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Educagao Fisica escolar e danga: percepgdes de professores no ensino fundamental Neusa Dendena Kleinubing” Maria do Carmo Saraiva" ‘Resumo: Este artigo apresenta dasos e discussées de um pesquisa que cbjetvou compreender a percepcao de professor fea de edicacso fica no ensno fundamental, em relagio 80 1988 relacionadas a formagao nial «suas implcages no rao com esse contado na escola. Des {acou-se a negigéncia com oonsino da danga entre os contod- os da ecucapaoMisca, o que eorca a necessidade de se a= pare aprofundar as dscussoes que indiquem um camino pars fue 2 danca realmente se eletve no Smo escolar Plavras-chave: Dang. Educagao Fisica. Ensino fundamental 1 IntRooUcAO Percebe-se, na atualidade, um grande nimero de pesquisadores, investigando o fendmeno da danga no contexto da edueacao, discutindo questdes ligadas legitimidad da danga no campo de Educagao Fisica, ‘bem como as contribuigdes dessa pritica corporal como experiéncia estética. (O aumento das pesquisas enfocando a danga reflete a importin- cia que essa temitica, por muito tempo negligenciada pela escola & pelos professores, vem ganhando, Quests ligadas ao curiculo (BRA- SILEIRO, 2003), 0 contexto educacional (MARQUES, 2001, 2005) e ‘a danga enquanto experiéncia estética (SARAIVA et al.,2005a,2005b) io alguns exemplos de discussdes que buscam investigar esse fend- ‘meno que, apesar de muitos professores nao se responsabilizarem pela orientagdo dessa atividade, insiste em se “fazer presente” na escola, Potessora da Universidade Comuntia Regional de Chapacd -UNOCHAPECO. Chaps, 86. Bras Ema noun oom Profesor da Ue Fever o Sorta Ctarn— USC. anol, SO, Bras ra: smareamegera.com br 194 Astigos Oniginas — Neus D. Kleinubing e Maria C. Saraiva ‘Com esta pesquisa, pretende-se contribuir com as discusses ‘da danga e seu papel na escola, apresentando dados coletados, em uma pesquisa que buscou identificar a pereepgao de professores de educagio fisica no ensino fundamental, com relago a0 contetido da dana nas suas aulas. ‘2MEeTODOLOGIA: D0 CAMINHO E DOS SUJEITOS DA PESQUISA, Ecom o objetivo de entender e, sobretudo, langar questionamentos sobre a danga no curriculo da edueagio fisica escolar, que foi planejado ouvir as vozes de quem faz acontecer a Educacao Fisica no contexto escolar: o professor a professora de Educagdio Fisica. A construgdo da historia dessa disciplina na escola se coneretiza pela prixis dos professores em relago a seus alunos e em relago a0 contexto historico-social em que essa se efetiva, Portanto, mais do que descrevere situar as ideias dos professores pesquisados, o desafio & perceber as mensagens implicitas, as dimenses contraditorias€ 0s te~ mas silenciados (LUDKE; ANDRE, 1986), mas latentes, nos dados oferecidos pelos atores dessa investigagio, buscando entender os textos © 0s contextos da problemtica da danga na escola esse propssito, desenvolveu-se uma investigagao interpretativa, que propde a compreensiio dos significados no ambito da realidade natural de interagdes Sociais, e cujo foco sd0 os aspectos singulares, imprevistos e diferenciados, conforme Perez Gomez (1998). Essaatitu- de interpretativa! perante 0 contexto da pesquisa permitiu-nos mergu- har na complexidade dessa questo que apresenta suas interfaces com aarealidade social, emergindo varias andlisesa partir dos dados coletados. ‘A pesquisa se configurou a partirdo entendimento de queadanga —como elemento da cultura de movimento, fendmeno que em sua gé- nese apresenta uma riqueza de possibilidades em vivéncias corporais, sociais eafetivas — tem papel especial na formayao humana, Ela pos bilita diferentes experiéneias estéticas que promover “a ampliagao da Prez