, interpretativa filoséfica e cole- tada empiricamente (Berg Schlosser & Stammer 1992). Justamente as con- vicgées politicas t8m um papel significative na discussdo sobre a definigao de objetivos, interpretacdo e concepgao de educagao e formagao musical A pedagogia do esporte ocupa-se com possibilidades ¢ limites da for- mag&o e educagao para e através do movimento, jogo e esporte, com ensino EM PAUTA~ v.tt, #16012 + abriirnovembre 2000 8 © aprendizagem direcionados para todas as faixas etérias, ¢ locais de ensino @ aprendizagem dentro e fora das instituiges publicas de formagao (Haag 1991, p, 139}. Com a pedagogia da musica, existe uma série de interligages de conteddos (sob os ponto de vista do movimento, da teoria do jogo, médi- co-salutar, estético, da teoria do training). A pedagogia da arte abrange problemas da educagao e tormagao, do ensi- nar @ aprender, € da didatica no campo estetico-visual (Schiltz, 1975; Brég 1980). As concepgées tedrico-arti as podem ser estimulantes para a for- mulagdo de perguntas estéticas em diregdo aos processos de apropriagao transmissa0 de musica. Em uma proporgéo cada vez maior, também sdo consideradas questées medicinais e de saUde, juridicas, pedagégico-religiosas, ecolégicas € econdmicas. 1.6 Aspectos musicolégicos A musicologia ocupa-se com miisica, com a variedade de suas formas de manifestagao, ¢ analisa as condigdes do seu surgimento, difuséo compreen- so, Desde o principio pertencem as tarefas da musicologia histérica (ver 1.1) exploragées filolégicas de fontes musicais, a edigao histérico-critica de obras musicais, a interpretagao histérica de fontes, a pesquisa biografica e a escrita da historia. Express6es musicais (arlisticas) necessitam da consideracao estati- ca, para enguadré-la como objeto estético segundo determinadas normas critérios (estética musical, var 1.2). O comportamento ¢ a vivéncia musical sao investigados pela psicologia da misica (ver 1.3). A sociologia da musica investiga as condigdes sociais ¢ os efeitos da musica, assim como as relages sociais que estdo relacionadas com @ musica (ver 1.4). Tarefa da etnomusi- cologia é a ocupagao com a miisica fora da miisica acidental. Com fundamen- tos aclisticos e téorico-musical, ocupa-se a actistica e a teoria da musica. A pedagogja da miisica @ a musicologia unem-se no esforgo comum em com- preender a misicat, A musicologia tinha no principio um impeto pedagogico. Originariamente ambas as area desenvolveram-se em grande parte em uma unido intima (Edler 1992, p.928), Processos de apropriagao e transmissao da musica necessitam de reflexdes em relagao as implicagdes musico-histéricas, estético-musicais, psicolégico-musicais, sociologico-musicais, etnomusicoldgi- cas, tedrico-musicais @ aciisticas. No prefacio da coletinea Pedagogia da EM PAUTAS vost. mserer Hiifacvembeo 2000 50 misica e musicologia (Edler & Helms 1987, p.7) 6 advertido que a pedagogia musical néo seria capaz de viver sem a musicologia, pois a construgdo de uma teoria pedagégico-musical so poderia ser realizada significativamente, se ela fosse inserida no campo geral da miisica. O Memorandum dber die Lage der Musikwissenschaft in Deutschland ([Relatério sobre a situagao da musicologia na Alemanha] 1976, p.260) detine a inter-relagdo das duas disciplinas: a musi- cologia coloca & disposigéo uma parte do conteddo e dos materiais que sao transmitidos através da pedagogia da miisica - tanto como disciplina de pesquisa como para formacdo especttica de professores de musica -, @ ela tem metodologias comuns com a pedagogia da misica em todos 0 lugares onde as duas éreas compartilham com outras disciptinas - antropologia, psicologia € sociologia. Segundo as afirmagdes de Hermann J. Kaiser e Eckhard Nolte (1989, p. 27) € esperado da musicologia que ela transmita conhecimentos que digam respeito ao contetido miisica @ sua condicao, @ aos conhecimentos rela- cionados com os sujeitos ouvintes de musica. Nisso, 0 contetdo musical e seus produtores ¢ receptores nZo podem ser considerados como nuimeros abstratos, mas apresentados nos contextos da determinagao histérica. Kaiser & Nolte (1989, p. 28) descrevem a diferenga entre a musicologia ¢ a didética como segue: A pesquisa musicolégica trata de uma possivel analise e interpretagao global de eventos musicais. © ponto de partida e 0 ponto final formam, ento, o con- tetido musical. A