Producao Mais Limpa em confeccoes-SENAI

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BLESS @ © (Conte Razoral ee Feros Linea SERAI- PRODUCAO MAIS LIMPA EM CONFECCOES PRODUCAO MAIS LIMPA EM CONFECCOES © 2007, CNTL SENALAS Publicaco elaborada com recursos do projeto Publicacéo Casos de Sucesso em Pro- dugao mais Limpa sob a orientacao, coordena¢ao e supervisao do Centro Nacional de Tecnologias Limpas - CNTL SENAI Coordenacao Geral Paulo Fernando Presser Diretoria de Educacdo eTecnologia Coordenagéo Local Paulo Antunes de Oliveira Rosa Diretor do CNTL SENAI Coordenagao do Projeto_Joseane Machado de Oliveira Coordenadora de Nacleo Tecnolégico de Projetos Especiais CNTL SENAI Elaboragao Maria Julieta Espindola Biermann Revisdo gramatical Jairo Brasil Vieira 5491p __ SENAI, Departamento Regional do Rio Grande do Sul Produ¢3o mais Limpa em Confeccdes/SENAl Departamento Regional do Rio Grande do Sul. ~ Porto Alegre: Centro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI, 2007. 64 pil, 1. Produgao mais limpa 2. Industria do vestuari |. Titulo, (CDU- 504687 Catalogacio na Fonte: Enilda Hack -CRB 599/10 Centro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI Av. Assis Brasil, 8450 ~ Bairro Sarandi CEP 91140-000, Porto Alegre - RS Fone: (Oxx51) 3347-8400 Fax: (OxxS1) 3347-8405 E-mail: cntltecnologias@senairs.org.br SENAI - Instituico mantida e administrada pela industria. APRESENTAGAO 0 guia Producao Mais Limpa em Confecc6es’ projeto do Centro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI/ UNIDO/ UNEP ~ CNTL, que tern 0 apoio do. SENAl ~ Departamento Nacional, através de sua Unidade de Tecnologia Industrial ~ UNITEC, tem como principal propésito apresentar as empresas a profissionais do ramo algumas das medidas implantadas por empresas que ja adotaram esta pratica, auxiliando-as no processo de implementa- 0 de Pmaist. Com a correta destinacao, reutilizago e economia de matéria-prima, as empresas que adotam estas préticas colaboram para o uso sustentavel de nossos recursos naturais, bem como asseguram a melhoria de seu deser- penho e competitividade. SUMARIO INTRODUCAO. 1. CARACTERISTICAS GERAIS son nnonnnonnnonnen 1.1 HISTORICO DO SETOR DE CONFECCAO NO BRASIL. 1.2 SETORTEXTIL 1.3 COMPETITIVIDADE DAS INDUSTRIAS DE CONFECGAO. 114 MEIO AMBIENTE E O SETOR DE CONFECCAO. 1.5 OBIETIVOS DESTE DOCUMENTO vccecvenennnnnnennentnneencte 0 iLEGISLAGNO ti annscininaricrnniniainannioa 2.1, NORMAS E LEGISLAGAO PERTINENTES A INDUSTRIA DE CONFECCAO.. 3. PRODUGAO MAIS LIMPA 3.1, VANTAGENS DA Pra 3.2. APLICACAO DA Pmais.. . HISTORIA DA Pmaist 1 PORQUE INVESTIR EM Pmaisl 3.5, PmaisL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL. 3.6, Pmaisl E SEGURANCA OCUPACIONA 3.7. IMPLEMENTAGAO DE Pmaist 4, DESCRICAO DO PROCESSO DE CONFECCAQ. 4.1. SINTESE DO PROCESSO DE CONFECCAO... 5. ESTUDOS DE CASO vinnmnsnnnnnninnninnninnnnsnenninnnennnnnnnens 34 5.1, ESTUDO DE CASO 1 5.2. ESTUDO DE CASO 2. 53. ESTUDO DE CASO 3. 5.4. ESTUDO DE CASO 4. 5,5. ESTUDO DE CASO. 5.6. ESTUDO DE CASO 6. 5,7. ESTUDO DE CASO... 5.8. ESTUDO DE CASO 8. 6. GERENCIAMENTO DE RESIDUOS renner 6:1. ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RESIDUGS....... 7. DUVIDAS FREQUENTES.. REFERENCIAS scisoinintsiniserininnanintiniiadatnaimniniitiilatitnin ei SITES CONSUOADOS iasnsscrassrornarrenmrmnaammamanmaa tl GLOSS RIO tcc ininisnosiniarsieniaina sid 62, intropucAo Este Manual apresenta uma revisio dos processos de Confeccéo, evidenciando os tipos de rejeitos gerados, 05 riscos a satide dos trabalhadores e, principalmente, 0 método de Produgao mais Limpa (Pmaist) aplicada ao setor e as respectivas lels ambientais inerentes, Viabilizando a redugSo da geracio dos residuos na fonte. O desenvolvimento do tema considera os aspectos tecnolégicos e ambientais do proces- s0 de confeccao, visando estabelecer estratégias de prevencio que reduzam impactos ambientais, custos de gerenciamento,riscos 