You are on page 1of 6
aula 1 ética e virtude na terapia Terapentas © pacientes, consclentemente ou nfo, orlentam suas gies escolas apart de ceras eens ¢pressupostos mito Di slcos «implicit acerca da realldade, do lugar ocupado pelo set i ‘mano no conjunto da exstencl, ca prpria natureza humans, suas poténciasefnalidades. A despite de sua vontade on conbecimento toda pessoa tem uma cert cosmovisdo c base antropoliglea que, na ‘maloria das ves, € reoebidairefletdamente da cultura em que ela st inser ‘cultura forece os simbolos ea Inguagem — ao mesmo tempo Aescrtiva e normativa — necesirios pare #compreensto do mundo e do sr humana. Estes clementos podem ser mals x menos aeauados ’srealidades, podem sjudararevelaro, 0 contro, ocular o que las possiem de essen A cultura, segundo 0 filsofo expantol Onega y Gasset, 0 mapa da vida. Uma pessoa culta nfo é necessartamente ‘uma pessoa ents, que sabe tras linguns ou que conhece mistea ‘lisa © Mteratura antiga, mas éaquela que possul uma linguagem capaz de interpretar a contento os fenimenos 0 se redor. Quando ‘ese mapa ndo conseyue fornccer&linguge e os stbolos sdequa fds para uma ortentacioefea, ou Sela, quando a8 pessoas nto ee bem da cultura o elementos para interpreta €conbecer o mundo 20 seu redo, princpalmente, para conhocer a sl mesmas, seus movi ‘ments ntriores eo ns aque devern tender para Serer ealizadas| ‘enquantoindivdvos humanos, pde-se dizer que uma crise cults ralque conduz, por sua vez, a wun crise de sentido. esse modo, interessante que, ao trata da tia eda psicologta moral enquanto citnelas auxiiares da prticaterapgutic, tome-se comaponto de partida ua abordagem cultura. Todo terapeuta deve ter claras para si duas coisas: 1) Quaisconcepgtesacerea da realida- de, da naturera humana e de suas fnaldades orienta sua prétl- ‘a terapeutca; ese os modelos de Blosola mora, éicaepsicologia ‘em que ele se basela Ihe fornecem recursos Inguisticus adequados ‘© proporeionadls ao objeto de seu interesse ~ a psiquey a alma ‘mans; ¢2) qua es pressuposts eulturals/simbdicesorientam cada ‘ents, equals crencas fondamentals els trazem consign Fundamentos filoséticos, da pratica terapéutica [A licnconsiste na relexto losin acerea do que & boa vida, do ‘bem vier, dos aspectos que levam a reallzario timaa pessoalumana «portant feliidade* 1d psicologia deve dar conta de deserever ‘refer scerea dos movimentos internos da psique humana, suas rmotivagies,e indir qual é sea modo funcional, barmonico, de pleno desenvolvimento das suas faculdades. 'A tea a pcologia no consistem apenas da serio de um estado presente de coisas, mas ambein da indieagdo de um estado 1 Biatisina, er ‘al humano, Ambas sto discipinas sds desenvolvidas em suas diversas escoas a partir de determinadas coneepgiessoetea do set ‘mumano e da reaidade em que ee vive. Assim, a tia clissica, por exemplo ~ modelo que os regs, ro- ‘manos € etistios defendiam, ¢ que alguns modernos defendem —, parte de uma concepedo acerca da pessoa humana enquanto dada de certs faculdades fundamentals que se desenvolvem per melo da pica das virtudes,o que implica um esforgo para aleanear um bem ‘superior So essisfauldades que nos integram a otras pessoas pela ‘120, prncipalmente, pela capacdade de amar —o amor entendido aqul como ato de iberdade ede comunt, 1.0 modelo de tica que pode ser chamado de moderno pis -moderno — propasto por Nietscte e pels pledagos modernos ultra eindlviduaista,soquer considera que ose mano tena ‘una natureaespectca, wltada a bons superiors ~ nega, incl, & ‘xistécia de um bem ou uma verde ojetives, ranscendentes Ndo ha apesta none fundamental de que ms somos pessoas humans, racionas capazes de amar, de nas comunicarmose de nos unis “unscom os. outros. Assim, esse modelo cond uma redugo prof ‘dada expectatvae da proposta de ralizagso humana uma wer que no hn sequer espago para falar em formacto do cater de persont- Iidades maduras econsistentes. Ese apersnalidade humana é quid, ‘do se esvai no a, td se perde, tad evapora de forma radial? ‘Ua pseoogta que se basole nese segundo modelo dedtica ede ‘soneepco do ser humano poder ferecer no mximo uma integraio Timitads, com vistas 3 suporseao de wm trauma pottuale&reeupera- ‘9 da capacidade de air fancionatmente em uma atividade especti- ‘ca — que por exmpl,o que a abordagens behaviors proper. Deparaino-nos hoje em dia com inimerasabordagens dese tipo, limitadas e reducionists, pols a psicologia, na medernidads, em- reendet im movimento de dssociaslo desta mae, a fllosfl, para ‘eri a uma nova forma de contecimento, pensamento e pita: & cleneia emplrics. A clénciaempitice, ao contrite da oso — que 1 mong sto plenty pant uma em es epna ke serene ices também ¢ una cients, no sentido de serum modo de conbectiento a verdad ~ rez seus objetos sua dimensio sense em vista do seu dominio material eda esto de problemas pontusis. Apartando-se da lesotae aproximando- se da ciécia emples, « pseologia fla desprovida dos mis eda nguagem qu seal ‘azes para compreendere falar do objeto que Ie dz espeit, a alma ‘humana, que possal um aspecto de mistéio ede insondabilidade, He- rctto de eso, um dos grandes logos da antguldade, dizi "bus carels os conf da alma e nto as encontrarels", eo dizi porque a alma, em sua dmpenso intelectual e em sua dimsensoafetva in ‘ta, inabaredvel pelo pensamento humana, Santo Agostino, por sua vez, um dos fadadres de psleologiaprofunda. dzia que 88 pode ‘amos concer a nos alma sepadéssemos vr ans mestnos como ‘eas nos ve, porque a nossa alma seria praticamente do tamanho de ‘Deus; assim, preclarlamas de um horizonte de intlec¢ info para conocer alg que ¢inesgetive.linguager da psteoogia necesita, ‘de agum modo, sr proporcional 20 seu objet, oa sf, alma mesma, ‘que nfo pode Ser reduzids a uma linguagem clentiicmatematlca, no pode ser conheclda apenas por sus manifestacbessenstels eno ode serabordada de medo onginico (aca que os problemas de ort em orginia extam e devam ser abordadsc trata) ‘lo passive, por exempo, compreender a alma hamena sem Jevar em conte cultura em que ea est inerda ea que elementos smbrlics ela tem acesio por meio dessa cultura, Dai a conventéncia de uma reaproximagdo cam a lost, que ¢ uma cnet aberta in ‘guagem simbolica da cultura, Crise da cuttura, crise dos valores e crise de sentido ‘Sea cultura deve ser como um maps da existéncia que nos ajuda a ‘compreender a realidadeea nos orlentarmos nels, pademos dizer que ‘Bes x po mdema que se yeocape cen rob onsen 8 lcs on donee lc ‘cultura contemporanea, ps-modema,estsemerse. Alisa cultura "moderna se caracteriza como uma erie em I como uma mapa, emt ‘nome da iberdade iniviual, com as tradgbes e insthalgSe qu es ‘ruuravam ¢orientavam as pessoas so longo de sa vida, ‘Em uma cultura de relativsmo, que abole a hierarquizasio dos ‘valores, imposselgular-se por qualquer princpios objets, € 0 Indiiduo, abandonado 4 sua pripriasubjetividade,sente-se verda- etramente perdido e desorientad, Posse todos os valores se eq ‘alem, se no hd nada objtvamente melhor ou mals desejvel,entio