didatica da musica se interessa pela questo: Que significados adquirem as manifestagdes musicais em um processo educacional com didética induzida, no qual - junto musica - muitas outras matérias, ao mesmo tempo, reclamam seus direitos? A reflexao didético-musical encontra seu principio © objetivo no sujeito jovern em proceso de desenvolvimento e aprendizagem. Isto 6 - visto de uma forma pedagégico e didatico-musical - 0 principio regulador, a representagao condutora do pensamento e agao didatico-musical 1.7 Aspectos pedagégicos A pedagogia considera a vida humana sob os aspectos da educagao, for- magao, instrugdo e didatica. Ela se ocupa com teorias da educacao e for- magao, premissas, condigdes, processos & conseqtiéncias da agao educa- clonal e didatica, com questées sociais ¢ institucionais, com problemas do ensino, da aprendizagem e didaticos. A variedade de tarefas levou a uma dife- EM PAUTAs vith, 9.46/47 abeiting ® renciagao em diferentes ramos: A pedagogia geral, questiona o sentido, as perspectivas, as possibilidades e limites do agir pedagégico, a relagdo pedagégica, 0 desenvolvimento da identidade, as normas e valores, obri- gagdes, liberdade @ autoridade. Ela vé o homem em seu desenvolvimento e em suas relagdes sociais, ligagdes ¢ normas, papéis e posigdes nas mais dife- rentes formas de organizagéo familia, jardim de infancia, creche, escola, asilo, pré-escola, escola especial, escola superior), com atitudes e orientagao de va- lores. A pedagogia histérica pode ser entendida de duas maneiras, uma vez como historia da educagao e formagao, e outra como histdria cientifica da 4rea. A pedagogia escolar ocupa-se com a pesquisa da realidade escolar, teoria da formagao @ ensing. Ela tem em vista a organizagao, a aula como fato social e a variedade de todas as implicagdes, da mesma maneira como as teo- rias dos niveis de ensino, dos tipos de escolas, da vida escolar, da politica escolar € da histéria dos sistemas de ensino. A didatica geral gira em torno de modelos de pensamento ¢ de ago presentes nos processos de ensino @ aprendizagem. De maneira especial, as pesquisas se ocupam com objetivos & contetidos de ensino e com seus métodos e meios. As pedagogias terapéu- tica e especial dedicam-se a educagao de oriangas deticientes, a pedagogia infantil & educagao de criangas em idade pré-escolar, a pedagogia social & ajuda de jovens, trabalho social e extra escolar, trabalho juvenil fora da familia (extrafamiliar), a pedagogia de adultos @ formacao continuada de adultos, a pedagogia do lazer aos problemas da socializagdo em tempo livre, a peda- gogia da empresa, da profisséo e da economia a formacao, aperteigoa- mento € formagao continuada profissional e socializagdo na empresa e no tra- balho, a pedagogia do ensino superior as questées de formagao ¢ socializa- ¢40 no ensino superior. Recentemente tém surgido novos campos de trabalho como @ pedagogia do terceiro mundo, pedagogia intercultural e peda- gogia da paz. A pedagogia comparada trata de todos os problemas citados anteriormente em procedimento comparativo internacional, emaee 7000 Em PRUTAS sit, mrerir - apritraovempes 2000 6 Pedagogia / Ciéncias da educacao OD Pedagogia geral (com Pedagogia —-Pedagogla. Pedagogia antropotogia, filosofia da especial comparada historia educagao, teoria da educagao, politica de formagao). Pedagogia -Pedagogia --Pedagogia © Pedagogia. «= Pedagogia da pré-escolar escolar a tamilia social ‘empresa etc. Teoria e Teoria de planejamento Teoria de corganizagéo de ensino (Teoria do ensino escolar curriculo} Fig. 2: Esquema extraido de Dietrich 1992, p.262 A pedagogia da misica divide com a pedagogia a consideracéo do homem sob os aspectos da educagao e formacao, do ensino e aprendizagem, da instrugao e didaticos. Com isso, ela deve se esforgar, segundo Hermann Rauhe (1978, p. 231}, em abranger todo o campo da educacao musical, A tentativa de organizagao da pedagogia de Jurgen Dietrich, poderia servir de modelo para uma estruturagao da érea de pedagogia da musica (ver Fig. 2). 