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Terca-feira, 1 de Agosto de 2023 1 Série - N.2 142 <# DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste nimero - Kz: 1.700,00 Presidente da Republica Decreto Presidencial n.2 162/2: 3562 Aprova o Regime Juridico do Ensino Primério € Secundério do Subsistema de Ensino Geral. — Revoga 0 Decreto Presidencial N.° 276/19, de 6 de Setembro, ¢ toda a legislacio que contrarie 0 cisposto no presente Diploma. Decreto Presidencial n.2 163/2: ene 3585, Atribui & Concessionéria Nacional os direitos mineitos de prospeccéo, pesquisa, desenvolvi- mento ¢ procuglo de hidrocarbonetos liquidos e gasosos na Srea da concessio do Bloco 31/21, ¢ aprova o Contrato de Partilha de Produgao celebrado entre a Concessionéria Nacional ¢ © Grupo Empreiteiro constituldo pela Azule Energy Angola BY. € a Equinor Angola Block 31/21 AS. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 SERIE, N.2 142 | 3562 PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.2 162/23 de 1 de Agosto Considerando que a Lei n.° 32/20, de 12 de Agosto, que altera a Lei n.° 17/16, de 7 de Outubro — Lei de Bases do Sistema de Educagiio, prevé os principios, os objectives gerais especificos do Subsistema de Ensino Geral; Convindo estabelecer os principios orientadores da organizagao do Subsistema de Ensino Geral, da organizacio e gesto escolar, bem como da gestéo curricular do Ensino Primario e do Je II Ciclos do Ensino Secundério, nos termos da Lei n.° 32/20, de 12 de Agosto, que altera a Lei n2 17/16, de 7 de Outubro — Lei de Bases do Sistema de Educaco e Ensino; 0 Presidente da Repiiblica decreta, nos termos da alinea m) do artigo 120.2 e don. 4 do artigo 125.2, ambos da Constituigao da Republica de Angola, o seguinte: ARTIGO 12 {Aprovagao) E aprovado o Regime Juridico do Ensino Primario e Secundario do Subsistema de Ensino Geral, anexo ao presente Decreto Presidencial, de que é parte integrante. ARTIGO 2.2 (Revogacao) E revogado 0 Decreto Presidencial n.° 276/19, de 6 de Setembro, e toda a legislagdo que contrarie o disposto no presente Diploma. ARTIGO 3.2 (Diividas e omisses) As dividas e omissdes suscitadas na interpretagdo e aplicacio do presente Decreto Presidencial sdo resolvidas pelo Presidente da Repiblica. ARTIGO 4.2 {Entrada em vigor) O presente Diploma entra em vigor na data da sua publicacao. Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 3 de Julho de 2023. Publique-se. Luanda, aos 26 de Julho de 2023. © Presidente da Reptiblica, JOAO MANUEL GONGALVES LOURENGO. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 ISéRIe, Naz [363 REGIME JURIDICO DO SUBSISTEMA DE ENSINO GERAL CAPITULO | Disposigées Gerais ARTIGO 1.2 (Objecto) O presente Diploma estabelece o regime juridico da organizaco, gestao escolar e curricular das Instituigdes do Ensino Primdrio e Secundarlo do Subsistema de Ensino Geral. ARTIGO 2.2 (Ambito) © presente Diploma aplica-se as Instituigdes do Ensino Primario e Secundédrio, publicas, pUblico-privadas e privadas do Subsistema de Ensino Geral. ARTIGO 3.2 (Natureza juridica) 1. As Instituigdes do Subsistema de Ensino Geral, abreviadamente designadas por «ISEG», so estabelecimentos de ensino criados para a prestacao de servicos pUblicos, piblico-privadas e privados, dotados de personalidade e capacidade juridicas e de autonomia administrativa, nos termos do presente Diploma. 2. As Instituigées do Subsistema de Ensino Geral englobam as Escolas do Ensino Primario do le Il Ciclos do Ensino Secundério. 3. As Escolas do Il Ciclo do Ensino Secundério Publicas gozam de autonomia pedagdgica, administrativa e financeira. 4. As Escolas Publico-Privadas e Privadas gozam de autonomia pedagdgica, administrativa e financeira. ARTIGO 4.2 {Objectivos) Sem prejuizo do disposto nos artigos 29.9, 32.2, 33.° 35.2 da Lei de Bases do Sistema de Educacao e Ensino, o presente Estatuto tem como objectives, os seguintes: a) Assegurar 0 desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, visando a aquisicao de competéncias, habilidades, atitudes e valores éticos; b) Garantir a articulagdo e a intereomunicabilidade entre os ciclos e os Subsistemas de Ensino; ¢) Harmonizar a organizagao e gestao escolar do Ensino Primério € do le Il Ciclos do Ensino Secundario. ARTIGO 52 {Defini¢des) Para efeito de aplicagio do presente Diploma, entende-se por: DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 | SERIE, N.# 142 | 9564 a) «Consetho de Escola» — érgio representativo da comunidade escolar, que tem como objectivo apoiar ¢ avaliar a direccdo da escola no cumprimento das directrizes € metas estabelecidas a nivel central ¢ local, garantindo uma gestdo democratica e transparente; b) «Ensino Primdrion — fundamento do Ensino Geral, cuja conclusdo se afigura como condig&o indispensavel para 0 acesso 20 I Ciclo do Ensino Secundario Geral; ¢) «Ensino Secundério Geraly — nivel que sucede 0 Ensino Primério € prepara os alunos para 0 ingresso no Ensino Superior ou no mercado de trabalho, apés for- magio profissional complementar; d) «Plano Anual de Actividades» — documento elaborado pelos érgaos da escola no principio de cada ano escolar, tendo como suporte os instrumentos juridicos de gestio da Escola; e) «Projecto Educative da Escola» — documento de planificacio estratégica elaborado pela direceao da escola com a colaboragao dos membros da comunidade escolar; f) «Sala de Recursos Multifuncionais» — espaco localizado e organizado em Insti- tuigdes de Educagdo Pré-Escolar, Primaria e Secundaria onde o professor, com formagao continuada em Educag3o Especial, realiza 0 Atendimento Educativo Especializado — AEE; g) «Zona de Influéncia Pedagégica — ZIP» — érgdo de apoio metodolégico que con- grega um conjunto de escolas préximas umas das outras, a partir de uma escola de referéncia denominada Escola Sede ou Centro de Recursos. CAPITULO II co e Gest&o das Escolas SECCAGI Organizacao Geral Orga ARTIGO 6.2 {Responsabilidade organizativa) A organizacao directa das ISEG é da responsabilidade exclusiva dos seus érgios internos, em estrita obediéncia 8s normas descritas na Lel de Bases do Sistema de Educagdo e Ensino, bem como no presente Diploma e demais legislacio aplicavel. ARTIGO 72 (Tipologia de instituigées) 1. As ISEG podem ser: a) Escolas Primérias; b) Escolas Primérias e Secundarias; ¢) Escolas Secundarias. 2. As Instituigdes Primarias e Secundarias podem ser: a) Escola do Ensino Primario e do | Ciclo do Ensino Secundario; b) Escola do Ensino Primario e do | € II Ciclos do Ensino Secundério. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 I SERIE, N12 [2565 3. As Instituigbes do Ensino Secundario podem ser: a) Escola do I Ciclo do Ensino Secundario; b) Escola do Le Il Ciclos do Ensino Secundario; ¢) Escola do II Ciclo do Ensino Secundério. 4. As Instituigdes de Ensino Secundario podem incluir, nas suas infra-estruturas, lares e inter- natos para os alunos, bem como residéncias para os gestores escolares, professores @ outros trabalhadores. 5. E proibido 0 funcionamento do Ensino Secundério Pedagégico e do Subsistema do Ensino Secundario Técnico-Profissional nas ISEG. ARTIGO 8.2 {Direccao e superintendéncia) 1. Sem prejuizo do disposto nos artigos 100.° 2 104.° da Lei de Bases do Sistema de Educacao @ Ensino, as ISEG subordinam-se a orientagao metodolégica e pedagégica do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educago e, administrativamente, aos Orgios da Administragao Local do Estado. 2. Ao Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educag3o compreende-se ainda 0 seguinte: a) Criagao e encerramento das ISEG; b) Insergao da escola na rede escolar; ¢) Definir o perfil dos drgiios de administragio e gestio; d) Aprovagao das medidas de apoio educativo aos alunos e de promogao da qualidade de ensino; €) Estabelecer, com o Departamento Ministerial responsavel pelos Sector das Finan- ¢28 Publieas, as regras de cobranga de taxas, emolumentos e outros encargos, assim como a sua utilizago, nas Escolas do Ensino Secundarlo; f) mplementacdo dos Planos de Estudos, Programas Curriculares e dos Manuais Esco- lares; g) Definicdo das condigdes de equiparaco e de intercomunicabilidade dos niveis e ciclos; h) Avaliag3o, Inspeceo @ Supervisio Pedagégica da implementag’io das normas do Subsistema, das orientagdes pedagdgicas e metodolégicas e da organizagao e ges- tao das escolas. 3. A Autoridade dos Orgaos da Administrag3o Local do Estado expressa-se pela seguinte forma: a) Na programagao e inser¢3o da escola no Or¢amento Geral do Estado @ no acompa- nhamento e fiscalizagao da sua execugio e da observancia das normas de gest’o financeira dimanadas pelos érgéos competente: DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 I SERIE, N.# 142 13566 b) A aquisicao de equipamentos e de bens e servigos, assim como de investimento necessdrio ao proceso educative, incluindo em lares internatos para estudantes € outros recursos educativos, nomeadamente material de apoio escrito, bibliote- cas, meios informaticos e infra-estruturas recreativas, desportivas e culturais. ARTIGO 9.2 {NGmero minimo de salas de aula) 1. Para garantir 0 acesso de maior numero de alunos ao Sistema de Educacao e Ensino e uma maior rentabilidade do sistema, as escolas a construir devem ter um numero minimo de 7 (sete) Salas de Aula, 1 (um) Gabinete para o Director, 1 (uma) Secretaria e 1 (uma) Sala de Apoio Psicopedagdgico. 