DARLAN BARROSO
MARCO ANTONIO ARAUJO JUNIOR
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PRATICA
FORENSE
ANA CAROLINA VICTALINO
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DARLAN BARROSO
ENKI PIMENTA 3* EDIGAO
VANDERLEI GARCIA 2022
PRATICA
CIVIL
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eRe) So eeInterpretando o problema: quando ser
processual?
1. Quem é& O examinando devera identificar a pessoa que
meu sera autora na peticao inicial, geralmente
cliente? aparece no enunciado “como advogado de...”,
portanto, este é o seu cliente.
2. Qual a Nao ha fase processual iniciada. O enunciado
fase trara informagées sobre a problematica, exceto
em situagées especificas, como embargos de
terceiro em que o ato constritivo decorre de outro
processo.
3.0 que
ele deseja?
A peticao inicial visa assegurar os direitos do seu
cliente que foram ou estdo sendo violados pela
parte contraria.2. Qual o nome que deve constar no
preambulo da peticgao inicial para indicar a
acgao?”
Identificada a necessidade de propositura de
peticao inicial, surge a seguinte duvida: qual o
nome que deve constar no preambulo da
peticao inicial para indicar a agao?
Esse é 0 tema mais tormentoso e de grande
controvérsia na pratica civil. Sem duvida, a
confusao é fruto de muitas invengées, mitos e
tradigdes da pratica forense, cujos habitos
foram criados independentemente da técnica
processual.
Ao elaborar a petigao inicial, nado obstante o
art. 319 nao determinar isso de forma expressa,
sabemos que é€ dever do autor (por meio da
técnica de seu advogado) indicar a agao que
esta promovendo, bem como o rito que deseja
ser seguido para a pratica dos atos processuaisdentro da relacao que se estabelece perante o
Estado-juiz para a solugao de uma lide.
Historicamente, durante muito tempo, o
processo civil era visto como parte do direito
material.
Na verdade, o direito de agao era uma
consequéncia da existéncia de um direito
material.
Como sabemos, a escola classica (ou
imanentista) — que perdurou por muitos séculos
— considerava a ac¢ao como uma qualidade do
direito material. A existéncia de um direito
material gerava uma agao, sendo difundida a
ideia de que “nao ha direito sem agao”.
Por tal razao, originariamente, os nomes das
acgées continham relacao direta com o nome do
direito material litigioso: “agao de indenizacao”,
“acgao de cobranga”, “agao de dano infecto”,
“agao pauliana’, “agao anulatdria’, “acao
reivindicatoria’” etc.No entanto, ha muito tempo a teoria
imanentista esta superada e, além disso, o
direito processual € considerado como ciéncia
auténoma do direito civil.
O direito de agao é definido pela doutrina
como “auténomo” e “abstrato”, ressaltando
ser “conquista definitiva da ciéncia processual o
reconhecimento da autonomia do direito de
agao, a qual se desprende por completo do
direito subjetivo material”.
Essa ldgica ja era empregada pelo Codigo
de Processo Civil de 1973, que estabelecia a
existéncia de trés tipos de acgdes: a)
conhecimento; b) execucao; c) cautelar. No
CPC de 2015 as agées de conhecimento e
execugdo foram mantidas, sendo a antiga
agao cautelar considerada como um incidente
das outras duas, como modalidade de tutela
provisoria (incidental ou antecedente).
De fato, o nome da agao tem fundamento na
legislagdo processual (CPC e _legislagaoextravagante), sem fundamento técnico para os
antigos nomes decorrentes da pratica civil que
vincula a agao ao direito material.
A confusao historica e pratica é tao grande a
ponto de serem criados diversos nomes para as
agdes, as vezes, considerando o pedido
(declaratério, condenatdrio ou constitutivo), a
natureza do direito (pessoal ou real), ou mesmo
especificando no preambulo da agao as
especificagées daquilo que pretende o autor
como efeito pratico da tutela requerida.
Na pratica ێ comum percebermos inicial com
nomes como: “vem propor ACAO DE
INDENIZACAO POR DANOS~ MORAIS,
CUMULADA COM INDENIZACAO POR
DANOS MATERIAIS E LUCROS
CESSANTES... e outras coisas”. Na verdade,
trata-se de simples processo de conhecimento
pelo rito comum, com a __ indicagao
desnecessaria no preambulo da_ pecaprocessual daquilo que o autor deseja no
pedido.
E comum que os profissionais tragam para o
preambulo da agao o detalhamento do pedido,
como se aquilo, de fato e tecnicamente, fosse
um nome de agao.
Temos que separar a técnica (aquilo que
contém fundamento na ciéncia — no caso, no
processo civil) de coisas que sao inventadas na
pratica e sem base teorica.
