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Pr. Jodo C. Franco O Pastor e@a Administragao da Iigreja “Apascentando | | | | | nf TODOS OS DIREITOS RESERVADOS .— E proibida a reproducdo total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorizagao, por escrito dq editor. A violacio dos direitos de autor (Lei n° 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Codigo Penal. Capa: Washington Franco, Joao Carlos O Pastor e a Administragao da Igreja / Joao Carlos Franco 1* ed. — So Paulo : 2001 2? ed. — Sao Paulo : 2003 p. 120 Aplicacao Livro-texto indicado para a disciplina de ADMINISTRACAO ECLESIASTICA dos Semindrios Teoldgicos, Faculdades de Teologia, como também para Auxilio diario aos Lideres em Geral. Pedidos pelo Telefone OXX11-6561-6631 — Sao Paulo iNDICE Prefacio . 9 |- INTRODUCAO A ADMINISTRACAO O Que € Administragao.........ceseccecee geese teens 1 ll - ADMINISTRAGAO ECLESIASTICA 1. Introdugao.... 13 2. Oque significa ‘Administrago Eclesiastica. 13 3. A lgreja como Organismo... 4. A lgreja como Organizagao. 5. O Governo Eclesiastico... 6. O Pastor como Administrador 21 7. As Cinco Leis da Administragao. 23 8. Visao — Missdo — Objetivo. 25 9. Fases Historicas da Administraga 29 Il - ADMINISTRAGAO PARTICIPATIVA 1. Introdugao.... ww. 31 2. A Administraga ‘sob o Ponto de Vista Biblico : 32 3. Motivagao.... IV- ADMINISTRAGAO DE TEMPO 1. Introdugao..... - 2 Desperdigadores de Tempo. — O PASTOR COMO LiDER 1. Introdugao. 2. Lideranca Natural 3. Lideranga Espiritual 4. Os trés Estilos de Lideranca 5. Conceitos de Lideranga 1 - ORGANOGRAMA 1. Introducgao... 49 2. OQueé Organograma, 49 3. Qual a importancia do Organogram: 49 4. As Vantagens do Organograma. 50 5. Limitagdes do Organograma... 50 6. Como Elaborar um Organograma. 51 Vil — ADMINISTRAGAO FINANCEIRA 1. Introdug4o ... 53 2. Contas a Pagar/Receber 53 3. Estatistica... 57 4. Livro Diario... 63 5. Livro Grade.. 65 6. Livro Caixa. 66 7. Livro de Bens Patrimoniais 67 | | | Vill - ADMINISTRAGAO GERAL A-Livros Diversos PARwWNA B — Documentos Diversos OMONAALRWN> IX - DI OONDoRWN > 11. 12. 13. Bibliog: Nota sobre o Auto! . Contrato de Locagao de Comodatario. - Pauta de Reunia . Relatorio de Atividade: . Correspondéncias . Regulamentagao dos Cultos Religiosos. Introdugao. Termo de Abertura/Encerrament Livro de Rol Permanente .... Livro de Rol Atual. Livro de Atas. Outros Livros. Ficha de Membro.. Cartéo de Membro Cartas. Officio. Requerimento. Edital... IREITO/LEGISLAGAO Introdugao.. Nogées de Direito.... Como Comprar um Imével A Documéntagao da Igrej lsengdo do IPTU... Prevengao contra-Incéndi * Lei que Regulamenta o Nivel de Ruido do Som A Constituigao de 1988.. Outras Leis. : Vinculo Empregaticio do Pastor. Salario Pastoral. Normas Parlamentares e Termos Juridico: rafia......... 69 69 70 71 71 74 75 76 7 78 80 81 83 84 85 86 89 90 91 93 93 94 97 100 101 102 104 106 107 109 110 111 og) 124 I-INTRODUGAO A ADMINISTRAGAO 1 - O QUE E ADMINISTRAGAO? - Ea Agdo de Administrar — é fazer funcionar um sistema. E um conjunto de principios, normas e funedes que wm por fim _ordenar os fatores de producdo e controlar a sua produtividade iénei, e obte ultados desejados. com o melhor mprometer o futuro e justificando a sua criagio. do & uma arte baseada em um modo Ha uma certa qualidade inerente encontrada nos bons administradores. que Ihes permite passar de uma situagéo gerencial operativo cientifico. | para outra e ainda assim operar com bor s resultados. cmbora se ampare em muitas ciéncias tematica. Estatist Sociologia. Psicologia. ete.). a Administragio nao & uma Ciéneia. mas uma Téeni conjuntura de recursos raciona A Administracio Cientifica Industrial, no Século 19. Em 1887 © Engenheiro americano Frederick Wilson Taylor j& pensava em orientar racionalmente as atividades de sua empresa. Em 1903. Taylor publicou “Dire Oficinas™ e¢ em 1911. publicou 0 classi stragiio Cient Em 1908. na F © Geral”. pois ela & uma com, a Revolugao “Principios de ico inga, Henri Fayol publicou “Administrag Outros surgiram, oe oa jo passou a fazer parte da vida Industrial e Social nea até os dias atuais. especialistas daquela & Prefacio O momento em que estamos vivendo, é marcado por grandes mutagdes em todos os seguimentos da sociedade; pelo que precisamos estar atentos, a tudo que ocorre ao nosso redor, pois do contrario ficaremos desorientados sem saber qual o rumo a seguir, € o correr atras dos prejuizos nem sempre resolve. Ja se foram os tempos em que a Igreja preocupava-se apenas. dos interesses espirituais, bem como das necessidades sociais dos seus membros. Agora, porém, as coisas mudaram, e além das tarefas costumeiras inerentes ao trabalho pastoral, o Pastor precisa entender e preocupar-se com a parte administrativa de sua igreja, sob pena de enfrentar sérios problemas diante'dos érgos governamentais. Foi com a finalidade de ajudar o pastor, em seu papel de administrador, com vista a torné-lo mais producente, bem como evitar 0 to temivel stress, que o Pr. Jodo Franco escreveu “O Pastor e Administragao da Igreja”. De uma maneira bem versatil, 0 autor procura langar luz em muitas questdes do dia-a-dia do pastor, visando auxilid-lo nesta tarefa. Tao desgastante para aqueles que além de lidar com a mais nobre misséo humana que é 0 cuidado espiritual das almas, tem também.a responsabilidade de tomar iniciativas para que as coisas funcionem bem na Casa de Deus, onde ele tem o dever de ser um.bom mordomo. Certamente, todo aquele que ler cuidadosamente este tratado sobre Administraco, ira ter os seus conhecimentos ampliados sobre a matéria em discussao e, conseqiientemente, encontrara mais facilidade para desencumbir-se desta tao ardua, mas nobre tarefa, vendo que quem melhor se organiza produz bem mais, e de melhor qualidade. Esperamos que os nossos pastores coloquem no campo da pratica as instrugdes aqui recomendadas, mesmo aquelas que parecem mais dificeis, e depois poderfio chegar 4 conclusio de Francisco de Assis quando diz: “Faca 0 necessario, depois o possivel e, de repente, vocé estara fazendo o impossivel”. Bispo Elisiario A. Santos Sup. Geral da Igreja Metodista Wesleyana | Agradecimentos | : A Deus toda Honra, Gléria e Louvor. A minha esposa, que tem estado ao meu lado em todos os momentos. Ao Bispo Elisiario Alves dos Santos, que muito me incentivou na realizacao deste trabalho. A Igreja Metodista Wesleyana que tem me acolhido durante todos esses anos. Apresentagao Este trabalho tem como objetivo oferecer aos Pastores e Lideres Eclesidsticos, subsidios para que possam Administrar com éxito 4 Luz da Palavra de Deus, a mais importante Organizagaio ja estabelecida na terra — A Igreja. O que levou o autor a desenvolver este trabalho, foi a observagao, de que muitos Lideres encontram dificuldades para se desenvolverem no Campo da Administragao e os sucessivos erros administrativos cometidos dentro da Organizac&o as quais estao atuando. Em muitos casos verifica-se que muitos lideres se perdem por nao conhecerem os segredos para desenvolverem uma perfeita condugao de seus liderados. Neste trabalho vocé no ira encontrar formulas magicas para fazer, de sua Igreja a maior Igreja da cidade. O autor espera trazer através de pesquisas, de conclusdes e de experiéncias proprias, uma nova dindmica ao Lider, para atuar frente a seus liderados, a fim de que, os mesmos comecem a produzir resultados para o fortalecimento e crescimento de suas Igrejas. Vale lembrar as palavras de John R. Mott, lider estudantil mundial: “Lider é 0 homem que conhece o caminho, e sabe manter-se a frente, trazendo outros pos si”. Os conceitos aplicados neste trabalho abrirao oportunidades para que o Lider Espiritual possa influenciar seus liderados a segui- lo, nfo apenas pelo poder de sua personalidade, mas pelos conhecimentos alcangados e pela __personalidade irradiada, interpenetrada e fortalecida pelo Espirito Santo. Mais frustrante do que nao saber Administrar é ter planos e nao conseguir executé-los. Prepare-se desde ja para a execuc4o. Busque conhecimentos, some-os aos ja existentes, se esmere no campo da observagao ¢ reflexao, regue todos esses elementos com oragao, € com certeza, muitos resultados positivos advirao do Senhor. Porque é Ele que opera em nés tanto o querer como o efetuar. : Pr Joao C. Franco 11 - ADMINISTRAGAO ECLESIASTICA 1-INTRODUCAO Neste capitulo trataremos da Administragao Eclesiastica aplicando os conceitos da Administracio a fim de facilitar o trabalho do Pastor. Na Administracao Eclesidstica, pode se aplicar quase todas as Técnicas Cientificas disponiveis na Administragdo, para se obter os resultados desejados, e assim ae a existéncia da Igreja. Muitos Métodos e Técnicas de Otpanizacao- aplicada as Empresas podem ser aplicados 4 Igreja, com a devida adaptacao. Contudo, © uso desses instrumentos administrativos deve ter como objetivo, ajudar‘a comunidade crista a cumprir com o seu propésito central: Religar o homem a Deus, resgatando-o, através da pessoa de Jesus Cristo. (Quando se analisa a Igreja do ponto de vista Organizacional, é necessdrio compreender que a Ordem Eclesidstica deve ser divinamente inspirada e sustentada, mesmo sabendo que a Igreja est inserida num contexto de um Mundo sem esperanga, desordenado e corrupto. “O mundo jaz no Maligno”7 2 - O QUE SIGNIFICA ADMINISTRACAO ECLESIASTICA? E 0 estudo dos diversos assuntos ligado ao trabalho do Pastor no que tange. A sua fung&o de Lider ou Administrador principal da Igreja a que serve. Devemos lembrar que a Igreja é, simultaneamente, Organismo e Organizacao.E 0 povo de Deus organizado num ° O Pastor e a Administragdo da Igreja 14 triplice aspecto: Espiritual, Social e Econémico, a fim de atender 4 missao para a qual Deus a constituiy., AIGREJA E UM ORGANISMO E UMA ORGANIZACAO. ORGANISMO — Porque tem vida. Trabalha com pessoas. Com seres que pensam, que tem vontade, que escolhem, que decidem. ORGANIZACAO — Porque tem responsabilidades perante os 6rgaos ptiblicos Municipais, Estaduais e Federais. Deve cumprir com as exigéncias legais impostas pelos orgios publicos que regulamentam o seu funcionamento. 