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Capitulo IT ACIDADANIA 48. Povo ccidadania 10 povo abrange os destinatérios permanentes da ordem juridica estatal, Em face desta, os homens dividern-se em duas categorias: aqueles cuja vida social esti toda /Qyo “f"| eb wrens, els ee ee co ‘ou sbem. coniicio adden outanitiio, Fest iri S leis do Estado 6 para se aplicarem em razio das pessoas € © no emt razo de outros factores. As leis do Estado sto pensadas ¢ editadas para os mem~ bros da conmunidade politica, tendo em conta as suas expcriéneias © os seus projectos ‘comuns e os circunstancialismos conerctos em que se encontram, 36 por viz diversa, le de barmonia com principios de Dirsito intemacional on com outras regras, atingem os“ 've~ Por certo, do territério depende Iargamente essa aplicagio e s6 no seu territ6r © Estado pode dar forca executive e sancionatéria as leis que decrete, Mas isso nfio impede que as situapdes juridicas que afectem cidadaos do Estado ou em que inter- ‘venhham cidadios do Estado possam ser conformadas pelo ordenamento estatal onde quer que decorram, E, por outra bands, tem sempre o Estado um dever geral (e, por ‘vores, deveres especificos) de protecpto dos seus cidadtos freme aos Estados em ceujos territorios residam, principio de pessoalidade inerente 20 Estado modermo— como’), mutatis mutandis ao Estado grego ¢ ao romano! ainda que se Ihe nifo possa atribuir um! co aleance absolute ¢ indseriminado? on, falando em Smbito juriico-constitcianal, um, 2 i . ebb. T1—Ao conceito de povo xeporta-se 0 de cidadania, Cidadiios sto os membros do ‘Hstado, da Civitas, os destinatarios da ordem juridica estatal, os sujeitos ¢ os subditos (,.) I} do poder. ‘Nio existem, contudo, apenas, como se sabe, Estados — ou sb Estados soberanos. Para além deles existiram em mimero considerdvel ¢ ainda existem outras comunidades ppoliticas, em fuce das quais se estabelecem qualidades ou vinculos similares aos da ci- dadania: assim, a condigéo de stbditos feudais, a dos sibditos coloniais, 2 dos cidadaos de Estado sem acesso ou sera acesso pleno & vida internacional, ou a dos territérios as- 1 Cf, Fenamaww oe Viescusn, “La cltadinanza romana", In Annalt del Seminario Gluridico dell’Uaiversita Catan, 1948-49, Népoles, 1949, pigs. 1 6 s¢R8. 2 Vy por todos, BaLLaDone Patcien, op. cl, |, pags. 73 ¢ segs. 102 orge Mizanae sociados ou internacionelizados;*e dai entrosamentos com as leis dos Estados soberamos aque possam estar ligados.* Por outro lado, em Estado complexes (Estados federuis, unides reais) ocome wm desdobramento da cidadania em moldes varidveis, emborn (salvas algumas excepy6es) seja sempre a cidadania do Estado central a determinar ou a preceder ‘acidadania corres- pondente a qualquer das entidades competentes. : Diversamente, em confederag6es, em organizagSes intemacionais e nowtras en- fidades de Direito internacional nfo pode falar-se, em rigor, em cidadsnia, nem é uma erdadeira cidadania a cidadani i no cht ou opto Earopi, do 1992, a gue adam refer. = Cidardaiia € & qualidade de cidadio. E por este motivo, « palavra “naciona- lidade” — embora mais corrente e nfo sem conexiio com o fundo do Estado nacional = deve ser afastada, porquanto menos precisa. “Nasionulidade” liga-se naoHo, revela ‘a pertenga a uma nagdo, no a ‘um Estado. Ou, se se atender a outras utilizagGes consa- ‘deb eradas, trata-se de termo com extensio maior do. que cidadania: nacionalidade tém as pessoas colectivas e nacionatidade pode ser aibulda a coisas (oavios, eeronaves),$ras ‘efdadania s} possuem as pessoas singulares.” ‘Cidadania significa ainda, mais vincadamente, a participaeio em Estado democré- __ tien, Fo nesta perspectva que © concsto foi Labeda te tind pbs & Revolurio I> Gfamcesa. E se, por vezes, parece reserver-se 0 termo para a cidadania activa, correspon- ‘a capacidade eleitoral® a restiggo acaba por radicar ainda na mesma idcia.” ePan lacs, Constulonal and Adminstatve Lov, ed, Loads, 1987, pgs. 452 «SB. '5 Nedved, Cama ne Mowcaon, Lier de Deo Ci 2, I Coimbra, 1954 pp 302, ola. So Toma quo etpessio “neclonaliade” €obign, pr nfo se i wn coves paleo. ‘ omnes 6 sr is Cu Cle 1 ‘Gar Tesoro Fenaes op. ct, pegs 39 e 40s. e 4 spa; Diss Manis, “Const © nstreaa Jigen da nacionlidade’, bx Revsta da Ordem dos Advopats, 1952, m3, pips 106 «seas Fis, ee oor, "Da nacjonelidads das sociedades comers", i Balti da Faculdade de Diveto Dr Unterldade de Coimbra, salementa 0 9° XVI, 1984, pig. |e segs; Mancues nos Sos; ‘tigen rfferdessobrea nationale das soiededes em Didi inlemacona privedo een De- dr noel pitts, Coimbra, 1985 (age ncuio em Exedoe de Dirt da Nocionalidade, ‘Goimtro, 1998, pigs. 7 seg5)- 7 Sone taminsogin em Di compret¥. Rowno Quaon, “itainane’, in Nove Digesio oltre, Up, 313. 