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CAPITULO 10 Contribuigdes de Stephen Ball para o estudo de politicas de curriculo ‘Nice Casimiro Lopes Elzabeth Macedo Investigagtes de Stephen Ball no campo docuiculo (0s trabalhos de Stephen Bal, ao longo de sua carrera, foram de- senvolvides no campo da Sociologia da Educagt,levando a seu atual oco no que denomina sciologia cas polticas aapropriagio de teorias ‘emétodos soialiglos para analisr processs politicos eseus efeitos Maitas de suas publicages so, todavia, de grande intrese pare © campo docurrcil, Consideramos, especialmente, aquelas em que le relativizaenfoques socolgcos mais deterministas em contzapartda, bre possilldades de que os sentido contingents seam entendidos ome capazes de questionaraideia de possvesconexsesenite eventos ‘Serem consequénciaslgiea dealgum elemento interno 2s estruturas Tre drei ea conprai Cpt dem. sexsi ssa posibildade ¢evidenciada nas anlies em que pritca ‘Curricular ainda que conectada a outas dimensées socials, ni €sub- jugada a esas mesmas dimensses. De acco com noss litre, e388 ‘contribuico present em ses primelos trabalho, nos anos 1980, ros qual sfronteres ene Seciologis da Educagio ¢ Curiulo $80 tes (Bal, 18D, 1985, 185,187), ‘Node se estranar es vnculagSo to prénima entre ostrabahos do campodo Curricula e da Secologia da Educagio ~ com deste fa Inglatea, mascot dfusiopara outros pals! ~devido ao desen- ‘olviment, aoe anos 1970, no Istituto de Educa da Universidade ‘de Londres, da Nova Socilogis da Educagho (NSE), vinculada a ds “cusabies que consttuiramn uma Sciologia do Cursculo. Asbases da NSE foram estarcecias com apubleagio, em 1971, de Krowledeand con, ‘organized> por Michael Youre contando com importantes texts de ‘Bernstein Elan Bourdieu, dentre otros. Nessa ara oconhecimen- to escolar defini como obj do campo intelectual da Sociologia da Edueagioorgaizando, mais do que set campo de esto um conjun to de quotes de pesquisa, até entio desconsideradas. Entre estas, podemos star oquestionamerto das definiges socials do que vers & Serconhsmento,aailise dasefeitos das lasses socias a distbuigto| spi concent, a dein da entrain dow hore.» doe Imitagh do conhecimento na organiza disciplinar e anise das principals caracterstcas dos saberes de maior satus. Fl constitu, fntio, umprograma de pesquisa potente em toro da problematizagso fo que conta como conhecimert escolar eda busca em desnaturalizae fs currcuos das escols,invertigando a relagSes soca que 8 s5- {enfain,Fiia parte desse prog-ama examinar os modos deas discipl- nas escoares seem scialmenteconstruidas como conjunto de signifi- ‘ads legmades ecomparihiados por diferentes grupas socis. Tal propésit contuco, 36 fol amplamente dsenvalvio pelos pesquisa- Seer eae eee le ee ee cet ce ores peng rea ores em hiséria das discipline escolares (HDE), dentre os quas se inchs Stephen Ball Em suas investigagbes sobre HIDE, Ballo se apoiava apenas em teorias abrangentes,capazes de interpretarofenbmeno educacional a partir de dinimicas enacroestaturais, tendo sido crtcado pelo foco Ina signifcativo nos conto nstitacionais enasdindmicas dic ‘ares Defendemos, contudo,que em um momento no qualosenfoques Sociol6giostendiam a valovizar uma anise estrutural, foese ela de ‘base econdmica ett mais matizada pela inflogacia de enfoques inferacionistase fenomenoldgios, Ball contrbuiu para salintar a ne- cessidale de ivestigar a micropolica institucional e disciplina.Apro- fundando oenfoquesociolgico ds concepeo de paradigma de Thomas ‘Kuhn, Ball (1685) salientava como a contigo e consolidagio de iscipina ecolares no curriculo envolvem disputes entre paradigms tisciplinares eno Ambite de um mesmo paradigma,contibuindo sig nificativamente pare ot etudos que questionam a nogio de discipline como vinculad a uma visio exclssivamente epistemologica. "Nessa andlise, Ball (1983) operava com a compreensio de Cooper (1988) de que as discipinas so prodtos polos e uta por poder entre grupos coins com intreses diferentes, que competem entre si por enum tats. Ao valorizar a investigacio das comunidades ‘lsspnares em institulgbesespecifics, Ball fsustentava a considers ‘el autonomia das ecoas na eleg ¢ organzagio do conhecimento ‘colar em determinadasépoces ds hist, acaltandoa possibilidade deentendermos tantoa mudanga quanto aestibilidade curricular para fale do controle esata. Fle buscava modelos teérico-metodolgices (guetentassem articular elas de mudonca tividadese estratgias que inicam a mudanga) com as condi de mudanyr (mdangas nas conc- ies econdcase sciis da escolarizagio que favorecem ou inbem fnedangts no conhecimento escola), por vezes salientando como as {elagbes pod se contrapor seconds de mudanga (Ball 183, 1985. Com base em Goodson, osocislogo da educasio ings questionava a iso top dor do préprio Michal Young, que conctbia 0 poder como Tome cmp de ct. Mania sstuado en posigGes privilegiads capazes de, em fungo de seus inte reste, dalfinr e mantras dlsciplinas escolares. Ball firmava, ainda, ‘como Intrpretagdes desea natureza podem recair em um "inocente funcionalamo", eapaz de nega incrtezas ¢ conflits nos processos soca ue endem » diecloar o curiclo (Ball, 1983), ‘A despeito de sua produtividade, estas primeira teorizagées de Ball no fram significalivamenteincorporadas por pesquisadores em ‘utc Bri Nas investigagSes