Gomes (198) ant ease io de pss en api so enogue posta que de modo goral wotaagonoralzofaoobcvala go verdad duadoua ndopondono Go context Mevimend, Porto Alegre, v.18, 2.04, p. 198-214, oumbrofdezembro de 2009, -Educag Fisica escolar © danca: percepeto de profesor 195 sensibilidade —como a capacidade de percepgo do mundo, tornan- do capaz de vivenciélo, refleti-o erecrié-lo” (SARAIVA etal, 2005b, p.6l). ‘Tendo-se consciéneia desse fit, as inquietagdes prosseguiram no sentido de explorar e buscar sentidos/significados na praxis do professores de educagdo fisica, coma intengdo de compreender 0 pre- seme € poder-se projetar um olhar para o futuro da danga na pritica escolar, Para a coleta dos dados, foi elaborado um questionario semiaberto ‘com perguntas relativas d formagdo e a pritica pedagozica dos profes sores. Primeiramente, esse instrumento de pesquisa passou por um. estudo piloto para que se pudesse avaliaro aleance das perguntas em. relagdo ao seu objetivo. Em seguida, algumas dessas questies foram reestruturadas , s6 ento,iniciou-se a coleta de dados junto aos sujei- tos da pesquisa. (Ocampo de pesquisa configurou-se a partir da intengo de obter ‘uma amostra que pudesse de alguma forma representar as diferentes realidades das escolas municipais. Assim, foram elencadas 7 escolas das quais 2 sio consideradas de grande porte (de 700 a 1.000 alunos), 2 de médio porte (de 300 a 700 alunos) ¢ 3 consideradas de pequeno porte (de 90 a 300 alunos). Esses dados foram disponibilizados pela seeretaria de educagio do municipio. A pesquisa envolveu todos os professores de educagao fisica dessas escolas totalizando 16 professores: 7 homens ¢ 9 mulheres. Desses, 3 apresentaram idades entre 18 © 27 anos, 1 entre 28 © 37 anos¢ 02 entre 38 € 47 anos. Todos residem no municipio de Chapecs, cem Santa Catarina, Quanto ao nivel escolar em que atuuam os pesquisados estendem- se desde a Educaglo Infantil até as séries finais do Ensino Fundamen- tal, compreendendo 7 professores que atuam na educacao infantile séties iniciais (I*a 4" séries), 5 professores lecionam para alunos das; séries entre 5*e 8° do ensino fundamental, ¢ outros 4 que atuam em. todos esses niveis. O proximo item envolveu a relagiio dos pesquisados com a dis- ciplina danga no periodo da formagao inicial. Entre os professores, 11 Movimento, Posto lest ¥ 1S, OF, p. 198-214, quabealdezembeo de 2008, 196 Astigos Oniginais — Neus D. Kleinubing e Maria C. Saraiva assinalaram que tiveram a disciplina danga inserida no curriculo do seu curso de graduagao e, destes, 9 afirmaram que os contetdos viven- ciados na formagio foram significativos. Apenas 2.consideraram que essa disciplina ndo foi trabalhada significativamente nas suas gradua- es, Os outros 5 informaram que nao tiveram a danga, mas sim, outras| disciplinas de contetidos aproximados que continham alguns clemen- tos relacionados, tais como: Atividades Ritmicas, Ginéstica Ritmica eFolclore. As questdes seguintes do questionirio envolveram a problemsi- tica central da pesquisa, o contetido danca na disciplina da educacio ca escolar, e buscaram visualizar a realidade desse conteiido na escola ea relacio do professor com a danga no seu ensino. Nisso, 11 professores responderam que desenvolvem a danga, mas ndo de forma sistemtica, Esses professores relatam quea desenvolvem nor ‘malmente quando ha algum evento ou data comemorativa. Os outros. 