5 3 - AIGREJA COMO ORGANISMO ‘ Se a Igreja é. un ORGANISMO, ela tem vida. Se tem vida, ela tem ETAPAS DE CRESCIMENTO. Podemos dizer que a Igreja é UM CORPO. Um CORPO teni vida. Se tem vida, ele tem ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO. Tomemos como exemplo uma CRIANGA que no seu nascimento registrou: 3,800 Kg de Massa (Peso) e 39 centimetros de Comprimento. Apés DOIS ANOS, seus pais (muito felizes) a levam no médico da familia, (possivelmente o que fez 0.parto) e a Crianga esta com 4,600 Kg de Massa (Peso) e 47 centimetros de Comprimento; teve 20 % de Crescimento e Desenvolvimento. Apos os exames Preliminares, 0 Médico concluiu: Esta crianca esta com problema. Surge entéo o primeiro questionamento: Mas doutor, ela esta muito bem, ela nunca ficou internada, teve so aqueles probleminhas normais de crianca, ela engordou 800 gramas e cresceu oito centimetros em dois anos, isto nao é maravilhoso? A Administragao Eclesidstica 1s Muitas vezes esta é a nossa reacio como Pastor. Comegamos o Biénio com 60 pessoas e apés dois anos terminamos com 72 pessoas (alcangamos um crescimento de 20% em dois anos) e achamos que é 0 maximo. - Procuramos justificar que o mais importante é a Qualidade. Aquela crianga nunca ficou doente, aquela crianga para os seus pais parecia uma crianca normal, mas o Médico constatou que ela estava doente. Nao havia Qualidade de vida naquela crianga. - Quando apresentamos um resultado de crescimento na ordem de 20% em dois anos, o nosso Médico (Deus), também conclui que nao ha Qualidade de vida nesta Igreja que cresceu apenas 20% em dois anos. Ela esta doente. - Se nao esta havendo Crescimento Quantitativo, é porque nao existe Qualidade. A Qualidade gera o Crescimento. Um animal saudavel reproduz. Uma Mulher saudavel reproduz. A- De quem é a Responsabilidade pelo Crescimento? A Igreja esta no mundo para crescer tanto em Qualidade como em Quantidade. “... E todos os dias acrescentava o Senhor a igreja aqueles que iam sendo salvos”.At 2:47 “... antes crescei na graca e no conhecimento...” II Pe 3:18. O Responsavel pelo nao crescimento da Igreja Local nao é o Médico (Deus), porque ele € 0 maior interessado na sua Expanséo — no seu Crescimento. O Crescimento faz parte da personalidade de Deus. - Com Adio e Eva foi assim: Crescei e Multiplicai. - A Dispensagao do Povo em Babel: implica em Multiplicacao e Crescimento - Para Abrao Deus disse que faria dele uma Grande Nagao: Crescimento = Multiplicagaio O Pastor e a Administracéo da Igreja 16 - Paulo diz em I Cor 3:6-7 “Quem dé 0 crescimento nfo é 0 que planta e nem o que rega, mas Deus € que da 0 crescimento”. - Hb 6:14, “e multiplicando te multiplicarei”. O Pastor tem que Plantar e tem que Regar. Para que possa haver Crescimento, para que possa haver Colheita. Se estou colhendo apenas 20% apés dois anos estou fora do Plano de Deus. -1Co 9:6 “o que semeia pouco, pouco também colhera”. - Gl 6:7 “o que semear, isso também ceifara”. O Senhor nos confia um Rebanho e espera que tratemos bem dele (Regando) e espera que ao recebermos cinco como na Parabola dos Talentos o entreguemos dez, ao recebermos dois, o entreguemos quatro. Quando recebemos Um e devolvemos apenas Um. “Somos um Servo Mau e Negligente” foi essas palavras que foram dirigidas Aquele homem. (Mt 25:26) E Ele ordenou: Tira 0 que ele tem e da para aquele que tem dez. B - Conclusio Podemos afirmar com toda a convicgéo que a Igreja de Jesus tem que crescer. Se nao esta crescendo, a Culpa é exclusivamente nossa. Se na minha Igreja, no meu Rebanho nao houver crescimento, EU SOU O CULPADO. Assim como existem problemas na QUALIDADE de vida daquela crianga impedindo o seu crescimento, problemas que precisam ser descobertos e sanados, na Igreja cabe a nés uma revisdo, a fim de descobrirmos quais e quantos sao os problemas, para que sejam sanados e a Igreja tenha o seu curso normal de crescimento que Justificara a Razo da sua existéncia. A Administragao Eclesidstica 17 4-AIGREJA COMO ORGANIZACAO Vejamos agora a Igreja como Organizacao. : Enquanto as Organizagdes do mundo dos negécios visa, antes de qualquer coisa, resultados traduzidos em Jucros monetarios, a Igreja tem como objetivo principal o cumprimento das Ordenangas da Palavra de Deus. - A Pregagao do Evangelho. E certo que, temos assistido a cada momento, Igrejas que estdio invertendo a Equag&o Divina, ou seja, seu objetivo principal, e esttio mais voltadas para maiores ganhos financeiros e projecdes pessoais, embora digam “que tudo € para a Gloria de Deus”. Ao mesmo tempo, tais comunidades fazem da proclamacdo e ensino do Evangelho um simples meio de comércio. E a chamada Mercantilizagtio da Fé -'a Teologia da Prosperidade, que acaba divinificando o homem. : Sabemos que uma Empresa ao ser instalada precisa se sustentar sobre as regras de mercado, e a Igreja nao é diferente, também precisa se sustentar, mas nfo sobre as Asas da Corrida Financeira, e sim sobre.a Palavra de Deus, que garante toda as provis6es necessarias para o seu sustento. f i Nesse sentido, podemos entender a adverténcia do Apéstolo Paulo a Timoteo, instruindo-o acerca do perigo do actimulo de riquezas como um fim em si mesmo: “e alguns, nessa cobiga. se desviaram da fé, e a si mesmos_ se atormentaram com muitas dores”. II] Tm 6:10. Paulo nao esta condenando o dinheiro, que é absolutamente necessario 4 sociedade. Ele esta advertindo, é a sua finalidade e 0 seu mau uso pelo homem. A - Conceito Dinamico de Organizacao Eclesiastica A Administragao Eclesidstica também é um Conjunto de principios, normas e fungdes que tém por fim Administrar. O Pastor e a Administragdo da Igreja 18 Orientar e Ensinar, mantendo o crescimento com eficiéncia e a qualidade por exceléncia, para se obter os resultados desejados. com o melhor dispéndio, sem comprometimento do futuro. A nossa sociedade é uma sotiedade constituida de Organizagées, ja que: Nascemos em organizagées, somos educados por organizagoes, e quase todos nés passamos a vida trabalhando para organizacies, e ao morrermos, so organizagées que se incumbem do nosso enterro. - A Administracao Eclesiastica pode ser: e Direta, quando exercida diretamente pela pessoa ou pessoas de maior poder na Igreja; ou e Indireta, quando exercida por prepostos, isto é, por pessoas com poderes delegados. ¢ B—A Igreja tem sua Organizacao delineada no Novo Testamento. 1. Organizacio Social A Igreja € uma comunidade (divino-humana) de pessoas salvas. A condigéo para ser admitido na Igreja é a conversio a Jesus € a recepgao do Batismo. Na Igreja nao ha discriminagao de sexo, de raga, de condi¢fo econémica ou social. 2. Organizagio Politica As pessoas que formam a Igreja esto divididas em duas categorias: a dos Administradores e a dos Cooperadores. A Administragao da Igreja é feita com trés tipos de oficiais: Pastores — Presbiteros — Diaconos. A Administragao Eclesidstica 19 Os Pastores sio os Administradores Gerais, os Presbiteros sio os Administradores Locais, os Didconos s&o os Auxiliares Administrativos. Os dois primeiros atuam a nivel espiritual e 0 terceiro a nivel material. Do ponto de vista espiritual, a Igreja é uma Teocracia, que pode ser assim analisada, em Do ponto de vista material, a Igreja € uma Democracia, cuja hierarquia de poder é a sua hierarquia de poder: seguinte: CRISTO CRISTO MINISTROS CRENTES AUXILIARES MINISTROS E CRENTES AUXILIARES Como uma Teocracia-Democratica, os Ministros sao soberanos, quando investidos da revelacao (profetas), mas sio iguais, quando ausentes da revelacao. Do ponto de’ vista administrativo, a Igreja se retime em Assembléia para deliberar, criar cargos, eleger seus ocupantes, determinar funcGes, fiscalizar, cobrar e avaliar as agdes. 3. Organizagao Juridica A Igreja, como entidade social humana, reconhece a existéncia do Estado e o seu direito de estabelecer a ordem juridica da nagao. Por isso a Igreja procura se enquadrar nessa ordem juridica, submetendo-se a todas as normas que disciplinam o seu funcionamento. hateo. O Estado brasileiro € leigo’ (nado 'é religioso, no confessional), mas nao é ateu. E Teista, pois no preambulo da Constituigo da Reptiblica Federativa do Brasil — 1988, esté escrito: “Nés representantes do povo brasileiro reunido em Assembléia Nacional Constituinte... promulgamos gob a protegao de Deus”. O Pastor e a Administragao da Igreja 20 A — Itens basicos da Constitui¢io para a jurisdicidade da acdo da Igreja no Brasil. Artigo 5 VI ~ € inviolavel a liberdade de consciéncia e de crenca, sendo assegurado 0 livre exercicio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a protecao aos locais de culto e a suas liturgias. VIII — ninguém sera privado de direitos por motivo de crenga religiosa ou de convicgao filoséfica ou politica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigacdo legal a todos imposta e recusar-se a cumprir presta¢do alternativa, fixada em lei; XV — é livre a locomogao no territério r~-ional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. B - O Cédigo Civil, no capitulo “das Pessoas” diz: Artigo 16 — Sao pessoas juridicas de direito privado: as Sociedades Civis, Religiosas, Morais, Filantrépicas, Cientificas ou Literdrias. Artigo 18 ~ Comega a existéncia legal das pessoas juridicas de direito privado com a inscrigéo dos seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos no- seu registro peculiar, regulado por lei especial, ou com a autorizagao ou aprovagéo do Governo, quando for preciso. O GOVERNO ECLESIASTICO Uma Igreja Crista é uma sociedade com vida coletiva, organizada de conformidade com um plano definido, adaptado a um propésito definido, que ela se propde realizar. Por conseguinte, conta com seus oficiais e ordenancas, suas leis e regulamentos. apropriados para a administragio de seu governo e para cumprimento de seus propésitos. A Administrugdo Eclesidstica 21 » Existem trés formas especiais e largamente diferentes de Governo Eclesiastico, que se destacam nas comunidades cristas através dos séculos passados, e que continuam sendo mantidas com diferentes graus de sucesso, cada uma das quais reivindicando ser a forma original e primitiva. A-A Episcopal ou Prelatica~ Forma em que o poder de governar.descansa nas mios de prelados ou bispos diocesanos, e no clero mais alto; tal como sucede nas Igrejas Romana, Grega, Anglicana e na maior parte das Igrejas Orientais. a B - A Presbiteriana ou Oligarquica Forma em-que o poder de governar reside nas Assembléias, Sinodos, Presbitérios e Sessdes; é 0 que sucede na Igreja Escocesa, Luterana e nas varias Igrejas Presbiterianas. C - A Congregacional ou Independente Forma em que a entidade pratica 0 autogoverno, pois cada igreja individual e local administra seu proprio governo mediante a voz da maioria de seus membros; é 0 que acontece entre as Igrejas Batistas, as Igrejas Congregacionais, os independentes e alguns outros grupos evangélicos. 