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rs, AB oo eS SOLIMARSILVA 1 AVALIACOES eS CRIATIVAS IDEIAS PARA TRABALHOS NOTA 10! Puls Ue a covsrar GY so110% VOZES Petrépolis Sumario Apresentagio, 9 Parte I — ApresentagSes académicas, 17 1 Seminério, 19 2 Estudo dirigido, 26 53 Painel, 28 4 Simpésio, 31 5 Extudo de caso, 35 6 Debate, 56 7 Grupos de oposiglo, 38 8 Discusséo em classe, 40 9 Elaboracio de glossétios, 43 10 Criagdo de pOsteres (digits ou online), 45 11 Apresentagio de resenhas de livos e filmes, 47 12 Relat6rio de viagens ou passes, 49 15 Alunos monitore, 51 14 Cola na prova, 52 15 Criando o teste, 54 Parte 11 - Desafio, 7 1 Entrevista com especalista, 59 2 Apresentagdo de telejornal, 61 5 Projetos com litura de livros, 64 4 Portfolios digits, 66 5. Videos indviduais ou em grupo, 69 6 Gincana, 71 Parte III - Processos criativos, 75, Criagdo de paras musiais, 77 Togos (cu os games) educativos, 79 CCriagdo de joral (impresso ou online), 82 Levantamento de solugées de problemas, 84 5. Mapa mental, 91 6 Elaboragéo de mapas conceituais, 94 7 Cringao e compartithamento de um blog individual ou da surma, 97 88 C¥iagdo de livro (impresso ou digital) sobre um determinado tema ou assunto, 100 Sugestdes de livros sobre avaliagdo, 103, Apresentagao ‘Todas as manhis meu filho ¢ eu fazemos nossa orago ma: tinal no carro, enquanto esperames o motor esquentar 0 suf ciente para dar a partda. Fo a vez dle proferir a proce. Naquela ‘manha de segunda-feira as palavras de encerramento da oragio dele foram mais ou menos assim: “Que © Senhor me ajude a suportar a semana na escola”. Assim que ele terminou, ainda in ‘wigada, perguntel o que a escola precisava fazer para ser melhor € ele no precisar apenas “suporté-l", Ele disse que precisavam ‘oferecer aus de educagéo fisica todos os das e sugeriu que as cescolas ensinassem coists interessuntes para os alunos. Detalhe: cle estava com apenas seis anos! E 36 havia dois que ingressara na escola. E, Ela, a escola, jé se mostrava detestvell Na realidad, ela jé se mosteara assim no ano anterior, em um episédio que me insprou escrever o texto Eefanies cinzas, elefantes ross, que vost pode ler a final desta apresentayo.S6 que a gente parece ignorar alguns sais de que algo nova bem. ‘Comece a esbogar est livro enquanto eserevia 0 50 atinudes do professor de sucesso, isso hi mais de tr8s anos. Com o ritmo frenético de aulas, palestras, doutorado, divulgagdo dos meus ‘outros livros tempo para a fama, o projeto foi sendo adiado Axé aquela manhé da tal oragio. Fiquei refleindo que, se mew filho, que mal ingressou no primeiro ano do Ensino Fundamental, é softe com o mal-estar de uma educagio sem sentido, © que imaginar quando cle stra vessasse 0 vale sombrio das avaliagSes tradicionas, resumidas principalmente por provas e testes escrtos, questdes de milkipla excolha com *pegadinhas” e ranking de classifcagdo dos melho- res alunos com base nesses instrumentos! Aliés, nfo preciso esperar oito ou dez anos para vero resul- tado, Nossos alunos dos ensinos Fundamental e Médio ~ ¢ até ‘mesmo dos cursos superiores ~ j so mostra suficiente para verificarmos que essas avaliages no so 0 melhor caminho. Esses alunos esto hd anos ¢ anos se debatendo para sobreviver {cultura do “sempre foi assim” nas nossas escolas. Indico, a titulo de reflerf, que voc€ asssta ds apresentagdes e entrevistas com o Professor José Pacheco, ex-dretor de Escola da Fonte, em Portugal, nas quais ele sempre afirma categoricamente: Provas ‘io provam nadat ‘Ainda assim, 0 que geralmente vemos slo testes, trabalhos « provas que privlegiam apenas a memorizagio ¢ inteigéncias restrtas&lingustica el6gico-espacial, em detrimento das mal plas intelig2ncias,diversidade de aprendizagem e toda a gama de aprendizagem que o aluno traz consigo, ainda que empoeirada pelo desuso por tantos anos. ‘Avaliagéo muitas vezes€ bicho-paplo.Jé sabemos disso. Jus sara Hoffman, eos livros sobre a temética eu recamendo, jf de- ‘bateu bastante sobre os mitose desafios de uma avaliaglo no espa 0 escolar. Em seu lio Avaliagio: mito e desafio ela mostra que as metéforas escolhidas pelas pessoas ao pensarem nessa palavra cenvolvem personagens como drags, monstros de virias cabe~ sas, uilhotina tines escuros, labrints, carrascos etc. Segundo Hoffman, raramente a palavea 6 asociada a imagens positivas. (© proprio significado da palavea avaliaglo € assustador. Em ‘alguns dicionérios lemos que avaliagio significa o valor determi nado por quem avalia. Qu, ainda, a pritica de averiguar, verifi- ‘ar, comparar determinado objeto para the conferirdeterminado valor, Ou seja,o valor de quem produz algo € deixado de lado. 10 6 vale a palavra de quem esté avaiando. Isso pode até funcio- ‘nar para a avaiagio de imeiveis, de acordo com a lei de oferta € procura no mercado imobiiério de uma regio. Mas serd que ser avaliado na escola, ito 6, ter seu valor determinado por quem aval, pode realmente causar efeto positive? Como se sentir confortével se seu valor seré determinado por outra pessoa? Jé tive indmeros alunos intligentes que praticamente pass ‘vam mal nas semanas de provas e testes. & dificil ter de colocar ‘no papel tudo o que voe# sabe, embora nfo tenha certeza de que aguele pedsco