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OX LEITURA DIARIA D_S11.2~Apego diério $_ $1119.11 - Guardo no coracao T S1119.97 - Amor pela lei '@ 2Co 10.5 - Pensamentos cativos @ Fp 4.7 - Guardar a mente $S Jr 29.11 — Pensamentos divinos $_ Is 55.9 — Altos pensamentos INTRODUCAO Os estudos deste trimestre abordam o modo como muitos cristéos enxergam a re- ligido, ou como gostariam que ela fosse: vida mansa. Esta licio aborda 0 fato de que muitos cristios gostariam que a Biblia fosse mais “mente aberta”, menos radical e mais “politi- camente correta”, para evitar fazé-los passar Por certos constrangimentos sociais. Existe um sentido no qual todo cristo € um tedlogo. Temos opinides sobre quem Deus ée sobre o que ele pensa a respeito de diversos assuntos, Podemos desenvolver ideias que nao correspondem a verdade revelada na palavra, mas nao deixaremos de fazer teologia por conta disso, de modo que a questo é se faze- mos bem ou mal a nossa teologia. Mas como devemos fazer teologia de modo responsivel,, biblico e cristio? 1. A FONTE DA TEOLOGIA Qual é a fonte primaria de nossa teologia? Sobre qual base principal se assenta 0 nosso ? vav' e, a pensar teolégico? Muito provavelmente a mente é “A Biblia, Tesposta que nos vem : ro Af Jongo dos séculos, claro!” A final, os cristios, a0 ‘TEOLOGIA QUE DEUS APROVA Atos 17.11 tém crido que ela é a revelacéo que Deus nos deu a respeito de si. Essa crenca nao exclui © estudo de outras fontes de conhecimento, mas significa que a autoridade maxima sio as Esctituras do Antigo e Novo Testament; ou seja, as Escrituras sfio Deus falando de si, ativa ¢ intencionalmente. Cremos, portanto, que a Biblia nio é ptimariamente um produto das experiéncias religiosas de homens do passado nem um compéndio da interpretacao deste ou daquele grupo social. Desse modo, nao é s6 a maneira como pensamos sobre Deus, mas também © que pensamos sobre as Escrituras que é © fator determinante de nossa teologia. Se a fonte primaria de nossa teologia for nossa intui¢&o, experiéncia ou ideias pessoais, che- garemos a conclusées diferentes sobre quem Deus é, sobre a nossa condigao atual e sobre a esperanga de mudanga que devemos abrigar em relacio a isso. De certo modo, essa postura pode ser resumida na maneira como Paulo se refere aos bereanos em Atos 17.11. La 0 apéstolo Paulo conta como foi a passagem dele ¢ de Silas por Tessaldnica ¢ Bercia, Na narrativa da experiéncia em Bereia, Paulo destaca que 0s bereanos, embora recebessem com avidez a pregacio, nao deixavam de examinar cutda- dosamente as Escrituras para ver se tudo era como os pregadores diziam, Isso levou Paulo a concluir que os bereanos eram “mais nobres . A expressio “crente que os de Tessalonic: bereano”, posteriormente, tornou-se famosa para designar aquele que se afadiga no estudo da palavra, procurando sempre confirmar se sua teologia esta solidamente baseada nos ensinos biblicos. Infelizmente, um numero grande de cris- tis, hoje em dia, prefere absorver sem muita reflexio 0 que outros dizem sobre Deus, sem verificar se as coisas s40 mesmo como foram aptesentadas. Il, CARACTERISTICA DE UMA BOA TEOLOGIA Fazer teologia é como fazer misica. Pode- mos nio ser misicos profissionais, mas s6 por cantarolar ou assoviar uma melodia jé estaremos “fazendo” musica. Nesse sentido, podemos usar a misica como metifora pata explorar a maneira comd'devemos fazer boa teologia. Entio, como saber se minha teologia é boa? ‘Assim como a miisica tem sete notas,a