6-O PASTOR COMO ADMINISTRADOR Pastor € o Administrador do Rebanho. Na Biblia, encontramos trés titulos que correspondem a uma mesma fungao: Presbitero, Pastor e-Bispo. Estes termos sao sinénimos e indicam a fung&o de Administrador. Pastor é 0 Administrador do Rebanho (no Antigo Testamento é titulo de Principe, de Reis). O Pastor e a Administragéo da Igreja 22 Presbiteros (no grego, “o mais velho” é o Administrador da + Casa, da Tribo, da Nacao). Bispo (do grego Episcopos, supervisor, superintendente): No Novo Testamento, a palavra: mais usada, para os Administradores da Igreja é Presbitero (17 vezes), depois Bispo (15 vezes) e Pastor (uma vez). Por serem sinénimos, temos que escolher um deles, pois nao podemos usar os trés: ao mesmo tempo ou um de cada vez. Em nossos dias o termo mais usado é Pastor, que passa a ser substitutivo dos demais. Quando falamos de Pastor, estamos falando também de Presbitero e de Bispo, teferindo-nos 4 fung&o de Administrador, contida em cada um deles. Com efeito, o pastor, realmente é pastor, quando estd administrando. No Novo Testamento, os Pastores formavam uma equipe, um colégio onde em conjunto, eram Administradores Gerais, mas cada um: isoladamente, exercia uma fung&o setorial (At 20:17-28; I Tm 5:17). Com o tempo, por razées econdmicas e politicas, o Ministério Pastoral deixou de ser colegiado para ser unipessoal. Hoje achamos que um Pastor tem que ser Administrador Geral e Setorial ao mesmo tempo. Ele tem que ser 0 Administrador dos negécios materiais, educativos, evangelisticos, / assistenciais, culturais, morais, espirituais, familiares, etc. Existem alguns que: por terem alguma habilidade conseguem executar ~ algumas destas tarefas, mas a regra geral é qué a maioria nfo possuindo tantas aptiddes para se ativarem em todas as fungdes acabam por se frustrarem e até duvidarem de sua vocagio. Sabemos da importancia do Pastor a frente da Igreja em suas miltiplas fungdes, mas, o objeto de Estudo da Administragao Eclesidstica sera focalizado na pessoa do Pastor como o Administrador da Igreja. A AdministragGo Eclesidstica 7- AS CINCO LEIS DA ADMINISTRACAO Como a Administragéo nao é uma Ciéncia e sim uma Técnica Cientifica, existem alguns conceitos e normas que, se seguidos poder&o contribuir para 0 sucesso do Administrador. Esses Conceitos e Normas devem ser observados pelo Pastor como Lider e como Administrador. O Administrador nunca deve nomear alguém que nao possa ser substituido. Ex. Nomear 0 Cunhado para um cargo importante. Quando precisar substitui-lo, com certeza tera grantles problemas com a Esposa. com o.Sogro e com a Sogra. Outro exemplo é nomear alguém apenas pelo Grau de Amizade ou Confianca. O seu amigo pode ser limitado, e isso trard sérias complicagées e frustragdes. Porque? Porque vocé espera que o trabalho dele alcance 80% do Ideal. mas sua capacidade n&o vai além dos 40%. O Trabalho na”, Equipe sera comprometido e vocé acabara ficando frustrado porque esperava mais. porém a capacidade do Amigo, € apenas aquela. O.que fazer? A Amizade e a Confianga nao geram Capacidade, porém, ‘apacidade pode gerar com o tempo Confianga e até Amizade. Outro ponto fundamental a ser seguido pelo Pastor como Administrador sao as Leis da Administragao que contribuirfio para o Desenvolvimento — Crescimento e Fortalecimento do seu trabalho. Sao elas: Nomear — Ensinar — Acompanhar — Cobrar e Avaliar. Sempre interagindo todos os membros num _propésito comum com o objetivo de se obter sinergismo para alavancar a Igreja como Organizacao. O Pastor e a Administragao da Igreja 24 O Lider que trabalha sozinho demonstra inseguranga, medo, falta de visio, egocentrismo, e falta de conhecimento da Palavra de Deus. Muitos atribuem o bom Desempenho do (Pastor — Lider ~ Obreiro) a sorte de ter sido nomeado para uma Igreja melhor, mais prdspera, mais isso e mais aquilo. O que é Sorte. [A sorte €a Soma da Capacidade com a Oportunidade. A verdade é que o Lider deve aplicar os principios basicos da Administrago, somados a uma vida de Oracaio, Consagraciio, Diregao de Deus, Capacitacao e Inspiragao do Espirito Santo para que possa obter os resultados esperados. Vejamos cada uma dessas leis 4 Luz da Palavra de Deus: 1. Nomear “... € Vos nomeei para que vades...” Jo 15:16. 2. Ensinar “... Mestre, sabemos que é verdadeiro e ensinas 0 caminho...”. Mt 22:16 3. Acompanhar “... E eis que estarei-convosco todos os dias...” Mt 28:20. 4. Cobrar . “Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com ele”.Mt 25:19 5. Avaliar “... conferindo uma cousa com outra para a respeito delas formar o seu juizo”.Ec 7:27 : a” Apés a Avaliac&o, é necessario uma Tomada de Decisio.- Muitos problemas nas Organizagoes (inclusive na Igreja) décorrem nesta etapa. - Falta de Agilidade: - Falta de Preparo: ~ Indecisao e Inseguranca do Lider: - Falta de Conhecimento de Causa: - Demora nas informagdes (Feed-Back) A Administragao Eclesidstica 25 {s)visio —MISSAO - OBJETIVO Todas as Organizacdes bem sucedidas tem em seu bojo bem definido esses trés elementos. Através deles, 0 Administrador aplicara as Fases Historias para desenvolver e dinamizar todo o seu trabalho. : O Administrador precisa saber claramente qual é a VISAO ~MISSAO e 0 OBJETIVO da Organizacio. A - Visio O que é Visio? - E a Imagem Idealizada da Organizacao, operando no futuro e que serve de inspiracaio, para o delineamento das Estratégias no presente. - O Pastor que no tem Vis&o, é como um peixinho afoito que enxerga a isca, mas nao consegue enxergar o anzol. - O Pastor como Administrador da Igreja, precisa saber qual é a Viséo da Denominagao e qual é a Visdéo de Deus para a Igreja Local. Sem esses elementos, tornar-se-A infrutifero o trabalho do Pastor no governo da Igreja Local. - O Pastor precisa também tornar.claro a sua Equipe, qual é a Visao da Denominagéo e a Visio de Deus para a Igreja_ Local especificamente. Qual é a Imagem da Igreja? Qual é a Imagem que queremos ter perante a Comunidade no presente e no futuro? ‘a)/ Visio Situacional: Onde Estamos? Deficiéncias; Recursos “Usados; Nivel de Satisfacao. (by Visao Estratégica: Para onde queremos ir? — Tendéncias e eacas, Avancos Cientificos; Onde estamos certos e onde tamos defasados; . (vito Organizacional: Para onde devemos ir? Metas a Médio e ongo Prazo, Melhoria do Sistema, do Relacionamento; Quantidade & Qualidade. O Pastor e a Administragdo da Igreja 26 O Crescimento da Igreja é conseqiiéncia da sua Visio. Calvin Miller, um grande Pregador americano, diz que precisamos ter a “Visdo da Exceléncia”, que s6 0 Espirito Santo pode dar. Essa Viso se constitui no préprio propésito, de Deus, encaixando-nos dentro de sua vontade. A Igreja que nao tem a Visdéo da Exceléncia, dificilmente conseguira atingir um patamar de crescimento. Quando buscar a Visao da Exceléncia, tera sempre oportunidade de crescer. Essa visio implica nao somente nos padrées criados pela Igreja primitiva em Atos, mas no estabelecimento de sua forca missiondria, no desenvolvimento de ministérios mediante os dons espirituais e na constituicao de um corpo que, acima de tudo, existe para adorar ao Senhor. “O homem de Deus tem Visio, e atende a Visao que Ele da”. - Deus deu a Noé a Visao de uma Arca. e ele a construiu. - Deus deu a Abraio a Visfio de uma cidade, e ele a buscou. - Deus deu a Neemias a Visao de um muro. e ele o levantou. - Deus deu a David Livinsgtone uma Visao da Africa, e ele abriu o caminho para milhares de missionarios pregarem o evangelho. - Deus deu a John Sung a Visao de evangelizar o lesté da Asia, e ele modificou a fisionomia espiritual de cada nacao que visitou. ~ -Deus deu a John Wesley uma Visao da Inglaterra’e ele a impactou com a mensagem do Evangelho. Se sua Visao é para um ano, plante trigo. Se sua Visao é para uma década, plante.Arvores. Se sua Visio € para toda a vida, plante pessoas. Provérbio Chinés Alguns homens véem as coisas como elas sao e perguntam: “Por qué?” Eu sonho com coisas que nunca foram feitas e pergunto: “Por que nao?” George Bernard Shaw A Administracdo Eclesiastica 27 B- Missao O que é Missao? - Ea referéncia basica, a raz&o de ser da Empresa. Seu alvo para 0 qual convergem todas as ages. v7 - E a definicdo do Propésito Basico da Organizacao, incluindo seus Membros, Comunidade e Fontes de Recursos. Qual é o Propésito Basico da Igreja 2 - O Pastor da Igreja precisa ser orientado pela sua Lideranca maior sobre quais os Propésitos da Organizacio, e este apresentar claramente 4 sua Equipe para juntos trabalharem em torno desses Propésitos. : C- Objetivo O que sao Objetivos? - Sao os Resultados Especificos a serem obtidos pela Organizagao. E a descrig&o clara, precisa, sucinta dos alvos a serem atingidos. Sao os indicadores 4 aco para se chegar aos resultados. Todo trabalho a ser executado na Igreja Local faz parte dos Objetivos da Direg&o Central da Organizacio. Esses sao distribuidos entre as Igrejas locais de maneira que cada uma delas ao cumprir a sua MISSAO, sem perder a VISAO, alcangarao os resultados (OBJETIVOS) previstos. O Pastor que nao estiver comprometido com a VISAO e com a MISSAO da Organizagao prejudicaré de certa forma, a Organizag&o num todo. DOxcod sux Wer Auton L ~PArgQuT Quais sao os nossos ‘Objetivos como Igreja Local? Para se atingir 0 Objetivo é necessario ESTRATEGIA: Que € a forma pela qual o Objetivo sera atingido.Todo objetivo pode ser complementado por METAS. O Pastor e a Administragdo da Igreja 28 Meta é um alvo mensuravel - quantificado para alcangar 0 objetivo, e envolve comprometimento com: a) Percentual a ser atingido; b) Prazo — cronograma de execugiio; c) Custos — orgamentos; d) Responsaveis pela execugao. D - Os Dez Mandamentos dos Objetivos 1. Considere atentamente a Missfio da Igreja. estabeleca objetivos que se choquem com a Missao. 