You are on page 1of 23
2. ASLICABILIDADE M9 nal A ei Soi promulgada quando ji etavam em vigor as alteragbes !nomovidas pela Emenda n° 20/1998 no art. 195, I, 5 da Const ‘wigfo, que ampliou a hipétese de incidéncia possivel da Cofins, de } ‘modo a compreender “a reccita ou o fturamento”™, Portanto, a {Lei Maior passou a permit ao legisladora tibutacio tanto da reeei- ‘a quanto do faturamento, nada impece a equiparacao de ambos os coneeitos em um mesmo ato normative”, Por outro lado, como o conceito de “faturamento” é mais res- trito ¢ estd compreendido no de recsita bruta, a Lei Federal ne 10.833/2003, ao definir 0 primeiro como sendo “o total das recei= {3s auferidas pela pessoa juridica”, acakou tomando sem relevincia a determinasao do sentido juridico de “faturamento” no diteito | privado para efeitos da incidéncia da Cofins nio cumulative. Este foi absorido, passndo a se idemtificar com o conceito mais ample de receita bruta, tal qual definido no § 1° do art. 1°. Daf resulta { que © critério material da hipétese de incidéncia do tributo nto deve ser buscado no conceito de “faturimento”, mas no de “receita bruta das pessoas juridicas”™#, O regime nto cumulatvo € aplicvel aos co tribui ula vel ntribuintes do Tanda Fenda, Pessoa jucdica (sp), submesidos Jucto real, tessalvadas as exceedes previstas no ake 10 da Lei n° 10.853,/1993, ‘HH analisadas no seguado capitulo, 3. Mipotese De INciDENCIA 3.1. Carré mareriat eatendido otal { x9 des resi nia pea ea og sent emia denomingtowacaaca renee = | . 5 on ‘conta 266 Neste sentido, cf. TRF-A* Regiti, 1* 7. a 2006.72.00,009393-0. eal Des, HS Panett dodge evita Stil otras om o fimo po nes ag da spina leon Cee ote anemia Conprecnds a reeiabruta da vend de bens 20, vis que promonde pouorments§ nore eine oo a & 8 “ |, by da CF, dada pela EC n* 20/98, que consignau serem a receita ou o {atuamento exprensoesequivalenes” Ch, sinds TRI Reqisos 1 7 AC, 2003,71.00.077955.0, Rel: Des. ad, Vania ach de Almeoe, OF 10/9 | 2000; TF-2Reglao. 4. AMS 2000510100710". Rel. De. Fed, ALBERTS i NOGUEIRA OIL 2aioa/2008,p. 686/687: “(1 nk hl mats que te far o> inconsttucionaldade ds cobranga da COFINS, apos 31 de oulutxo de 2003, { ‘hia da promulgacso da Madida Proviria ne 13503, vlan COPS, | onwerila na et n# 10.833/03, que dips gue a base de calla do Ot contibuiglo ser» ttaldade das fecstar auf pla pose jurcn } 267, Em sentido conti, regave-se a entendimento de Aches Augustus Cavallo (GComarics + lpia dl Cris $9 Palo: Qaties Lan, 2005 1 utr entre qu ai em que “Ise reps a concoction! Se faramen pas er sepa, neva na nepecva confuse gests base eee ult et dt ea mrs pry ats us Indovendererete de sa denoina30 ou clears condo que ‘orm j8 suet, ¢ strato 20 algo 110.0 Cogn Trades Nacons 268A Juispdenca também tm acompanhado ese entnnento,wtepetends 4 expressio “faturamento” da Lei Federal r# 10:053/2003 cases oi 150- PIS-COFINS: Nio Cumuanoaoe Rec 1OADE REGIME BE INGOENCA, B41. 1-1. DIFERENCIAGKO ENTRE RECEIA £ ENTRADAS DE cana Prdigo 20 definir “receit a leral n° 10.833/2003. Sem beatae eis foi extremamente ruta” no art. 1%, § 19, da Lei Fed, qualquer comprometim fo genérica e confusa que nsiderar qualquer ingresso vas, uma vez que, nos termos do "aslo € independente da denomina- Permite & autoridade fazendiria co como tal, sem limitagbes objetivas aput do ast. 1°, essa qualificagie ¢ $40 ou classificacio contibil, mo parimetros para a determinagi taca Agustin Goal 2 Palaras no slo mais que rétulos nas coisas co dst por dant a plavras no tém mais elasto con as ‘oisas, lo que as que tém rtulos de garratas com as pes receita. Afinal, como dest Se espe peal sen pan copen ae ee a re arc onip ieee Be tea Soe ena a nove radagasnge lea pala pesos jurtica ence een on wed ida Coneintg!25: inciso |, alinea “6”, ae Fo ee eet ina aca Des Fed Otay muntstt Reido. 2°. APELREEX 200y rons, oensa 20 Pecan epee Sue Vea eae a Soton Sexnt-151 prias garrafts.“Qualquerrétulo é conveniente A medida que nos ponhamos de acordo com ele € 0 usemos de ‘maneira consequente. A garafa conteri exatamente a ‘mesma substincia, dinda que coloquemos nela um rétulo distingo, assim como a coisa seria a mesma ainda que ‘usissemos uma palavra diferente para designé-la"*” Todavia, a Lei n® 10.833/2003 no pode ser interpretada dle forma tao abrangente. O conceito de receita nao alcanga todo « qualquer “ingresso” ou “entrada” de caixa da pessoa juridica. Do contritio, 0 art. 1°, § 19, seria inconstitucional, uma vez que @ Constituigio, quando se refere & receita, a diferencia claramente «la nogdo de “ingresso”, excluindo de seu ambito de abrangén ‘os movimentos de fundo sem repercussio patrimonial*®. Assim » faz no art. 212, § 1°, a0 estabelecer que a parcela da arrecadas: dos impostos transferidos a outras pessoas politicas no ¢ consi derada receita do governo que a transferiu, na linha do que sus- tenta Aliomar Baleeiro, em seu cléssico sobre finangas publicas: ‘As quantias recebidas pelos coftes piblicos sto genesi- camente designadas como “entradas” ou ingressos". Nera todos esses ingressos, porém, constituem receitas pbli- cas, pois alguns deles nio passamn de “movimentos de undo", sem qualquer incremento do patrimonio gover 269 CORDILLO, Agustin, Princibios ges de det pablico. $30 Pale: RT, 1877, 2.0 ator ha verde, cia ohn Hospes, como tami corsa da obra: FiSionLS, Agvain Rata do docs iminrativo, 1: parte general fn. Bounos Aes: FDA, 2003, . 