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EDUCAGAO, Se REALIOADE =~ EDUCACAO E DESENVOLVIMENTO CULTURAL E ARTISTICO Ana Mae Tavares Bastos Barbosa RESUMO - Educecao ¢ desenvolvimento cultural e ar: da Educagao no desenvolvimento cultural, possibilitando o perceber, canviver ¢ valorizar diferentes cédigos culty Procura-s¢ distinguir os conceitos de Diversidade Cultural, Multiculturalidade, Intereulturalidade ¢ Ecologia Cuhural. © papel das Artes para o desenvolvimento cultural ¢ analisado, considecando- se seus efeitos para o desenvolvimento da consciéncia de cidadania, para a alfabetizagio: visual, para a potencializagae da criatividacke ¢ para a preparagdo de um piblico apreciador de arte, Questées de métodos de ensine da Arte sito discutidas distinguindo-se os métodes modernistas ¢ pos-modernistas. Palavras Chave: Educagda ¢ cultura, Mudticuwliuralidecte, Inieveultienaldade, Arte ne Educagéa come cultura e expressiia ico. O texto aborda © papel ereicio da capacidade de ABSTRACT - Education and cultural and artistic development. The text afirms the importance of education for cultural development and discusses problems of Cultural Literacy, Cultural identity and Cultural ecology in the context of the Third World and of the european and white north american codes.The text is concerned with conceptual distintions among Cultural Diversity, Multiculturality, Pluriculeur and Interculturality. The role of the arts for cultural development of cizenship's consciousness, of crcalivily and of visual literacy ave pointed out. Fi questions ef methods af Art Teaching are discussed, specially the Modernist and Post Modernist methods. Key words: Education and Culture, Multiculncrality, Inevculuerality, Art for conseious- | Art in Eelucation as culture and expression Educagio para o desenvolvimento de diferentes cédigos culturais A Bducagiiv poderia ser © mais eficiente caminho para estimular a consci- Sncia cultural do individuo, comegando pelo reconhecimento ¢ apreciagdo da cultura local. Contude a educagao formal no Terceiro Mundo Ocidental foi com- pletamente dominada pelos cédigos culturais curopeus e, mais recentemente, pelo eddigo cultural norte-americano branco, A cultura indigena sé € tolerada pa escola sob a forma de folclore, de curia- sidade ¢ exoterismo; sempre como uma cultura de segunda categoria Em contraste, foi a propria Europa que, na construgao do ideal madernista das artes, chamau a atencao para o alto valor das outras culluras, do leste ¢ do oeste, através da apreciagao das gravuras japonesas e das esculturas at Desta forma, os artistas modernos europeus foram os primeiros 4 criar uma justificagio em favor do multiculturalisme, apesar de analisar a “cultura” dos outros sob seus propios cénones de valores. Semente no século vinte, os movi- mentos de de: que os povos que linham sido dominados reconhecessem sua propria cultura ¢ sous préprios valores. olonizagao, ¢ de liberagao criaram a possibilidade palitica para Leitura cultural, identidade cultural, ecologia cultural A busea de identidade cultural passou a ser um dos objetives dos paises recém “independentes”, cuja cultura tinha sido, até entio, institucionalmente definida pelos poderes centrais metropolitanos ¢ cuja histéria foi escrita pelos colonizadores. Contudo, a identidade cultural nao é uma forma fixa ou congelada mas um processo dindmico, enriquecido através do didlogo ¢ locas com outras culturas. Neste sentido, a identidade cultural também ¢ um problema para o mundo desenvalwido. Apesar disso, a preocupagaa com o estimulo cultural através da educagaa tem sofrido uma diferente abordagem nos mundos industrializades cem vias de desenvolvimento, revelando diversos significados através de diferengas seman- ticas. Enquanto, no terceire mundo, falamos sobre nevessidade de busca pela identidade cultural, os paises industrializades falam sobre a leitura cultural ¢ ecolégica cultural. Assim, no mundo industrializado a questio cultural € centrada no fornecimento de informagies globai perficiais sobre diferentes campos de conhecimento (cultural literacy) e na atengao equilibrada as diversas culturas de pais (ecologia cultural). No terceiro mundo, no entanlo, a identidade cultural € 0 interesse central c significa a necessidade de ser capaz de reconhecer a si prépio, ou, finalmente, uma necessidade bésica de sobrevivencia ¢ de eonstruco de sua propia realidade. 