de papel A4 conterd, de fato, as perguntas que voce sabe. Nao estou dizendo que o ato de avaliar sea algo ruim. No proprio texto bblco, por exemplo, diz que ao final de cada dia Deus avaliouo resultado de seu trabalho e viu que era bom. Nés, professores, precisamos avaliar constantemente o nosso traba- Iho, wagando metas ¢ alterando rotas para que possamos pro- agredir rumo aos objetivos propostos. Contudo, multas vezes, a nas escola é uma via de mio tinie. Avaliames 0 aluno, atribuimos notas de zero a dez ou conceitos de Aa E,rotulamos ‘0s meninos e meninas como intligentes,interessados, com dift- culdades,relexados ov coisas do género. E pronto! Muitas veres, a avaliagio dos alunos parece no focar em seus resultados para que se verifiquem medidas possfveis de se~ rem tomadas, Por diversas vezes a avaliagdo parece te 0 nico fim de rotular © préprio aliuno, como afirmel acima, Avaliagio se toma apenas ferramenta de medigio de valor. do alune. Em muitas escols, avaliago vita sinBnimo de testes e provas escri- tos. E sé! ‘Tenho uma conhecida que tirave nota 10 em todas as disci- plinas do Ensino Fundamental em sua época de estudante. Sew boletim era impecével,iretocével. la era a menina timida que quase nio fazia amigos, praticamente ndo abria a boea em sala " de aula, tinha seu caderno organizado e arrasava em todas as provas que recebia, enchendo seus professores de orgulho. Seu boletim foi, no entanto, completamente intl, Ela sabia respon dr as perguntas com respostas certas, tiradas de questionsrios feitos em vésperas de provas ou apenas aquelas prevsiveis, para ‘8s quais bastava ter uma certa faclidade de memorizagio. As provas da escola néo permitiam mais do que isso. Nio faziam conexio com a vida real, ncessidades Futura, no sugeriam so- luglo de problemas, nBo inclufam o pensamento crf tividade, 0 surgimento de novos produtos. A avaliagio, como sinda a vemos hoje em dia, limitava-se em despejar no papel o contesido passivamente assimilado durante as provas bimestais (O objetivo deste livro nfo ¢ entrar na questo crucial de uma avaliagio que sejainclusiva ov mediadora. Ou, ainda melhor, como Luckesi afirmou em seu livro Avaliagdo da aprendizagem ‘escolar, umm ato de amor. Este Hiro néo pretende ser te6rico so bre o assunto, Por isso, deixamos ao final algumas sugestbes de Jeitara para quem deseja se aprofundar sobre o tema, a fim de refletir€ mudar sua prétia, {A proposta deste livro & sugerir possiblidades miiplas de critérios e instrumentos avaiativos que explorem mais a cratv dade e proponham desa © problema. £ como o fazemos que preci 3s instigantes aos alunos. Avalar no & set repensado. Alguns verbos positvos podem estar relacionados ao verbo avaliae. Alguns sinGnimos ervolvem: apreciar, qualificar, cons: derar, imaginar, aqulatar, ponderar, conjecturar, cre, invest ‘gr, Avalar pode significa apreciar 0 mérto, a qualidade ‘Acho a palavta apreciar o méximo. Embora traga em seu bojo a ideia de aval nest lv, significa 0, como jd discutide anteriormente aqui ymbém prezar, dar aprego. Entéo,avaliar, inha opiniio, pode ser sindnimo de valor Portanto, neste livro, apresento sugestGes de trabalho, pro vas e testes que podem fazer com que as avaliagdes sejam nota 2 10. Significam uma proposta de saida de avaliagbestradicionais, jurdssicas, ds quas estamos tio habituados e que jé nos mostram hd anos que ado servem muito como medida de diagnSstico. Vitios professores dio uma prova escritajésabendo qual sero resultado de sua turma, Jésabem quem iré se sai bem e quem centrogaré a prova em branco. Entéo, para que aplicar provas, final de contas? [Em uma pesquisa que fiz para um outro lio, O professor criatvo, virias pessoas responderam que nenhum (ou quase nenhum) professor que tiveram na educagio bésica utilizou ‘qualquer método criativo de avaliago que passasse do tradi ional teipé teste-prova-trabatho escrito, Este timo, gera: mente em folhas de papel-almago, em que os alunos copiavam de livros. Agora, s6 imprimem direto de sites de busca. Ou ‘trabalhos em cartolinas, como cartazes; em alguns casos, ma quetes, $6! Parece lugar-comum dizer que estamos em uma nova era € {que novas formas de ensinar e aprender precisam ser explora~ das. Com a forca das Metodologias Ativas no pracesso de ens no-aprendizagem, & necessério pensarmos em como realmente ccolocar o aliuno no eentro do processo. Seus saberes precisam ser explorados em sua fotlidade, suas diversas inteligéncias e competencies, aproveitadas. © professor precisa repensar sua propria pritca e buscar por mudangas constantemente. & ne- cessétio que as avaliagSes nos ajudem a conhecer mais desse ‘aluno do que meramente sua letra em um pedago de pape, no qual fazemos perguntas muitas vezes cansados demas até mes mo para pensarmos sobre elas. Urge que a avaliago sefe sind imo de apreciaglo para todos. CCabe dizer que Avaliagdes mais criatvas tem por objetivo dar aquela agitada na sala de aula, no sentido de propor trabalhos 15 mais sigificativos e que proporcionem maiores possibilidades de engajamento ecriatvidade dos alunos. As atividadesestio dividi- das em trs categories, com o fim de auxiiar o professor a encon- trar as atvidades mais facilmente. Contudo, hi trabllhos classi- ficados em