14 270. Ormesmo entndmena &auteniado por Marco Aurélio Greco. © autos por, pate da premise de que 0 texto consuclonal Js peeve uma eontibuico ictal inddente sobre's movimentaeo fnanceia,tansmissto de valores, ros © tos de natueza fnancea: COME. Assy considerando que ext ‘aldade € prestopost de contbuico espocia, emtende que "1 nao se fod dar plow tecea lizada no ago 195, um senido 30 lasso ‘fe iplque abrange toda equaauer movimento franceta ou de cxéito ‘Talore des nansera (GRECO, Coie na Le 9.71038. Op tp. 129) orem, nfo acolhe tal agumertacdo, uma vez que ndo se ve qualquer inconsttuconalidade no Bivn-idem, sea em matéia de impostos sea de ConubuigSes Anal, “qucm pode tbuiar uma vez, pode Libuiar us, ms ‘exes asim por dante” (iba empres ic me ° restado ou cedidos pelo governor" Met A distingao entre %, ” Jae att “ingresso” “ect” também éassenten direito pri ss rade. A Lei Federal ne 6,404/1976 diferenciand ‘pitted i Federal n°9.249/1995) — ag Perorlo":nostetmos dot. 187,§ 19,52 Am, 4 § 19,42", Amba: sem que, em verdade, Ihes cariter : shapes itive ‘Mmesmo raciocinio, alids, tem-se cole oe doutrina dedicada ao estudo do tema, conside seesPondéncia no passvo, se integra ao sGsscendo-o, incrementando-o” (AIRES ‘Plus juridico’ (acréscimo de dieito), de servigos (art. 187, I Il) de peracionais” (art. 187, TV; na 4isciplina como “ganhos s¢ colocado praticamente toda a lerando ree to estado dot a apen: 4, sem quaisquer reserva, cones Patciménio da empresa, B BARRETO)”; “um So a 271 sateen, a rod 4 cic LENO, Aiomas Une ino 9c Janeiro: Forense, 1996, ren se a " dr ts frees 15%. Ro 22 ANG Ber nr ROCHE Jt Th See Gamisso else ie ie, a, 2003, p. 309, sacra Si SSO a eer me viata Sovow StH = 153 meremento do patriménio” (ALIOMAR BALLEIRO)"”; 0 “clemento positive do acréscimo patrimonial” (GISELE, LEMKE)" “a entrada de riqueza nova no patriménio da pessoa wridica” (HUGO DE BRITO MACHADO e HUGO DE NRITO MACHADO SEGUNDO)”; as “quantias que aempresa tecebe nao para si” (HAMILTON DIAS DE SOUZA, LUIZ ELEGA e RUY BARBOSA NOGUEIRA)?*, que “possam uiterar 0 patriménio liquido” (JOSE EDUARDO SOARES DE MELO)", a entrada “de cunho patrimonial” (MARCO AURELIO GRECO)™®, que “tem 0 condio de incrementar 0 patriménio” (ALEXANDRE BARROS CASTRO)". Portanto, “ingresso” e “receita” sio conceitos que nao podem ser confundidos. Embora a *receita’, por vezes, nio deixe de ser uuma espécie de “ingresso” ~ que compreende genericamente qual- quer quantia em dinheiro recebida pelo sujeito passivo do tribu- nem todo ingresso constitui receita. Esta pressupde a to 275 BALEEIRO, Uma ino, Op. cis 126. 276 LEMKE, Gio, Regime vibuiio das indenizagtes. in: MACHADO, Hugo de Buito(Coord. Regime tibut dasindenizagies, S30 Paulo Fortaleza: Dialice ICEY, 2000, p. 8, Parecer~ Contibuigdes incidents sobre fturamento. PIS ¢ Cofins. Descontos ‘btidos de fomecedores. Fato grader. Inocorencia, Revita Diakéica de Direto Tabutsio e113, p. 136-137 278 SOUZA, Hamiton Dias de. Contibuigso 20 PS. natureza lurdicae base de cielo ne MARTINS, Wes Ganda da Siva (Coord) Contbuigbesespecias fundo PIS/PASEP. Sad Paulo: Resenha Tibutiia-CEEU, 1991, p. 244-245, (Cadena de pesquisas ibs, 2. MELO, José Eduardo Soares de. PIS ¢ Cofins sobre o ato cooperative, In: BECHO, Renato Lopes (Coord). Poblemas auals do dreto cooperative. S30 Paulo: Dialeica, 2002, p. 165 280 GRECO, Cofing na Le! 9.718/98.., Op. cl, p. 130. 281 CASTRO, Aleandre Barros. Syje¢so passiva no impasto sobre a ronda. $30 Paulo Saraiva, 2004, , 256, No mesmo sentido, curnpre ct, ainda: BOITEUK, Fernando Nevo, Receita ¢ faturamento: PIS ¢ Cofins.na Lel n® 9.718198. Revita Dialtica de Direlo Tibucio w 61, p. 64; KEPPLER, Roberto Catlos DIAS, Robveto Morelea. Da inconsttucionalidade da inclusdo do ICMS na base de cileulo da Cofins, Revista Dialtice de Diveto Hiburio 75, p. 169 176; LIMA, PIS. Op. cit, p. 152; ANDRADE FILHO, Edmar Olivera. PIS © Coins: 0 canceto de receta& luz do principio da capacidade contibutva, In: PEROTO; FISCHER (Coord). PIS-Coffnb, Op. city p. 219-220. BALEEIRO, Op. cit, p. 126. Ck, ainda: CARVALHO, Paulo de Barros. Dito (nbutvo,linguagem e méodo. 2 ed. S30 Paulo: Noeses, 2008, p. 727 e ss 202 “de cunho ial” final, reflete uma divergéneks sonra” © que de certa forma, ao ‘Que transitam pelo cai- * * ds emp (6u pelos coftes pablicos) ie uss cameo ne Configuram receinseosquesecaneen come merosingresos (que, na Ciznca dag tse designasS0 de movimentos de fande rhe esi #e fundo ou decai- SoLon Ser - 155 Trata-se de distingo que decorre de preceitos constitucio- vuis (art. 212, § 1°) ¢ de diteito privado (Lei Federal n° 6.404/ 1976, art, 187, I, I, IV ¢ § 1°, a"). Por isso, nfo pode ser simples- ‘wente ignorada pela Lei Federal n® 10.833/2008. A Constitui- ‘0, afinal, como fundamento de validade de toda a ordem juridica, winculao legislador ordinario em toda sua extensio. Por outro lado, « contetido e 0 alcance dos coneeitos de direito privado utilizados picla Constituigio Federal, para definir ou limitar competéncias ‘ibutérias, nos termos do art. 110 do Cédigo Tributitio Nacio- na, no podem ser alterados pela legislacio tributéria™®, Deve-se, na verdade, emprestar ao art. 1°, § 19, da Lei da Cofins néo cumulativa, uma interpretagio conforme a Consti- tuigdo. O sentido semintico que identifica, neste dispositive, um conceito de “receita” amplo o suficiente para compreender qual- quer ingresso no caixa da pessoa juridica, deve ser afastado por- que se mostra incompativel com 0 texto constitucional. Por conseguinte, cumpre interpretar 0 preceito de modo que, pot re- ccita, entenda-se o ingresso com repercussio patrimonial no caixa da pessoa juridica, A diferenciagéo entre entrada de caixa e receita, que decorre do art. 212, § 19, da Constituicio e do art. 187 da Lei Federal n° 6.404/1976, permite a identificagdo do primeiro elemento rele~ vvante para efeitos da determinagio do conceito juridico de recei~ ta: a nevessidade de repercussto patrimonial positiva, Noes, 2005, p, 757; Contd do conceit de rece e rene juice para 410 titacao So Paulo MP, 2005, p. 128 ‘ 285 De fio, queda rsa Ho de Bo Machado “Lo at 10 do Cio “Tibwtsio nacional tem na verdade um setido spenas didi, meramene expiant. Anda que nao existe, teria de ser como nle ets dterinado Aen qu sft ont reetnsconcatosuendoe po gaat Toma ‘ls Conshuicto¢ admir que all maiique 3 Consiga. Cee que a lel ede, e deve redarr a vagudade das poras da Const, mes, en face a Supremacia consucional no pode meds o significado dost” (Cun. Op chp. 8, 156-PIS-COFINS: Nko Cis IMULATIONDE € Recs OF INDE etn Sovon Sam - 157 3.1.1.2, Imeuicacoes oe CO} E RENDA IRRENTES DA LIGACAO ENTRE RECEITA juvo reab**— compreende o aumento do patrimdnio liquide apu- ‘lo pela comparagio entre balanges comerciais ajustados na for- nu: da legislagdo tributéria. Todavia, em qualquer caso, tem-se um «.téscimo relativo, que pressupde a periodicidade e a comparagao «oun tum estado patsimonial anterior, deduzidos os prejuizos ante- siores, despesas ¢ custos™, 20 contrério da receita, que constitu: «um incremento patrimonial isoladamente consideradbo. ‘A distingdo entre rendae receita reside, portanto, no fato de «jue esta constitui o elemento positive do acréscimo patrimonial, como destaca Gisele Lemke: A receita (operacional e nao termos ita (op operacional), n la Federal n¢ 6.404/1976 (art. 187, I, I, IV, on ode Pancipal clement de repereusséo patmonial pos "dos 0s custos, despesas, encargos = cu ‘e perdas, oun pos pene Pt Este que, nos termos do art. 6° att. 247 do Decreto no do Decreto-Lei n° 1.598/1977 e do 3.000/1999, ajustado por adigées, excuses ATAUIBA, Geraldo: SARTIN, Agostino. Imposo de Rend — Nio icine , ars. 44, 104 ° ‘Str inenzacbes por desaproprigae. Revie de Dito Fibra. 