8 satide e ao meio ambiente. Além disso, ha Co objetivo de disponibilizar informacdes a respeito das formas de tratamento e disposico adequados para os residuos gerados neste processo. O presente manual aborda estratégias que permitem reduzir 0 impacto ambiental e eco- némico e€ dirigido aos empresarios, prestadores de servigos e colaboradores do setor de confeccdo, consultores, universidades e instituigdes de conhecimento, instituicbes gover- rnamentals, comunidades e iniciativa privada 1. CARACTERISTICAS GERAIS 1.1 HISTORICO DO SETOR DE CONFECCAO NO BRASIL A industria Textil e de Confecgao deu origem ao processo de industralizagao no Brasil. 0 Inicio desta historia precede a ocupagio do pais pelos portugueses, js que 0s indios exer- clam atividades artesanais, com técnicas de entrelacamento manual de fibras vegetais, produzindo telas com diversas finalidades, inclusive para protecao corporal. No periodo de colonizagao, a industria ainda softia forte influéncia de acordos internacio- nais e era extremamente descontinua. As diretrizes da politica econémica das colénias ceram ditadas pela Metrdpole e aconteciam conforme os interesses do colonizador. Mas, foi neste periodo que comecou a primeira politica industrial nacional, ern 1844, quando foram elevadas as tarifas alfandegarias para a média de 30%, fato que propiciou um es- timulo & industrializagdo, especialmente para o ramo téxtil. Mas 0 processo foi lento. Em 1864 funcionavam vinte fabricas no Brasil, com cerca de 15.000 fusos e 385 teares. Menos de vinte anos depois, ou seja, em 1881, aquele total cresceria para quarenta e quatro fabi- «as, totalizando 60.000 fusos & gerando cerca de 5.000 empregos. Nas décadas seguintes, houve uma aceleracio do processo de industralizacdo e, as vésperas da | Guerra Mundial, stim duzentas fabricas que empregavam 78000 pessoas. Em 1929, a grande crise que se abateu sobre a economia mundial propiciou nova oportu- nidade de crescimento da indastria brasileira, a exemplo do que havia ocorrido durante a | Guerra, A capacidade de importacao foi drasticamente redurida, levando praticamente todos os paises a adotarem politcas de substituigo dos importados pela produgao inter- nna das mercadorias necessarias a seu abastecimento, (© niimero de opersrios ocupados no ramo textil e de confec¢ao triplicou no periodo de 1920. 1940. Em 1958, fol fundada Fenit, a primeira Feira Nacional da Industria Textil, que acontecetino Pavilhio internacional do Parque do Ibirapuera, dando origemna dezenas de tras feiras texteis e de confeccao espalhadas por todo o territério brasileiro. A evolucdo da Industria téxtil e do vestuério, ao longo dos iiltimos dez anos, ficou mar- cada por um forte investimento em tecnologia, com especial destaque na informacao comunicagao. As indiistrias téxtil e do vestuario assumiram posigao de destaque nas ex- portacées nacionais. 1.2SETORTEXTIL © valor da producao da cadela Téxtl e de Confeccéo representa o equivalente a pouco mais de 4% do PIB total brasileiro e de 179% da indiistria de transformacdo. Emprega cerca de 1,5 milhao de trabalhadores, o que representa 1,7% da populac3o economicamente ativa do pais e 16,9% do total dos trabalhadores alocados na indiistria da transforma- G0. Iss0 faz dela a segunda maior empregadora formal deste aglomerado. Estes dados demonstram claramente que a cadeia Textil e de Confeccao mantém seu status de setor de grande relevancia para a dinamica da economia do pais, além de trazer forte impacto social, sobretudo por conta do perfil do trabalhador, constituido em sua maioria por mu- theres, e com baixo grau de instrugéo. (Associacso Brasileira das Industrias Téxteis ~ ABIT, 2003) 1.3 COMPETITIVIDADE DAS INDUSTRIAS DE CONFECCAO: Debate-se com um conjunte de mudangas fundamentals, nomeadamente num contexto tem que coexistem tres formas principais de concorréneca = Inddstrias de capacidade, onde a principal