You are on page 1of 6
Sexta-feira, 28 de Agosto de 1992 I Série N.° — 34 SDIARIO DA REPUBLICA GRGKO. OFICIAL DA REPOBLICA DE ANGOLA Prego deste numero — NKz 5.130.00 Toda a correspondéncia, quer oficial, ‘quer relativa a antncios ¢ assinaturas do Difrio da Republica», deve ser dirigida & Imprensa Nacional —U. B. E., em Luanda, Caixa Postal 1306— End, ‘Teleg.: «Imprensa». “© prego de cade linha publicada nos 05 de Peds sees 240.00, screscido do respecti imposto do eto, dependendo a publi da 3? série, de iw prévio a {mprensa Na- >>re SUMARIO ~_ Comissio Permanente do Conselho . Assembleia do Povo de Ministros tansaupen: . Deereto n° 39/92: M2182: ‘Arg o Eau Oa da Bina Nacon de Lie ‘Aprove 8 Ll Sindleal-Revoga Lode a epsago atcoe gue ‘e iad Rovoges Beats RRR eee eee Ee 1 Sea cna COMO as : Decteo 0. 39.K/925 Resolugiom'2-A92 : ‘Concede A Enpte Nacioodl de otras de Angola, UE Sobre © Prograina << Angota - Combateated> ea 4 orgenizagto o exploragto das folazias ..tias, quino, te ogame << . es cgrok de mow rues em Sins a StI se Aso S toma idle oe Comissio Permanente da cinee : Revolugto a. Assembleia do Povo ‘Aeron o rocco de Coopers ente ARLELA ca Roy ‘ia Portage na tea dar nang Pics Goebel Lei ne 2-4/2: em In de Abn de 191 ‘Aprova os Guar de ea : nr dvalnew a) © 8 do arigo tbe do Las Gert ge fee batho e toda a legislagfo que ‘contrarie & presente Ministério da Justica e Secretaria, Towle Reve oa de pesto d Seta da Asenblin do de Estado da Habitagao Pe e. Despacho conjunto n.° 48-6/92: Conselho de Ministros ‘Confiseavétios prédiosstuados na Provincia de Luanda, - : Pespacho comjunto n.” 48-1102: esis 207m) -Confiéa o prédio em nome de Armando Augusto Conea, Ghia, $98 tuela_ do Minstcio da Indi, naituto Nae nis om ‘ mwndo Auputo Conca, ‘ional de Apoio Médias Empresas, Despacho conjunto a. ivtndanote fsttade for NAPEM tape sad DOPAHS conn n assy estatuteceghnico. (Covtiaes 0 prédio em nome de Antsiio Alves Simées. 392(82) Despacho conjinto n.° 48/92: Desconfisca 0 prédio em nome de Anibal Lopes Chaves. Secretaria de Estado da Energia e guas Despacho 1° 48-2925 . Cria « Comisstio de Reorganizago Institucional do Sector Biécuico. as Banco Nacional de Angola Aviso n 492 Deterninggue a inetiaighes fnhacies dover const ie 7a ct i ie de eco de etic “ASSEMBLEIAqDO POVO Lei ne? 21-€ 192 de 28 de Agosto Considerando as importantes transformagoes que se ‘operam em Angola, nos dominios politico, econémico ¢ social das quais hé que realcar a importincia que assume a iniciativa peivada e a economia de mercado, ‘Considerando o imperativo Constitucional expresso no artigo 25. sobre as liberdades ¢ direitos fundamentais dos cidadios, quanto ao direito de associaggo sindical’ numa sociedade multipartidéria. ‘Sendo necessério que 0s trabalhadores procurem adequar as suas formas de organizaglo ao actual sistema sécio- polftico com vista a uma correcta © legal defesa dos scus {nteresses, para melhorar as suas condigBes de vida; estes termos, 20 abrigo da alfnea b) do artigo 51.° edo artigo 61.° da Lei Constitucional ¢ no uso:da facukdade que ‘é conferida pela alinea q) do artigo 47.° da referida Lei, a Assembleia do Povo aprova ¢ eu assino e fago publicar a seguinte: LEI SINDICAL CAPITULO Do Direito de Assoclagio Sindical ARTIGO 1! (Direito de asrociagio dos (rabalhadores) 1, E garantido aos trabalhadores, sem qualquer discriminagao, 0 direito a constituigho de associagbes sindicais ¢ ao livre exercfcio da respectiva actividade de acordo com 0 artigo 25.