2. As escolas com salas descontinuadas devem ter, para além do Director, 1 (um) Subdirector Pedagégico para atender as diferentes salas. 3. Para os trabalhos metodolégicos sdo utilizadas as salas de aulas aos Sabados e nos perio- dos de pausa. 4. Na organizagao da rede escolar para 0 Ensino Primario deve-se incluir salas para atender a Classe de Iniciagaio e de Recursos Multifuncional. 5. As instituigdes com um nlimero de salas de aulas inferior ao estabelecido devem ser ampliadas, para permitir 0 cumprimento da escolaridade obrigatéria e a melhoria da quali- dade de ensino. ARTIGO 10.2 {Numero de alunos por salas de aula) 1. As turmas das ISEG so constitufdas por até 36 alunos, 2. Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, ¢ atendendo & especificidade de cada regido, as turmas podem ser constituidas por até 45 alunos. 3. As turmas do Ensino Primdrio e Secunddrio que integram alunos portadores de defi- ciéncias, espectro autista e altas habilidades sao constitu(das por até 26 alunos, ndo devendo serem incluidos mais de 5 (cinco) alunos nestas condigdes. Estas turmas so apoiadas por auxi- liares da acco educativa. ARTIGO 11.2 {Criagao de Instituices de Ensino) 1. As propostas de criagdo das instituigdes publicas, publico-privadas e privadas de ensino devern ser aprovadas pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educagdo quando preencham os requisitos legais para 0 efeito, devendo observar as seguintes condigdes gerais: a) Alinhamento do Projecto Educativo e do Plano de Desenvolvimento Institucional as exigéncias estabelecidas para o respectivo Subsistema de Ensino ¢ ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Educacao; DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 I SERIE, N 142 | 3567 b) Conformidade da organizacdo e gestio previstas no presente Diploma e demais regulamentos, bem como nos Programas de Ensino ¢ de diferentes actividades, com as normas legais ¢ os principios que regem 0 Sistema de Educacao ¢ Ensino; ¢) Garantia de financiamento sustentavel e asseguramento permanente dos recursos humanos qualificados @ materiais compativeis com as exigéncias estabelecidas para o respectivo nivel ou ciclo de ensino; d) Existéncia de Agentes de Educagao que exercam as suas actividades em regime de exclusividade, ndo podendo exercer outra actividade remunerada, excepto © exercicio de actividade liberal; ¢) Desde que mediante autorizacao para o efeito, pode o Agente de Educag3o, com nomeago definitiva, colaborar, ainda que de forma remunerada, em trabalhos de curta duragdo, de natureza cientifica ou técnica, cujos assuntos estejam relacio- nados com a sua actividade, nao podendo exceder 8 horas semanais. 2. As Instituiges pUblico-privadas e privadas de Ensino regem-se pelo disposto neste Diploma para as questées de Ambito geral, e por diploma préprio. ARTIGO 12.2 {Encerramento de Instituigdes de Ensino) As Instituigdes piblicas, puiblico-privadas e privadas de ensino so encerradas pelo Titular do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector da Educacaio quando deixam de cor- responder aos fins para os quais foram criadas, veriticando-se, designadamente, as seguintes situagées gerais: a) Incumprimento do Projecto Educative e do Plano de Desenvolvimento institucional aprovado, bem como das exigéncias estabelecidas para o respectivo Subsistema de Ensino e do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educagao; b) A falta de harmonia na organizacio pedagégica e administrativa e gestdo da Insti- tuig8o de Ensino com os estatutos e demais regulamentos aprovados, bem como 05 Planos de Estudo, Programas de Ensino e de diferentes actividades, normas legais ¢ os principios que regem o Sistema de Educacio e Ensino. ARTIGO 13.2 (Autonomia pedagégica) 1. Aautonomia pedagogica das Escolas do Ensino Secundario traduz-se na liberdade de ela- boracdo e concretizacaio do Projecto Educativo em fungao dos principios cientifico-pedagégicos de desenvolvimento curricular estabelecidos pelo Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educagio, pelos érgdios da administrago e gestio escolar com apoio da comunidade escolar, tendo em conta os planos de desenvolvimento nacional, regional ¢ local, ¢ o equill- brio da rede escolar e gerantia da harmonizacao e intercomunicabilidade dos Subsistemas de Ensino. 2. No Ambito da autonomia pedagdgica, as Escolas do Ensino Secundério Geral tém as seguintes competéncias: a) Definir os seus objectivos nos dominios pedagégicos dos saberes locais; DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 I SERIE, N.# 142 12568 b) Distribuir de forma flexivel a carga hordria dos professores e ajustd-la sempre que necessdrio, respeitando os critérios aprovados para 0 efeito; ¢) Elaborar e aprovar 20% dos respectivos contetidos curriculares sobre os saberes locais; a) Definir e promover métodos de ensino e avaliago das aprendizagens; ¢) Organizar actividades de ocupacao Util dos alunos em caso de auséncia do profes- sor e demais funciondrios; f) Exercer a sua auto-avaliacao e a avaliagao de desempenho do corpo docente; g) Criar condigdes necessarias para a realizagéo da avaliagdo externa, nos termos da lei, com vista 2 promogao da qualidade dos servigos; h) Organizar actividades de natureza desportiva, clubes juvenis, circulos de interesse, excurs6es, acampamentos, actividades produtivas, cientificas, recreativas e culturais, visitas de estudo, palestras e sessées de estudo orientado para o com- plemento da educacao e da formacao dos alunos; 1) Organizar acgdes de superagao pedagégica e metodoldgica dos professores. 3. A autonomia institucional prevista no presente artigo nao afasta o poder de superinten- déncia e a supervisdo do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector da Educagiio, nem a avaliaco ea acreditagao das ISEG, pUblica, pUblico-privadas e privadas, nos termos da lei. ARTIGO 14.2 (Autonomia administrativa das instituigées) As ISEG tém autonomia administrativa e de gestdo que se consubstancia no seguinte: a) Assegurar e proporcionar a participagao de todos os intervenientes do proceso educativo; b) Utilizar racionalmente os recursos patrimoniais, materiais ¢ financeiros postos 4 disposigao para o funcionamento da instituico; ¢) Praticar os actos tendentes ao cumprimento de normas de orientagao pedagégica, administrativa e disciplinar; d) Organizar actividades de acompanhamento complementar pedagégico para os alu- nos que apresentarem dificuldades de aprendizagem ou de desenvolvimento de capacidades; e) Celebrar contratos de prestagio de servigos que permitam a realizagio de ben- feitorias necessérias na Instituigdo de Ensino. Nos casos em que se tratar de instituigdes de ensino publicas e/ou pliblico-privadas, os referidos contratos devem conformar-se a Legislacao sobre Contratagao Publica; f) Recorrer a parcerias com outras Instituigdes de Ensino ¢ de Investigacao Cientifica, com unidades produtivas, com instituigdes filantrépicas e demais organizacdes; g) Promover accées de superacao pedagégica e metodolégica dos professores. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 IsERIE, N2 142 | 3568 ARTIGO 15.2 (Financiamento das instituiges puiblicas e publico-privadas) 1 ASISEG pUblicas e puiblico-privadas s8o financiadas pelas regras de execucio do Orcamento Geral do Estado e outras fontes de financiarento. 2. AsInstituigSes do Ensino Primério, com mais de 12 salas de aulas eas do Ensino Secundério, tém autonomia de gestio financeira nos limites da lei e so consideradas Orgdos Dependentes dos Org3os da Administrago Local do Estado, sendo os seus gestores responsdveis pela pres- taco de contas no exercicio da sua gestao. 3. As Instituigdes do Ensino Secundério publicas, para além de sujeitarem-se as regras de execugdo do Orcamento Geral do Estado, s8o ainda financiadas com recursos resultantes das matriculas, da emissdo de diplomas e certificados de habilitag3es literarias, da aquisi¢ao e ges- to dos seus recursos educativos, da prestacao de servicos a terceiros de natureza académica, cientifica, psicopedagdgica e da cedéncia temporéria das suas instalacSes para a realizag3o de actividades conexas, nos termos a regulamentar. 4. A autonomia financeira das instituicdes referidas no n.° 2 do presente artigo consubstan- cla-se no respeito pelas normas para a elabora¢4o do or¢amento anual, da arrecadac%o dos valores das taxas e emolumentos, nos termos da legislagao aplicével, da sua gestdo e presta- 40 de contas em vigor. 5. O Executivo, através do Orgio da Administragdo Local, pode, nos termos da Legislacao sobre Parcerias, co-financiar instituigées educativas de iniciativa privada que ministre o Ensino Primario € 0 | Ciclo do Ensino Secundario Geral, em regime de parceria pUblico-priva- das, desde que sejam de interesse ptiblico relevante ou estratégico. 6. As Escolas do Subsistema de Ensino Geral devem dispor dos recursos educativos necess4- rios, nomeadamente materiais de apoio escrito e audiovisual, bibliotecas, laboratérios e meios informaticos, espacos verdes, espacos de lazer e espacos para a pratica de educacio fisica e desporto escolar. 