uma categoria que podem perfeitamente se encaixat «em outra, Busquei organizé-os em uma categoria predominate, Talvez no io de uma proposta inovadora o professor se depare com o caos, frusragio e mesmo inércia dos alunos. Mui- {os ndo esto habituados ater sua critividade desafiada ¢ con- vidads a participar das avaliagSes. Afinal, passaram anos sendo tratados apenas pelo aspecto cognitivo; muitas vezes nem isso, «quando simplesmente eram solcitados a marcar X ou aencontré -los nas quesiées de matemstica ‘ao desanime. Lembre-se de que um avidio despende mul to mais energia e combustivel nos instantes incias, antes de de avaliar, mas também como uma outra ferramenta de aprendi- zagem para o préprioaluno, 2 Painel Oqueé (© ppainel & um tipo de trabalho que pode ser bastante pro veitoso, mesmo entre os alunos da educagio bésica, Em um pa nel hi uma discussio informal entre pessoas selecionadas, ge- ralmente especialistas em um determinado assunto, ou mesmo pessoas interesadas ou afetadas pelo problema ou assunto abor dado no painel. O ideal & que haja pontos de vista conterios re- presentados,afim de proporcionar maior divrsidade ao debate, Esse tipo de trabalho permite « apresentagio de um tema de ‘uma forma mais ative e menos monétona. Afinal, os alunos que ‘no partciparem do painel podero assstr a uma discuss in formal entre os que paricipam do trabalho. Assim, isso desperta tum interesse maior nos alunos do que a mera aula exposiiva, (© painel pode funcionar com convidados externos e soi cita-se aos alunos que produzam um relatério, resumo ou al= «gum outro tipo de texto que retina as principas idias debatidas. Contudo, pode-se formar © painel com os préprios alunos da turma, especialmente a partir do Ensino Médio, A finalidade principal do painel& uxiliar os alunos a analisa- rem diversos pontos de um tema ou problema. Embora poss aj dar também a chogar a conclusbes ou até encontrar soluges para © problema debatido, esse nfo &o objetivo principal do painel ‘Como pode ser realizado Para organiza um pain! na prpria sala de aula, eu ema pode ser sugerdo pelo profesor ou escolhido pela turma. Em tevide,elegese um moderador ou coordenador do pain! a fim de que a tarfa sea organizada, ssa organizagio incl © tempo para cada aluno que participa do pxinl, bem como 0 tempo para perguntas da plata, Também determina of taato do pain! que pods nici com cadspatcipante fezendo uma breve exposigéo sobre seu ponto de vista acerca do assunto Ahordado ov préprio moderador inciando o trabalho por meio de uma pergunta geal que qualquer um dos membros conide- dos do pine poder responder. | Eimportnte destacar que, plo menos na sala deal, os fomponentcs que spesenero 0 pine podrao estar sentados lant da arma, organiza em forma de miniauditro, Esa or- sizaso facia aici do pane! como um debate, uma discus- to trand a impressio de ser uma aula expostna ou apresenta- ‘0 de rablho em grupo, mais comns er noses sas de sla Vale destacar que 0 moderador precisa apresentaro tema do Pinel e o objetivo de sua discussio; apresentar todos os mem= ‘bros do paine;explicar 0 funcionamento do trabalho, incluindo ‘8 duracio de tempo para apresentaglo de cada um ou do painel ‘completo eo periodo aberto para perguntas dos demais alunos necessétio destacar que a elaboragio de um painel & algo trabalhoso e a participagéo dos alunos é melhorada com o hé- bite de fazermos atvidades dessa natureza. Muitos de nossos ‘Alunos ainda assistem passivamente&s aulas, Poucos de nds es- timulamos o desenvolvimento de sua habilidade de expressio ‘oral. Por iss0, tlvez seja necessério demonstrar exemplos de painel, comegando com pequenos debates ¢ dando feebacks Constantes 20s alunos, a fim de que eles possam aprimorar suas apresentagies futuras. Além disso, conforme a maturidade dos participants, tendo em vista 0 cardter da diversidade que se pretende que haja nas liscussées,talvez valha a pena ressltar as regras de convivéncia ce de respeito&s opinides dstintas, Como avaliar ‘Uma sugestio para incentvar a maior partcipagio dos alu nos ¢ atrelar parte da nota as contribuigées individuas fetas durante os painéis dos demais grupos (Obviamente, © professor pode incluir como critéio de ava Tiago a profundidade das discussdes, de acordo com as expecta tivas relacionadas ao ano de escolaridade ou & idade dos alunos. Determinar com os proprios alunos os possivescrtérios ea propria pontuagio j6 abre espago para 0 didlogo e favorece que ‘0s alunos percebam a avaliagio como algo mais justo, 30 a 4 Simpésio PO que é © simp6sio, talvez um pouco mais simples do que © painel, 5) consisteem apresentagSes brevesfeitas por dversos alunos acer- 16a de diferentes aspectos de um mesmo tema ou problema, Como pode ser realizado |, Be pode ser resid em um mesmo di ow durante v- ios dat seguidos, quando cada aluno desenvolve un ponto do astuntesbordedo, Para relrar um sips narra o profesor deve atrbuir oe divers sapetoed ema os alunos on grapos. ntl, mar ca olimite de eno para cada expoioe orienta ot anos a respite debibliografiaepossbldades de etudosuilizando tinternet, fim de qe os ahnos post conhecer ou ¢a0- funder rns acerea do tot F importante deixar claros os limites dos trabalhos para que io haja repetigio de