3, p 5 14, ne 8981/1995, 50, ROLM,Joto Daco.O cone jvisico de rend eproventos de qualeuer base de céleulo do Imposto sobre a Rendy art. 26, ¢ n° 9.430/1 0. Tae 1996, art. 1°; Decreto n° 3.000/1999, art 219), natureza alguns caso concrts = adits © excuses do lc el. 1 1c “it ‘valdir de Oliveira (Coord.), sto. de ren juestoes atuais e ave compar it sue rita conesponde ao elemento positvo ca lee eras ot ones ee a a £ " Pessoa juridica, considerado * ‘Machado. Tributac3o da renda versus tributac3o do patrimnio, In; ROCHA, lada, independente da dedugao d de forma iso- ‘pct, p. 99-115; BARRETO, Paulo Ayre. Imposto sobre a renda eprogos de 0u provisdes. E 0 que ressal 540 de custos, despesas, participagses TTansferéncia, $30 Paulo: Disltica, 2001, p. 69 e ss QUEIROZ, Luts Cesar > Segundo, ge ge Bato Machado e Hugo Se pet ae a a a ae de Brito Machado Segundo, fembora nfo admitindo a existcia de um conceto fechado de renda no tex quando destacam que a receita * que a receita “[..] ‘onsiucional LEME, Gisele. import de renda os concetos de rena ede se caracteriza por representar rntar a entrada de ri ménio da pessoa jutiea, Recess eos gues nova no pati- ‘Faponiblidade econincae junta Sto Paulos Dakca, 1998, p. 60 = itt doceions ita é um elemento novo que, de- 288 De fato, segundo FSbio Jungueira de Carvalho © Mara Inés Murgel,“L.-} © “ 108 08 custos ¢ as despesas, compori a rend, ing encase ry i sie sei pani ae Mesmo no. oo nda", ‘cde isponivel econémica e juridicamente & pessoa que 0 adquiri. Este smo no caso das pessoas juridicas, a rend, ‘ Srrimo'a uso leidadorcomplemenar faz referencia nada mais do qe 0 2 » 20 contririo da lucro obtido pela pesioa juridica em periodo de tempo delimitado por lei. Foi rectita, nos termos pressupostos pela Co , ‘aloo Ta [oC prouncaeto do Supemo burl Seidel Ren" 146.95 98F. Re Previsto no Cédigo Tiibutatio Nacional re i 5 stituigéo (e conforme me Sn asf, we ea de 19H. 04 7 ce } art. 43), sempre constitui reconheceu possulrem a Contribuicao Social sobre © Lucro, prevista no artigo: {Selo ceo colmpons es Rea mao fot, ols oro" GY rae pcs ten So Pa idas ¢ certas saidas, ao longo de um dado 287 5 ocortidas [Biattica, 2000, p. 26-271. No mesmo sentido, ensina Hugo de Brito Machado, fo das pessoas fis =e A diferenca em relagio & tributa- go desaca aut cnc rend o conceit de io, pra cg © icas reside no ea re {fino conatucona, amo So irpos sore a rend «provers de qualque fato de que a renda ~denominada ‘natuceza, como da contribuigao sccial insituida pela Lei n* 7.689/68, —— Conespordemy ndnidowament, 3 srscimo patimonia™ (Regime ito on — {ev inerzagben tt MACHADO, Rms Op ch, p 10) 296 Pace Op. .16 es Seno deca Hoy "|e tc apres de aod comer (287 GONCALVES, ios i do balance’, isto 6, pela comparac3o do patriménio no inicio € no fim do ano: ‘constitucionais, SS Artur Lima. Imposto sobre a rendi ‘base, inclvi qualquer aumento do paviménio liquido, independentemente ds So Pa ein ab, pend Bressupons va tilts danas scapes BOT Ree Tous ‘sentido, cf: 1977, p. 21). 158-PIS-COFINS: Nao Cumuiarwonoe Recines oe Incite Quadra observa que essa definigdo, a0 contisio do que oss parecer primeira vista, no toma confisa adistn. Sie entrerenda ereceita. Renda, no concsito do CTN ena interpretasio da doutrinajurdica coresponde wacrése ‘mos patrimoniais. E-oresultado das receitas menos as des- esas Recta elemento postive de acrscimo patrimonial Paraseu ciclo no selevam em conta as despeas Toda Ya, nfo se podem considerar como recite valores que integram no caixa da empresa, mas que em momento al. ‘gu poderao contibuir para acresceropatriménio Contudo, para a adequade identificagao da Teceita, deve-se romover o isolamento do fator Positivo. Do contririo, os ingres- {oinas vendas com prejuizo nfo poderiam ser considerdes nee, ts uma ver que, apesar da entrada, estaria ocortendo ume perda Patrimonial, Por outro lado, mesmo nas ‘operagdes com lucro, so- ‘mente poderia ser considerado receita a difere venda ¢ o valor do produto em es ‘wansmitir 0 dominio do bem, soma em dinheiro (ou outro be sto pecuniria) que o substi haveria uma confusio entre Lucro da operagéo, recebe como contrapartida uma 'm ou direito susceptivel de avalia- tui em seu patriménio. Com isso, a8 noses de receita, rendimento ou assim exposta por José Bulhdes Pedreisa As trocas em que a pessoa Juridica recebe a receitabruta so trocas de capital: 2) pessoajusidiea transite o dominio do bem econdmi- ©214]e se encontravaestocado no seu patriménio, ereecbe em toca quanidade de capital financeio, ue €o prego de ‘endl: o valor do capital financero aplicado no bem ceo. Tomi substtuido, no seu patrimdnio, por diner, 5) ocomprador do bem entrega quantidade de dinheiro ‘We substitu, no seu pattiménio, pela propriedade do 290 MACHADO, Regime. Op. cz, p. 69, i apital financeiro que sm adquitido: a quantidade de capital fi ne Sinn pinnae cexistr aplicada no bem adquirido. Esa troca de capital pode dar origem realizagio, ela psa jure de eo maven, qu consi rndi- mento, Fase rendimento soment éeconhecido na con tabildade no momento da venda porque os estoques si0 avaliados com base no custo de aquisizlo ou prods SG nono al demenado Hspoomicamene onde eno cin pel peti na momento dapo- ddugdo dos bens ou servigos vendidos, mas = slizado financeiramente com a venda. De qualq : ed, © rendimento, no cas0, nao se confunde cor sca bru on pre devends poi apna pare da eos ‘ruta que excede do custo de aquisigio ou produgio. ime sitivo também é ancia do isolamento do fator posiivo é ainda Ricardo Matiz de Oliveirs, que o consider. fants ‘nena par a caracterizacio da receita ¢ a sua diferenciagio