teologia deve obedecer sete principios, ou deve ter sete qualidades para estar afinada com a verdade revelada nas Escrituras. ALE precisa correta ‘A nota dada pelo instrumento niio pode ser vacilante, incerta, A beleza de uma cancio agradavel aos ouvidos esti na precisio com que é emitida a nota. Meio tom abaixo ou acima jé faz os ouvidos perceberem que algo esté errado, desafinado, Na teologia nio é diferente. Conceitos diibios, imprecisos ¢ vacilantes nio ajudam aqueles que querem saber 0 que Deus quer ensinar, quais ordens quer ver obedecidas ou auais verdades devem ser assimiladas. Precisio sério quanto ‘a apresentacio é algo tio nec cortecio em nosso pensamento teol6gic Podemos explorar esse aspecto lembrando que, no caso da miisica, o correto € definido como 0 som que corresponde iquela nota escrita na partitura. A boa teologia s6 estari correta se ressoar a verdade de Deus em total conformidade com o que esta escrito em sua palavra. B.E seorreferente ‘A mésica aponta para algo. Ela é mais que sons. Tem tema, mensagem e estrutura. Ela aponta para um objetivo além de si mesma. Assim é a teologia. Teorreferéncia éa ligagio que todas as coisas criadas tém com a pessoa de Deus. Quando se torna um fim em si mesma, a teologia no mais cumpre sua funcio, que € nos ajudar a organizar os pensamentos em relagio a Deus, de modo que passamos a conhecé-lo ¢ amé-lo apropriadamente. Nossa teologia deve apontar para Deus. CE daxoligica Quando ouvimos uma misica que nos agrada e enleva, sentimos como se tivéssemos sidos alcados ao céu, Boa teologia faz isso também. Quando lemos as cartas de Paulo, muitas vezes nos deparamos com doxologias — aque- les momentos em que o apéstolo interrompe © fluxo da explicagio para louvar ¢ adorar a Deus por aquilo que acabou de escrever (por exemplo, Rm 16.25-27). Uma boa teologia no deve somente escrever doxologicamente, ‘mas conduzir seu leitor & adoracio e ao enlevo spiritual. D.E escatolégica Repetigdes sem fim de refrdes intermina- veis so artificios recentes na histéria da mi- sica, Uma boa pega musical deve ter comego, meio € fim e, geralmente, esti orientada seu climax. O fim para o qual o Cristianismo olha com esperanga ¢ 0 retorno glorioso de Cristo ao Quando abaixamos os olhos desse norte, nos perdemos nos descaminhos dessa vida. Nag fos acharemos enquanto nos procurarmos nas trevas deste manda Precisamos erpuer og olhos em dtegio it ae seguiro caminho por cla luminado. A teologia faz isso quando nog 2 lembra constantemente do retorno glorioso do Redentor e a consequente renovacio de todas as coisas, E. E cristocéntrica Como numa misica com refrio, aquele ponto para o qual a obra aponta, a teologia também tem seu foco em Cristo. A boa teo- logia reconhece que é tudo sobte ele. Ele é 0 tefrio da boa teologia. Toda a revelagio encontra seu cerne na pessoa e obra de Cristo. Quando nfo encontra- mos como a Escritura se relaciona com Cristo nesse sentido, ainda nao desfrutamos de tudo © que ela pode nos dar. E E ecksiolégica Quando ouvimos boa misica no tecemos elogios sé 4 misicaem si, mas também aqueles que a executam: os misicos. Uma boa teologia reconhece que Deus est4 tocando sua santa melodia através da igreja. O Novo Testamento apresenta a Igreja como fundamental no plano de Deus. A reu- nifio dos crentes é 0 povo de Deus, por quem Cristo se entregou, e a quem ele mesmo chama de “minha noiva”. Nao podemos desejar o afeto do noivo se nao damos o devido valor a sua noiva. G.E responsdvel