5 professores informaram que trabalham a danga nas suas aulas de educagio fisica Esses primeiros dados caracterizaram 0 grupo de professores, localizando-os no cenario da investigacao, ¢ tendo as referencias so- brea sua formagao relacionada a danga, partiu-se para o propésito de analisar as respostas desses professores, buscando suas divergéncias, e suas ideas em comum. Tentou-se, também, perceber as entrelinhas desses dados, aqui formatados em falas escritas, almejando fazer 0 exercfcio que Freire (1996) ensinou, pois, afinal, oespago pedagogico a pritica pedagégica so textos para serem constantemente lidos, interpretados, escritos e reescritos ‘3ADANCANA ESCOLA: TENSOES ENTRE VIVENCIA E FORMAGAO, No processo de analise dos dados, surgiram varios elementos: nificativos para a compreensto do problema e, neste texto, apresenta- sea questio central destacada das respostas dos professores: a impli- cago da formagao inical Varios professores pesquisados afitmaram que tiveram a Danga no seu curriculo de Educagao Fisica, mas que os contetidos dessa dis- Mevimend, Porto Alegre, v.18, 2.04, p. 198-214, oumbrofdezembro de 2009, -Educag Fisica escolar © danca: percepeto de profesor 197 ciplina ndo forma significativos para eles, o que levou a nevessidade de entender 0 porqué. Segundo algumas respostas, para esses profes sores os conteiidos no foram significativos porque o contato com a Nerraiments guano scantocam moss de dna cu slum evedo na escola “as merits” tomam a nave xganando as coogi para as aprosoriagtos. Mevimend, Porto Alegre, v.18, 2.04, p. 198-214, oumbrofdezembro de 2009, -Educag Fisica escolar © danca: percepeto de profesor 203 ‘Nessa perspectiva, experiéncias tém confirmado a formagao per- manente como uma possibilidade real de aproximagdio de educadores como universo da danga, mostrando que o/a professor/a a partir da vi- véncia efetiva da danga, & capa de perecbere compre, amb, como omovims- ‘o toma se experiéncia corpsrea para seus alunos, ‘ou eg, toma possiveleompreender as posi es, dificukiades eanseis presetes na execusio dastarefas, 0 virem a se uilizadas na praia pa pica SARAIVA, 20073, 154155) 4 Menmos nko pancam! No Temos espaco! E PRECISO SUPERAR ESSES OBSTACULOS s professores pesquisados destacaram a ndo participagao dos meninos nas atividades de danga, Para alguns professores, um dos obs- ticulos para a implementagdo da danga nas aulas de educagdo fisica & “resistencia por parte de alguns, prineipalmente meninos” (professor He professora J). A caréncia de outras referencias de estilo de danga, para além das imagens do ballet, ainda bastante impregnadas no imaginario social como a dana, apesar das novas influéncias, especialmente de hip hop, danga de rua, forré etc., mais fortes em grandes centros urbanos, ajuda a reforear o esteredtipo sobre o menino-bailarino. 0 que nos parece mais estimulador para iniciar 0s meninos na danga e «que alguns estudos jé apontaram (ARNOV, s/d; FRAGA, 1995; STIN- SON, 1998) € transportar os movimentos corporais do universo do esporte para a danga, Esses movimentos exigem forga, vigor e podem ser uma estratégia utilizada pelo/a professor/a com 0 objetivo de pro- porcionar 0 primeiro contato com essa linguagem corporal. Stinson (1998a, p. 60) comenta sua estratégia de aula: Frequentemente ini as alas para eran de 10 anos em dante com atividades que envolvam ae ho entre danga e export [J possivel pereebera surpres das meninos quando deseobrem que gostam ‘dedangar, pelo menos, ess tipo de dang, Movimento, Posto lest ¥ 1S, OF, p. 198-214, quabealdezembeo de 2008, 204 Aatiges Originais —Newsa D. Kleinubing e Maria C. Saraiva Também no sentido de viabilizar a danga de uma forma nao intimidadora para os meninos,a autora, em outro trabalho, afirma ser “necessirio, embora nto suficiente, comegar cedo, eensinar danga de tuma forma agradivel para os meninos e que nfo seja ameacadora de sua masculinidade” (STINSON, 1998b,p. 68). Isso & possivel acred tando-se quea vivéncia da danga, jé na idade pré-escolar, possibilita aampliagao das referéncias ¢ experiéncias corporais, além de auxiliar no entendimento de que essa atividade € compativel para ambos 0s sexos, jd que a danga “tem um papel significativo nas construgGes in- fantis dos esterestipos masculino e feminino” (BOND, 1998, p. 50), Em interessante trabalho, Bond (1998, p. 52) observou um grupo decriangas utilizando méscaras para desempenhar seus papéis de dan- garinos. A autora revela que o uso dessas possibilitou “afastartempo- rariamente as inibigdes ligadas ao género e trazer & tona um senso aumentado de individualidade.” Essa pode ser outra estratégia a ser utilizada com o intuito de aproximar os meninos do universo da danga, im bem como possibilitar-Ihes.a danga de rua, que foi largamente dif sm nossa cultura nos anos 90, Esse estilo de danga explora hi lades como saltos, quedas, torgdes, grandes giros, movimentos Todos os movimentos que podem aproximara danga do esporte, como também, a redescoberta da capoeira que possi- bilita ser vista como jogo ou danga, igualmente rica em movimentos, atléticos e uma manifestagio cultural genuinamente brasileira, Sem divvida, as referéncias que se tem de danga sto Fundam. tais na opcio de querer/gostar de realizila ou ndo. Por isso, esse vi pode ser um primeiro caminho para que 0s meninos sesintam estimu- Iados a dangare,a partir da primeira experiéncia, pereebendo que ni ‘deixaram de ser meninos”, possam se permitir experimentaras dife- rentes possibilidades, diminuindo o “desinteresse¢ inibi¢ao da maioria dos meninos para a danga” (Professor O) Outra dificuldade para desenvolver a danga na escola, apontada pelos professores, fia falta de espago adequado para a realizagio das aulas. Essa falta de estrutura foi destacada como obsticulo para a coneretizagio da danga: somos rs professores com is turmas a0 mesmo tempore qudra, Fala sala ivr para ula, deste Mevimend, Porto Alegre, v.18, 2.04, p. 198-214, oumbrofdezembro de 2009, -Educag Fisica escolar © danca: percepeto de profesor 205 ‘modo s6 ¢ realizada danga para apresentages em datas comemorativas, ¢ nlo como conteide Lixo (Profesor K); “falta espago adequado onde a intensidade do som possa ser maior, bem como, uma sala com tamanho adequado para a movimentagto” (Professor O). Nestas duas falas tém-se a representago da imagem de uma estrutura ideal para o desenvolvimento da danga. Todos saber das condigdes precarias da maioria das escolas piblicas desse pais, todavia, mesmo as quadras nio tendo condigdes ideais também para a pritica dos esportes, estes no deixam de ser trabalhados nas aulas de educagio fisica. E necessario, sim, “pensarmos 0 espago fisico como um desafio constante para professores que pensam uma Educagao Fisica que am plia suas referéncias de conhecimento” (BRASILEIRO, 2002, p. 9), mas a experiéncia da/com a danga em espages no convencionais—a clissiea sala com piso de madeira, barras espelho jé foi apontada pordiversos autores e, efetivamente, realizada por diferentes artistas! angarinos ao longo da hist6ria. Saraiva ct al 2005b) relatam dife- rentes espagos nos quais a danga pode ser experienciads. Quadras © bosque transformam-se em cenirios que fazem surgir diferentes ques- ‘ionamentos em relugio i necessidade de um espago “ideal” para a anga, Essa reflexo pode ajudar na hora de planejar e organizar a danga compreendendo os espagos disponiveis da escola 5 DAUTILIDADE ALEGITIMA FORMA DE EXPRESSAO Outro ponto importante da pesquisa foi a busca de desvelamento as possiveis contribuigées do trabalho com a danca para o processo educativo. Dois aspectos foram bastante ressaltados pelos professo- res pesquisados: a danga como instrumento para o processo de socia- bilizagao e como facilitadora do desenvolvimento motor Para os professores