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créditos | Nk OO op nee wy 4 TN (0 ia Me ay ye ye a ait ‘4 Nota bh autor; uma dor, parte o nivel de dor ese livro causou-me tamanta estranheza por inimeras expevigncis vivids esse espa de tempo. Nesse processo erative, ‘que me perdoem os meus anteriores livros, essa foi a dar que mais me consuni a que me atngi dioto a face, como um panho eesrado tetaado tirar-me do ammancando os meus dente, Em 1977 Clarice Lispector dev um entrevista a tm pro rama dt TV Cultura efalou “Eu acho que, quando née eserevo estou morta.” “Falo diretamente do meu timlo”, Assim como Clarice Lispectorfalou,& bem essa a sensigo, de suri, de sentir-se vivo enquanto ests eserevendo ¢,apesat de Pesaroso também & prazeroso, E Clarice finalizou Aizendo “Bom, agora eu moi, Mas vamos ver se eu DTT ee renasgo de nove. Por enquanto eu estow morta. stow falando do meu timulo.” Concord Clarice, estou também fan direto de minha sepultura E assim, (© que faz ew me semi esteanho e a0 mes smo tempo feliz em morrer depois desse live, por assim dizer, & que a experiéneia por mais dolorosa que seja, trouxe-me satistagao. Ana mais. € por isso que inicie’ essa nota, tive uma parceriaalém do comum. Obrigado Mr. Sein! Se hi alguém que pose dizer da dor de eompartithar 0 ter smino dess livro,além da pessoa que me inspirou muitos poets, € claro, foi o Yuri Seima, Literalmente ele doou sangue pela sua are, pela minha ate, Sim, ele desenbou a eapa com o prio sangue, Uin artista nato & assim, ce vive a sua arte, ea vive até ts itimas consequeieias, sem fear pensando © que 08 outtas irio dizer ¢ reprovar ou no, Mesino puido, acabado, cambaleando ¢ de sna maneira sentido ¢ revivendo lembrangas suas somadas 0 semtimento de ler os meus pocmas, eeio que ele se viu dentro ce um tornado de sentiments, mas ni ttubeou, Fo até o ft, Eis «sua arte termina, a capa € os desenhos por entre 0s potas. Ganbames experiénciasinieas, ea sinergia foi puramente condizentee involun- tiria, Ganhei un iemdo na do Evoe! Tatiano Mayiton Oar Kea Ue is ye] tLe TAA FOEMA [VELHO] NOVO. PSP Ty CN a aan OMNIA MEA. sean Psa Maas gsi, Gass PASSIONATA DIFLISA. ATE LEME eevee ESCO Goals (sia aan EL OLHE! A TRISTEZA NOS OLHOS QUE EU TENHO A TIFERECER FARA VOCE? CHR SO OSM Se TUA FONE as NDITE QUENTE DE INVERND. See O ST iT AINDA UMA VEZ, ADELS. Mvaitrr inn ce 1 TR SRE CATRE. No cutre cerrado, evelamn-se tos 08 teus misttios, [As chaves slo aocitase tes cadeados destravados, Por quanto tempo, agora no import, possivel semira brsa que vem da janela do teu corpo. [bro uma cortna ea alma sermissolta, Faz-me constatar a eonspirago dos nossos 2e3sos No impasse do tempo: A tua boca revela-se: (0s teusolhos me buseatn; Tuas mos so minhas etm E 0 teu compo responde a meu tat A tua maguiagem borrada, Desenho os tous omiras, Enguanto sinto frescor do teu banho, Enquanto os teus olhos me sspira, Eu acho o cami no que nunca tlhe mas jo sabia, Enquanto tua boca vida me procura “Teas olhos me eontam tua historia, Imprecisa. Deflagra¢ elimina minha experignia, De ter vivido um amor que nunca existiu, De viver uma vida que nunca fo tio viva ‘Meu mundo era um pocma inaeabado: De estrofes decaidas De rimas falas: De um amor ji vetho © amputado; ‘Compactuando com uma conjuntueaarcaicae absoleta, Eu que munea fi done de mim A madrugada &0 ou lito, Domes inet, Mas percebes que levanto a todo instant, Fis desarmada © mesmo assitn me deisas te nner ‘Velo o teu sono, te aproveito inconseient, Com a alma prestes ebulir fo sanyue ¢ halite de cigar barat, Fago-te juras de amor tambm barsto {que nunca saber que fa ew que proer. © anjo,o qual pedi para Tevar tis juras F registri-lasna pina de recrtes da ta via, Penguntousme se eu tina certeza disso, E foi simples por entre o meu divagar que Ihe respond — De amor, meu caro, sempre se more AVEMLS. Bu quisera morrer do amor que de mina se afgenta! (Qual é tipo de amor que vive um poeta? Ea sua musa, quem se habilita se antever? (Qual € 0 tipo de arrbatamente que toma v poeta? ‘Quem & a personagem que o faz sofrer? Qual é6 ipo de vida que vive um poets? Qual o camino que o faz rithar para morrer? © que atormenta 0 coragdo de umm poeta? Por que sua alma vive nos arroubos ase debater? Qual o sangue qu (0 que 0 seu eoepo a todos quer dizer? do ports? B seo sangue se esvai maestro no poeta? E seus palavrasfogem sem nada a dizer? E que vivo, tense unto pars sonar na calada que 0s bébads o conforian, Sindeome da sina bravia se vai sl do pevecer ‘Unna sala 2x2 de janelaselada e restrita com a plac: ou fica 8 vontade. E voce acendew a luz, € com um pane feito desu propria pele foi trad 0 pé do meu compo inte, Contesso que no comego eu tenei te expulsat varias vezes, Senta ale das mi nas sordidts eompaneiras. Apagava a luz sorateiramente para vued se perder ou se ca trocava as fechaduras das ports, roubava as Kimpadase toeava os méveis de lugar para voee tropegar¢ com raiva desistie, ul foi em vo, Woe® mais e mais penmaneceu, Fincou 08 pes € al se plantou. Linda, até mesmo com 0 suor na testa € 6 cahelo eor de tangerina todo deserenhado, Foi cific, eu sei, mas voed persist, e persist, e chorou, € novimente Choro... 