Qualquer um que jé tenha tido a expe- rigncia de ir a um concerto pode verificar a maneira ordeira e delicadamente cuidadosa como se portam os misicos. Fi s6 depois de tudo estar devidamente afinado que o regente aparece. Assim é a teologia: um santo afinar de conceitos biblicos que prepara a entrada do santo regente, o Senhor Jesus. Nio levar a sério a tarefa de fazer teologia Seté o equivalente a reduzi-la a irrelevancia. Justamente por isso é que buscar a relevincia daigreja, sem antes priorizar a teologia por tras dela, tem conduzido a caminhos irrelevantes, dada a distancia da palavra de Deus. O alvo nao é alcangado pelo remodelar do conjunto de crengas cristis a fim de tornar o cristianis- mo relevante, com uma releitura que procure expressar 0 que gostatiam que fosse verdade a respeito de Deus. A teologia s6 é boa quando deixamos a verdade revelada de Deus — isto é, 0 ensino da Biblia — penetrar em nossa mente. IIL. NA PRATICA, A TEOLOGIA E OUTRA Nossa experiéncia pode fazer parecer, porém, que nem sempre vemos nossa crenga em Deus como o Criador de tudo o que ha afetando nosso dia a dia. Se ele é bom, justo ou se € moralmente neutro, 0 que isso tem a ver com nosso modo de ver o mundo? Se ele é fiel e cumpre suas promessas ou se criou o mundo e foi cuidar de outra coisa deixando o resto a fNOsso encatgo, como esse entendimento se traduz em nosso cotidiano? Se é soberano e tem controle absoluto sobre tudo, ou se nao intervém nos negécios humanos, quer por nao se importar, por nao ter poder para isso ou por alguma outra razio, como isso afeta 0 modo como vivemos? Se ele € 0 padrio ou se nos estabeleceu como padrio, se fomos ctiados bons e nada mudou ou se tudo mudou apés a entrada do pecado no conhecimento humano, se precisamos de salvagao ou s6 de alguns ajustes, tudo isso faz diferenga? Qual é a Nossa resposta a essas € Outras perguntas? Se pensamos nisso, jé estamos fazendo teologia. Sabemos, porém, que a teologia ja é im- portante na Igreja; no precisamos “torné-la” assim. O que nos importa s. ber é se a teologia que realmente influencia a vida da igreja é boa ‘ou ruim, ou seja, é mais fiel ou menos fiel aos ensinos da Escritura. Desprezar a importancia da teologia apenas trara prejuizo, porque o que vocé pensa a respeito de Deus afetari seu modo de ver o mundo, as pessoas, seus compromis- S05, suas prioridades, seus métodos, sua fé, sua cosmovisio, Portanto, seja ela boa ou ruim, feita com zelo ou levianamente, sua teologia definir’ sua vida, sua visio de igreja, seus relacionamen- tos e até mesmo seu destino eterno, CONCLUSAO Todos somos tedlogos, ¢ a nés cumpre fazer uma teologia que honre a Deus, Se estru- turamos pensamentos sobre Deus, a realidade, ‘6s mesmos, a vida e seu fim e todos os nossos telacionamentos, devemos fazé-lo amparados pela palavra de Deus, Como os crentes em Bereia, precisamos conferir se tudo 0 que ouvimos e pensamos sobre Deus"ésté alicercado em sdlido e sétio ensino bfblico, Para isso, precisaremos, a cada dia, construir uma teologia que reflita esse ensino. Com tesponsabilidade e zelo, nossa teologia seri como uma doce melodia aoy ouvidos do Senhor Deus, APLICACAO Tome consciéncia de sua tesponsabilida- de como tedlogo: Sempre estamos fazendo teologia; se boa ou ruim, depende de nossas bases biblicas. Pense com seriedade sobre teologia: exa- mine cuidadosamente o quanto suas crencas sobre Deus esto ancoradas no ensino biblico. Faca boa teologia: siga as sete orientagdes € seja sempre