informagdes no dia da apresentagéo. (© professor pode moderar as apresentagdes, anunciendo 0 tema, apresentando os responsiveis pela exposiglo. E impor- tante que ele esclarega para os alunos que estardo na plateia que 0s expositores no devem ser interrompidos. Os demas alunos podem tomar notas, inclusive suas perguntas, para falas a0 final, quando for aberto 0 debate geral de todos os temas. r 5 Como avaliar Estudo de caso i As sugestées dadas para avaliagbes de semingrioe panel so | Stes para orienta o professor quanto ao estabelecimento de e séros de aaliagdo do simpésio, Oqueé Um estudo de caso consiste na apresentagio de uma si- 0 real ou ficticia para ser discutida em grupo. Pode resentado como uma descrigho, narracio, dilogo, drama zacHo, sequéncia fotogrética, filme, artigo jornalistico, entre _putras opgbes. © objetivo & que os alunos possam ter contato com a realida de, ainda que esteam em sala de aula, vste que nem sempre po= ‘demos levar os alunos para observagio da realidade em campo, | O estudo de caso € Gil porque pode ser utilizado para vrios objetivos,tais come motivar os alunos a pensarem possbilid des diversas de interpretago de um assunto, visto que 0 caso geralmente apresenta uma situagio verossimil de confit; de- senvoler capacidade de anélisee cientificidade: fixar contedidos | frabathados ou novos eoncsitos; participar em grupo no leva tamento de ideias e possvel resolugio de problemas; aprender tomar decisses. ‘As fontes para 8 construgdo de um estudo de caso das, A prépriaexperiéncia do professor e mesmo as experiéncias dos alunos podem constituirfonte riqussima para elaborar um estudo de caso. Além disto, pode-se aproveitarjornaise revista, impressos ou digits, 32 | Se Como fazer © passo a passe para aplicagdo de um estudo de caso na turma pode ser o sugerido abaixo, O professor pode fazer as adaptagées que julgar necessérias, de acordo com a realidade da (© professor prope & turma o estudo de um determinado caso, Em seguida pede que os alunos tomem conhecimento des- se caso, lendo as informagbes que o professor disponibilizar e buscando materias extras, onde for possfvelfazé-1o em um bre~ ve periodo de tempo. Convém esclarever aos alunos algo mui importante: © exerecio nfo visa a uma tnica solugo, uma res- posta certa, como muitas vezes acontece em uma prova escrit, AA proposta 6 analisar a dinfmica da situagio e sugerir solugbes lternativas variadas, Os alunos, durante a Ieturs, devem anotar os fatos que jul- ‘garom mais relevantes e escreverem perguntas ou divides que o caso possa suscitar AApSs 0 tempo determinado para a leitura¢ reflexio acerca do caso, o professor poderéiniciar a discussio em grupo ques- tionando os alunos sobre o que chamou a atenglo deles no caso cestudado. E necessério que o professor estejaatento para dar a palavra a todos os que a soliitarem. Durante esse tempo 0 pro- fessor pode intervir, comentar ot mesmo fazer novas pergunts, provocando mais reflexdes e possibilidades de respostas (ideal é que todos participem ativamente e que os conceitos ‘que no estejam claros possa ser elucidados. Além disso, eas0 ‘algum aluno mencione algum ponto mais complexo,o professor poderé sugerir que a turma se aprofunde na temétie, dividin do-a em grupos eatribuindo um ponto, assunto ou aspecto para ‘que esses grupos tenham tempo de debater 0 assunto, Nessa fase de leitura doestudo de caso, debate entre os grt os ¢ apresentagdo para a turma, com perguntas adicionais e 34 condugio de estudo pelo professor, convém que o docente nio ‘expresse sua opinifo. Ainda vivemos © modelo tradicional, no ual a resposta dada pelo professor & considerada a certa, En: to, 0s lunos podem ficarinibidos, achando que suas respostas esto erradas ou néo so tio boas assim, ‘Ao final do tempo estipulado para a discussio, o professor pode fazer um resumo do que foi debatido ou sugerir que os :prépris alunos o fagam, Como avaliar Ressalte que nio hi resposta certa ou errada na atvidade de estudo de caso. Contudo, &necessétio percaber se os alunos lancaram mio dos diversos contesdos possives sobre os quais © professor tenha trabalhado previamente, mas abrindo-se possi bilidade para que os alunos possum i alér, 38 6 Debate Oqueé Muitas vezes estamos bastante preocupados com a produ: so escrita dos alunos, com trabalhos impecdveis que demons- trem organizagdo, raciocinio, boa exposigao de argumentos, consolidagdo do contetdo estudado. Todavia, io mais raras as ‘oportunidades de os alunos se expressarem, fazerem propostas Dessa forma, © debate 6 ume forma de trabalho que pode complementar outrastécnicasinstrucionas efavorever ao aluno 1 construgéo do seu préprio conhecimento, premissa basica das teorias mais modernas de aprendizagem nas qua 0 aluno esta no centro desse process. Como pode ser realizado ‘Ao organizar um debate na sala de aula os alunos sio dis ppostos em efreul, de forma que todos possam se ver & ouvir. O professor assegura a todos os alunos a oportunidade de falar, cexpor suas ideas. E muito importante que o professor tenha o ‘manejo da turma para assegurar de volta a palavra, no caso de ‘comegar a haver monopslio da discussio ou divagagSes que fu jam a proposta do debate, ssa € uma tenica que exige planejamento prévio