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> CAPITULO 13 CONSULTA E ABORDAGEM =) CENTRADA NA PESSOA José Mauro Ceratti Lopes Aspectos-chave > ail 9 cont Ns segue regs, exe ta: lembraque cada pston ¢ Ui ‘onsrurreico expec: o conto vial fundorerl incr conus com pergunty aberas "=r que pos sor?" Nat tronzar € um ebjetve eendal apport e bz erp, > Dermonsvar eet’ contac vu excheno ns prea epi ‘0 dstandaentocomecou quando René Latrnec 2 vn ob de Cilla ue rns tre ewohiiveernsomounmerioxepe™ © evento central da vida do profissional médico continua senda fo enconteo entre pessoas repeseatado pela consulta méd ‘pesar do progresio «do desenvolvimento gue aconteceram na ociedade cna medina. A consulta ¢ «principal manifestagso {i clagia clinica que se estabelce entre 0 medica e «pesto, sendo lator determinante para seu sucesso ou aio ‘Auda esencal da pric nds, #acda avenge nan oente, ov areca estar dent, busca a sud Se un mea em ‘em confi” As consltas uatam de quests de consierivel import ciapara quem as trae tem contequéneis todos os envlidos. ‘Qualguc problema pode ser apresentado 20 medio de fami live comunidade, «cle deve dar ma resposta, As razbes para ‘uma consulta podem varias desde problemas clinics, adminis: Ustvor, soca, até aqueles de dil clasicagéo, As queixa aprescntadas na conslta podem ser definidas coatigurando Aiagndsieo ou podem sr vagus, ndlerencadas emia vezes Inexplieisis so oponto de vista da linguagem media. De José: “om a, seu Atede*, em au poss suse hae?™ Detar e sumsrizr ini deat ports “susentnddr”: deta Thao oes, emugar sem Ser never Sabe ust emp adequadamere:consutas longa 30 mpredvas Deserve ferent inter utr 0 auocorteenent, abe eu le es ier delice, domi enesoe Aledo: “Zor da, outer Ero, como e088 et, que ber d= ‘pina no ii, 9 enconrcom Vera cores ber, Dr Jos “Gtno, ofl que tudo coveu bem; e hoje em que pose auto? Aledo: “Ber noe. at fio constrangd de fl, pois cho ‘ue estou tiara olga de algutr ave pode esr peciarso ras corsa, ms perl que @seshor pode me us. De Jaks Cid um terns seus problems, Viros,pde fa red: “E 0 sequrte eu desenoresiie roca eres fre pam ural curl, Nia enka men oe oe 3, ms gue corvrgona ce pergur. At agora ea mostrar 2 cera deta efaer oa cone pr ong eres. F Sed ero gu ‘aver uma eres nuns post p0” i Jos: “No se preocupe, vou hed uas eas com lagi Ciao ents ocoende na eco um curso de informe pars incluso egal aero comnndse, e pages aprender I core faze gor, vamos pve para vr aquks eames Co binaroe ae na conaa ater.” A consulta em Ateneho Prima Sade (APS) deve re preseotar “uma pritic social entre médicoe pests, com tro- a de conhecimentos, com um coatrato,seado fundamentada tha paceria, na busca de construt oeuidado mediante agbes dentro fora do consultorio, de ambas as partes Pritica esta, F E A = g F Hl i E 5 ci Ty ‘onde 0 médica e a pessoa busquem aprender sobre os proble~ mas de side refletir sobre svasrepereusses, suas relagoes © Aeterminagéo no processo de euidado"” [Na elapio ene pessoas, o sentimenta de afegioente clas pode seri primeira vista” spuitonante ou seguir um camino fe consrucdo por meio do conhecimento mutuo, progessvo, longitudinal, em ques estabelece uma relagio harmnonizada ba scala ta coniangn eno afto, Esta possiblidade de uma segur- da chance na relagao ou na constrveso € uma caracerstica da ‘APS, ni acontecendo em outros nes do sistema. A consulta também é 0 encontzo entre pessoas com expectatives,objetivos « tarefasdefinias de parte a parte, em que se estabelece uma Felago eujos objetivo prinepais soo cudado i side ea gua Tide devia. © prepato para cése enconzo iia em ates « ensrte em visa ctapas pars ambos, o médica ca pessoa.” Para 0 médico, comea 1) no curso de graduagio, basa pposturae nos seus interesses rent 20 aprendizado,¢ nos mo- felos de médico com os quas se dentin; 2) segue com a ‘xcoha da esecaldade, 3 contin