biblicamente criterioso ao assi- milar qualquer pensamento, 0 ) PLANO ACIMA DE TODOS OS PLANOS LEITURA DIARIA. DD. Rm 8.28 — Boa vontade de Deus {) Jo 16.33 - Tenha bom animo {TF Jr 29.11 - Pensando o melhor 1@ 1s 55.8,9 — Pensando mais alto 1@ Tg 5.11 - Gloria no sofrimento 'S Ap 22.3-5 — Antevendo a gléria S” Hb 13.15 - Labios que louvam INTRODUCAO Esta li¢io aborda outro elemento da “reli- gidio vida mansa”: acreditar que a vida s6 faz sentido se pudermos desfrutar, neste mundo, das béngaos de prosperidade e abundancia e que o sofrimento e 0 mal esto fora dos planos de Deus. Mesmo sabendo que neste mundo teremos afligdes (Jo 16.33), as vezes é dificil ter “bom 4nimo”. As presses do mundo acabam nos convencendo que 0 que vemos a0 nosso redot é tudo o que ha, e que nada h4 que seja maior ou mais sublime. Assim, nossa percep¢io se reduz até que vivamos num mundinho tio diminuto que passamos a pensar que toda a Preocupacao deste universo seja o nosso bem- ~estar e nosso conforto pessoal. Essa reducio nos cega por um momento, mas nfo consegue se mantet por muito tem- po. Nossa existéncia acontece num universo bem maior, onde guerras, fomes ¢ maldades indiziveis acontecem. Essa percepgio dolorosa de um mundo maior fora de nosso controle zomba do nosso pequeno universo, mexe com Nossa v4 esperanca, frustra nossos desejos Romanos 12.2 egofstas e desafia nossas ilusdes. Isso acontece porque nossa natureza pecaminosa insiste em nos convencer de que ninguém deveria viver para algo mais do que a presente vida. Mas, io precisa ser assim: existe um plano em tudo isso, e ele é bom! 1. ONDE SE ACHA O PLANO? Quanto insistimos em nos sentir em casa, muito A vontade neste mundo, em lugar de atrair sobre nds uma vida mansa, atraimos 0 julgamento de Deus. Fomos convencidos de que o mundo faria sentido sem seu Criador. A loucura e 0 caos em que esta mergulhado 0 mundo ao nosso redor jé comecam a se considerados naturais, ¢, distraidos, concordamos com os incrédulos que nossa existéncia também é sem sentido e miseravel. O desespeto da vida sem Deus é brutal. Do que estamos nos esquecendo quando pensamos assim? Que Deus fez a vida, ¢ s6 Deus pode nos dizer o seu significado. Se que- remos achar sentido na vida neste mundo e ter acesso ao seu plano bom e sabio, precisamos ouvi-lo falar na sua palavra. A.A keitura devocional da Biblia Deus nao pretendeu que a leitura da Biblia funcionasse simplesmente como um sedativo para mentes inquietas, mas que acordasse nos- sa mente. E 0 modo como se lé a Biblia que determina a diferenga, e a maneira correta é a sua leitura devocional. Para desenvolver uma leitura devocional da Biblia, ela deve ser menos institucional e mais telacional. Nesse caso, o interesse principal nio € meramente intelectual, ainda que devamos queter “saber coisas sobre” 0 texto, porém, uma leitura devocional nos ensina a vontade de Deus para o seu povo no mundo: ouvir Deus falar por intermédio do texto. Assim, ler devocionalmente a Biblia nos aproxima de Deus como que numa conversa em que ouvimos sua voz ensinar sobre diver- sos temas de relevancia pratica. Desse modo, nosso relacionamento com a Biblia muda por conta da mudanga no nosso relacionamento com o proprio Deus. Como resultado, nosso entendimento se abre para a percepgio da mensagem que perpassa os muitos autores ¢ seus variados estilos. B. Sobre 0 que trata o livro? Uma leitura atenta da Biblia revelara que, ainda que seja dado um tratamento ostensivo 4 salvacio do homem, ela