2. Na hora de definir um Objetivo, focalize uma area ou projeto especifico da Igreja, relacionando sempre esse Objetivo 4 Miss&o da Igreja. Nunca 3. Verifique se o Objetivo definido atende a alguma_ necessidade pratica da Igreja. 4. Imagine de que forma pratica 0 Objetivo estabelecido pode ser atingido por meio de atividades e programas. 5. Estabeleca um Objetivo maior (anual), e extraia dele Objetivos parciais (trimestrais). 6. Pense nas atividades e programas que podem ser feitos para atingir o Objetivo trimestral e, se for necessario, divida-o em blocos mensais. 7. Para que o Objetivo seja alcangado, é preciso que os liderados se envolvam no projeto. O Primeiro passo para atingir um Objetivo é divulgé-lo. 8. Acompanhe o desenvolvimento da area em que o Objetivo foi estabelecido e faca uma avaliacao mensal para verificar se 0 Objetivo esta sendo alcangado. 9. Faga ajustes no planejamento, no calendario e no Objetivo, caso seja necessario. 10. Reprograme as metas futuras em fungao do alcance dos Objetivos atuais. A Administragdo Eclesidstica 29 | Resumindo ode-se dizer 0 seguinte: -_ “2 Objetivo é algo que a Igreja quer fazer. - Estratégia é como ela vai chegar 1d. - - Meta é quando ela quer chegar 14 e quanto quer realizai 9 AS FASES HISTORICAS DA ADMINISTRACAO Considerando a Administracfio Eclesidstica, as Fases Hist6ricas devem ser objeto de Aplicagao para se alcancar os ~resultados propostos. Planejamento - Fase do estudo. Organizacdo - Fase em que o sistema é montado. Operacio — Fase em que o sistema é posto em funcionamento. A- Planejamento “Planejar € decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira, quando, e quem deve fazer, de forma flexivel e fundamentada em conhecimentos, estimativas e finalidades”. “Planejar é Reduzir Riscos” A Fase do Planejamento é uma fase de estudo sobre a viabilidade da realizacao de um Projeto. Todo Planejamento s6 é valido se baseado na experiéncia. por isso a Pesquisa de Campo é€ fundamental para o Planejamento. A pesquisa envolve observagao. coletas de dados. filtragem. sua validade e sua aplicagao no Projeto. O Planejamento pode ser: Global — Setorial ou Parcial Regiao — Distrito - Local O Pastor e a Administragéio da Igreja 30 B - Organizacaio Apés a Formulagao, Avaliagéo e Aprovacio do Projeto, passa-se a Fase da Organizagao. Esta € a fase da distribuicao das fungées, da preparacio ¢ treinamento dos futuros lideres; das construgdes e das reformas; das aquisiges e instalagdes de equipamentos, etc. E fundamental a integrag&o de todos para o sucesso na execucao do projeto. E nessa Fase que se faz essa integraciio, para que na fase seguinte possa se obter os resultados desejados. C—Operacio A Fase de Operacao concretiza as Fases anteriores, e vai. coroar todos os esforgos. Existe dois elementos basicos, que fazem parte da Administragao nessa Fase: 1. O Pessoal — constituido de pessoas e distribuido em_ ’ escaldes de poderes e de setores. 2. O Material — constituido de Bens Iméveis (terrenos, edificios), Bens Méveis (mobiliario, equipamentos),. Literaturas (material didatico). Em sentido GERAL, Administrar é: Fazer uma Empresa funcionar a partir de seu Planejamento, de sua Organizagdo e da Operacéo, em todos os setores. iti — A ADMINISTRAGAO PARTICIPATIVA 1-INTRODUCAO Neste capitulo trataremos da Administracdio Participativa que é sem sombra de diivida o melhor meio de se obter a superagao dos profissionais envolvidos na Organizacao. A responsabilidade antes era centrada em uns poucos. Com o passar dos tempos descobriu-se que todos‘ que fazém parte da Organizagao so Co- ’ Responsdveis por cada projeto e por cada etapa do processo de fabricag&io, de comercializagao, de vendas, etc. Na Administragéo Partitipativa, todos tém deveres & direitos, ou seja, todos sao responsdveis e se beneficiam pelo sucesso do Projeto. O Sinergismo é fundamental no Trabalho em Equipe. A Postura do Lider deve Ser: 1. Seja vocé mesmo 0 maximo que puder; Transparente; ~ - 2. Seja honesto € verdadeiro com seus colegas de Equipe; ~~ 3. Seja Flexivel; — 4, Pratique feedback; — 5. Assuma responsabilidades pelos resultados da Equipe; - 6. Evite 0 “caga culpados”; 7. Domine o Medo; ~ _ 8. Esteja sempre disposto a Aprender, — As crises e dificuldades do mundo atual atacam todo e qualquer tipo de empresa. Contudo as que-sofrem mais o impacto, s4o aquelas em que as pessoas nao discutem para onde querem ir e nem sequer para onde estao indo. Porque nao est’io preparadas para pensar e agir adequadamente. O Pastor e a Adthinistragao da Igreja : 32 O futuro sera daquelas empresas que se orientam e se reorientam permanentemente, que pensam coletivamente, que se ajudam mutuamente e se ligam intimamente para obter sinergia de inteligéncia e de agao racional. So as empresas que se dirigem para frente, pois est&o voltadas para o seu futuro e para um objetivo especifico. Na Igreja deve ser exatamente a mesma coisa. Quando um’ Lider concentra os esforgos sobre si mesmo estd simplesmente planejando o seu fracasso. Assim como Jesus também distribuiu as responsabilidades, ensinando e dando autoridade, o Pastor ou 0 Lider, deve seguir 0 mesmo exemplo, desta forma estard integrando todos os que fazem parte da Igreja ou Departamento como responsaveis por um determinado Projeto. 2-A ADMINISTRACAO ECLESIASTICA SOB O PONTO DE VISTA BiBLICO Em muitos casos, a Biblia tem sido citada por sua demonstrag&o de principios administrativos. Um dos exemplos mais notérios é a linha de autoridade estabelecida por Moisés em atencfo ao conselho de Jetro, seu sogro, cerca de mil e quinhentos - anos antes do nascimento de Jesus. : Vejamos algumas verdades extraidas do texto de Exodo 3 18:13-27 Vs |que estava em pé desde a manha até o| pessoal. 13_| por do sol. Vendo, o sogro de Moisés o que ele fazia | Interrogatério Vs |que te assentas, s6, e todo o povo esta 14 |em pé diante de ti, desde a manha até o por do sol? Administragdo Participativa 33 Vs 16 Quando tem alguma questio, vem a mim para que eu julgue entre um e outro, e Ihes declare os estatutos de Deus e as suas leis. Resolugao de Conflito Corregiio Vs 17 O sogro de Moisés, porém lhe disse: Nao €é bom 9 que fazes. Julgamento Vs 18 Sem divida desfaleceras, tu e este povo que estA contigo; pois isto é pesado demais para ti: tu s6 nao 0 podes fazer. Avaliacao do efeito sobre o lider e sobre o povo Ouve, as minhas palavras: eu te aconse- Iharei e Deus seja contigo: representa © povo perante Deus e leve as suas causas a Deus; Aconselhamento e Determinagao de Procedimentos Ensina-lhes os estatutos e as leis, e faze- Ihes saber 0 caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. Ensino. Demonstragao. Atribuicaio de Responsabilidade Procure entre o povo homens capazes e tementes a Deus; pde-nos por chefes de mil, de cem, de cinqiienta e chefes de dez. Cadeia de Comando Para que julguem este povo em todo o tempo. As causas graves trardo a ti, e as causas pequenas eles mesmos julgarao; sera mais facil para ti, e eles levarao a carga contigo. Controle, Julga- mento. Avaliagao. Limites para tomar decisdo. Adminis- tragao por Excecéo Moisés assentou-se para julgar 0 povo; | Observacio e inspecio|. 23 Se isto fizeres, e assim, Deus to mandar, poderds entao suportar; e assim também todo este povo tornard em paz ao seu lugar. Explicagiio dos Beneficios. Vs 24 Moisés atendeu ao sogro, e fez tudo quanto este Ihe dissera. Ouvir. Por em pratica. disse: Que é isto que fazes ao povo? Por | Investigacao perspicaz | Vs 25 Escolheu Moisés homens e os constituiu por cabecas sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqiienta, chefes de dez. Escolha, Nomeagao Atribuicao de Responsabilidades. Vs |Responden Moisés: G-pove vem a mim | Resposta ndo 15_| para consultar a Deus; convence Vs 26 AS causas graves trouxeram a Moisés, e toda causa simples julgaram eles. Avaliagao. Administragao por Excegao. _ O Pastor e a Administragdo da Igreja 34 A- A Organizacio no Antigo Testamento Segundo o plano de Deus, a autoridade vem de dos niveis | mais altos para os inferiores. A Organizacao é Biblica, e Universal; e € téo antiga quanto a propria humanidade. Exemplos: - Davi divide os Sacerdotes em vinte e quatro turnos — maiorais do santuario e maiorais da casa de Deus. I Cr 24. - Deus orientou Noé a construir a Arca, para salvar-se do Diltvio, dando todas as coordenadas; t - Instruiu Moisés a conduzir 0 povo detalhadamente através do deserto. : - Forneceu dados completos para a construcao do Taberndculo da. Arca do Concerto. B-A Organizacio no Novo Testamento Jesus, ao iniciar 0 seu ministério terreno. convocou os seus © discfpulos e apés instrui-los, deu-Ihes autoridade e poder, e os © enviou ao campo. Exemplos: - Os doze, enviados as ovelhas perdidas da casa de Israel. Mt 10:1 - Os setentas. de dois a dois. a todas as cidades e lugares. Le 10:1 - Multiplicagao dos paes. ordenando a todos que assentassem em grupos de cem e de cinqiienta. Mc 6:40° - A instituigao dos Didconos para facilitar o trabalho na Igreja Primitiva. At 6:1-4 Administragao Participativa 35 3-MOTIVACAO A - Como motivar as pessoas para fazerem parte de uma Organizaca4o Missionaria e Visionaria. O Problema Central é: como embarcar as pessoas no trem da modernidade e transformé-las de agentes passivos e inoperantes em agentes ativos e dindmicos, sem contamina-las com 0 mundo exterior? Para que isso acontega, a organizaciio precisa mudar alguns comportamentos. As Barreiras Organizacionais — Organizacao Funcional e Estatica, Cargos Individualizados e Sobrepostos, e uma Concep¢fo Mecanistica e Fechada, precisam imediatamente ser revistas e removidas. As Barreiras Culturais — A Desconfianca, a Autocracia, a Enfase na Motivagao Negativa através da coacio e das punicdes, o Imediatismo, 0 Conservadorismo, a Burocracia, 0 Medo, a Baixa Estima e a Falta de Confianca em si mesmo precisam ser igualmente removidas. O sucesso da Organizac&io est4 assentado fundamen- talmente na maneira como os Lideres sabem lidar com seus membros e