3 fatgarencode cr algun pais latino ariconos, como o México (als 30° opt. 0 4” sep. 60 Contivigto de 1917), 0 Equador es 5° egn, 12° #133" da Costhuiie de 1979) one Coldabia {Guin 90°96" 95 de Conisgdo de 1991). Ci J.J. Sawra-Poeay,“Chudedenlay pecionlidad ey der ecieaciones cimercuns”,n Resta de Derecho Sapo Americano, 1964, pgs. 33 ©3068. também em alguns tervitérios dependents das Estados Unidos. 9 Erporiss, ao pode se argument par prfeir“necionalidade” a*cidadenas”. ‘Teorle do Estado 0 da Constnulpgo | ACicedani tu TV —A determinagio de cidadania de cada individuo equivale & determinagio do Povo (e, portanto, do Estado) a que se vincula. Tal como a determinagaio de quem com- Se em concreto certo povo passa pelo apuramento das regras sobre aquisigao e perda da cidadania ai vigentes. “rata-se, antes de mais, de problema » equacionar pelo Direito intemo de cada Estado, E cada Estado que, interpretando o modo de ser da comunidade que The da vida, escolhe¢ fixa os crisis da cidadania. Bh dois tipos fundamentais de citi: 0 daa fliagd0 ou jus sanguinis!”— vino da Grévia ede Roma, em conexo com aestrutura dos gy respectivos Estados, ¢ hoje prevalecente em Estados de formaglio antiga—e 0 do local de naseimento ou jus soll vindo da Idade Média, por influéaca dos lagos feuds, hoje, Piovalocents em Bxtads, jovens ¢ de imigragtio, ‘sol Por isso mesmo se trata também do problema substancialmente constitucional, a colocar em sede de Direito constitucional, embora com pressupostos de Direito civil ¢ com incidéncias dizectas em Diteito intemacional privado @ em todos os outros secto- es.'" As regras sobre quem ¢ ou deixa de ser cidadao constituem (rigorosamente, no plano juridico) o Estado. ‘Mas a matéria depends outrossim (e, antes de mais) do Direito intemacional,® = porque nenhum Estado poderia gozar de uma liberdade ilimitada no estabelecimento da- fe te dy 10 Mas at hd pouco jus sanguints a patre,e nea mare. coud) 31 A.mmiora dos privaitas tendo reconheé-o: J. Dias Fanaa, Cédigo Civll Portugués Anotado, * ‘1, Coimbra, 184, pig. 25; Jost Tans, Qs Prinlpos Fundmentes do Dieto Chui, M, Coimba, 1928, pig, 32: Casino Mevons, Dito Chit Teoria Geral), policopiado, I, Lisboa, 1978, pag. 254, Cassato Fersants,Teria Geral de Direto Civ, vol 1,264, Lisboe, 1995, pg. 200; Ouvera As ‘axsio, Terie Geral de Direto Civil 1, Lishos, 2000, pig. 150. Mio hi os que 0 integram mum Dirt Geral esx, Pasta Cons, Tori Gera de Relap rida Lisbon, 196, pb, Alou que -onsideram o problema “nal posto” (asin, Das ManQUES, op. ct, foc. it, pigs 109 e segs). 12 Sobre oascuni, vente tens, MaciaDo Vite, Tra Blementarde Dirltolntenaclonal Privado, ‘Colby, 1921 1, pgs. 96 segs; Kinsey, “Théorie generale du dot nteational publ —Problemes ‘ois fr Recucl des Cons 1932, 1V, pigs. 242 segs; ACs Veron, “L’Apolidi’, in Rivista i Dirito nerrazlonae, 1940, pgs. 379 «segs TaB0KOs Feenems, op. cit, plex 109 esegs.¢ 21 € segs: HE. Vax Paton, op. ot; Atm Verona, Wikereecy ad, castelhana Derecho Intera loual Pubic, 4 ed, Matsi 1963, pigs. 236 e segs; Enisto Laraoen, La cluadinanca nel Dirto Internaionale Generale, Milo, 1966 (pronuncia-s pels inexisténca de regras de iri intermacional sera sobre a cidedunia) Ferre Muncy, “Développement rents du droit dela mationali in Stl in ‘nore i iano Uaina, obra coectvn 1, Mito, 1975, pgs 1.109 e segs Mouea Rawos, “Naciona- lidadee Descotonizasto" in Revista de Diet e Bcoronia, 1976 plge. 139, 143 ¢srgs.0 331 esegs 6 *Necionalade” tn Dicionirio didi de Adminisragdo Pica, Vi, 1984, pgs, 107 © see.; Ana ‘Baxations op. ct, pgs. 22 segs Rema Dose, The