vantager competitva reside na produgso em massa; = Indstrias mistas, que asseguram o dominio da producio e a capacidade de produzir pequenas sérese, finalmente, = indistras imateriais, que se caracterizam pelo dominio de competéncias espectficas na Figura 11 -Priovidades para selegdo do foco de avallaco Exemplos de foco no setor de confeccao: ~ Redugdo no consumo de Matéria-prima; ~ Aumento no rendimento de matéria-prima; ~ Melhoria na qualidade do produto; - Redugdo na geragio de reeitos de processor Aumento do indice - FPPV - Feito pela primeira vez: ~ Aumento na reciclagem externa; - Redlugdo no consumo de energia elétricar ~ Melhoria na produtivdade. Etapa3 Nesta etapa é elaborado o balanco material e estabelecidos os indicadores. Sio identifi cadas as causas da geracao de residuos e estipuladas as opcbes de Producéo m. Cada fase desta etapa ¢ detalhada a sequir: Analise quantitativa de entradas e saidas e estabelecimento de indicadores Esta fase inicia com 0 levantamento dos dados quantitativos mais detalhados nas etapas do proceso priorizadas durante a atividade de sele¢ao do foco da avaliagao. Os itens ava~ liados so os mesmos da atividade de realizagao do diagnéstico ambiental e de processo, ‘que possibilita a comparacéo qualitativa entre os dados existentes antes da implemen tagdo do Programa de Producéo mais Limpa e aqueles levantados pelo program: - Anélise quantitativa de entradas e saidas; ~ Quantificacao de entradas (matérias-primas, agua, energia e outros insumos); - Quantificacao de saidas (residuos, efluentes, emiss6es, subprodutos e produtos); = Dados da situaca0 ambiental da empresa; «Dados referentes & estocagem, armazenamento e acondicionamento de entradas e saidas. 25 {A identificagao dos indicadores 6 fundamental para avaliar a efciéncia da metodologia lempregada e acompanhar o desenvolvimento das medidas de Producao mais Limpa im- plantadas. Seréo analisados os indicadores atuais da empresa e os indicadores estabele- BE ¥ FOaRASDE feoureas Jf esroove wrens |—+ FECES Bae bf ISCO | +foosres rare. ¥ ECBO. froseres [isszauco }-+[__evesro |S za00 | frecoocone RaRAS De luatriz be . corre |—+}recioo, “paren PL z [inna Fo ; [PREPARAGKO PARA fensaLacens oe fenauera | ‘costuna|-—*}anaventos z EEARENS OE peas Jovertooue lcorrAv0 cosTurn Menon Javanentos >| [> Soeeas inns z [vapor }-+[rcasavento | gpmseeroe ¥ Fare, +L siaccen FENBALKGENNRO = TIS. Pees fprouro erences — |_sfeonromes leaps: eareiso | (© quadro 7 apresenta os aspectos comparativos da aplicac3o dos principios da Produgao ‘Tradicional versus Produgao mais Limpa. Quadro 7 — Aspectos comparativos no sistema tradicional e pm: Perda qualquer atwidade que nio contribu pare 3s operacdes, tas ‘como, espera acumulago de pe 96 semiprocessadas,recarega mentos, passagem de material de do em mio. 'Sdo residues gerados a partir do 50 Ineficlente de matéras-pr ‘mas, recursos humanos energiae Insumos de process. Processo E a transformagio da materia, prima em produtos através de um fuxo de masse no tempo & 0 espao fisca, com geracio de erdas E-atransformagio da matéria pr: sma em produtos através de um fuxo de massa no tempo © no espago isco, com redugdo de ge ragdo de residuos na font. Eficiéncla ‘€. melhoria da produtividade do processamento industrial. a melhora da produtivdade da tronsformacdo de matérias pr ‘mas e auilares em produtos no processamento industrial. ‘Atuages na fonte de gera- 40 ou minimizagao ‘De desperdicios de tempos emo vimentos nas diversas etapas de um process industrial ‘De residues (0idos,iquidos, a ‘mosféricos e energie) em um pro esto industria. Desperdicio ‘Adequar o desperdiio que se tor ‘nov acelto como uma parte natu ralda trabalho di, ‘dentiicar © desperdicio ger mente nio € notado poraue se tornou parte natural do trabalho i, Trabalhador Capacitar 6 wabalhador em me ‘hora 0 aprovetamento do tem po. Trabalhadores preparados no ‘onhecimento das ténicas