You are on page 1of 5
SU ENS) YN] VOIHIINY YN Sel VONVUNSIS "G ade Pe Joseph Comblin A Ideologia da Seguranga Nacional — 0 Poder Militar na América Latina — “Tradagto de A. Veicn Fi civilizagSo brasileira Copyright © 1977 by Jean-Pietre Delage, Editions universitaire, Gap: Evetiwo Hinscat Diagramacto: Len Cavetrmatne Revisio: Unmerro F. Passo Diselos desta edgio seservadoe 3 EDITORA CIVILIZAGAO BRASILEIRA S.A. Ron Munis Barreto, 91795 IO DE-JANEIRO— RI aque Se Feseva a proptidade desta tdci, 1978 Impresso 90 Brasil Printed in Breil Podsmos classfcar © conjunto dos Objetivos Nacionas sob ‘tts pontos de visa: ‘Em primeiro logar, a Reranca dos valores moraise espstuis de civiliagao ocidestaly podese chamar a isso humanism, csi ‘ls ov dermoeaca, Tia seyuida 0 cutter muconal: sabese como é difeil define f pretense caster nacional. Nowos extategists, 20 entante, ao ‘listen da trea. Quanto ao resliade, ¢ mais on menos bom. Julguemes por ui exemplo. O carter ‘nacional baila, a set ‘uidadosamente peeservado por melo da estatégia nacional seria © sequinte: "Individalisme, adapabliade, improviacto, woea {Ho peclia, corilidae, ewotiviede"** No Chile, descobivse Fecentemente que 9 povo era eminentemente gueteiro, Finalmente, devercs clssiicar nos. ObjetivosNacionis os aibatos da soberania em seu sentido clisico: teria, autode terminagio,integridade nacional 2. Unilade dor Objetivor Necionsis Os legos, sem dividn, perguntario, ingenumente, que uni dade pode haver entre todos esses Objetivos Nocona, © camo postive! que uma nica esuatégia pons dejar cbjetivos 120 hnumerozos € diverfcados. Essa questio munce constitute pole. ‘ma para os estategistas a Segurtya Nacional. Na reilidade, 0 ‘que unidade a todos esses ebjeuva € © ue ot orns pareidor que estdo todos ameagados pelo cmonismo, Podose mesmo si por gue alist fi eit 4 pats de uma lista dos maelicis do co- ‘Buniimo, Dal uma grande civerskdade de lita. Na teliade, slo Eo iasportane assim derrminar de maneis fea os bjetvor a> ‘donais. Basta ver clutamente que sio o opesio do comunamo, © ‘quem defender uado o que 0 comunisia. deste ‘A snidade dos objetivos orginase,alinal de ootss, da uns dade da esuratéia, “Aparentemente a cstatégia & defnida pelos ‘bjetinor. Na taldads, of objervas € que aio. dfiidae a part ‘ds estratgia. No inicio hi esttatépa.anicomunista. Essa e+ ‘wacépie anticomunisa tem uma nica finalidade: a destrlgso do ‘omunlina. Porém € posse lstar todos os benefiios que al. + Fer exe, no manual de Jobe DM, Cols, Le gran exraeya Py am da rutna do comunismo: esta sed a lista dos Objeivos No- ionais. Daf a apacente mlplicidade varedade, dos objetivos, fet aparente dlcldade em reduailos 4 ome vniade. Ay vas ‘que nos so oferecidas possuem ‘uma caractristiea retin viel fio senvolvimentos bterisie sobre 0. tema fundamental da [peers ao comunism internaconsl B.A Seavrasca Nacroxat 1. Defnicio de Seturence Necionat (© conesto de Seguranga Nacional esté no czene da doutina, «todos os problemas susctados pela doutsna ja esto presents ese conceit altamente problemi. Treqlentemente os manisie amercanor que trntam do asiun- to nem chegam a definila: cla estd presente em toda pare e jo mals €expliadn EE imeressiote potar que a. Sepuranga Nacional proporciona| tum eguvalente dos Objetivos Naconais: estes se reagripam, final mente, sob um tnico chele, a Segutanga Nacional, de tal’ modo (que 4 eetzaégia vise iodiferentemente cs Objetivs’ Naconas © Seguranga Nacional. Pois a Sepuranga Naconal tem uma rlaslo com os, Objetivos Nacionls, ‘Amaral Gurgel_propse seguinte definigio: “A Seguranga [Nacional é a garantia dada pelo Estado pars a conquista ou a de- fesn dos Objetivos Necionis,apesar dos antaponismes © das pres ee AA Seguranga Nacional & « capaidade que o Estado dé a Ne fo para impor sevs objetivos a todas as forgae oponentes. ssa ‘apace 6, naturalmente, uma foga. Tratase portanto da fogs ‘do Estado, copas de derttar todas as forges adverts «© de fazer teiunfar os, Objtivas Nacional ‘Os ‘Objetives, Nacionsis constitoem um conjunto bastante vago. Os autores reconhecem que fd um #5 bem, que € a expinha opal da seyurangs nacional e€ sempre wm objetivo © deve sex ot tren Amar Gre, Serre « Denar, p18, Come rtvas defines de G, Cote ey a Sepurad Nevins como sbjeive ‘Wittens, ps ek Ec Bscnlupo'S, Ef Exedy le Seputded Naconl. > pre ser coloedo em seguranga: a scbreyivéncia da nagio.