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TRATAMENTO DE AGUA: QUAL O MELHOR ALCALINIZANTE? ESTUDO COMPARATIVG DO USO DE CAL VIRGEM, CAL HIDRATADA E SODA CAUSTICA NO TRATAMENTO DE AGUA ESTE ESTUDO FOI ELABORADO PELA EQUIPE * Eng? Horst Ottestetter * Eng? Massao Nobuti * Eng? Opazia Chaim Fares * Do Departamento de Puriticago de Agua da COMASP. REVISTA DAE. 38 SUMARIO 1, Introdugéo 2... cecneeeees 2. Uso de bases no tratamento de agua . 3. Garacteristicas dos compostos .. 1 Standards da AWWA .... ‘1.1 Cal virgem .... :1.2 Cal hidratada 1.3. Soda céustica ...- Propriedades fisicas quimicas 1 Soda céustica ........ we :2 Cal virgem ...- 3. Cal extinta .... Célculos de custo anual 1 Gal hidratada ...... 0... 2 Cal virgem .. 3 Soda céustica : quipamentos 20.2.6... 222222 -1 Gal virgem ..... beteceee 4.2 Calhidratada.... 2. 10 4.3 Soda céustica : tee 5. Quadro comparativo ...........0.0. 14 5.1 Custos .. ve tt 5.2. Vantagens e desvantagens . 12 6. Concluséo ceveeeteeeeee 1B 2 2 2 2 3 3 3. 3 AM OOOBLOLOOBO ©O OINNIORSROOOE D+ 316 REVISTA DAK. 41 —RESUMO Na atual lagao da técnica de tratamento de. agua, notam-se nitidamente duas praticas dis- tintas, no que concerne ao uso de bases. Aqui no Brasil, a tendéncia é passar-se quase que exclusivamente ao emprégo da cal hidra- tada em detrimento da cal virgem. Na Europa e Estados Unidos, porém, veritica-se uma mudanga radical para o uso da soda céus- fica, diminuindo o emprégo da cal virgem, dei- xando muito pouco emprégo para a cal hidra- tada. Cada um déstes produtos quimicos apresenta vantagens e desvantagens que justificam, ou nao, seu emprégo. Como na conceituagao atual de tratamento de agua, o fator estritamente econémico vem em segundo plano, prevalecendo 0 critério da qua- lidade em fungao da finalidade, faz-se neces- sério apresentar um estudo comparativo entre a aplicabilidade de cada um dos produtos, nas nossas condigdes especificas. Antes de resol- ver inteiramente 0 problema, pretende-se le- vantar a questo e provocar a troca de informa- es @ experiéncias, s6bre o assunto. isoladamente 2. USO DE BASES NO TRATAMENTO DE AGUA As bases e sais, num tratamento de 4gua, podem atuar como alcalinizantes, agentes de corregao do pH final © agentes de precipitagao de sais, principalmente. Alcalinizantes séo compostos que conferem & Agua @ suplementacao de alcalinidade necessé- ria 4 coagulacao ou ao equilibrio do carbonato de calcio. A cal pode ser usada como um coa- gulante para Aguas com alto teor de compostos de magnésio, pois 0 hidréxido de magnésio pre- cipita com excesso de cal e 0 seu floco tem, as vézes, as mesmas propriedades do hidréxido de aluminio @ hidréxido de ferro. © ajuste do pH normaimente leva ao valor de equilibrio do carbonato de calcio; ésse ajuste, realizado pela adigao de dlcalis (cal, soda, bar- ritha) neutraliza 0 gés carbénico e cria condi- 6es de instabilidade para 0 carbonato de calcio presente na agua favorecendo a deposigao da camada protetora. Este é um método simples para neutralizacdo das caracteristicas corrosi- vas de uma agua A cal & 0 produto mais usado para o ajuste do PH, mas aumenta a dureza da dgua, o que a torna indesejavel para dguas de dureza ele- vada. A cal tem manuseio e alimentagéo difi- ceis e causa incrustagao e obstrugao nas linhas de alimentagao. O carbonato de sédio nao adiciona dureza, é de alimentagao mais facil, mas pode depositar- se nas linhas de alimentagao. A soda caustica, usada em solugdes, é mais cara que os outros atcalis, mas nao acrescenta dureza @ nao 6 depositada nas linhas de ali- mentagao. Para Aguas de dureza inferior a 35 ppm, a cal devera ser preferida, para prover 0 calcio ne- cessario formagao da camada protetora de carbonato de calcio, Tanto a cal como 0 carbo- nato de sédio e a soda, porém, podem ser usa- dos para tratar as aguas corrosivas de dureza acima de 35 ppm. Em resumo, no tratamento d’agua, o hidroxido de calcio, Ca (OH). ¢ utilizado no abrandamento, coagulagao, estabilizagdo e como agente céus- tico; 0 dxido de calcio, Ca O, é utilizado no abrandamento, coagulagao, estabilizagdo e co- mo fonte de Ca (OH).; 0 hidréxido de sédio, Na OH é utilizado no abrandamento, contrdle do pH e limpeza da areia dos filtros. 