com o preparo a especie. egg, 4) tem telco com 0 seu momento da vida atl: ¢5) ‘ulmine nos momentos prelminaesdonsulta, como inflvéa- ‘ia da conslteimediatamente anterior, conhecimento prévio da pessoa, et, Para a pessoa que busca ajuda, comega 1) com ‘nut tia pessoal, familia, gentien celal, dos contator tomo adoccer, 2) progride com estabelecimeata do et id, ciclo de vida autos aapectoa biopicosociis que in ferem ne sade 8) segue com adecisio pelo momento de buscar ‘ajuda ~uitas vere, mio & ela quem decide, as vers, €preco- ‘ee; outas € tarda: 4) passa pela ecole do médico:« 5) segxe na regio da Unidadede Sade eter feus momentos fina ‘ré-consulta no ambiente e nas converss da sala de espera.™* ara ambos, médica e pessoa que Busca ajuda, toda esta preparasio tem seu climat na conta, ois, quando esas ‘doar pestone se encontram, lemete dois espectalistar o méai- £0, espcilista em diagnesticos, exames e medicamentos;e [petsos, eapecaltta ela prépria, ‘Nesse moment, cada tem suas ideaseexpectativas, pois, quando ume pessoa decide buscar atendimento elajarefetiv so ‘bre a questioe vai para aconslta com modelo explicaivo pare ‘sat quciaas sca olrmento ideas, preoeupagdes cexpeettirat ‘sobre o problema), com ratament eprogndstioe cm expeta tivas com elagio ao médio, Algumas podem chegat 20 médica para consular com uma compreessio incomplete, rudimentat € Inexata de seus problemas ea claboram partir de opnizo mea ‘ca, Mas, em amas a iluagiet, a pessoa serpte lem una Leoria abe o gue css aconteced com el, que va perc no se4 onportament frente investiga a tratamento ‘A pestou que vai ao mica tem expectativas ado apenas sobre a doenga, mas também sobre como vai sero etendimen- to, Eo médico, ao aendé-la, também tem suas expectatvas, onhccendo ou nao a pestonabterior mente 'No Quadro 131, su0 apresestadasalgumas ideas de azn bo, ao inci a consult, ‘Mass consulta nioseencerracom a tomada de decisdes © ‘pessoa snindo do consultéro, pois ainda ha os exams fazer, 0 endimento em equpe 0 eontato com a aml, as consuloriar 'Na pritica profisional do médio de fami © comuidar de (MEC), a consul 6 sm divide, o evento principal Enter der o que acontece aa consulta (seus contedose processos) a chave para exereer 0 papel do MEC. O foro da consulta € tua larotavaliae gorenesvel a pati da qual a Medicina de Familia e Comunidade pode acontecer de ato, ot isso esse tema ests presente ei dvetSos outros cap tulos deste liveo, que colaborario para que oleitor construe o oteener er evens = ona ontaren vet = “Fosereos encode se bedsores elias de ‘meni Sige ania = "Ea const vl requry — “Vet tale as prgunts er raster" as aor nfomayees sen, ‘ola 3 rs poss ase)” = "et eongtene?™ uma forma de abordagem adequada para a prtiea da Medici ‘i de Familia e Comunidade, Considerando a organizacéo da Atengio Primaria Sai de (APS) no pais hoje, cerea de 1 milhio de consutas devem focorer a eada dia, ©» consulta em APS tem um quadro de (qualidades especificas que a tornam diferente das consults moat eendios do sistema de sade + A pessoa toma a decisio de consular. Em outsos cenérios, ‘em geal cla encarninhada por outro médico. Aspessoas ‘que consltam na APS tem sua propria agenda, frequen Aemente desconhecida do MEC, até que # apresentem ‘le. Uma comunicago efetiva entre a pessoa eo MFC ‘ chave para uma identilieedo adequada ea diseusio de ‘questocs pertinentes. Ao identifier alguma questao que O CONTEUDO E 0 PROCESSO NA CONSULTA iste uma dstingio bisica entre conte (as tatefas que estéo focadas em uma consulta) co proceso (os comportar ‘mentos que ocorrem em uma consll)Exstem cetastarelas ‘que devem ser cumpridas dentro da consulta, Exemplos sho ‘Sefinir a razto pare o atendimento da pesso c cheger um plano de manejo. Isso € conte. ‘Mas omodo cota s consuls €conduzia (oprocese) muito ‘importante e determina fica do encontro, Oproctzo dese \eomodo peo qual o médico es pessoa comportamese um com 0 ‘utc, vrbulmentee nao verbalatate,Podete fazer um parulslo como teato: confide €osenpr eoproceso a desi. Papéis dentro da consulta A sociedade designow para médicos e pessoas certs papéis ‘04 modos de comportars. Or médicosreceberam poder, ae Toridade e respesto para alender ax necessidade das pesvoas t tomat cert decsges em nome dela. Este & 0 modelo par temnulists tradicional o medico decide e a pessoa cumpre a8 ‘elerminagdes (08 [az de conta que eumpre), Neste modelo, a pestoa tem sido sugestionada a dar essa fesponsabilidade 20 médica entrar num papel de "doente” ou “dependent [Ente modelo de ahordagem médica tradicional desconsic ‘dora um aepocto essencial na relagaointerpestou:&autona- ‘mia, Com relago & autonomia, pode-se divide a conslta ex ‘qusiro modelos,” conforme demonstrado na Tabela 131 Diante das mudaneas que ocoreram na sociedaée,dafaci- lidade de aceso a informagoes eda garanta de direitos, howe repercussio naselago ene omédico eas pessoas, a uals f- ‘Tam encorejadas a assumir sea papel no cuidadod saide e nas ‘cites serem lomadas de forma participate e paecira Para ino, €cetencial que os médica tomem conheciten- to desses papéisedessastendéncias e, em cade enconto com 2 pestoas,determinemos o quanto eles sao do melhor ine Teste para o seu ben-eetar e quanto eles sio prjudicais As vezee, quando a pessoa ests mito doente, de forma aga ot {rave podense attumi a ola rexponsabilidade pelo euidado ‘Mas, na maior parte des situagaes, vendo a consulte como fo cacontro entre duas pessoas, cada qual com suas proprias teas de expertte focat a consulta nas ideas, nas eengas ¢ ‘as expectativas da pessoe parece se a opcio mas saudavel, Bniretano, conlitos podem surgir entre 0 médica © as pessoas, com base em quests elacionadas a seus valores Interesees, © aque da comunigade ow Estado. A parceria para se eslabeloeerexige eonanga da peston o médica, Esta onflanca 0 estabelecimento da pareeria implicam erences 1+ Napessoa ao aereditar que o médico vi zelat pela sepu- ranga desu compo durante «prestagio do cuidado + Nomédico, a0 eomprometer-se com os melhores interes- se para. a pesto + Nacompeténca tenica ena bumaniéade do médico. A telagio clinica ques estabelece pela consulta represen- ta valores, como um indicador do conteto social onde esti inser, asim como da evolu dos valores soca Hs infludncia cultural eSuas mudanges reprcutem tan- to ou mais na consulta do que a expeiéneia passada com a Ey Fi ; i iH a 2 € ig & E 5 Es g Fy a a Hl A ci Infermtive Inerpetative Deliberative Paterslits ‘loess pos Dwisgor, oar «cones: Rusmentaver confanien = Abeor pra deerlinerioe me Opetve « conawihaae desea pesos guerrero “slomedaneascuséomotl pe peisoue pelo meda angtee do ecco Povdencir ornare: icknet «saga les Avr « peruas «peuos sot fama” 9 were facuats ingore ei leanteroaea esa bemcaro. wat saves lore bey como. geen ndependenteren plement as inenengées lamar apeioue mpkeenara omar a gsos e malemenar te se sun pele os Sekeorasspeh psi ievertao scahdaporda heneioecohsaporeh excess Cnercie de aulores cobs «conte ole Auoerendmento ears ua Aulodesewolinenta moral Fale Asers pata abies abe Iashpenes beacudscamtsice ocuchio mace werepinecudicomeace tes Coneepcio 4 papel Epecalsta competente Contherocusienader Amigo ou profesor Gare consulta dos envolvdos, Muitas vezes, «empatia¢ imediata € reciprocano primeiroencontro. Em outras,em virtude das texpectativas, das anscdades, das delesas, das experieneias an- terioes e dos medos de ambas as partes, 0 primeiro encoatro ‘pode nio ser muito bom. Em ambos os casos, a eontinuidade Dove mia ito, e mula vezes inverter esta primeira mpres- ‘io. A pessoa nio tecebe uma preparagio formal sobre como fazer” a consulta, Ela vi consruindo iso durante seus con- tatos com medicore sistema de sade, Ar mulheres desenvol