* No. Eero, imeioamene vol a inciea, cael ge vex téncia fisea de uma nagto exteja em pergo.. Fstendese portanto scobvevivéndis am certo mero de abuts consierados even iis sabres cops, uma reli, dats pole, Bm sume, a seguranga nacional aio sabe muito bem guais ‘io os bons que devem sor poston em seuranga de qualquer ma aeita, mas sibe muito bem que € preciso eoloctlos em seguranga Ela goer ardentemente com todas as forsar de sei poder fisico algo que nao sabe muito bem © que & Como pode set bem sede urn conclto sparentemente to parsdoxal? Nio juljsemos apreseadamente seus defensores. O con cto de segatenga nacional torm-se muito operscinal desde mo. ‘mento em que se define © inmigo. A segaranga nacional talvex ‘lo sibs moito bem o que esti defendendo, mas sabe muito bem contre quene: © comnts. Svs indefinigae € que faz sus eficea- ‘a: 0 comunisme pode sparecer em todos setores da sociedad par lutar contra cle € preciso um conecito muito flexivel, Em ‘ualquer lugar onde se munifeste um apareste comunisne, o Es ado estd presente ¢ faz intervie a seguranga national. A seguran- 8 necionsl € a forga do Estado presente em todos ot hoarse ex Aue faa suspeita do fantasia do Comunismo. AS vezs atacam um objetivo, As vers outro: & onipresenga do comunisme respondese fom a onipresenga da seguranca maciaal. Seria difiel compteen- der este concito fora do contento da guerra generaliada, dh gosta {ia © da quera revoliconisia que o'viun ‘nase 2. Novidede do conceito de Seguranca Nacional A segura acon tomas, ns Estdoe Union, wna i de pwrchave, um const imesido na Ungngen com, Pil pone que nnguén mat ae nerogs sobre eu ero. Ns ‘Amel Laisa 2 mean colts exh acoseero no enianto tatise de tn conse sadelmente now, que thera proindamente toda 4 sabedorapelitea wacom Te"um conceit terrvelnente simplia. Appa uma série de Aierenciaghcs que parsam fuse parte dx heaag da Gilzgfo- (Ct, Thm M. Colles, Le arom envteia, . 26. 8 ‘Em primero lugar, supine a disrena cote a violins © 4 sowie Ge 4 mee de eo sien © et fngos de presio vilenos. A segurang € a fora do Estdo ap Si si elvan gular igh ens os edo Ape fangs um clas que pode ser obtdninderemememe por aon ls’ to merc. Gam Bos Jaw tle queaicea os meas, Ceganor poramo 8 comciso {go os Obeiv Nasonas tn gut ae pocuras ou defends for Sodoe 0s aor Indstntamente. No plano da olen extena fo igi nara ont ee a gus « tlm 8 teeta € sagan scion! depedendo das Gneunstnci, ps Sse de umn cist 3 outa os melhor, tao se cotunde, viléncia {yeités ceondmcs e pscolgiess tido conte om nko cone fevtamento. No plano dh pols Intron «seguangs nacional es {Foran arcrs Ga gotta copsconas a spurge B50 co dcce arcsec “€ connivcioal ou aneoosucona, se 4 Conriigio «atl, aise a Conmigo Em segundo gaya eegurans nacional deter « ding en- ts pal csna © pl re in, © mano in 4, est a0 eso tempo dentyo e fork do pals; © problema, Biuord ¢ mame: Dependant. de cheaetieeke oF mesos ‘roe podem mt emperor, ano pura ineros. Desipuece 2 feenga ene poli. © rerio! sts problemas lo or meanes. Ors, + dotting adic: tal fara. una ‘Gstigto coptal. Reconbeca que, quanta ie rela ‘Bev entre as-magde,@ remade de It no congue dominar 0 feindo da orga, pom ela acrdaya que no imei os naslo inviese conseqlds contcat se certo posto 0 rinado da for f crar ns po mencn alas thas de vi socal, onde a8 se igs am cmt lo Dr coe fo > ectodo contencoras,peeinos por Tes € tls ou menos Faconais, nso dsaparese de wma 16 ve, ate das neces Eo segutaoga nacional. Ein tro luge, a