ete: logis empregadas no proces: sodefabricagbo. Capacity © wabalhador na eh ‘minagéo e ou minimizacio na ‘eragio de residuos de processo, Trabalhadores preparads no co: shecimento dastécnicasetecno- Joaias no processo de fabricagio ‘ena buses de solugdes para nia ‘grag e minimizacdo de rsidu- Fornecedores Fomecem materia €recusos necessris. Formecedores 580 alodos na redlugdo da geracio de residuos, reclam embalagens. cones, canudos, et Custos Diminuigso de pardae Proceso rodutive eficie Dirninuigso de parda = materia prima €transformada em produ- tose ndo em residuos = menores custos ambientais de disposigio e tansporte Geragao de residuos ‘Quanto? Porque égerado? Como ¢ gerado? Onde & gerade? que fazer paraevitaio? 2 Oportunidades de Pmaish A anilise de fluxo dos materiais € uma abordagem sistematica objetivando: - Apresentar uma visio geral sobre os materials usados na empresa; - Identificar 0 ponto de origem, os volumes, assim como também, as causas dos residuos eemissdes; ~ Criar uma base para avaliagao e uma previsdo para futuros desenvolvimento; - Definirestratégias para melhorar toda a situacso, Os problemas de residuos e emissdes de uma empresa surgem nos pontos de produgao ‘onde os materiais sdo usados, processados ou tratados. Por esse motivo, as empresas que ‘optam por uma solucio estratégica para seus problemas ambientais, dever estar atentas que é essencial acompanhar o fluxo de material corrente, com 0 objetivo de identifica os pontos de origem, volumes e causas dos residuos e emiss6es. 0 conhecimento deste fuxo cde material objetiva o conhecimento de substancias utilizadas dentro da empresa, a fim de estimar seus valores reais para 0 processo e finalmente para projetar possivel desenwol- vimento, 0 fluxograma define o sistema de informacao passo a passo em relacao 20 fluxo dos materiais dentro da empresa, drigindo e permitindo que eles sejam eficientemente usados. Uma analise do fluxo de material pode entao ser comparada ao rastreamento do mapa de ‘uma empresa, sendo melhor do que de cidades, estradas ou rios, uma vez que mostra a seqliéncia dos processos ¢ o fluxo do material como uma caracteristica geografica. Como para o mapa, uma ilustrac3o grafica destas caracteristicas & essencial, é importante apre- sentar geograficamente as informacdes obtidas através da analise do fluxo dos materiais, considerando a origem, o uso e tratamento da matéria-prima e o processo de um modo ue eles possam ser répido e facilmente interpretados. 5. ESTUDOS DECASO AA seguir sero citados exemplos de estudos de caso realizados em empresas do setor de confeccao, apresentando seus respectivos beneficios econémicos e ambientais. © procedimento para a execucdo do estudo de caso ¢ sempre o mesmo. Em um primeiro ‘momento, € feito um planejamento de todo 0 estudo. S20 identificados os pardmetros a serem medidos ou estudados ecriados os indicadores que fornecerdo os resultados com- parativos. € feito também o levantamento dos recursos necessérios para arealizaca0 do estudo e a definicao dos responsavels pela execucao e controle do estudo. Logo depois, ntfcamos a etapa do processo produtivo em que a oportunidade se encontra. Dessa forma, detalha-se as entradas e saidas de etapa, assim como 0 produto que ela gera.Com 30, tem-se 0 conhecimento necessério para realizar 0 estudo, Apds @ etapa de andlise, descreve-se, mede-se e quantifica-se a situacéo existente, ou seja, antes da PmaisL, Em se~ uid, faz-se o mesmo procedimento para anova situagao, ou seja, depois da Pmaisl. Feito isso, obtem-se um quadro comparativo simples, mas representativo, das duas situacoes. Os indicadores criados vao agora expressar a diferenca, se existr, entre as situacoes. ‘A etapa que segue é a das conclusoes. Primeiramente, é feita uma andlise econdmica , verificando os custos antes e depois da Pmaist,e verificando a Taxa Interna de Retorno, ou algum outro método conhecido para