8s vocé mesmo como peitolatejando, eas Forgas se extinguindo, relmosa que € permaneceu ai, ‘com bandeira do amor em punho,intensificando 0 que aereditava e que te fazia sentir mesmo ‘amor no nos di nada de graga, ele € umn Ferre- assim, viva, Foi dif e ainda & e sempre ser nho e implacivel agiota A Tuz que refletia dos tes olhos resplandeceu ¢iluminoy todo o eompartimento, foram dias enoitesesvaziando gavetas, com os dedos sangrardlo ¢ os olhos relutando, Retiro o po porém inalow a pecira, pintow as paredes, mas se sujou inte, refonou alguns mveis, ganhow Imaetutcados extras, tocou a te isso tudo docu, ¢ choraste tanta vezes. Fez-se mora a esperanea, porque meu corago se Fez em cor, sac?! Hoje no ha penumben, nde hi escurido, o sol aqueee cada camo da sala, © vento canta e danga um hardcore bem zuado com as cortinas, € ata presencx marcia pelo teu heitw se mista permanentemente emit, cortnas, deu uma nova roupagem e cores viv a todo o smb: [Nessa invasto, voot chegou asst, j4 sabendoo que queria, ue me queria, independdente do que quer que eu fosse. Tirou-me de uma prateleira empocicads, ~confesso que imaginava nunca mais sir dal. F assim, signa por pina, lend e relendo, se machucando nas histéries «am uin esforgo descomunal a cada dia rasgavas uma pina de mim, © no verso cla mesa fo striae ainda reesereves, ponto a ponto, Eas tuas milos me rego so nossas um Tivo de pequeres grades coisas, momentos que valem a pena pelo fato de q ycmdias misturadas © convividas Sou teu liven, que dia a dia reinvents, nds dois sabemos disso, E hoje sow um nove tw Jo, novos pargrafos, novs frases, nove enredo, esta eseria sou pontuagio eadenciada, um mundo de sonhose fanasias que se fizem nossas sé nossas, Tew ivr Set ft lise, ALMA PEREGRINA. Amor. Chega a queimar o peito em desespera, hilito do deserto Na alma a erepitar Amore que vigia, © compo levemente disper. Copo e cory estilhagas © vento a passer. Alma peregrina me ud, fora do corpo a p Rist, triste, vist, Vai ao longe a acenar. Falke brandura que goteia Seam prutma, sein curso, destino, onde vai deseinbocar? foi um tro sem erro, sem compaixao. depois sé me deixou essa graga rst, E um desast mn mina mo, A queda constante.. © corpo ini. O FATO E QUE EU SINTO 2 POEMA [VELHO] NOVO. Todas as vezes que teu sol foge de me mim, Debato-me em constante taquieardi, meus olbos se ferem pelo escuro, E minhas mos se empali Sou sofiivel sem e com voes, ras sem voce, tinda mais, sou elansur, Sou demente sem voi Por que a tua dstineia 6 9 minha loucura, Nao te afasta den m, eu digo, ¢ persist. pogo com verddeira brands, Longe, eu sou pedra rolante sem limo. Perio, sou como destino trgado que Nunea aereitamos, Agrura ‘Tudo te afustas de mim, bem se, e provas tuss constatagdes. ‘Tu ii te afastas de mim, ¢ fato, egritas perto do meu ouvido. “Tote feres pela minha langa a querer se aproxiinar mais, Ev cego, de amor cego, de raciocini lend, te fi 0 erepito. ‘Sem voe8 no time instante, mo nis. 0 GOSTO DO VENENO Eu gosto é do gosto do veneno, Sou vieiado no gosto do veneno, ‘lem daqueles que ali de matarlentamente, Vai targando teus pedagos pelo camino, ‘ou te deina cheio de ciatrizes no peito. se doses cavalaces, certo que andes por at arrastando a bola Je ferro grodadla no tomozelo, ‘1a sensagdo de um piano de cauda nas costs, 1 que te deina sempre exaurido, ao ponte de querer desist da vid, samputar-se de i ‘Mas se noi vida sem ce, a sim morte € analitcae ia, ‘© que € eu se, sou conscient, & perigoso, mas cu gost. Eu gosto € do gosto do insano, cheio de rompantes, 4c lauirias, dramas, fio na harciga, dita sosto& do gosto de fruta desinibida,deseaigada, ae rade que longe do ps i ‘eu gosto da Forga descomunal desse venene. que me faz ter raiva,alegria, ia, ris, rancor, inveja e solidi sosto & do gosto ds vezes amargo, cited, are, trav, de vez, dove de ave Eu gosto 6 do jet que esse veneno me surupia ‘meus olhos: minha audigdo: meu palaar; minha escritas, ‘mina poesia; meu rtm; meu sorts mina desfagater: desalegria meu sangue, 1e que Ferve meu sangue que engrossi As veias meu trax que comprime me desfigo m 1 tipo de delirium tremens ‘0 vive rei depostoalgemas ilusérias s earbonico enclausurade nos pulmies 3 4 ‘eido nitro nos olhos higrimas de desalento suspiro prolongado conhaque faba Meu reino para ser teu eseravo! © espeetra no espetho sou eu sromens tremens delicium delirium

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