nada € verdadero por si, «€ impossivelorlenta-se com seguranga (© resultado ¢ um estado las paso, wea pours de “tanto faz"; vida perde por completo o sentido, porque as nossas ages nto se ‘oneretizam mats segundo valoes que satisfazem a nossa natureca. A felcidade ¢ impossivel no relativism peo simple fata de que a fe- leidade é um estado que se alcanga a partir da rellzago das nossas itudes, pats de quando agimos segundo aquilo que bel, justo everdadete. ‘Um texto Iterio que aborda de forma eloquente & experten- ia da falta de sentido em um ambiente cultural relatvista 0 conto “Os Sobreviventes", de Galo Femando de Abreu, um dos escritores proeminentes da contracultura brasileira na década de 1980. O a ‘or mesmo soe uma grande crise exstonclal ew sentimento de ceo, de inadequagto e de incapaidade de inserco funcional na sociedade, e, tendo soido de modo peofundo essa crise, pide des- erew-laIterariamente: “at do cra, ttl macrbltc sands dogs aeupan fogs dana tao Cooper strlo patas mans canoe Daeg cok sob een no pat, agora © fg? Na lg do Pes, mas em cada canto do meu qua enous mage Ge Baa uma de mle Omum, uta de sino, am poster de ed, {as vere aed vhy, ago ea, que ince, mo ba de ara Sip sat gross canto, to epg sotto nena] oa nome tt regina acta ost si dares sn te ue) prema -venas com autconhscinentoe-tedentores, el ode. ome ase lnquenta Seid ies anos de analis pirel dectnes, lem: ra [|e deseo uma fe cname, quaker ns, door que” se excerto mo versa simplesmente sobre uma pessoa deprimid, ‘a 6orefewperfelto de alguéim quo no tem nenumna expectativade ‘cure, pele simples fato de note nenuma esperansa de solve para © vazio em que imerg, so, vazlo absolute do relativismo morale cultural 0 conceta precio quc desreve essa sruag é“nilsmo”, ‘onda absolute do ponto de vsta ontolégico,substancal e real. ‘No conto, a personagem — uma muller conta para seu sigo! amante com flnox veriginasamente por virias posibidades da ‘alma humana, buscunda, sempre em vao, encontrar um sentido par sua vida, Tentowenconrd-lo na misieaquea fava dancare ibrar, no tengajamento politic, na ecologia, ma terapia, no apelo sincrinico a ‘eligi incempatives entre sl, Em certo momento d cont, perso- ‘nagem vomits, 0 vimito € um simbolo da reeeto a essa morn, a0 que mio é nem quente nem fro, iniferenga moral profunda, & ‘bec completa* (conto spresenta a questo em umn nivel extremo; 0 autor pro ‘cura apresentar de forma paroistica esa crise da cultura que leva crise de sentido, devido a negagso da possbilidade de conhecer um ‘sentido objetivo para as coisas. Eo desrédito se estende 8 passbi- {dade de autoconecimentoe de autoapefekgoamento, que se di pela ntegragio com a sociedadee pea assimilczo da sabedorla que esta ‘ransmite de modo institucional, atvés das fates de edvcag30. $0 fo pretest de iberar o individuo das tradighseinstitulgbes que the foreclam uma orienta baseada em parimetrosvaloratios obj ‘vos a cultura reais acaba enearerando-0 no plor dos circeres —emsimesmo. ‘Anes da crse da cultura, uma verdade fora do mundo subjetiw sempre foto principio elementar de toda a educagio moral, Intelec- tual, polities e sprtual. © que é a educacio, senio liar a pessoa 6 Apne: pra orca oe eer gas expert tues ao rina da ane Jectual ¢ espiritual? ie meatinte ‘ome esa it ets bt posite etic “no setn pln eo. una apt nas oe es ‘ra super prencher manga mane ne 4a de spender ce aa osc cons ica No fd escolar be Sega petit cam nan! "et deeper sponds genera et tins hoje nota we depres con a ies pom eg