avaliacao da anlise da lucratividade. Em seguida, calcula-se os beneficios, se houverem, ambientais, econdmicos, tecnolégicos, de satide ‘ocupacional e outros que devam ser cansiderados. De posse dessas informagées ficamais facil tirar conclusées sobre o estudo e, com isso, agir na etapa do processo produtive que foi analisada. Essa agao sobre o proceso pode se dar rapidamente, pois aferramenta gera ‘uma resposta répida, de tal forma que, na préxima vez que o processo em questo se re- petir,agbes de methoria ja poderao ser tomadas. Cabe salientar que, no entanto, um estudo de caso pode ser feito apenas com 0 intuito de satisfazer uma curiosidade ou uma expectativa diante de determinada tecnologia ou modificagao do processo, ou qualquer outa inovacao. Nesse caso, ele serd usado para comparar situagdes diferentes de trabalho e nao para uma acdo de melhoria continua. Mas a sua resposta, com certeza facilitard na busca pela melhor opcio para a empresa rnaquelas circunstancias. 5.1, ESTUDO DE CASO 1 - Reducéo no consumo de tecido Deseri ‘A empresa desperdicava em torno de 30 % de tecido que era transformado em aparas © retalhos, Durante o processo de risco e corte do tecido, além do produto final, objeto do negécio, & gerada grande quantidade de residuos (figuras 14 € 15) devido a diversos fatores de processo, planejamento e qualidade, tais como 0s apresentados nos quadros 8,9e10. a) Residuos de processo Figura 14 Apares de corte Figura 15-Retalhos de corte Fa (© quadro 8 descreve os residuos gerados durante as diversas etapas do processo. Quadro 8 ~ Residuos por etapa do processo Encaixe da modelagem Pontas da peca com defeito Criagao - design do produto tinta de identificagio do tecido Aquisigao - argura irregular ppecas com diferenca de tonalidade Corte -irregularidade de corte ontas na pilha do enfesto Costura Sobras de linha b) Residuos de tecido devido a planejamento (figuras 16 e 17) Figura 16- Aquisigbo de matério-prima sem utilaagso Figura 17 -Aquisgio de matéria-prima sem utilaagso 0 quadro 9 apresenta os motivos que levam a geragao de residuos durante a etapa de planejamento. Quadro 9~ Residuos na etapa de planejamento Planejamento compras Sobras de tecido comprado a mais Compras impulsivas sem venda Tecido fora de especificagao Substituigao de materials no zerados no estoque “Materials estocados fora de espacificagoes Planejamento de corte com um Unico ta ‘manho ou referéncia Sobras de aparas de corte €)Residuos de tecido devido & qualidade (figuras 18 e 19) Figura 18 Tecidos com flhas de acabamento Figura 19-Tecidos com falhade tecelagem Ea No quado 10 tem-se as etapas que geram residuos por qualidade de t Quadros 10 ~ Residuos por qualidade de tecido ‘Aquisicao de materais de segunda qualidade | Tecido fora de especificagao Recebimento de materiais nao conforme _| Materials nao conforme Medidas implementadas 23) Desenvolver sistema de encalxe otimizando 0 aproveitamento da argura do tec: 'b) Avalar design, compatibilzando 0 madelo com o consumo de tecido: ¢) Planejar os encaixes por tipo de tecido, juntando varias referéncias e distribuicdo da grade de tamanhos; 4 Desenvolver sistema de capacitacao de fornecedores pela qualidade do tecido recebido; 6) Invest em tecnologia para encalxe automstico: f) Planejar e cadastrar o estoque de tecido; 6) Reciclarinteramente os retalhos de tecid. Figura 20-Planejamentoe cadastro do Figura 21 Investimentono sistema de corte estoque de teciéos Figura 22- Reciclagem interna Fgura 23-Investimento em tecnologia de isco computadorizado ” Indicador a} Desperdicio de tecidono corte espero de wedo no Cone ns wie | apts | wate [esespeaces| 21 [9 0 7 Figura 24 ob de desperdicio de tecidonno corte Investimento ‘A empresa investiu em tecnologia de encaixe automstico e capacitacso dos funcioné- Flos, Quadro 11 - Investimento Tecnologia de encabe automatico RS 6,000.00 Capactagio RS_3.00000 Outros S_1.000,00 