You are on page 1of 5
EMC MOM Urea eeme NZL 8 PIN? De Cun Rea COMO CONSTRUIR ax ls Piso de concreto com fibras OBRA ARTIGO Logistica Projeto ambiental | industrial integrado no canteiro m Como escoar 0 trafego interno e evitar congestionamentos na porta do condominio? m Como atender a demanda por vagas sem tornar as manobras impossiveis? COMO CONSTRUIR Piso industrial de concreto reforcado com fibras de ago fibras de ago para concreto co- segarama ser utilizadas no Brasil a partir da década de 1990. Diversas pesquisas ja foram realizadas desde entao para o aperfeicoamento dessa tecnologia e aplicacdo nos coneretos para execucao de pisos industriais Hoje, € possivel a especifcagao segura « execugdo com critérios internacio- nais de qualidade. O Pais, inclusive detém diversos recordes deconstrucio de pisos industraise prémios interna cionais de qualidade. Concreto reforcado para pisos com fibras de aco Consideracbes de uso Durante fase de projeto seri ne- cessérioanalisar uma série de quesitos, aque vio além de indicar unicamente a necessidade de um determinado tipo ‘ou quantidade de eforgo, O conjunto de todas essas consideragoeslevari 0 profissional a defini a configuraczo mais adequads 20 piso Para combater 0s eforgos mecini cos atuantes nas placas, podemos ter como altermativac uso ds bras de 350 Normalmente esas dosagens vara de 15 a40 kg/m? visando-seatingi resis- téncia sufiente para qua pla bsor- vaoscaregumentosspicados Para a definigio da fbr, devern ser considerados os ensaios de de- sempenko. So analsadas diferentes fibras em diferentes dosagens, até se chegar a matric de concreto coma te- nacidade necesstia para combater 05 esforgos mecinicos. E fundamental utilizas30 dos va- lores de tenacidade como parimetro de avaliagao do desempenho das di- versas fibras existentes no mercado, O método mais comum no Brasil para a determinagao da tenacidade é0 ensaio a flexio em vigas segundo a norma ja ponesa JSCE-SF4, de 1984, da Japan Society of Civil Engineers. Para se rea- lizar esses ensaios deve-se recorrer a laborat6rios qualificados. (© desempenho das fibras dentro cde uma matriz de concreto depende ri de varios fatores como: classe de resisténcia do concreto, dosagem de fibras (kg/m), compatibilidade di- Figura 1 Situagdo demonstrendoa incompatibildade entre frase agregado ‘grado (Concrato Reforgado com Fibras, ‘Antonio Domingues de Figueiredo) lan Marassatto Masiero; Bruno Luiz Marson Franco tengenheiras cvis, Maccaferri do Brasil tecpro@maccaferri.com.br mensional entre o agregado gratdo ¢ ‘6 comprimento da fibra, forma geo- métrica, médulo de elasticidade, re- sisténeia mecanica e fator de forma (Lid) das fibras. Propriedades e caracteristicas para otraco Antes de se definir 0 trago do con- creto,é necessirio conhecer qual o seu ‘uso ¢ as propricdades de resisténcia pretendidas, além de conhecer suas condigoes de aplicagao, manuseio ¢ possiveisalterages na trabalhabilida- Figura 2 Fibres de comorimento adequalo em relagSo a0 agregado srado (Concrato Reforgaco com Fibra, Antonia Domingues de Figueiredo) ae Figura 3 ~ Relagio bésica entre os pardmetros que condicionam a mistura Foto 1 Slump test para sterglo da trabalhablidade de apés a adigao de outros elementos como os aditives elou as fibras. Em outras palavras, uma boa espe- cificagdo ndo deve basear-se apenas na resistincia mecanica e sim considerar ‘outros fatores, por exemplo: '& Compatibilidade dimensional com agregados gratidos: a relagio entre 0 comprimento da fibra e © compri- mento caracteristico dos agregados deve ser a seguinte:L fibra > 2L agre- gado. Essa compatibilidade € determi- nada uma vez que com as referidas di- mensbes proporcionamos ganhos sig- nificativos na interceptacto das fissu- ras, que geralmente ocorrem na inter- face