sabre HDE, os trabalhos de Ivor {Goodson com base nos modelo ee Layton, iveram mator impacto em. ‘oso pas Por sua vez no que conceme a sas torizagbes Sobre po ideas edacacionaise Sociologia da Educagio, ganharam destaque os ‘nsbalhosem que o macrocontexto é iterpretado como determinante das agbesnas escola Ball, 1993, 2008, 20043), Ainda que esses estos Sejam importantes para o questionamento de dimensBes excludentes Gas atuas polities educacionaisecontribuam para a denincia deal- gums dis opbes reallzadas, quando lidosisladamente expres ‘uma intepretagio que confer certainevtabilidade aos processos de significa das ats poitias¢ 20s felts por elas produzidos. Mes- ‘mo quando s utiliza de aportestericos como os de Lyotard, no caso ‘da anal: da perfrmatividade Bll 2004; 2004) o fz dando-e wm sentido cbvigatoriamente negative mareado pela competitividade de Inercedo devinvulano, pr exemple da critica ao ealiome na eg timagiodoconhecimento, Com isso esses textos tendema seaproximar deleituas que colar ce aujeitos como Kmitados em suas aes por sentidespredeterminados da estratra Sto, assim, interpretagies ber, menos tizadas do que a terizage de Ball mais conectadas com as iscussescuriclares. De certa forma, o proprio deslizamento que as rouge tris de Ball aprsentam favorece a opgo por um dos ‘aminhos de letra por ele apresentados® Ora o autor assume mais “cam mp, ere Fr Cres Lp(a Lopes ‘095 ep Ma an mn Dec tame fete cms OR pra Ma (98 ee Son dude Bal rn Pde pod evden ns rma on di ccs nines: ss Fol a 0 Pa pepe ees SPCOHOHCSHSHOHSSHHHOHSHOHHOHHHHLOHOOSE eee ' {ortemente os aportes extraturais da sociolgin, centradosem discusses sobre o mercado, a ideologia laste sociale certs ineitabilidade de actes globus. Em outros moments, mesmo sem abandonar a agenda perspective cea na lata pea iguadadeejustiga sci), incorpora “Spevtes pér-estruturas, principalmente Foucault «discuss de te6- eos pés-coloniais, fais como Appaduale Rizvi. "Eas segunda vertenfe 6 que consderamoscapaz de contribu mais signifcavamente para 0 campo do Curculo e, por isso, € 0 foc do fous ineresse. E nels que Ball busca aprofundar a tojtéria de ‘Bemetein’ — ao mesmo tempo que dela se diferencia —,valorizando as recontextualzagbes como inerenes 08 processos de cca de textos, buseando associ a ag de miltipos contexts estes pres sou bem como idenffcando as relagbesentre processos de reproduc, Eentorpretagto, resistencia e mudanga, nos mals diferentes nives de ‘roduglo de poitcas. E quando aponta para aincorporssiodasdimen- Foes do hibrsismo ao entendimento das politica (Ball, 19), apeofun- ‘dna elagdesglobal-local (Bll 198 ¢ 2001, edesenvolvesun aborda- jem do elo de polticas (Ball 194; Ball;Bowe; 1992 Bal Bowe; Gold, 1992) que ease autor tex contribuido em nossa pesquiss,woltadas ‘para uma interpreta complexa endo Linear das poltiss de currcu fo. Ness investigagbes, ele contapse 3 perspectva estadocentice ‘ubre possibiidadesintigantes para o campo do Curicl. ‘Ball (1994) reconfhece a importancia da anise do Estado, por cle considerada incuida no ciclo de poitiss, mas afirms que qualquer teoria de politics edeacional que se preze alo pode se imitar A pers- pectva do controle stata. AS aborlagensestadocénrias tendem a [erprotar diferentes textos ediscurtos drcalanles sem uma interact ‘ao com 9 dacusso pedagéglco, com as demandas educacionals do Sociedade mais ample as tadigdescurrculares das escola edo meio ‘educacional. Adespeito de haver a aflmacio de queas poiicasenvol- epi pst es op BLP 1 pote cin Fr Main ur Boao aa deo ncn nae nrtn nimtaterdo SC ‘vem proces de negocacfo lta entre grupos val (Oxg, 2000) tai proces parce ser Kdensicados apenas na implementagso de projeos policos nto na propria producio desse proto no mbit do Tottdo &raimada, assim, a separacio entre popostae implement {qo ques abontagem do de depolticas via a superar se, Atborages do code pitas éprticulrmenteprogatva ra "mnatine dasatuals polite glotls, cuperando tanto os enfoques ave ‘ituam a gabalizagio como produtora da homogeneidade cultural {quanto os enfoqus que se submetem a ume inevtblidade € wm. aif completamente novo dosatunisintercamblamentos entre nades ‘Defenderes, com o apoio de Ball 2001), que a tentativa de produ ‘Consens morn de umn cucu nacional tem elogfo com um pro Jrotonénic lobl, capaz de produzir disursos que se capltizam vesalinents Tl projeo,entetant, 6 consegue se nsitucionalzar pelt ‘ogocagle com outrasdemandas, no necessariamente sintonizadas creintereses econdmicos dese mesmo projet. Nesse procsso de ffoutucoealizasio,s8o produzidos, entzo, diferentes projetos com Peincipioscomuns mescads a sentdoe & mais diverse. Pela acer Tuna cireslaao recntextualizaglo de miltplos textos €discursos son conteice de produgio das poiteas, sio insitutas, simultane ree ena lomogencidade ea haterogenmidade, em constate tenato. [osvel entifcr topo de bomogencidade nas polis decurieale Pecroral ede avaliagioem pases distintos,indicando a Grculaco des- Tes documos Mas formas efitalidodes de ais polices produzidas Tocalmente gheterogéneas,ransferindo miltplosenidos ao global ‘cevidencando tal artcalagio entre global lca (Bal 200) “Tendo em vist al interpreta, temos orientado tsese dsserta- oes em ros grupo de pesquisa que operam teria e metodologis- thant com a abordagen docs depolitias, visando superar a nogio ‘de poten