You are on page 1of 16
MILTON SANTOS " Economia Espacial a Criticas e Altern BS vosron sonox vest Mania TREN [intr t= PLANEJANDO © SUBDESENVOLVIMENTO E A PoBREZA abdesenvolvimento ¢ da pobreza no T mento, Nem seq} 0s paises subdesenvolvidos nio conhecem outre Sem o planejamento teria sido impossivel atingir-se uma intromi sio tio rapida ¢ brutal grande capital nessas nagdes. Nao creme indispensivel A manutengio ¢ a0 agcavamento do atrase. dos paises pobres, assim como ao agravamento ou a exacerbagio de disparidad Planning Underdevolopne fied de “Planning versus History”, conferén ronunciada na Universi de Columbia, Nova ¥ arco de 1977. F Radical Journal of Geography, vol. X, 1998 s aes, como Cuba, cia do Norte, Vie i sti0 exp Jo 0 planciamenta so yan ¢ Nosso objetivo neste tr é analisar as condigdes que levaram 4 implantagio ¢ ao desenvolvimento desta idéia, e 0 mecanismo através » qual ela tem sido levada a efeito em diferentes perfodos da historia. © Phaneramentor INsTRUMENTO Do CaviTaL Até a década de 1930, a teoria econémica postulava que, numa taneamente dtima, isto é seria equilibrada, Portanto, a in ‘onomia eta considerada prejudicial, Quando, com a crise mundial, os fatos contradissetam esta suposigio, a intervengio do Estado pa litica do' laissez-faire) fora condenada por Keynes desde 1923: percebera-se que, para garantir ao mesmo tempo o bem-estar e o crest: mento rapido, era necessirio en cara o: vernamentais como um novo fator dindmico Aguilar, 1970, Tal como é descrita por J. Tinbergen (1959, p.15-18), a fungio do planejamento é garantir, dentro da lei eda ordem, um minimo de segu- nga e de estabilidade, € prot propriedade, é promover e estimular o investimento privado. Para W.A Lewis (1968, p.15), ele constitu uma providéncia macrocconémica su (08 investidore postamente capaz de criar um clima de confianga ent A seguranca e a confianga, assim como 0 estimulo ao investimento privado, deveriam ser criados com 0 auxilio do Tesouro Pablico, ow seja, dos pagadores de impostos. Tornou-se, portanto, necessario just ficar com argumentos de peso a transferéncia da poupanga dos mais para isto do que a linguagem cientific As categorias da ciéncia econdmica, tal qual as da politica econé mica, sdo as da economia politica. A economia politica descreve area lidade; a politica econ6mica parte desta base concreta pata definir as mudai desejadas. © planejamento transtornow este sistema logic de raciocinio ¢ impés um sistema formal, dito pragmatico, Uma politica econémica determinada a 1 €, assim, imposta a economia politic A servico do planejamento a economia perdeu seu status cientifico € se tornou simples ideologia, cujo fito & persuadir Estados sigio de uma ideologia de sociedade de consumo as populagdes. Ambas combinadas induzem ao capital estrangeizo € accitagdo de metro apli cia € 4 dominagdo; A dominagao através da dependéneia. Este tipo de planejamento niio é ciéncia, “A cincia se perde quan do a ideologia comesa” (Godelier, 1960). Além do mais, esta assim a teoria do planejamento toma por premissa uma definigao necessidades estranha & sociedade em questo, tornando impossive por este préprio fato, qualquer modelo de desenvolvimento nacional A fim de realizar com suc entura da dominagao econdmi que de fato © planejamento representa, tinha-se, a es de tudo, que inventar 0 Terceiro Mundo, Tarefa facil, uma vez que pessoas aparen temente bem intencionadas haviam langado esse termo. © subde volvimento foi, entio, discutido, condenado, definido em um milhar dos diferente uudo em tempo recorde... eos homens do mundo mais pobre esqueceram por algum tempo que pertenciam a um mundo explorado, convencidos de que estavam realmente num mundo subde senvolvido. A pobreza, um fendmeno qualitative, foi transformada num pro: blema quantitativo ¢ reduzida a dados numéricos. Forneceram-se nii rmeros indices para provar a distancia entre paises ricos e pobres e para inferir que estes iilrimos deveriam imitar os primeiros se quisessem quist minagio econmica. B. Higgins (19: ibdesenvolvidos ajustam-se aos modelos dos alvendo mas, havendo partido atrasados, os pal e apés a Segunda Guerta Mundial que este tipo de idec logia, produzida no centro do sistema, encontrou condigdes favordveis, que Ihe permitiram atingir praticamente toda a humanidade, Para este necessario que a difusio de idéias f neralizada ¢ in que, conseqiientemente, um modelo de consumo se estabele por toda parte, mesmo que com diversas variagdes. Nao tem sido icientemente mencionada esta genuina revolucio cultural em estilo americans talvez seja por isto que o subdesenvolvimento, ainda se agra vando no seu atual estigio, nfo tenha sido suficientemente interpretado De 1945-1950 em diante, o aprofundamento do capital jé nao mais anicamente na dependéneia de modelos de producio. Mod los de consumo, muito mais rapidamente difundiveis, também contri buem efet mente para a penetracio do capital e trazem os mesmos resultados, porque carregam em scu bojo os novos modelos de produ 40. © planejamento tem tido um papel a desempenhar neste proces so, Ele € um desses conccitos-chave eriados pelo