cama inn pases Siro im conta, perp de tone babs tego de poo exec pa pisses ‘manera aa seine an oes oa ‘ome dean ope Vaca penecord sor nk!quedie ucts tempos eco tna ppt ct hens capa ‘lal ae ona sos docs dw tes tnateneee srr sce lu ans os Baas {arte por posto et aes rd owt dct avast sur nodes ‘eo ena da hale pe hurt eee dem ainaeserion das boas ela scents storms ts «cpr igs bent i de ‘iteece vaca 7 Api ese g dopeotan cm ple pes No gy sph aime isos dg pain eg en te renin. Que nio hv arti ep | Apso ved atin at sn sent lr de ena fone umes npc ope nm + Pog ead io Em ses eS A ética das virtudes ‘ea retomada do sentido i importante que o terapeuta nBo conte apenas com o bom senso ‘ara abordar as quests aprosentadas por um paclente, mss const ldentitiear sob qualsinfieéneas culruralsesw so enconta ede que ‘modo essa influtncas afetam sua compreensto e relagio consigo zesmo, com 0s outs © com as creunstancas da vida dele. Alm dso, € importante que o trapouta conheca tami que eaminhos podem ser eficazes para conduc seu paciente felcidade, equals ‘escola de lea ou flosofta moral — tanto antgas quando conten porineas investigaram e compreenderam esses caminhos para a felcidade humana. [Entre todas a8 escolasdisponvelspoe-se dizer que a flea das ‘irtdes ¢aquela que pode responder com mals propriedade a «sees ‘ilemas po simples fato de que ela tenta aalisaro ser humano em sua complete. sea tradgSo remota a Plato, desenvolve-se com Aritteles, eno cident, culmina em Santo Agostino e Santo Toms Ge Aquino, alm de ter seus adopts contemporaneos. “Aética das virtades compart como bom senso a percepeto de ‘qv, embora todas as instincias da vida humana possam ser apere- pds e integradas, ser uurmano 6 fale, aco, e precisa, portant ‘de modelos do apoio de insttuebes que le apresentem os ritéios ‘deecelénca ede pessoas que os eliza deforma mxina, Segundo ‘es ideiapedagica da natureza humana, ohomem precisa de eam hos conereos, de pessoas conereta que Iracem esses cams ede critéros para esenvovera sua personalidade em varlaos aspects. "Eto, hipoeticamentefaland e com base nessa tradigf0, um te- rapeuta aarti aquelapersonagem do conto da segulnte manera Ele saliaiao mori como ea tds com os prazores mas elementares da ‘mesa ¢ da cama, com a pao do medo, com as decsbes que toma € ‘quals soos principios norteadores da sua vida. sequida, avalara ‘como ea ida como outa 0 que ela faz em reacto ans outs. Tudo {sso ¢exatamenteo evquema que, na obra de Plato, refere-se 3 cha ‘madasvstcescardeais — teraperanga, fortaleza, prencia justia. _Apenaso into desseesquoma sera sufelente para arrumar awa dda personagenn, pos sm a temperanca, «fortaleza, a prudéncia © a {sta ela nfo tem sequer os pont cardeals, ou sea, as primeias Dalizas para wma orientago moral. Clare que isso io ocorzeia crn um passe de magica, mas ola se tomariacapar de perecbere deste ver ceras palates, e era apresentada as virues opasts. A Bien a ‘Nictmaco, de Aristteles, por exemp,abordaextensamente a vrtude da préncta, que € a arte da tomada de doclsdes. A boa tomada de deci depende de duas cosas: de quai soos seus principle quals 80s mls para ralizi-ls; depois, se esses mos so adequads 20s fins equal éo content que govema astuagso, Ass tradigioétcaperdura st hoe, sobretudo na lea Calica, ‘queda grande herdeira da trade da tea das vite, provenien te do Period Cléssico, porque o doutor comum da grea, Toms de ‘Aquino, assmilou a lnguager de Aristteles. Isso no signin que apenss Hlofos, webloges ou intelectual eatélens defentam