Regulation of Natonality in International Law, Helsnguia, 19835 Anroxto Futro Pease, Lint ietrnacional in mater di cluadinarza, Népoles, 1984; Caso x Auavquenate Maro, Cerso de Direto Inormactanal Peo, fed, Rio de Janeiro, 1986, ples. 608 sepas Jost Frawesco Rtzex, "Le dioit intemalional dela natioalie, Recut] des Cours, 1986, Ws, pigs. 33 ¢ segs; Atamo of Azmvnno Soates,Liples de Divelio iternacional Piblico, cd, Coimtr, 1988, pigs. 276 «segs Juscats M. M. Cia The Right toc Nationality at ‘a Flan Right, a Haran Rights Law Journal, 199), pgs. 11 e segs aan Couacau e Senoe Sm, ‘rot international Pre, Pais, 1997, plgs. 318 segs. | 10a, Jorge Miranda ‘queles critérios; bem ao invés, cada Estado tem de os definir recanhecendo a existéncia idos restantes Estado e, por conseguinte, esti adstito a certas balizas, Além disso, avulta 8 nevessidade de regras destinadas a evitar ou @ resolver confltos positives (pturicide- ‘dania ou pluripatridia) ou negativas (apatridia, apolidia) de cidadania, V—A cidadania apresenta-se como status" e apresenta-se, simultaneamente, como. bjecto de um direite fundamental das pessoas." ‘Nuin mundo em que dominam os Estados, participar num Estado ¢ participar na vida Juridica ¢ politica que ele propicia e benefciar da defesa eda promogio de direitos que ele ‘concede ~ tanto na ordem interna como nas relagdes com outros Estados. Num mundo. ‘em quo se intensifice a cireulagio das pessoas ¢ em que, apesar de todas as adversidades, 9° ula liberdade individual, a perenga a una comunidade police, sendo embors 5 permanente, ji no tem de ser perpénia como noutras épocas: 0 diaitod eidadania vai ser ,seompenhado, dentro do ceros limites, de um deta de esoolher a cidadania Ne Em contrapastida (ou, em contrapamida, 6 prima facie) aura milindo em que se fp, gvidenciam afinidades (culturais, politicas, econdmicas) entre alguns Estados ou em “Glie se visa criar grandes espacos, a concepgio tradicional da unidade e exolusividade da cidadania aparece, por vezes, atenuads ~ mormente através de convengies de dupla xacionalidade e da extensto a certos estrangeitos de direitos, em principio, reservados @ ‘ldadaos do proprio Estado." 49. A cidadania no Direito internacional 0 Direito internacional _ 1— Comegando por uma brevissima referéncia do Direito internacional (por mais ‘no caber na economia deste livro), saliente-se que af a cidadania 6 principalmente ob- Jecto de prineipios gerais ou de regras cousuetudinérias, ¢ s6 em segundo nivel de con- (¢ Yeased miilflaterais © bilaterais. Fem poder dear de ser assim tendo em conta a hye fenémeno ca estrutura da comuidade internacional, = isis natueliag ou guilaue ou mn isi peraeie Seico ‘rsshupe eonrinenos ‘este deve ser dado, em regra, explicitamente € niio pelo siféacio,” para garantia da liberdade das pessoas. It ‘Ocoerendo pluricidadania ou polipatridi, se a pessoa em cause se encontrar no (interior do territ6rio de um dos Estados a que estd vinculada, em principio af s6 poderé javocer a correspondente cidadania; e, se se encontrar no territério de terceiro Estado, hhaverd af de invocar a cidadania do Estado com que mantiver relagao efectiva ou acti- -va2# O que niio poderi serd invocar a cidadania de umn Estado contra a do outro.” Ocorrendo apatridia, o Bstado no qual o individuo residir ou com que tiver qual- ‘quer outra ligagdo efectiva teré a faculdade de Ihe atribuir a sua cidadania.” II] — Recolhendo e sintetizando toda essa experitncia e indo ao encontro de uma longa aspiragdo, agora mais sentida, a Declaracio Universal dos Direitos do Homem proclama, no seu art. 15°: 1 Todo 0 individuo tem direito a ume nactonatidade.—2. Nin- ‘guém pode sor arbitrariamente privado da sua nacionalidade, nem do direito de mudar 2A Chr. O°Cxwe, The Law of State Seccassion, Cambridge, 1956, pg. 245 sops; Exntsto LAvEwr, ‘op.cit, pigs. 89 segs, marine 109; Faz Mun, op eit, oe. ci, pigs. 1140 sng; Moura RAMos, ‘p-t, loe cit, pg. 145 ¢ sags. 6273, nota; Ana Barsvona, Op. ci, plas. 11 e segs. ¢ A © segs ‘Jonastes MM. Crax, op, elt, oe. lt, pigs, 211 aegss Comission Eurapcenne pour ft Democratic ‘pourle Droit, Zheidences de fa sucessoa Eta! sur la matonalté, Bstrasburgo, 1998. 