como o que concere i ritca convencionas da pofica pnttciealzaa nos govercs. Ao longo de nossa pesquisa, tems pascado ampli acomprensio de Ball sobre as politics de curicalo Fionn repo Cura cian cs neue po scp apodeme paeNTG PSPS 9000 0000000000 0080000 0S0THOHOOOODE © por veres, reconfigurar alguns aspects daabrdagem do clo de poltias, deforma a dar conta das prablemsics de pesquisa conse fas no grupo. Nas duas priximas sees, procurames dar destague 8 andlise de como esas problemticas vem sen constuidas, primeira. ‘mente abordando a inter-rlagio entre contexos do cco de poltias, ‘ara em sequida focaizar as comunidades dscipinarse epistémicas femsua atuscSo no cielo de politica, Asimer-elages entre contets no cca de pttias _Amesma prevaléncia do enfogusestadactntio nas polticaed- «acionais pode ser identifica nis peaquiss em policas de curio ‘no Brasil, Paiva, Dias e Frangella (2006), em trabalho” no qual anaisas 118 pesquisa sobre politica de eurrculo, deservavidas em programas e pos-graduagio em Educago,conciuem ser "muito presente alia de poltien curricular como produgSo de governo digi implemen ‘ago nas escola bsicas [om] o feo no aspcto econo maior do que qualquer outro” (p. 268). Embora ato no signe a inexis- téndla de estudos que tenham uma compreensio mis complexa do rocesso politico, a tinica dos trablhos & a compreensio do Estado ‘somo instincia produtora de uma politca a er posteriormente, imple rmentada. As autoras apontam, ainda, que a sentraidade no campo ‘ficial ndo significa uma abordagem do contex deinflvénia que sea slém de uma abstragdo neoliberal, especialmente na que concerne 35 {nfluénciasintemacionis,Emestudo menos exustive, Oliveira (2006) jfthavia demonstrado que 0 foco no econémice era predominante no ‘studos sobre politcal curcule, Neses tabalhos, ssumem rlevo i tof pos penn dr aes arco cg ste ie Sern pat pea oot Form endo 3 abs ue dren xian nn den cat Dien inns po Das ag, ‘siesta por teen soaps ommtcom dat See ra as relages entre mereadoe educagio @ melo de expicagto recor. rete pode eer sumarizado pelo esquems: “descigo/expliagio da crise do capitalismo finance, crise fiscal, redelinigbo do papel do Estado (rie do wefe stat) e reformas educaconals como parte ou resultad do proceso” (p. 6) Mesmo quando 0s wabelhos desta © police por meio da ulizacto de una concepcio de Estado grams- lana, é comm que a cancusio envolvaafirmativas genéricas sobre 3 ‘centraldade da economia. Acerca desses etudos, Lopes (20066) desta- ‘aque “nem sempre investigam aagioda socedade civilna politica ou astensSes ene sociedade civil esciedade politica” (p.2) ‘As slteativas a este model linear com énfase na produ cen- teallzade das politics tém sido muita vezes, no Brasil desconside- "ago de oda sorte de constrangimentos em sma valorzagSo ingens ‘doco da escola como lugar de produ de steretivas currcalares, ‘como seal também no houvess ma série de constrangiments, Tal _perspectva, apesar de seu caster aparentemente potencializador das ghee pelitias do professor, slicrga-se sobre a velba dicotomia entre produc eimplementacio curcuares, que, como destaca Ball (2006), tem sida um dos aspects prejudicinit a0 estado das tajetérine das polticascomo complexos que envolvem constrangimentos¢recontox- talizagies, Nao raras vez esses estos desquaifiam toda andlise politica uj foco sea os textos curiculares, na medida em que os {a como abstracies que a escola ignora, tomando a politi apenas em sua dimensio mais local. Em nassostrabalhos, vimes entendendo, subsidiadas por Ball (2006), que invertor a hieraeguia, numa espécie de ‘modelo fon tp, um empreendiment impossvel.O chminko mais romissr seria assim, busear modelos eapazes de superar a pp “isting entre produto e implementagia, no ambito do questions ‘mento da centralidade do Estado nas politica. Temos entenddo que |sso pod ser feito tendo pr basea ideia de ciclo de politics, oque vem. sendo também estimulado pelo ata de esse foco coma ater impacto ‘as atualeinvestigagtes sobre poltcss de currislo 1 esto de cn gripe peop prind eaedaper ‘esp ne cr dscns Bae (3, Boron G8, Fas PITTI) ‘Oil continuo de politics (Ball, Bowe e Gol, 1992) € uma “es- trutura onceitual para © métedo das toetrias das poiticas” (Ball, 1985, p. 26) Com ele, os autores prtendem tanto ampliar os extudos tstadocénsicos de politias quanto superar o hinto enze produto © {mplementagiocurtcular — que propica andises tp dwn down top das poiicas. Nodizer dos autores, sua peccupagio central eracom 0 trabalho de rcontextualizaio politica que ocore nas excolas” (Ball Bowe e Gold, 192, p19) Eos etrutra fl compost, niialment, por lite contextos inter relacionados — aos quais se agregaram posterior Inente mais dois — todos entendides como tm conjunto de arenas publics e privadas de aco. A relao entre os cntextos— de inué- ‘a, de produglo do texto politico, da prin, de resultados e de et tégiapltica—¢ fundamental para perepeio do modclo come ciclo continuo eno hlerarquizado. “Apesar do cardter conto do ciclo de politica, o contexto de infiuencia € visto como aque em que as “paltcas pablies noemal- mente s iiciam, [.