7. A racionalizagao da utilizagdo dos recursos educativos deve ser planeada pelas escolas e prestadas as informagdes necessdrias aos alunos para a sua utilizag8o racional e zelosa. 8. 0 Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educagdo promove a publicagdo dos normativos que definem o processo de distribuigio dos recursos educativos para as escolas ptiblicas e piblico-privadas, bem como os prazos e programas de aquisi¢So. 9. Toda a receita arrecadada pelas instituigSes do Ensino Secundario Geral deve ser reco- Ihida via Conta Unica do Tesouro — CUT, por meio de uma Referancia Unica de Pagamento ao Estado — RUPE, a ser executada por via do Portal do Municipe ou do Portal de Servicos. 10. As receitas recolhidas no ambito do nlimero anterior revertem-se, em 100%, a favor das InstituigSes do Ensino Secundério Geral. ARTIGO 16.2 (Modalidades diferenciadas de educacao) No Ensino Secundério Geral, as modalidades diferenciadas de educacao, a que se refere © artigo 82.2 da Lei n.2 17/16, de 7 de Outubro — que altera a Lei de Bases do Sistema de Educagdio e Ensino, organizam-se e funcionam de acordo coma regulamentacao prépria, trans- DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 | SERIE, N.# 142 | 3570 versal aos varios Subsistemas de Ensino, e com regulamentacdo especitica, relativamente ao Ensino Secundério Geral, aprovada pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educacio. SECGAO II ‘Organizag4o Interna das Escolas ARTIGO 17.2 {Orgaos das instituicées) As ISEG podem ter os seguintes drgdios: a) Orgaos de Direcgdo; b) Orgdos de Apoio; c) Orgdos Executivos. ARTIGO 18.2 {Orgdas de Direcgao) 1. S30 Orgaos de Direc¢do das ISEG, os seguintes: a) Director; b) Subdirector Pedagégico; ¢) Subdirector Administrativo. 2. As Escolas Primérias com até 7 (sete) salas de aulas so dirigidas por um Director. 3. As Escolas Primarias com mais de 7 (sete) salas de aulas so dirigidas por um Director, coadjuvado por um Subdirector Pedagégico.. 4. As Escolas Secundarias ¢ os Complexos Escolares sao dirigidos por um Director, coadju- vado por 2 (dois) Subdirectores, sendo 1 (um) Pedagdgico ¢ 1 (um) Administrativo. 5. As Escolas Primdrias com mais de 12 (doze) salas de aulas que funcionam nos turnos da mani, tarde noite sao dirigidas por 1 (um) Director, coadjuvado por 2 (dois) Subdirectores, sendo 1 (um) Administrativo e 1 (um) Pedagégico. 6. O perfil, a nomeaciio e as competaneias dos cargos de Direegao das ISEG so as que cons- tam no Diploma em vigor sabre 0 exercicio de cargos de Direccdo e de Chefia das Instituigbes Publicas. ARTIGO 19.2 {Orgaos de Apoio) 1. Os Orgaos de Apoio da Direccao tém a missdo de assistir e apoiar nas respectivas areas de conhecimento e demais servigos da Instituico em que esto integrados com vista ao cum- primento das tarefas que Ihes so acometidas, bem como executar as actividades especificas inerentes a sua natureza. 2. Os Orgaos de Apoio a Direcc&o s&o os seguintes: a) Conselho de Direccao; b) Conselho Pedagégico; ¢) Comisso de Pais e de Encarregados de Educagao; d) Gabinete Psicopedagégico; DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 1 SERIE, 2 142 | 3572 e) Assembleia de Professores; #) Assembleia da Escola; g) Assembleia de Turma. 3. 0 Gabinete Psicopedagégico funciona nas Instituigdes do Ensino Primario e do le Il Ciclos do Ensino Secundério. 4. A Comissao Disciplinar vela pelo comportamento disciplinar do pessoal docente, nao docente e dos alunos e é composta pelo Coordenador da Comissae Disciplinar e 2 (dois) docen- tes, que conste em regulamento préprio. 5. O funcionamento dos Orgaos de Apolo das ISEG é objecto de regulamento préprio a ser aprovado pelo Titular do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector da Educacio. ARTIGO 20.2 (Orgaos Executivos) 1. Os Orgios Executives tém funcdes operacionais de preparacio, condugio, execucio controlo no cumprimento dos planos e dos programas das ISEG. 2. Os Orgdos Executivos das ISEG so os seguintes: a) Direcgao da Escola; b) Conselho de Escola; ¢) Secretaria. 3. A Coordenagao de Classe existe apenas nas Instituigdes do Ensino Primério. 4. A Coordenacao de Disciplina existe apenas nas Instituigdes Secundarias com mais de sete salas de aula. 5. Pode ser nomeado Coordenador de Disciplina ou de Classe, se na escola existir, no minimo, 3 (trés) professores da mesma disciplina ou da mesma classe sob a sua responsabilidade. 6. Nas ISEG que ministrem aulas no periode noctumo, é nomeado um Coordenador do Turno. 7. Nas Instituigées do Ensino Primrio, os Circulos de Interesse so assegurados pelo Coordenador de Desporto Escolar. 8. O funclonamento dos Orgaos Executivos do ISEG ¢ objecto de regulamento préprio a ser aprovado pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educaao. CAPITULO III Regime de Acesso e Frequéncia SECCAO I Requisitos de Acesso ARTIGO 21.2 (Ingresso e idade minima de matricula) 1. Ingressam na 1# Classe do Ensino Primério as criangas que completam 6 anos de idade no ano de matricula. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 ISERIE, N.2 142 [3572 2. Matriculam-se na 1.® Classe do Ensino Primario todas as criangas com a idade referida no numero anterior, ainda que nao tenham frequentado a Classe de Iniciagao. 3. Tem acesso ao | Ciclo do Ensino Secundario Geral os alunos que completam 12 anos de idade no ano de matricula, e tenham concluido 0 Ensino Priméario. 4. Tem acesso ao Il Ciclo do Ensino Secundério Geral os alunos que completam 15 anos de idade no ano de matricula, e tenham concluido © | Ciclo do Ensino Secundério. 5. A Classe de Iniciacdo pode ser ministrada, igualmente, em Escolas do Ensino Primdrio as criangas que completam 5 anos de idade no ano de matricula. 6. Sem prejuizo do disposto nos numeros anteriores, os alunos portadores de deficién- cia auditiva, visual, surdo-cegueira, intelectuais, sécio-afectivas @ os portadores do espectro autista ¢ altas habilidades, sio matriculadas nos termos definidos pela Politica Nacional de Educacdo Especial voltada para incluso escolar 7..As Escolas do Ensino Geral que acolhem alunos com as caracteristicas referidas no numero anterior devem integrar no seu quadro de pessoal docentes, professores com formaciio espe- clalizada em educacao especial, tendo em conta as necessidades destes alunos. ARTIGO 22.2 {Idade regular de frequéncia) 1. 0 Ensino Primério é frequentado por alunos dos 6 aos 11 anos de idade. 2. OI Ciclo do Ensino Secundario Geral é frequentado por alunos dos 12 aos 14 anos de idade. 3. Ol Ciclo do Ensino Secundério é frequentado por alunos dos 15 aos 17 anos de idade. ARTIGO 23.2 {Criangas e jovens fora da idade regular de ensino) 1. Considerando 0 disposto no artigo 20.° da Lei de Bases do Sistema de Educagao e Ensino, considera-se idade regular de frequéncia, observando as idades minimas de ingresso em cada nivel ou ciclo as seguintes: a) As criangas e jovens com idades compreendidas entre 13 ¢ 14 anos de idade que no tenham concluido o Ensino Primario beneficiam de programas especificos de apoio pedagégico para permitir a sua conclusao e as que ultrapassem essa idade devem ser enquadradas na Educacao de Adultos; b) As criangas e os jovens com idades compreendidas entre 15 e 16 anos de idade, que nao tenham concluide o | Ciclo do Ensino Secundério, beneficiam de pro- gramas especificos de apoio pedagégico para permitir a sua conclusdo e os que ultrapassam essa idade devem ser enquadrados na Educagao de Adultos. 2. As criangas que tenham até 12 anos de idade podem ser acolhidas e colocadas no pro- grama de recuperacao escolar. ARTIGO 24.2 {Processo de matriculas e confirmacao} 1. Amatricula do aluno no Ensino Primario e no I Cielo do Ensino Secundario é obrigatéria. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 I séRie, N2 142 | 3573 2. Aconfirmagao de matricula em todas as classes do Ensino Primério e do Ensino Secundério Geral é automadtica ¢ da responsabilidade da respectiva Escola, dispensando-se a mobilidade dos Encarregados de Educacéio ou estudantes aos estabelecimentos de ensino para efeitos de reconfirmagao. 3. A matricula ou confirmagao de matricula dos alunos que tenham reprovado por faltas no Ensino Secundério Geral é condicionada a justificagio de faltas até a segunda semana do inicio do ano lectivo corrente. 4. 0 aluno do Il Ciclo do Ensino Secundério que tenha reprovado por faltas injustificadas perde o direito & matricula ou a sua confirmago no ano lectivo seguinte, podendo requerer exame no final do ano lectivo. 5. Nos casos de justificagao de faltas, nos termos dos n.* 3 ¢ 4 do presente artigo, a escola deve efectuar automaticamente a confirmacdo de matricula nos 5 (cinco) dias uteis subse- quentes apés 8 tommada de conhecimento do justificativo. 6. Os Pais ¢ os Encarregados de Educagao dos alunos menores de idade ou 0 aluno maior de idade devem efectuar a matricula nos prazos fixados no Calendario Escolar. 7. No Ensino Primario, 2 matricula ¢ automatica pera as criancas que tenham feito a Classe de Iniciagao na referida escola. 8. No I Ciclo do Ensino Secundério Geral, a matricula é realizada na 7.? Classe, e no Il Ciclo do Ensino Secundério Geral, a matricula ¢ realizada na 10.2 Classe. 