TOTAL RS 6000.00 Beneficio Econémico Quadro 12 ~ Beneficio econdmico CCUSTO DO INVESTIMENTO TOTAL RS 64,000.00 SITUAGAO ANTERIOR - Consumo de teddo ano = RS 612.000,00 20.400 kg de taco ano XRS30,00/kg - 12 meses Desperdico de 30% SITUAGAO PROPOSTA - consumo de tec ant TS 489:600500 16.320 Kg de tecido ano a RS20,00/kg - 12 meses Desperdico de 20% RETORNO ANUAL reducio de 4080 kg de tecdo RS 122400, ano com redusdo de 10 pants percentuais de des- ergo. [BENEFICIO ECONOMICO ANO - descontando 0 i= RS 58400,00 vestimento nial PRAZO DE RETORNO DO INVESTIMENTO ~ MESES 627 meses =R5122.400,00/18S64.000/12 meses) = 627 meses Beneficio ambiental = A empresa deixou de dispor no meio ambiente a quantia anual de 4.080 kg de tecido, cortespondendo a uma redugao de 10 % na geracao de residuos de tecido., Outros beneficios - Aempresa aumentou a produtividade em 4 %, devido a reducao em retrabalhos, metho ra na qualidade de tecido e diminuigao das irregularidades do corte. 5.2, ESTUDO DE CASO 2 - Melhoria no indice PFPV (Pecas Feitas pela Primeira Vez) Descrisdo Durante proceso de confeccao fol constatado um numero muito grande de pecas pron tas com nao conformidades. Consequéncias na empresa: ~ Atraso na entrega dos pedidos; = Queda na produtividade; - Desperdicio de materiais; ~ Atritos internos devido a consertos, Figura 25- Desperdcioem revabalho Figur 25 -Desperdicioem revabalho Figura 27 -Despericios em produtos Figura 28- Desperdiciosem produtos nao conforme resrabalhados OBJETIVOS APOS Pmaist. Objetivo Principal: Reduzir a geracdo de produtos com nao conformidade. Medidas implementadas 2) CapacitacSo dos servigos terceirizado (serigrafias, bordads, 'b) Aptimoramentonas informacdes fomecidas paraa producto através daintroducdo deFichas Técnicas Controle de qualidade nas etapas de producao 4) Sistema deindicadores de processo dos problemas por células, através de mapas egtficos. Indicador a) indice Feito pela Primeira Vez 1FPV lFPV Figura 29-1FPV Investimento ‘A empresa investiu em capacitacao dos funcionarios e fonecedores. Quadro 13- Investimento Capacitacio 'RS_3.000.00 [Outs ‘RS_1.000.00 TOTAL 'RS_4000,00 Beneficio econémico Quadro 14 ~ Beneficio econdmico [ecstoponvesrmeoror sano ‘SITUAGAO ANTERIOR - desperdicio de 6% de maté- RS 36,720.00 ‘pia ertetrabalho = 1224 ky de tecido ano X AS3000/gK 12 meses SITUAGAO PROPOSTA - despa to ano 204K de tecdo ano 63000 X12 mes RETORNO ANUAL reduc de 4.80 ig de tecido we smm000 ano com reducio de 10 pontos percents des pera. BENEFICO ECONONICD ANO™ deicontando © TERED vestiment nil AZO DE RETORNO DO NVESTINENTO = MESES oe 156.1200 Beneficio ambiental = A empresa deixou de dispor no meio ambiente a quantia de 1020 kg/ano de residuo textil = Houve uma redugao de 6% para 1% no retrabalho em produtos; - Além disso 08 residuos foram adequados e transformados em produtos com aceitacao no mercado, Outros beneficios = Aumento no faturamento com atualizacao nos prazos de entregi ~ Aumento na produtividade. 5.3, ESTUDO DE CASO 3 - Reducéo no consumo de energia elétrica Descrisao ‘A empresa possula um alto consumo de energia eletrica devide a diversos fatores. Foram Identificadas varias aces de melharias podendo reduzir em até 5 % no consumo. a) alteracio no intervalo de almoco 0 Sistema de intervalo para almoco funcionava em dois turnos. No primeiro horario, saia ametade de cada uma das células de manufatura. Todas as limpadas ficavam acesas, pois parte das células néo paravam. 'b) muitos produtos precisavam ser passados na prensa elétrica, com vapor devido ao sis- tema de andamento das pecas na drea industrial. Devido ao acondicionamento em sacos, a pecas ficavam amassadas. ©) todos os computadores, limpadas, maquinas e equipamentos eram ligados no inicio do turno, pela manha e somente desligados na chave geral, quando o Giltimo trabalhador fechava a empresa, “1

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