} [onde] os dscursos politics sfo construidos” {Gall Bowe; Gold, p19) 0 terete em que aio hegemonizacios 05 oncetor mais central da politica, criando-e um discus ema tet- ‘rinologlaproproe que visam a legtimara intervenes. Ness conten: {o,io etebelecidos os prncpiosbisicos que orienta as politica, meio alutas de poder nas quis os ators so desde partidos politicos, teferas de governo a grupos privados eagincias multilateral, como ‘Comunidades disciplinareseinstitcionas esueitos envolvidos na propagasio de ideiasoriundas deintercmbios dversos. Como os Frese desees diferentes ators s80 multas vezes confitants, ats ‘de um contextocompleyo de uta por hegemeonia, “Sustentamos a dein de que hi certo privildsio do contesto de in- ‘Autncia no cel continuo de polieas, to spenss peo fato de que cle fssumeo entido de terra origndrio do qual emanam as poitias “ens ina 28, Lim 2, oa Rae Cee an, sare tee ante « pri ue Man A) Se rapt cuoconas Samara fossa reset oe 8 seth ama peepee seme cua _—_quesem seguida, sto recontectualizadas para outros contextos —, nas também nas anlises empreendidas por Ball Hi, sem divide todos em que o autor (Ball 194, 1998; Ball; Bowe, 1992) examina ca ‘Gadenamente o movimento de un contxto a utto, mas também $80 [nameronos os textos em que o cntexto de influcia¢anabisedo sem. tengo aos demaiscontxtos (Bel, 001, 2003, 2004, 2004), caracte- ‘zando o deslizamento inerprettivo, } mencionade, entre enfoques ‘Giruturisepée-estruturss, Asm, embora buscando articular macro ‘Clcropoltzs eavangando em elagBoa abordagens estadoctntrias ‘ele continu de politica io dixa de privilege as dimensbes ‘Gro. Nese sentido, 0 contentos de efeitos ede estatéiacompoem cont ‘ eontentodelnfluéncias oquado de valorzagio da abondagem macro. G contest de efeitos est dzetamenterelacionado a questies de “jus ths ipualdade eliberdade” (Bal 1994, p. 26, sendo fundamental 2 reals don seus impacos sobre ntzagoes com as desgualdades © tn formas de injustiaexstntes”(p 26)O contest da etratégi pall then, por us vez, eerese&criago de mecansmos para cntestar as (desigualdades eijustiaecriades ou mantidas ela politics Lignms mio, ace propéates socials das poiicas defines no conkexto de Tnflacl, sina que tas propos sam recontextulizados 0s con- tenlor do pict dos textos eda price “Apassigem do context deinlaéncia poracscontestsde producto do tonto poltico eda prtia é marca pea nolo de represeniasio. Os textos pallcs so vistos pelos sstoes (Bal, Bowe © God 1992) como "apresntgto da pole (p21), que poder eos dferentement Geneon com as demands do contexto da pric. pata assim, 0 Tagarem que as consequincas Teas [dos textos] [1 so experenciadas {a arena a quala politica se tefeeeparaa qual €endereyada” (p20) [Nabe doentendimento de ais contexts como produtores de sentidos rk portanto, a nogio de politica como text, como representa, Ne ‘Ball (954)exploradalogsndo com a tora lteréis. Come representagio, a pelticassio texts complexos coliicados _edecodifados deforma coplxa em meio a Tutas negociagbes, 49% Soo aliangaa, espelhando a propria historcidade, A relagio entre ontrole db eenidos por pare do autor e a recriaS0 operada pelo SPSCOCHOHHHSHOSSOHHSHHOOHHHOOHESEHOOOE leitor 6 paradoxalepripria do uso dalinguagem como reprosentcio. [Anda que aja mecanismos discursive pelos suas 0 autor tent con twolar os sentdos,direcionando as etuas passives, esse controle € sempre parcial, ej pla propria Logica da poltica, sj peas caracte- ‘sie prdpias do fata ese tratar de ur tex (© fato de os textos srem produzidos em meio & nogocigSes & condos entre poses, por vezescontraitris, rena em uma i ‘cage textual que tora o controle difuso. Aken da brclage interna a tummesm texto uma politica ¢fequentement representada por mals {de um texto ws etabelece mum espago em que otras pelitias om ‘seus respectivos textos, eto em crculas3o, de modo que o controle total se tore invidvel, Como texto colevo, o text politico € produto de aconéosrealizados em diferentes esferas, envolvendo, inclusive a troca constants de syjeitos autores. Assim, abwem-se espagps de ado, ra medida em que lugar em que as poiicas sto codifcadas tambon tle native eambiguo, Iso no sig, pare Bal (194), que todas ts vozes slo ouvidas na polfnia do texto curiclar, na medida em {que ha posiges legtimadas e outrasnio, Nointerior do que pera ser chamado de posigSs legtimadas, no entanto, and hi uma ph ralidade de grupos em disput. ‘Mais do ave so, contudo, a impossibilidade de controle dos sen- tidos reside nas prin caracteristcas do texto cua Fungo de ontro- le € dependente de uma intragio com oleitoe que s6 pode ser conse [Buda em detriment da prépro contol. Um texto no ldo ¢ incapaz fe controlar eum texto ¢ lido por um ltr que interage interfere ‘no prpro texto e comparttha sentidos com eb Para controls, poeta to, tent prcinsbrit mio da pretensio de contol ebselut, ‘No caso dos textos cutrculates,ecitos 1 que Ball, Bowe eGold (2992) denorninam contexto de product de texto politico, estamos tratando de documentos ofiis ede textos gai, mas também, entre outros, de materins produzides a partir destestextce, visando A sua ‘malor popalarizacio e aplicaio. Hs, em sua formlagao interes © ‘rengas diverse, azendo com que o() projets) sobre o que significa ‘educar defnido(s no contexto de infudnca sj relido() diferen- femente pelos sults no momento da repesentaglo da plitin nos textos amb tae) projeto(s) madam) de aconto com diferentes ceventorcircunstincias No perl produzen-e documentos genic, ‘pouco lars, pojetando im mundo iealizado Ball (1994 tem defer ido qe inconsiténcias om