9. Na transigio do | para o Il Ciclo do Ensino Secundério Geral, a reconfirmago de matricula nao é feita de forma automatica. 10. Todo 0 aluno deve completar o seu processo de matricula até 60 dias apés 0 inicio do ano lectivo, sem o qual a matricula serd imediatamente anulada. ARTIGO 25.2 {Periado de matricula) 1.0 periodo de matricula no Subsistema de Ensino Geral decorre nas datas fixadas no Calendario Escolar Nacional. 2. Excepcionalmente, podem ser aceites matriculas de alunos que no as efectuaram nos periodos compreendides no numero anterior, até ao primeiro més do Il Trimestre, mediante prova documental que justifique 0 atraso, como transferéncia, doenca grave no periodo de matricula comprovado por documento médico, dependendo da existéncia de vagas. ARTIGO 26.2 (Documentagao a apresentar) 1. No Ensino Primério, os Pals ou os Encarregados de Educacaio que efectuem as matriculas dos seus educandos, pela primeira vez, devem entregar os seguintes documentos: a) Boletim de matricula preenchido; b) Certid&o do registo de nascimento ou fotocdpia do bilhete de identidade, ou da cédula pessoal; ¢) Duas fotografias tipo passe. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 | SERIE, N.2 142 | 9574 2. No Ensino Secundario Geral, os Pais ou os Encarregados de Educagiio que efectuem as matriculas pela primeira vez, devem entregar os seguintes documentos: a) Certificado das habilitagées literdrias da Classe ou Ciclo anterior; b) Boletim de matricula; ¢) Fotocépia do bilhete de identidade; d) Quatro fotografias tipo passe. ARTIGO 27.2 (Registo de matricula) 1. 0 registo de matricula do aluno do Ensino Primério é feito no livro de matriculas proprio a aprovar pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educacao. 2. Para cada aluno do Ensino Secundario Geral deve ser organizado um processo individual, constituido pelos documentos apresentados no acto de matricula e pelas fichas de frequéncia onde devem ser incluidas indicadores sobre a deficiéncia, a ser arquivado em local proprio, de acordo com um cédigo que permita a sua consulta a qualquer altura. 3. A reconfirmaciio de matricula é automatica e sob responsabilidade da escola, sem condi- cionar a entrega de documentos, ARTIGO 28.2 {Anulagdo da matricula) 1. A matricula pode ser anulada a pedido dos Pais ou dos Encarregados de Educagio, até ao fim do segundo trimestre. 2. Ainexactidao das declaragdes prestadas no Boletim de Matricula determina, para além das sangbes que sejam aplicaveis, a anulagao da matricula e de todos os seus efeitos. 3.Qaluno do Il Ciclo do Ensino Secundario Geral que, por motivos devidamente justificados, tenha anulado a matricula nos prazos legais estabelecidos pode, caso o requeira, ser subme- tido aos exames especiais previsto no Calendario Escolar Nacional. 4. Consideram-se motives justificados para anulacao de matricula os que afectam de forma significativa 0 cumprimento do sistema de avaliagiio em vigor, nomeadamente: a) Doenga devidamente comprovada por documento médico ou por uma justificagao dos Pais ou dos Encarregados de Educagio devidamente fundamentada; b) Transferéncia dos Pais ou Encarregados de Educaco para uma localidade onde nao exista instituigao similar que Ihe permita prosseguir regularmente os estudos; ¢) Participacao oficial em actividades culturais, recreativas e desportivas dentro e fora do Pais, por um periodo superior a 45 dias lectivos. ARTIGO 29.2 (Proceso individual do aluno} 1. Desde a matricula, a escola mantem um proceso individual do aluno, onde é registado todo o percurso escolar e informag3o sobre o estado do aluno. 2. S80 registadas no proceso individual do aluno todas as informagdes relevantes do seu percurso educativo, designadamente o registo biografico, o resultado das avaliagées finais e de exames, o comportamento, os prémios e mengdes honrosas, a participaco nos érgios da escola e nas actividades extra-escolares, as infraccdes e as medidas disciplinares. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 I SERIE, N2 142 | 3575 3. As informagées contidas no processo individual em matéria disciplinar s3o de natu- reza confidencial e s6 devem ter conhecimento 0 proprio aluno, os Pais e os Encarregados de Educacao e as autoridades, estando os membros da comunidade escolar, que dela tenham tido conhecimento em virtude do seu trabalho, ao dever de sigilo profissional, podendo incorrer em procedimento disciplinar e outros que por lei couber, no caso de infracc3o disciplinar. ARTIGO 30.2 (Transferéncias) 1. As transferéncias so autorizadas a todos os alunos que, por raz6es plausiveis, no pos- sam prosseguir os seus estudos em determinada localidade ou escola. 2. A transferéncia s6 se concretiza depois de a escola para o qual se pretende transferir 0 aluno contirmar a existéncia de vaga, devendo a escola enviar o proceso do aluno. 3. O processo de transferéncia é regulado em diploma proprio, a aprovar pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educac3o. SECCAO II Regime de Frequéncia e Assiduidade ARTIGO 31.2 (Hordrio e duragdo das aulas) 1. Na elaboragdo do horario deve-se ter em conta o Plano de Estudos aprovado para cada nivel de Ensino e Area de Conhecimento. 2. Da 1.2 8 6.# Classe e no Le Il Ciclos do Ensino Secundario Geral, as aulas tem a duragao de 45 minutos. 3. No Ensino Primério, 0 horario deve ser organizado para que 0 aluno tenha, no minimo, 4 horas lectivas, com um intervalo de 15 minutos apés as primeiras 2 horas. 4. No Ensino Secundario, nos periodos da manhi eda tarde, entre uma aula e outra, ha uma pausa de 5 minutos para a troca de professores ¢ um intervalo de 15 minutos, entre 0 3.2 0 4.° tempo lectivos. 5. No periodo nocturno, o horario deve ser organizado para que o aluno tenha, § horas lec- tivas com 2 duragdo de 45 minutos ¢ intervalos de 5 minutos para a troca de professores. ARTIGO 32.2 {Organizagao dos hordrios) 1. Na elaborago do horario semanal das actividades curriculares deve-se ter em conta o plano de estudos oficialmente aprovado, tendo em conta os seguintes critérios: a) Carga curricular; b) Complexidade da disciplina; ¢) Coeficiente de fadiga; d) Numero de sala de aulas; e) Namero de Professores. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 | SERIE, N.# 142 | 9576 2. Na elaboragiio dos hordrios deve-se ter em conta as disciplinas com necessidade de tern- pos lectivas duplas que sio Lingua Portuguesa, Matematica e Educacio Visual e Plastica, pelo menos uma vez por semana. 3. No I Ciclo do Ensino Secundério, as disciplinas com tempos lectivos duplos nao devem ser programadas para dias nem tempos lectivos seguidos. 4. No Il Cielo do Ensino Secundario Geral, as disciplinas so dadas em bloco de duas aulas, sempre que possivel. 5. As aulas de Educagdo Fisica, sempre que possivel, devem ser programadas no periodo oposto. ARTIGO 33.2 (Frequéncia as aulas) 1. A frequéncia as aulas é obrigatoria para todo o aluno matriculado, devendo comparecer assidua e pontualmente na sala de aulas e em todos os trabalhos escolares. 2. O registo didrio de pontualidade e de assiduidade é obrigatorio e é feito em livro do suma- rio, sob responsabilidade do professor da Classe ou da Disciplina. 3. As regras que estabelecem a pontualidade e a assiduidade dos alunos séo definidas pelo Regulamento Geral das Escolas Primérias ¢ Secundarias, a aprovar pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educagio. ARTIGO 34.2 (Uniforme escolar) 1. As escolas de Ensino Secundédrio Geral devem adoptar umn uniforme escolar estabelecido em regulamento préprio. 2.0 uso do uniforme escolar é obrigatério para todos os alunos. 3. Compete a Escola Primaria garantir uniforme escolar aos alunos comprovadamente caren- tes, através da Administracdo Municipal. 4. Em nenhum momento, o aluno comprovadamente carente é proibido de frequentar as aulas por falta de uniforme. ARTIGO 35.2 (Falta de pontualidade) A falta de pontualidade consiste no atraso 2 uma ou mais aulas ou actividades programadas pela escola e sdo registadas no relatério de desempenho escolar do aluno, nos livros de suma- rio e de ponto. ARTIGO 36.2 (Falta de assiduidade) A falta de assiduidade consiste na auséncia constante nas aulas ou nas actividades progra- madas pela escola ¢ s8o registadas no relatério de desempenho escolar do aluno, nos livros de sumério e de ponto. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 1 SERIE, N2142 | 3577 ARTIGO 37.2 (Faltas justificadas) Consideram-se justificadas as faltas dos alunos por motivo de: a) Doenga devidamente comprovada por documento médico ou por uma justificaco dos Pais ou Encarregados de Educagdio devidamente fundamentada; b) Falecimento de um familiar até ao terceiro grau da linha recta e colateral; ¢) Participagéo em provas e competigdes desportivas ou eventos culturais devida- mente autorizados pela direcgdo da escola e nos termos das normas aplicaveis aos atletas de alta competicao; d) Participacao em actividades associativas, nos termos da lei e devidamente autori- zadas pela direccao da escola; e) Cumprimento de obrigagées legais; f) Outro facto impeditivo a presenga na escola, desde que, comprovadamente, ndo seja imputavel ao aluno, ou seja, justificadamente considerada atendivel pelo Coordenador de Turma. ARTIGO 38.2 {Procedimento de justificacao de faltas) 1. As faltas so justificadas pelos Pais, pelos Encarregados de Educagao ou pelo aluno, em caso de maioridade. 