25 Ort, 10° da Convengho sore Reduglo de Coos ds Apetidinesabeleoe que of ttadas relatives & cee dealer ert devo cater dpa eres a imped succes genie om sua consequéncia, ~ oy _Auzaap Verpanss, op. cit, pig. 238, Cf Oreenrta, Diernavional Law, 1, Londres, 4960, pigs. 643. 968. Se ear ecto gi 2 so tee as sxiccsice gabe sa tile ea ss etree aera eet questa, rad en nsiar cu meorlnerlade ove diner i do um SONG rae ee rea escent ie Se erste i sonnet pe an Fenn chess ap ce ch Perc en pc ip oe co SLT a eae eae ‘Teoria do Estado e da Constiledo 1A Chlacanla 07 }- denacionalidade,” F 0 Pacto Internacional de Direitos Civil e Politicas estabelece que “todas as oriangas tém o direito de adquirir uma nacionalidade” (art. 24°, n° 3). Hi aqui dois dieitos* — sobretudo, o primeiro do maior relevo ¢ ao qual correspon dea obrigagio do Estado de atribuir a sua cidadania ou de no privar dela um individuo que com ele tenha uma ligagio efectiva e que nao adoptc um comportamento de sentido contririo.” B lige-se a cldadania & vontade, admitindo-se o direito de opgio por cidada- nia diferente da que se possua a Porsea tnrno, « garantia contra privagées arbitrérias consiste na garantie de proces- fe), 08 juridioos regulares, com meios de defesa assegurados, ¢, especialmente, a proibiglo de privagdes por motives politicos, ideolégicos, religiosos ou ricicos'S (como as que fizoratn diversos regimes totalitérios ac longo do século XX, inelusive contra residentes ‘no proprio terrt6rio do Estado) Na linha da Decloragfo Universal, a Convengio sobre Redugdo da Apatricia, de 1961, transformon em obrigasao para as suas partes, om certos casos, a faculdade dos Estados dc atribuigto da sua cidadania aos indivicuos com lignsdo efectiva com eles e, v6, doutro modo, seriam apatridas; e fez depender a perda da cidadania, em face de ‘deferminados Kstados, da posse ou aquisi¢ao da cidadania doutro Estado, Mais recentemente, em 1997, foi celebrada uma Convengo Europeia sobre a cionalidade,”” na qual se explicitaram os grandes princtpios de Direito internacional ars. 3°, 4, 5°, 8°, 0° 1, alinea e, ¢ 18°} so estabeleceram, umas vazes obrigagées, autras ‘vezes faculdades dos Estados signatérios (arts. 6° ¢ segs.); se disp6s sobre sucesso do Estado (ars, 18° © segs.) e cidadania, em especial no dominio das obrigasdes militares (arts. 14° e segs. € 21% ¢ segs); c se previram formas de cooperagio (arts. 23°« segs.) 50. A cldadania no Direito constitucional ‘Um relance comparativo mostra que no sto muitas as Constituigdes formais que contemplem expressament> a problemética da cidadania (o que no significa que ela niio. ‘entre, insistimos, no Direito constitucional material):* ~ 31 Cf Panes on ua Cunrns, La Dédlartion Univeracle des Dros de Pomme ¢t le Cathlleiome, Paris, 1967, pigs, 132 ¢ segs; Guraan G. Scunan, “Comemtéio”, n The Universal Declaraion of HumsortRigits, obra colectva, Oslo, 1992, pigs. 229 € segs. 32 Gi. Van Pasmis, op. city pigs. 220.¢ ops; Moura Ranos, op. et, loc, ct, pig. 338 © 339; Jor sasoies M. M Cha op cit, loo. et, pgs. 3 © 8 segs. 33. Ci, Mangus Dos Srnoa, op. ci, oe. it, phan 300-301, 54 O principio antig, pelo contri, era de vinclarao perpétua de qualquer individvo 0 94 Baal salvo banimento, en Ble = 35. Asc dorian, 0 team invita ou, meso, His (conta: Lanai, op. cit pga 1 esegay, Mh 36 Sto improcedoates, pois, ax critcas ao art. 18° de Ava Batanct, op cil, pigs. 32 639. 37 Aprovads pra ratiicapo pela Resolusto x” 1972000 da Assembleia da Repdblics, de O5 de Margo, 38 Para. tutumenio pela lesisagdo ordiuitia,v. a colectine, a cargo de Govan Komasc, La citad- ‘nanaa nel nando, 3 vols, Pada, 1977 3 1982. 