incoencias nesses textos jam compre- ‘ends como produto dashibriizagSes que este jogo politico propia tenecenits O texto, para 0 ator, dave ser ldo tendo em vista 0 jogo politic em que foi produzido, sempre em polifonia com outros estos. {Tatas a noso ver, de uma das pinclpalscontribulgdes do autor 20 ‘estudodas politics cusculaes, ainda que anogio de hibridismo sea teat genercamente como consequnca da recontextualizacio ¢ da ttadugi complexa de politics gnériasnas prtica (Bal, 1998) eque ‘ proso pottio de hegemonizar posigbes no contexto de producio de textos soja teorismente pouco desenvolvido. ‘Como os textes politicos ato texts de apo, “as respostas a esses textes tém consequircins resis” Ball, Bowe e Gold, 192, p.21) expe renciadas no contexto da pric, "a arena qual a pita se refere pave a qual €enderegada”(p. 21). Ball (1994) ressats, no entanto, “Gueessatransposigo nao ines, como nos modelos hieraruizados tle poitica na medida em que as politicasconfrontam outras ealida- dese autres politics que circalam no contexto da prtica.Apesar do tom alist que, por vezes, assume eae contexto, sua anise € - preendida no mbito da polticn como texto, mbes unde maseas '5o dasizamento do autor entre teolas pés-esruturas e etruturais, [Neste mbit, os textos das politica tim uma hist6ria representacio- ral mas no entram num espaco institucional (social) vazio,sendo, portato, recriados «cada letra. Os praticantes do curseul tazem ‘isin, experéncias, valores e propésitos a partir dos quaisleem os textos politicos e isso também implica lutas por hegemonizar deter- tminadas Jeituras. Assim, se os textos nfo sio determinados pelos ‘loves também nem todas as leituras so possives; elas esto deter- Trinades por relagbes de poder que, no entanto, no so fixas. Nem “Geterminentesinem obras de cx80,es testes politics so vistos como “igo que restringe um “escopo de apgdesdisponiveis em decidiroque fazer" ¢ que “define resultados particulares” (Bll, 1994, p. 19). Em face de tis textos, “uma resposta ainda tem que Sef construtda em. —— context, contra outras expectatvas [o que] envove ago social cria- tivae no reac robitcs” (p19). Ness sentido, 0 contexto da préti- ca produtiv, mas no pode ser entendid for dos constrangimen- tos estabeleidos pels relagbes de poder eestruturadas,reistrbuidas ‘erecrindas peas politics. ‘A dlscussio do contest da prtia taza nogio de poder — como Intemo as demaisrelagdes — para a representaio, reefinindo a n- texpenetrages entre aghoe costrangimentos. Como forma de entender ‘ses interpenctragies, Bll (199) define a poltic como discurs,Pro- ond que a propria politica ss cormpreendia simultaneamente como {eto e come discurso. Osuler defende ser preciso compreender como 1 polite “eerita 0 poder pela produgio da ‘verdad’ edo ‘conhesi- ‘mento’ como discureos” (p21), assumindoformulaesfoucaultianas Sobre discuso.As politics sho também docursos, ou sea, prstias que ‘onafituem o objeto de que falam, que estabelecem as 5709 do 8? ‘em que se dio as [uta em torno des significads. Todos os contextos Se produgso da politic so, portano,aravessdos por dicursos que ‘onstroem (e permite a construgSo) de certos textos. Asim, mesmo tno eato do context de in lutcia de code emanam, para Bll, Bowe = old (190), a polticas so também 0 produto de um dscurso € Dortnto,apenas mais wn a6 da rede de poder. Ao mesmo tempo, co {udo, que Ball (1998) kakenta que, nas sociedades contemporinens, ht discusses plunis ¢ contraditéros em disputa, desta 2 exsténca de “incursos dominantes, repimes de verdades,conhecimentos eruitos Como neoliberalismo.e teria do gerencalismo —na politic social” {p28}. De um lad, esse dastaque juste a cetralidade do context de inflnia em muitos textos do autor, de outro, ssa dimensto ‘iscursiva das politics 0 context ideolgco de influéacia.O prprio. “tutor admiteque sua formula da politics como dscursondocstsbem recolvida. Entendemos que a perspectivaaditiva de tatar o cuciculo ‘Smllaneamente como texto como discurso€Incapaz de fazer face ‘uma rediscussto ds elas entre aio ¢esrutun socal, sem des ‘Considerar esta itima ou suboumir agioa ela.Noambito do contexto Ge efeitos, por exemplo, as nogBes de ago e rigSo — asovinds 20 ‘currculo como texto-— aio eclipsadas pela importinsa da estrtura [Apesarde nem sempre consult superar os limites que perebe nos etudas das poitins,o clo continuo de poitias consttulse, @ osio vez en importante recurso heuristic. Especalmente relevant, (para now tabalho, tem sido a possblidade de pensar ocontesto de produ do ecto politico como espasp de representaio plica que [Sorigem atextos hires que serdorescrits no contest da pritica ‘Operando com ociciocontnue ce plitcas, temas consepuido fugi de ‘tos biatsmos — como propsta eprtica,prescigo e implemen {acto muito coms no estilo das politcascuriculares. Mais do [gue iso, noentanto, asa aordagem tem nos possiblitado ers textos ‘Ripiculare como expresso textual de urn complexo processo de ne- foc cue se drum conteto matcado por relagies de poder © fonstranginentos "Aampa mafors dos estudos desenvolvidos no grupo de pesquisa Cure sites, conhecment cular apalisa as politics curicalares por meio dr uilizagto do cio continuo de policss. De forma geal ‘ossos etudos sobre politics curricular centramse no contexto de pro ‘dug de textos (Lopes, 2004 2006; Macedo, 2002, 20060), eneaminhan- (dove, pr