10 Os trés termos aos quais nos referimos acima convergem cm um ponto co- mum: a nogito de diversidade cultural, Som a flexibilidade de encarar a diversi- dade cultural existente em qualquer pais, é possivel tanto uma identificagdo cultural, come uma leitura cultural global ou ainda uma cultura ecold Diversidade Cultural: Multiculturalismo, Pluriculturalidade e Interculturalidade Aqui, para definir diversidade cultural, nés temos que navegar novamente através de uma complexa rede de termos. Alguns falam sobre multiculturalismo, outros sobre pluriculruralidade, ¢ temos ainda o termo mais apropriade — Inter- culturalidade. Enquanto os termes “Multicultural” ¢ “Pluricultural” significam cia e miitue entendimento de diferentes culturas na mesma sociedade, otermo “Intercultural” significa a interagao entre as diferentes culturas. Isto deveria ser o objetivo da cducaga cultural. Para aleangar tal objetivo, ¢ necessdrio que a educagao fornega um conhe- cimento sobre a cultura local nagio ¢ a cultura de outris nagdes. o interessada no desenvolvimento cullura de varios grupos que caracterizam a Interculturalidade: alta e¢ baixa cultura No que diz respeito 4 cultura local, pede-se constalar que apenas o nivel erudito desta cultura é admitide na escolu. As culturas das classes sociais baixas continuam a ser ignoradas pelas instituiges educacionais, mesmo pelos que estiio envolvidos na educagiio destas classes, Nos aprendemos com Paulo Frein arejeitar a segregugao cultural na educagiio. As décadas de Juta para saly; oprimidos da ignorincia sobre cles prépios nos ensinaram que uma edue: libertaria ters sucesso s6 quando os participantes no processo educacional forem capazes de identilicar seu ego cultural ¢ se orgulharem dele. Isto néio significa a defesa de guetos culturais. nem excluir a cultura crudita das classes buixas Tod: porque esses siio os eddigos dominantes — os eddigos do poder. E necessdrio as classes sociais tém o dircito de acesso aos eddigos da cultura erudita conhecé-los, ser versados neles, mas tais cddiges continuariie a ser um conhecimento exterior a nao ser que o individuo tenha dominado as referéncias culturais da sua propia classe social, a porta de entrada para a assimilagao do A mobilidade social depende da inter-relagao entre os cédigos culturais das diferentes classes sociai “outro il Interculturalidade: a cultura do colonizador e do oprimido A diversidade cultural presume o reconhecimento dos diferentes cddigos, classes sociais, grupos étnicos, crengas ¢ sexos na nagdo, assim como o didlogo com os diversos cédigos cullurais das viirias nagGes ou paises que incluema até mesmo a cultura dos primeiros colonizadores. Os movimentos navionalislas radicais que pretenderam © fortalecimento da identidade cultural de um pais em isolamenty, ignoram o fato de que o seu passado ja havia sido contaminada pelo contate com outras culluras ¢ que sua histéri ava interpenetrada pela historia dos colonizadores. Por autre lade colonizadores nio podem esquecer que, his- loricamente cles foram obrigados a incerporar os conceitos culturais que o oprimide produziu sobre eles, Interculturalidade e cultura do Outro Ademanda para identificagdio — “isto é ser para um OUTRO" — assegura a representagado do sujeito, diferenciado