epucange nacional apaga a distin eo- ‘te a wlinca prevntivn ea wolenc represia, Dent do co so de dfn coal, susie ional feta Seg 9 “npcego du volenl enews nagbes a caon de sesso: 0 so du for ara exa uma tespsta sina agrosio cxsteranla. Em fompenagio,# sgurang nacional defemie iesmo_ de mado pre Seauvo ov fatreses neon fim do alstr possivels amet {furans a sojranpa alo ope barra & ucts preveniva, 36 Na politica inverna passe-se 0 mesmo. O concito de sepursnsa inerna do Estado era uina rpresso 3 violéncia, a ator que poser sem tim peigo a otdem publica. A sepurang, polo contri, exge Imervengos tanto em cisos de suspeita ce" tim porivel periga quanto em casor de deliter aracteriznos, “Ealin, 4 sequtanga nacional no composta neahum limite. ‘A defesa nacional ¢ limitads pelas agressbes do exterior. Quando podese achar que Se atingit Um nivel de sepusvags soliciente? O Sesrjo do ceguranga tnde a ser, em i, lintada.. Tende eponts- ‘aiente pura o absoluto. Ors, a seyurangn absoluta € extrema ‘mente ambigua.. Nio pole ser considerada como um valor. Como dais Kissinger a segurangs absolute tem um prego, que € & inwe: igranga abvoluta dow outton2” E exca cri, em retro, wa total Insegurangs, como observou Eisenhower. Ee necetito, potanto, ‘que a segutangaenconire em outro principio — na poled — seus lites © son josta medida, Ora, a Doutrinn da Segurangs Noio- fal tem um ponto de parida absolto: nao tem naa pars contro: Tar a tendéncia & segatanga absolua 3. xtonsto da seguranca A segutanga afta todos os aspects da vida socal. Em toda patte pode ser desfiada por ameagas: em toda parte a subverio, Sn grande inimign, pode Se manifester. Tanto a vida politica qui to-a econdmics, a via coltual ou a ideoligice sio problemas de seguranga. A estratégia deve arent, contain, vigar todos exe ‘Se examinarmes a questio seb outro ponta de vista demos qu todas a8 atividades homanae #30 necewitne b suranga: to 2 chumnado a coatebair. Alids,» seguranga noconal ¢ responsbi lidade de tevtos 0s cidados. Cada umm dele exté envolvida 0a se. stingy; cada um pode erat um problema de seguranga e cada um € chamado a resolver problemas de seguranca*® GE. Movin Kalbe Bernard Kalo, Kisiner. Dell Pubshing, York, 1935 912 hatin a a Le de Sepurunsa Nacogs de 2 de abril de 1976, de ‘Replica do’ Equador, art 4.-'O. Coronel Cons afrms que a senor ‘coma "e uma fuosbo tel gue dete stizar todas orn vas Gh Mgto" Go. eh, p23). Bo Covel Brcgapo mises "A ee a ©. 0 Poozx NactonaL © proceso da Nao iota pode ser reprerntado com a sind do esquema tein: Nevo € wha vortade qu empeege ‘es em pet de um fn, Eg Poder Recon “O Podet Nee ‘Semi Co lurieato de ola mac ey wa So Obj Rice 0 Rae Rn Seri nen de ee cy range toes #9 capciads © i Ene ae can sas teruns inne, tral pollo, contin, seri, poco, mltare, um conjate de pores que en Sve tion or atte de apfo do Extalo™ Or ater eto Sonuiemes de movie dene coneto © orgulhamse de mostat son decsbe.| 1. 0 sentido do Poder Sa sand eS sD 2s ein ional? General Pinochet explics: O poder € "a fora organi ‘zadora da vida social que o Estado detém em seu maior sentio™; (0 podst “abringe a organiza do povo para exercer 2 autordade fobre 0 espago e sobre a. miss humana gue se Teclzam ao in: teri dos limites do Estado, tendo em tists por em pric & WoO tade do Estado" O poder nacional ¢ portnto © conjunto de meios de agio dos aps 01 Esado ode dopor paca impor sua vorade; fi iter Nestor condigiee, © conceite de poder spaga todas es dit. Ges dlasicar. O poder €4 um tempo capscidade de agfo sobre 2 naroreza ¢ sobre ‘os homens, eapacdae de manipnlar os recursos Daturais grigat a0 capital, 2 téeniea, 2 capacdade de trabalho, € ‘apacdade de impor aos homens a vontade do Estido, Sa les, do prestpio, dn prema social, dow costumes ov sui. (© poder reine recursos maturais, trabalho, cincia, técnica, capital, [RE Micigapo 8, 1 Eutato ta Sepurided National p A. MA. Poche Uy Geopolie, 153 8

You might also like