2. O pedido de justificagio de faltas € dirigido ao Director da Escola, apresentado por escrito, em modelo préprio, com a indieago do dia e das aulas em que a falta se verificou e com refe- réncia aos motivos que Ihe deram lugar. 3. O pedido de justificacio de faltas deve ser previamente apresentado ao Director da Escola, quando os motivos forem previsiveis, e, no caso de imprevistos, deve ser entregue até 48 horas contadas a partir da data em que se verificou a auséncia. 4. Sempre que a justificagao de faltas ndo seja entregue nos prazos previstos no numero anterior, a escola deve notificar o Pai ou o Encarregado de Educagao do aluno, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir do término do referido periodo, 5. 0 excesso de faltas pode ser relevado, mediante requerimento dirigido ao Director da Escola, desde que por motivos comprovadamente graves ¢ atendiveis, 0 aluno nao pudesse apresentar-se as aulas ¢ que o periodo de faltas nao prejudique o seu aproveitamento. ARTIGO 39.2 (Faltas injustificadas) As faltas so consideradas injustificadas sempre que nao forem apresentadas as justifica- es nos prazos previstos no artigo anterior ou em caso de recusa de justificago pela DireceSo da Escola, por motives fundamentados. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 SERIE, N.# 142 13578 ARTIGO 40.2 (Limites ¢ efeitos do excesso de faltas injustificadas) 1. O numero méximo anual de faltas injustificadas corresponde ao triplo do numero de tem- pos semanais. 2. Sempre que for atingida a metade do limite de faltas injustificadas, os Pais, os Encarregados de Educagao ou 0 aluno, quando ¢ maior de idade, séo convocados pelo meio mais expedito, pelo Coordenador de Turma, com o objectivo de alertar para as consequéncias da falta de assi- duidade ¢ encontrar uma solugdo que permita garantir 0 cumprimento efectivo do dever de frequéncia. 3. O excesso de faltas injustificadas tem como efeito a exclusio do aluno da frequéncia as aulas e a reprovacio na classe a que frequenta. CAPITULO IV Organiza¢gao e Gestdo Curricular do Subsistema SECGAOI Disposigdes Gerais ARTIGO 41.2 {Principios de organizacao curricular) A organizacéo curricular submete-se aos seguintes principios: a) Autonomia na concretizagao do Projecto Educativo de Escola e no desenvolvimento do Projecto Curricular, adequado ao contexto educativo; b) Insergdo das areas de formagdo e de cursos nos Planos de Desenvolvimento Nacional, Regional ou Local que garantam a correspondéncia entre o ensino e as necessidades de insergéo no mercado de trabalho, sujeitos & aprovagaio do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector da Educagao; ¢) Valorizagao das aprendizagens experimentais nas diferentes dreas de formagao, cursos e disciplinas, promovendo a integragdio das dimensées teéricas e priticas; d) Promogao de uma carga horaria equilibrada dos alunos; e} Valorizac&o das tecnologias de Informacao ¢ de outras metodologias e estratégias de ensino, que favorecam o desenvolvimento de competéncia dos alunos; f) Flexibilidade, dinamismo, inovagao e sustentabilidade dos Programas de Ensino, ARTIGO 42.2 {Apoias educativos) 1. As ISEG devern desenvolver medidas de apoio educativo sempre que se verifiquem dificul- dades significativas de aprendizagem e apés se ter revelado insuficiente 0 desenvolvimento normal do curriculo. 2. Aprestagao dos apoios educativos visa, designadamente: a) Contribuir para a igualdade de oportunidade de sucesso educativo para todos os alunos; b) Contribuir para a promocao da qualidade do ensino. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 I séRIe, N2 142 | 3578 ARTIGO 43.2 {Supervisio pedagégica) As escolas do Ensino Primarlo e dos Ie Il Ciclos do Ensino Secundario Geral esto sujeitas 8 Supervisio Pedagégica a efectuar periodicamente pelas estruturas Central ¢ Local, nos termos a regulamentar no diploma préprio a ser aprovado pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educacao. SECGAO II Ensino Primario ARTIGO 44.2 {Organizacéio) 1.0 Ensino Primério tem a duracdo de 6 (seis) anos, denominados de Classes. 2.0 Ensino Primério integra 3 (trés) ciclos de aprendizagem, compreendendo 2 (duas) clas- ses em cada ciclo, ¢ organiza-se da seguinte forma: a) 1.2 2.8 Classes, sendo a avaliagio final dos objectives pedagégicos efectuada na 2.8 Classe; b) 3.2 @ 4.8 Classes, sendo a avaliagio final dos objectives pedagdgicos efectuada na 4.3 Classe; ¢) 5.# € 6.9 Classes, sendo a avaliagio final dos objectives pedagégicos efectuada na 6.2 Classe. 3. No Ensino Primério, a ministracao das aulas nas 1.2, 2.8, 3.2 e 4.2 Classes é feita em regime de monodocéncia, sendo da responsabilidade de um unico professor. 4, Sem prejuizo do disposto no numero anterior, 2 ministragdo das aulas na 5.2¢ 6.2 Classes é feita por um Unico professor que pode ser coadjuvado em componentes curriculares espe- cificas por um ou mais professores, a determinar em diploma proprio, nos termos da alinea b) do n.2 3 do artigo 27.2 da Lei n.2 32/20, de 12 de Agosto, que altera a Lei n.® 17/16, de 7 de Outubro — Lei de Bases do Sistema de Educa¢do e Ensino. ARTIGO 45.2 (Carga horaria lectiva semanal do ensino primario) 1. A carga hordria lectiva semanal minima até a 4.® Classe é de 24 tempos lectivos. 2. Acarga horéria lectiva semanal minima na 5.2 e 6.2 Classes é de 24 tempos lectivos. 3. A carga hordria semanal minima na Classe de Iniciac&io, quando funciona na Escola Primaria, é de 20 tempos lectivos. ARTIGO 46.2 {Plano de estudos) 1. 0 Plano de Estudos do Ensino Primario contém: a) Disciplina e carga lectiva semanal; b) Disciplina e carga lectiva anual por classe. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 I SERIE, N.# 142 13580 2. Os programas para as diversas disciplinas, a serem elaborados obedecendo 0 Plano de Estudos, e o regime de avaliaciio do processo ensino-aprendizagem so aprovados pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educagao. 3. O Plano de Estudos pode ser ajustado pelo Titular do Departamento Ministerial respon- savel pelo Sector da Educag30. SECCAO III Ensino Secundério Geral ARTIGO 47.2 (Organizacao do Ensino Secundario Geral) O Ensino Secundério Geral compreende 2 ciclos de 3 (trés) classes cada e organiza-se da seguinte forma: a) 0 | Ciclo do Ensino Secundério Geral compreende a 7.2, 8.4 ¢ a9. Classes; b) OI Ciclo do Ensino Secundério Geral compreende a 10.2, 11.3 ¢ a 12.2 Classes. ARTIGO 48.° (Areas de conhecimento) 1. 0 Il Ciclo do Ensino Secundario Geral organiza-se em quatro areas de conhecimentos, com a duragao de 3 (trés) anos, e destina-se a alunos que tenham concluido 0 | Ciclo do Ensino Secundario Geral, integrando: a) Uma componente de formacao geral, social, cultural e artistica; b) Uma componente cientifica e tecnolégica, de acordo com a natureza dos cursos do Ensino Superior a que da acesso. 2. As dreas de conhecimento sao: a) Ciéncias Fisicas e Biolégicas; b) Ciéncias Econémicas e Juridicas; ¢) Ciéncias Humanas; d) Artes Visuais. 3. As dreas de conhecimento sdo criadas, alteradas e extintas pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educaco. 4.0 diploma que cria as dreas de conhecimento deve incluir os respectivos Planos de Estudo e Programas Curriculares. 5. As condigées de equiparagao, no caso de mudanga de area de conhecimento ou transfe- réncia no mesmo subsistema, constam do diploma préprio. ARTIGO 49.2 (Carga horaria lectiva semanal e anual do | Ciclo do Ensino Secundario Geral) 1. A carga horaria lectiva semanal do | Cielo do Ensino Secundario Geral 6 de 30 tempos lectivos. 2. A carga hordria lectiva anual do | Ciclo do Ensino Secundario Geral 6 de 900 tempos lectivos. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 1 SERIE, N2142 | 3581 ARTIGO 50.2 {Carga horéria lectiva semanal e anual do II Ciclo do Ensino Secundario Geral) 1. A carga horéria lectiva semanal das disciplinas de formacdo geral das areas de conheci- mento so iguais e é de 18 tempos lectivos. 2. A carga horéria lectiva semanal das disciplinas de formago geral e especifica das areas de conhecimento é de: a) Area de Ciéncias Fisicas e Biolégicas — 30 tempos lectivos; b) Area de Ciéncias Econémicas-luridicas — entre 27 ¢ 30 tempos lectivos; c) Area de Ciéncias Humanas — entre 25 e 27 tempos lectivos; d) Area de Artes Visuais — entre 25 e 29 tempos lectivos. 3. A carga hordria lectiva anual minima do Il Ciclo do Ensino Secundario Geral é de 750 tem- pos lectivos, ARTIGO 51.2 {Plano de estudos) 1. Os Planos de Estudos do Ensino Secundario podem ser ajustados pelo Titular do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector da Educagdo e devern conter: a) As diseiplinas; b) A carga horéria semanal minima para cada disciplina; ¢) A carga hordria total da classe; d) A carga horéria total do curso. 