sistema capitalista -omo meio de impor por toda parte 0 capital internacionalizado’. case 0 artigo de McGee publicad em An cerca da importincia da leologia na distor Guy Cait {du développement pp. 5-30; G Labiea “Pour une approche critique du concept idéologi”, pp. 31-46; Furtado “Lem Jeveloppement ele futur diets monde”, pp. 57-68; Destane de Bers "Lesous-eveloppement: analyse ou epresenations”, pp. 103-134 Isto, por sua Ye, (oi agravade pela popularidade da idéia de planejamento do A fé cega em taxas de crescimento (Lassudrue-Duchéne, 1 ‘ostentacdo estatistica” como a descreve Polanyi, “tornou-se a princi pal preacupagio das modernas elites de vocagao politica, quaisquet -xceléncia e a medida maxima do pi Kende, 1971, pp. 16, 23} 4 nao dizia Pandit Nehru ( ‘os templos da nova f@ Asn estabelecidas a fim de justiticar 0 uso de mais e maiores cap a, 1958) 4 ps. represax earn 2s de eficigneia e de racionalidade também tinham que ser ‘eciso demonstrar que 0s paises subdesenvolvidos eram ineapazes de > capital para seus investimentos modernizantes sidade de thes fornecer “ajuda” ou de Iles portanto, provar a ne emprestar dinheito ou, ainda, de encorajar a entrada de capital priva do. Os objetivos da assisténcia técnica foram claramente definidos pelo xesidente Harry Truman, em sua mensagem de 24 de junho de 1949 20 C timentos de capital se tornem Ecutiferos; investimentos de capital pri sso americanos “...a criagao de condigGes pelas quais inves vado paralelamente aos de organismos internacionais tais como 0 Banco Mundial; a introdugao de novas garantias para o capital americano no Exterior”. Recomendada, quer direta quer indiretamente, pelos apresentada como um gesto generoso, a ajuda de faro planejad nada mais é do que uma forma, insuficientemente disfargada, de con pobres pelo capital, e um veiculo de dominagao. quiista dos pais Foi assiin gue se aplainou o caminho para 0 endividamento perm nente ¢ cumulativo, ¢ para a distorgao de toda a economia, uma vez que, para pagar as importagdes ou 0 servigo da divida, riquezas mir rais tiveram de ser alienadas e a agricult de ser canalizada para a produsio de exportasio, ral persuasive, para aumentar a ajuda internacional aos paises subdes aides” (Ming, 1968, p21 O conceito de mercado limitado e, também, o de capaci € mitado ¢, também, o de capacidade ocic pertencem a mesma familia ideolGgica e constiruem ambos um convi aberto ao capital estrangeiro. Eles ganharam maior cred m udado a apr a dependéncia dos paises subdeseny " capacidade ociosa representa uma salvaguarda por parte do mon io contra a entrada de outras firmas no mercado, Sempre qu dhistrias so monopolistas, elas fixam seus préprios pregos. Nao ha r lagdo mecainiea entre 6 produto idade produtiva. Neste caso, balango de poder & muito mais de natureza politica, Por outro lad de aumentar a eficiencia e a produtividade das firmas. Esta teoria esta. eleccu-se sem dificuldade. Barreiras alfandeg.irias tém sido abolidas ou afrouxadas, ¢ 0 assim chamado livre comércio tem sido promovido centre 0s paises. Na verdade, o que foi realmente promovide foi a esta belecimento de empresas transnacionais, Quando as estatisticas mos: ram a expansio do comércio inter-regional elas de fato dizem respeito 20 comércio entre ficmas transnacionais para as quais véo os lucros dessas transagdes' nente. No entanto, Raul Pre politico, nao eserev gicciangeien ic eu que “a fim de se atingie imtegracZo de se incluiras massas de populagio excedente e marginal na mntegrar-se internamente” (Maza Zavala, 1 Outro dos refrées bisicos dos planejadores considerar essencial 0 Friedmann, urces fi pore just bi Excta bo E nw iuture, 1966, p. 39), 0 que Pi Segunda Guerra Mundial, um niimero crescente de economistas co preocuparam:se mais com problema 3 libera q indignaga iens, um eapricho de nossa mente jé qui nao tem existéncia no mundo concrete ie que pér de lado Durkheim afirmava, j4 em set mais especifico, as proposigd >, enquanto o s. Mas que espécie de cerca desta despersonaliz. Lucien Febvee, na mudan ica, Alexis Carrel (1950, 5 poise Gecon elevama este nivel! Desligadas do tempoe spaco elas nio parecem depender de qualquer forma de organizagio social” (1953, p. 213). Eé através do processo de produsio que o homem transforma a nature a fim de gara at s Po tanto, a economia se realiza no espago € nao pode ser entendida fora referéncia. Sempre que a economia divorcia o hom: do capital, tipificado pelos meios de produgao, e disassocia o capital do mulagdes esto destituid proprio espago que ele modifica, do espago e do homem. A nova ciéncia espacial deveria, portanto, basear suas reflexdes numa ‘Sica a-espacial?, Foi assim que se chegou ae paradoxo de uma ciéncia regional desprovida da natureza e do homem. Seja chamada de anzlise regional, de cigncia regional, de economia espa sistema. “Se na visio ideol6gica os hi porque tal fenémeno emerge de seu processo histérico de vida tanto quanto a inversio de objetos na setina em ida” (Marx ¢ Engel, 1967, p. 14; Ocorte, entio, uma divisio de trabalho entre as duas disciplinas economia é confiada a apologia do capitalismo; e a