perguntados, a danga “contribui na socializa- «20, no desenvolvimento ritmico, percepgao espago-temporal, concen ‘rag, valéncias fisicas e na desinibigdo” (Professor I); além dessas, habilidades, para a“flexiblidade,agilidade, resistencia e coordenagao Movimento, Posto lest ¥ 1S, OF, p. 198-214, quabealdezembeo de 2008, 206 Artiges Originais —Newsa D. Kleinubing e Maria C. Saraiva motora’ (Professor J); ¢, também, “contribui para a coordenagdio motora de membros inferiores e superiotes” (Professor O). Essas ideias representam as formas utiitirias frequentemente atribuidas a danga e usadas como justificativas para defender sua pre- senga em qualquer programa/curriculo, Ainda é dificil entendé-lacomo uma forma de expressio, ou como outra forma de experimentar © falar das coisas que fazem parte do nosso mundo, Embasados por ‘uma formagio teenicista, os professores tem percebido com mais, facilidade as habilidades fisicas e capacidades motoras na danea, do que 0 seu potencial expressivo e comunicativo. Pereeber o movimento de danga como forma de poteneializar ou render mais em uma ou di- versas habilidades motoras ¢ uma maneira reduzida de compreender esse contetido, bem como a prépria educagio fisica. As habilidades © sapacidades devem ser consideradas, mas ni podem ser objetivos \inicos da proposigdio de atividades pedagdgicas, pois desse modo 0 professor passa a ser “um educador com muito pouco de formador, com muito mais de treinador, de transferidor de saberes, de exerci tador de destrezas” (FREIRE, 1996, p. 162, grifo do autor). Essa condigo € realmente insuficiente se idealizada uma edu- compreende © sujeito em movimento, ou o sujeito no seu se-movimentar, carac- terizado pelas “relagdes de sentido/significado entre ser humano & mundo que se estabelecem pelo movimentar-se, como uma experié cia estética” (KUNZ, 2006, p. 20). Nao se nega caracteristicas in secas do movimento em danga (flexibilidade, coordenagio, orienta espaco-temporal, ete.) que dever ser trabalhadas como meios para possibilidade de expresso, contudo, entende-se que deve ser focali- zado o objetivo principal, que éa experiéncia do corpo em movimento, voltada para o exercicio da criagdo e colaborando para o conhecimento desi, Esse conhecimento, quando aprofundado, “permite uma conscién- cia também alargada de mundo e de nés mesmos” (KUNZ, 2001, p. 51) assim, compreendemos que o sujeito em movimento entende-se com seu mundo e nesse didlogo pode se (re)conhecer como sujeito capaz de atitudes de interferéncia no mundo. ‘A danga como outra forma de linguagem ¢ como possibilidade de diélogo com o mundo e com o outro pode ser identificada em respostas. Mevimend, Porto Alegre, v.18, 2.04, p. 198-214, oumbrofdezembro de 2009, -Educag Fisica escolar © danca: percepeto de profesor 207 ‘como: “a danga proporciona uma forma diferente de exteriorizar senti- ‘mentos” (Professor L), ou que a danga contribui para expresso corporal ofenundo novas posibi- Iadades de mavimentos tad, mas imagine, na dsposigo data de movimento e emtato com ‘um ou misindvidoos, de eonooer dversos ites « apropriago do seu danyar (Professor O) Esses entendimentos se aproximam do que se acredita ser a proposta dda danga no contexto escolar: uma forma diferenciada de falar sobre as coisas que nos constituem, uma outra possibilidade de nos apresen- tar no e para o mundo, una experiéneia que permita nos encontrar «eencontrarmos o outro.a partir das miéltiplas formas de se-movimentar 6 Dance PROFESSOR DE EDUCAGAO FISICA: ENSAIO PARA UMA |APROXIMAGAO A capacidade de sensibilizagio ¢ organizagao das pessoas que compartiham a experiéncia da danga, a experiéncia de serem corpos,

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