2. Os programas para as diversas disciplinas eo regime de avaliac8o dos conhecimentos so aprovados pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educacao. ARTIGO 52.2 (Zonas de influéncia pedagégica — ZIP) 1. Para uma melhor coordenagao e reforgo das competéncias protissionais dos professores, as Escolas do Ensino Secundario Geral organizam-se em ZIP. 2. Aorganizago € 0 funcionamento da ZIP esto determinados em regulamento préprio. CAPITULO V Avaliacao do Subsistema e Regime de Transi¢ao dos Alunos SECGAOI Avaliagdo das Aprendizagens no Ensino Geral ARTIGO 53.2 {Avaliacao das aprendizagens) 1. A avaliagao consiste num processo continuo de recolha, andlise, interpretacio apre- clagio de dados e informagées quantitativas e qualitativas, relacionadas com a eficiéncia e a eficdcia do processo de ensino e aprendizagem, com base em métodos, técnicas ¢ critérios objectivos e subjectivos previamente determinados, tendentes a aferir quer o grau de cumpri- mento do Programa de Ensino quer as competéncias dos alunos e professores. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 | SERIE, N.2 142 | 3582 2. A avaliacio das aprendizagens dos alunos incide sobre os seguintes dominios, niveis ¢ dimensées: a) Dos contetidos programaticos das disciplinas constantes nos respectivos planos de estudos; b) Da linguagem e textos; ¢) Das habilidades, atitudes ¢ valores morais, civicos e patridticos, desenvolvides durante o processo ensino-aprendizagem; d) Da capacidade de resolugao de problemas de forma critica, construtiva e inevadora; ¢) Da capacidade cientifica, técnica e tecnoldgica, laboral, estética e fisica; #) Das tecnologias de informagao e comunicacao; g) Cultural e artistico; h) Da autonomia, iniciativa pessoal e espirito empreendedor. 3. Os niveis de avaliagao das aprendizagens dos alunos incidem sobre as seguintes dreas do conhecimento: a) Nivel reprodutivo de conhecimento; b) Nivel aplicativo de conhecimento no mundo da ciéncia; ¢) Nivel aplicativo do conhecimento ao mundo social. 4, Aavaliagio das aprendizagens dos alunos incide sobre as seguintes dimensdes: a) Cognitiva; b) Psicomotora; ¢) Sécio-Afectiva. 5. As normas sobre os diferentes tipos de avaliaco constam do diploma préprio a ser apro- vado pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educacio. ARTIGO 54.2 {Elaboracao das provas de exame) 1. Compete ao Departamento Ministerial respansdvel pelo Sector da Educacao a elaboracio, revisdo, aprovacdo e distribuigdo das provas de exame final de conclusdo do Ensino Primario e dos | ¢ Il Ciclos do Ensino Secundério Geral, denominadas Exames Nacionais. 2. A elaboragao das Provas de Escola e de Exame devern seguir as normas constantes das orientagdes metodolégicas anexa ao Calendario Nacional Escolar. SECCAO II Certificagao dos Alunos ARTIGO 55.2 (Certificagao) 1. 0s alunos que concluam com aproveitamento o Ensino Primario recebem, gratuitamente, © Certificado de Habilitagdes Literérias. 2..0s alunos que concluam com aproveitamento 0 le 0 Il Ciclos do Ensino Secundario Geral recebem 0 Certificado de Habilitagdes Literdrias e 0 respectivo Diploma de Final de Estudos, que certifica 0 nivel de formagao obtide. DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 I SERIE, N42 [3583 3. 0 Diploma e o Certificado de Habilitagdes Literdrias no | e Il Ciclos do Ensino Secundario Geral devem ser requeridos pelo aluno ou pelos Pais, Encarregados de Educacao, mediante o pagamento dos emolumentos definidos em diploma préprio. 4. 0 Diploma ¢ emitido uma Unica vez, devendo o Pai ou Encarregado de Educaco, tra- tando-se de um aluno menor, solicita-lo através de um requerimento dirigido & entidade com competéncia para o emitir. 5. Podem ser emitidos outros docurnentos de aproveitamento escolar que atestem a frequéncia, com ou sem classificagdo final, em qualquer disciplina, classe ou drea de conheci- mento, nos termos a constar do Regime de Avaliagdo das Aprendizagens a ser aprovado pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educacao. ARTIGO 56.2 (Equivaléncia) 1. Os Certificados e Diplomas do Ensino Geral obtides no estrangeiro so validos na Republica de Angola, desde que sejam reconhecidos pelo Titular do Poder Executivo, através do processo de reconhecimento ou equivaléncia de estudos. 2. As formas ¢ os mecanismos de reconhecimento ¢ equivaléncia de estudos so regula- dos em diploma préprio a aprovar pelo Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educacio. ARTIGO 57.2 (Eliminagao) Para efeitos de apresentagao em todos os servigos publicos ¢ privados, ¢ eliminada a exigén- cia de visto do Gabinete/Secretaria Provincial da Educagao e da Direccao Municipal da Educagao de reconhecimento de Certificado/Declarago do Il Ciclo do Ensino Secundario Geral, salvo nos casos de continuidade dos estudos no exterior do Pais. CAPITULO VI Disposigées Finais e Transitérias ARTIGO 58.2 (Regulamento interno) 1. Ao Titular do Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector da Educagdo compete aprovar 0 Regulamento sobre o Funcionamento das ISEG. 2. Cada Escola elabora o seu Regulamento Interno a ser homologado pelos Gabinetes/ Secretaria Provincial da Educagao, que tem por objecto © desenvolvimento do disposto no presente Diploma, de acordo com as especificidades da vivéncia escolar e deve incidir, entre outras, sobre as seguintes matérias: a) Atribuigdes dos Srgios internos de administrag3o e gestdo da escola; b) Regime disciplinar do aluno; ¢) Utilizagao das instalagdes, equipamentos € material escolar; d) GestSo, acesso e utilizagdio dos espacos escolares; DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 I SERIE, N.# 142 13584 e) Formas concretas de participagao dos alunos, do pessoal docente e nao docente, dos Pais, Encarregados de Educacao e da comunidade escolar na vida da escola. 3. No acto da matricula 0 aluno, Pais e Encarregados de Educagéio devem tomar conheci- mento do Regulamento Interno da Escola. ARTIGO 59.2 {Perioda para a adequagao} 1. As ISEG tém 36 (trinta e seis) meses para a adequacdo integral 20 presente Decreto Presidencial, a partir da data da sua entrada em vigor. 2.0 prazo estabelecide no numero anterior nao é aplicdvel 4 materializago da composi¢a0 minima de pessoal docente e nao docente e administrativo em regime de tempo integral. 0 Presidente da Replica, JoAo MANUEL GONgaLvEs LOURENGO. (23-5801-A-PR) DIARIO DAREPOBLICA DE1DE AGOSTO DE 202 I SERIE, N42 [3585 PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.2 163/23 de 1 de Agosto A Constitui¢o da Reptblica de Angola e a Lei n.2 10/04, de 12 de Novembro — Lei das Actividades Petroliferas, alterada pela Lei n.° 5/19, de 18 de Abril, determinam que todos os jazigos de hidrocarbonetos liquidos e gasosos existentes nas dreas dispontveis da superficie e submersas do territério nacional, nas aguas interiores, no mar territorial, na Zona Econémica Exclusiva e na Plataforma Continental integram o dorninio publico do Estado. A Lei das Actividades Petroliferas determina também que os direitos mineiros para a pros- pecciio, pesquisa, desenvalvimento e produgio de hidrocarbonetos liquidos e gasosos sao concedides & Concessionéria Nacional; Considerando que a Concessionria Nacional pretende associar-se a terceiras entidades para desenvolver operacées petroliferas através de um Contrato de Partilha de Producio no Bloco 31/21; Atendendo o disposto no n.2 2 do artigo 44.2 da Lei n.2 10/04, de 12 de Novembro — das Actividades Petroliferas; 0 Presidente da Republica decreta, nos termos da alinea d) do artigo 120.° e do n.° 1 do artigo 125.2, ambos da Constituigao da Reptiblica de Angola, o seguinte: ARTIGO 1° {Atribuigdo de direitos mineiros) Sio atribuides & Concessiondria Nacional os direitos mineiros de prospeccao, pesquisa, desenvolvimento e produgao de hidrocarbonetos liquidos e gasosos na area da concesso do Bloco 31/21, tal como definida no artigo 2.° do presente Decreto Presidencial. ARTIGO 22 {Area de Cancessao) 1. A Area de Concess&o do Bloco 31/21 é a descrita no Anexo A e cartografada no Anexo B, ambos partes integrantes do presente Decreto Presidencial. 2. Em caso de discrepancia entre os anexos referidos no ntimero anterior, prevalece a des- crig¢do da Area de Concessao feita no Anexo A. ARTIGO 3.2 {Duragao da concesso) 1. Aduragao dos periodos da concessao ¢ 2 seguinte: a) Periodo de pesquisa — 5 (cinco) anos, contados a partir da data efectiva do Con- trato de Partilha de Produgao; b) Periodo de produgao — 25 (vinte e cinco) anos, contados a partir da data da des- coberta comercial de cada area de desenvolvimento. DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 SERIE, N.# 142 13586 2. Os periodos de concessio referidos no n.° 1 do presente artigo podem ser excepcio- nalmente prorrogados pelo Titular do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector do Petréleo e Gas a requerimento da Concessiondria Nacional. ARTIGO 42 {Aprovago do Contrato de Partilha de Producao) E aprovado o Contrato de Partilha de Producdo celebrado entre a Concessionéria Nacional e © Grupo Empreiteiro constituido pela Azule Energy Angola BV. e a Equinor Angola Block 31/21 AS. ARTIGO 52 {Operador) 1. 0 Operador designado para executar e fazer executar todos os trabalhos inerentes as operaces petroliferas de prospecco, pesquisa, desenvolvimento e produgio de hidrocarbo- netos liquidos e gasosos na Area da Concessao é a Azule Energy Angola BY. 2. A mudanga de Operador carece de prévia autorizago do Titular do Departamento Ministerial responsavel pelo Sector do Petréleo e Gas, sob proposta da Concessionéria Nacional. 