rarefa de dissemi nat o capital em varios espagos nacionais € confiada a ciéncia regional. Segundo um dos argumentos de J. Friedmann (1966, p. 61) 0 deser volvimento regional é 0 resultado de um processo de investimento, 8. Se voltaemos ao XVIle XVIII, passagem de uma economi ‘quanto, no séeulo XIX, les dedund = quando era hips implicitas oa expliias, A p diss deduidas fazer supor que os Fenomenos econd pave (P Doxkes, > 9. G.GapperteH. Rose (1975, p 11)es rem tentad consteuir and outro lado, “o carater aberto da economia regional sugere que bo: parte de seu crescimento é moldada por forsas externas”, Esta tam Pr bem € a opiniao de Berry ¢ impulsos de am de fora, sob a for de de andas por especialidades regionai E uma vez que, de acordo com esta abordagem, os paises subdesen: volvidos carecem de capital nacional, eles so compelidos a abrir suas portas ao capital estrangeiro, A citncia regional e © planejamento eventualmente se fundiram. Hoje é praticamente impossivel encontrar em periédicos especializados como um todo. Qualquer consideragio de natureza social é rejeitada mo prépr processo de planejamento. Mas, quantos economistas ¢ planejadores ém a forga de carditer de admitir, como o fez. J. Hillhorst (1970 que a teoria regional do desenvolvimento nao existe Uma das fungdes atribuidas ao planejamento r nalizar a estrutura interna de dominagio e dependéncia, a fim de os interesses do sistema e ndo exclusivamente aos interesses 2, p. 119). Quando J. Friedmann ajusti-la da regido dominamte (Boisien 1 alii (1970) sugerem inter alia a modernizagdo do setor tradicional de atividades econdmicas, assim como toda uma série de medidas des- tinadas a promover a entrada de capital e sua difusio no espaco, como Jc evitar a tentagio de medir aquilo que G, Desmond (1971 jocentemente chamou de “nivel de nao intencionalidade”? Existem muitos exemplos da contribuigio da ciéncia regional, da geografia © do planejamento regional para a difusio do capital; é 0 caso da popularizagio de teorias tais como a dos lugares centrais, a dos polos de crescimento, a da descentralizagao e desconcentragao in. dustrial das grandes cidades, a da industrializagio deliberada centralizagao concentrada. N: banizagdo se tenha tornado muito controverso durante o periodo em que a idéia da “matriz locacional”, de Schulz (1953; gragas a categorias econémico-espaciais tais como as de economias externas, economias e deseconomias de escala, cujo papel é justifiear Quem nao conhece este debate entediante, patrocinado por certos periddicos, acerca de se as cidades nos paises subdesenvolvidos sio parasitarias ou geratrizes (Hoselitz, 1953, 1960), ortogénicas « nicas (Davis Golden, 1954), imaturas (Bose, 1965) ou maturay Sovani, 1966)? Ele nem sequer chega a ser um debate genuino, uma vez que no envolve problemas substantivos. Apreciando essas di {que requerem substantivos para sua explicasaio”. A urbanizagao como nsuficientemente fendm ncial e espacial ainda perman explicada, Os aspectos essenciais d c s produtivas, a ade r lo das aptiddes naturais ¢ esta se tornando mesmo tempo mais profunda e mai speculativa: existe uma maioi ecessidade de capitais crescentemente volumosos; 0s recursos socia: também tendem a se concentrar em certos locais onde a produtividade do capital é cada vez mais alta. Tudo esta ligado. A atragio da forga de trabalho é um corolario dos investimentos € os salirios mais baixos sio um fator adicional para aumentar os lucros ¢ inflar a mais-valia de zrande capital. E por isto que se depara com uma concentragio cum: lativa de investimentos ¢ de populagdo nas mesmas cidades. A tendér cia especializagao agricola se acompanha da expansio do niimero de salariados, da extrema divisio social do trabalho e da concentragio p des do sistema. |. A ucbanizagio ea primazia se apresentam como processo de difusio do capital, Este destréi autarquias regionais a0 penetré-las & provoca uma especializagao especulativa de acelerar a: peragdes monetirias, as quais crescem em conseqiiéneia da: i que as mais das vezes resultam no fenémeno da'macrocefalia, A p » de capitais adicion ainda mais volumosos. A populago que lota estas cidades em ripido crescimento constitui mio-de-obra barata ¢, por sua mera presenga, ma maior lucratividade de empreendimentos industriais. © capitalismo esta conduzindo uma guerra clausewitziana: “A Luprema e a estratégia mais simples consistem em coneentrai 5, p. 291). Nao b: nizagdo. Esta também tem que ser macrocefilica e cur sas forgas” (Clausewitz, 1 ‘a recomendar a urba ilativa. Nao ¢ fato que B. Berry (1961) deixou de considerar as distribuig&es log-normais como a melhor solugdo para os centros urbanos dos pai dades primazes nao mais devem ser encaradas como tal (Browning, 1968, p. 116; Hirschman, 1958, p. 185), uma vez que so necessaria 1 difusio mais e4pida de inovagdes. E preciso ser tio inocente quanto J. Harris (1971, p. 140) para afirmar que os “investidores ¢ localizam suas empresas nas cidades capitais por causa de suas melho= res condigdes de vida e de suas amenidades, mesmo que outeas local zages possam ser mais lucrativas”. A teoria dos