2. A pedagogia da musica esta entrelagada com outras disciplinas. Os pedagogos dividem 0 tema aprender com psicélogos (condugtio dos processos de aprendizagem), com socidlogos (aprendizagem nas instituigdes), com antropélogos (por exemplo, aprendizagem entre povos nativos), com a medicina (por exemplo, deficiéncias de aprendizagem através de lesbes organicas). Sobre isso pode-se dizer que cada area tem um nucleo imper- mutavel, a partir do qual o respective objeto ¢ iluminado. As fronteiras entre as. ciéncias vizinhas sao, com isso, flexiveis, ¢ podem mesmo sobreporem-se umas &s outras ou mesmo serem abolidas. No centro das retlexes musicais, estdo os problemas da apropriagao e transmissdo da musica. Trata-se, toman- do o sentido de elementos constituintes da pedagogia da musica, segundo H. EM PAUTA~ vt, mterty + apeitrnorempre 2000 8 J. Kaiser, dos efeitos educacionais da musica, do desenvolvimento da persona- lidade através da relagdo com a musica, da participagao cultural e das experi- éncias sensitivas (cf.1994, p.175). Em fungdio dos homens serem atetados, ¢ da misica estar no ponto central, resulta na perspectiva das respectivas dis- ciplinas das ciénclas humanas, socials e culturais orientagdes tematicas inter- disciplinares (conferir Fig. 3) Se a pedagogia da miisica nao @ entendida como disciplina auténoma, a relagao de cada uma das ciéncias entre elas e entre @ pedagogia musical pode ser caracterizada segundo Sigrid Abel-Struth como adiga0, como adaptagao do acervo pedagégico, como cooperagtio com a pedagogia ou a musicologia, como participacdo dupla na musicologia ¢ pedagogia. Elementos constituintes Aspectos relacionados _Orientago tematica as disciplinas Ser humano, Perspectivas humanas Apropriagao filosético, Percepgao astética Transmissao antropologico Etica, cultura, Musica Teoria clentifica, Hist6ria das idsias Pesquisa sobre 0 espirto Efeitos educacionais da | histérico da epoca (Zeitgeist) musica Pesauisa biografica Histéria social Instituigdes psicolégicos gerais Manitestagao de psicolégicos diterenciais personalidade psicolégicos psicolégico desenvoWvimentistas sociopsicolégicas psicoenaiticos psicologia da miisica apicada Participagao ra cultura Socializagao musical Socializagao através da sociolbgice musica, Misica no contexto social Meios de comunicagao Experiénoia historico-musical sensorial estético-musical Musicologia sociokigico-musical psicol6gico-musical etnomusicolégico Educagao © formagao Pedagogia Ensinar e aprender Ensino @ preparacdo Ciéncias poltticas, Medicina, Direito Figura 3: Particularidades das disciplinas € complexos tematicos interdisciplinares. em DAUTA Ton 1EtT s abriisnevemere 2008 ® Pedago: Musicologia ecogogia sistematca Reciagogia da musica (Pedagogia fam i ‘i da musica) Musicologia Etnomusicologia Peaagogia] [Pesorone Pesos Pedagogia Soa! damisea Berlagona Pongal la musica Filosotia NA} — Musicologia| cccogeos waera | fPete9ec] Log Musicologia Secioga tia Figura 4: Particularidades das disciplinas e complexos tematicos interdisciplinares, Heinz Antholz fez a comparagao acertada da respectiva situagdo da peda- gogia da mésica: uma vez, ela se alola confortavelmente em sua prépria mora- dia, outra vez, ela ¢ acomodada de aluguel na pedagogia ou na musicologia, uma outra vez, ela mora até mesmo como sublocatéria (Antholz 1989, p. 9 & paginas seguintes). Tais agregagées so determinadas por modelos ou con- cepgées institucionais. Concentrando-se nas interdependéncias tematicas resulta um outro quadro: Porque a pedagogia e também a pedagogia da musica apresentam disciplinas de integrac&o orientadas na ago, de acordo com 0 objeto de pesquisa, resul- tam diferentes agrupamentos da drea, Nos exemplos sobre talento e cangées polticas juvenis, isto 6 representado graficamente (ver Fig. 5) Uma apresentagao desta forma mostra as ligagdes de diferentes concepgdes: teoricas relativas & area mais apropriada do que a caracterizagéo das disciplinas como “cigncias de apoio", “campos de cooperagio" ou "teorias de empréstima*. Na série Logik der Padagogik [Logica da pedagogia] parte-se até mesmo do principio de que a pedagogia nao constituiria nenhuma ciéncia isolada, mas apresenta um conceito guerda-chuva ou campo de trabalho para numerosas ciénoias isoladas de diferentes espécies para a solugao de problemas pedagogi- cos (ver Fig. 6) EM PAUTAS v.tt, @.16/07 « abritrnoremare 2000 Talento Sociologia Talento Talento Pedagogia are Pedagogia demises Talento musical Talento alent Talento Psicologia Talento Esporte Musicologia ps ralerto Musial Cincias Ciéncias da histone polticas Pedagogia da musica Cangées politicas juvenss Musicologia Pedagogia Psicologia socal Figura 5 im PAUEA wot m6/17 apriirmevemare 2000 6 Figura 6 - In: Moller, B. Logik der Padagogik, Oldenburg 1992 3. 