do “outro” em ALTERIDADE! “Tdentidade é ser para si mesmo ¢ para o OUTRO; conseqiientemente, a identi- dade é encontrada entre nossas diferengas”?. A fungao das artes na formayio da imagem da identidade Ihe confere um papel caracteristico dentre os complexas aspectos da cultura. [dentificagao é sempre a produgiio de “uma imagem de identidade ea trans formacio do sujeito ao assumir ou rejeitar aquela imagem reconhecida pelo outro, O papel da arte no desenvolvimento cultural Através das artes lemos a representagiio simbdlica dos tragos espirituais, materiais, intelectuais ¢ emocionais que caracterizam a sociedade ou o grupo social, scu modo de vida, seu sistema de valores, suas tradigGcs c crengas. A arte, como uma lin: m prescentacional dos sentidos, transmite significados que nao podem ser transmitides através de nenhum outre tipo de linguagem, lais como as linguagens discursiva ¢ cientifica. Nio podemos entender a cultura de um pais sem conhecer sua arte. Sem conhecer as artes de uma sociedade, s6 podemos ter conhecimento parcial de sua cultura. Aqueles que estao engajados na tarefa vital de fundar a identificagao cul tural nao podem alcancar um resultado significative sem o conhecimento das artes. Através da poesia, dos gestos, da imagem ies falam aquilo que a a antropologia, cle, néo podem dizer porque élas usam historia, a sociologi 12 um outro tipo de linguagem, a discursiva ¢ a cientifica, que sozinhas nado sio capazes de decodificar nuances culturais. Dentre as art a arte visual, tendo a imagem como matéria prima, tora possivel a visualizagde de quem somos, onde estamos ¢ come sentimos A arte na educagao como expressac pessoal ¢ como cullura ¢ um importante instrumento para & identificagdo cultural ¢ o desenvolvimento. Ataveés das arte é possivel desenvolver a percepgag ¢ a imaginagao, apreender arealidade do meio. ambiente, desenvolver a capacidade critica permitindo analisar a realidade percebida ¢ desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. “Relembrando Fanon’, eu dirla que a arte capacita um homem ou uma mulher a nao ser um estranho em seu meio ambiente nem estrangeiro no seu proprio pais. Ela supera o estado de despersonalizagao, inserindo 0 individuo no lugar ao qual pertence. Arte-Educacao e a consciéncia de cidadania Contuda, sd incluindo arte no curriculum: que a magica de favorecer ocrescimento individual ¢ o comportamento de cidadio como construtor de sua propia nagiio acontece Além de reservar um lugar para a arte no curriculum, o que esta longe de ser realizado pelos cstades membros da UNESCO, ¢ também necessdrio se pre- ocupar como a arte € concebida ¢ ensinada. Em minha experiéncia, tenho visto as artes visuais sendo ensinadas princi- palmente como desenho geométrico, ainda seguindo a tradigao positivista, ou a arte nas escolas send ulilizada na comemoragiio de festas, na produgdo de Ppresentes estereotipados para os dias das mies ou dos pais ¢ na melhor das hipdteses, apenas como livre expressao A falta de treinamenta de pessoal para ensinar as cial nos levando a confundir improvisagio com criatividade. A an domina a arte-educagdo que esta fracassando na sua missiio de favorecer 0 conhecimentone sabre artes visuais organizade de formaarelacionar produgio attistica com apreciagao estética ¢ informacao histérica. Esta integrag4o corres- ponde 4 epistemologia da arte emo das artes tem lugar na interseccao da experimentagio, decodificagao ¢ informagao. Nas artes visuais, estar apto a produsir uma imager e ser capaz de ler uma irnugem sie duas habilidades interrelacionadas. tes € um problema cru- ia tedrica Q conheci Leitura Visual Em nossa vida didria, estamos rodeados por imagens impostas pela midia, 13 vendendo produtos, idéia ilos, comportamentos, slogans politicos, cle. Como resultado de nossa incapacidade de ler essas