lugares centrais foi uma justificativa teérica dil da xxistencia de grandes concentragdes. Baseada num tipo de geometria ue a vida € incapaz de reproduzir, seu prestigio dura até hoje, mesmi ue nao tenha avangado além do estagio que atingira em 1939 (Carter A maior inov 40 veio do fato de que os novos tedricos esque ceram completam preocupagio de Christaller (1966, pp. 72-98 A tworia dos pélos de crescimenta serviu 4 difusio do capital no espago. Mais tarde ela foi acoplada A teoria dos lugares centeais sob pretexto de dinamizar tanto esta tiltima como a teoria da difusio de inovagdes e dar crédito A idéia de uma “filtragem descendente hiers quica” de Brian Berry (1969, 1972). A experiéncia mostrou que nio pal (Nichols, 1969), Mas de forma alguma tratou-se de abandonar a teoria, Os fatos so supremos mas sio ainda mais quando a servigo A idsinae eta os satélites préximos as grandes concentra Ges, tal como Friedmann (1966) recomendou para o Chile, reflete 0 mesmo desejo de promover a entrada ea permanéncia do grande capi tal!!| O mesmo é valide para a teoria da descentralizagio concentrada Rodwin, 1960) e'da urbani: 168). Sob cio deliberada (Friedmann, 6 disfarce de promotoras do crescimento, el no tém outra funggo m de coletar o excedente e envid-lo para cidades maiores e para 0 estcangeiro (Doherty, 1974 P, lo mero fato de que toda teoria do comércio internacional esta anha im portancia ainda jor com a internacionalizagdo do capital. Nao se deve, portanto, ficar surpreso quando gedgrafos ¢ planejadores reivin: dicam marcos comuns. B. Berry (1969, pp. 274, 11, Para Friedmann © Mann sos do MIT Je neaveis por esse venladeio desal naio que gop vana, na Veneaucla. Eels insstem em resent rl 2 regional (Redwin, 1960) Trata-s localizado na Venezuela b a socieda sconoria desse pas (Teavieso, 1973; Bacto rado dessa solugd0, No caso latino-americanc todos as niveis, um adv Pedersen ¢ Stohr (1969) clogiaram as vantagens prospectivas a médic prazo dos mereados comuns para a estrutura regional. Segundo cles, a melhoria dos transportes e das redes de comunicagao ¢ forga, result da criagio de mercados integrados, levaria, através de um duplo pr cesso tanto econdmico como politico, a redistribuigao das atvidadese da riqueza denteo de cada pais. Ainte .gragao do espago através do transporte € um elemento essen= alista, Na sua fase an primordialmente interessado nas rotas que ligavam os principais ce consumo, Agora também ha preocup: mais, A minimizagao das distancias estimulard a especial sumo. A troca inter-regional expe mentara um desenvolvimento importante, trazendo, como conseqiién nego monerdrio e uma tendéneia geral para a fato um cavalo uanto.as obras de grande porte, elas si um presente envenenado, Estes investimentos envolvem outros de pe al ou ainda maior, gradualmente conduzem o pais para uma posi do de dependéncia, cuja constante é 0 aprofundamento do capital de corna-se facil compreender com Sabendo-se que a estrutura dos investimentos tem um contre cisivo sobre a estrutura da produgio este tipo de politica pode levar a um tipo de dependéncia duradour politica de consumo esta ligada A da produgo e nao se pode conceber 1m sistema socioecondmico redistributivista que no passua ox meios de oferecer uma estrutura de produgio adequada. Isto € ainda mais, dificil em paises pobres, onde a estrutura de investimentos é rigida € desproporcional em relagio aos recursos nacion: rda da unidade nacio A consolid nal contra partilhas regionais sao taret uurgentes que, ironicamente ajustam-se aos esquemas de penetracao do capital internacional, por jue a integragdo politica também significa integragio econdmica. Uma vez mais os planejadores tomam a defesa do grande capital ¢ (05 na infra-estrutura urbana re dese condenada ao trabalho ocasional. Entao resta somente seguir 0 conse Iho de S. Wellisz (1971, p. 49} programa compelicd o Estado a investir em ativid: nen ic trabalho, desenrai za eas semi-urbanas ou curais, seja abun: lucrativas que so, todavia, indispensiveis 3 presenca de out ccialmemte, do capital pela presenga de uma infra-estrutura urbana e industrial. O relatério estrangeiro. Obras de grande porte em transportes, comunicagdes de uma missio d es Unidas no Quénia"* chega mesmo a rec produicao de energia reduzem eustos para as firmas maiores (Lindbeck mendar o estabelecimento de novas fabricas “proximas de recurso 1975), E.assim que os recursos do Estado sio desvalotizados no pré: pabitacion oniveis, se isto puder ser feito” (Bloomberg e Abrams, } Enore as medidas que visim 4 promogio da peneteagao do capital, bem-sucedido". necessidade de modernizagio das 4 imperativa, Ma para isto, a idcolo cle maléfica” ou das “migragdes perve © PLanesamenr Uso v © Est sas” teve qui cartada, pois o sistema necessita de reas rurais modernizadas tanto quanto de cidades populosas. Pa fim fo A penetragao dos atua capita . manofaturada uma teoria sobre migragdes amplamente divulgada ano naa teenie forts panto ttpemsnes ee Todaro, 1969, 1973) as pessoas vio para as cida. sidades, momentos € situagdes, mas o impulso que tem atras de si per- ades atraidas por be