3. 0 Operador esta sujeito ao estrito cumprimento das disposigdes contidas neste Decreto Presidencial e demais legislacao aplicavel, bem como no Contrato de Partilha de Produgao. ARTIGO 62 (Dividas e omissées) As dividas e omissées resultantes da interpretagao e aplicagdio do presente Diploma sao resolvidas pelo Presidente da Reptiblica. ARTIGO 7.2 {Entrada em vigor) O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data da sua publicagao. Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 3 de Julho de 2023, Publique-se, Luanda, 20s 20 de Julho de 2023. © Presidente da Reptiblica, JOAO MANUEL GONGALVES LOURENGO. DIARIO DA REPUBLICA DE 1DE AGOSTO DE 2028 ISERIE, N° 1423587 ANEXO A BLOCO 31/21 DESCRICAO DA AREA DA CONCESSAO. 1. A Area da Concessao, apresentada no Anexo B, é a descrita no ntimero seguinte definida pelos pontos de 1a 18. 2. Comegando com o ponto de intercepgdo entre 0 Paralelo 6°01'59.93'S e 0 Meridiano 10°24'49.47°E temos 0 ponto 1 com as coordenadas de Latitude 6°01'59.93'S e Longitude 10°24'49.47°E. Seguindo 0 Paralelo 6°01'59.93"S em direccdo a Este até interceptar 0 Meridiano 10° 49'49.50"E temos o ponto 2 com as coordenadas de Latitude 6°01'59.93"S e Longitude 10°49'49.50"E. Seguindo o Meridiano 10°49'49.50"E em direcgao a Sul até interceptar 0 Paralelo 6° 10'05.49"S temos o ponto 3 com as coordenadas de Latitude 6°10'05.49"S e Longitude 10°49'49.50"E. Seguindo o Paralelo 6° 10'05.49"S em direcoao Este até interceptar 0 Meridiano 10°54'49.50"E temos o ponto 4 com as coordenadas de Latitude 6° 10'05.49"S- e Longitude 10°54'49.50"E. Seguindo 0 Meridiano 10°54'49.50"E em direcgao a Sul até interceptar 0 Paralelo 6° 20'05.43"S temos 0 ponto 5 corn as coordenadas de Latitude 6° 20'05.43'S e Longitude 10°54'49.50"E. Seguindo 0 Paralelo 6° 20'05.43"S em direccao a Este até interceptar 0 Meridiano 10°59'49.50"E temos o ponto 6 com as coordenadas de Latitude 6°20'05.43"S. e Longitude 10°59'49.50"E. Seguindo 0 Meridiano 10°59'49.50"E em direcodo a Sul até interceptar 0 Paralelo 6°35'05.35"S temos 0 ponto 7 com as coordenadas de Latitude 6°35'05.35"S e Longitude 10°59'49.50"E. Seguindo o Paralelo 6°35'05.35"S em direcgao 4 Este até interceptar 0 Meridiano 11°04'49,50"E temos o ponte 8 com as coordenadas de Latitude 6°35'05.35"S e Longitude 11°04'49.50"E. Seguindo 0 Meridiano 11°04'49.50"E em direcgao a Sul até interceptar o Paralelo 6° 45'05.29'S temos 0 ponto 9 com as coordenadas de Latitude 6°45'05.29'S e Longitude 11°04'49.50"E. DIARIO DA REPUBLICA DE 1DE AGOSTO DE 2028 ISERIE, N° 142 [3588 Partindo deste ponto para a direccdo Este até interceptar o Paralelo 6°45'05.30"S e © Meridiano 11°09'49.54"E temos o ponto 10 com as coordenadas de Latitude 6° 45'05.30°S e Longitude 11°09'49.51'E. Partindo deste ponto para a direcgao Sul até interceptar 0 Paralelo 6°55'05.24'S € 0 Meridiano 11°09'49.50"E temos o ponto 11 com as coordenadas de Latitude 6°55'05.24'S e Longitude 11°09'49.50"E. Partindo deste ponto para a direccao Oeste até interceptar 0 Paralelo 6°55'05.23. “S$ eo Meridiano 10°39'49.47"E temos o ponto 12 com as coordenadas de Latitude 6°55'05.23 'S e Longitude 10°39'49.47"E. Seguindo o Meridiano 10°39'49.47"E em direcgao a Norte até interceptar o Paralelo 6°50'05.26"S temos o ponto 13 com as coordenadas de Latitude 6°50'05.26'S e Longitude 10°39'49.47"E. Partindo deste ponto para a direccdo Oeste até interceptar o Paralelo 6°50'05.25'S e 0 Meridiano 10°34'49.47"E temos o ponto 14 com as coordenadas de Latitude 6°50'05.25'S e Longitude 10°34'49.47°E. Seguindo 0 Meridiano 10°34'49.47°E em direcgdo a Norte até interceptar 0 Paralelo 6°35'05.34"S temos o ponto 15 com as coordenadas de Latitude 6°35'05.34"S e Longitude 10°34'49.47"E, Seguindo o Paralelo 6°35'05.34"S em direcgdo a Oeste até interceptar o Meridiano 10° 29'49.47"E temos 0 ponto 16 com as coordenadas de Latitude 6°35'05.34'S e Longitude 10° 29'49.47"E. Seguindo 0 Meridiano 10°29'49.47°E em direccéo a Norte até interceptar 0 Paralelo 6°20'05.42"E temos o ponto 17 com as coordenadas de Latitude 6°20'05.42"E e Longitude 10°29'49.47"E. Seguindo o Paralelo 6°20'05.42"S em direccdo 4 Oeste até interceptar 0 Meridiano 10° 24'49.47°E temos 0 ponto 18 com as coordenadas de Latitude 6°20'05.42'S ¢ Longitude 10°24'49.47"E, Finalmente deste ponto segue-se para Norte até interceptar 0 ponto 1. 3. As coordenadas acima citadas referem-se ao Datum WGS84. 4. Sao ainda parte integrante do Bloco 31/21 os pontos cujas coordenadas abaixo se indicam e que se encontram também referidos no Anexo B: DIARIO DA REPUBLICA DE 1DE AGOSTO DE 2028 ISERIE, N° 142 [3589 c LEDA Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 35 6°0700.00' [| 10°35'10.00" | 6°0705.50"_| 10°34'59.48" 36 6°0830.00" [| 10°38'30.00" [ 6°0835.49" | 10°3819.49" 37, 6°1000.00' [| 10°38'40.00" [ 6°1005.48" | 10°38'29.49" 38 6114000" [| 10°382000" [| 6°1145.47" | _10°3809.48" 39 61430.00' [| 10380000" | 6°1435.46" | _10°3749.48" 40 @1400.00' | 10°3e0000" | 67140546" | 10°35'49.48" at 6°1450.00' | 10°34'40.00" | 6°14'55.45" | 10°34'29.48" a2 6°1410.00° [| 10°3400.00" | 6°1415.46" | 10°3349.48" a3 6 1212.00" [| 10°3400.00" [| 6°1297.47° | 10°33'49.48" aa 6°1140.00' | 10*3a’00.00" | 6*1145.47" | 10°33'49.48" 45 6°1010.00' | 10*3s'10.00" | 6°10'15.48" | 10°34'59.48" Area apr6x. 85,80 Km? D TERRA Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude § Longitude E Latitude S Longitude E a6 6°4210.00' [| 10°31'00.00" | 6°12115.47" | 10°3049.48" a7 61212.00' | 10*3¥00.00" [| 6°1247.47" | 10°3349.48" a8 6141000" | 10°3¥00.00" [| 6°1415.45" | 10°3349.48" 49 6°1510.00' | 10°3400.00" | 6°15'15.45" | 10°33'49.48" 50 6°1510.00' [| 10°3250.00° | 6°1515.45" | _10°32'39.48" 51 6°1820.00° [| 10°3250.00" | 6°1825.43" | 10°32:39.48" 52 6°1830.00° | 10°302000" | 6°1835.43 | 10°3009.47" 53. 671530.00° | 10°29'10.00" | 6°1535.45"_|_10°28'59.47" 54 6°1300.00' | 10°29'30.00" | 6°1305.46"_|_10°29'19.48" Area apr6x. 78,00 Km? DIARIO DAREPUBLICA DE 1DEAGOSTO DE 2023 I SERIE, N.* 142 |3590 G PORTIA Coordenadas. Pontos Datum Camacupe Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 73 6°21'57.00" 10°39'51.00" 6°22'02.42" 10°39'40.48" 4 6°21'57.00" 10°41'48.00" 6°22'02.42" 10°41'37.48" 75 6°23'00.00" 10°42'35.00" 6°23'05.41" 10°42'24.49" 76 6°27'50.00" 10°44'40.00" 6°27'55.38" 10°44'29.49" 7 6° 28'40.00" 10°42'47.00" 6°28'45.38" 10°42'36.48" 78 6° 26'00.00" 10°40'30.00" 6°26'05.39" 10°40'19.48" 79 6°22'50.00" 10°38'53.00" 6°22'55.44" 10°38'42.48" Area aprox. 68,30 Km? H TITANIA Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 80 6° 23'20.00" 10°38'20.00" 6°23'25.41" 10°38'09.48" 81 6° 22'50.00" 10°38'53.00" 6°22'55.41" 10°38'42.48" 82 6°26'00.00" 10°40'30.00" 6°26'05.39" 10°40'19.48" 83 6°28'40.00" 10°42'47.00" 6°28'45.38" 10°42'36.48" 84 6°32'00.00" 10°44'30.00" 6°32'05.36" 10°44'19.48" 85 6°33'09.00" 10°42'14.00" 6°33'14.35" 10°42'03.48" 86 6°33'30.00" 10°41'30.00" 6°33'35.35" 10°4119.48" 87 6°32'40.00" 10°40'51.00" 6°32'45.36" 10°40'40.48" 88 6°28'50.00" 10°37'50.00" 6°28'55.38'S: 10°37'39.48°E Area apréx. 111,00 Km? DIARIO DA REPUBLICA DE 1 DE AGOSTO DE 2023 I SERIE, N.? 142 | 3591 i MIRANDA Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 latitudeS | LongitudeE | LatitudeS | Longitude E 89 6°31'50.00" 10°36'50.00" 6°31'55.36" 10°36'39.48" 90 6°31'50.00" 10°39'20.00" 6°31'55.36" 10°39'09.48' 91 6°32'40.00" 10°40'00.00" 6°32'45.35" 10°39'49.48" 92 6°34'40.00" | 10°4030.00" | 6°3415.35' | 10°40%9.48" 93 6°36'00.00" 10°40'00.00" 6°36'05.34" 10°39'49.48" 94 6°36'30.00"_| 10°4000.00" | 6°3635.33"_| 10°39149.48" 95 6° 36'30.00" 10°36'40.00" 6°36'35.33" 10°36'29.47" Area aprox. 53,40 Km? J CORDELIA Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude | LongitudeE | LatitudeS | Longitude E 96 6°32'40.00"_| 10°4000.00" | 6°32'45.35" | 10°39'49.48" 97 6° 32'40.00" 10°40'51.00" 6°32'45.36" 10°40'40.48" 98 6°3330.00° | 10°4730.00" | 67333535" | 10°411948 99 6°3309.00" | 10°4214.00" | 67331435" | 10°4703.48" 100) 6=33'40.00"_| 10°4300.00" | 6°33'45.35" | 10°427'49.48" 101 6° 38'20.00" 10°43'00.00" 6°38'25.32" 10°42'49.48' 102 6°38'20.00" 10°40'00.00" 6°38'25.32" 10°39'49.48" 103 6°36'00.00" 10°40'00.00" 6°36'05.34" 10°39'49.48" 104 6° 34'10.00" 10°40'30.00" 6°34'15.35" 10°40'19.48" Area aprox. 50,43 Km? K CERES Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude | Longitudee | Latitudes | Longitude E 105, 6° 29'06.00" 10°52'26.00" 6°29'11.38" 10°52'15.49" 106 6° 29'06.00" 10°55'49.00" 6°29'11.38" 10°55'38.50" 107 6°34'09.00" 10°55'49.00" 6°34'14.35" 10°55'38.49" 108 6=34109.00" | 10°5226.00" | 67344455" | 10°5215.49" Area aprox. 58,50 Km? DIARIO DA REPUBLICA DE 1 DE AGOSTO DE 2023 I SERIE, N.¢ 142 | 3592 L HEBE Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 109 6°37'50.00" 10°46'00.00" 6°37'55.33" 10°45'49.48" 110 6°37'20.00" 10°47'50.00" 6°37'25.33" 10°47'39.49" Ait 6°39'30.00" 10°48'40,00" 6°39'35.32" 10°48'29.49" 112 6°40'50.00" 10°48'50.00" 6°40'55.3: 10°48'39.49" 113 6°42'50.00" 10°51'10,00" 6°42'55.31 10°50'59.49" 114 6°43'40.00" 10°50'20.00" 6°43'45.30" 10°50'09.49" 115 6°43'00.00" 10°48'00.00" 6°43'05.30" 10°47'49.48" 116 6°40'40.00" 10°46'50.00" 6°40'45.31" 10°46'39.48" 117 6°40'00.00" 10°46'20.00" 6°40'05.3: 10°46'09.48" 118 6°38'40.00" 10°46'00.00" 6° 38'45.32" 10°45'49.48" Area aprox. 