nao fala primaria- mente a respeito do homem, O fim principal da Biblia nao é a salvacio humana, mas a revelacio da operacio de Deus num universo pecaminoso e desordenado de tal modo que resultado final manifeste toda a sua gloria. Essa gloria € manifestada no estabeleci- mento do seu reino, na criagdo de um povo para adori-lo e servi-lo e, por fim, na destrui- cio do mal neste mundo € na recomposigio da ordem das coisas pela obra redentora do Senhor Jesus, seu Filho. Dei salvagao humana apenas oferece a oportunida is € o assunto da Biblia. O enredo da de de revelar de forma ainda mais fulurante quem Deus é. Ele é 0 Deus vivo, presente € ativo em toda parte (x 15.11), 0 Senhor controla Ef soberano deste mundo, que ele fez “conforme o conselho de sua vontade 1.11). Ea conviccao dominante Geénesis a Apocalipse a respeito dele € que, por tras e por baixo de toda a aparente contusic deste mundo Deus tem um plano, Portant 6 _ a Historia humana é o registro da realizacio desse plano. A Historia é a histéria del Il, ESSE PLANO E BOM? Quando descobrimos que Deus tem um plano e que o opera soberanamente, temos duas alternativas. A primeira é aceitar de bom grado o plano divino. A outra é rejeité-lo com rebeldia. Conseguimos desafiar e rejeitar 0 plano de Deus, mas nfo conseguimos escapar dele, O maximo que a escolha rebelde poder fazer sera afundar-se no autoengano, enquanto traz sobre si justa e terrivel condenacio. En- tretanto, mesmo a aceitacio do bom plano de Deus pode ser desafiadora. Ainda assim, o desafio de aceitar de bom grado o plano divino permanece. A resposta, portanto, é enxergar a vontade de Deus so- bre nossa vida da forma como ela é, ou seja, “boa, perfeita e agradavel” (Rm 12.2). Isso s6 € possivel quando consideramos a bondade de Deus. O que nos acalma 0 coracio é saber que ele é bom! A doutrina da bondade de Deus, entio, se reveste de vital importincia, pois é no conhe- Cimento dela que nos defrontamos com um Deus bom, que opera um plano bom, que expressa sua bondade para o nosso bem! O 4postolo Paulo nao duvidava disso (Rm 8.28), € nos também nio devemos duvidar. I. QUAL EO PLANO, AFINAL? Mas, afinal, o que Deus esti fazendo? Tesposta curta seria: ele esta “ Hb 2.10) esta salvando um grande grupo res. Mas a finalidade de Deus en Uma conduzindo muitos filhos a gloria ou seine 4 Sea, ele de pecado- 1 todos os ©Mesmo, 5 PAM po rdue ele dor de tude, existe, € segundo porque nosso I Seus atos é, em ul Isso por dows motivos € 0 Deus soberano € ¢ 9 que CUS sabe a gloria é que a manitestacio e desfrute de g a nossa felicidade Deus, espontaneamente, decidiu criar tudo o que ha, Como Criador, fez tudo para seu proprio deleite ¢ para a manifestagao de seu santo carater. Portanto, é justo que Deus persiga a manifestacao de sua propria gloria na sua criagao. Como Deus nos criou para a sua gloria, qualquer coisa diferente disso seré uma ca- ricatura da verdadeira felicidade. Portanto, nao deveriamos estranhar que Deus almeje sua propria gléria em tudo o que ele faz, nem que em sua graca Deus determine glorificar a si mesmo abengoando seu povo. Lembre-se ‘que o apéstolo Paulo diz, que a nossa redengo no tem fim em si mesma, senio que é para “o louvor da sua gidtia” ¢ uma demonstragio da “iqueza da sua graca” (Ef 1.12; 1.7). Entio, esse plano se realiza na medida em que o evangelho é conhecido e uma “grande multidio... de todas as nagGes, tribos, povos e linguas” (Ap 7.9) € trazida & f€ em Cristo; de- pois do que, em seu