faturo Distin pel deologia, Mas em cada w jremos tds fases sucessivas. A primeira foi a penetraca Na década de 1950 pensava-se forga. Como no caso das na mesma linha de H, Browning (1968, 7 17-118), que,a fim de melhorara poclemos encontrar aixa produtividade, poder-se-ia lement 1 e de forga bruta combinados. remediar 0 subemprego aj © que realmente ocorre nas t8s fases & um processo de penerraga para as cidades, onde ela seria abs Ia forsa do trabalh Oa : docs slanejado. Mas na primeira os colonizadores no sentiram necessidade trial, Em dois relat6rios escritos por volta de 1955 acerca d a de disfarcar sua atividade"’ Esta é a razo porque o termo planejamento, rurais no Quénia, pensava-se q fe seu haixo nivel estimularia 0 desen folvimento de uma forga de trabalho: urhana, totalmente engajada etor industrial emergente. Na época de Marx, a criagao de proleticios € de lumpemproleticios ea 0 ponto em questio. Hoje, 0s mecanismo: do sistema produzem protoproletarios, como McGee (1974) chama s Mogia "a tea d essa enorme franja da popuilagdo pobre que nem mesmo constitui uma = teserva para o exército industrial de reserva, mas que est to-somente lo homer”. Mais por DeSouza ¢ Por izado” também tem que estar a servi Zo", uma ver que seus resultados foram mais positives do q ‘ ta tac da a pe médiss firmas, que conti h India. 0 ane r _ red " se nacional i dade, oaave more hoje sinénimo de estratagema e de hipocrisia, 6 comegou a ser usado exrensivamente na década de 1930, primeitamente pelos paises dlesenvolvidos quando estavam tentand! jugular para si mesmos os 10 208 paises dependentes. O planejamento tornou-se, entao, na Africa ena Asia, um substituto d em sua Filosofia do Direito colonizagio. As palavras de Heg provaram-se proféticas: “a independéncia das colénias prova ser da substituiam vantajosamente © colonialisme processos de mer: Lindbeck, 1975, p A forca se expressa de diferentes modos. No México, na época da ‘onquista, 0 viee-rei Bernardo de Calvez encorajow a venda de bebidas Apaches (Braudel, 1974, p. 178 stn aleadlicas aos indi modo de criar uma r Wa necessidade que os force a reconhecer muito >a nds”, Na india, a Inglaterra destruiu manufaturas de algodio para monopolizar a claramente sua dependéncia obrigatdria com relag subseqtientemente, Em 26 de julho de 1873, quando companhias par ticulares jas mapossado da maior parte das terras na Argél Assembléia Nacional francesa aprovou uma lei institucionalizando 4 propriedade privada. Isto foi feito com o fim de desmantelar com: plctamente 0 antigo cli comunal e ajudar a penetragio do grande capita Seja qual foro perfodo historico,seja qual for o continente, 0 rst! tado é sempre o mesmo: a ruina dos paises dominados e a acumulagic na metrépole. XVI para as Amé século XIX para a maior parte da Africa. Na Asia e na Africa, a colo: mesmo em cada continente: 0 s o fim d dologia politica de penetragao, assegurada pela resenga e agio militares. Na América Latina, descolonizada politi nente desde o comeco do século XIX, foi uma questao de neocolonialismo. A idéia de progresso, herdada da revolugio cientifica © do ¢ ‘olucionismo, foi substanciada na linha positivista de pens: senvolvimento de monopélic causa do aumento da concentragiio de capital, A revolugio teen isco €, a nova revolugao cientifica, aparece como essencial. De fato, 0 sistema tira dai modos de aumentar a agas umulagio e, igressos na difusdo de idéias, encontra os meios de impor novas idéias minantes. Esta fase comesa por volta da década de 1940, mas s6 paises colonizads apitalista é bem: Os resultados desta fase sio Sbvios. O sistema sucedido em estabelecer uma maquinsria eficiente para coleta de exce dentes, no mais baseada na producto dos modelos de ncios de comunicagio de massa. Contudo, a distor consumo implica a distorgao da estrutura de produicdo e vice-versa. O processo de acumulacko em uma escala mundial foi um corolirio di um processo cumulative de empabrecimento, Quando os pobres per ceberam que tinham sido enganados em suas esperangas ¢ que era: Igo de Chegamos agora a terceira fase que, a0 contrario das outras duas, spalha-se praticamente sem lapsos cronolégicas através de todo 0 Terceito Mundo. De ora em diante, dever-se-4 dar aos pobres a im pressiio, e nilo somente a esperanga, de que estio emergindo da pabre ssardo portanto a testemunhar um aumento em termos ab s de sua renda, isto é, de seu consumo de hens e servigas. Mas Idade, © que significaria a morte do sistema, a pobreza na iminada, apenas mascarada. Esta nova fase no processo de mo zagio capitalista conduzir’ a uma nova forma de pobreza, a pobr plane Como fazer isto? No setor publico, gastos de infra-estrutura terdo que ser aumentados is expensas dos investimentos sociais, as areas erta ou disfarcada de tecnologias de uso intensivo de cap leverdo ser estimulados. Infra-estruturas fornecidas pelo Estado tam bem ajudam a trazer indistrias poluidoras qu nao mais desejam, Entao, novos investimentos ser despoluir. Estes novos problemas ambientais podem bem tos um golfo de investimentos, sulicientemente amplo para substituir élicos, Tendo a transferéncia