face de figuras afins: . Reames, oq se ivf prone € qu apenas 20 sentido de serum dado posto paraa tari patios pode-se dizer que a receita aumenta opatriménio, E aque, sendo a recta um elemesto aumento do ‘patriménio, ou fonte de aumento do patrimdnio, cla, io Jadamente considerada, produ ¢ efetiva semen ssociada a outros elemen- atrimBnio, embora, quando a {ovo Stores, no global pasa haver rds pation ‘Assim, ainda quando haj ‘com prejuizo, por im, ainda haja uma venda com pre} custo da coisa vendida maior do que o prego da sua vende ee, de per representa un lees posto a fr pstoas juices. lo ie Bulls, Igo sire a ends: pesos 291 Sani: Adour 9793 9.3182 160-PIS-COFINS: Nko Cunurraoaoe ¢ Rect 0 InGotnCA na formagio do patriménio, Outrossim, num venda com Prejuizo, quanto maior o prego, ainda que inferior 20 cus- {2 menor se open e, portant, meno ated patrimonial, donde areceita, mesmo assim « nesta cie, (PEDREIRA, Jose Lut Bul. Imposto de Perth jesus rica, Rio de Joneo=Adeoas sec, 1979, vl Be XAVIER, Alberto; ESTRADA, Roberto Oy conta de slo: natureza jorcieae Tbutior# 148, 9-08-10 aque. Incorporagio de prejutzos & specs fea. Revita Dineen de Diet tmodalidades indenizatsras, tis como a devolusio de prémios, as indenizagbes de seguros, os ingressos auferidos a titulo de clavrala Penal, de juros compensatérios € moritios, seguros e indeniza 90s judiciais © extrajudiciais™. Ainda nto ha entendimento consolidado sobre a matéria na Jurisprudéncia nem tampouco no Ambito da Secretaria da Reveite Federal. Em respostas a Consultas Fiscais, a5 1%, 7» ¢ 9 Regides tém-se manifestado pela impossibilidade da exclusio da base de cileulo dos reembolsos de despesas e das indenizagbes: INDENIZACAO DE SEGUROS. BASE DE CAL- CULO.INCLUSAO. Integra a resita bruta para efeito de cileulo do PIS/Pasepo valor recebido, pela Pessoa Jut- dca titulo de indenizacio de seguro pelaperda ou snis- ‘to de seus bens do Ativo Permanente e do Circulante 6-1 Contsibuigio para o Financiamento da Seguidade Social ~Cofins Asindenizasdes recebidas por pessous juridicastibuta- das com base no lucro real ou presumido, destinadas a ‘eparar danos patrimoniais integram a base de céleulo para fins de incidencia da Conteibuizio para Financia. mento da Segutidade Social Cofins) (1 Contribuigio para o PIS/Pasep As indenizagées recebidas por pessoas juridicas tributax clas com base no lucro real ou presunido, destinadas a ‘eparar anos patrimonisisinepram akasede cleo para fins de incidéncia da contibuigzo parao PIS/Pasep >” — 205 Gt nore 0 tema SEHN, Solon. Naoincidéncia do PsPasep € da Cofins Fea esrmos indenizates. Revie Daktca de Dieta Tbuasse ane . 50-69, max 2009, 306 Proceso de Consutan# 8 V/07. SRRF7a RF. Daa de publicagzo: 29/05/2007. 307 Proceso de Consultan 12 6108 SRRF/Sa RF. Dita de publicagto: 25/4/2006. | | | sea EDE 0s efetuados pe SE DE CALCULO. Os pagamentosefemado lean autarquias ¢ findag6es da administragao pi- blica federal as pessoas jurdias pelo fomecimento de bens ou prestagio de servigos em ger inclusive reem- bolso de passagens, outras formas de transporte, didrias dels aimentaso 04 qualquer outros pagamentos atitulo de reembolso ou indenizasto, soferdoretengio na fonte do IRPY, da CSLL e das contribuigdes para o PIS/Pasepe COFINS, aplcando-te, sobre valor brut ecebido pela empresa contratada, os percentuais previ 4 ntemente de quaisquer ou- cosa legislate, independentemente de quai ‘as retengées previstas em legislagio expecifica © Conselho Administrativo de Recursos Fost por ua vez, temafstado a ncidénca em cass envlvendo orecebimento de inde- nizagbes de seguros, admitindo-a, contudo, nas indenizagdes judiciais: BASE DE CALCULO.INDENIZACOES PORRE- PARAGAO DE DANO. NAOINCLUSAO. Ovvao- res deapélices de seguro, quando recebidos como indeni- ‘a55es por eparacio de dano, nfo sio considerados como receita, para fins de base de cileulo da COFINS >” A NDENIZACAO BASE DE CALCULO. INDE! A JUDICIAL/LUCROS CESSANTES. EXCLUSAO. IMPOSSIBILIDADE. neste previso legal para que seexcluam da base de cilculo da contribuigio as receitas auferidas por indenizagbes judiciais/ucros cessantes, ‘mormente quando tai se referem reparago de danos ‘corridos em imével rural de que a autuada no era proprietéria, mas mera cessiondria de direito de explorago de floresta nativa."” 228 Pee de Com SR A. eb 101203. Acad w*20-10.047. 2 Coelho de Cores = 3 Camara uf” etl Ele Dt te BU oe ENO ‘cdo 9 2031059, 1 Cosa de Contes — > Cire. 2°10 Naa Tera Manner Upes: leado 20 DOU ent 120372007 COFINS. BASE DE CALCULO. INDENIZACAO DE SEGUROS. Tratando-se de ingressos eventuais re- lativos a recuperasio de valores que integravam o ativo, ‘lo se pode considerar at indenizages de seguro ora discutidas como receitas para fins de incidéncia da con- tribuigao em comento.*" age mens eines em tomo do ema efltem stn- Gide una compreensio ae do conceit de rec, que n= te, ainda nao se encontra consolidada no ambito jurisprudencial. ‘A. INGRESSOS RECEBIDOS A TITULO DE REEMBOLSO ___Uma vez delimitado o corceito-base de incidéncia da Cofins ‘fo cumulativa e, sobretudo, fizada a premissa que receita € acrés- cimo ao patriménio liquido, sem reservas, condicionamentos ou correspondéncias no passivo ~ inconfundivel, portanto, com a no 0 neutra deingesso de exna no hi dvds de que tai bur ; a, nio de que tais tibu- tos iacdem sobre rember nn ees Afinal, o reembols« itui nal, 0 reembolso consti um ingresso sem repercussto Pastime Positiva, que apenas recompae o patriménio da pes- ‘ox jr cm uo de una despee reaizada por conta eordem le outrem. Nao ha, destarte, a entrada de riqueza nova ou int mento patrimonial, razdo pela qual nao ocorre a incidé da : 1 incidénci contribuigdo. Seria, a rigor, absolutamente despropositado ne tear qué 0 agamento de um simples rembolo como as cus wi i as aantads por um avogado em proceso de sencent, se tributado pela Cofins. Interpretagao dessa natureza, além contriria 20 conceto de recet, viola claramente o principio da capacidade contributiva, que veda a incidéncia de tributos nao -vinculados sobre fatos néo reveladores de riqueza™. islets Sra com cr tes ena a Sout pce son oe, smo gues a0, Moe ‘A exclusio, no entanto, compreende apenas as despesas cla- ramente desvinculadas da operagio tibutada. Nao estio