extrair deles o melhor que eles podem dar. B - Pessoas que fazem a Diferenca Mais importante do que simplesmente obter o apoio das Pessoas para as mudangas necessarias a utilizagfo e modernizacaio da Organizacao, € preciso saber motiva-las e incentivd-las. A motivagéo € que faz as pessoas caminharem pelo caminho e chegarem ao destino desejado. O Pastor ¢ a Administracao da Igreja 36 O Administrador (Pastor) precisa mandar cada vez menos e motivar cada vez mais as pessoas. Sobretudo, saber liderar. comunicar e orientar. O caminho democratico e participative é a tmica solucao possivel para o sucesso da Organizacio em um mundo mutdvel, maligno e conturbado, porém. dindmico e competitivo. onde a © uniao deve fazer a forca. C - Alguns Conceitos de Motivacio INCENTIVO: € um estimulo externo que induz uma pessoa a tentar fazer algo ou esforgar-se para conseguir algo. E geralmente denominado de: Recompensa. NECESSIDADE: é uma caréncia interna da pessoa, ou seja. um estimulo que dirige o comportamento para a sua satisfacao. E também chamada de: Motivo. META: € a finalidade em cuja diregdo se dirige 0 comportamento motivado. E também denominada de: Objetivo Individual ou Objetivo Pessoal. DESEJO: é uma meta ou objetivo individual conscientemente visado pela pessoa. Motivagao é na verdade o processo que leva alguém a se comportar para atingir os| objetivos da Organizaco, a0 mesmo tempo em que procura alcangar também os seus préprios objetivos individuais. iv - A ADMINISTRAGAO DE TEMPO 1-INTRODUCAO Neste capitulo trataremos da Administragtio do Tempo, aplicando os conceitos da Administracio a fim de facilitar o trabalho do Pastor. Podemos afirmat sem nenhum medo de errar que o Senhor é justo, e igualmente concede o mesmo tempo a todos — 24 horas. O Tempo é o.seu maior Patriménio, e exige um aproveitamento atento e sdbio. Sempre foi assim, mas agora essa habilidade ganha destaque, e passa a ser competitiva, para se conquistar resultados positivos. Aproveitar bem o tempo passa a ser uma necessidade nas. atuais circunstdncias, em que maquinas invadiram nossas vidas, 0 trabalho, a casa, o meio do caminho, a Igreja. O que se fazia antigamente em oito horas no escritorio, hoje pode ser feito em uma ou duas horas. As pessoas hoje passam a diferenciar-se ndo apenas pela criatividade ou. conhecimento, mas, pela yelocidade que usam sua ¢ usam sua criatividade e e conhecimento a fim de obter resultados mais Tapidos ¢ eficientes, 2- DESPERDICADORES DE TEMPO E necesséria uma Reeducagiio, porque as pessoas nao aprenderam a Administrar 0 seu Tempo, a fim de se obter melhores resultados num espago menor de tempo. Se vocé é incapaz de Planejar e Organizar seu préprio tempo, torna-se vitima das circunstancias, sendo controlado pelos outros, ao invés de controlar vocé mesmo suas proprias atividades. O Pastor e a AdministragGo da Igreja 38 E importante identificar e afastar os fatores de desperdicio, Entre eles destacamos: A-A Procrastinagio ou Adiamento: O que leva ao Adiamento? 1. Medo de Fracassar: Com freqiiéncia, o medo de fracassar. Se a tarefa é arriscada, se os outros depositam grandes expectativas em seu desempenho, se vocé esta inseguro de suas habilidades, provavelmente vai achar dificil comegar o trabalho, é mais facil adia-lo. 2. Falta de Interesse no Trabalho: Quando as pessoas tém poucos desafios e pouco interesse naquilo — que estéo fazendo, rapidamente se afundam no aborrecimento e acabam por adiar uma determinada tarefa. 3. Sentimentos de Raiva: Ocasionalmente as pessoas atrasam o trabalho em virtude de sentimentos de raiva e hostilidade para com alguém da equipe. A tendéncia para se fazer as coisas de que gostamos, e nao as que deveriamos fazer, € quase que universal. Quando uma tarefa é desagradavel, ou arriscada, somos tentados a coloca-la de lado, © mesmo que seja algo que poderiamos fazer com rapidez. O ‘primeiro passo é comprometer-se_consigo mesmo _a_mudar, Reconhecer que por uma ou outra razéio, vocé desenvolveu o habito de deixar de lado ou deixar para depois. E necessario fazer — um esforgo, para desenvolver uma atitude de. faca agora. Estabeleca prazos. Crie um sentido de urgéncia. Se 0 projeto for. _ grande, divida em unidades menores, e estabelega um prazo para cada um deles. B - Falta de Autodisciplina: A Autodisciplina é um habito, e a falta dela também. A | Autodisciplina é 0 segredo para que a maioria das técnicas de _ Gerenciamento do Tempo funcione. Administragéo de Tempo 39 Solucionar esse problema se tornando disciplinado em seus comportamentos trara resultados positivos a médio prazo e satisfagéo a longo prazo. As pessoas disciplinadas, nao se contentam com o “quase”. Estabelega metas e busque-as. C - Deixando Tarefas Incompletas: Tarefas incompletas se tornam um pesadelo para os que dependem de sua complementacao — Equipe. O segredo para evitar o desperdicio, é exercitar_a autodisciplina. Perca um pouco de tempo a mais, porém conclua o que iniciou. D- Desorganizacio Pessoal: ~ As pessoas com Desorganizacao Cronica se tornam um problema sério para a Organizacio — a Igreja. Nao se pode confiar nelas para passar um recado, esquecem onde esto as informag6es, perdem quantidades enormes de tempo, trabalham mais € nunca est&o com o trabalho em dia. Uma mesa cheia, ao contrério de indicar uma pessoa ocupada, é sinal de desorganizacao. Livre-se de listas miltiplas. Concentre todos os itens importantes e a qualquer hora vocé podera consultar os seus registros. E - Dificuldade de dizer “Nao”: : Existem muitas razdes pelas quais as pessoas néo sabem dizer “nfo”. Dentre elas: Timidez, necessidade de agradar, medo Ge ofender, necessidade de sentir-se util, etc. a Isso faz com que as pessoas assumam mais tarefas do que podem assumir. Deixando suas prioridades para depois. Diga sim primeiro a si proprio. Nao perca as prioridades, mesmo sendo pego de surpresa, Antes de dar uma resposta, conte até dez. / O Pastor e a Administragdo da Igreja 40 F - Perfeccionismo: “Se alguma coisa vale a pena set ‘feita, vale a pena fazé-la bem feita”. Essa deve ser a nossa postura. No entanto, cuidado para nao ser burocratico. Devemos ser zelosos, porém, sem deixar de ser simples. O perfeccionismo é um Desperdi¢ador de Tempo. G - Planejamento Inadequado: A melhor maneira de se aproveitar bem o tempo é se Organizando. Uma das atividades mais importantes do Administrador é Planejar os Objetivos, executando-os em ordem de prioridades. Planejar economiza tempo. Uma hora gasta com um Planejamento, economiza mais de dez horas na sua execucao. Agir sem pensar e sem Planejar é uma das fontes primarias de problemas. H - Administrac4o por Crise: Uma crise pode ser definida como uma _interrupcao inesperada no curso normal do Planejamento. Administracao por Crise. significa, tratar de uma crise-depois que ela acontece. O melhor modo de lidar com uma crise é evitar que ela ocorra, mas, nem sempre podemos evitar. A Manutengao Preventiva é uma forma de impedir que se tenha um maior indice de Desperdicio de Tempo. Apagar incéndios nao é sintoma de eficiéncia. E um sinal de quem nao sabe como prever. I- Visitantes Inesperados: Isso nfo é nenhuma novidade para o Pastor, o visitante inesperado é um dos maiores Desperdi¢adores de Tempo. Procure saber se realmente é uma questao breve ou de urgéncia. Invista 0 seu tempo de acordo com a prioridade. Procure delimitar o tempo. para que os outros nio fiquem esperando em demasia. © PASTOR COMO LIDER 1 - INTRODUCAO Neste capitulo trataremos da posigao do Pastor como Lider. Estamos vivendo um momento muito dificil, em que podemos constatar uma, crise quanto a Lideranga. Poucas pessoas qualificadas tém se apresentando para cumprir a grande e nobre missfo de conduzir a Igreja do Senhor Jesus. 2 - LIDERANCA NATURAL O que é Lideranca? E influéncia — é a habilidade de uma pessoa de influenciar a outros. O Lider é aquele que conhece o Caminho sem 0 auxilio de mapas ou placas de sinalizagao, consegue manter-se na dianteira e puxar outros para o seguirem. Um homem sé pode liderar a outros, apenas na medida em que pode influencia-los a segui-lo. “Ha apenas trés tipos de pessoas no mundo: aquelas que ndo se mexem; as que sdo moviveis, e as que movem os outros”. (Li Hung Chang) Os Lideres s&o pessoas que tem a habilidade de fazer com que os outros fagam 0 que n&o queiram fazer, e gostem de fazé-lo. Lideranga é a habilidade de fazer com que 0 individuo faca aquilo que vocé quer, quando vocé quer, do jeito que vocé quer, porque ele quer fazé-lo. O Pastor e a Administragdo da Igreja 42 “Lider é 0 homem que conhece o caminho, e sabe manter-se a frente, trazendo outros pos si”. ‘John R. Mott) Somente uma pessoa que compreende a definicio de Lideranca pode fazer isso. Lider € a pessoa que treina e prepara 0s seguidores para se tornarem lideres. A equipe percebera se 0 seu Lider € alguém que inspira confianga e seguranga, ¢ quando descobrem essa falha no Lider tendem-se a afastar-se. AQUELE que ndo sabe e nao sabe que nao sabe, é tonto: FUJA DELE! AQUELE que ndo sabe e sabe que ndo sabe, é humilde: ENSINE-LHE! AQUELE que néo sabe ¢ nao sabe que sabe, esta dormindo: DESPERTE-O! AQUELE que sabe e sabe que sabe, é sabio; SIGA-O! . 3- LIDERANCA ESPIRITUAL Como Lider espiritual, 0 Pastor deve dirigir e motivar as pessoas para as areas de ministério nas quais elas podem emprestar sua maior colaboracao. A lideranga é uma fungao. Na igreja ela é exercida por pessoas diferente e de formas diferentes. E importante que o Lider saiba qual a diferenga entre Um Gerente e!"Um Lider. O Lider nao precisa ter medo de formar outros lideres, enquanto que 0 Gerente, tem essa preocupacado, por causa do medo de perder o seu posto.