vem mais cefes aspects pels epetidascontatos com ote vigos de sade (problemas ginccologicos, acompanhamento 4os fils, do maid, dos pai 8 dos sogton, prea, pat, fe), enguanto os homens tem menos eostato. Esse “despre ‘aro das pessoas para participa da consulta eexereero papel Ale especialstaem si mesmo pode reperewir no desfecho do ‘euidado e na patiipagio (Quadro 13.3) aleanger éxito’na consulta € pre- servate melhorat a elagio entte 0 médica ea pessoa, sendo ese processo de interagaoentte ambos fundamental para 0 ssucetgo do diagnéstico do tratamentoc, porsvelmente, © specto mais erapéutico do enconro pata cur da sade Hipdcrates” que exercou ume medicin inteicamente vol tada para as pessoas, interessada pelo sofrimento do homer, ‘xatinava of dochtes de forma euidadosa e eonversava com Clee sobre suas quetsas, denotando o quanto vloriava el: ‘G40 médico-pestoa, For ele o primeira nortar os preceitos Aa lea dessa telagio, com Gtagbes objetivas ‘ico deer ber clsse no momenta aperture. deers ‘ranter ums flonaa serena ara rune esta de ha Mi ‘ror Devers ear tao a steno ao padre, sponse! cra ‘rent is ebeces rao per eleanes rant a sree dante dis dicate, (Com iso, Hipéerater enfatizow a necessidade de 0 médie co prepararte para teccber as pessoas em sas necesidades fdotando postura cautelora, tranguilizadora ¢ acolhedors Rg, eno Maton te eo velo ou Arden oats dose por cane. frente As fragilidades de cada uma, je, ainda deve-t leva fem conta os esritos de Hipécrates, mas o prfisional pode «deve ter mais iterative, como dite wm eoleg, “Pode ae ‘hhorar com at pestout 36 io deve choras mais que ela ‘Tradcionalmente,« sociedade autorize omeico a tomar Aecitdes tro poder «a atoridade a expeto das neceida es da pessoa Esta, por sua Ve, € encoraada a dat eft 05 ponssblidace ao médico petmanecer no papel de “docate ‘0 "dependents", pelo menos temporariamente. Ha qu se ddosar este pode chegando a um equiibio que possa sus endo terapéutico, ‘Para consulta se bem-sucedida, 0 médico ea pessoa de. vem tabatharjuntore acorda,dvidindo informacocs 08 peito das possiblidudes e das consequéncas. A afetvidade na Felagao clinica faz a dferenca para que a pessoa snia-se hor ‘aderida eo tatament, constrndo um vinculo que, 30 me ‘mo tempo em que ej tecnico, aja cumplicidade do afeto, 0 ‘qv implica desenvolverhabidaces apropriadar, ter embat: mento te6ricoehasearse nas necesidades «nas expericneias indvidusis® Se, de um lado, existe a pessoa buscando ajuda, com todo seu conexto estas ecesidades, do out, existe 0 médieo, 0 Que tornainevitéves as segues divides como vai sua ds Ponibldade e sua disposi? Quaie sao suas concepeoes? Seu Aeseo de empatia? De ue tersp dpe? Oue presto sofre da demanda que o espera para o atendimento? Como vai asua vida pessoal? Como vat a sua formaydo continua, seu estudo eo seu Trabalho? Qual a recondagao de experiencia pastadeidéntica ‘que tem ma sua frente? Ou Sea, €fndamestalexuza 08 aspee tos subjetivos do medico e da pessoa para que ambos come cem a sentir a auagéo mais humanizada, €om 9 reconhect ‘mento das emogdcse uma prtica autorefeaiva ‘O médica de fala c comunidade também precigs leva fem conta que, por euiar de membros de uma familia, torna- “ae parte do complexo de relacionamentos families. Solre-se ‘constant influénciapelasemogdes vivencadas. As pessoas 6 ‘io encontrar respostas aos seus apes se permitrem a apro- Ximagio do médico. Entdo, é por meio do afc e deur abot agem centreda na pessoa gue se pode dar respostas. Observando outrasconsultas, € possivel comesararefletir sobre come tomas «consulta mais efetiva, Observar suas 6 tultes por gravagdes€outea mancirs. ‘Onde smd eam O.que fazer ‘Onde as pestas eran ‘aque fazer TT resipor ques pes no — se pacers « eplarquints ves forse — AGwaueontaotempaatde — sisar welisonss ee veered eal {oes pra posta ler que eh emma marie = ‘a ors ene