abrangi- dos as despesas, 0s custos ¢ 0s insumos do contribuinte utilizados na prestagio de servigos ou produglo de bens, como as matérias- “primas, produtos intermediérios e materais de embalagem’”. No julgamento do REsp 958.252-RS, o Superior Tribunal de Justiga analisou a incidéncia do PIS/Pasep © da Cofins sobre valores destinados ao pagamento de salérios ¢ demais encargos ‘uabalhistas recebidos por empresas prestadoras de trabalho tem= poritio, F, com razHo, nfo admitiu a exclusto de tas despests a base de cilculo das contribuigées", com fundamento em voto de vista do Ministro Teori Albino Zavascki: “TRIBUTARIO. PIS. COFINS. BASE DE CALCU- LO, FATURAMENTO. (LEI (0.637/02, ART. 1°, E a da Coin, 2 obsevnca do principio em questzo decors do flo de que ea etna: como hiptiese de incdnea, um (to aio & qualquer 2032 aersi cue te corer natrezajrica de wituto no vinculado, Sobre 0 SlGavaT,Eaevao. © princni do no confsco no dirt wit, cma ts Dialtes, 2002, 70 ¢ 137; COLDSCHIMIDT, Fabio, Brun, ‘ncn do nao consco no ceo sti, Sto Paulo: 1, 2003, 145: Pee inn Fiera. Princo da capacidade cosriative 2, So Pac ‘Mehvos 1996, p. 51 ss; CONCAIVES, xe Amur Lima, anor na noms ee suo Paslo Malhetos, 199, p. 68; MITA, Enrico de. nteresse Fecale roe il converte: le gacanaie costuzional. 4 ed, Milo: Gute, 2000, eMSTt La scapact contbavas deve essere qulcos dl obliv,leel aioe ccura della imposta, nel senso che la base imponible deve essere i a llfaspece epee valtazione del element ceca 313 Sebveo tem, cl: MARTINS, es Ganda da Siva; MARTIN, Regio Ganda Se OEATELL, Soraya David Morter. Empresas de abalho temporaria base Sere de BIS, Cotiny RP] e CSLL— oct prépria — taxa de admins cao de valores repassados a tulo de remuneracio de mo de obra e cere aciak altererca ee rca © passagar vansta de valores de Cae i corabiidode da empresa ~ serihanga i cau da vide com wert urna epubdae. Revias Dace de Dito Tb? 13 seas Destaca os autores qc “oper de a juispraincia admin ee aamente conta a ese aqu presenta e do Poder uit ee eect harmonizado seu poronameno sobre a questo, etendemoe aie Jo pone cotablizar os valves reas 3 remuneas ePEOS Gee see Palnisas como ‘mumerdrio em wast de ttularidade de teres ‘Bine os quis nao ineidida 0 PS € 2 Coins’ 414 Reap 958.292-8S, Rel, Min, Francico Falcio julgado erm 11/11/2008. No team sentido, cf: RESp 954.7195, O} 1703/2008 mt \ 172. PIS.COFINS: NAo Cuaaanioane€ Recs och Rc OF INCOENCA, LEI 10.833/03, ART. 1°). El ART. 1°), EMPRESAS PRES- TADORAS DETRABALHOTEMPORAR. L ‘A base de cilculo do PIS/PASEP e da COFINS é 0 “armen ‘mensal, assim entendido o total das receitas feridas pela pessoa juridica, independentemente de sua denominasio ou clasificagao contabil, ressalvadas as deus autorzadas em lei (Lei 10.637/02, at. Pe § 38, e Lei 10.83/03, art. 1°e § 3°, respectivamente) 2. Portanto,excetuadas as dedugdes previstas 2 Po as dedugoes prevstas na ei, todas 2 ees afr pela empresa compiem a base de ada consibuigo, endo inlevants, paras fi, assed, queria segundos peel composgso 9s custos de cada empresa ou ramo de atividade. 3. Osvalores destin a0 pagamento de sitios ¢ de- mais encargos trabalhistas no integram o rol tamento diferente, esse regime ¢ aplicivel também As ‘empresas prestadoras de trabalho temporirio, que utili- " para tanto empregados por ela propria contratados pelo regime trabathista, como é0 caso, Precedente da 2* ‘Turma: REsp 954.719/SC, Min. Herman Benjamin, jul ¢gado em 13.11.2007, undnime, ™_ 4, Recurso especi : ot special provido, divergindo do relator. ‘minente i via som pris acaadede Seen ce io a necessidade i reembolio de desjess eo cuts inane do contin ‘Tais emy 0 si0 si : ipresas nao sio simple: i Tas em 8 agenciadoras ou onc doras de mio-de-obra. So, isto sim, as prprias re es oer, i sxe por aa anes ch /mantém vinculo empregaticio, endo las as, ponséves pelo pagamento dos salirios,bem come das contribuisdes previdenciérias e demais encargos decorrentes do contrato de trabalho, ° pane So1on Sen -173, No caso dos autos, é ito inquetionsvelexeconhecido aque aemprese nfo €agenciador de mle de bea, mas Sim prestadora de tabalho temporssio (fs, 06 ¢ 1), aque tiza par tanto empregtos porela propria contra tados pelo regime trabalhista. "Abase de fluo do PIS/PASEP eda COFINS, como f4 tho, ¢ofazramento mensal stim entendido oto das ceva auferidas pola pessoajurdion independentements vjous denominago ou dassificao conti, reseadas wt dedugbesastorizndas era i (Lei 10637/02 ar 19 © § 32, Lei 10833008, art 1969 3 respectivamente). Ora, rerio, no caso os valores cobs pelo fomesedor tl serio ao sex torador. Ena formagio do prego 6 onsientesent, da csitn—concnzem lm da AES ho ov vido tens dos cstossuportador pelo prestador (Gratetnis uizados, mfo-de-obr,loragdo de prédio, ruta assim por dante) Salvo nos excepsionalisirngs casos que preve(L4i 10.37/02 a. 168 3¢,eL2i 10:83 5, at 1 ¢ § 3%; repectivaments, a lek no ators cluses da base de clelo de qualquer item de despess saecann Portant, dabas de cena do PIS/PASEP ed COFINS, que éofaturamento,nloesthexcuidaa parla vcferente sox encargos tabalhistase previdensios, ‘Nessa prspectiva, entende-se que, embora 8 Cofins nao in- sid ase o reembolso,ndo ince neste as SeSpessh 0° ‘ov eosinsumos do contribuinte wtlizados ‘na prestagio de servigos tu produgio de bens. Do contritio, 4 contribuiglo se converteria vim trbuto incidente sobre o luo da operagio ow sobre a recei- ta liguida, 0 que, obviamente, consi ume ‘nterpretagio desti- tuida de amparo legal e constitucional BB. INCIDENCIA NAS INDENIZAGOES ‘Nas indenizayées, a obrigagio do devedor tom por obj°® * secompenigio in integra do pats da wits, como 0 fato 174. PIS-COFINS: Nko Cusutarivonne € REGIMES OF INGDENCA danoso jamais tivesse acontecido. A reparagio, assim, compreende 0 dino positivo ou emergente, bem como o dano negativo ou lucra cessante (Cédigo Civil, art 402)", Ha, ademais, a indenizagio por dano moral (CF, art. 5°, V eX; CC, art. 187), que nio visa o restabelecimento do status quo ante, mas a compensagao pecuniaria por um prejuizo de natureza extrapatrimonial™””, Destarte, diante das diversas modalidades indenizatérias, nav ha dividas de que a Cofins nfo incide em face do dano emergen- te, que representa uma reparagio pura ¢ nao implica qualquer incremento patrimonial**", Alcanca, porém, o lucro cessante, uma ver que este compreende os acréscimos patrimonizis que o sujeito razoavelmente deixou de auferic. 