de tecnologia sido acusad amente, de jas", De novo outro engodo. Mudar 0 tamanho das indiistrias ni pital e o trabalho. Além disto, tal solugao pode significa to de custos!”, enquanto os mecanismos que geram dependéncia ¢ po. preza permanecem intatos, O que os paises do Terceiro Mundo neces sitam € de uma combinagio adequada de tecnologias que assegurem nto o creseimento quanto 0 hem-estas, dentro de um outro sistem: Sob o novo projeto, a modernizagao das reas rurais aparece com onal ¢ para a in: trodugi0 de novos modelos de consumo que possibilirario a difusdo pansio de uma economia monetiria. A necessidade de capital com uma diminuigdo da mao-de-obra cura ind nendada, apesar do fato, geralmente reconhecido, de que : ‘ ham i iti minim p Harris (1971, p, 148), "a : ele spore Muller Planenberg (1971) demonstra cuidad sépica 4 Este planejamento antecipa um remédl do nivel } © equipamento comprado n P D resultado ¢ 0 andono parcial ou total da essidade de pagar pelos al nova ideologia rural aponta uma urbanizagao mais inten 10 da produtividade do setor pobre da recomendar medidas que levem a uma maior subordinagio tecnolégica, financeira, Se este tipo de p inferior continuard a inflar o excedente do outro cirewito (Santos, 1975) © 08 que hoje so pobres contribuirso ainda mais para a acumulagao ‘numa escala internacional. Mas, entio, para evitar o risco de uma re belido pelas massas empobrecidas, 0 controle populacional deve ser introduzido, © que signitica “eliminar a pobreza pela eliminagio dos sobres” como coloca Maza Zavala (1974). Usilizemo-nos de Todarc jamento eapita sopulacional nao produziu resultados satisfatorios, di correr a meios psicolégicos ¢ manejar os fatores que afetam a tomada d decisio pelas familias (de ter filhos, naturalmente!), porque a long prazo pode haver pouca esperanga de se solucionarem os problema de congestio urbana, de desemprego e do meio ambiente, a menos que retardemos 0s extraordinarios indices atuais de crescime capital internacional, Por um lado hé apenas dois paises, os Estados Unidos ¢ a Unido Soviétiea [o original € de 19° milagres da navegacio espacial ¢ do progresso técnica, conhecem a extensio de seus prdprios recursos, assim como a dos de outros paises. Por outro lado, e isto € mais sério, a pesquisa social ea difusio de seus resultados sto também domi das pelos paises desenvolvidos, pelos > feito da Roma An Estados Unidos em particu! a, de impor sua do. O control linguagem sobre o “mundo eivilizado”, quase foi repe do comércio editorial é suficiente para envolver a difusdio de idéias ne processo da reprodugio capitalista. Além disto, uma grande parte dos fundos que financiam pesquisas no Terceiro Mundo tema mesma fon te, o que, naturalmente, pesa na escolha de temas de pesquisa, qu‘ impostos ou distribuidos, de tal modo que 0s resultados so muitas vezes sem valor para os paises envolvidos, A conjuntura nos paises Jesenvolvidos torna altamente improvavel qualquer tipo de interven: cio da opinido publica desses paises contra esta tendéncia. Nio se pode sonhar em analisar extensivamente 0 desenvolvimer to do capitalismo nos tltimos anos; néo obstante, nao se pode evita notar em toda parte tendéncias que ndo mais escondem as contradi Ses existentes dentro do sistema: excesso de liquider de todo o tipo, capital, inflagao galopante ¢ desemprego, superproducio ¢ incapaci dade de parar de produzir, a conseiéncia de uma situagio explosiva nos paises centrais e a impossibilidade estrutural de methorar a condi: gio de seus trabalhadores. Ta ida a competi: Gio pelo controle de mercados econdmicos ¢ politicos que existe den: ro da estrutura dae fe entre os paises centrais, entre o Leste € 0 este ¢ dentro do assim chamado Bloco Ocidental (incluindo o Ja: de impaciéneia ¢ vontade de se liberar da dependéncia por parte dos paises subdesenvolvidos, finalmente acor dados. fato de que uma fragao da burguesia ¢ da intelligentsia na: A fase anterior pegou-nos de surpresa. Quantos de nés acreditiva mos que algo de positive pudesse brotar desses projetos com os quis ameagavam desenvolver-nos! A experiéncia nos tornou conscientes desta farsa e, ento, nos deparamos indefesos porque o tempo traba- Ihara contra nés. Enquanto uma nova fase da penetragaio dos pafses dominados pelo capital e pelo capitalismo esta se desenvolvendo, d vemos ousar captar seus virios aspectos € a natureza de seus varios disfatces “cientificos” através de uma andlise sistemitica e pela de ndncia instantinea das idéias em gestagio, cada vex que isto aparega Essa tarefa nao é ficil, considerando-se a desproporgio entre as forcas em jogo e a complexidade de suas formas de interven¢io. Mas isto nao significaria que 0s oprimidos deste mundo nunca perceberio que sio oprimidos? Nosso dever é ajudé-los a ver, para além dos siste mas ideol6gicos, o mecanismo infernal esponsével por sua alienagio e Para contrapor-se aos esquemas do capital, deve-se, primeiro, ser capaz de prever efeitos intermedidrios ¢ de longo prazo de medidas que, na superficie, freqiientemente parecem ser adequadas. Porque 0 mais recente artificio do planejamento & disfargar no presente momen (0.0 maleticio estrucural de certos investimentos econdmicos ¢ sociais. Este trabalho no deve ser tomad no é uma profissio de f@ antiplanejamento. Co nos simplesmente aquele planejamento que ¢ 0 do capital. Desejamos vé-lo substituide por ou: BIBLIOGRAFIA aumente preocupado com a sociedade como um todo e nai com aqueles ja privilegiados. 