veres também para ocontexto da pritiea (Macedo, 208) theo ndo significa a desconsideragio dos demaiscontextos, na medida fem que sets da pric et imbrieadoe nests, mas apenas UN psio por nvestgar certos bos empties em detrimento de outros ‘Ro tentaetabeecer lao ent os contextos no momento da an- the, temo nos deparado com um conjunto de desafios, entre 08 quals tactical entre macro e micrpolticae ano hirarquizagio dos ‘ontexor ntendemos que taisdesfios se estabelecem pela neces ‘Ge de anda eprimorar a dscusso sobre a cireulagSo de sentidos no aq telocontino depois, Em elagodacticlagfo macro emicropotitica nem sempre temos conseguids esenvolvélas, dando destaguea dimensio micro. Por mais {qo eajamos consienes dos fmbricamntos entre os contextos i= ‘Satemente de Bel fequentement cipsamosocontexto deinfuéncia ‘hs poifias que analisie, anda que ele sernpre aparea context [ivado mos eantextos de produgio de texto eda pric. A titulo de remplo, destacamos alguns estudos que, com foco nos contexts de 900o bb 000000000000 0000000000 8000RE produgio de texto e/ou da pritica, melhor consegutam equacionara ‘ircalagio dos sentidos produzidos no context de influéncia, Dias (2200), por exemplo, ao analisar a produgio dos textos currculares sabre formagio de professors salienta um conjunto de discursos — legais, pedagigicosedeologios — produsidos na contexte de induéer ‘eu seconlextualizgbonno contexte de produgiodo exo. Em lina semelhante 0 estado de Silva (2006) trata das recontextualizagies de- senvolvidas na construgio de dretrzescuriculares para o ensino de Fisica, com foce maior em discursosprodusides no contexto deff ‘a. Também Bareires (203), ao bear entender aconstrugo das re- ‘cents poltcas de avaliaglo,confere centralidade a0 contexto de in Auéncia, com eepecal elevo a aspect deolgicos que definem wm Estado nooibersl, Em relagdo ds pesquisa que se centram mais forte ‘mantencs contents derepresentagiodaspoliens, trabalho de Agos tino (2007) €0 que mais fortemente integra ocontexto de in luéncia ‘com os demals, foco do esto ¢arecontentalzagzo do discurso da performatividade em polticas currcularesapiadas em um conjinto {e esolas coo eleva para as recringbes dese discreo no interior de ‘uma escola.Oliveia (2006) também opera buscandocompreender camo liscurss colons, supostamenteomogénen, foram hibridizados na IhegemerizagSo da propostacuriular de wm manip de intel. {Aida que possamcs, por Vezes,faze-o com ndevido pouco destaque ‘docontesto de infuéncia, nossa tentativa tem so percdber nos textos tasto os constrangimentesdiscursivos quanto as recontextualizasies das dotecminactes dese context, Tal movimento possibilita, nosso ‘ver trabulhar ee. o ciclo continuo depoitas com circulagio de sen- {dos evitando a ela, sugerca por Ball, Bowe e Gold (1992), de ve ‘5 politica tim sua orgem no contexto de infuénca (© desato deevitarecontexuslzages mecinicas de um context 1 outro, prvocadas por cert hirarguzagio de contexts, tem sido Constant, sano como heran de wna forma de entender as polis de curricuo quanto por limits da propria teoizagio sobre o cio com> ‘tino de polities. Noss maior intersse polos contexts da produio ‘do texto eda pitica tem levado uma sre de estudos em que esos ‘dls contestos ao abordados, Analsando diferentes polities, extudos ‘como os de Barrios (2008), Destro 200), Frangell (2006) Mello (208), “Morgad> (2005) e Oliveira (206) tém buscado entender os process derecortextualizagio que correm no momento da produgso dos textos ‘ucrculres, asim como quando tas textos 80 tlidos nas escolas. Incalmentesustentados pela frmulagto de curculo como texto, que bre a poualtlidade de entender a letura também como criagio de ‘enidoe (al, 1998) e pela idea de que todo texto est sujito a econ ‘textuizagbes prodtoras de discursos bros (Ball, 1998), vimos sentido necessidade de ampliar as referéncs teéricas para melhor ‘ompreenderoprocesso de hibridismo. Em um conjunto dos estudos (Lopes, 205; Melo, 208; Oliveira, 2006 Siva, 200), essa ampliagho tem srculado a discusso sobre recontentulizagio de Bernstein com. ‘a nogiode hibridisno de Hall, mas especialmente de Garcia Canlini. Lopes (D5) anise a tenaties entre 0 estruturalismo de Bernstein © concepsies pe moderna de hibridismo de autores como Garcia Can- tin, defendendo a produtvidade da assocagio para os estos de politica curicular ie wtilizam 0 ciclo continuo de politics. Para a {tutor ssa associa permite compreende a “negeciagioincessante {que preuz as politics de curricula” (p. 60) evitando que os contextos ‘Sram “vsts como hierdrguics ex irculagSodetextos entre os mesos [clinterpretada como uma deturpacio ideolgica”(p. 60), Outro con- junto ds tmbathor (Agortinho, 2007; Dest, 2004 Feangella, 2006 ‘Macedo, 2004, 2004 Oliveira, 2008) no opera com angio derecontex: tualizaiosllentando os contextes da politi curricular como produ {ores de sent bros na acepgtopés-olonial dehibridismode Hall «esprindpalmente, de Bhabha, Nese sentido, os estudostrabatham com ® premisa de que nenfuum sistema cultural pode se estabilizar sem ‘onter mela diferena, de modo que curiulo, 0 ser enunciado em ‘ada un dos contesto, surge como um hbrido qu itera sentidos 20 ‘mesmo tempo que os poeta indeinidamente. Essa premissa permite, ‘para Maced (2006), superar ceriobinarismo presente na defiigbes de ‘urcdo come discuso e como