315 PEREIRA, Cao Mio da Siva. sues de eto chu cons. 18 Rio de Janeiro: Forense, v. Ili, 2004, p. 567. ied 316 Come recone jsp do Spe iba de scan Si 227 1A psso ute pode we Jano mora? ns = Sarma 317 SUA Amo lus dO gano mor su eps chil Sto Plo, 1990p 320 © sh. Sane o cto indenirag do dana mora core dete Inidscs CARALS set Dao more $0 Pol: 98 S3ess. " a 318 No mesmo sentido, cf Hugo de Brito Machado, (R to Machado, Repme wibtii das Indeizayes Ins MACHADO, Op. cp 13) Huge de Bie Mach SUgunda Paulo de to Vata Roos egime tao Ss ented IRIMACHADO, Op. op 127 ests limes asenand qu “el pode sores cote ie ea 0 peso Soe aso tonne da avidae da pesea jr, Redencrerta, 2 cate de Grants on bers eos como inerzsin, plo moos como ndaeaae te"danes mateat ato repeiam roves tales mss sles repost, tecomposict,relttegrarzo patmontalPodemon, endo, afar sopeansrte tie amo tye ares rap » eta tng cendirrt, tices que 9 mesma deposi tm eel 3 eta ‘bruta as ‘recuperagées de créditos baixados como perda”. “ 319 msec, para de um concn dt de ee, colcamse Fabio Junqucta de Cra «ar In Morel segundo 9 qs 2 Indeietierectldaporuma pesos jure cong cada, fre sve, Ge capeele pecuniaria'ou dreto'srectber Takase potane de reshape ns nr” degen ns dei MACHADO, fgimers Op cep.) se Elo Source Mase Nara Sirs de Nc, ue eens que“: andra deters cin meta soc, Si ome ma pane mn ees tsmbem er ren ao operacioal (© eine taro es naps IRTMCIADO, Op: chs 92004 ANDEADE UNION, fae Sour 1 rane tne da inetgies Ie MACHADO, Op. ct 96, Savon Seu = 175, 0 que também ressalta Edmar Oliveira de Andrade, para quem apenas a indenizagio por “perda comprovadamente softi~ dda” (e no em fangdo de hueros cessantes) niio est sujeita A inci- dlencia da contribuigao: pode ocorrer, também, que a indenizagio vise recompor ‘uma perda comprovadamente softida: nestes casos, hi— do ponto de vista estrutualeteleolégico—umarecupe- ago de despesas que nio representa ingresso tributivel. Portanto, cada caso deve ser considerado de per si: de fato, uma indenizagio por lucros cessantes & feita em fungio de uma perda futurae, neste caso, é dif susten~ tar que hé recuperacio de despesas.” De fato, se a receita futura do contribuinte, quando auferi- da, seria tributada normalmente, nfio-hé razio juridiea para se afastar a incidéncia da Cofins apenas porque 0 seu pagamento ‘ocorren a titulo de lucro cessante, Sustentar a no incidéncia do tributo em tal circunstincia seria atentar contra o principio da isonomia tributaria (CF, art. 150, II). Afinal, a situagao juridica e econémica do contribuinte que aufere a receita futura - ¢ na forma ¢ no tempo da lei, recolhe 0 tributo devido ~ nao difere, sob a perspectiva do ganho obtido, daquele que recebe esse mes- mo incremento patrimonial a titulo de lucro cessante. ‘A Cofins, por outro lado, incide sobre os ingressos recebidos a titulo de dano moral, Isso porque este nao constitui repara- 320 ANDRADE FILHO, Op. ct, p. 5859, Na mesma lina, cf LEMIRE, Regime: Op. cit p88 1321 Teando do impeso de rend, nao vidumbrando a ocoméncia de acréximo Jatimonial no dane moral, clz SCHOUER), Luis Eduardo; JARDIM NETO, peromes A indenizagao por dato morale o imposto de renda. In KACHADO, Op. cher p. 235-237; IGUEREDO, Luca Valle. Indenizacao € weSegme tebussia, Ins MACHADO, Op. city. 225. Enfendendo que hi secre impre citar 0 entncimenta Schubert de falas Machado, que seine camer Canbitams ox contr Se enc comt aise Beindenizagio por datos patrimoniasporlycras cesses e por danos moras, {eromon, necesaiamente, 0 seguinte resultado: a) a indenizagao por dane (Sarina, na mediae em que consist em meta reposcso do patiménio do- 1176. PIS-COFINS: Nao Cuaronnane€ REGIMES DE INGDENCA «20 propriamente dita, mas compensagao patrimonial por ofensa 4 honra objetiva, no caso de pessoas juridicas*™, No mesmo sentido, coloca-se 0 entendimento de Gisele Lemke, para quem asindenizagées “por dano moral podem sofrer tal incidéncia, de vez que constituem soma ou quantia que vem integrar um patriménio, acrescendo-o"™. A nio incidéncia da Cofins, portanto, limita-se aos ingres- 08 a tftulo de indenizaao por dano emengente, que néo repercu- tem positivamente ro patriménio liquido de quem os recebe; incidem, porém, sobre o luero cessante e o dano moral devido & pessoa juridica ‘ofendido no mene estado anterior & ofensa, ado corse em renda sujita 3 ‘ibutagao; 2 indenizag30 por lucos cesta, por wa ve, embora dent ‘do conceit maior de dano pavimonial, implica em real aréscim 30 paitnio| ‘stkico do contibuinte, pos conse recisamente na garania do recebimento {o valor que debiou de ser recebido em razao do dano Sofi, Por iso, caso 05 leros que 0 ofendido deiou de receber ete, por asa naureza, sjeltos 20 limpost a indeniza¢30 respectva, por razBo logic, também estark;€ ¢) a Indenizagao por dano moval,com relexos econdmicos undo, implica scescimo 420 patriménio ecoromico do contibuinte,ficando, em principio, sujeia 8 incdncia do imposto” (Regime vibutrio das indenizagtes. Ix MACHADO, (Op. ct, p 140, Nese racioinio, etre ours etadoe aca cf; CAVALCANTE, ‘Martovanai Colres Consieragdes solve 0 regime witatrio da indent zag es. In MACHADO, Op cic, p. 248; QUEIROZ, Mary Elbe, AS indenizagdes sob 2 {ica do imposto sob a erda. In: MACHADO, Op. cit, p. 269.¢ 270; MARTINS, Natanael; TARARAM, Ana Paulo Bonin, © regime tisaiio ds indonizngtee Ins MACHADO, Op. cit p. 288-289. Poin, entendendo incabiel a tibuagso do dano morale do ct cesar: CARRAZZA, Roque Antoni, Ineo sobre a renda: sua nao icidéncia sabre indenizagées recebidas. Iz SCHOUERI, Lis Eduardo (Coord) Dito wioutrr homenagem a Alides Jonge Cosa. So Paul: ‘Quartier Latin, 2003, v1 p. 599-600. 322 Durante algum temo, dscuo-se amplamente na doutina e a jurspdéncia acerca do cabimento de indenizacio por dano moral 3s pesoasjuridicas, 0 {que culminou, enti nds, com edigdo da Simula 227 do SupeniorTabunal de justiga (A pessa jurdia pode softer dano moral. 