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5.7 FASORES — RELACOES FASORIAIS Consideremos a excitagdo complexa = Vi, kor +o (5.69) que pode ser escrita como segue: Bm VT: Velo lt (5.70) onde: Ve Vn ig o valor eficaz da tensao v(t). vt Verificamos nas secdes anteriores que podemos eliminar 0 termo e™ na resolugao das equagdes para a obtengio da resposta. Desta forma, a tensdo com- plexa v pode ser representada apenas pela expressao V=V-e"ouv = Va. (5.71) que é denominado fzsor da tensao v(t). Este procedimento introduz simplificagoes substanciais na resolugdo de ci tos elétricos em corrente alternada, De forma andloga, a grandeza Pol e*® oul = ih (5.72) representa © fasor da corrente i(f). A relagio (5.73) “|< la impedancia do elemento em corrente alternada, medida em ohms. € denomir E 0 seu inverso, ou seja, € denominado admiténeia do elemento em corrente alternada, sendo medida em siemens (S). Para os elementos usuais da teoria de circuitos, temos: 5.7.1 Resistor Fig. 5.10 Resistor. Se V = Ve, da lei de Ohm obtemos: Vw i=—e*=— |0 (5.74) FE. 6% logo, a impedincia do resistor 6 dada por R (5.75) 5.7.2 Indutor Pig. $1 Indutor Se V = V [a resulta que (ver Ses. 5.2.2) Yb (516 a logo, a impedlincia do indutor & dada por: g-V VO = ota 7 V \o-np2 165 ‘ou, finalmente: Z=IX, 6.7 ‘onde 0 termo X= ob 6.78) € denominado reatincia do indutor. 5.7.3 Capacitor Fig. $.12 C: Se V = V [a, resulta que (ver Seg. 5.2.3): j=’ pan (5.79) oe logo, a impedincia do capacitor é dada por: z + vt a Lae VY jornn alm ue ou, Finalmente, 2= 7X (5.80) onde 0 termo 1 Xen (81) 6 denominado reatancia do capac Em vista do jé exposto, um cireuito em corrente alternada pode ser resolvido aplicando-se as mesmas téenicas usadas na resolugao de cireuitos em corrente Continua, lembrando apenas que as grandezas— ais como corrente e tensio—sa0 agora grandezas complexas. ; ‘Como exemplo, suponhamos que se deseja calcular a corrente em um circuito RL-série em corrente alternada, aplicando a técnica fasorial ‘A Fig. 5.13 mostra 0 circuito com as grandezas reais, ou seja, no dominio do tempo: 167 Fig. §.13 Circuito RL-série— dominio do tempo. Para resolvermos aplics zando as seguintes regras 1a) Substituimos as fontes de tensio reais, pelos seus respectivos fasores. b) Substituimos todos os elementos pelas suas respectivas impediincias. 5.13, representado na forma complexa, ou no dominio da freqiéncia, reduz-se ido a t nica fasorial, transformamos 0 circuito, Fig. 5.14 Circuito RL-série — dominio da freqiiéncia.. ©) Determinamos as respostas aplicando as técnicas jé conhecidas de resolu ¢do de circuitos. Para o exemplo em questo, podemos escrever: VeVer Vi, (5.82) Lembrando que: ou Vp = RI podemos escrever: VaR +X ou VeR+ixyl (5.83) que resulta: Lembrando que na forma polar podemos escrever: R +X, = VFN ee (5.84) ou, ainda R+KaZ onde VRTFXT impediincia do cire e w= aretg & a sua defasagem resulta vie ae s ze (85) Otermor = Y é 0 valor eficaz da corrente alternada. Z VRETXE E importante, neste ponto, o leitor comparar o resultado aqui obtido, que, sem diivida, € relativamente simples, comaquele obtido nas expressoes (5.48) (5.49): Sbvio que os resultados sio idénticos. 