1. Um escarni terrivel, agora que as idéias so manufaturadas e impostas”. A perda dt atingiu © préprio cora¢ao da universidade” Torna-se claro, disse Norbert Wiener, o inventor da sentido para a vida profissional n militares em 1947, que a degradagiio da posigdo do cientista, de traba: pensador independente a lacaio moralmente irresponsavel de uma fabrica-manufatureira-de-ciéncia, ocorreu de forma mais répi e devastadora do que se esperava (citado por Salomon, 1970, p. 308 Em nome do pragmatismo — palavra obscena — os cientistas esquece am seu dever para com a sociedade. “Para muitos economistas”, di Boulding, “o proprio termo ‘ciéncia moral’ pareceré uma contradi witan, Alonso. B 1 Politica y Lucha Social. México, Editorial Nu ¢a0”. O mesmo é valido para muitos gedgrafos. Quando Bouldin Tempo, da urgente necessidade de uma “economia herdica”, baseada numa Avant Shlorne, Tie 52 Mea Tong Reet Mia : Ingl, Cambridge Universit 968 ica herdica”, poder-se-ia acrescentar que se torna igualmente u Sonia, La Evolucién Recient we de las Te Z — genteencontrar homens de boa f@ para uma = Universidad Centeal d de Estudios del Desar ity Size Distributions and Economic Development” como 0 reino de todos 05 homens ¢ nao como campo de exercicio do dale 9(4), parte |, pp. 573-587, 19% capitalismo. Isto significa que se deve estar preocupado, com o espaco. The Basis of Filtering am paco de empresas, 0 espaco de me Pato de Cr patracinado pelo C Texas, Austin, 2 neamente chamado a espago econdmicc ‘onomie Development, The Universi Hierarchical Diffusion; The Basis of Developme n a System of Growth Centers". Growth Cent sional Economis 5 Development. New York, N.M. Hansen, 1972. - A claborasio de iis dseries tem sido em grande parte o trabalho das unive = Human Consequences of Urbaition Diego Paths the Urban ddades. Sua administragio foi transerida para insituigdes internacionais. Esc ce of Tet Century. Ne York, St Marti, ios de consultorintomaram sob sua responsabiidade a prospeexio de metcad 1, Brian JL. 8c Prakass, RLVALS, Urban-Risal Duty i the R undo M i rowel gu tural de nosso ter Wiesbaden, Frans Steiner, 1968. : da de sigmtiengio da vida profissiona " Broosienc, LIN. & Anwast and Neto Mision to Koyo Ws ‘ unt 1 io. “Industrializacion, Urbanizacin, Polar n: Hacia un Enfogu Unificade”, Eure, 3(5} pp, Bost, Nirmal Sumac. *Calcurea, a Premature Metropolis", Scientific America Pp. 91-102, set. 1965 NLDING, K. E. “Economy a8 8 Moral Science”, The American Review, $941), pp 12, mae, 1969, Beavbn, Fernand. C fe, 1400-1800, Lond se, Haley L Latin American Urbanization”. bu: Anna he A A tical and Social Science, $16, pp. 111-12 (Cane, Guy. “gologies du développment et développment de Fidéologi (Castine, Helden. La Rebetion de los B Rebel de los Eeonv d, Ze 1975, Carnet, Alexis, Reflexions sur i ed Canter, Harold, The Study of Urban Ge 9 1, HLH. “Urbanization and the D. 1 of Pre-Industr DeSouza, A.R. & Porter, PW. The Underdevel nd World, Washingcon, Commission College 1 PP. 6-26, out. 195: 28, Association of American Geographers, 19 Son, M. “The Impact of National and Regional Development Poli mn Urbanization”. In: JakOASON, L. Se PRaKastt, V. (ec). Urbanization ional Development, Bervely Hills (Calif), Sage, pp- 37-59, 1971 > is, Geran ppement analyses ou represéntations Revue Tiers Mond anJonat. 1974 ts, Pierre, L rmugiee du XVIe le D Places and Third W ponent. University of Dar es Departament of Geography, nox. 197 Dunxseit, Emile. “La Sociologie et son domaine scientifique”. In: Cov ,). Oita la sociologie francaise? Paris, Rivigre, 1953, pp. 177-208 Jo originalmente em Rivista liana di Soctologis, . V, pp. 127-295, 1 vk, Lucien PN. A Geographical Introdution to History. Faananons, Florestan, A Revolucao Burguese wo Brasil: Ensaio de Intep Sacioldgica, Rio de Janeiro, Zahar, 1 Frets, Yajaira et al, Regi al: Conformacién, Historico, Prospeccten aracas, Cendes, nov. 1974 (iio IEDM h al D. ys A Case Study of Venezu Cambridge, Mass., MALT. Press, 1966 The Strategy of Deliberated Urbanization”. Jown stitute 0 Urbanization, Pl nt evenly Hills, Sage, 1973, Faleowans, Ja Cove 16 de Desarolla Social. Santiag Faleoan J. 8 Man L, Un P le Cin ales par jt isin, PLANDES. Boletimy Informasivo Gelso, *La Concentracién del Poder Beo jos Estados Unide "coyecciones en América Latina”, Estudios Internacionales, ano I, a2 3-4, Santiago, 1968, Le mythe du développement ct le futur du tiers monde”, Tiers-Monde 57, pp. 87-68, jan.-mar. 197 Garnet, G. 8€ Rost, HAM ntroduction”, fins. The Social E Cities, Urban Affairs Anmual Review Beverly Hills, Sage, 1975, vol. 9. Gopeuta, M. “Rationalté er irationalite en économie”. F @ Cn 5. Paris, Maspero, 1960, Hanns, John R. “Urban and Industrial Deconcentration in Developing Countries An Analytical Framework", Regional and Urban Eeawomies, (2), pp. 139152, 1971 yed Areas”, Econom al Change, 412), pp. 99-115, 1956 Benjamin, “The Dualistic Theory of Underdevel Hus t ional: Un lntento de Sintesis". C 0 fe la Sociedad V n° 76-77, pp. 41-5 Hinschian, Albert O."