O processo civil moderno trata isso de forma
muito mais simples (e as pessoas tentam
complicar).
Existem duas modalidades de processo:
a) Conhecimento - com a finalidade de
obter provimento jurisdicional de mérito (titulo
executivo judicial — art. 487 do CPC);
b) Execugdo — busca a satisfagao de uma
obriga¢ao contida em titulo executivo.Cada processo, por sua vez, possui ritos
proprios (regras que estabelecem as
sequéncias ldgicas e cronoldgicas para a
pratica de atos processuais). A maior confusao
de nomes para as agdes esta no processo de
conhecimento.
Atualmente, pode seguir por procedimentos
especiais ou, na auséncia de rito especifico,
pelo procedimento comum (art. 318 do CPC).
Os procedimentos especiais — previstos no
CPC entre os arts. 539 e 770, bem como na
legislagdo extravagante — foram criados pelo
legislador com a finalidade de solucionar lides
especificas (a sequéncia dos atos processuais
foi desenvolvida de forma a permitir maior
eficiéncia na solugao de lides determinadas).
Por exemplo, a protegao da posse recebeu do
legislador um caminho processual especifico
para a obtengao de tutelas que visem a
reintegracao, manutengao ou interdito
proibitério.Os procedimentos especiais sa4o nominados
pela lei. Portanto, na pratica, basta a
indicagao no nome da agao daquilo previsto
na lei como o procedimento.
O maior problema surge no rito comum: que
nao tem nome para as agées. Assim, na pratica,
os profissionais criam os nomes para os
preambulos das pegas iniciais tomando por
base o objeto da causa.
Essa “invengao” de nome é desnecessaria
(nem se diga que também é desvinculada da
técnica). Nesses casos, para o procedimento
comum, bastaria que o autor indicasse: “vem,
por seu advogado, propor AGAO DE
CONHECIMENTO PELO PROCEDIMENTO
COMUM” ou _ simplesmente ACAO PELO
PROCEDIMENTO COMUM (que deixa implicito
tratar-se de conhecimento).
O nome da agao tem relevancia no
preambulo apenas para que o magistrado,
desde logo, saiba definir o proximo passo atomar em relagao ao curso procedimental. Nada
muda para o juizo de admissibilidade da inicial
constar em seu preambulo se o pedido da
causa € cobranc¢a ou indenizagao.
Interessa ao juiz saber de plano se a acao é
de conhecimento ou execugao, bem como 0 rito
escolhido pelo autor, com a finalidade de
determinar que o réu (ou executado) seja citado
para a pratica das especificidades do
procedimento. Nomes que nao existem
tecnicamente foram sendo criados na pratica:
“acao ordinaria’, “agao de indenizagao”, “agao
anulatoria” etc. (o pedido ou o rito foram
considerados como nomes paras as acées),
sem utilidade para 0 curso da agao.
Atualmente, a pratica faz 0 mais complexo
(inventando nomes para as agées), enquanto a
processualistica busca a simplificagdo para a
garantia da eficiéncia na oferta da tutela
jurisdicional. | Inadmissivel imaginar que
magistrados determinam o aditamento de umainicial para constar 0 nome da agao correto,
simplesmente para distinguir cobranga de
indenizagao, ou obrigagao de entrega de coisa
e obrigagao de dar, ou coisas semelhantes.
Nada disso tem fundamento na_ técnica
processual.
Precisamos olhar a pratica com mais técnica
e evitar a institucionalizagado de solenidades
inuteis e que nao geram resultado na busca de
um processo civil destinado a resolucao
eficiente dos conflitos.
Portanto, sugerimos que sejam utilizados os
seguintes nomes no preambulo da_ peticao
inicial:
PROCEDIMENTO AGAO DE CONHECIMENTO PELO
COMUM PROCEDIMENTO COMUM ou
simplesmente AGAO PELO
PROCEDIMENTO COMUM
PROCEDIMENTO AGAO DE CONSIGNAGAO EM
ESPECIAL OU PAGAMENTO (art. 539 do CPC)
LEGISLACAO AGAO DE EXIGIR CONTAS (art. 550
EXTRAVAGANTE do CPC)O nome determinado | AGAO DE REINTEGRAGAO DE
na legislagao POSSE (art. 560 do CPC)
AGAO POPULAR (Lei n. 4.717/65)
AGAO CIVIL PUBLICA (Lei n.
7.347/85)
MANDADO DE SEGURANCA (Lei n.
12.016/2009)
Abaixo, apresentamos quadro sindtico com
as agées e ritos (procedimentos) constantes no
Codigo de Processo Civil:
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