3, é para prescrigdo de garantias concementes & perda da cidada- nia: art, 22° da Constituigo italiana (Fonte do nosso art. 26", n° 3) art, 16° da Constituigdo alema federal; at. 4°, n°3, da Constituigdo grega de 1975; art. 11°, n° 2, da Constimigao 6 -espanhola de 1978; art. 69° da Constituigto hiingera; art. 8° da Constituigio estoniana de 1992; art. 11° da Constituigo checa de 1992; art. 24° dz Constituigtio albanesa de 1993; (E° Seat taper is onsroman se ee oie leit art. 4° da. Constituigao belga; at. 5° da Constituigio romene de 1991; art. 5° da Constituico eabo- verdiana de 1992; art. 19° da Constituigfo angolana de 1992; art. 4° da ConstituigSo uera- nana de 1996; de certo modo, art. 37° da Conslituigio Suiga de 1999. Ou & para previsto de convensBes de dupla cidadania: art. 11°, n** 1 © 3, da Constiuigao espanhola, ‘Mas, as vezes, as proprias Constituigées estabelecem os modos de aquisicio e de perda da cidadania: arts, 2 e segs. da Constitiefo francesa de 1791 (a primeira disei- plina moderna da matéria e fonte da nossa Constituigdo de 1822); 14° Aditamento, de 1866, & Constituigto dos Estados Unidos; arts, 30° e 37° da Constituigao mexicana de 1917; arts, 35° ¢ segs. da Constituigdo venezuelans do 1961; arts. 5*e segs. da Constitul- ‘$80 equatoriana de 1979; art, 12° da Constinuigdo brasileira de 1988; arts. 11° ¢ segs. da Constisuigdo mogambicana de 1990; art. 25° de Constituigao bilgara de 1991; art. 96° da Constituigao colombiane de 1991; art. 34° da Constituigao polonesa de 1997 51. A condigdo dos estrangeiros eo seu enquadramento pelo Direito internacional? 1~Tal como a cidadenia, a condigio dos estrangeiros, a estrangeiria, deponcle simul ‘taneamente do Direito legislado de cada Estado e do Direito das Gontes. A diferenca reside ‘em que 0s cidadiios esto sujeitos directa, natural e plonamente lei do seu pals, salvas as Jimitagdes decorentes das normas intemacionais recebidas na ordem inter, ao passo que ie lnes esirangeiros ~ sejam cidados de outro Estado ow apévidas~ s6 thes estio vinaulados ‘eanstrin opreaamente eo su estrus €resndo a put do Drs itmucione” ‘Senupre assim for: em Roms, por exemplo, chegou a formar-se um Direito inter- "ng espesal para stg sins. tam Mas no ser eope de sfados surgido na Idade modema, o lugar primacial tem pertencido ao Direito intemacio- 1 e $6 depois tem intervindo o Dircito interno. Em contrapartida, o Direito internacional Convencional no molda de forma completa e uniforme « condigdo dos estrangeiros. De qualquer sorte, dois pontos de base parecem hoje"! evidentes: em primeiro hi gar, que os estrangeiros devem ter uma condigtio juridica respeitadora da dignidade da 3” 39 Che Atseso Venoxoss, op. cit, pég. 290. 40 Git, por todo, Rath. Vanruns, Direta Ramana, poliopiado, Lisboa, 1988, pigs. 48 ¢ segs; ou Cantos Femnanors, Lizdes de Dirt intersacional Frivedo, ly Lisbon, 1954, pbps. 100 ¢ segs. AL CK.,porexemplo, Daine Loseunx,“Létrangeret ls droits de Fhomame”,n Services pubic ber- és~ Mélanges offers ou Prfeszer |Charller, obra clecive, Pts, 1981, pas. 617 6 segs Moura Rawos, “Estrangeiso” In Polis, pags 1.215 esega 18,de 1944, de Docwmentagao <¢Dielio Conparado; Lues Bis, Bev not sl rayporto tra stated nacesslih e eri fondamenell ello starter, as, 1990, pigs. 77 e sega; Peono Cavz Vitals, Dos cuestiones de tlarided de ‘Teaa do Estado da Consituigdo [A Cidadanla : 109 pessoa humans, que devei ser tratados come homens ¢ mulheres livres ¢ usufinir, por consepuint, dos iris que dai decors e, em segundo lugar, que podem ostar pris vados de direitos politicos, ou, pelo menos, de partici na ientais do Est Entre estas balizas ‘uma gama variada de sol ‘cont id w ‘ordenamentos jutidicos iternos e as cireunstincias cultuais, pliti- eas ¢ econdmicas de cada tempo, IL Comegando também aqui (¢ necessariamente) pelo Dircito internacional, hé ‘que referir que 0 estatuto dos estrangeiros comprecnde um niicleo firme ¢ mais cle- vvado de principios sedimentados na Declaraceo Universal, no Pacto Internacionsl de Direitos Civis e Politicos e noutros textos procuzidos pelas Naedes Unidas — principios 10" reeonduzivcs a indetroxéves por qulquerratado: compreende depols 05 rina ab reprasconstctudinas gus he slsconere os ‘que 08 complementam; ¢ 6 comptes ainda UMETOSISTE regs constants de convenes bilsterais ou, my La certos casos, multilaterais,“* As normas de Direito intemacional geral nao pretendem estabelecer uma homo- sensiay ou cauipaap ple dscns os dveriosEsados;pocuram apenas promover um tratamento razodvel dos estrangeiros como alizarconsctencta ‘Stica tmiversal ou dominante no 16590 tempo. Eguipacagao on tratamento mais favori- vel, com on sem reeiprocidade, visam, sim, os