° da Lei Constitucional. 2. No exercicio do direito sindical 6 assegurado aos DIARIO DA REPUBLICA | 2. No exercicio do direito sindical ¢ assegurado acs | trabalhadores: a) 0 difeito de livremente constituirem associagSes sindi- - cals; % 1b) 0 direito de se inscreverem ou nfo, de se retirarem das organizagbes sindicais e de pagarem quotas apenas, para 0 sindicato em que estejam filiados;. ©) o direo de partciparem nas assoctagbes sledicala que estejam filiados, designadamente, ent ‘Nos scus Orgtos dirigentes; 4) eo de cesnvlverem alge nel not locals de trabalho, 4, As disposighes da preset lel, nfo so aplichvels & Policia e as Forgas Armadas, ARTIGO 2° | CAnsoctagéessindiesis) ‘ 1. As associagbes sindicais de base podem constituir outras assoctagbes de nivel superior ou nelas se filiarem, 2. As associngbes sindieais t8m o direito de estabelecer relagdes ¢ fliarem-se nas organizagbes s sindicais internacio- ais. ARTIGO 3° (Niveis sssociativos) . 1. As associagdes sindicais podem ser constitufdas nos, seguintes nfveis: a) de base; ») intermédio; ©) superior. 2. Consideram-se associagoes sindicais de base as representativas de pelo menos +trinta por cento das, trabalhadores dos ramos e sectores de actividade econdmica 4 tivas, ao nfvel regional ou nacional, de associagdes de base. 4, Consideram-se associagtes sindi¢ais superiores as re- presentativas, ao nivel nacional, das associagbes sindicais intermédias. 5. Sem prejutzo da sua autonomia, as associagbes sin- dicais podertio associar-se temporariamente para a prossecu- 0 de objectivos especificos. 6. As associagoes sindicais de base poderso estruturar-se apanir de organizag6es ao n{vel da empresa, 7. A designagio ¢ estruturagao das associagbes sindicais 08 diversos nfveis sero Hivremente definidas nos respecti- ‘Vos estatutos, observando-se 0 disposto na presente lei, - ARTIGO 42 (Leqalidode, democeaciaeindependéncta sina!) ‘As associagbes sindicais organizam-se e desenvolvem a sua actividade respeitando as leis ¢ os prinofpios democré- I SERIE — N.° 34 — 28 DE AGOSTO DE 1992 soos com total independncia em relago ao Estado, part dos politicos, organizagbes religiosas, entidades, organiza ‘90es empregadoras e quaisquer agrupamentos de natureza nfo sindical. ARTIGO 5° (Sistema de votasto) 1. A eleigho dos corpos directivos das associagbes sindicais devers ser feita por volagto em Assembleia Geral de membros. 2. A aprovagiio dos respectivos estatutos, deverd ser feita por votagio directa ¢ aberta em Assembleia Geral de mem- bros. ARTIGO 6° (Iaausceptibilidede de dasolugio on suspensio administrative) ‘As associagbes sindicais constilufdas nos termos da presente lei e que respeitem 0 condicionalismo por ela imposto, nflo poderto ser dissolvidas ou suspensas por via administrativa nem ser alvo de qualquer ingertncia dos poderes constitu{dos no seu funcionamento intemo. ARTIGO7° (Competéneia) 1, Compete as associagdes sindicais, designadaménte: 4) celebrar convengdes cotectivas de trabalho nos termos dalei; ) exercer 0 direito de negociagdio colectiva de harmonia ‘com 0 estabelecido na lei; ©) conduzir no quadro da legistagtio vigente todas as for- ‘mas de luta que aproveitem aos interesses dos tra- balhadores; 4) emitir parecer prévio sobre as medidas Iegislativas referentes aos interesses dos trabalhadores; ©) velar pelo cumprimento da legislagtio laboral em vigor € dos acordos colectivos de