0 conhecimento pedagégico-musical diz respeito a mais pes- soas do que geraimente se supée e surge em muitos lugares. O conhecimento pedagogico-musical nao se encontra exclusivamente dentro dos institutes cientificos. Por causa do cruzamento singular da prética mlsico-edu- cacional com a reflexéo pedagdgico-musical ele diz respelto a todas as pessoas que transmitem conhecimentos e habilidade préprios da mUsica, portanto, também jomaiistas especializados em musica, regentes, musicos de igreja e professores parliculares de mUsica, entre outros (Rosig 1988, p.239). Pais, politicos da area educacional, mas também criangas e jovens tém uma idéia sobre a transmissdo de miisica, Nas instituigoes pedagdgico-musicais o pensamento e o querer pedagdgi- ‘co-musical encontram-se & disposiggo junto aos receptores. A variedade destes pensamentos terminam em decretos, diretrizes, em cancionsito, livros didaticos, documentos @ métodos mas, também, em biografias, autobiogratias, registros de diérios, romances, filmes de cinema e imagens (ver Lorenz 1993, p. 38) ld EM PAUTA+ 4.31, @.48/97 © abritinovemnes 2000 66 4. A particularidade do saber pedagégico-musical est4 no cruza- mento de idéias pedagégicas marcadas pelas ciéncias humanas, orientadas pela cultura musical e idéias estético-musicais. Sigrid Abol-Struth (1983, p. 204) gostaria de reduzir as tarefas da pedagogia da musica a aquisigao de conhecimentos, enquanto Christoph Richter (1983, p, 205) considera como essencial que @ pedagogia da musica oferega ao ser humano ajuda na sua tentativa de sé relacionar com a miisica e ter experiéncias com ela H. J. Kaiser (1983, p. 218) attibui pedagogia da misica as seguintes funcdes: Quando se olha a discussao atual, 0 conhecimento cientifico que a pedagogia da miisica quer produzir 6 para: 1. poder entender melhor, isto 6, de modo mais completo @ seguro 0 que ocorre no fendmeno da equisigao musical; 2. poder aizer, como podem ocorrer os futuros processos de aquisicéo musical € 3 fomentar melhor estes processos de aquisigao; em resumo: poder realizé-los de uma maneira pedagégica mais responsavel e objativamente mais adequada. Idéias sobre uma pratica estética voltada para uma educagao e formacao socialmente ativa e através de modos de conhecimentos sensitivos ¢ emo- cionais necessitam de uma apreciacao qualificada, de uma teoria pedagogica responsavel ¢ estética fundamentada, uma vez que os processos proprios da apropriagao e transmissdo musicais de individuos em uma situagao histérico- sociocultural sao realizados no contexto do seu respective cotidiano musico- cultural, € necessitam da interpretagao em relagdes de sentido para possibil tar orientagdes @ oferecer perspectivas. Por serem abordadas na area nao somente questdes sobre verdade, mas também questées sobre os efeitos, 0 tratamento dos problemas pedagogicos e estéticos é tao irritante. A pedagogia da misica, por isso, tem que colocer a disposigéio nao apenas 0 conhecimento sobre fatos e contextos, mas também principios de explicacdo, ajuda para decisao e orientagao, para esclarecimento, para influéncia e otimizagao da pratica misicc-educacional. Por isso, como tarefas da pedagogia da musica devem ser definidas juntamente com a aquisigao de conhecimento: compreen- der e interprotar, desorever e esclarecer, conscientizar e transformar. Foi entao desenvolvido um modelo estrutural do pensamento € da agao pedagégico-musical que mostra a perspectiva diferenciada do conhecimento @ com isso a inter-relagao com outras disciplinas cientificas, 0 que tora transpa- rente a associagao da pratica social e estética bem como as tarefas da pro- dugao do conhecimento. Em PAUTA. vort, nvert7 - aeeiiinavemers 20 oo @ Modelo estrutural pedagégico-musical oO 90 00 Problemas da apropriagdo ® transmissao de musica Oo Educagao musical escolar e extra- escolar, processo de impregnagao misico-cultural na familia, nos jardins de infancia, escola de musica, escola, escola superior, escola popular, insttuipdes de formagao continuada, aulas particulares, em cora’s, conjuntos, Organizagdes comunttarias, atraves da infiu’ncia dos meios de comunicagao, dos da mesma idade ¢ outros. 