323 Regime. Op. cit, 2-89. Cumpre registrar que, a0 contro do enendimento manifestado pela rida autora, entende-se que o imposo de renda no deve incidiesobre a inderizag30 por dano moral pago 8 pesta fica, uma ver que, ‘em ta hipotese a exigencia do tributo sera Contra ao pincpio da dignidade dda pessoa humana Cf, af. 1 So.oN Sow 177, C. Muttas E juR0s Os juros moratérios tém natureza de indenizagio pelo atra~ so culposo no cumprimento da obrigagio. Essa orientagao, hi tem- po consolidada na doutrina civilista, foi positivada no art. 404, caput e parigrafo tnico, do Cédigo Civil, segundo © qual as per- das ¢ danos abrangem os juros de mora: ‘Art. 404, As perdas ¢ danos, nas obrigagdes de paga- mento em dinheio, serio pagas com atualizagio mone- téria segundo indices oficiais regularmente estabeleci- dos, abrangendo juros, custas e honordrios de advogado, sem prejuizo da pena convencional. arigrafo sinico. Provado que 0s juros da mora no co- ‘brem o prejuzo, endo havendo pena convencional, pode ‘juz conceder ao credor indenizagio suplementar. ‘Nesse sentido, cumpre destacar as seguintes ligbes de Silvio Rodrigues: Distinguem-se os juros em compensatérios ¢ moratérios. Quando compensatérios, os juros soos frutos do capital empregado enesse sentido € que melhor assenta 0 concei- toacima formulado. Quando moratrios, constituem inde- nizago pelo prejutzo resultante do retardamento culposo (£ CLOVIS BEVILAQUA, Op cit., obs. a0 art. 1.062). [-Jalei presume que a conservagio, pelo inadimplente, do capital pertencente ao credor, implica perda para este ¢ lucro para aquele, de modo que impée ao primeiro 0 dever de indenizar 0 segundo, o que ¢ feito pelo paga- ‘mento dos uros leguis.™ 324 RODRIGUES, Silvio. Dito Ciit pane geral das obrigagdes. 25% ed. Sto Paul Saraiva, 1997, p. 264 « 285, O mesmo entendimento € sutentado por (Orlando Gomes: “Nias divides pecuniia, 35 perdas e danos conslstem nos Jos moratoros, & inuitiva a razao dessa especificidade. A privagao do 178-61 'S-COFINS: Nao Cunuarioaoce Recs oF hunencin = lve jugs do Superior Tribunal idéncia do imposto de renda™*, Na soit i. Nao hé, entretanto, decis moet n° P1S/Pasep © a Cofns, inclusive por oe ios geralmente slo contabilizados como receive inanceing Pelos contribuintes que, nos termos do Dectetos n° 5.164/2004 € 2° 5.442/2005, estio s . 42/2005, estio submetidas a alic rei 2 iquota zero no regime na © mesmo ocorre ocorre em relacio a claus fom qe aio tuts peo PISPasy cee Can sua natureza nitidamente indenizatéri, now termes de lica no apenas ais . a abo Prestagic ta” ou “clausula penal”, mas expressamente qualifcadas como “mul as TTG me ss wily a 2 gh tte tne» a oer jet tas ey a ens ca en eat mane ae rey ones > rm a 326 alegue projune cional, nfo 6 necessario que o eredor rete te rane eight ts pa ated ai pa apt a asp SSeS asst ere na scraartnlans Spree fee Seas Seas paaeslgeayceee ate ate Sevedor morora”, (WeWoee ace Pardas e danos, de outra a de mecsten & Obrigacdes, Se cg, SENOSA, Silvio de Salvo, Dire Mi tear See sama ois etree og ag 44 analisados no captulo i, Sane nel “ primento 327 So.on Sm-179 transporte. Esta constitui uma multa contratual devida nas hipéteses «leatraso naatraggo de navios ou na devolugdo containeres. Annatureza indenizatéria é manifesta, afastando a incidéncia da contribuigio. 1D. INDENIZAGOES DE SEGUROS E DEVOLUCAO DE PREMIOS seguro é um negécio juridico pelo qual uma das partes ~ denominada segurador — se obriga para com a outra~ 0 segurado— « indenizar, mediante recebimento de um valor em dinheiro ~ ‘premio -, 08 danos decorrentes de riscos futuros previstos no con- trato™, Os elementos desta definigio doutringria encontram-se devidamente previstos no art. 757 do Cédigo Civil, segundo 0 qual, pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante 0 pagamento do prémio, a garantir interesse legitimo do segurado, ~ relativo & pessoa ou A coisa, contra riscos predeterminados. © objeto do contrato de seguro é sempre uma indenizagéo € no lucro ou proveito do segurado ou terceiro. Em razio disso, uum bem ndo pode ser segurado por valor superior ao que efetiva- mente vale (CC, art. 778) nem mais de uma vez pelo seu valor integral (art. 782)". A indenizagio, por outro lado, nos seguros de dano, compreende somente os prejuizos efetivamente softidos (art. 779), no podendo ultrapassar 0 valor do interesse segurado (art. 781). No seguro de responsabilidade civil, por sua ver, @ obrigagao do segurador abrange apenas o pagamento das perdas € danos devido pelo segurado a terceiro (art. 787). Parece bastante claro, portanto, que, em ambas as modali- dades de seguro ~ de danos e de responsabilidade civil -, nao ha 328 RODRIGUES, Sihio, Dito civit dos contrat e das delaragbes uilatrias de voriade. 25" ed S50 Paulo: Saraiva, v. 3, 1997, p. 342 © 8; RIZZARDO, ‘aldo. Contratos. 2 ed, Rio de Jana Foense, 2001, p. $39 « #4; GOMES, Griando. Contratos. 21° ed, io de janeiro: Forense, 2000, p. 410 e 553 DINIZ, Mara Helena, Tatado treo e pritico dos contratos. 4 ed. S80 Paulo: sarava,v. 4, 2002, p.437¢ 38. 329 Noi, afinal, que se falar em seqwo de vida para pessoa uric, raz30 pla {qual » presente aniizerearingese aos seguros de dano, que eltivamente imteressam para eftos de incdéncia da Cofins. {ue se falar em incidéncia da Cofins, A indenizacao do seguro em hipétese nenhuma pode ser quilficada juridicamente como ‘eceita da pessoa juridica, porque ndo representa acréscimo patti~ monial. O segurado, quando recebe o valor da seguradora, nfo aufere qualquer lucro, proveito ou incremento patrimonial. Como 8 indenizapio sempre corresponde 20 valor dos bens, a sinagzo Patrimonial da pessoa juridica, antes e depois do sinistro, 6 rigo~ osamente a mesma, nomeadamente em se tratando de bene que Jé integram o patriménio da empresa, como mercadorias em esto. aes, veiculos, equipamentos ou o bem imével em que a mesma se encontra estabelecida. © mesmo se aplica o segure de crit, inclusive no seguro de crédito a exportarao™. Nessa modalidade, o segurado — normal. ‘mente um comerciante ou exportador ~ contrata com a segura~ dlora a garantia do recebimento de um crédito decorrente de uma venda mercantil, podendo a apalice ubranger todos os créditos ou somente um deles. Assim, se o crédito nao for pago, o segurador aga a0 segurado o valor pecunisrio correspondente, sub-rogan- do-se em seus direitos para fins de cobransa do devedor origin’ Hot) O valor recebido corresponde ao pagamento