trabalho e denunciar as ‘violagdes aos direitos dos trabalhadores; 1 promover a defesa de direitos individuais ou colectivos dos trabalhadores face a factos que os lesem: ) prestar servigos de carécter econdmico, social, cultu- ral ¢ profissional aos seus associados ou cri . _ttuigbies para esse feito, 2. Enilo e de nenhum efeito qualquer medida legislativa tomada em inobservancia &alfnea d). ARTIGO 8° (Celobragdo de contrates e aqulsisio dos bens) Na prossecugtio da sua actividade, as associagves sindicais gozam do direito de celebrar contratos ¢ de adquirir, a ttulo gratuito ou oneroso, bens méveis ou iméveis deles dispor livremente, CAPITULO I / Da Constituigdo.e Aquisigio de Personalidade Juridica ARTIGO 92° (Convocatéria) ‘A convocatéria para_a constituiglo de qualquer associa- ‘lo sindical, deverd ser feita’com um minimo de 30 dias de antecedGacia e ted de ser alvo da mais ampla publicidade. ARTIGO 10° (AquisigSo de pervonslidade juridica) As associagdes sindicais adquirem personalidade jurfdica pelo registo dos seus estatutos no Ministério da Justica. CAPETULO It ‘Dos Estatutos, Seus Registos e Publicagio ARTIGO 11° (Contedido) Os estatutos das associagbes sindicais deverlo regular designadamente: 2) a denominago da associagao, sede, Ambito e fins; ) a sua estrutura ofganizativa, nomeadamente ao nfvel das empresas bem, como as respectivas fungbes; ©) © regime de administragio financeira, orcamento . comtas; 4 do regime de fontes de receitas; *”e) o regime disciplinar; ‘f) a eleipsio, composigao ¢ funcionamento dos drgiios di- Tectivos; . 8) processo de alteragio dos estatutos; _ fh) o proceso de dissolugdio e liquidago, ARTIGO 12.° (Revisio), Os estatutos das assoclagdes sindicais poderilo a qualquer momento sercm revistos ¢ alterados de acordo com o proce- dimento que eles proprios estabelecerem. ARTIGO 13° (Registo) 1, Para efeitos de registo os estatutos das associagtes, sindicais bem como as actas das respectivas assembleias constitutivas, devidamente assinados, sero depositados no . 6tgio competente do Ministério da Justiga, local ou nacional, consoante se trate de associagto de base ou intermédios ¢ nacionais. 2. O Ministério di Justiga promoverd a publicagtio dos estatutos das associagbes sindicais no Didrio da Republica. ARTIGO 14° (Registo téelto) Considera-se efectuade 0 registo desde que nto haja de- ciséio em contrério até 30 dias apds a data do depésito referido no artigo anterior, ARTIGO.15" (Reglsto de novos estatutos) O requerimento de régisto dos novos estatutos dirigido 0 Ministério da Justiga deve scr subscrito pelos elementos do corpo directivo da respectiva associagiio sindical e ser obrigatoriamente acompanhado de cépia da acta da Assembleia Geral de filiados em que os referidos estatutos foram aprovados. ARTIGO 16° (Publicagie). O Ministério da Justiga deverd promover'a publicagto dos estatutos ou das suas alteragbes no Didrio da Repiblica ‘nos 30 dias subsequentes a0 seu registo, ARTIGO 17° (Recurso por denegagiv de reisto ou publicagéo) Da decistio de denegacto de registo, cabe recurso para 0 tribunal competente no prazo de 30 dias de conhecimento oficial da mesina,+ ARTIGO 18° (laentificagi das membros dos corpos directives das associ ‘indies perunte a Minhteno a Jostye) nS Devem ser remetidos a0 Ministério da Justiga pelo presidente da mesa da Assembleia Geral, os elementos de idomificagtio dos membros dos corpos directivos das asso-

You might also like