por parte dos alunos. Eles precisam saber como iré se desenvolver o batho e qual assunto seré foco do debate. Para isso o professor ever utilizar algumas aulas para mostrar videos de debates, ler com 0s alunos ou designar leturas, ou até mesmo orienté-los para essa atividade. ‘Como avaliar Avaliar um debate pode ser tarefa hereilea, principalmente se estamos mais preocupados com 0 processo da discusséo, & ‘qualidade das idcias compartihadas e com a partcipagio de um ‘maior nGmero de alunos. Contudo, 0 professor pode fazer pe {quenas anotagdes quando um aluno propuser alguma ideia fa- 2zer perguntas ou contribuir com uma informagio relevante para ‘0 debate do grupo. Além disso, os alunos podem ser orientados a tomar nota © fazer uma sintese do debate, com os pontos que consideraram rmsis importantes, para apresentarem ao final da ule i Grupos de oposigao Oqueé ssa € uma forma de trabalho bastante dtl, pois utiliza competigio de forma sada, evando os alunos a buscarem maior conhecimento ¢ aprofundamento nos assuntos estudados. Dessa rmaneits, toma-se uma das formas de fazer os alunos aprende- rem a aprender. Como podem ser realizados AA turma & dividida em dois grupos. Um desses grupos fica responsvel por defender uma ideia,apresentaraspoctos positvos ‘a vantagens, enquanto o outto tom a tarefa de atacar essa mes ‘ma idea, apresentar os pontos negativos ou suas desvantagens 0 professor deve onganizaro tempo para que haja dois mo: mentos distribuidos com a mesma duragio. Na primeira parte ‘0 grupo que apresenta a defesa fica responsive por fazer suas consideragSes. Em seguida, passa-se ao grupo que faré oataque ou as erticas, Cada grupo fala somente ne sua vez. Por isso, © professor deve serve de mediador ou convidar algum aluno que possa desempenhar bem esse papel, a fim de orientar e gular a discuss. Ao final, faz-se uma sintese ou fechamento de tudo 0 que foi debatido, Logicamente, esse € um trabalho que serd mais produtivo se (os grupos tiverem tempo de se organizarem ¢ prepararem suas consideragies (Uma adaptagio dessa ténica consiste em se formar um te. ceiro grupo, bem menor do que os dois que vio perticipar das apresentagdes antayOnicas, para que os alunos desse pequeno ‘grupo sejam os jurados, avaliando as apresentacées ¢, finda a ‘exposigdo de ambos os grupos, eles possam apresentar seu pos cionamento, argumentando ou justificando suas escolhas. Como avaliar Conferir se os grupos cumpriram com seus papéis de defesa e oposigéo e se utilizaram bons argumentos em suas apresentagées. 3a 8 Discussao em classe Hé pouco tempo publique! alguns artigos no meu perfil do Linkedin questionando sobre quando foi que paramos de fazer perguntas. Parece que muitos de nés perdemos « hablidade que as crianges tém de fazer perguntas. Uma crianga de dois anos chega a fazer cerca de 500 perguntas por dia. E, pensando nas criangas, que perguntas elas fazem! Profundas, auténtices,refle- -ivas e observadoras, suas perguntas podem ser desde 0 porque de 0 céu ser azul a como nascem os bebés; se tesoura é mulher do tesouro até 0 motivo pelo qual a lua “anda” com a gente [Nés adultos nos acostumamos a respostas prontas, padroni zadas; portato, com perguntas mais quadradinhas. Os adultos ‘© as escolas parecem no ajudar muito. E as eriangas ouvem sempre a mesma resposta as suas mil e uma perguntas: “Para de Perguntar tanto, melequel” Ou, ainda: “Voo8 pergunta demas. ‘Vo se fica quicto! Isso nio ¢ asunto deste bimestre, Fique quieto ce presteatengio na aula, Silencio!” E ai, pouco a pouco, ano a ano, em casa ¢ na escola, as criangas vio desaprendendo a fazer perguntas. Essa, tio neces sirias ao desenvolvimento da curiosidade, imaginagloe cratv ade, fcam esquecidas, enfereujadss, proibidas Voltaire jd dizia que um homem deve ser julgado mais pelas suas perguntas do que por suas respostas. Atualmente parece respostasdisponiveis. Nossos alunos podem en- contré-las facilmente na interne, inclusive com perguntas que que hi muita sugeridas com a inteligéncia artificial dos mecenismos de Entretanto, de que forma eles mesmos esto eriando suas fperguntas? Oqueé E, de certa forma, o que sio os debates sen wma forma de perguntar mais acerca de um determinado assunto? Assim, 2 {ein absixo & sobre como conduzit uma diseussio, que também fpoderd servir como um momento avaliativo; seja percebendo a participasdo e contribuigées de todos, sea observando a qual dade das perguntas apresentadas. Como pode ser realizada ‘A seguir, listo cinco sugestéespréticas para incentivare pro: mover mais discuss6es em sala de aula 1) A maioria dos livros didéticos traz penguntas prontas para ‘0s alunos responderem. Que tal subverter a ordem e pedir que os ‘lunos criem suas perguntas a partir de um determinado texto? (Ou solicitar uma a duas perguntas adicionas, preferencialmente perguntas cujas respostasexijam mais pesquiss, e nfo apenas © *eopiar ¢ colar” do texto lio. 2) No inicio de sua aula apresente o tema ou tépico do dia, antes de qualquer leitura, video ou outro material didético apresentado, pesa que os alunos fagam perguntas acerea do que gostariam de saber sobre aqueleassunto. Para facilitar, pode-se levar uma caixa, na qual os alunos depositam as perguntas em tiras de papel, anonimamente. 