er Cour, ena de Convene Gee ~ Sets fed sew nes Er matt erates Wounsgnes” tem one a ~ bear em abr spss de 2 psa ~ per esa peas uma” i soprae ou peasonat {quando ecsten ou ‘utr pein rk abet Ses Sabres doer, as recede b> _ ~ Far sere tacanere usando bon see = Serer abr om a esa eect out ~ sar gag adage, que pssst Nee terse pl leet ~ Soe restates psa, ese ‘qieconcwer gesevoetsrareho tases corte ‘seo sirens ‘go nases = ngs no watrenta mesma = Cito nb eats 8 vote uando scour reiresioe conemtsee vast Sebeacon ewese sds = ces gaia anele wl = Cheow tersutajscompeen- encom Catosoucecorfae names — flo dagrstco ou por cosas = Ceuta do mca» secede pocraresosetisenas = Mere sie medcagses tors ov ner went, Big veo esthad de x ads Tar sos = dir do arose peas mid entree trons de queae er oor ress rte: ‘ar cocsees pecpradss- Const como médica mat = Casose si contange crust spoon We esulades ce eines sem leuenpresaeeio fal ‘rear sporchidae de ereannhsiosone — Suoairamomesce Topetasens Fomor (© método clinico centrado na pessoa 3. Rlaborar um projeto comum so médico © 3 pessoa para EExistem varios modelos de abordagem & consulta, todos se spresentam com seus poplos fortes suas limilagdes, Tambcm fxistem diversas sistematizages da consulta em elapas pat ‘um melhor desempeaho e resultado, Mas consieravse que a consulta na prtiea do MPC apre sentacaracteristiasespectias relacionadas continuidade€ 2 longitudinalidade do cuidado que, de cert form, ivic ‘Zam uma consulta psso a pass. Pode-se dizer que e consulta €“rizomatea’, pois. a patir do momento em que a pessoa e ‘médica fazem comtto, ela pode tomar eaminho diverso da aquele que haa sido planejado ou esperado Por exemplo, 20 chamar uma pessoa, 0 médico pode ser surpreendido por cla fnirar na sala mostandolesdes de pele. Ow pode sentar «| Iniciar achorat Ou pode dizer que nda quer conversa, apenas enovar sua medica¢io Prtanto, mais do que uma Sequencia, € importante 20 MFC incorporar um método que assegure {que fat aitudesserso na boara do melhor euidado poston (qe est consultanda, Endo apenas uta sequéneis, ‘Considerase que o metodo que englobac sistematiz o versosaspectos postivos das dferentes formas deabordagem 0s problemas de sade 60 método da abordagem ceneado na pes ,"o qual liza como proposta metodoigia pars que uma ‘consulta atenda i neceeidadere a expectaivas Ge medicoe _estoas,abrindo camino para uma consulta adequada em APS. (0 método clinica de abordagem centrado na pessoa tem seis componentes 1. Explorar a docnga e a experigneia da pessoa em estar docnte 2, Entender apeesos como um todo ines smanejar os problemas. Tncorporar prevencioe promocio da sade na pitica dita Intesiiea telagao médico-pessoa Sertealista, 0s seis componentes do método de abordagem centrado ‘a pessoa sio epresentados deforma separade, mas, na pit a estéo estritamente intligadas,conforme represeblado no ‘iagrama da Figura 131 0 melico habilidoso deve mover-se ‘om empeaho para frente e para tris entre o see componente, sequindo as deixas” ou “deus” da pesto Hes ena de ir vit" €0 conceito-chave pars lz e nsina ométodo da bor ‘dagem centrado ma peta, la roquer pric exprinci, ‘Como jd falado, a consulta tem visios objetivos,etapas, tarefas, que esto sstematizados nos componeates da abor ddagem centrada na pesto, os qua vamos agora deserever, ‘elacionando com a pric, 1 Componente Explorando a doenca e a experiéncia da pessoa coma doenca ‘Uma determinada doenga(alsease) & 0 que todos com ess patologia tem em comum, masa experiencia sobre adoengs (ines de ada pessoa € unica Dr Mio eee do fo De Mato: exe esetese, dna Raa em ue sass idaho?” $ Fi : F E 5 A A 2 € 8 1—Comranio does eipitncs ds peioy_2-frterdend pees oro um to Sigua see Seiad ke ae sete 5 x Biase none Fs ag 3 i Bg Bare di a Fo) St esianio — 7 a Pee caf 3 FH «capers presen Fe) 6Sendo sia ‘ pomesuo ade > ee =I ds se Fue: cosine