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folate SN ae) SINDIGAL InfoprmeDESIN Ys ESTADAO.COM.BR Para ministros do TST, pontos da | contrato novo trabalhista s6 valem em Na interpretacao de uma comisséo do Tribunal Supertor do Trabalho, a fegislagao que entrou em vigor em novembro do ano passado néo pode retirar direitos adquiridos Fernando Nakagawa, O Estado de 8.Paulo BRASILIA - Uma comissao de ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) avalia que alguns pontes da reforma trabalhista, em vigor desde o dia 11 de novembro, valem apenas para novos contratos de emprego. O patecer, que ainda ser votado no plenario do Triounal, é contrario ao entendimento do governo, que defende a mudanga para todos os trabalhadores. Os ministros arqumentam que areforma nao pode tetirar direitos adquiridos. Entre os pontos que, na interpretacdo deles, devem valer apenas para cortratos novos ou repactuados a partir do dia 11 de novembro, esto: o fim do pagamento pelo tempo de deslocamento entre a casa e a empresa; e a proibicéo de incorporar gratificagoes e didrias de viagem ao salério O parecer faz parte da proposta de reviséo de 34 stimulas do Tribunal. As simulas sao interpretagdes sobre temas especticos, que sefvem para uniformizar 0 entendimento dos juizes. O Estadao/Broadcastobieve parte da proposla elaboreda pela Comissio de Jurisprudéncia do TST, onde foram sugeridas mudangas em oito stimulas. O projeto ja foi distribuido aos 28 ministros da Casa, que comegarao a discutir o texto no dia 6 de fevereiro. ‘A proposta obtida pela reportagem defende que o Tribunal deve aplicar a nova lei trabalhista apenas em contiaios assinados apés o dia 11 de novembro, em procossos relacionados ao desiocamento entre a casa e 0 trabalho, as gratificagdes e as didrias de férias incorporadas ao salario. Se o contreto for anterior a nova lei, fica aberla a possibilidade para que o funcionario cobro da empresa na Justica. O mesmo vale para a Tegra que permite a um nao empregado representar a empresa na Justiga, o chamado ‘preposto”, s6 vale nas aces ajuizadas apos 11 de novempro. Composta por tiés ministros, a Comissao argumenta que a reforma deve ser aplicada imeciatamente “desde que nao afete 0 dreito adquirido do empregado ou do empregador”. Informe Desin # uma pubiieagie do Departamento Sirdieal da Feéeracan dasindlstces do Estado cle Sia Fatd -Fiess Ih. Paullsa, 313-5 anela | comontitior © sugactoes: cacindMiesp ore. FIESP4 Ee lnole sete A interpretagao 6 que ha "direito adquirido dos atuais empregades" pela ‘sistemdtica da lei velha” pata casos em que a Nova legislagao pode suprimir beneticios previstos em contrat anterior A mudanga. Para valel, esse entendimento precisa da aprovagéio de 18 minisiros — dois tergos do plenario. Smulas do TST nao tém efeito vinculante como em alguns casos do Supremo Tribunal Federal (STF). Ou seja, nao obriga as demais instancias a adotar o entencimento © mundo juridico, porém, encara uma simula como um posicionamento secimentado & que, por isso, influencia parte dos juizes. Polémica.O ertendimento proposto pelo TST é oposto ao dofondido polo governo. Procurado, © Ministério do Trabalho reatirmou que a reforma vale para todos os contratos e cita como argumento a Medica Provisoria 808. Assinaco em novembre, o texto afirma que a reforma “se aplica, na integralidade, aos contratos de trabalho vigentes”. “Ou soja, vale tanto para os novos contratos, quanto para os que [a estavam vigentes”, defende o Ministerio. Em anélise ie mi Parecer de com Proposta de revisdo das stimulas do Tribunal Superior do Trabatho (TST) TEMA Se eee Pie PROPOSTA E : DUES NOTST Desiocamento Querdo oterscido pels Fim de qualquer pagemento, 5 pars contratos eotrebeihe empress, odesiocaments —_porguedeslacamentenéoé pds II de pojeria ser consiverado parted jorneda pavernbro de 2017 pare compor osalanio Querdo superasserm 50%: Fim da ineorporagéo ao ‘$5 para contrates dosalario, poderiam ser _—salério de disrias que superem —2pd3 Ide incorsoradas @rermunerscéo 50% daremuneracéo overnbro de 2087 GratifioagBo Se permanecessem Fim da incorporagao ao salario S4 para contratos pormisis de 10cnos, ered gratificag&orecebida por apd Ii de acrescentatia aa saldrio-bese_meis de 10 anos novembro de 2037 Preposto Sofuncionarios poderiam Companhia pode ser Sé para agies representarasempresas representadana Justice do aizadias anos 11 de em processes juciciais Trabalho por un néo empregado Novembro de 2027 Fonve: Proocre cere sles nertosin aR pent Informe Resin &urra publicag2e do Depsriamante Sindical da ederagzo das ndtstriae do Fstaclo de S30 Paulo -Fiesp du, Pauiets, 1313-5" andar camentiriae esugesines:cassind@iesp.orgb1 Ela InfonmeDESIN Empregadores também criticaram o entencimento. A gerente execuliva de relagdes do trabalho da CNI, Sylvia Lorena, avalia que 0 texto “no parece no caminho do principio da propria Lei’. “Seria mais adequado verificar quais stmulas nao estéo em consoréncia com a Lei e cancelé-las”, diz J& os sindicalistas defenderam 0 documento. O representante escolhido pela Forga Sindical para participar da sessao do TST, o advogado César Augusto de Mello, diz que 0 texto mostra que o Tribunal “abracou a reforma, mas a partir do Inicio da vigencia’. “A proposta delimita 0 elcance da refarma e dexa claro que quem tinha o direito nao perdera”, ciz. O presidente da comissao de dire'to empresatial do trabalho da OAB/SP, Horario Conde, diz que 0 texto pode ser uma corregao de rumo apds 0 debate considerado “rapido e simplista” no Congresso. Diante da alual formagao do TST, Conde avalia que @ eprovagao dos textos parece ser o caminho mais provavel. "Havera resisténcia para tudo que retirar direitos.” (Fonte: Estado de SP —09/01/2018) Informe Desin é uma publicagin de Departamento Sindical daFederagén das invistrias do Estado cle Séo Paulo Fes Iv. Paulista, 1313-6 anlar |comentarin: esugesiber cacsindStis ore br

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