esse ‘morlelo, Ha muitos outros autores que também defendem a cca e tendlida dessa fosa, que, final, fol a predominate até a emergéncia do titarisme. Mesto entre os inelectuas académicos anda hd espago para a ‘ica das virtues. Um dle, com osu aistoelismo contemporinen, {oaulor Alasdale Macintyre, qu 6, incIusive, um autor mo interes sante para psodloges ~ seu primeio lira € sobre o objeto central da pslcandlise de Freud, 0 inconscente. Depo, ele estudou a escola de Frankfurt, eesereveu um lv sobre Herbert Marcus,” no qual eflete sobre a poltizagto da picolgia im 1981, f um autor verano (Macinyre € vive © noes em 1929), esreveu um tatado extraordinsrio chamaco Depts da Vir sdeobra que nrtela mult da ello que oi desenvelvida agate que ‘rata de como a moral passou a ser pens depots que o coneeto de ‘vitude fol ~ segundo a visto madera ~superado. Para resumraese ‘liv, ele percebeu quea ica havi chegado 20 fim, porque depais ‘da vitude noha ia, depois da virtue ho relativism eum la ‘cua na descrigao normative, sobretuo porque a ica no tata ape has de deserver, ma de sperfelgoar;e a vue é 20 mesma tipo 1 For Me An poston anda: ng res Nt a 1 ops te un eo oe tr al idea ‘ concito desentiva enormativo pelo qual o ideal de exelencae de spertlgoamento se presenta na Vida humana ‘Mals ard, Macintyre tomow-se un liofo voltado tanto & tea quanto a metas, trazendo uma explcagso mista para o fendmeno ‘que aqui apresentamon, pois le consider atl ofechamenta do rau- do na imanéneia, Tanbeém essa alle est como pano de fund da presente reflewto, porque abertura 0 transoendenal e 36 virtues sobenaturais 6 cont ine quan parauma altura save, Comm 6 fechamento & trnscendéncia, o mundo fica fadado 20 materalis- ‘mo, deforma que pareueencerrad em uma esverna, o que é a base de mult patologls a nossa época, enquant, por outo li, as virtues teologals como gue contisagées das Vrtudescardalsanterormente brem-nos para uma cura dimensioereorentam todaa ‘mencinada nossa esprineia humana. 0 rope inside iva cents no 6 wits Oda cults & Foie, encanto est preoeupad om nots geal tn et vit pane, ms preps necesdades Tor i, a cna ge pect ee divesies Indefndaments. Porson em um tla, Macular regia pea vida mot tem deer atid fowennte um sera complet nya, cae rent estrtuada, lt plano da ia, mapa que masa os cls de salvadaexstoeia mtr as elas comcaminos (mi) 6 antiga como propria cultura. Ett cmpreende st crgom. Quand on econ ‘mums stg dite, conta, parece qe late des ma sel fh 4 cnaranhods, tenses, den da al no podmoscaminha, ob pena “Peo caso esque a ncamos aa dpa en que la Universal fw crea id Medi eros qe eles atl es ide sper ela ge enone const enter poplamante, a ese perio, [a Untersidad medieval no investi eau my poco deposi; todo cs. “cultura gener — olga wea, “anes” oes que hoy Laman catia gener nr ara a Fad Med bo era om de a mente o disci del ard, pore conta, sistema de eas soto el mundo ya Haman qe el hombre de enone ose. a, pes, el epenaro de conetanes e habin ded fata Lavi eran ca ana saa san cnn homes ere en a, Peto su mente asco ane et sensei ce nag y periment ‘woh por eae on ast ie, ain es det es clare ns ‘ptr Unis convenes putes sobre ogo so sas yl ma. 2 ‘comune sisera dea, act en ements yrdeo de elias ‘doo camat pees quot Culham eslo qu sata del nag ve, ‘oe permite lnm vista que uv se again enti o rt elect ‘No poemos lv, uanament, in eas. Dela pend og ha sas y vv noes ito hacer eto note. Al js Mio de ni: "Nests acts sigue ansstospentaienos om aruda de cae see

You might also like