tratados ¢ acordos (vg., de emigraso, > derechos los estrangeros; las perconas juridicas, in Revista Espanola de Derecho Cansttucional, 35, Maio-Agesto de 1992, igs. 65 65; Faancss Dexriet, Les dri polliques des dangers, Pate, 199542 (7, Outono de 1995, da Rem europdeie de droit public; sro Dt QuaDaos, precio ta propredade prada em Direito inernatonol pico, Coisibrs, 1998, pgs 113 e segs; Maia 2 Casano Vion. Fusro, Constiuctn yexranerio, Madr, 2002; Mama Cag Lian, "Ls digntt el strnieo", in Pola del Dirito, 2006, pig. 283 e sep. Fravcrco Rivous, “Lact, poteco. Jesxto, integrarione del?esuanco: ura afd pr Ie democratia plurals”, In Divito Pubblco a 2, 2006, pgs. 335 eseg5.; Quen Lecvco", Exist un aro fndamental au séjour des crangers?™, i Renouvean du droit consindtonnel ~ Mélanges en Vhonaeur de Louis Favorea, obra cole Paris, 2007, ps. 1.637 e segs. 42 Gh Jonax Manion, Cirso de Diet tneracinal Pilon, 3 eS. ooo Eso, 200, pigs 125 « segs: 0, pare todo o deseavelvimerto, Eouatno Coma BAvist, Jus eogens en Delo te temacionel,Lisbo, 1997. 43 Sobre of estrangsirs om Dircito interacial. Knsen, Théorie Geral du Dott International Publicis. ci, ples. 238 esegs.; AzrnnD VERoR0SS, op eit paps 285 segs). Bases, Dio, 12 Inernactona, ad, Lisboa, 1965, pgs. 277 segs; Gstret Bscoruns, dee fondemenal ‘ello straciero’ le Stan onan ch Biondo Bion obra coSectiva, LI, Milo, 1965, plgs. 323 eacgns Auxanoxe-Cranzss Kis, “Le condition des éxangers en coitintemationa cles dels de thomme’, i sscellanee W.. Canshof vn der Metra, oracle, Balas, 1972, pe. 499 esopey Maun Dit D8 Vetaco op. et, pgs. 327 ¢ segs; Wanwacx Meany, op cl, pgs, 294 ¢sepns esi Soares op. cit, pigs 290s sogs;Catzo ne Atavevenque Miso pei, igs. 675 estan, ost Feanersco Raz, Dirlio InternaclonalPablic, cit, pgs. 195 ¢ seg3, Maia Lesa Doss ‘erdode de ciculogdo de pessoas ¢«ondem pita comuatiri, Lisbon, 192, pigs 22 ¢ srese ‘eax Comuncat Seece Sut op cit, ples, 370 esga, ae Serge anda de seguranga social, de cooperapdo, de igualdade de direitos) celebrados entre estes ou ‘squeles Estados, com base em lagos historicos ou em factores de outra nanuroza, For outro lado, 0s dretes dos estrengeiros contemplados por tis armas 380 sf0, le ordindrio, no estédio actuat do Direito das Gent verdadciros direitos subjectivos (rerracional dos indi iuos que eles possam invocar directa ¢ imedlaiament 10 Is. So, antes, direitos que os Estados concede is utros Estados por Igumas — e, por agors, bem poucas ~Convenges se opera uma personalizagdo internacional dos individues. Il ~ A Declaragdo Universal, prociamanda que todos os seres humanos nascem livre ¢ iguais em dignidade e direitos (ar. 1°), consagra: 42) A proibigho de diseriminagdes entre estrangeiros (impostas acbitaziamente pelo aw Es oa) pi if se admin disaixd ogame nd das no estatuto do pats ou territério ‘naturalidade das pessoas (art, 2°); 4) Oxeconhecimento a todos os individuos, em todos os lugares, da.sua personali- dade juridica (ar, © O direito de qualquer pessoa de nbandoner o pais em que se encontre (art. 13°, n° 2) a DO di ito de qualquer possoa sujeita a perseguigHo de procurar« de beneficiar de asilo em outro pais (art. 14"). ——— L 0 Paéto Tnternacional de Direitos Civis ¢ Politicos" o direito de qualquer Ne estrangeiro que se enconte ieZalinente no temritrfo de uni Estado parte de nfo ser expul. Hy $.anto ser em cumprimento de decistotomada em conformidade com ae, «odio, JO: contra 2 expulsio e de as levar 8 apreciagzo da autoridade competente (rt. 13°). Assinalem-se inde, entre outros textos feitos no desenvolvimento da Declaragto Universal, a Convene de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados (estendida a novas categorias de pessoas por um protocoio de 1966), 0 Protocolo Adicional n° 4 (de 1963) 4 Convengiio Huropeia dos Direitos do Homem, 2 Convengo de 1965 sobre a Elimina- gio de Todas as Formas de Discriminagao Racial, a Declaragao sobre Asilo Territorial (eprovada pela Assemblein Geral das Nagle Unidas em 1967), 0 at, 22* da Conveag30 Interamericana dos Dirsitos do Homem ¢ 0 art, (12, n° 3, da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos. As Convengtes sobre Refugiados