5.8 DIAGRAMA DE FASORES 5.8.1 Representacao grafica de um mimero complexo Dado © niimero complexo A=atib ele pode ser representado no diagrama cartesiano como segue Ex imaginavio oh 441 — ~ Eix0 eal ‘io de um niimero complexo no diag \ Fig. 8.18 Represent Na forma polar, © mesmo nimero A é expresso por: A=Alo onde A= Ver (586) are tg 2 (5.87) cuja representagao no diagrama polar é a seguinte: Fig. 8.16 Represe de um niimero complexo na forma polar E claro que a projecdo do segmento A na referéncia (eixo horizontal) corres- onde & parte real do nimero complex Como o fasor nada mais é que ura ntimero complexo, sua representagio grafic hum diagrama polar é denominada diagrama de fasores. Assim, a grandeza fasorial Vevee=v ie sera representada graficamente como segue: aa leks 1.17 Representagio grifiea de V. ou seja, por uma flecha de comprimento (médulo) V, que é 0 valor eficaz da grandeza, formando um Angulo @ com a referéncia, que € um eixo adotado arbitra- jamente. Assim, os diagramas de fasores para tensdes e correntes para os circuitos ialisados sao representados por: (a) Resistor (by nator (0) Capacitor (Asie Fig. 8.18 Diagrama de fasores para tensio e corrente. 170 Como exemplo, vamos determinar a corrente e tracar o diagrama de fasores do circuito da Fig. 5.19. oo Fig. 5.19 Circuito em a Seguindo 0 procedimento ja in jicado, vamos tragar 0 circuito no dominio da freqiiéncia; assim, temos: Se (= 282 cos (1001 + 30°) entio: v= Vu = 2 00 vt VE e = 30° com @ = 100 rad/s logo, 0 fasor da tensio serdi v 00 (308 [As impediincias de cada elemento sio dadas por: Impedancia do resistor: R Impedincia do indutor: jX, Assim, no dominio da freqiiéncia, temos: Fig. 5.20 Circuito em anilise no dominio da freqiéncia Aplicando a lei de Kirchoff das mathas, resulta que: VeVet Vs, m 200(30° = 207 + ja0v que nos fornece j= 200/308 20+ ja0 transformando o numerador para n forma polar, obtém-se 2001308 FTE resultando, finalmente, 1 51=33° (A) Entio: Ve = 20/ = 901233 (W) e S40 = j40 x 4,5|-33 = 40)90 - 4,5|-33 = 1801579 (v) diagrama de fasores correspondentes est Fig. 8.21 Diagrama de fasores A partir da representagio fasorial, podemos determinar as grandezas em funcao como segue: Sendo 1 = 4/2330 temos que Ig = VU = VEX 4S uly = 64 A b= -39 mm Logo: I(t) = 6,4 cos (1001 — 33°) (A) Analogamente: va(0) = 127 cos (1001 — 33°) (V) v,(0) = 254 cos (100r + $79) (V) 5.9 INFLUENCIA DA FREQUENCIA NOS PARAMETROS RK, L eC de um condutor aumenta com a freqiiéneia em vista do OU Seja, em corrente alternada a densidade de corrente em um condutor ¢ maior junto a superficie e menor junto ao seu eixo. Mas, em freqiiéncias baixas, como ¢ 0 caso das redes de distribuigao domiciliares e industriais, 0 efeito pelicular € muito pequeno e em condutores de pequena seceao transversal ele é desprezivel. Em vista disso, consideraremos a resisténcia dhmica independente da freqiiéncia, desde que esta seja relativamente baixa. ay Fig. $.22 Vatiagio da resisténcia com a freqiéncia, Consideraremos agora a influéncia da freqiiéncia nas reatancias indutiva e capacitiva. Reatiincia indutiva: X,, = w +L = 2m «fl Reatncia capacitiva: que, representadas graficamente, resultam: x tty Fig. .23 Varingdo das reati icias indutivas e capacitivas com a freqii ms 5.10 ANALISE DOS CIRCUITOS RL, RC E RLC-SERIE NO DOMINIO DA FREQUENCIA 