ED iis tscos 5 Sosa That res 3s ++ Use adequado dos = Identificagéo precoce Ea] rciostiponer Theda Se compe ‘ona Resa “Douay, in corsa, pis tee me sean mito ‘ral em args, 30 consig rear tienes de xs Dri cexperiéneia com a doenga requer uma abordagem adicional ‘© método clinico eentrato na pessoa tem seufoco na doenga or ‘Ht Neuse has so dorado qeenceumas ems qatr pinip meus de ipeenia fe pessoa rims Aewquctseropnsn sino SoserOusetcuee coma oun Sun os” vem as ones in waco ee ‘Kena pene ue Mops ae™ 1. San Sein sobre que terra com Esse primeito componente envolve entendimento pelo “Ache que ¢ a menopause chegando, dovtor.” médica de dls comets de side-dooga com us pstour d= 2.-Seus aentneno,pincipalnenlemedos sobre estar fear ner Sora 13). ates cone so fandamertie tne pur defini Go cts a eng upesada seston seme: Teapot patolgi Sei adotadasnterpsteio que cons "0404 a € ap as oe Nika vena coneou asm € Sieredrse™= oenga eller = experizea comadoenga ——evaecomcire ‘A preragho de tm euidado few tequcr stint 5 raco de eas problemas na oevpagio tanto para as doengas que acometem a pessoa quanto para: imps Pr "Pass 2 ipcteni peoa com us dongs O ato > “M0 ego ea a ats de cas Me mat ees ‘a Convenciona! eatin s Goengs nero entendineso éa ths wa rederan ven voursva ema” doen a exert de dene ons cons ‘ies € sepennca peso jee de pesos, Strimeras perros « sero "dconporsnetoae avenues ore Sew poae eens d cores ‘commodo ‘oa revs dor Soa Sofimento 4 Figura 13.2, J ‘mes A deena separ 6 pos contac fhe Ares? 4. Suasexpectativar sobre o gue deve ee fit: Quem sabe precio fe uns exes [A chave para cttaabordagem éprestarstengéo em “ica da pessoa relacionadas a esses aspects. O objetivo & seguir @ «ondugio de quem conslta para entender aexperineia do sea onto de vista Ts requer hablidade do médico uo entrevista, ‘blendo informages que o capaitem a “entrar no mundo de ‘quem busca sada” Um exerplo de que iso no fi aleangado fo decorer da consul 0 “comentario da magancta” quando 4 pessoa, 2 final da consulta, diz algo como: “Ah Dour, tem als tua coisa que eusaexquecendo:.)sgniicando que 0 ico perdeu as dics inca ou que a pessoa Linalmentereunia ‘coragem para falar de um avant sie antes que fons tad. ‘Multa pessout com problemas atitomiticos nos sentem oenes endo acsitam ajuda oun seguemo ratameato, como ‘corre com fequéncia na bipertensio eno diabetes, Por otto ado, bi pestous que, preocupadas com a possblidade de ter ‘gum problema, podem se sentir doenes sem ter doenga alga buscam realizar exames ou mctmo testament. Em fnga0 esses dois aspects, pessoas e médicos que reconbecem esas sluagde, que conssgvem vera siferenga petecher 0 quanto {880 € comm, estho menos propensos a buseat denecetsata: ‘mente uma doeng, a realizar prevengio em exeesso ou tatar pré-doengas (disease mongering), Emiboa presente, uma éocnca ode nin explicar de modo adequadoosoftimento gue traz, una ‘Yerque aquanlidade de algo que apessoaexperimentarefere "se ni $6 a repereusdesorginieas, mas prinepalmente 20 sg sfeada petoal da experiencia da docnga, Entio,omédica deve loblerde quem esti doen a eeposa estas pergunias que mais esi preocupando voce? Quanto o que vor esté sentindoafeta sua vida? ( que voct penss sobre isso? ‘Quanto woe? acredita que eu poss audar? A parts das respostas is perguntas anteriores, evitame-se as interagdes tipicas comtradas ne docnga, nas quaie 0 mee co tom como primeira Lela laner 0 diagnostic, alendendo {vez da medicine", em geval nio ouvindo a pessoa sobre fas préprin tenlativar de dar sontido ao se0 sofrmento, AD ontzitio do qu se observa a interacio centeada na doen, Enecessria uma sbordagem na qual o medic dé proridade para a pessoa expor seu modo de vida como hase para ene: fet, diagnostcare trata os problemas “A-bstoria de uma doenga&, antes de mais neda a istria

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