9 oo 086° O O° ‘compreender inerpretar ° descrever esclarecer Tarefas cconscientizer transformar filos6ticos antropolégicos psicolégicos: sociokigicos histéricos politicos, pedagogicos musicoligicos Aspectos, Anélise e campos de aplicagéo Figura 7: Modelo estrutural da pedagogia da musica Bibliografia Abel-Struht, 8. (1970): Materialien zur Entwicklung der Musikpadagogik als Wissenschaft Maine. Abel-Stcuht, S. (Hrsg.)(1973}: Musikpadagogk. Mainz. Abel-Strunt, S. (1975) Aktualtat Musik-Larnen als Gegenstand von Lehre und Forschung, und Geschichtsbewusstsein in der In ‘Antholz, H. & Gundlach, W. (Hrsgg.): Muskpadagogik heute, Dusseldorf, p.9-21 Abel-Struht, 8. (1982): Musiklernen und senschattlichen Musikpadagogik. In: Kaiser, H. J Paderborn, p. 169-189. Musikishren - Schldsselbegrtfe einer wis- (hrsg)}: Musik in der Schule? [M PAUTAL v.14, 46/17 + abeitrmovembro 2006 88 Abel-Struht, S. (1983): Musikpadagogik als Wissenschaft. In: Ehrenforth K. H. (Hrsg) ‘Schulische Musikerziehung und Musikkultur. Mainz, p.202-211 Absl-Struht, S. (1885): Grundiiss der Musikpadagogik. Mainz, Anderegg. J. (1983): Wissenschaft und Kunst. Uber die Notwendigkeit und Grenzen wis- senschaitlischer Erkenntnis im Kontext von Kunst und Erziehung. In: Ehrenforth K. H. (Hrsg ): Schul'sche Musikerziehung und Musikkultur, Mainz, p.180-191 Antholz, H. (1973); Zum Geschichtsdenken gegenwartigen Musikpédagogik im Horizont Gidaxtischar Ansatzproblematik. in: Abel-Struht, . (Hrsg.): Aktualitat und Gescnichtsbewusstsein in der Musikpadagogik . Mainz, p.31-59. Antholz, H. (1975): Musikpadagogik heute. Zur Erkenntnis inrer Geschichte und zur Geschichtlichkeit ihrer Erkenntnis. In: Antholz, H, & Gundlach, W. (Hrsga.) Musikpadagogik heute, Perspactivan - Problame - Positionen. Dusseldorf, p.22-40. Antholz, H. (1976): Unterricht in Musik. 3. Aufl. DUsseldort, Antholz, H. {1977}: Musikpadagogik. In: Musik und Bildung 9 (1977), p. 28-31. Antholz, H. (1978): Aktualitat ~ Historizitat. In: Gleseler, W. (Hrgs.): Kritische Stichworter zum Musikunterticht. Miinchan, p. 31-42 Antholz, H. (1979): Zur Aktualtatsproblematik in der Musikpadagogik. Wien; Miinchen Aniholz, H. (1983): Wissenschaft und Kunst (Diskussionsbeitrag). | (Hrsg): Schulische Musikerzienung und Musikkultur. Mainz, p.180-191 Ehrenforth K. H Antnolz, H, (1989): Musikpadagogik - institutionelle Aspekte einer wissenschattlichen Hochschuldisziplin, In: Kaiser 1989, p.8-27. Antholz, H. (2992): Musiklernen und Musikiehren. Vorlesungen und Abhandlungen zur Musikpadagogik aus drei Jahrzehnten, Mainz, Antholz, H. (1992): “Unterricht in Musik" - Zur selbst- und fremdkritischen Vergenwértigung siner fachdidaktishoen Konzsption, |n: Anthalz 1992, p. 154-255 Antholz, H. (1992): Yom Nutzen und Nachteil der Fachhistorie. Uberlegungnen anhand von Quellentexten zur Musikerziehung, In: Antholz 1992, p. 140-183, Antholz, H. (1993). Die Suche nach Theorienadein des eigenen Fachgebietes. Zu Sigrid Abel-Strunts Grundriss cer Musikpidagogik. In: Kaiser, H. J., Noite, E.& Roske, M. (Hesgg.}: Vom padagogischen Umgang mit Musik. Mainz, p. 12-23. Bastian, H. G. & Kidckner, D. (Hrsgg.) (1982): Musikpadagoglk. Historische, systemalische und cidaktische Perspektiven. Heinz Antholz zum 65. Geburtstag, Disseldort Bastian, HG. (1982): Musikpsychologie und Musikpadagogik. Zur Systomatik und Relovanz einer musikwissenschattichen Teldisziplin, In: Bastian & Klockner 1982, p. 119-140. Bastien. H. G. (1982): Musikpsychotogie und Musikpadagoglk. Zur Systematik und Relevanz einer musikwissenschattlichen Teildiszipin. in: Bastien & Kldckner 1982, p. 119-140 Bastian, H. G. (1983); Methadan empirischer Forschung in Musikpsychologie und Musikpédagogik. In: Kraemer, Au.D. & Schmidt-Brunner, W. (Hrsgg.) Musikpsychologische Forschung und Musikunterricht, Mainz, p. 101-144. Becker, P. (1979): Geschichtsbewussiseln ais musikdidaktische Kategorie. Eine Probleniskizze. In: Musik und Bildung 11 (1979), p. 7-13. Em paUTAS voll, mtlt7 apriismovempre 2000 a Becker, P. (1984): Artikel *Musikerzienung/ Musikpadagogik’ Musikdidaktik”. In: Hopf & Heise & Helms (Hrsgg.): Lexikon der Musikpadagogik. Regensburg, p. 178-182. Borg-Schlosser, D. & Stammen, Th, (1992): Einfuhrung in die Politikwissenschalt, §. Aufl Minchen Bergmann, K, {1992}: Geschichte und Padagogik. in: Méller 1992, Bd. 2, p. 205-309. Brdg. H. (Hrsg) (1980): Kunstpadagogik heute, Dusseldort (2 Be.) Bromse, P. (1975): Die Integration der Musikpadagogik in die Musikwissenschaft. In: Musik nd Bildung 7 (1976), p. 244-246 Bruhn, H.. Oerter, R. & Résig. H. {Hrsqg.) (1992): Musikpsychologie. Ein Handbuch Hamburg Dahihaus, C. (1979): Wiederhersteliung des Geschichtsbewusstseins. In: Musik und Bildung 17 (1878), p. 2-6. Danlhaus, ©. & de ia Motte-Haber, H. (Hrsgg.)