retorno, céue term serio efeitos. Entio, onde “o trono de Deus e do Cordeiro” estiver, ali “seus servos servirao, contemplario a sua face (..) ¢ reinario pelos séculos dos séculos” (Ap 22.3-5). O pecado humano no consegue frustrar o plano de Deus, Deus estabeleceu um modo em que 0 proprio pecado é parte do plano, e qualquer desafio 4 vontade revelada de Deus por ele para o avanco de seu plano. éusado ria do Um bom exemplo disso ¢ a hist propésito de Deus na vida de José Quando ainda muito jovem, José foi vendido pelos inmios para 0 Bgito. Muitos anos depots José revela que entendeu que suas experién cias do passado, incluindo o mal que havia sofrido, faziam parte do plano de Deus (Gn 45.8; 50.20). Porém, o exemplo supremo é encontrado na cruz de Cristo. Quando Pedro explica os acontecimentos que a antecederam, interpre- tando-os pelas lentes do plano de Deus, ele diz que Cristo foi entregue “pelo determinado designio e presciéncia de Deus”, ainda que eles © tenham matado movidos por seus coragdes infquos (At 2.23). No Calvatio, contudo, Deus anulou o pecado de Israel, como ptevisto; € nem mesmo a maior iniquidade do homem nio frustrou o plano de Deus para a redengao de seu povo; em vez disso, tornou-se 0 meio de cumpri-lo. IV. GLORIA E GRACA NO PLANO DIVINO Essa e outras historias (cf. Hb 12.5-11) ‘nos ajudam a entender como as citcunsténcias adversas de nossa vida encontram seu lugar nos planos de Deus, com vistas 4 impressao da im: de Cristo em nds. Desse modo, somos assegurados tanto de seu amor e cuidado sobre és quanto de seu poder soberano sobre todos os detalhes da Histéria ¢ da nossa historia. Dizer que a finalidade de Deus é a sua glo- ria significa dizer que seu propésito imutivel mostrar para suas criaturas a gloria de sua sabedoria, poder, verdade, justia ¢ amor, para que venham a conhecé-lo, ¢, conhecendo-o, venham a lhe dar gloria por toda a eternidade através de amor ¢ lealdade, adoragao ¢ louvor, confianga ¢ obediéncia. Portanto, Deus nio nos leva imediatamente conversio a Cristo para 0 céu apds a n0ss para que, deixados num mundo de pecado part sermos provados, testados ¢ pressionaclos por s aflicdes, o glorifiquemos atraves da inume' nossa paciéncia sob o sofrimento (Tg 5.11) € 4 que ele mostre as fiquezas de uma graga par libios que confessam que produz louvor de seu nome (Hb 13.15) CONCLUSAO Pode ser que quando nos perguntamos “o que é que Deus esta fazendo” quando somos surpreendidos por sua a¢ao direta em nossa vida estejamos, na verdade, questionando sua 7 bondade, Ainda que acreditemos que Deus tenha o poder para governar o mundo, lutamos com a amargura por no crermos em seu amor por nés. A confianca na bondade de Deus que fari a manifestagio de seu plano ser um alivio, mesmo quando déi. Lembre-se do que Senhor nos alerta por intermédio de Isafas, que como criaturas, no temos 0 direito de esperar que, em cada ponto, sejamos capazes de compreender a sabedoria de nosso Criador (Is 55.8-9; veja também Jr 29.11). APLICAGAO Entenda que o fator decisivo na historia do mundo, 0 propésito que o controla ¢ a chave que o interpreta € o plano eterno de Deus. ‘Aptenda que, enquanto para nds glorificé- Jo éum dever, para ele, abengoar-nos é graca. ‘Assim, a tinica coisa que Deus é obrigado a fazer é exatamente a coisa que ele requer de nds — glorificé-lo! Mesmo em meio a tribulagdes, descanse na bondade de Deus: seu plano para vocé manifesta essa bondade.

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