texto 7a ino cnr de eno «rend as pci srt pin en te te per sn ms a) eee Desenvolvendo a noglo de hibridismo, amos trabathado 0 die rentes momentos de produgio de textos e discures sobre a reforma temo mescla de dscurios pedagegicos, mas, scbretudo,como nego (lo de ventidos que ocore nos diferentes moments da politica. Ohi Frido no resolve as tenses contadbes entre os miliplos textos © ‘locurros, mas produz ambiguidades, 2onas de escape dos sentidos see jogo é mareado por uma negociagio entre discusos cultura em que resistéciaedorhinagionfo ocupam posiges fas, nem serelerem 2 identidades preixadas, soja de suits ou classes soca "Em nossas pesquisa, destacaros como um dos dscursscentais peiptiadscplinaridade, na medida em que esta permancoe hegemo- ‘ca nos curriclos.Passamos entio a apresentar como interpeetamos {1 agdo de comunidades disiplinarese epistémlcas na relacSo com 3s polities de curculo. Abordagem do cio depots: foo nas comunidades disciplines eepistimicas ‘Desde uttizagdo dosmlei de Malis! por Ball pars aie das ‘reas de conhecinento 708 estudos da HDE,épossve! prcsber 0 vin~ taulo que o autor estabeece entre comunidades de conhecimento ¢re- lage soca de estabildade emiadanga.Acompetisio e confit por ddeterminadas concepsées de conheciiento em uma comunidad dis- ‘Gplinar sto asocadas por ele i tenses inerentes 8 consttuigSo da pripriacomunidade: umn eritrio com vinculosentrestorseesruiras op eeerrerrrerer tare nrrs ‘Sons depts dca eto Se nde uote ete Seep Ste erm ne cman pecans pn crate ae rere sian comin eso dios cg 2d op omc mais som stn [pas once eprops peor [SPS nn cae bm ce maa cre Pe 197 anata ESET pe str dpm armen ati poe (nTSithd ent nue cep det ona de safe socais que busca para recurs ¢legtimagio. O movimento em Tealo a uma eapecialidade nfo Gencarado, portant, como apenas um process de disputaepistemoldgca, mas como a vincuasio de ume piste a deteminadasrelagbes ce pode * Tal compreens, presente enn seus estudos sobre HDE, s¢ apro- Janda ne studs sre politics de curicul por intermédio de dois ences. «de comunidad disciplina eo de comunidadeepisttmice Eun prmeta abordagem pola, estrita a0 que ele posteriormen- te nce no clo de politeas como contxto da pric, Ball (1987) j& ‘afete qr relative autonona dos professore sobre seu trabalho $e ‘Geved eaténca de disputes eregocigoes diversas na escola em toro ‘Gocontol do rebelho docente, Os limites desse controle io modi ‘aaos covsinuamente e depencem de enfrentamentos entre sues € Grupos da institutes Ente esses grupos se destacam os epecialistas disciplines ‘Nese mesmo trabalho, Bll analisscomoas concepebesde educa: ‘go eensn,frjadas no Ambo de uma comsnidade dsciplinar,sfo ‘SGsidora das metas deologas de uma esola. Baseadoem Beenstcin, ‘autor cnc que oprocesco de especilizacioe socilizago em ums ‘daciplina implica aceite uma selecio, uma organizagio, um sito € sePismbugae do codieimento,rlizndos em cetrminado marco ilutos dos cofits entre comunidades discipinares sto Fiporrenies doses marcos pedagigics das disciplines serem diferentes ‘ incomersurdves entre si, Na sua intrpretacio, quando 0s conitos Soewenvelvem dentro de ura mesma comunidade disiplina, 58 “ican apesenta-se com menos poder nas uta institucionais ‘Aatungso das comunidades discplinares nas poitias de curries 16 aprafundada em Ball, Bowe e God (1982) e Ball e Bowe (192) ‘Nesestbalhos si analisadasas diferensas existetes entre os efeitos Rec tewus das peiteascuricalares nas comunidades dsciplinares emt “ieretes cools, endo argumentado gue as diferentes istras con ‘putere formas de organizaio desas comunidades siocapazes de wap ms seni pr Bal ado cones irc on, degre (19. 00 oo bl 00000 OHOOCHHHHHHOHOOOOEOOODE SPOCOCHOCOHOHSHOHOOHSHHOHHHOOHHEOHOEOE prods eto verso pam ae pls. As pecs das Caulder iipinane tran anbenis species t ‘Swi pen iets tet perineal aes enna cpt) em poner sda cot cis csp devour mings promis {Srelcnadoss min panaignu papyrus produrnde» Nino e irre costo as at Fotos Freep sere done pic se meni Talandon, dando cgen snore stifles nc neessaramrt re ‘inorinatente Combe matinee, dvnstemat em nwo grpe sigunae pagan utc enone or snide prs pe ‘Sets pies eto nas cps eum Spe ‘iar Nes bah opr con cone de pes ss texte cme dca dezudnatroerte cand ‘enprnatode updos de dicumee tater cb Contino depo sh proses Mid eur Ee et Sinton slo prised duo daca ‘Nowe de Ol (Orel 28, ven Lopes 28), ¢ Snvnigadn a dita Hina de unt ava ses colo oI nt er dees com een ne eRe Inno no prod compre ene oa e180 20, as Int, env de un ae dt com Minti da Be cx, vem tandem ir rogues, cone bento de pre pose carl do govern. Conta ss nbs ete Pros de coterizto tonal cpa «eet Acton que cn eds coneridor ov cares ca pina Mtr ro apo sto decors de dite qt erm em toe chun ttntan so oe ec tas Co MEG Eee Come oda dew culo racion dente capo na intuit une rez queer en ronnie wt dco ec do ao qu se eld con quale do ol, cpa € Imran peat de tart pd de sme acral ro Brn Ocal wentodenocn taiodeceinc tsa tuts dacs care ome ocr a pecan com reservas pois mantim preocupacio de transmit saberes vinculados 2 padres aeadémicos, nos terms de Goodson (1983). Desenvolve-se, também uma tensio entre odiscrso sssocado Bestabilidade dos s&- beres académicos eos dscurtos de mudanga, vinculados A valrizagio dos sabres coidianos dos alos. No caso da dsciplina Histéra, na ‘qualosconteidosvnculados