(1982): Systematische Musikwissenschatt. Wiesbaden, Danner, H, (1869); Mathodan geisteswissenschatticher Pacagogik. 2. Aufl. Manchen Basel Dietrich, Th, (1992) Zeit- und Grundfragen der Padagagik. Bad Hellbrunn Eckart-Backer, U. (1999): Der Musikiehrer “sin wirklicher Fuhrer” - oder von der Notwendigkeit grindlicher geisteswissenschftlicher Arbeit in der Musikpécagogik, Eine Studie zu Heinrich Martens (1876-1964). In: Gombris, H. & Kraemer, B.-D. & Maas, G (Hrsgg.): Musikpadagogische Forschungsberichte 1992. Augsburg, p. 78-90. Edler, A. & Helms, S. & Hopf, H. (Hr89g.} (1987): Musikpadagogik und Musikwissenschaft, Wiinalmshaven Edler. A. (1992|: Musikwissenschaft und Padagogik. in: Moller 1992, Bd.2, p. 928-347 Ehrenforth, K. H, (1977): Didaktik der Musik (aligemein). In: Musik und Bildung 9 (1977), p. 96-100. Ehrenforth, K. H. (1978): Musikdidaktik. in: Gieseler, W. (Hrsg.l: Kritische Stichwérter Musikunterricht. Munchen, p. 192-198, Ehrentorth, K. H. (1978): Das Verhaltnis von Musikwissenschatt und Musikpadagogik. in Hohnen. H.W. ua. (Hrggsi: Entwicklung neuer Ausbiidungsgange flr Lehrer der Sekundarstufen | und iim Fach Musik. Regensburg: Mainz, p. 425-448. Ehrenforth, K. H. (Hrsg.) (1983): Schulische Musikerzienung und Musikkuitur, Mainz Giesoler, W. & Kinknarnmer, R. (1882): Muskpadagogik als Hochschulfach. Mainz Gieseler, W. (1973): Gruncriss der Musikdidaktik, Retingen; Kastellaun; Olsseldori Gruhn, W & Wittenoruch, W. (198): Wege des Lehrens im Fach Musik. Disseldort Gunther, U. (1985): Musikunterricht aus sechs Epochen des 20. Jahrhunderts. Eine Berichtsskizze uber Planung und Analyse von simulierten Untertichtsstunden aufgrund von fachgeschichtichen Quellenstudien. In: Bastian, H. G. (Hreg.) (1985): Umgang mit Musik. Laaber, p. 101-117. Gunther, U. (1986): Historische Momente im gegenwartigen Musikunterricht. In: Kaiser, H. J. tHisg.): Unterrichtstorschung, Laaber, p. 147-169. EM PAUIA- v.11, wt6/17 + abritinovemare 2000 7 Gunther, U. (1989); Organisatorische Bedingungen musikbezogener Sozialization - Ein ‘autobiographischer Versuch. In: Kaiser 1989, p. 56-66. Heag, H. (1991): Einfuhrung in das Studium der Sportwissenschatt, Schorndort, Helferich, Ch, (1992): Geschichte der Philosophie und Padagogik. In: Méller 1992, Band 2. Oldenburg, p. 187-200, Helms, S. (1987): Zur Darstellung musikhistorischer Sachverhalte in neueren Unterrichtsmaterialian fur die Sekundarstufen | und ll. In: Edler, A., Helms, S. & Hopf, H 1987, p. 116-137, Helms, S. & Schmitt-Thomas, R. (1988); Musikpadagogische Literatur 1977-1987 Regensburg Holl, ©. (1976): Wissenschattskunde. 2. Autl. Munchen, Hohnen, H.W. u.a. (Hrsgs.): Entwicklung never Ausbildungsgange fir Lehrer der ‘Sekundarstufen | und I! im Fach Musik. Regansburg und Mainz,, p. 278-289, Jank, W. & Meyer, H. (1981): Didaktische Modelle. Frankfurt Jung-Kaiser, U. (1991): Musikpadagogik heute - kritische Anmerkungen zum Selbstvarstandnis eines Faches. In: Zeitschritt fur Musikpddagogik 6 (1981), H. 15, September 1981, p. 185-193. Kalser, H. J. (1976): Musikpadagogk unter wissenschaftstheoretischer Kritk. in: Zeitschrift tr Musikpadagogik 1 (1976), H. 2, p. 113-117. Kaiser, H. J. (1977): Wissenschaft und Wissenschattskriti in der Diskussion. In: Zeitschrift fur Musikpadagogik 2 (1977), H. 3, p. 63-64. Kaiser, H. J, (1983); Diskussionsbeltrag ‘Musikpacagogik als Wissenschaft’. In: Enrenforth, KH. (Hrsg,): [Schulischa] Musikerziehung und Musikkultur. Mainz, p. 216-218 Kaiser, H. J. & Nolte, E. (1989): Musikdidaktik, Sachverhalte - Argumente - Begrindungen. Ein Lese- und Arbeitsbuch, Mainz. Kaiser, H. J. (1989): Der Wissenschaftscharakter der Musikp&dagogik im Spiegel musikpadagogischer Zeitschriften. In: Kaiser (Hrsg.) 1989, p.83-95. Kaiser, H. J. (Hrsg.) (1989): Musikpadagogik. Institutionelle Aspekte einer wis- ssenschattlichen Disziplin, Mainz Kaiser, H. J. (1994): Slichworte *Musikerzichung/ Musikpadagogik". In: Helms, S., Schneider, R. & Weber, R. (Hrsgg.) Lexicon der Musikpadagogik. - Sachtell, Kassel, 175-178, Kieinen, G. {1985}: Musik als Mittel der Erziehung. In: Bruhn, H.. Oerter, R. & Résing, H (Hrsgq.): Musikpsychotogie. Ein Handbuch in Schidsselbegritfen, Munchen, p. 331-338, Kleinen, G, & de la Motte-Haber, H. (1982): Wissenschaft und Praxis. in: Dahlhaus, ©. 