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CARLOS F. SANTOS CARVALHO. ADVOGADO CERCULAR: N° 24/2008 ASSUNTO: REFORMADO ~ Contratagéo do um trabalhador reformado ‘Quer em razio do bao valor das reformas pages; quer porque o trabathador nao se resigna & impossiblidade profisional (ndo obstante hinguém ser obrigado a reformar-ee aos 65 anos), 0 certo € que multos trabalhadoresireformados procuram preencher um posto de trabalho, continuando a ser Utes sociedad, Inexpicavelmente, as empregadoras, - © sb poque o candidato @ um “reformado™ ~~, tem divides ou recsio em adnitr um trabalhadorrefermado, mesmo no ignorando a mais valia que aa sua aimisso sera para @ Empresa, devido aos seus conhecimentos técnios, elas dividas ¢ recsios nfo tmp razto de ser. Qualquer Empresa pode contratar um trabalhadorrefrmado, Podendo-o fazer, por via do contrato de trabalho, ~ no cuidamos aqui da ontratagdo por via de um contrato de prestagdo de servigos —, e, nas seguintes modalsades: > contrato_de trabalho efective , ou seja, sem qualquer prazo de \vigéncia (terma). Por exemplo: 0 trabalhador tem 67 anos, esta reformado (foi trabalhador de uma concorrente), ‘que 0 contrate, como fective, pare a sua Empresa. Mas, diré: mas entzo ele vai ficar meu trabalhador para o resto da sua vida ? - Com 80 anos, ainda o tenho de rmanter a0 meu servo ? [NBo, no tem. € que, ao ating esse trabalhador 0s 70 ‘anos, e do obstante ter sido contratado como efectivo aos 67 anos, esse contrato de trabalho converte em contato de trabalho a termo certo, de ‘2 meses, Ou sia, Passa a vigorar 0 expresso no n®3, do art®392, do Cédigo do Trabalho: ao atingir 0s 70 anos de idade, & aposto 20 contrato um termo resolutivo, com as especicidades constantes do n®°2, do mesmo art®392, 60 Cédigo. Assim 0 decidlu 0 Acérdo do Supremo Tribunal Justica, de 7 Fev. 2007, que, depols de deciarar, : “Sendo as pensdes de velhice acumuléveis com rendimertos de ‘trabalho, nada_impede 2 eventual contratagio, por terceims, de trabalhadotes jo refommados (.)" ver a seguir dlzer 0 seguinte: “teal inka Daan Fey aT FO lyons [4p on pt “IIE Porém, logo que o trabalhador atinja 0s 70 anos de idede sem que © contrato caduque, 0 mesmo converte-se em contrato de trabalho @ termo de sels meses”. “V- sta interpretagao no viola os principios constitucionalsinsitos nos artes 53; 59; n02; e, art960, n°t, da Constituigo,” > contrato de trabalho a terme, ou seja, por um determinado periodo ue, como se sabe, n&0 pode exceder 3 anos, nem duas prorrogacées. Neste caso, a situacdo futura é precisamente 2 mesma: a0 atingir 0s 70, ‘anos, o contrato passa a ser de 6 meses. ‘A contrataglo de um trabalhador/reformado tem ainda ‘gutras vantagens: + 2 taxa contributiva para a Seguranga Socal é inferior, quer para o trabalhador quer para a empregadora, por forca do n°2, art®17, do Dec.-Lei 11°199/99, de 8 Junho. Assim, = para o empregador/contrbuinte & de 15,30%; e, para o trabalhador/beneficiério é de 7,80% ‘+0 trabahador/reformado contratado a _termo, nGo_tem direito & ‘compensagéo prevista no n22, art®388, do Cédigo do Trabalho. ‘Como se sabe, neste normative, quando no contrato 2 termo 0 trabalhador v8 caducado 0 contrato por initia da Empresa, tem direito @ uma compensagao que seré de 3 dias/més, de retribuigdo, se 0 ccontrato durou menos de 6 meses; ou, 2 dias/més de retribuigio, se durou mais de 6 meses. Ora, esta verba de compensacSo no ¢ devida neste caso ‘especial, da contratacSo a termo, de trabalhador reformado. ‘Assim, 0 decidiu 0 $.T. Justia, no mesmo Acérddo a que ‘cima fazenos referéncia. Argumenta o Supremo que a compensacéo no é ddevida ao trabalhador/reformado, contratado a termo, pois tal compensagSo ‘apenas se explica por se destinar”™... a constituir um suporte financeiro para @ situago de desemprego”. Ora, © trabalhador/reformado, contratado a termo, jé atinglu 0 termo da sua actividade profssional, encontra-se protegido por um regime de seguranga social: a sua pens20 de reforma, diz 0 mesmo Acérdéo, Claro, nada obsta que contrate um trabalhador/reformado, ‘com um contrato por tempo parcial. Situagdo em que, sempre, terd de reduzir fo contrato ¢ escrito, quer seja a termo; quer efectivo,-al.g), n°1, art®103, do CCédigo do Trabalho. Hay or the Sule, she

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