3. CARACTERISTICAS DOS COMPOSTOS 3.4 344 Def.: Cal virgem 6 0 produto resultante da cal- cinaggo de pedra calcérea, conchas ou equi- valentes, e consiste essencialmente de éxido de calcio numa associagao natural, com pequene quantidade de magnésio. Impurezas — a cal virgem nao deverd conter substancias minerais ou organicas, em quanti- dades capazes de serem fatais ou causarem danos a saide dos que venham consumir agua que com ela tenha sido tratada Granulometria — dimensdes da cal so esta- belecidas para satisfazer os requisitos dos va- Standards da AWWA Cal virgem REVISTA DAR. tios tipos de equipamentos, mas,o comprador podera fazer especificagées, para satisfazer condigées préprias. Se a cal virgem vier a ser manuseada por transportador pneumatico, de- vera, se necessério, ser moida e peneirada de modo que rada seja retido numa peneira de 1 polegada endo mais de 5% atravesse a pe- neira U.S. standard n.° 100, no embarque da fabrica do produtor. Bases para aquisi¢so — a aquisicao da cal vir- gem devera ser baseada no teor de 90% de 6xido de célcio no material fornecido, com a7 uma escala de bénus para a cal com teor acima de 90% © uma escala de penalidades para cal com teores inferiores. 3.1.2. Cal hidratada Det: cal hidratada é um material finamente di- vidido resultante da hidratagéo da cal virgem com Agua suficiente para a sua afinidade qui- mica; Consiste essencialmente de hidréxido de calcio ou uma mistura de hidréxido de calcio @ hidroxido de magnésio, dependendo do tipo de cal virgem usada na extingao. Impurezas — a cat hidratada nao deverd con- 140 ter substancias minerais ou orgénicas, em quan- tidades capazes de serem fatais ou causarem danos & salide dos que venham a consumir agua que com ela tenha sido tratada. Aquisig’o — a aquisicdo da cal hidratada deve- 4 ser baseada no teor de 68% de dxido de cal- cio no material fornecido, com uma escala de bonificagdes para cal com teor acima de 68% uma escala de penalidades para cal com teo- res inferiores e@ rejeigao no caso de teor de Oxido de calcio disponivel menor que 62%. De- vera haver uma escala de bénus ou penalidades. dependendo do material forneci¢o. 120 Pontos de Solidificagao de Solugao da Soda 100 Caustica TT TTT 80 60 40 20 Temperatura, °C TT REVISTA D.AB. 3.1.3 — Soda céustica Def.: soda caustica é um composto produzido pelos processes: eletrolitico, aménia, soda ou célula de merctrio. No estado sélido é branca, ‘paca ou translicida e bastante higroscopica. Impurezas: a soda céustica ndo deve ter nenhum composto que produza um efeito toxico no con- sumidor de uma agua perfeitamente tratada. Bases para aquisicao: a soda céustica sdlida de- ve conter um minimo de 75% de alcalinidade total como Na20:96% de hidréxide de sédio, NaOH e ndo mais de 2% de carbonato como Na:CO:,A soda céustica liquida deve conter aproximadamente 50% de hidréxido de sédio. Soda caustica liquida contendo aproximadamen- te 73% de Na OH é também aproveitével. Deverd haver uma escala de bénus para a soda céustica fornecida com teores acima de 96% de Na OH, e uma escala penalidades, até a re- Jeigdo, para as concentragdes inferiores, Obs.: Para a obtengao de maiores detalhes de- ve-se consultar os standards publicados pela AWWA. 3.2 — Propriedades fisicas e quimicas Soda caustica A soda céustica apresenta-se sob a forma sd- lida (escamas e tabletes) e liquida. No estado sélido ela € higroscépica e apresen- ta as seguintes caracteristicas: nome do composto: hidréxido de sédio (Na OH) péso molecular . . 