imagens, nds aprendemos por meio delas inconscientemente. A educagdo deveria prestar atengao ao dis- curso visual, Ensinar a gramdtica visual ¢ sua sintaxe através da arte e tornar as criangas conscientes da produgao humana de alta qualidade é uma forma de prepar: para compreender e avaliar todo o tipo de imagem, conscientizando-as do que estao aprendendo com estas imagens. Um curricufiem que integrava atividades artisticas, hist6rias da arte ¢ andlise dos trabalhos artisticos levaria & satisfagao das necessidades, interesses ¢ ao crescimento das criangas, respeitando ao mesmo tempo os conceitos da disciplina aser aprendida, seus valores, sua estruturas ¢ sua espectfica contribuigae 4 cultura, Dessa forma, realizariamos um equilibrio entre duas teorias curriculares domi- nantes: aquela centrada na crianga ¢ a centrada na disciplina (matéria). Este equilibrio curricular comegou a ser defendida no Reino Unido pelo “Basic Design Movement” durante os anos 50, quando Harry Thubron, Victor Pasmore, Richard Hamilton, Richard Smith, Joe Tilson ¢ Eduardo Paolzzi de- senvolveram sua arte de ensinar a arte. Eles associaram alividades artislicas como ensino dos prineipios do design e informagao cientifica sobre o ver, tudo isso com ajuda da tecnologia, Seus alunos estudaram gramdlica visual, sua sintaxe € scu vocabulario, dominando clementos form: como: ponto, linha, espago positive e negati vo, divisio de dreas, cor, percepcao c ilusdo, signes e simulagao, transformagao @ proje¢ao nas imagens produzidas pelos artistas ¢ também pelos meios de co- municacio ¢ publicidad, Eles foram acusados de racionalismo mas hoje, apds quase setenta anos de arte-cducagiio expressionista nas escolas do mundo indus- trializade, chegamos & conclusio que a livre expressfo mao ¢ uma preparagac suficiente para o entendimento da arte. cone! s tals Apreciacao da arte e desenvolvimento da criatividade Apreciar, educar os sentidos ¢ avaliar a qualidade das imagens produzidas pelos artistas é um complexo necessario a livre expressao, de maneira a possibi- litar o desenvolvimento continuo daqueles que, depois de deixar a cscola, nao s¢ tornarao produtores de arte. Através da apreciagio ¢ decodificagiio de trabalhos flexibilidade, elaboragao ¢ ori ginalidade — dade. Além disso, a educagdo da aprec o desenvolvimento cultural de um pafs, Este desenvelvimento quando uma produgio artfstica de alta qualidade é associada a um alto grau de entendimento desta produgao pelo publico. art{sticos, desenvolvemos fluénci os proc os bdsicos da criati fundamental pi sé acon 14 Arte-Educacao preparando o publica para a Arte Uma das fungdes da arte-cducacao é fazer a mediaglo entre aarte eo ptblico. Museu e centros cullurais deveriam ser as lideres na preparagiie do ptiblico pare o entendimento do trabalho artistic. Entretanto, poucos museus ¢ centros culturais fazem esforgo para facilitara apreciagao da arte. As visitas guiadas slo tio entediantes que a viagem de idae volta ao museu é de longe mais significativa para a crianga. Mas é importante enfatizar que os museus ¢ centros cullurais sic uma contribuigao insubstitufvel para amenizar o sentimento de inacessibilidade do trabalho artistico ¢ de ignorancia do visitante. Aqueles que nao tém educagio escolar tém medo de entrar no museu. Fles mio se sentem suficientes conhecedores para penetrar nos “templos da cultura E hora dos museus abandonarem seu comportamento sacralizado ¢ assumi- rem sua parceria com escolas porque somente as escolas podem dar aos alunos e clas! baixas a ucasiao ¢ auto-seguranga para entrar em um muscu. Os muscus sao lugares para a educagao concreta sobre a heranga cultural que deveria pertencer a todos, nile somente a um: d privilegiada, Os muscus sao lugares ideais para o conlato com padroes de avalia- gdo da arte através da sua histéria, que prepara