53,40 Km? M TEBE Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 119 6°42'50.00" 10°51'10.00" 6°42'55.30" 10°50'59.49" 120 6°44'50.00" 10°53'30.00" 6°44'55.29" 10°53'19.49" 121 6°45'30.00" 10°52'50.00" 6°45'35.29" 10°52'39.49" 122 6450.00" | 10°513000 | 6°4505.29° | 10°5119.49" 123 6° 43'50,00" 10°50'10.00" 6°43'55.29" 10°49'59.49" 124 6°43'40.00" 10°50'20.00" 6°43'45.30" 10°50'09.49" Area apréx. 15,90 Km? DIARIO DA REPUBLICA DE 1 DE AGOSTO DE 2023 SERIE, N.° 142 13593 N URANO. Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S | LongitudeE | LatitudeS [ Longitude E 125 6°42:08.00"_| 10°4233.00" | 67421330" | 10°4222.48" 126 6°4208.00" | 10°4619.00" | 67421330" | 10°4608.48" 127 6°48'35.00'_| 10°5049.00" | 6°48'40.27"_| 10°5038.48" 128 6°51'55.00"_| 10°5209.00" | 67520025" | 10°51'58.48" 129 6°5445.00"_| 10°4639.00" | 67545023" | 10°4678.48" 130 65205.00° | 10°4359.00" | 69521025" | 10°4348.48" Area aprox. 249,50 Km? P OBERON Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 latitude | LongitudeE | LatitudeS | Longitude E 137 6°44'20.00" | 10°54'10.00" | 6°44'25.20" | 10°53'59.49" 138 6°43'30.00"_| 10°5530.00" | 6°43'35.30" | 10°55119.49" 139 6°4420.00" [| 10°5530.00" | 6°4425.29" | 10°5519.49" 140 6°45'20.00" | 10°5530.00" | 6°45'25.20" | 10°55'19.49" aaa 6°46'40.00"_[ 10°5600.00" | 6°4645.28" | 10°55'49.49" 142 6°4740.00" | 10°5640.00" | 6°4745.28" | 10°5629.49" 143 6°49'30.00" | 10°5730.00" | 6°49'35.27"_| 10°57'19.49" 144 6°5130.00" | 10°5730.00" | 67513525" | 10°5719.49" 145 6°5100.00" | 10°5600.00" | 6°51'05.26" | _10°55'49.49° 146 6°48'40.00"_| 10°54'47.00" | 6748'45.27"_ | 10°54'36.49" 147 4710.00" | 10°5400.00" | 6°47%5.28" | 10°5349.49" 148 6°4600.00" | 10°5340.00" | 6°4605.28" | 10°5329.49" Area aprox. 50,50 Km? DIARIO DA REPUBLICA DE 1DE AGOSTO DE 2028 ISERIE, N° 142 | 3594 Q DIONE Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 LatitudeS | Longitude | Latitudes | Longitude E 149) 6°48'40.00° | 10°53'20.00' | 6748'45.27" [| 10°53'09.49" 150) 6°4g'40.00" | 10°5447.00' | 67484527" | 10°54'36.49" 151 6°5100.00" | 40°5e00.00' | 6°51'05.26" | 10°55'49.49" 152 6°5240,00° | 10°5620.00' | 6°52'45.25" | 10°5609.49" 153 6°5250.00"_| 10°55'20.00' | 6°5255.25" | 10°55'09.49" 154 6°5130.00° | 10°5320.00' | 6°51'35.25" | 10°5259.40" 155 6°5000.00"_ | 10°53'10.00' | 6°50°05.26" | 10°52'59.49" 156 675000.00" | _40°52'50.00' | 6°50'05.26" | _10°52'39.49" 157 e-ag20.00" | 10°5240.00' | 6°a9'25.26" | 10°5229.49" Area aprox. 33,00 Km? 5. Para efeitos do ntimero 4, s40 excluidas da area desorita no nimero 2 as que a seguir se indicam e cujos pontos se encontram também referidos no Anexo B. A MARTE (PSVM) Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S 18 6°0154.40" | 10°41'17.00 | _6°0159.93" 20 01sa.a0"_| 10°aa04.00 | e-ors9.0s" | 10°4353.49" 21 "0917.00" | 10"4a04.00" | 6°0822.49" | 10°4353.49" 22 0917.00" | 10°39'44.00° | 6-0922.9° | _10°3923.49" 23 6°06'35.00" 10*39'44.00" 6°06'40.50" 10°39'33.49" 2a 6=0635.00"_| 10°30%8.00" | 6°06'40.50"_| _10°39147.49" 25 e70417.00" | 10°3958.00" | 67042252] 10°3047.49" Area aprox. 99,66 Km? DIARIO DAREPUBLICA DE 1DEAGOSTO DE 2023 I SERIE, N.* 14213595 B VENUS (PSVM) Coordenadas: Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 LatitudeS | LongitudeE | LatitudeS | Longitude E 26 6°09'17.00" 10°41'44,00" 6°09'22.49" 10°41'33.49" 27 6°09'17.00" 10°44'26,00" 6°09'22.4 10°44'15.49" 28 6°1314.00" | 107442600" | 6°1319.47"_| 1074815497 29 6°16'10.00" 10°41'43,00" 6°16'15.45" 10°41'32.49" 30 6°16'10.00" 10°38'59.00" 6°16'15.45" 10°38'48.48" 31 Gr170R.00 | 10°aa5900 | onizIa.a7 | 107aRaa.Ao" 32 6°12'08.00" 10°39'50,00" 6°12'13.47" 10°39'39,49" 33, 6°11'14.00" 10°39'50.00" 6°11'19.48' 10°39'39.49" 34 ori114.00" | 10°araaog | orari9.as" | 10°4133.49" Area aprox. 93,46 Km? E SATURNO (PSVM) Coordenadas: Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 55, 6° 10'40.00" 10°47'30,00" 6°10'45.48" 10°47'19.49" 56 6°10'40.00° 10°51'02.00" 6°10'45.48" 10°50'51.50" 57 6°12'45.00" 10°51'02.00" 6°12'50.47" 10°50'51.50" 58 6°12'45.00° 10°50'20.00" 6°12'50.47" 10°50'09.50" 59 6°16'38.00" 10°50'20.00" 6°16'43.45" 10°50'09.50" 60 6° 16'38.00" 10°49°01,00" 6° 1643.45" 10°48'50,49" 61 6° 18'22.00" 10°49'01.00" 6° 18'27.44" 10°48'50.49" 62 6° 18'22.00" 10°45'54.00" 6°18'27.44" 10°45'44.49" 63 6°12'40.00° | 10°a535.00° | o7s245.47"_| 10°4540.40" 64 6°12'40.00" 10°47'30,00" 6°12'45.47" 10°47'19.49" Area aprox. 102,10 Km? DIARIO DA REPUBLICA DE 1DE AGOSTO DE 2028 SERIE, N.? 142 | 3596 F PLUTAO (PSVM) Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 65 6° 18'52.00" 10°42'01.00" 6° 18'57.43" 10°41'50.49" 66 1852.00" | 10°444i00" | 6185743 | 10°4400.49" 67 6° 23'00.00" 10°44'11.00" 6°23'05.41" 10°44'00.49" 68 6° 23'00.00" 10°42'35,00" 6°23'05.41" 10°42'24.49" 6 6°2157.00" | 10°4vaaoo | 6°2702.42 | 10°41'37.48" 70 6° 21'57.00" 10°39'51.00" 6°22'02.42" 10°39'40.48" 71 6° 19'17.00" 10°39'51.00" 6° 19'22.43" 10°39'40.48" 72 6° 19'17.00" 10°42'01.00" 6°19'22.43" 10°41'50.49" Area apr6x. 49,45 Km? oO JUNO Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 131 6° 43'20.00" 10°56'30.00" 6°43'25.30" 10°56'19.49" 132 6°46'39.00" 10°59'00.00" 6°46'44.28" 10°58'49.49" 133 6°47'10.00" 10°56'40.00" 6°47'15.28" 10°56'29.49" 134 6°46'40.00" 10°56'00.00" 6°46'45.28" 10°55'49.49" 135, 6°45'20.00" 10°55'30.00" 6°45'25.29" 10°55'19.49" 136 6°44'20.00" 10°55'30.00" 6°44'25.29" 10°55'19.49" Area aprox. 26,00 Km? R PALAS Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 Latitude S Longitude E Latitude S Longitude E 158 6°4710.00" | 11°0020.00" | 6°4715.28" | 11°00'09.49" 159 6° 47'10.00" 11°01'50.00" 6°47'15,28" 11°01'39.50" 160 6°48'30.00" 11°02'50.00" 6°48'35.27" 11°02'39.50" 161 6°50'50.00" 11°03'20.00" 6°50'55.26" 11°03'09.50" 162 6°50'50.00" 11°01'30.00" 6°50'55.26" 11°01'19.49" 163 6°49'10.00" 10°58'50.00" 6°49'15.27" 10°58'39.49" Area apr6x. 35,00 Km? DIARIO DA REPUBLICA DE 1 DE AGOSTO DE 2023 1 SERIE, N.* 142| 3597 s ASTREA Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 latitude S | LongitudeE | Latitudes | Longitude E 164 6°45'00,00" 11°02'56,00" 6°45'05.29" 11°02'45.50" 165 6°45'00.00" 11°05'50.00" 6°45'05.29" 11°05'39.50" 166 6°52'10.00" 11°09'00.00" 6°52'15.25" 11°08'49.50" 167 6°55'00.00" 11°10'00.00" 6°55'05.24" 11°09'49.50" 168 6°55'00.00" 11°07'16.00" 6°55'05.24" 11°07'05.50" Area apréx. 98,58 Km2 T AREA B - AREA DE EXTENSAO DO BLOCO 15/06 Coordenadas Pontos Datum Camacupa Datum WGS84 LatitudeS | Longitudee | Latitudes | Longitude E 169 6° 40'00.00"_| 10°52'02.04" | 6° 10.05.49" | 10° 50°51.52" 170 6° 10'00.00"_| 410° 55'00.00" | 6° 10.05.49" _| 10° 5449.50" 17 6° 20'00.00"_| 10° 55'00.00" | 6° 20 05.43" | 10° 5449.50" 172 6° 20'00.00"_| 11° 00'00.00" | 6° 20.05.43" _| 10° 59° 49.50" 173 6° 2555.54 _| 41° 00'00.00" | 6° 26.00.94" | 10° 59'49.50" 174 6° 2555.54 | 10° 4901.00" | 6° 26.00.94" | 10° 48'50.50" 175 6° 46.38.00" | 410° 490101" | 6° 16.43.45" [10° 48'50.50" 176 6° 46 38.01" | 40°50°19.01" | 6°16 43.46" | 10° 5008.51" 177 6° 42'45.01"_| 410° 50'20.00" | 6° 12 50.48" | 10° 50' 09.50" 178 6° 1245.01" | 10° 54'02.01" | 6° 42'50.48" | 10° 5051.52" Area Aprox. 390,12 Km2 DIARIO DA REPUBLICA DE 1DE AGOSTO DE 2028 ISERIE, N° 142 | 3598 MAPA DA CONCESSAO DO BLOCO 31/21 ANEXO B 19-5008 so ape 1ep0e go g e g 8 = Area Aprox. 3,547.01 Km? £ E Legenda 20 8A de Extensée do Blaea15/06 than Aprox. 390.12 Kn "A's Slovo 34 sha Aes 50895 Kin) a Carpe do loco 31/24. (roo Ano. 901.73 Ka) 3 Bloc 31/2 - Done iE OE ave DATA WC BRST GS GH 0 Presidente da Reptiblica, JRO MANUEL GONCALVES LOURENGO. {23-5762-D-PR) DIARIO DAREPUBLICA DE 1 DEAGOSTO DE 2028 | SERIE, N.# 142 13599 IMPRENSA NACIONAL - E.P. Rua Henrique de Carvalho n.°2 E-mail: dr-online@imprensanacional.gov.ao Caixa Postal n.° 1306 INFORMACAO, ‘A Imprenss Nacional é hoje uma empresa publics, mas comegou por ser iniclaimente criada em 13 de Setembro de 11845, pelo entdo regime colonial portugues, na antiga colonia e depois provincia de Angola, tendo publicado, nesse mesmo ‘ano, o primeira Jornal oficial de legislacio, Intitulado Boietim do Governo-Gerol do Provincta de Angola, No dia 10 de Novembro de 1975, foi ecitado @ eistribuldo o ditimo Boletim Oficial, eno dia 11 de Novembro de 1975, foi publicado o primeiro Didrio de Repiiblica Popular de Angola. Em 19 de Dezembro de 1978 fol criada a Unidade Econémica Estatal, cenominadia Imprensa Nacional U.E.E., através do 28, Decreto n.2 129/78 da Presicéncia da Republica, publicado no Didrio da Repsbiica n. Mais tarde, aos 28 de Maio de 2004, a «lmprensa Nacional - ULE.E.» fol transformada em empresa pilblica sob & denominago de «lmprensa Nacional, E.R» através do Decreto n.2 14/04, exaraco pelo Canselho de Ministros. E, 20s 22 de Dezembro de 2015, foi aprovacio o Estatuto Organico da Imprensa Nacional, E,P. através co Decreto Presidencial n.# 221/15. Tota a carespandéras, quer chil, quer -ASSINATURA ( proca de cada linha pubieada nes Disins rebate a antigo © aexinaturac do

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