e Apdtridas (muito parecidas) consignam um prinefpio geral de ndo discriminapto dos refugiados e dos apstridas entre si e deveres * © direitos perante os Estados que os acolhem ~ devar de obediéncia ds les e direitos © garantiasrespeitantes &religido,& propriedade, &associagto nfo politica, ao exercicio da Profissio, a liberdade de circulagdo, & concesstio de titulas de ‘viagens para o exterior, 4 transferéncia de bens, as facilidades de ‘aturalizacio, aos direitos sociais eto. 44 Que retome, nos sous arts. 16° © 26%, os princpios dos ans. 6° 2 da Declargo Univeral, respeo- fivermente, : ‘Teotia do Estate a Consiga | ACidadana a Sob reserva de disposigBes mais favordveis, os Estados partes concedem 20s apd tridas o regime que concedem aos estrangeiros em gerale, a0 fim de trés anos, 08 re- fy fugiados beneficiam de dispensa de reciprocdade legslativa, im caso de expulsio, os

, But ds linguas da Assomblea ed obter ume repos na meme lng Em contrepartida, embora fenha ou possa ter importantissimas implicagGes sobre 08 direitos des cidadtos, nfo aparece configurada desta perspectiva a cooperapio no dominio da justiga e dos assuntos internos, com incidéncia na politica de aslo, na pas- sagem das fronteimas exteriores, na luta contra s ctiminalidade ¢ em assuntos judiciais civis ¢ criminais. IV ~De todo 0 modo, nao pode confundir-se a cidadania da Unido com a cidada- em sentido proprio que Stas versa; nem Se apreventarwuftciememente denso © \ fi tbrangente o elenco de direitos aque ela se report a itos uns para seem exercidos I(x a nivel comunitirfo, outros @ nivel interno dos Estados —para se poder falar mum acervo auténomo ¢ com valor a se. ‘Nao ha uma cidadania europeia, oquivalente a cidadania estatal, 05 tras tados us ndo @ define & margem dos 38. So estes qué Jivremente con- jiiwam a Tixar quem @ seu cidadido ¢, apenas como Sua decorréncia, se fica sendo ‘Unido. Mais do que sobreposiga0 dé-se, pois, aqui uma conexio entre 0 ‘momento primério — dentro de cada Estado — e o momento secmdério ~ relative & Unio Europeia. ‘Como escreve Moura Rawtos, nes Tratados de Paris ¢ Roma, os direitos dos cida- dos dos Bstados-membros giravamn scbretudo em tomo de uma realidade econdmica; nfo se ditigiam as pessoas como cidadaos, mas enquanto participantes sum proceso ‘econémico. © Tratado de Maastricht, com n instiuigio da ci fo, ven ‘epresentar: ssnadangs do paral dominane de eae omit ‘20 assentar 0 centro de gravidade de certos direites jeter Pablico no homem europev, e nko ji no operador econémico, elevando-o assim 20 statis: i eu. Tmiplesmente, a cidadania da Unido é bem diversa da cidadania estatal, Trata-se de ‘um estatuto muito mais frigil ¢ que no pretende substitut-la, antes se the vindo sobre~ por. E tal fregilidade resulta da sua falta de avtonomia em relagao & nacionalidade dos Estados membros e resulta do conjunto de direitos que nels se englobam. Pare além da livre eirculagao e permantacia, cujos termos praticamente pouco distam do que o acquis communautaire jé havia consagrado, a) diplomitica © ‘egnsular nfo ¢ verdadeiramente um dircito perante: anita, ea ora resulte do estatut esto t aleanee de Gutros, nao cidadtios da Uniti, o que thes retira a qualida- ‘de de elementos caraciorizadores do estatuto destes tltimos. Um tal papel parece caber assim sobretudo aos direitos de participagdo politica, mas 0 seu cardeter néo unitirio ea dependéncia em que se encontram, na definigaa do seu contetido, de ordenagio de ‘Teoria do Estado eda Gonstiugs | ACidadanfa 118, cada Estado-membro acabam por sublinhar de novo o relevo dos Estados na constru- iio da Unido.” ‘No entanto, observa ainda 0 meso Autor, apesar de do ndo se escamoteie 0 ca- icter simb6tico do estatuto do oidado da Unido. Ao reforgar o sentimento de pertenga ‘um todo integrado dos nacionais de todos ¢ de cada um das Estados-membros que o compiem, cle no ¢ despido de eficécia transformadora no que respeita 20 relaciona~ mento entre estes dois pélos.