um consumidor de arte critica classe econdémica e so nao s6 para aarte de onterm ¢ de hoje, mas também para as manifestagées artisticas do futuro, © conhecimento da relatividade dos padrées da avaliagio através dos tem- pos torna o individuo flexivel para criar padroes apropriados para o julgamento daquilo que ele ainda nao conhece. Taledu », capa de desenvolver a aulo-expressau, apreciagao, decodifi- cacao ¢ avaliagdo dos trabalhos artisticos produzidos por outros, associados & contextualizagio histirica, ¢ necessdria nado s6 para o crescimento individual ¢ enriquecimento da nagao, mas também é um instrumento importante para a profis- Arte para o desenvolvimento profissional Um grande ntimero de trabalhos ¢ profissGes esto direta ou indiretamente relacionados 4 arte comercial ¢ propaganda, eut-doors, cinema, video, a publi- easfio de livros ¢ revistas, a produgdo de discos, fitas e Cds, som e cendrios para @ televisdo, ¢ todos esses campos do design para a moda ¢ inddstria téxtil, de- sign grafico, decoragao, cic, Nao posso conceber um bom designer grafico que edo possua algumas informagies de Histéria da Arte, como, por exemplo, o eonhecimento sobre a Bauhaus. Nao sé as designer graficos mas muitos outros profissionais similares po- 15: = deriam ser mais eficientes se conhecessem, fizessem arte € tivessem desenvolvido habilidades analiticas através da interpenetragéio dos trabalhos artisticos em scu contexte histérico. Tomei conhecimento de uma pesquisa que constatou que Os camaranen da televi sistemdtico com apreciagio da arte. A interpenetragao de obras de informacio histérica sao insepardveis; sendo umaa abordagem diacrénica hori- zontal do objeto © © outro a sua projegdo sincrémea vertical. A interseccao dessas duas linhas de investigago produziré um entendimento criuco de come os conceitos formais, visuais ¢ sociais aparecem na arte, como eles tém sido percebidos, redefinidos, redesignados, distorcides, descartados, reapropriados, reformulados, justificados ¢ criticados em seus processos construlivos. E: abordagem de ensino ilumina a pra meramente catartica, a sao mais eficientes quando tém algum contato teca a da arte, mesmo quando esta pratica ¢ Arte para o desenvolvimento emocional ¢ reflexivo Aqueles que defendem a arte na escola meramente para libertar a emogiio devem lembrar que podemos aprender muito pouco sobre nossas emoghes se naw formos capazes de refletir sobre clas. Na educagao, © subjetive, a vida interior ¢ a vida emocional devem progredir, mas nfo uo acaso. Se a arte mio é tratada como um conhecimento, mas somente como um “grito da alma”, nde estamos oferecendo nem educacao cognitiva, nem educagao emocional, Words- worth disse: “A arte tem que ver com emogiio, inas tao profundamente para nos reduzirmos a ligrimas” Sintese E impossivel conduzir educagio emocional ¢ intelectual, formal au infor- mal, para a clite ou para o povo, sem arte, porque é impossivel desenvolver a mente sem desenvolver os mados divergentes do pensamento visual ¢.o conhe- cimento presentucional. Somente o ensino-aprendizagem das Artes mobiliza o pensamento visual € presentacional (expressao de Suzanne Langer) garantindo alta qualidade & experiéneia. Natas I. Homi, R. Bhaba “Remembering Fanon: Self, psyele and colonial condition” In! Bar- bara Kruger and Phil Mariani (ed) Remaking History N.¥ : Dia Foundation, 1989, p.139, 2. ibid 3, ibid Este texto foi produzido por encomenda do Bureau Internacional de Educagiio da UNESCO, para embasar a discuss4o do-Congresso Internacional de Educagao, em Genebra, em 1992, que abordou o tema Educaciio e Cultura. Ana Mae T, B. Barbosa € professora da Escola de Comunicagées ¢ Arte da USP. Enderego para correspondéncia: Rua Monte Alegre, 1003/41 05.014-001 Sao Paulo - SP - Brasil 17

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