** ~ A boa lideranga diz respeito, primeiramente, 4 produgao de pessoas com visio e ao desenvolvimento de suas capacidades. utilizando suas intimeras e variadas habilidades ¢ talentos. - O Lider espiritual influencia os outros a segui-lo nao apenas pelo poder de sua personalidade, mas, pela personalidade irradiada, interpenetrada e fortalecida pelo Espirito Santo de Deus. O Pastor como Lider 43 Liderar — Um Desafio a Cada Instante Lideranga é enxergar mais longe estrada afora do que o podem fazé-lo aqueles que esto ao meu redor. E um processo de influéncia dirigido a formacio do carater de outrem. Os Lideres devem possuir um senso de direcio e um propésito que ultrapassa o momento. Da-me um homem de Deus — um homem Cuja fé domine sua mente, E eu endireitarei o que esta torto, E abengoarei a toda humanidade. Da-me um homemde Deus ~ um homem Cuja lingua tenha sido tocada pelo fogo do céu, E eu inflamarei os coragdes mais escuros Com resolugées altas e desejos puros. Dé-me um homem de Deus — um homem Fiel'a visdo que lhe é dada, E eu reconstruirei vossos santudrios destruidos, E porei as nagées de joelhos, humilhadas. George Liddell Para haver crescimento eficaz na Igreja € preciso que o Pastor como Lider, exerga o seu papel de preparador de novos Lideres. Ao invés de preparar e treinar Lideres, muitos tem concentrado os esforgos na importéncia nos bens. : Quando dizemos que nos faltam Lideres ou que temos uma crise de Lideranga, estamos afirmando que esta faltando aquela forga propulsora nas pessoas para impulsionar uma Organizacao com sucesso. ce A Lideranga tem de existir para criar Organizagées vitais e vidveis que desenvolvam pessoas com visdo e que possam ser mobilizadas para as mudangas hecessarias. Uma boa Lideranga é a arte de combinar idéias, pessoas, . Tecursos. tecnologia, organizacao, administracgGo, gerenciamento, f€ e amor para cumprir um propésito especifico. O Pastor e a Administragao da Igreja 44 4-OS TRES ESTELOS DE LIDERANCA Lideranga Lideranga Lideranga Aspectos Autocratica Liberal Demoeratica Apenas o Lider de- | Total liberdade ao | As diretrizes sio Tomada cide e fixa as dire- | grupo para tomar | debatidas e decidi- de trizes, sem qual- | decis6es,coma | das pelo grupo. Decisées | quer participacdo do | minima interven- | O Lider. Estimula ¢ grupo. gao do Lider. _| orienta a Equipe. © Lider dé ordens |} Participagao Lider da orien- determina limitada do Lider, | tages para que 0 Programagao | providéncias para | as informagdese | grupo esboce obje- dos execugdo de tarefas | orientagao sao tivos e agdes. As Trabalha- | sem ex- plicé-las ao | dadas desde que | _ tarefas ganham dores grupo. solicitadas pelo | perspectivas com os grupo. debates. i © Lider determina a | Cabe ao grupoa | O grupo decide Divisio | tarefaacadaume | divisdo das tarefas | sobre a diviséo das do qual o seu com- e escolha dos tarefas ¢ cada Trabalho | panheiro de traba- | colegas. Nenhuma| membro tem liber- Iho. participagtio do | dade para escolher Lider. os colegas. “| Comporta- | O Lider édomina- | O Lider assume o | O Lider é objetivo mento nador e pessoal nos | papel de membro | _limita-se nos elo- do elogios e nas do grupo eatua | gios ou criticas. Lider criticas do grupo. | somente quando é | Atua como orien- iz solicitado. tador da Equipe. 5—CONCEITOS DE LIDERANCA Li . : A - Os Lideres sio Abridores de Caminhos O Lider Cristo deve ser um Agente de Mudanga. Deve realizar as mudangas a fim de cumprir as visdes e 0 propésito de Deus para a Igreja. O Lider deve manter seu enfoque na Visio, na Miss&o e no Objetivo, apesar das dificuldades e dos obstaculos. “Nao siga por onde o trilho possa conduzir. Ao invés: disso, va onde ndo existe caminho algum e I abrauma trilha”. (Roger Fritz) On st come Lider 45 O Aposiolo Paulo foi um desbravador incansavel. Por onde passava deixava sua marca de Lider, ultrapassando fronteiras. “Mas uma coisa fac abrindo caminho e : esquecendo-me do que fica para tds e avancando para o que esté adiante, prossigo para o alvo, para o prémio da vocagdo do F alto, que vem de Deus em Cristo Jesus" q (Apéstolo Paulo) Fp 3:13-14 = Os problemas sé poderao ser vencidos pela Ac&o. e nao pela Contemplacdo=Muitas vezes. é no lugar que tropegamos que se encontra 0 tesouro. Percepedo e flexibilizacio siio caracteristicas indispensaveis na vida do Lider. Mesmo havendo dificuldades. é preciso avancar. ~ "Os mais resistentes a qualquer mudanca sao os que mais precisam mudar" (Mark Orr) B - O Lider nao detesta Trabalho O que vai fazer a diferenca é a forca que o Lider emprega para a realizac&o de uma tarefa. A medida que eu trabalho. estou motivando a Equipe a se despreender e a entrar em aco. A chave para se trabalhar de modo mais inteligente é saber adiferenca entre movimento e direco. “O trabatho é 0 aluguel que vocé que ocupa na terra” (Rainha Eliz paga pelo quarto abeth 1). As pessoas ouvem o que dizemos. mas véem o que fazemos. E ver é crer. “O Lider leva u vida a sério; néo wansfere as responsuabilidades a outrem quando estas stio claramente suas. Ele vé 0 problema e providencia a E solucdo* (Robert A Orr) | | O Pastor e a Administracdo da Igreja 46 C—O Lider deve ter Auto-Percepead e Auto-Estima Muitas pessoas tentam permanecer em seus casulos em lugar de rompé-los, nao se transformando nas lindas borboletas que Deus planejou para as lagartas. Olham para as dificuldades e perdem com muita facilidade a motivagao. “A medida que eu avango em idade presto menos atengGo ao que os homens dizem. Eu apenas vejo o que eles fazem.” (Andrew Carnegie) O Lider nao pode jamais, permanecer estagnado. E importante agir, e se possivel propor mudancas a cada nova descoberta. “As pessoas podem alterar suas vidas alterando suas atitudes”’. (William James) D - O Lider deve ser Transvisionario As pessoas tendem a ser menos entusiasmadas e motivadas -se uma visdo, propdsito, idéia, nao forem seus. Transvisionar, é€ a qualidade que capacita a pessoa a motivar outras de maneira tal que a visdo lhes é transferida a ponto de tomarem posse dela como se fosse sua propria visao. “As pessoas que vencem neste mundo sdo as que se levantam e buscam as circunstancias desejadas, e se ndo as encontrarem, criam-nas”. (George Bernard Shaw) As alturas alcangadas e mantidas por grandes homens nao foram atingidas por intermédio de um véo sibito; mas enquanto muitos dos seus companheiros dormiam, eles galgavam as alturas durante a noite em busca de novas visées. T O Pastor como Lider 47 E - O Lider deve fazer uso do Bom Senso No ha espaco para a mediocridade na vida de um Lider. Assim como a perseveranga e 0 tato, o Bom Senso é uma qualidade essencial; é mais valiosa para todos os homens que sobem, mas especialmente para aqueles que precisam sair do meio da multidao. “O bom senso é a habilidade de ver as coisas como sdo, e de fazé-las como devem ser feitas”. (Stowe) F -O Lider Precisa saber Decidir O Lider deve a todo instante chamar a responsabilidade para si. Um Lider inseguro, é igual a uma equipe insegura; uma equipe insegura. produz.sem eficiéncia e sem perfeicio. “Dois caminhos se dividiam no mato em encruzilhada e eu tomei o menos viajado. Isso tem Jeito toda a diferenca. (Robert Frost) Muitos Lideres nao alcangam resultados animadores porque deixam se abater pelas pequenas dificuldades. Seu esforco sera recompensado. Nao deixe que a divida seja o seu leme. Uma tomada de decisio desafiadora, é o que a equipe pode estar esperando. “Nao he problema que resista ao ataque do pensamento persistente”. (Voltaire) O fracasso nao é-erime. 0 alvo baixo é. Se vocé deseja ser Lider. deve ousar a se artiscar, precisa aprender a falhar sem morrer mil vezes durante a caminhada. “Pois o justo cai sete v impios-tropegam da desgrace e se levanta, mas os Pv 24:16 O Pastor e a Administragao da Igreja 48 G-A Procura de Lideres Deus e os homens estao procurando pessoas que venham se tornar Lideres na causa do Senhor. Que estejam dispostos a personificar Cristo e capacitar outros. Nas Escrituras, encontramos Deus, com muita freqiiéncia, empenhado na busca de um homem, nao de homens, mas de um homem, nao de um grupo, mas de um homem — segundo o seu coracao. “O Senhor buscou para si um homem que lhe agrada” 1 Sm 13:14 E bem verdade que poucos, tem se oferecido, assim como Isaias ... “eis me aqui...” “Olhei, e eis que ndo havia homem nenhum” 1 Sm 4:25 As Escrituras confirmam que quando Deus descobre um homem que esta disposto a se torniar um instrumento, pagando um alto prego. Deus 0 usa ao limite maximo, independente de suas limitacdes. Deus nao escolhe pessoas capacitadas, mas capacita os escolhidos. “Dai volias as ruas de Jerusalém; vede agora, procurai saber, buscai pelas suas pracas a ver se achais alguém, se “had um homem que pratique a justiga ou busque a verdade; e Eu lhe perdoarei”. Jr 3:1 Glen Williamson afirmou em seu livro Susana, que na época de Joao Wesley, George Whitefield era reputado como o mais poderoso pregador da €poca, no entanto foi Wesley que Deus escolheu para marcar e mudar a historia espiritual da Inglaterra. Deus Esta a Procura de Lideres VI - ORGANOGRAMA 1- INTRODUCAO Neste capitulo apresentaremos a importincia do Organograma para uma Organizacao, sua aplicagéo e suas vantagens e desvantagens. Baseado no exemplo apresentado, o Pastor pode elaborar um Organograma da Igreja Local, com suas diversas fungdes definindo assim uma linha de Hierarquia, que muito facilitara sua Administracaio, evitando...aqueles costumeiros problemas “da quebra da linha de autoridade”. 2.-O QUE E ORGANOGRAMA E um grafico que mostra, de forma clara e rapida, as diversas relagdes funcionais, dentro da empresa. 3-QUAL A IMPORTANCIA DO ORGANOGRAMA E dificil visualizar uma Organizaco como um todo. Surge assim a necessidade de um grafico que mostre, de forma imediata, as relacdes funcionais. os fluxos de-autoridade e responsabilidade e as funcdes organizacionais da empresa. Por exemplo: se uma empresa tem um presidente e um vice-presidente para produgao. olhando o Organograma poderemos inferir que o presidente delega fungdes de produgao para o vice-presidente. dando a ele autoridade e responsabilidade para exercer a fungao. : Se a empresa tem um Organograma bem estabelecido. muitos erros podem ser evitados. e as decisdes podem ser mais rapidas e mais bem fundamentadas. A razéo para um Organograma O Pastor e a Administragao da Igreja 50 ocupar o tempo da alta administrac&o de uma empresa é dbvia: o programa fixa responsabilidade e autoridade para 0 desempenho das fungdes, estabelece canais formais ‘de comunicacio ¢ deixa claro o relacionamento. 