# V~ Parecida com a cidadania europeia talvez pudesse vir a ser no futuro uma oi- Ca Jes dedania lusdfona se se passasse de conveng¥es multilsterais a um sistema multilateral bead correspondente a comunidade dos Paises de Lingua Portuguesa,’ ‘Em Cabo Verde, na linha do art. 23%, n? 3, da sua Constituig2o, foi aprovado 0 “Es- tatuto do Cidadao Luséfono”, pela Lei n° 36/V/97, de 25 de Agosto, 57 “Maasticht eos diritos do cidado europea n A Unido Europea, oben coloctiva, Coimbra, 1994, pas 127 @ 128, V. umbém Les Aspects Nowveau de a Libre Cireultin des Personnes: vers we ‘loyemetd exopéene, obra clective, Lisbor, 1992; Fawanoo Loureic Bast03, A Unido Bio ‘pola Fins, Objectives Ksmratira Orgénica, Lisboa, 1993, pgs. 45 e sags; ANA Mania Mags, (0 Tratao da Unido Europeia~ Contrtinte para asua compreansio, Lisbot, 1993, pigs. 50 segs Los derechos del ewopee obsa colttiva, Mada, 1993; Vincenzo Lircus, La ciuadinanca europea, ‘in Quaderni Cestinzional, Atl de 1998, pigs. 113 ¢ sega; Guuss Stoasma, “Le citoyennlé de Union Européenac”, in Revne cy doit pubic, 1993, pigs. 1263 e sega; Frawersco Lucns Puss, Oy novos dirt das Porngueses, Lithoa, 19M, ¢ “Miitiplos da cidedanie: 0 caso dn eidadania euro- eis" In AB YNO AD OMNES — Nos 75 anos da Coimbra Editra, ob calectiva, Coiabma, 1998, gs. 1267 osnges Maw Lats Duane, 4 cidadonia da Unido e aresponsablldade des Estados por iolagzo da Diet Comuitiro, Lisboa, 1994, mazcine pags. 25 e sega; Nuvo Prcasea, “Cidadania ‘aroptia, dirt comunitiro e ateito nacional’, i © Direto, 1994, pgs. 185 e scgs.« 409 e segs, Masta Eusnnere Goss Rawos, “Brevesnotas sobse a cidadania da Unido Europe’, in Temas de Iiuegrapto, 1° semeste de 1996, igs. 63 «segs; Luis Sh, erks.n, it, pgs. 440 segs CaRLa Govt, natureaaconstitucional de Tratade da Unis Enropeta, Lisboa, 1997, pigs. 55 esegs.; Puan ‘Suanez Perez, Noconalided ental y cndadania ewopea, Mace, 199%; Stxcio Barros, “La eta nanza eVideat europea’, in Quaderni Costuztonal, 2000, pigs. 39 e segs; Jose Banas Mauna, (Cidedanla Europea — Uma construpaoraclona, Lisboa, 1999; Grovasss Coxoin, “La citadianas ‘europea. Profi dei dr costiucionate comuniario o eomparate", in I! Polico, 2003, pigs. 63 & ‘seg; Gengato Macias, “Cidadania europa e cidadoaia nacional’, in erisrudéncla Constinuional, 7, Tanko-Seteanbro de 2005, pags. 65. sos. Sobre a situagie anesor,v. Maun saute Jattes, “Os direitos da pesta na Comunidade Buropeia”, ‘In Docnmentagae Direto Compared, 2, 1981, pgs. 27 escgn; ox Momo BEALE, Diallo Comuntdrio—A ontem juridicacomaitria~ As liberdadesfandementats na C. EE, Lisboa, 1985, pgs. 397 e segs, Moves Rawos, op cit on ci, pgs. 128-129, ‘eacxpresso cldadentalséfona ent Francisco Lucas Pas, Schengen... it, pg. 37 € em WeAsiam ‘Buro, "Cidadania ransnecional unacionlidade uséfona?", n Drei e Cidedenia, 2004, pgs 215.0 segs. Cl: Cansea Lales Arrus Roow, “Os dietos da cdadania no Pras, no Mercosul ema Comu aldade de Lingua Portugues in PortagabBrail dno 2000, cba coeci (3098. Huta friioo da sefonia, bea coletiva, Coimbra, 2002; e Moura Rawos,"Plarnacions- Jidee ¢supranasionalidade na Unto Europea e na Comunidade de Patses de Lingua Portuguesa in oletim da Faculdade de Diteto da Universidade de Coimbra 2003, pigs. 61 e segs a songe Nizanda erg canta VI- Aproximével, emsbora diferente destes fendmenos, 6 0 estatuto de iguatdede de direitos entre portugueses e brasileiros (dos portugueses ¢ dos brasileros residentes zum c noutro pals), criado pela Convengo de Brasilia de 1971, confimmade pelo Tratado ie Porto Seguro de 2000 © consagrado quer na Constituigo portuguesa (art. 15%, n. 3) ‘quer na Constituigso brasileira (art. 12°, § 1°), x Esse estatito no cria uma dupla nactonalidade para quem ~ portugues ou brasileiro ~ obtenka 0s direitos convencional eonstitucionalmente previstos. Um portugués no Bra ° sil continua sendo 86 portugués ¢ um braslciro em Portugal continua sendo s6 brasileizo, Simplesmente, uns ¢ outros recebem, & margem ou para além da condigo comum de es. ‘angeiros, dteitos que a priori poderiam ser apenas conferides aos cidadios do Pals. 60. Gir, por todos, Joss Francisco Ream, opt, oe-ck, pigs. 382. nege.s Mati Luisa Dunne, d Con venedo de Brasilia © 0 iercado Internode 1993, Lisbos, 1990, pigs. &e aegs.;Eslanle Juridice da Lusofonia, obra colesiva, Coimkra, 2002,

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