da compra ¢ venda realiaada pelo segurado, Trata-se de importincia que, a ‘igor, em se tratando de pessoa juridicatributada pelo regime de competéncia™, esti sujeita 20 recolhimento da Cofins no mo. 330 Segundo Orlando Gomes, a despeito dean dencmino,comtiniacontioveria 3 Ratrecajurtica do seguro de cédi, is conertes de Opinio Seree Psigae da doutrina quanto 2 solucao do problema: ? a que o tem cea 331 _Ainda segundo Orlando\Gomes,curpre desacar que o sop de edo nada Bréprio sevedos, qulparando-se a obrgacao do sepurador do he nese Se, na opnigo dominant de un, Nocontato assim denominado 2 contrat da garana do 60 credo, mas 0 prtpio devon a coe an ‘gegurador’ se coloca para the pagar a divida nas hipstesee rovioos oe Are piu, a operasto ¢ tda como de seguro” (Bids p 476-471, 332 Ver, abaio, as caracteriticas a apicablidade dos relies do cava de compettncian ‘mento da entrega da mercadoria, independente do efetivo recebi- mento. O valor, desse modo, regulamente tributado, nio hhavendo razdes para se exigir 0 pagamento em duplicidade, por cocasio do recebimento da indenizagio da seguradora. ‘Tampouco ha que se falar em incidéncia do tributo no caso do seguro de crédito dexportarao, inclusive porque a receita de expor- tagdo, além de isenta pela legislagio tributiria, apds a Emenda Cons- titucional n° 33/2001, passou a ser imune a tributagio, nos termos do art. 149, § 28,1, da Constituigio FederaP®, Por fim, cumpre destacar que nio cabe incidéncia da Cofins nas devolugdes de prémios, o que ocorre sempre que a seguradora, por alguma razio de fato ou de direto, resolve recusar a proposta ou renunciar ao contrato. Em tais casos, tem-se apenas a devolugio de um valor que apenas transita no caixa da seguradora e, devido 20 ‘io aperftigoamento ou ao desfazimento do negicio juridico, retorna ‘0 segurado, sem alteragio do estado patrimonial das partes (inclusive sem mudanga da titularidade, no caso de recusa da proposta). 3.1.1.2.3. Contearos De eMPRESTIMO. Em relagio aos contratos de empréstimo, deve-se considerar a distingao entre contratos de miituo e de comodato. Este € sem- re gratuito e tem por objeto coisas infiungiveis, entregues 10 co- modatirio com a obrigacdo de restituir (Cédigo Civil, arts. 579-585). O primeito, por sua vez, pode ser oncroso e envolve coisas fungiveis, que sio transferidas ao devedor, szindo do domi- 10 rere nets cary or a i Shoeva odpm mane ashe ah el cosn pahee eee ne at 195, § 6 raivamoie 38 contbuier gue se 9 cna. $m cos is deme a nist de 1 Mite eas ct doe de ena ABU | = Ne rere wa Com MULE E REGIMES DE INOENL nio do credor ¢ incorporando-se ao patriménio do mutuatio (CC, arts, 586-592)54_ Por suas caracteristicas, 0 comodato nio se sujeita a incidén- cia da Cofins, porque nao gera acréscimo patrimonial para qual- quer das partes. O comodatirio, com efeito, recebe gratuitamente 4 coiea nfo fungivel emprestada para simples uso, sem incorporé- ‘12.20 seu patriménio, devendo restitui-la ao comodante no térmi- no do negécio. O comodante, portanto, nio recebe qualquer contrapartida pecuniéria pelo contrato, que é gratuito, sob pena de se converter em contrato de locagio™, Essa mesma solugio se aplica 20 miituo gratuito. Este, em- bora implique a transferéncia do dominio da coisa fungivel, nio gera receita, Afinal, o mesmo ato que incorpora o bem 20 pati ménio do mutuario acarreta a assungio de uma divida equivalen- fc: o mutuirio é obrigado a restituir a0 mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo género, qualidade e quantidade. Tam- Pouco haverd receita por parte do mutuante, uma vez que este ‘lo softe alterasio em seu patriménio liquido: desaparece o bem emprestado, mas surge o direito de receber prestagZo equivalente. ‘Na verdade, por envolver o pagamento de juros pelo empréstimo 4a coisa, apenas o miituo oneroso ou feneraticio representa incre- ‘mento patrimonial. A receita, entretanto, corresponderd apenas & parcela remuneratéria do capital ou da coisa. ‘Desse modo, salvo em: ‘elagio aos juros em contratos de miituo feneraticio, os ingressos de cai, resultantes de empréstimos contra- ‘dos ¢ amortizagio de empréstimos concedidos, nao representam re- ccita e, por conseguinte, nao se sujeitam a incidéncia da Cofins no 334 Sobre o tema, cf RODRIGUES, Silvio, Divito civil: dos contatos ¢ das seclragcesunilateais de vortac. 29 ed, Sa Paul: Swaivs, 3, 2003, 6 250-270: PEREIRA. Cnin Atrio da Siva, Ituices de dels chile cone oe, {eR de Jancio: Forense, 2004, w Il, p. 209, p. 341.356 DINE, Mera Helena. Cédigo civil ana. 8 el’ So Pato: Sarvs, 002, p30, 335 A locacdo, ao contro do comodo, gers emit, que & racorfecide, por se trata de obcigacio de tato sucessia, mensalmeniet Soton Sern 183 cumulativa. Os juros, entretanto, como reccita financeira, estio sujei- tos a aliquota zero (Decretos n° 5.164/2004 e n? 5.442/2005). Cabe adverts, por fim, que 0s juros nos contratos de mo tém natureza remuneratéria. Portanto, diferentemente dos juros compensatérios, nao fosse a aliquota zero prevista nos Decretos n° 5.164/2004 e n° 5.442/2005, poderiam ser tributados pela Cofins. 3.1.1.3, RECEITAS NAO PECUNIARIAS patriménio compreende todas as relagGes juridicas de con- teiido econdmico titularizadas pelo sujeito de direito™. Por isso, ‘qualquer bem ou direito susceptivel de apreciaglo pecuniéria que represente alteragio do patriménio liquide constitui receita. Esta no resulta apenas do ingresso de soma em dinheiro, mas de qual- quer espécie de direitos ou bens susceptiveis de apreciagdo pecu- nidria, como ensina José Artur Lima Gongalvez, ao tratar do conceito de aumento patrimonial formador da renda: ara que haja renda, deve haver um acréscimo patrimonial ~ aqui entendido como incremento (material ow imateral, representado por qualquer espécie de direitos ou bens, de qualquer natureza~—o que importa é o valor em moe- a do objeto desses direitos) — 20 conjunto liquide de direitos de um dado sujeito.” ot fen in tt et on cio to ° Janeiro, Forense, 1996, p. 210), 0 patriménio compreende “todas as relagtes Fees terete a eran ie ity et © se a te einen ae mee echt airaa cube anee sean ciohip agement cats reach opi sarc ie acre Sree 337 GONCAIVES, Op. cit, p. 190. 206. PIS-COFINS: Nio CuMUIATIVOADEE REGMES DE INCIDENCA 0

You might also like