40,005 gravidade especifica 2,130 Ponto de fUS40.... eevee. 818° C ponto de ebuligéo .... veees 1.390 © calor de fusao ... - 40 cal/gr. pH de solugao 1% oo. 12,8 folublidade (gr/100 mi) em gua, oc... 20°C 100°C : E solivel em alcool e glicerina & acetona e éter. Obs.: ver gréfico — Pontos de solidificagdo da solugéo de soda caustic. Apresentagao comercial A soda caustica é encontrada no mercado bra- sileito em solugéo de 50% de Na OH aproxima- damente; fundida (nacional e importada), acon- dicionada em tambores de 375 kg a uma con- centragao de 98-99% de Na OH, além de se apre- sentar também sob a forma de escamas. Prego: A soda em solugao 50% de Na OH custa aproximadamente Cr$ 720,00 por tonelada, in- cluindo LP.l. transporte. A soda tundida de concentragéo 98-99% de Na OH custa aproximadamente Cr$_1.660,00 or tonelada, incluindo LP.|. @ transporte. A soda em escamas custa Cr$ 2.400,00 por to- nelada, Manejo e precaugées — Todos os que manejam com a soda caustica, devem familiarizar-se com REVISTA DAE. ‘08 manuais existentes na bibliogratia, principal- mente de origem americana. A soda céustica ¢ um dos mais perigosos com- postos alcalinos, nado sdmente devido ao seu efeito destrutivo nas roupas: uma exposic¢ao inobservada, ndo dé uma sensagao imediata de queima. Todos os que trabalham nas proximidades da soda céustica devem ser instruidos para as pri- meiras providéncias, em caso de acidente. Ar- mazenagem de alimentos e refeitérios nao de- vem ser situados préximos as areas de trabalho com a soda caustica. Uso da soda nos E.U.A. Manufatura de produtos quimicos . = 38% Fabricagao de celulose . 11% Papele polpa..........-.-- 9%, Industria textil 0... 0.2... 6% Sabéo e detergente 5% Refinaria de petréleo 5% Exportagao cs 5% Diversos .. seees 21% Materiais para acondicionamento da soda sao: ferro fundido, borracha e ago. 3.2.2 — Cal virgem A cal virgem, CaO, apresenta-se em granulos, com as seguintes caracteristicas: péso molecular veer 584 péso . (0,8 — 1,04) Kg/1 (0,96 — 1,04) Kg/1 (0,80 — 112) Kg/t pH da solugao saturada 12,4 Apresentagao comercial Apresenta-se no comércio com 75-99% de CaO: Para uma eficiente hidratacdo, s4o essenciais 0 tempo de detengao, temperatura e suficiente quantidade de agua. A cal virgem pode ser extinta continuamente, derramando-se a cal pulverizada diretamente do dosador para dentro da corrente relativamente pequena de Agua que deve transporté-la, como leite de cal, ao ponte de aplicacao. A cal virgem pode ser extinta em grosso, sendo 0 leite de cal mantido em tanques de armazenamento para aplicagao relativamente imediata & agua a sef tratada. A extingao continua é mais comum nas grandes estacées. A extingao da cal virgem para produzir um leite de cal satisfatério, requer cérca de 3 2 5 quilos de gua por quilo de cal virgem..A substancia, depois de pulverizada a uma particula de tama- nho conveniente é aplicada & agua, através de um dosador a séco. A égua nunca 6 aplicada a cal virgem, para evitar a explosdo pelo vapor d’égua que resultaria, A temperatura da queima de cal depende das temperaturas originais des- tas e da proporgdo da 4gua para a cal, abaixo de 100°C. Quanto maior a proporgao, tanto maior a temperatura. S40 usadas temperaturas da or- dem de 82 a 93°C, Uma temperatura muito ele- so vada provocaré fumos @ vapéres excessivos, & temperaturas muito baixas desaceleram a taxa de extingdo e produzem um feite de cal volumo- 80, Na pratica, a tendéncia € no sentido do uso de temperaturas mais elevadas com ventilacao adequada. Muita Agua dilui a suspenséo, diminui © periodo de retengao e aumenta o volume, Pou- ca 4gua proporciona uma calda espéssa, dificil de manipular, Prego: O prego médio da cal virgem é de Crs 130,00 a tonelada incluidos LP.1. ¢ transporte, com porcentagem média de 95% de CaO. 3.2.3 — Cal extinta, Propriedades fisicas e quimicas. A cal extinta, Ca (OH), apresenta-se como um po branco, leve ou denso, com as seguintes ca- racteristicas: péso molecular ...... cece Th peso +. (042 — 0,77) Kg/1 (0,64 — 1,12) Kg/1 solubilidade -.. 