aos saberes académicosradicionais mar- ‘am posgies menos erieas a defesa das mudaneascurviculares éle- Siimadh pelo props diacureo dos documentos oficial. Assim, a “eapita das profundascritieas os documentos ica, por sua vincy- Tago cem um dscurso de formagSoinstramental para © mercado, de- senvoledas pela comunidade académicaeducacionale pelos mavimen- tes sochis de docentes no Brasil etic que também ciculam no ‘Colegio grupos de profesore ce Histrapassama ver nos Parimetos Currclares Nacionals a possibilidade de superagio do academicismo lscipine Tal possibildade ¢ reforgada pelo proprio carter hbrido dos porimetros,queincorporam nos documents dsciplinares, twas “scurss lepitimados das reas de pesquisa em ensino das dsciplias specicns, j (Oebatho ce Mello 2008), por sua vezevidencia como diferentes ‘omundades disiplinares em uma escola de formacio de professores fe aprpriam diferentemente de discursos diseminados por textes ffcas em vrtude da vinulacioestabelecida entra finaidades dos textes easfnalidades ds dissplinas na constituigio de um dado per~ fide professor Aoinvestgaras comunidades de Sociologia da Educt- ‘oe de Didtica, em dus escolas de formagio de professores n0 Rio. Se janeiro, autora conclu que comunidade dsciplinar legtimada por dceumentos da reforma curiculse,particularmente com atmento fe carga hordria — caso da Didtica —tende a atuar como difwsora {nsttusional dos sentidos do contexto de definigio de textos. Mas nes- ‘= proceso de apropragio, sf selecionados aquees sentidos que se ‘inculam 90 perfil de professor queadisciplina defende que precisa ser formado. Pye sua vero trabalho de Matheus (208), ao analisara politics de curscalo em uma escola de ensino fundamental de Niteri, Rio de J ‘ei de 25» 2008, permite conclu como os discursos deintegracho e.g eee curricula cieulantes nas politica uals — cco, interisiplinarida- de, eixos terticos — so dissaminados a partir do antagonismo 3 fragmentagio dseiplinar modera. Tas dlscursos, contudo, so apro- ‘priados nas escols por inermédio das leiturs dsciplnares. Mesmo ‘uma proposta curricular que no inoduza a discuss yobre as disi- ‘lina, como muitos dos documentos da reforma em pautsélid pelos professes a partir de suas formasiesdiciplinares,identfcando no fexto orientagbes que poseam ser entendidas como relatvas a essas formagtes. Por sua vez, 08 vinculs estabelecdos entre as comunidades isciplnaressdo maiores na medida em ques professes extabelecemn ‘umantagonismo com asinstincas govemamentalsecom ossetores da ‘organizagio da etola,encarados como porta-vozes dessis mesimas instineias in tabaoscotuem nk pn para eframons pte se propos polo de pfs de al ower de ur a comes Tass dsiplnares ossbuam prs rst Sten ocunos ds propor crear emo umber aren psa dice de penuros coo or dccor Gaines foros losses ds unas de eqn ein de iacnas ‘etre amplanl food psn ornare Bal Del Semon eres comand depute cane am prod clo de vcs ds olin creda eu e nprtato me Sind deer os jn prcerar export econgamon puree aidade de forage cnt Sess tovon pu rs dees so mal propo por Sl el poe todo ci continue de poise Os negra dena comune, or as ue prea 20 campo lucaona actinic eo er em ago do poaonamers nese compo ienicane comes dines ol fn media mucous one de pei prt eeu dncpius poduandos mers ene campo tic) erect dno ela eocanpe pedo Acts iow cmurider de peu cm Gane opine lt premup ado do cece cal: desu ipl no cor elds ease coe defen irae as ‘aa problemdtica ¢ sprofundade no grupo pelos trabalhos de ‘iva (208), foclizndo a comanidade isiplinar de ensno de Fisica, {sonra (208) foclizando a cemunidadedisciplinar de ensino de = ‘Gologia bom como pelos tabalnos de Abrewe Lopes (2008) ¢ Busnardo {Lopes (207), com resultados pazcas de pesquses que focalizam a8 Comanidades daxiplinares de enino de Quimica ede ensino de Biolo- 1 respesivamente ‘Nessis peaqusas, 6 posivel comproender como comunidades isciplines mas rganizadas, com trjetria de longa producto em ‘sino, x exemplo des comunidades da dzea de Cifncias, concebem as foltea de euricul como poss de difundramplarent entre Oe profesores suas conclusdes de pesquisa. Tendem asi a se 2pro- friar de senaySespdagpios ofa como forma de tentar garantir cule das demandas de governo 8s suas demandas Integrantes Aiea camunidades atuam na produgio de discursoshibridos da re- forma, dusve pela partcipoiodirta como consultores no contesto (de define de textos Mas oazem por mo da Its pele epitimagio ‘Je seu tito spina Na thadida em que um dos discursospol- ‘eos diseminads em seus seidosvinculados ao curscu integra, Como intericiplinaridade, enastransversuisecompetinca2atuns8o ees cemankdados buece gerante qe = nlidadese os contedos “daplines expects eur considerados, mesmo quando édefendida Siguma modaliade de inogeaso curio. ‘Comunidades dscipinares difusas, por sua vez, comoa deensino de Socilogia ainda sem uma intercomunicacio mais bem etabeecids ‘Geom bait gra de orgaizagi,staadas nos termos de Mullins (1972, ‘orayenr wna fase normal, edema rechacro dscuso de integracio| ‘urculs na medida em gueelecompromete a propria leitimagio da ‘iil No caso particular da Sociologia tensio entre valrizagio ‘Geventidosacadémicose sensdos witris e pedagiyicos nos terms ‘de Goocson (1963), constarte, pois a defesa dos sentidos cadémicos

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