entre argamassa © 0 agregado (fi- ‘guras2e3) 1 Fator dgua/cimento: menor que (0,35, Para os casos em que! ge a trabalhabilidade necessiria, indi- ‘amos 0 uso de aditivos plastficantes; nao hé restrigo quanto a0 uso conco- mitante com as fibras de ago, Além disso, sabemos que o fator agua/ci- mento esté diretamente relacionado & trabalhabilidade da mistura e & quan- tidade de cimento, ou seja, se alguma das trés varidveis seater corrigir as demais para conservar a ‘mesma resistencia (figura 1) io seatin- Fotos 2 © 3—Langamento dceto e também bombadvel do concrete nas placas = Trabalhabilidade: recomenda-se gue o concreto para pisos industriais seja bombeavel, com abatimento da ordem de 12 em (slump test), com as fibras metilicas ja incorporadas & mistura, Normalmente as fibras s20 adicionadas ao concreto durante sua formulagio na usina, portanto a es- pecificagio de trabalhabilidade 6 ajustada pela concreteira & Teor de argamassa: recomenda-se que o concreto reforcado com fibras destinado aos pisos industriais nha tum teor de argamassa entre 50 5496, Com esses teores é possivel re- cobrir as fibras e os agregados pre- sentes no concreto = Quantidade e propriedades das fbras cdeaso:o desempenho do compesito de- penderi dediversosfatores,como aqua- lidade do concreto,a dosagem (quant dade) das fibras e suas dimensbes al dia interacdo dessasfbras com a matriz (atrito e ancoragens) Quanto as dimensdes das fibras, & conhecido que quanto maior 0 fator Lid (comprimento dividido pelo didmetro}, melhor sera o de- sempenho das fibras, no entanto existe um comprimento limite con- siderado de 60 mm. Elementos maiores poderdo propiciar um au- ‘mento considerdvel na formacio de aglomerados (ouricos) de fibras. Foto 4 Incorporacdo das fibras na estrada usina de concreto Yale destcar que» especificasio da fibra de ago no projeta deve ser feita de acordo com ov ritérios eta belecidos pela norma brasileira NBR 15530107 ~ Fibras de Ago para Con: creto ~ Especificagio. Essa norma define pardmetros de classificagao para todos ostipos de fibras de aco, éstabelecendo os reqs minimos referentes & sua forma geometric, tolerancias dimensionais,defeitos de fabricagio c resistencia mectnica Construgio de pisos industriais de concreto veforcado com fibras de a Particularidades 0 proceso de execusio é bastante simples e segue basicamente os mes- Foto 5 ~ Incorporscéo das fibras na obra diretamente no caminho ‘mos critérias de execucao dos pisos tradicionais. As etapas de langamento, adensamento e acabamento superfi- cial deverio ser executadas normal- mente. Algumas caracteristicas gerais podem ser citadas como: = Fliminagao da etapa corte, dobra e posicfonamento da armadura ‘Nao ha necessidade de utilizagao de espagadores 1 Facilidade de aplicacio e redugao no tempo de execugio ‘Adigdo das fibras ao concreto (O processo executivo para pisos reforsacos com fibras de ago deve se- guir critérios a serem observados desde a adigdo das fibras, durante a Foto 6 ~Dosador de bras de méio porte produto do concreto na usina, ou na adigio direta no caminhiio-betoneira. ‘Quando a adigdo das fibras ¢ feita nna obra, é necessirio especificar a compra de um concreto sem fibras, que, em termos priticos, possua maior fluidez a ponto de conservar a trabathabilidade necessaria & aplica~ io quando howver a incorporacdo das fibr Assim como os demais compo: nentes do concreto, as fibras de aco ddevem serincorporadas® misturacom, velocidade regular. A velocidade reco- mendads € de 20 kg/min. ao em velocidade regular garante a homogeneidade da mistura e evita a formagio de aglomerados de fibras ou “ourigos”, problemas invaria- velmente associados aos processos inadequados de mistura, ‘Para uma homogeneizagio com- pleta, ecomendse, ainda, que as fi- bras