0,014 9/f a 20°C 0,012 9/2 a 32°C Apresentag&o comercial Comercialmente apresenta-se com 85 — 99% de Ca(OH)» @ 63-73% de Ca O. Para o seu acon- dicionamento pode ser utilizado asfalto, cimen- to, ferro, borracha ou ago. E necesséria agitagao do funil de carga na dosagem a séco da forma leve. Prego: © prego médio da cal hidratada em S. Paulo @ de Cr$ 160,00 por tonelada, includos LPL. e transporte, com concentragao média de 65% de Ca 0 © 85% de Ca (OH), 3.3 — Calculos de custo anual 3.3.1 — Cal hidratada © gasto mensal de 96 ton. de cal hidratada, con- centragéo média de Ca (OH), = 85% (ETA Rio Grande). © custo — Cr$ 160,00 por tonelada com 1.P.I. incluso 0 posto em Sao Paulo. ® cAlculo do custo mensal da cal hidratada: 96 ton. x 160,00 = 15.360,00 © custo anual: Cr$ 184.320,00 3.3.2 — Cal virgem temos 96 0,85 100% custo = Cr$ 130,00 por ton, com /.P.l. incluso, pdsto em Sao Paulo. Admitindo-se que a concen- tragdo média de cal virgem seja de 95% de CaO (equivale 2 125,5%' de Ca (OH)2). Calculo do gasto mensal: 81,6 — = 65,0 ton. 1,255 Calculo do custo mensal: 65,0 ton. x 130, Gr$ 8. 450,00 custo anual (Cr 10% .400,00 81,6 ton de Ca (OH), de 320 3.3.3 — Soda caustica 1) Soda em solugdo 50% CAlculo do gasto de soda equivalente a 81,6 ton. de Ca (OH)2 100%. Ca (OM) Na OH 4 40 2 40 x 2 81,6 _ 6528 x : 88,2 ton. 81,6 74 7a Custo mensal: 88,2 720,00 —— = Cr$ 127.008,00 05 Custo anual: Cr$ 1.524.000,00 2) Soda fundida 98% 88,2 —— 1,660,00 = 149.400,00 0,98 Custo anual: Cr$ 1.792. 800,00 3) Soda em escamas 98% 88,2 —— % 2.400,00 = 225.000,00 0,98 Custo anual: Cr§ 2.700.000,00 4 — EQUIPAMENTOS. Varios so os tipos de dosadores que tém sido empregados na aplicagao de produtos quimicos; porém, tendo em vista uma operagao mais 1é- cil e uma dosagem mais correta, procurandd ainda utilizar, sempre que possivel equipamen- to de procedéncia nacional, podemos fazer 0 se- guinte levantamento. 4.1. —Gal virgem: Numa instalagao para cal virgem, precisaremos, de acordo com a fig. 1: a) 1 soprador de alta presséo + dutos -......... : 80.000,00 b) 2 silos de estocagem ..... 120-000,00 c) 2 silos de operacdo ...... '80.000,00 d) 2 dosadores gravimétricos . 80.000,00 2) 2 extintores de cal 76 .000,00 * Total 436 000,00 * Amortizagao: Amortizagao em 10 anos. Juros de 8% ao ano, utilizando-se a férmula: " apitt’ as+iret onde: P — importancia atual R — cada pagamento de tim de perfodo numa série uniforme de n periodos. i — taxa de juros por periodo nn — numero de periodos de juro. R REVISTA DAE. 0,08 (1 + 0,08)" B= 498-000.00 FF o.00 710-1 = 436.000,00 (0,149) R == Cr$ 64,964,00 ao ano. ‘Obs.: Apenas 08 itens d @ © sao de procedéncia americana, pois até éste instante nao existe ne- nhum similar nacional de qualidade satistatéria. 4.2. — Cal hidratada fig. 2 Para utilizacao de cal hidratada necessitaremos praticamente dos mesmos equipamentos, com um custo entaéo de Cr$ 436 000,00. Uma simplificagéo porém pode ser feita, e esta seria a utilizago de uma caixa de dissolugao ao invés do extintor de cal, Daste modo, com exce- ¢80 do dosador, todo equipamento seria de ori- gem nacional, e 0 custo seria de Cr$ 386.000,00. Amortizagao R= 386..000,00 (0,149) = Cr$ §7.514,00 ao ano, INSTALAGAO TIPICA PARA CAL VIRGEM 1 1 SOPRADOR DE ALTA PRESSAO. FIG.1 REVISTA DAE. 4.3, — Soda céustica fig. 3 Para a aplicagao de soda céustica, a instalagéo tipica é a apresentada na fig. 3 onde temos: 1 bomba de transferéncia para a soda céustica : 700,00 2 tanques de chapa de aco p/ 50.0001 ee eeeeee eee eeees 20,000,00 1 medidor magnético de vazio 12,000,00 1 hidrémetro 3 m* 50,00 Total . 