8 de la Motte-Haber. H. (Hrsgg.): Systematische Musikwissenschaft. Wiesbaden, p.309-344 Kraemer, A.-0, (1982): Musikpsychologie fir Musikp&dagogen. Segriindung und Beschreibung sines Problemfeldes. In: Musik und Bildung 14 (1982), p. 232-236. Kraemer, R.-D. (1983): Diskussionsbeitrag: *Musikpddagogik als Wissenschaft". In: Elventarth, KH. (Hrsg.) [Schulische] Musikerzienung und Musikkultur. Mainz, p. 219-223, Kraemer, R.-D. & Schmidt-Brunner, W, : Musikpsychologie und Unterricht. in: Kraemer. A. D. & Schmidi-Brunner, W. (Hrsgg.\: Musikpsychologische Forschung und Musikunterricht. Mainz, p. 9-14. Em pAUTA von atari = novembre 2000 ” Kraemer, R.-D. (1985): Wissenschaitstheoretische Reftexion als Grundiage musikpada- gogischer Wissenschattsvarmittlung, In: Bastian, H. G. (Hrsg: Umgang mit Musik Laaber, 0.219-234. Lenzen, D. (1981): Padagogiscnes Risikowissen, Mythologie der Erziehung und Méthexis, Aut den Weg zu einer reflexiven Erziehungswissenschtt. In: Padagogisches Wissen. Zeitschrift fur Padagogik. 27 (1991). Beihett, p. 109-125, Lorenz, R. (1999): Wie wird man Musikpadagogen? - Weg zum Musikpadagogen im 19. “Janundert. in: Kaiser 1993, p.32-38 Mahling, Chr. - W. (1978): Musikwissenschaft und Musikpadagogik - UnUberwindbare Gegensatze?. In: Gieseier, W. & Klinkhammer, R. (Hrsgg.): Musikwissenschatt und Musiklehrerausbildung, Mainz. Meierott, L.(1985): Eine Begegnung mit der Geschichte, In: Neve Musikzeitung (Juni/Jul 1985), p. 26: Memorandum Uber die Lage der Musikwissenschatt in der Sundosrepublik Deutschland (1976). In: Die Musiktorschung 29 (1976), p. 249-266, Meyer, H. (1975): Plddoyer fur eine Theorie der Musikdidaktik. In: Musik und Bildung 7 (1975), p. 631-836. Motte-Haber, H. de la (1978): Pychologische Aspekte des Musikunterrichtes. In: Musik und Bildung 3 (1978), p. 180-182, Motte-Haber, H. de la (1980): Uber Bedautung und “Relevanz" empirischer Forschung. tn: Musik und Bildung 12 (1980), p. 461-453, Moite-Haber, H. de la (1982): Umfang, Methode und Ziel der Systematischen Musikwissenschaft. In: Dahlhaus, C. & Motte-Haber, H. de la 1982, p.1-24, Motte-Haber, H. de ia (1985): Handbuch der Musikpsychologie. Laaber. Motte-Haber, H. de la (1989): Was bewirkt musikpédagogische Forschung? In: Neuck- Borner, C. (Hrsg.): Musikpadagogik zwischen Traditionen und Medienzukunft. Leaber, p. 251-254, Moller, 8. {Hrsg.) (1992): Logik der Padagogik. Padagogik als interdisziplinares Aufgabengebiet. Oldenburg (3 Bde.) Maller, R. (1994): Musiksoziologie und Padagogik. In: Gembris, H. & Kraemer, R.-D. & Maas, G. (Hrsgg.): Musikpadagogische Forschungsberichte 1993. Augsburg, p. 133-180. Niemoller, K. W. (1973): Historische Musikpddagoglk als Gegenstand allgemeiner Musikgeschichte, in: Abel-Strunt 1973, p.10-19. Noll, G. (1979): Historische Aspekte des Musikunterrichts. in: Musik und Bildung 11 (1978). p. 43-46, Nolte, €. (1977): Zur Terminologie in der Musikpdagogik. In: Musik und Bildung 9 (1977). p. 207-212, Noite, (1982): Die Musik im Verstandhis der Musikpaclagogik des 19, Jahrhunderts, Paderborn. Nolte, E. (Hrsg.) (1986); Historische Urspringe der These zum erzioherichen Auftrag des Musikunterrichts. Mainz, Nolte, €. (1989): Was bewirdt musikpadagogische Forschung?. In: Nauck-Bérner, C. (Hrsg.): Musikpadagogk zwischen Traditionen und Medienzukuntt. Laaber, p. 255-259, EM PAUTA. v.44, 9.16/57 = abritrmevembes 2000 2 Noite, . (1985): Zum Stand der musikpadagogischen Theorienbildung. In: Helms, S., Hopf H. & Valentin, E. (Hrsag.): Handbuch der Schulmusik, Regensburg, p. 99-56. Noltg, £, (1989): Zur Rolle der Bundesschulmusikwochen bel der Entwicklung der Musikpadagogik als Wissenschaft. In: Kaiser (Hrgs.) 1989, p. 73-82. Nowak, A. (1987): Musikésthetik. In: Edler, A, Helms, S. & Hopf, H. Hrsg.) Musikpadagogik und Musikwissenschatt. Wilhelmshaven, p. 210-229. lias, G. (1993); Musikvermittiung als Konnexionismus - Aspekte der musikdidaktischen Ausoidung, In: Schullen, M. L. (Hrsg): Musikvermittiung als Berut. Essen, p. 131-142. Ott, Th. (1989): Die Hochschule - als Institution - erzieht. Thesen zum heimlichen Lehplan der Musiklehrerausbildung, In: Kaiser (Hrsg.) 1989, p. 28-33. Rauhe. H. (1973): interdisziplinaren