53) Acostume os alunos a responderem a perguntas que indu ‘tam a reflexdo, Perguntas abertas e que devam ser respondidas ‘sem consulta ao livo, para “encontrar” a resposta, costumam ser eficazes. Além disso, sendo expostos a perguntas desse tipo, 4“ cles podem internalizar como criar suas prSprias perguntas mais sbertas, abrangentes e que demonstrem reflex. Exemplos dess tipo de perguntas: “O que significa (deter- minada palavra ou conccito) na sua opiniéo?* "De que forma este objeto [assunto, tema, fexto ote] 6 semelhante ao que ‘mos aprendendo?” "Quai sio os pontos semelhantes?” “O que 6 diferente?" "Como veeés definiriam [determinado assunto]? Esteja aberto a todas as respostas, buscando mostrar ine esse ¢ respeito pelas contribuigSes dos alunos. Muitos deixam de participar na turma para nio serem alvo de chacotas. Assim, ‘mesmo as respostas incorretas devem ser apreciadas. O profes- sor habilidoso buscaré construir conceitos com base no que os alunos trazem. 4) Dar oportunidades de os alunos criarem perguntas para ‘questionstios de estudo, os qusis podem ser compartthados por todos os alunos. Essa tarefa pode ser feita em uma folha de papel, manuscrita, ov o professor pode solicitar que os alunos ‘tiem um documento ou questionério colaboraivo, utilizando fecramentas digitais como, por exemplo, o Google Drive. 5) Sempre que possivel,favorecer que a discusso sea guia- dda a partir dos questionamentos dos alunos, abrindo espago para que eles verbalizem suas perguntas. E importante que eles ‘ougam suas préprias perguntas, saibam esperar a sua vez para falar, reftam no que estio questionando e sejam ouvidos em sala de aul, ‘Como avaliar A participagio ativa dos alunos & 0 ponto crucial para a ava ssdo da discussio, seja respondendo ou mesmo criando per- _guntas oralmente ou por escrito 2 a eteome 9 Elaboracao de glossdrios Oqueé [Em geral, um glossério é simplesmente um lista em ordem, alfabética de termos de uma dada drea do saber, contendo, 20 lado, a definigio desses termos. Ele contém explicagSes de con- ceitos, terminologias,palavras no usuais no cotidiano de das as pessoas por, muitas vezes, restringirem-se a determinado ‘campo. Ha também os glossrios bilingues, configurados como ‘uma lista de termos em uma lingua e suas definigSes ou sinéni- mos em out lingua Muitas vezes nossa disciplina 6 replta de termos incomuns ‘no dia a dia dos alunos, o que pode dificultar sua aprendizagem. [Alguns livros didéticos apresentam um glossrio 2 final de cada ‘unidade, mas podomos tornar mais interessante se ot préprios alunos eriarem os glossérios. Primeiro, porque essa tarefe vai exigir uma partcipagio mais atenta e ativa. Segundo, porque cles vo sentir que estio construindo algo significant Como pode ser realizada Os trabalhos podem ser entregues digitalmente ou por es crito, De qualquer forma, € sempre interessante deixé-los dis- ‘is para todos os alunos. Melhor ainda se houver pos i sibilidade de personalizagio com a criagéo de desenhos para ilustrar cada termo, Geralent, for soitadotablh em grupo, fo ue 10 o trabalho sj eo em ambientes como 0 Google Drive, nos dou hisio de oda ax atualzagese conti ets wo igitai: i trabalho. Alem disso, o compartihamente da informasie fea (digitais ou online) ||, quais os alunos podem eserever deforma mais colaborativa, en: | Criagao de pésteres muito mais fil Como avaliar | Acuidade e extensio da lista apresentada slo dois dos poss a wis citévios de avalagao. Dé adeus Aqueles cartazes de ci letras no muito apresentiveis, com textos imensose figuras pe ‘quenas. Muitas vezes visitelescolase observel atentamente seus ‘murais. Com excegéo dos murais organizados pelos préprios ' professores ou equipe pedag6gica, os demaistrabalhos afixados ‘geralmente eram sofrivei fe, et pric hie, sugo que opofnor exe | o que um per ou memo um ear, dando orenapes de ‘como fazé-los. £ bom que explique o que é um poster académico toqueve coer ver nee Se forum carta ttn deve dra parace objetvor do gtero, gual pec er infrmasio visual frevonderns scompenheda tency que pont ser ior de lone equ cate eaten dolor, ‘Nocasodo bse cefic, no qual bastante texto esto, os lioness Soe estar hrmonlosmente er rts OO rister deve coer mage, pice o desenhos gue con tuum pers prema dos ead de pesquta rela ‘Como pode ser realizada © pester pode ser feito em arquivo de texto como © Word ‘ou em apresentagSes como o PowerPoint. Em seguid, pode-se ‘optar por uma gréfica para que imprima em lonas préprias ou fem papel AS ou A2, a fim de faclitar a letura, pelo menos @ um metro de distincia Esses trabalhos também podem ser disponiblizados digital mente, utlizando ferramentas do Google Drive para apresenta- g6es ou do SlideShare, Além disso, 6 possivel a eriaglo de pAsteres em formatos descolados para os adolescentes, utilizando-se o Glogster, que 6 uma plataforma que permite aos usurios eriarem péste- res virtua interativos, incluindo videos, misca, sons, imagens, texto, anexos de dados, efeitos especsis, animagdese links. Os slunos gostam muito dessa modalidade, por poderem personal zar suas ctiagdes ¢ compartilharem com colegas. Escalhendo a apresentagio de um péster digital, como 0 Glogster, por exemplo, 0 professor pode optar que as apresenta