5.10.1 Circuito RL 5.24 Circuito RL-série — dominio da freqiéneia, Para este circuito, temos: V=Ri+jo°Li SendoZ a impedinca do creito RL-série € dada por: Zak tere ZR +m na forma polar, eserevemos Za Zh (5.88) ees (5.89) J arcing (8 aves (44) 350 Nota. 1 60 angulo de fase da impediincia e fornece a defasagem entre a tensfio V eacorrente /. Em fungao da freqiiéncia, temos: RPE (90) que, representada graficamente, resulta: 18 20 ro) Fig. 5.25 Variagiio da impedincia do cireuito RL-série em fungi da Freqligneia, Para a defasagem, podemos escrever: e, sendo, X, = 2m -fL, resulta: " que, representada graficamente, resulta: eto) Fig. §.26 Variagiio de # com a freaiiénca, 5.10.2 Circuito RC- Fig. 5.27 Circuito RC-série — dominio de freaiiéneia Para este circuito, temos: 1 veri-jl tee vs ‘que nos fornece ou, ainda, Z=R-iXe 5.93) Na forma polar, onde Z = VRFXE (5.94) = mete (=%6) Em fungao da freqiiéncia, resulta: 1 Zay 5.96) ae PC 69 (5.95) = wee (7) a que, representada graficamente, nos fornece: Ko EL te) cia do cireuito RC-série em functio da freqiéneia, Fig. $.28 Fig. $.29 Variagio de y com a freqiéncia, 176 5.10.3 Circuito RLC-série Fig. 5.30 Circuito RLC-série — dominio da frequéncia, Para este circuito, temos: Vaart Wet Ve ou, ainda: 1 = jo Lj (5.98) VER +i Lae Sendo Z = resulta ov, ainda, 6.99) Fazendo XK=X-Xe resulta Z-R+K na forma polar temos gezy com 2 = VETER! = VPRO RP (6.100) e y= aretg ® =arctg (a (6.101) 7 E claro que SeX, > Xp, temosX > Oc o circuito éindutivo, coma corrente atrasada da tensao. Se X, < Xe, temos X <0 0 circuito € capacitive, com a corrente adiantada da tensio. SeX, = X¢, temos X = Ve ocircuito ¢ resistive: esti em ressonancia, €, neste caso, que 0 circuito 5.10.3.) CALCULO DA FREQUENCIA DE RESSONANCIA, Na ressonancia temos: X= Xe que nos fornece esendow finalmente: a f-, onde f, &a freqiiéncia em que ocorre a ressondincia, obtemos, L vic A relagao entre a reatincia indutiva X,,¢ a resisténcia dhmicaR do cireuito, na freqiiéncia de ressonancia, € denomi meérito™ do circuito na ressoni Assim, temos: few (5.102) resulta que: (5.108) E claro que, na ressoniincia, a tensio nd resistor Vy é igual a tensio aplicada ao circuito. Devido a este fato, poclemos escrever: Va= Roly =¥ onde 1 é a corrente do circuito na ressondncia. Isto posto, resulla que: Vi=X, 178 ou, ainda, Vi = OV Ve =Xelm = 22 V ou, ainda, uv Portanto, sendo V;, = Ve-na ressondncia ¢ somando-se ao fato que Qs pode assumir qualquer valor. inclusive maior que 2 unidade, as tenses no indutor e no ‘capacitor podem resultar bem maiores que a tensio aplicada ao circuito. Podemos defini ainda x hancla passante, ou largura de faixa do circuito, como sendo a amplitude do intervalo de freqiéncias cujas frequencias extremas sio aquelas nas quais tem-seZ = & V/Z. Sejam/, ef, as freqiiéncias extremas da banda passante, demonstra-se que: Qe (5.104) See Mi (5.105) 5.10.3. DIAGRAMA DE FASORES PARA O CIRCUITO Ri Circuito indutivo: X, > Xe “SERIE Neste caso,temos: Vi>Ve © 08

Xe to capacitivo: X),< Xe Neste caso, temos: Vi By, Neste caso, temos: Te>h, © P< <9 Fig. 5.44 Diagrama de fasores — circuito RLC-paralelo Be > By) Circuito indutivo: Be < B, Neste caso, temos: L>Te @ ~P

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