Verflechtung der Musikpadagogik. In: Musik und Bildung 5 (1973), p. 110-118. Raune, H, (1976) Wissenschaftstheoretische Probleme der Entwicklung von Integrationsmodellen der Musiklehrerausbildung. In: Noll, G. (1976]: Musikpzdagoaik in der Studienreform. Mainz, p. 74-98, Rauhe. H. (1978): Artikel “Musikpadagoaik". In: Gieseler, W. (Hrsg.): Kritische Stichwérter. Musikunterrient. Munchen, p. 281-236, Richter. Ch. (1983): Musikpadagogik als Wissenschatt. In: Ehrenforth 1983, p.211-218, Richter, Ch. (1987): Musikunterricht und Musikwissenschatt - eine Problemskizze. in: Edler, A, Helms, 8. & Hopf, H. (Hrsgg.): Musikddagagik und Musikwissenschaft Wilhelmshaven, p.82-115, Roscher, W, (1989): MusikpSidagogische Theorie und institutionelle Praxis. In: Kaiser (H'sg.) 1989, p.67-72. Rosing, H. (1988) Musikpadagogik als wissenschaftliche Disziolin. Ein Uberblick. in Rohifs, E. Hrsg.}: Handbuch der Musikberute. Regensburg, p.239-267. Rosing, H. & Maas, G. (1993); Musikpsychologle und Musikunterricht. In: Brunn, H., Oarter, R. & Résig, H. 1993, p. 354-360. Schmidt-Brunner, W. (1978): Zum Stand der musikdidaktischen und musikpadagogischen Forschung, In: Hhnen w.a, 1978, p. 275-299. ‘Schmidt-runner, W. (1978): Musikp&dagogik und Musikdidaktik in Foréchung und Lehre, In: Schmidt-Brunner, W. (1978): Fachdidaktishces Studium in der Lenverbildung. Musik Munchen, p. 9-20 Schmitt, &. (1979) Flint Thesen zur Situation der Musikgidaktik. In: Zeitschrift fur Musikpadagagik 4 (1979), p 25-28 Schneider, F. (1985) Didaktik der Musik. In: Helms, S.. Hopf, H. & Valentin. E. {Hrsgg } Handbuch der Schulmusik. Regensburg, p. 95-106 Schneider, R. (987): Antropologie der Musik und der Musikerzichung. Regensburg. Schitz, H. G. (1978): Kunstpadagogische Theorie. 2. Aufl. Minchen. Schwindt-Gross. N. (1992): Musikwissenschaftliches Arbeiten. Hilfsmittel - Techniken ‘Autgaben. Kassel. Seifiert, H, (1977): Einfunrung in die Wissenschattstheoria, Bd.2. Gaisteswissenschattliche Methoden, Phanomenclogie, Hermeneutik und historische Methode, Dialektik. 7. Aufl Muncten, TM PRUTA. vist, 1687 = abritfaovembre 2000 7 Stearns, PN. (1982): Soziaigeschicnte und Padagogik. In: Maller 1992, Bd.2, p.311-828 Sonntag, 8. (1981): Asthetische Theorie und asthetische Erziehung, Wolfenditte Sulz. J. [1989}: Musikpadagogik in Osterreich. Institutionelle Aspekte einer wis- senschaftlichen Diszipiin, In: Kaiser Hrsg.) 1989, p.96-102. \V. Kerbusicky (1979): Systematische Musikwissenschait. Munchen Vogt. J. (1993): Anmerkungen zur méglichen Bedeutung der Diskursanalyse fur oie Musikpadagogik. In: Gembris, H. & Kraemer, B.D. & Maas, G. (Hrsgg Musikpadagogische Forschungsberichte 1992. Augstura, p. 91-106 Wiersing, E, (1985): Allgemeine Didaktik und Fachaidektik Musik. In: Musik und Bildung 17 (1985), p. 100-104 (Tei ij, Musik und Bildung 17 (1988), p. 265-270 (Teil i) Zecha, G. (1992): Wissenschattstheorie und Padagogik. In: Moller 1992, 84.2, p.201-220. Zimmerschied, D. (1978): Umrisse einer aukinitigen Musikdidaktik, In: Dahlnaus, C. we. (Hrsgg.J: Funkkolleg Musik, Studienbegleitbriof 8, Tubingen, p. 35-58. ras raztes para a discussso do tema: entte 1977 @ 1987 foram publicadas nos paises de lin gua alema - segundo informagoes de Helms © Schmitt-Thomas (1988, p.7) - mais de seis mil pu ‘licagdes padagégico-musicsis. Se calcularmas tomendo-se os dados desse oerfodo reterido, cchega-se a mais de 20.000 publicagoes desde 1950. Tambem a AMPF {Arbeitskrais fir Musikpadagogiscie Forsctiung - Grupo de Trabalho sobre Pescuisa Pedagogico: Musicell, desde 2 sua funidaqao, & responsdvel pela divulgaca0 regutar do conhecimento pedagdgica-musical Renovado tem-se colocado 0 problema de estruturagao de area. Quem pega 0 nove Léxico 42 pedagogia musical, quem estuda a sistemética do MUDOK-Kertei ou quem compara es manuais de curso para a pedagogia musical, colocar-se-a a pergunta, por quais critérios sao escolhicas as palavras-chave ou os problemas da pedagogia musical para decumentar a érea Compare por exemplo as diferentes conceproes de Abvel-Struht 1970; 1885; Anthole 1977; Ehtenforth 1977; 1978; Kaiser @ Nolte 1889; Rauhe 1978. Elas podem varlar mesmo nas publ capes oe cade um dos autores © cadetno anexo 27 do Zetschnit fir Pavagogik € dedicado 8 especiicidade do conhecimento Pedagogico. Outras contribuigdes ver om Dierich 1982 Maller 1992

You might also like