“Interregional and International Transmission of Economic Growht”. In; Mckee, Det li Econom rk, Free Press, 1958, pp. 105-120. Strategie dis développement économiques économie et buomanisme. Pai Warren P. “Capital Allocation in Less Developped Economics”. Th oping Economies, vol. VII, 3, pp. 229-316, set. 1970. 112, BA “The Role of C the Economic Growth of Underdevelo Countries”. Journal of Political Ft ino 3, pp. 195-208, 1953 Generative and Parasitic Cites”, fn: HOseLt2, B. / Economic Growth, New York, The Free Press of Glenc Howe, B.S, “The La croissance urbaine en Afriqu Keasren, W. & Wovawun, K, "Political Economy of Employment Creation: So Critical Remarks on the Possibilities of Employment Economies". In; Wonuwiri, K. (ed). E Societies, New York, Pract 3, PP LLanica, Georges "Pour une approche critique du concept didéologie”. Revue Tiers Monde, n° $2, pp. 31-45, an.fmat. 1974, Lassuontet Les cours de économique”. Diogene,n Lewis, Arthur, The Development Process: Executive Briefing, Attigo n.” 2, Nagie Unidas, Center for Economic and Social Information, 1970, Lewis, WA. Teora de fa P Bcondmica, México, 1968, Livortcn, A. T mal Stave 18 an Internationalized World Ecomanty. Rio de anciro, Conjunto Universitario Candido Mendes, 1975, he Changing Role of the National State” Kyklos, 28(11), pp. 23-46, 1975, Linexun, Rosa, The Accumulation of Capital. Londees, Routledge and Kepa Paul, 1963. Muaax, K. & ENcaLS, E The German Ideology, New York, ternational Publisher 1967. Aves Z F “Reflexiones sobre la Integeacién Latino-americana”, Revista Caracas, Universidad Centeal de Venezuela Mccte, T.G. The Persistence of the Proto-Proletariat: Occupational Structures zed Planning ofthe Future World Cities. Australian National University, Research Dietary Colonialism or How to Colonize through the Stomach: Some Paci Examples”. Antipode, 1977, Messner, Johannes, “entrepreneur proprigtare”, fn: BLoci-Larst 8 Peesoux, sds.) Enterprise et l'économie duu XXe Siécle, Paris, Presses Universitaire ance, pp. 241-256, 1966. Mt ANTEMBERG, U. “Technologie et Depend c bc ius-Developpment, C pp. 68-82, 1971 Murmiey, Rhoads, “City and Counteysid University Press jun. 197 Mant, H. “Economic Theory and the Underdeveloped Countries”. The Jornal Political E 7 1965 intries. Londes, Hutchinson Unive fowth Poles: An Investigation of Their Potencial as a Tool for Regional conomic Development”. Discussic : Philadelphia, Regio I Science Research Institute, 196 Hc, Takashi, “Dam in India Looms as “Temple of Faith!™, Christian Scie Monitor, 28 jan. 1958. Paris, Denoel, 1969 ‘©. & Sonn, W. “Economic Integration and the Spatial Developm { South America”, The American Behavioral Scientist, matorjun. 197 ial “La Marcha Hacia el Mercado Comun Latino-americano”, 1m Notas sobre a Economia y ef Desarrollo de Aw rina, 9.124, 16 dea 1969. CEPAL sounces ron Tue Future. Design fora Worldivide Study of Regional Devel nown, Lloyd. “Metcopolitan Policy for Developing Areas”. Daedalus, pp 132-146, Winter, 1960. LOMON, JJ Science et Politique. Paris, Editions du Seuil, 405, Milton. “A Periferia Esti no Palo: © Caso de Lima, Peru”. Publicado los de Crescimento Econdmico ¢ Justia Social”, Publicado neste mesme L Espace partagé: les devx circuits de Véconomie urbaim cai sloppy, Paris, M-Th, Gonin, 1975 re. New York, MeGr DA. “Strategies for Employment Creation in Agriculture”. In: Worry 1 im Dependent Economies, New York, Prarger, 197A Edwards, The Geography of Modemization m Kenya. Syracuse, 1968. As, N.V. bitenvemtion during the World Po bes Unidas, 1966, pp. 169-174. Ciado por Uist, L nevican Urban Research, 12 sever Hills, Sage, 1971 sktt, Osvaldo, *Desarollo, Subdesarollo, Dependencia, Marginalizacién y sigualdades Fspaciales: Hacia un Enfoque Totalizante”. Revista L Americana de Estudios Urbano Regionalet, FURE, 11), out. 1970 inaceaeN, J. “Politique commerciale et croissance de Memploi". R Internationale dis Travail, LOM}, pp. 473-479, mai, 1970, Wel of Labor Mi Urban Unemployment in L : ountrss”. American E Reviews, vol. LIX 13 2 adustrialization, Unemployment and Urban Environment”. fn: WohImut DirusAO DE INOVAGOES OU EsTRATEGIA ! ). Employment Creation in Developing Societies. New York, Pra ; 5 | $73, pp. 140 bE VENDAS? | fo, “Desaroh al, Desaallo Iebanizacién | Venesuela”. Revista lnteramerica vol VI onoinic Development and Urbanizat Le i \ Ubonsion and Nato Developmen i Fete cn impr ot > evidente no caso do Terceiro Mund o estudo da difusio de inovagies como um processo espacial paises subdesenvolvidos. Nos paises industrializa: de todas as formas de modernizag da uma deixou uma marca pri Nos paise plamente difundidas, tendo previamente s poucos pontos muito nitidamente delimitado mbora os tragos de formas passad: de modernizag possam, ‘ertos casos, estar encobertos por formas mais recent

You might also like