Bes acontegam também virtualmente, de forma que todos com- partthem os links de seus pOsteres uns com os outros, ou pode marcar um momento na propria escola para que as apresenta «Ges sejam fetas na sala de video ou mesmo na sala de aula, se 8 escola dispuser de equipamento mulimidia Como avaliar Pésteres académicos ou cientificos tém a peculiaridade de precisarem ser mais abjetivos e conterem mais informagdes im. 1 a distribuigdo dessas pressas. Entio, © professor pode aval informagées, a formatagéo do péster, tamanho da Fonte, recorte da pesquisa e exposigio oral do trabalho. ‘Contudo, pisteres diversos, como aquelesfeitos online, wt lizando 0 Glogster, por exempl, permitem maior criativdade, « 0s critérios de avaliagio podem inclit a esttica do trabalho, a criatvidade na escolha dos componentes do péster, a utlzagio de recursos e midias diversas, como musica filme, imagem, tex toe, logicamente, a apresentagio oral do trabalho. 46 11 Apresentagao de resenhas de livros e filmes Oqueé Se voct & como a maioria dos letores, i concordar que & ‘bem melhor lero lio primeiro para poder comparar o que ima ‘nou com a adsptagio da obra feta para a tlona, Aliés, ato de er € menos passivo, na minha opinifo, porque durante a letura temos de ativar nossa imaginagio, reeriando a histéria em nossas mentes. No cinema, i esté tudo Is. As ima ‘ens e intopretagdes so praticamente todas dadas. A adaptagio para linguagem cinematog interpretagio de outro, Por isso, voto pela letra do livro antes de assistir a filme ca jd carrega em si um pouco da Entretanto, convém frisar que nem sempre nossos alunos seguem esse percurso, Na maiora das vezes, quando eles dizer ‘gostar de determinado livro, significa que eles apenas asisiram 420s filme, nio que realmente leram a obra, ‘Ainda assim, podemos fazer com que eles tenham uma pos- tura mais ativa e ertica, seja lendo os livros ou assstindo a filmes. Uma ideia para isso acontecer & solicitarmos que eles produzam resenhas, escritas ou, acompanhando a tendéncia ‘em videos, Mas, afinal de contas, 0 que é uma resenha? Como estamos nos referindo a resenhas de filmes e livros, ‘sentido de resenha nesta seglo refere-se @ um texto opinativo, ‘no qual quem opina comentae avalia olivro ou o filme analisa- do. Como é um texto de informacdo, objtiva-se, primariamente, apresentar outro texto que seja desconhecido do letor. Como o género resenha pode ser novo para eles, convém que primeiramente trabalhemos o gnero em sala, lendo rese- mnhas e assistindo a resenhas em videos. Além disso, € bom que cles recebam um roteiro a ser seguido ou, pelo menos, os pontos aque devem ser avaliados na obra, para que escrevam suas rese- ‘has ou organizer suas falas para o vdeo, £ interessante percebermos o crescimento deles como ctti= 608 a0 fazerem esse exercico, A atvidade de assistir a um video ‘ou ler um liv gonhar significado se eles precsarem ter um ‘olhar mais atento, manifestarem suas opinides, argumentarem © sustentarem seu ponto de vista Como pode ser realizada Apds a apresentagio do género, caso cle soja desconhecide os alunos, professor pode sugerir que eles escolham um filme ou livro para que escrevam as resenhas ou, ainda, © professor pode determinar que o livre que estiver sendo trabalhado pela turma seja objeto de suas resenhas Além disso, o professor pode restringir o espago do texto em caracteres ou nimero de lias digitadas, Como avaliar Sugere-se queo professor percebe se os alunos esto cientes dos elementos que constituem uma resenha, bem como se con seguiram primeiramente informar © leitor acerea da obra, para 12 Relatério de viagens ou passeios Oqueé “Muitas vezes promoveros passcios ou pequenas viagens com alunos, organizamos experiéncias memordves, mas no aval ‘mos percepgio desses alunos nas atividades propostase, prin palmente, o que de fato aprenderam depois de todo esse esforgo ‘Aqui ndo estamos considerando relat6rio com o objetivo dere Portar resultados de uma pesquisa ou experimento, por exemplo ‘Tampouco no sentido de um trabalho académico mais eleborado ‘Vamos nos referit a relatério nesta segio & redasio de um texto em que o aluno desereve em detalhes sua viagem ou pas Scio, enfatizando itens que tenham a ver com o objetivo de apren- dizagem determinado. Ass ‘eserever os pontos principais etecer comentarios que sejam relevantes,vsando res ponder as perguntas bésicas em relagio 3 viagem ou passe: © que foi feito, quem participou, onde ¢ quando foi realizado, como e por que aconteceu a atividade. Destaque maior sera dado & redagio do que foi aproendido em virtude desse evento, ‘Como pode ser realizado Podemos orienté-os a fazer relatérios breves em que sin tetizem suas vi ncias principals. Esse relasrio pode ter virios formatos, desde um texto escrito até a integragio de recursos hipermidiéticos,ineluindo fotos e videos em um blog. (© professor deve verificar que recursos os alunos tém a sua Aisposigdo para solcitar o relatério que seja mais adequado & realidade de suas turmas. Para exemplifcar, pensemos em uma visita a um museu, Um dos possiveisrotezos pode incliritens como: +O que vi. + 0 que aprendi + 0 que achei mais interessante + Por que essa exposigofoi/no fo! importante para mim. + 0 que eu no entendi + Quero saber mais, + Nao curt Os alunos podem apenas escrever ou, preferencialmente, juntar imagens, quando for possivel, e mesmo pequenos videos. (© trabalho pode ser apresentado utilizando-se recursos digitais como © Google Slides, Pre, Slideshare ou PewToon, Como ava © professor devers determinar 0 objetivo do passeio ou via~ ‘gem da turma,estabelecendo as orientagées gerais do que espe ra que © relatéro contemple. Assim, além de uma bos escria, © foco da avaliagio recaird sobre a observagio quento a esses critérios preestabelecidos, de forma que orelatrio contemple as informagbes principals 50 13 Alunos monitores Oques [A maior parte de nossas salas de aula € bastante numeross, Algumas vezes temos apenas dois tempos semanais com nostos alunos, dependendo da matéria que lesionamos, e nfo consegui ‘mos orientar todos eles ‘Que tal “promover” alguns alunos como monitores? Quase sempre hi alunos que se destacam em nossa aula, erminando \do entediados com a a atividades antes que os demais e fc espera de outros colegas, Essa é uma boa oportunidade para se multplicat Como pode ser realizado Os alunos monitores podem ficar responsiveis por peque ‘os grupos tiando divides, explicando, checando o desenvel- vimento das tareias,facltando nossas vidas e aprendendo ainda mais enquanto ensinam, Como avaliar Dependendo da escola, vocé pode incluir esa atvidade de monitoria na avaliagéo aitudinal ou, pereebendo o empenho & setiedade com que os alunos cumprem seu papel come monito: 85, pode isent-los de algum teste ou trabalho. | | | 14 Cola na prova Oqueé A primeira vista pode causarespanto que eu esteja aqui in cemtvundo a cola na prove. Mas, pense bem: colar pode ser uma forma de rever 0 contetdo,refescar a meméria,gjudar a lem ‘ar alguns pontes. Eno, que tal na sua préxima prova, depois dos primeiros dee ou quinze minutos iniciais, voe8 surpreender a sua turma dizendo que dard dex minutos para os alunos colarem? Eles fi cardolouzos com a idea Como pode ser realizada Hi varias possibilidades dessa “cola” na prova. O professor pode sugerir que os alunos ter os dex minutos concedidos para consultar seus cadernos ou livros. Ou o professor pode sugerit que poderdo soictar a apenas um colega a resposta de uma das Perguntas da prova. Outra sugestio & fazer a troca de provas om o colega que esteja sentado ao lado ou & frente. CCreio que jé dew para perccher que o objetivo desconteuir ‘idea de prova como algo muito, muito sério. E possfvel u esse instrumento como forma de momento de rellexio acerea do {que no foi totalmente apreendido ¢, principelmente, por que tum determinado ponto da matéria caiu em esquecimento mais facilmente. E, melhor, é possvel nio levar assim tio a sério esse instrumento em alguns momentos também, @ nfo ser que seit realmente imprescindel Como avaliar Essa avalagéo € fi, basta utilizar o g 53 15: Criando o teste Oqueé ‘Uma possibildade de avaliaros alunos &solictando que cles rmesmos eriem as perguntas para o préximo teste. Iso pode ser feito individualmente ov em pequenos grupos, com as questées escrtas em um folha de papel ou por meio de formulérios cia dos no Google Drive, por exemplo. ‘Como pode ser realizado © professor pode dar alguns modelos de questées, tanto bjetivas como discursivas,afim de que os alunos possam variar na forma de perguntar. Além disso, pode pedir que ces criem os gabatitos dos testes elaborados por eles. ‘Quando os alunos elaboram as perguntas precisam rever 0 material, analisar o que eles mesmos compreenderam dos assum tos tratados em aula ¢ organizar seus conhecimentos pata que ppossam eri boas questdes. Como avaliar Pode-se aproveitar algumas questdes dos alunos para pré imo teste ou mesmo utilizar as perguntas para algum jogo em sala de aula, Ou ainda, 0 professor pode decidir simplesmente fazer da prépriaatvidede uma forme de avaliar os alunos, valo- rzando as questBes que enfatizem a capacidade de correlacionar (0s conhecimentos adguiidos, ao inv6s de focarem priortaria ‘mente na memorizagao do conteddo, 0 professor também pode fazer com que os grupos fasam 0 teste de outro grupe e avaliem o grau de dificuldade das ques- tes propostas. Desafios 1 Entrevista com especialistas © queé Seja qual for a disciplina, uma sugestio de atividade € os alunos ultrapassarem os muros da escola ¢ conhecerem autos pontos de vista de profissionaisvariados. Essa atvidade pode servir desde os propdsitos de se conhe: cer ese aprofundar mais @respeito de uma determinada profs so a buscar conhecimento especializado sobre um assunto que a turma estejaestudando. As entrevistas podem ser utilizadas para os alunos levanta- rem as hist6riasorais de uma localidade, conhecerem o percurso dde um empreendedor da regio, compararem miiiplas possbili- dades dentro de sua propria comunidade, entre insimeras outras possibilidades ‘Como pode ser realizada CCertamente € uma atividade trabalhosa, a comegat pela defi nig dos objetivos das entrevista, organizage de roteiro prévio e levantamento de quem poderd ser entrevistado, até a escotha o formato da apresentacio final, seja por meio da transcrigio a entrevista ou sua publicagéo em arquivo de vor ou video sea em sua integra ou eitada,

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