32. 750,00 Obs.: No caso da utilizagao da soda céustica fundida ou em escamas, além do equipamento normalmente empregado pela soda céustica em solugao, é necessario um tanque de dissolugao. Amortizagao R= 32.750,00 (0,149) = Cr$ 4. 880,00 ao ano, [| * 2 2SIL0S DE ESTOCAGEM 1 3 2 SILOS DE OPERAGAO 4 2DOSADORES ‘GRAVIMETRICOS 5 2EXTINTORES DECAL sn INSTALAGAO TIPICA PARA CAL HIDRATADA SOLO DE ESTOCAGEM SILOS DE OPERAGAO O DOSADOR [| cravimerrico DISSOLUCAO 'SOPRADOR DE ALTA PRESSAO FIG. INSTALAGAO TIPICA PARA SODA CAUSTICA 1 — CARRO-TANQUE 2-- BOMBA P/ SOLUGAO DE SODA 3—HIDROMETRO 4—TANQUE DE ARMAZENAMENTO 5 —MEDIDOR MAGNETICO DE VAZAO- FIG.3 REVISTA DAE. 5 — QUADRO COMPARATIVO 5.1 — Custos Custo anual da base | Equipamentos ‘Comparagao em BASE (Crs) (81,6 ton de | (amortizacao TOTAL ANUAL relagao & cal Ca(OH), 100% | anual — Crs) (crs) virgem Escamas| _2.700.000,00 4.880,00 2..704.880,00 163 Soda cdustica| Fundida 1.792, 800,00 4.880,00 1.797 680,00 108 Solugao 1,524..000,00 4,880,00 1.528,.880,00 92 Cal Hidratada 184.320,00 57,514,00 241..734,00 15 Cal Virgem 101 400,00 64,964,00 166.364,00 10 5.2. — Vantagens ¢ desvantagens Vantagens Desvantagens = custo baixo = facilidade de aqi ‘das tubulagdes — nao 6 corrosive — custo baixo alto grau de pureza = tecidade de eperagio 2 | —equbanents ma Garo tuaronco | = Wao" Simenta 9 dere cs tuoider 1Sétg, |= manor quantdade do rsotves frertdads ce estocagem = Sho gra co purrs 6 — CONCLUSAO Pelo quadro comparativo vemos que a base que apresenta menor custo, é a cal virgem. A cal hidratada apresenta um custo de 1,5 vé- zes 0 da cal virgem. A soda céustica em solugao tem um custo de aproximadamente 9 vézes o da cal virgem. No tratamento de agua o aspecto mais impor- ante ndo 6 0 custo do tratamento, mas sim @ qualidade de Agua obtida no fim do tratamento. Por exemplo, a cal virgem apresenta uma gran- de vantagem’em rela¢ao a cal hidratada, quanto a0 grau de pureza. Este grau de pureza tem re~ flexo na turbidez da 4gua final, além do depé- sito de substncias insoliveis nos reservatérios © canalizagses. REVISTA D.AE. igo — contribu na formacéo da camada protetora ‘camada protetora cas tubulagdes = baixo teor de pureza aumento de turbidez — aumento da dureza — equipamento caro — tempo de estocagem limitado — perdas ne manuseio; aumento do trabalho do manutengao — pe sufecante — operagao trabathosa — operagio trabaihosa = perlodo de estocagem limitada Fequer cuidados especiais no manuseio aumenta a turbider ‘equipamento caro — 6 necessatio extintor = custo maior — emprégo condicionado & dureza da dgua = 6 corresiva; requer maiores cuidados no ma- nuseio — Instabilidade do mercado A soda céustica apresenta vantagens sobre a cal virgem e a cal hidratada, pois ndéo aumenta a turbidez da 4gua e tem menor quantidade de insoliveis. De uma forma geral as aguas brutas tratadas pe- la COMASP, sao ligeiramente écidas e de baixa alcalinidade, isto é, de caracteristicas corrosi- vas, Neste caso recomenda-se a cal hidratada ou a cal virgem que fornecem 0 céicio que con- tribui na formagao da camada protetora de car- bonato de calcio. Assim sendo, devemos verifi- car, tedrica e praticamente, as vantagens e des- vantagens que cada base oferece ao tratamento de uma determinada gua, e em seguida esco- ther qual a melhor base. 323

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