4—AS VANTAGENS DO ORGANOGRAMA Os Organogramas sao muito importantes para fins de analise organizacional. Podemos encontrar condigdes como: a) Fungdes importantes podem estar sendo negligenciadas e relegadas a segundo plano, ou podem mesmo ser inexistentes; b) Fungées secundaérias com pouca importancia: pode estar recebendo demasiada atengéo em detrimento a outras mais basicas; c) Duplicac&o de fungées: por falta de interacdo entre as diversas unidades da organizag&o, pode ocorrer que duas ou mais destas unidades estejam fazendo a mesma-coisa, atividades essas que poderiam ser centralizadas; d) Fungdes mal distribuidas: pode ocorrer uma localizagéo impropria na estrutura com prejuizo para a propria fungdo e para a organizacio. Além: das vantagens acima mencionadas, outras de menor importancia podem ser citadas, tais como: facilita o sistema de informacio e o fluxo de comunicacéio dentro da empresa, cria uma uniformidade de cargos, auxilia a graduar e classificar trabalhos e tarefas e auxilia uma visualizagdo maior das necessidades de mudangas organizacionais e crescimento da empresa. 5 - LIMITACOES DO ORGANOGRAMA Uma das limitagdes do Organograma é que ele mostra apenas uma dimensao dos muitos tipos de relagdes que existem entre individuos e unidadés de trabalho de uma mesma empresa. 0 que dificulta as mudangas organizacionais. O Organograma mostra as relagdes que devem éxistir, porém pode nao corresponder Organograma 51 4 realidade. Em outras palavras, o Organograma mostra apenas as relacdes formais na organizacao. isto é. aquelas previstas nos estatutos. regulamentos. instrugdes. portarias, normas e outras comunicacées oficiais. O Organograma deixa a desejar. sobretudo quando a organiza¢o cresce de forma tal que os Lideres passam a exercer verdadeiras fungdes de comando que limitam a autoridade formalmente delegada. 6 - COMO ELABORAR UM ORGANOGRAMA O Organograma é 0 tipo mais comum de grafico para representar a estrutura organizacional de uma empresa. Usualmente _ele é composto de um numero de blocos interligados mostrando a relacao de autoridade e responsabilidade existente na estrutura. Existem alguns pontos basicos a serem seguidos para a elaboragéo de um Organograma em que. apesar de alguns paises terem convencées diferentes de elaborac&o. as normas seguidas sao as mesmas. Os pontos basicos das normas sfo os seguintes: a) os retangulos devem ser colocados de forma’a possibilitar a andlise da estrutura da esquerda para a direita e de cima para baixo; b) cada fungao e cada titular de cargo devem ser representados por um retangulo. c) o lugar de cada reténgulo sera determinado pelo grau ou titulo do responsavel na hierarquia organica: d) os diferentes reténgulos esto ligados através de um traco vertical e cada titular ocupara uma zona de responsabilidade: e) cada titular que depender hierarquicamente de outro aparecera em uma zona vertical a direita deste e a parte superior do reténgulo em que figurar ligar-se-4 a linha vertical de responsabilidade por meio de uma linha horizontal de subordinacio: —.:.* f) 0 tamanho relativo ao reténgulo nao deve ter significagao técnica. Na interpretagdo do Organograma., aconselha-se utilizar A —————— rr —_——||ffTYyYxyxyYy,_—TF_ O Pastor e a Administragao da Igreja 52 reténgulos do mesmo tamanho para posigdes no mesmo nivel administrativo. " Algumas sugestées facilitarao muito 0 desenho e aumentar4o a utilidade do Organograma: 1 - Para o propésito de andlise da estrutura existente, é vital que 0 Organograma apresente a estrutura que opera atualmente, e nao a que as pessoas acreditam que deveria ser. 2 - Os titulos do cargo devem aparecer nos quadros, e, se houver necessidade de identificar 0 nome da pessoa que ocupa o cargo, este deve aparecer fora dele; se for colocado dentre do quadro, deve ser feito com outro tipo de letra; facilitando a diferenciaco. 3 - Para maior clareza e referéncia, o grafico deve ter nome, data e numero, e deve ser mostrada a referéncia de outros graficos derivados. Quadros suplementares podem ser usados para evitar grandes detalhes do Organograma principal. Se um grafico mostra somente uma parte da organizag&o, deve-se deixar linhas abertas para mostrar essa continuidade. Exemplo de um Organograma Super. Regional Secretario Secretirio Secretario Finangas Administragao Educagio Caixa Contas a Diretor Diretor e Pagar Acampamento | | Regional de | | Regional de Tesouraria Receber Adultos Jovens Vii - ADMINISTRAGAO FINANCEIRA 1-INTRODUCAO Neste capitulo trataremos da Administrag@o Financeira da Igreja, aplicando alguns conceitos da Administragao Financeira Geral a fim de facilitar 0 trabalho do Pastor. Para a Administracdo Financeira, 0 objetivo econémico das empresas é a maximizacdo de seu valor de mercado a longo prazo, levando-se em conta o ciclo operacional e o ciclo financeiro, regime de Competéncia e o Regime de Caixa, O Mercado Financeiro, os resultados econémicos e financeiros (lucro e caixa), os investimentos e o reinvestimento dos resultattes/ entre outros; visando dessa forma, aumentar a riqueza de seus proprietarios (acionistas de sociedades por agdes ou sdécios de outros tipos de sociedades). Quanto aos enunciados acima estiio perfeitamente corretos quando se tratar de uma Empresa. No entanto, nosso objetivo quanto a Administragdo Financeira, é oferecer sugestdes que venha facilitar a Administracao Financeira da Igreja Local, apresentando ainda como sugestio alguns formularios que podem ajudar aqueles que esto envolvidos direta ou indiretamente na Gestio Financeira da Igreja. 2—CONTAS A PAGAR/RECEBER As Entradas e as Saidas nas empresas so controladas por um Departamento denominado “Departamento de Contas a Pagar”. O Departamento de Contas a Pagar deve relacionar todos os pagamentos que deverao ser feitos no decorrer do més, ordenando- O Pastor e a Administracao da Igreja 54 os em ordem de pagamento, ou seja, os que vencerfo primeiro antecedendo sempre os que vencerdo por ultimo. A medida que for havendo disponibilidade de fundos ($), vai se efetuando os pagamentos, podendo até, antecipar os pagamentos, caso haja disponibilidade de fundos. Em época de Crise, deve se relacionar os pagamentos por Ordem de Prioridade, * visto que alguns ao serem pagos apés 0 vencimento poderdo ter multas/juros e até devolucio de cheques, quando se tratar de pagamentos com cheques pré-datados. As Despesas Extraordindrias, (Despesas Variaveis) que so aquelas que ocorrem de vez em quando, devem ter os seus vencimentos sempre no perfodo de 10 a 20 de cada més, visto que & neste periodo que as contribuigdes so entregue pelos membros da Igreja. O Tesoureiro e o Pastor devem ter em mente, que existem despesas que todos os meses incidirfo sobre a arrecadagio da Igreja, chamada de Despesas Fixas (Secretaria de Finangas, Luz, Agua, Telefone, Subsidios, etc). ee Quando for necessario gerar wina nova despesa, deve-se calcular quais seraio os gastos com as Despesas Fixas; verificando se a sobra de. Caixa mensal, ou seja, a Proviséo de Pagamento, € suficiente para cobrir essa nova despesa. Em se tratando de Compra (Aquisic&o), 0 procedimento deve ser: a) Fazer trés Orgamentos em lugares diferentes e levd-los para apreciacéio e aprovaciio na Reuniao da Junta Diaconal. b) Apés apreciacio, sera aprovado o orgamento mais vidvel e registrado na Ata da respectiva reuniao. Como o Mercado Financeiro é muito dindmico, e as op¢des no mercado sao muitas, nem sempre o mais barato sera 0 melhor ou o mais vidvel. Deve-se analisar, a Qualidade, 0 Prazo de Entrega, as Condigdes e os Prazos de Pagamento. etc., € ent&o decidir qual o Orgamento é mais vantajoso. Administragéio Financeira 55 A-—Boleto para Controle das Arrecadagées. Este Boleto deve ser usado em todas as reunides (Cultos). As Ofertas devem ser contadas por pelo menos dois Didconos (de preferéncia que nao seja o Tesoureiro) e discriminada neste documento de acordo com a finalidade e 0 seu fim. Ex.: Se for Dizimos, conferir todos os envelopes, somar os valores e lancar no campo “Dizimos”. Apés a conferéncia, os Didconos assinam e entregam ao Tesoureiro. (o Boleto e.os. valores — Importante: - Observar para que no se esqueca de colocar a data. - Nao rasure; - Nao se esquega de pedir para que todos os Didconos que conferiram, déem os seus visto. Exemplo de Boleto IGREJA Rua n° Boleto para Controle das Arrecadacées Sede ( )Congregaciio( ) Data:___/ Oferta de Culto: RS. Oferta Especial: RS. Oferta p/ Construcao: R$. Oferta p/ Missées: RS Oferta p/ Acao Social: = R$. Dizimos: “RS RS. Total: RS. Conferido por: O Pastor e a Administragao da Igreja 56 B- Envelope de Dizimos O Envelope do Dizimo deve ser entregue em reuni&o apropriada. O Pastor deve evitar receber 0 Dizimo pessoalmente, se precisar fazé-lo, deve chamar um Oficial para que o ajude na conferéncia e fique como testemunha para qualquer eventualidade. Cuidados a serem tomados. 1. Muitas vezes a pessoa coloca moedas dentro do envelope, e quando vai ser efetuada a conferéncia, os valores néao batem. 2. Algumas vezes a pessoa coloca um valor e dentro do envelope tem um valor diferente. (4s vezes tem mais, e as vezes tem menos) chame a pessoa. 3. As vezes a pessoa coloca o Dinheiro no envelope, mais nao marca o valor no mesmo. 4. Quando a pessoa entregar o Dizimo referente aos meses anteriores, no Livro Grade deve-se fazer o langamento do valor no més que se estar recebendo o Dizimo. Nao pode haver langamento retroativo. 5. O Envelope de Dizimo deve ser entregue ao seu portador o ~ mais breve possivel. Nao ha necessidade de guarda-lo por muito tempo. 6. O valor langado no Envelope de Dizimo é confidencial, diz respeito somente ao seu portador, portanto, o Envelope nao deve ser apresentado ou entregue a outras pessoas. 7. © Tesoureiro deve ser ético ao tratar com o Envelope de Dizimo. Nao deve tecer nenhum tipo de comentarios sobre os valores langados no mesmo. 