sejam adicionadas em conjunto ‘ou apdsa entrada dos demais compo- nentes da mistura, Utilzacéo de dosadores automticos ‘Nas obras que demandam langa- ‘mento de grandes volumes de concre- to em pequenos intervaios de tempo, recomenda-se o uso de dosadores au- tomiticos para adiga0 das fibras. No mercado € possivel encontrar dois tipos de dosaciores Dosadores de médio porte ‘So equipamentos de Gécil manu- seio e transporte, abastecidos com os sacos ou caixas (geralmente com 20 kg). Um sistema de ar pressurizado> Foto 7 ~ Dosador de bras de ‘rande porte COMO CONSTRUIR transporta as flbras por meio de um conduto da base até o bocal do cami- rnhao-betoneira. Operam a uma velo- cidade de adi de 40 280 kg/min Dosadores de grande porte Sto equipamentos fixos destina- dos a instalagao em usinas de concre- to. Podem ser abastecidos em até 1,600 kg de uma iinica vee com big bags. A instalacao ¢ personalizada de acordo com cada tipo de obra e pode Jangar a fbra diretamente na estera, rno caminhao ou mesmo em mistura~ dores automiticos. Apresenta um rendimento de 200 kg/min. ‘Acabamento da superficie Os equipamentos utlizados para o acabamento superficial (réguas vibra- 16rias ou laser screed) ou acebamento Foto 8 -Asnerséo de agregado mineral com fungdo de aumentar a asisténca 8 abrasio Fotos 9 10—Aspecto final dos pisos acabades ‘mecinico (floating) sao exatamente os rmesmos utilizados nos pisos tradicio- nais. Os tempos para corte de juntas, ‘cura do concreto ¢liberacao do piso so mantidos ‘A maior preocupagto dos profis- sionais que executam esses pisos é a possibilidade de que as fibras de ago “aflorem” na superficie do concreto. Estruturalmente, pode-se dizer que 0 Jmpacto nulo, uma vez que quanti- dade de fbras envolvidas em 1 mv de concreto dosado com 20 kg/m?, por exemplo, pode chegar acerca de90 mil peyas,eas poucas ibras que porventi- ra aflorem nao comprometem a qual dade estrutural do mesmo. Do pono de vista estético, depen dendo da finalidade, possivel reduai ouaté mesmo eliminar 0 aparecimen- tode ibrasna supericie,verfcando- se as recomendagdes de tracocitadas cow as que forem indicadas no projeto. Deve serconsiderada também a quali- dade dos equipamentos, além do con- trole dos procedimentos de execugio recomendados para pisos. © uso de agregados minerais as- pergidose incorporados nasupericie do piso, com a finalidade de aurnes tar sua resistencia & abrasto, poders ser muito eficaz para evitaro apareci- mento de fibras na superficie; no en- tanto, éperfeitamente possivel abter resultados satisiatrios mesmo sem o uso desse métado. Conclusdes Para garantiro sucesso de um piso industrial de conereto reforgada com fibras de ago sio necessérios alguns procedimentos considerados simples, Porém importantes na recugio da ocorréncia de patologias. Alguns procedimentos to especi- ficos, porém outros ja configuram ‘entre as recomendagses gerais para execucio de pisos industriais tradicio- rnalmente armados, como é 0 caso das recomendacdes de trabalhabilidade citadas anteriormente. atologias como fibras afloradas ‘ou perda de trabalhabilidade podem ser perfeitamente controladas ou até ‘mesmo eliminadas, O processo de uti- Tizagio do CREA é de fécil aprendiza- ‘do em todas as etapas da execuao. Para se evitar a ocorréncia de pa- tologias, recomenda-se que 0 desen- volvimento do trago ea execugdo do piso sejam acompanhadas por proje- tistas habituados a0 uso dessa tecno- Jogia. Essa tecnologia hé muito tempo ja €amplamente dominada por em- presas especializadas na elaboracio de pisos. « LEIA MAIS. ‘Concreto Reforcado com Fibras. ‘Antonio Domingues de Figueiredo NBR 18530:07 ~Fibras de Aco para Concreto - Especifica¢ao, AABNT (Associacio Brasileira de Normas Técnicas). TECHNE 165 | cuTuBRO DE 2010

You might also like