8. Todo valor recebido através do Envelope de Dizimo. deve ser lancado em um Livro. apropriado, denominado [.ivre. Grade. Administragéo Financeira 57 Exemplo de Envelope de Dizimo IGREJA Nome: 200 200 Tesoureiro: n° “sa DEUS AMA QUEM DA COM ALEGRIA.” II Cor 9:7 Meses Valor eee eee eee Rubrica Janeiro Fevereiro Marco Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 13° Salario “IN 3-ESTATISTICA E um Relatério enviado todos os anos, 4 Comissio de Estatistica. Tem como base mostrar a situacdo financeira, o desenvolvimento e 0 crescimento da Igreja Local. i Dependendo da data das Convengées ou dos Concilios, O “Exercicio Contabil” pode se iniciar em 01 de Dezembro e se encerrar em 30 de Novembro do ano seguinte. Portanto todos os langamentos devem estar dentro do periodo estabelecido. Este Relatério é preenchido em duas vias, devendo ficar uma via no Arquivo da Igreja para as consultas que se fizer necessaria. O Pastor e a Administragdo da Igreja Este Relatério é preenchido em duas vias, devendo ficar uma via no Arquivo da Igreja para consultas que se fizer necessaria. Obs.: Nos exemplos a seguir foi considerado o Exercicio Eclesiastico entre 01 de Dezembro e 30 de Novembro. A-— Relatério do Rol de Membros E um Relatério destinado ao Registro de Membros Existentes e deve constar todas as alteragdes que ocorreram durante 0 ano, quanto aos Recebidos e aos Excluidos. 7 ROL DE MEMBROS MASCULINO FEMININO | TOTAL Administragdo Financeira 59 B - Relatério das Entradas No Relatério abaixo, deve-se relacionar todas as entradas que ocorreram durante o Exercicio Eclesidstico. Algumas entradas deverao ser Relacionadas em conjuntos com outras, como no caso de “Outras Receitas”. Nao pode haver rasura e deve ser preenchido com toda a sinceridade, pois o mesmo, é um retrato fiel da Igreja Local. Os langamentos que serao registrados nesse relatério deveriio ser transportados do Livro Caixa. : : ENTRADAS, Importéncia | Nao escrever aqui Saldo Anterior | EXISTENTES NO ANO Dizimos . PASSADO. Ofertas dos Cultos BATISMO es Ofertas Especiais RECONCILIACAO Escolas Dominicais ADESAO Ofertas para Misses Nacionais TRANSFERENCIA Soma dos Recebidos no Ano NOU=WMOAMDA Ofertas para Missdes Estrangeiras Oferta da Secretaria de Misses Oferta da Secretaria de Financas Ofertas para 0 Seminario Ofertas para o Acampamento Existentes no Ano passado + recebidos no Ano Ofertas para Assisténcia Social Ofertas para o Asilo Ofertas p/ outras Instituig6es da Igreja E | TRANSFERENCIA Departmen: (Adultos Tovens, : X [MORTE Adolescentes, etc). i POR PEDIDOS E Empréstimos de Terceiros t ABANDONO Aplicacées Financeiras ; [DISCIPLINA Outras Receitas (Aluguéis, Venda de ; Propriedades, Méveis ¢ Iméveis). © | Soma dos Excluidos TOTAL DE ENTRADA Ss no Ano TOTAL DE SAIDA ROL LIQUIDO EM BT aoveenee NOVEMBRO. lf NO RO) O Pastor e a Administragao da Igreja C - Relatério das Saidas (Seguir o mesmo procedimento das Entradas) 60 PAGAMENTOS EFETUADOS Importancia Nao escrever Aqui Prebendas Pastorais ‘Viagens ¢ Expedientes Pastorais Peciilio por Tempo de Servico — PTS Contribuigdes Previdenciarias (Zelador, Pastor). Aluguéis (Casa Pastoral, Salao de Culto, etc). Salarios (ordenados, remunerag6es € serventuarios). Secretaria Regional de Financas Secretaria Regional de Misses Outras Ofertas Missionarias Administragdo Financeira 61 D — Relatério dos Bens Patrimoniais Relatério destinado ao Registro dos Bens Patrimoniais Existentes, inclusive os que foram Adquiridos, Doados ou Anexados ao Patriménio no decorrer do Exercicio. . Os langamentos devem ser transportados do Livro de Bens Patrimoniais, que por sua vez, devem ser realizados todos os meses para que mediante alguma eventualidade se possa fazer um levantamento imediato, referente, aos bens patrimoniais existentes na Igreja e bem como em todas as suas dependéncias. Secretaria Regional de Administracao BENS PATRIMONIAIS Secretaria Regional de Acao Social Secretaria Regional de Educacao Crista Especificagao Quantidade | _ Valor Templos Seminario ‘Acampamento Obras Sociais Sales de Cultos Asilo Casas Pastorais Outras Instituicdes da Igreja Casa para Zelador Impostos Diversos Edificio Educacional Departamentos (Adultos, Jovens, Adolescentes). Outros Prédios Evangelismo Terrenos sem Prédios Agao Social Acampamento Literaturas (Escola Dominical, Etc). Veiculos Pagamentos de Empréstimos Bens Méveis (Utensilios, Equipamentos). Aquisigaio de Bens Iméveis (Terrenos, Prédios). Total dos Bens Patrimoniais ‘Aquisigao de Bens Moveis (Equipamentos, Telefones, Veiculos, etc). Manutengao de Veiculos Construgdes Manutengao (Conservagio, Limpeza, etc). Juros Outras Despesas (Agua, Luz, Telefone. ete) TOTAL DE SAIDA O Pastor e a Administragao da Igreja 62 E — Informe Geral Relatério destinado ao Registro das Informa¢gdes Gerais. Nele constam informacdes sobre a Quantidade de Oficiais. de Alunos da Escola Dominical e outras informacdes que sao fundamentais para demonstrar o Estado Geral da Igreja Local. Especificacao | Quantidade Especificagao Quantidade ‘Congregacées Jornal Pontos de Casamentos Evangelizacao Realizados Escolas Dominicais Adultos (membros da Igreja) Presbiteros Jovens (membros da Igreja) Diaconos Adolescentes : (membros da lgreja) Diaconisas Congregados (nao membros) A Igreja esta em dia com o PTS? Sim(_) Nao(_) Alunos das Escolas Dominicais A Igreja esté em dia com o INSS? Revistas para as Escolas Dominicais Sim(_) Nao(_) Administragao Financeira 4-LIVRO DIARIO Livro destinado ao Registro do Movimento Diario da Tesouraria,;Os langamentos devem ser feitos diariamente e sem rasuras. DIARIO - 2003 01 DATA HISTORICO. VALOR SALDO 01/04 | Saldo Anterior 150,00 Ofertas de Culto 58,00 208,00 Ofertas Escola Dominical 22,00 230,00 Cantina 55,00 285,00 Ofertas de Missbes 25,00 310,00 Oferta Especial : 30,00 340,00 Despesa de Cantina — conf. NF 345;C 22,00 318,00 Despesa com Material de Limpeza- conf. NF | 28,00 290,00 1521 e Despesa com Material de Escritério - conf. NF | 15,00 275,00 20-A Despesa com Escola Dominical — conf. NF 205 | 20,00 255,00 Despesa com Ornamentagao — conf, NF 034 16,00 239,00 Combustivel - conf. NF 621 20,00 219,00 02/04 | Despesa com Material de Construcdo — conf. | 125,00 94,00 NF 31 e32 Despesa com Material de Limpeza — conf, 17,00 77,00 Recibo 12/2000 } [03/04] Ofertas de Culto 57,00 134,00 ; Dizimos 850,00 984,00 Despesa com Material de Construgao - conf. 95,00 889,00 NF 319 Aquisicao de Cadeiras - 1/3 - conf. NF 1348/1 539,00 06/04 _| Ofertas de Culto 604,00 Dizimo 1.239,00 Ofertas de Missdes 1.324,00 Oferta Especial 1.374,00 07/04_[Saido a Transportar 1.374,00 eee eee O Pastor e a Administragao da Igreja 64 Administragao Financeira 65 Obs.: 1. Ao mudar de pagina ¢ necessdrio langar na ultima linha da 5-LIVRO GRADE pagina - “Saldo a Transportar”. 2. Também € necessario langar na primeira linha da pagina 4 Livro et ao Registro das Contribuigdes Mensais seguinte - “Saldo Anterior”. lenominadas de ' Dizimo”. Fazer os lancamentos diariamente. Todo o Inicio do Exercicio deve se abrir novas paginas. 3. Quando terminar o més é necessério langar na ultima linha devendo especificar o Ano do Exercfcio. Ao se relacionar is da pagina o seguinte - “Saldo a Transportar p/ o més nomes dos contribuintes, procure relacionar em Ordem Alfabética, Seguinte”. pois isso facilita a identificagao. > No decorrer do ano, ao surgirem novos contribuintes, vai se 4. Quando terminar o més, inicia-se o proximo lancamento na acrescentando os seus nomes imediatamente apds 0 ultimo nome pagina seguinte, devendo, no entanto. preencher a folha registrado. oe com uma linha perpendicular, para que seja evitada a inclusao de novos langamentos. —r I DIARIO - 2003 02 GREJA 07/04 | Saldo a Anterior 1.374,00 Fa 13/04 Despesa com Escola Dominical— conf. NF205 |20,00| 1:354,00 REGISTRO DE FAGAMENTO DOS DIZIMOS DO ANO DE2005 o Despesa com Ornamentagao — conf. NF 034 16,00| _1.338,00 fai { Jun [\Jul [Ago | Set [Out [Nov] Dez [Tot 15/04 | Ofertas de Culto 70,00 1.408,00 | ‘Combustivel — conf. NF 621 20,00 1.388,00 | 17/04_| Dizimos 200,00 1.588,00 | Despesa com Material de Construgao conf. [105,00] 1.483 00 + | NF 31 e¢ 32 | 20/04 |Despesa com Material de ‘Limpeza — conf. 13,00 1.470,00 Recibo 12/2000 23/04 _| Ofertas de Culto 70.00 1.54000 28/04 | Despesa com Material de Construgao — conf. 530.00 1.010.00 NF 401 e 402 30/04 _ | Despesa com Escola Dominical — conf. NF 431 | 205,00 805,00 Total 30/04 _| Saldo a Transportar p/ o més Seguinte 805.00 Rua Sobe e Desce n° 34 — Vila Margarida O Pastor e a Administragao da Igreja 66 6—LIVRO CAIXA Livro destinado ao Registro das Entradas e Saidas. Apés 0 encerramento do més faz se o resumo de todos os langamentos do més findouro. Os langamentos devem ser feitos por agrupamentos. Administragao Financeira 67 7—LIVRO DE BENS PATRIMONIAIS : Livro destinado ao Registro dos Bens Patrimoniais Existentes, inclusive os que foram Adquiridos, Doados ou Anexados ao Patriménio no decorrer do Exercicio. IGREJA ‘| Obs.: Quando por algum motivo algum bem que esta relacionado JANEIRO — 2003 OL neste livro deixar de fazer parte do Patriménio da Igreja, é DEBITO CAIXA CREDITO importante que seja feito uma observacio, fazendo referéncia a i-Contribuigées 1 SustMinistério ocorréncia. Saldo Anterior 120,00 ‘Subsidio Pastoral | 300,00 Dizimos 330,00 PTS 24,00 Ofertas de Culto | 150,00 INSS, 15,00 IGREJA Ofertas Missées_|_ 80.00 Expediente 30.00 | 369.00 EE greg aera eae Oferta Especial | 50,00 2 Transportes (Oferta Deptos. 0,00 ‘Combustivel 30,00 an Oferta p/Constru. [ 120,00 Manut. Veiculo 0,00} 30,00 REGISTRO DOS BENS PATRIMONIAIS 01 Oferta Gratidao 80,00 | 830.00 | 950,00 | 3 Secretarias ‘ _ Secr. Missdes 60,00 = 2 Seor. Finangas | 83.00 DATA DESCRICAO VALOR | OBSERVACAO Fundo Imobiliar. | 37.00 | 180.00 12-01-03 | Dois Microfones SM-58 - 190,00 Aquisigao 4 Taxas Leson : Luz’ > ‘Agua 16-01-03 | Um Pedestal — Cromado — Pés 60,00 Doagiio Telefone de Ferro IPTU 35,00 01 7 =n ae 7 18-01-03 | Um Tapete — tipo capacho 85,00 Aquisigao | Mat. Limpeza 500 18-01-03 | Um Suporte p/ filtro 18,00 Aquisicao Mat, Escritério 7.00 = Mat Construgao [18,00 ‘Omamentagao 5, ‘Manut, do Culto 5,00 | 40:00 (6 Educ. Religiosa Rua Sobe e Desce n° 34 — Vila Margarida ‘Seminarista 30,00 Mat. Didatico 5,00] 35.00 T Aluguel Congregagio 80,00 (Casa Pastoral 80,00 | 160.00 8 —Deptos ‘Agio Social 3,00 ‘Adolescentes 0.00| 5.00 9 ~Aquisigbes Cadeiras 1/3 35.00 ° ; : ciara soot eno 510 Rua Sobe e Desce n° 34 — Vila Margarida Saldoa Transportar 36.00

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