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Bom dia?!

As eleições se aproximam e com elas aumenta o interesse das


pessoas no debate entre as diferentes propostas
apresentadas.

Abaixo, você encontrará, de maneira resumida, o que pensa o


candidato do PPS e PV, Gilvane Felipe, sobre Goiânia,
política, ética e outros temas de grande importância.

Para maiores informações sobre nossa candidatura, visite


nosso Comitê à Av. Paranaíba esquina com Av. Tocantins, ou
acesse: http://www.gilvanefelipe23.can.br/

Peço-lhe que, após a leitura, repasse a entrevista aos seus


contatos, para que eles também possam ter acesso a essa
nova proposta para o desenvolvimento de nossa cidade.

Grande abraço.

Gilvane Felipe 23
Candidato a Prefeito de Goiânia
pela Coligação Goiânia em Movimento
PPS - PV
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> SABATINA/O POPULAR - GOIÂNIA

“Queremos fazer
o eleitor pensar”
Prefeitável do PPS admite foco de campanha em formador de
opinião, em busca de resultado “mais positivo”

Fabiana Pulcineli

O candidato do PPS à Prefeitura de Goiânia, Gilvane Felipe, afirma


que sua campanha tem de “fazer o eleitor pensar”. Assim, ele investe
em termos abstratos como Cidade Criativa, defende a mudança de
conceitos e repete que Goiânia tem de parar de crescer de forma
desordenada. “É uma proposta de pensadores, urbanistas e arquitetos
americanos”, definiu ontem o plano de governo de sua chapa, ao
participar de sabatina promovida pelo POPULAR, no auditório da
Organização Jaime Câmara.
Admitindo que a campanha busca mais votos na elite intelectual,
Gilvane comemora o crescimento nas pesquisas junto ao eleitor com
nível superior. Segundo ele, são formadores de opinião que podem
promover o aumento do número de votos no dia 5 de outubro. “Não
para ganhar as eleições, mas para ter um resultado mais positivo”,
admite. Na última pesquisa Serpes/O POPULAR, publicada segunda-
feira, Gilvane apareceu com 1,9% das intenções de voto.
O prefeitável afirma ser positiva a desestruturação do PPS após o
lançamento de sua candidatura. Lideranças desistiram de disputar
vagas na Câmara – o partido lançou apenas um candidato – e
integrantes da direção estadual e municipal deixaram a sigla. “O PPS
não podia mais continuar sendo um partido de aluguel”, diz.
A sabatina foi mediada pelo editor-chefe do POPULAR, João Unes, e
teve a participação da editora-executiva Cileide Alves, do editor do
Giro, Jarbas Rodrigues Jr, e da repórter Fabiana Pulcineli. Hoje será a
vez da sabatina com o candidato do PP, Sandes Júnior, e amanhã, do
prefeito Iris Rezende (PMDB).
Diomicio Gomes

> SABATINA/O POPULAR - GOIÂNIA

Gilvane Felipe
Ser prefeito Gilvane Felipe (PPS)
Faço política desde os 17 anos, no movimento 45 anos
Historiador
secundarista. Tenho uma atividade intensa na Natural de Goiânia, atuou no
política, tive militância partidária por várias movimento estudantil, militou
décadas e depois uma experiência no PMDB Jovem e depois no
PC do B, partido pelo qual foi
administrativa que considero bastante rica, que indicado secretário de
me deu flexibilidade e aprendizado sobre Ciência e Tecnologia no
gestão. Eu nunca quis ser candidato, é a primeiro governo Marconi
Perillo (1999-2002). Assumiu
primeira vez que aceitei o desafio. Porque a direção do Sebrae em
acredito que a atividade política hoje está 2003, onde ficou os quatro
anos. Após deixar o órgão,
muito desgastada, mal-avaliada pela Gilvane ocupou uma
população, também por culpa daqueles que se assessoria do senador
omitem, das pessoas que têm consciência Marconi, de onde saiu para
ser candidato.
política, histórico, trajetória, e não se
candidatam. Então, resolvi assumir o risco, dar a cara à tapa numa
eleição em que o favoritismo de um candidato era bastante
pronunciado.

Críticas
A nossa campanha tem criticado as ações administrativas, as políticas
desenvolvidas pela administração atual. Evitamos entrar na discussão
pessoal. Ataques pessoais não me interessam nesta campanha. Não
interessa ao PPS e ao PV fazer uma campanha de denuncismo, de
ataques. O que nos interessa é apontar os problemas, diagnosticá-los
bem, e apresentar propostas de solução. Temos feito críticas às
políticas atuais de uma maneira civilizada, educada. Porque esse é
meu perfil e da Jacqueline (Vieira, PV).

Gestão atual
O que mais critico na gestão atual é a falta de planejamento. É uma
administração improvisada, um estilo de administrar que talvez se
justificasse e pudesse ser até eficaz com cidades menores. Goiânia
tem mais de 1 milhão e 200 mil habitantes. Para citar um exemplo da
falta de planejamento, temos as obras da T-63. Começa-se uma obra,
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faz licitação, quase 20 milhões de reais envolvidos e descobre-se que


o lençol freático não está a 9 metros de profundidade, mas a 3.

Marconi
Tenho grande amizade de longa data com o senador Marconi Perillo.
Ele nos convidou para fazer parte do primeiro governo dele. No
segundo, não participei, mas meu nome foi proposto para o Sebrae.
Tenho relação muito próxima com ele. Agora, o senador tem o partido
dele, o PSDB está em outra coligação. Isso é muito claro, embora eu
tenho diálogo político constante com o senador. Ele está na campanha
apoiando o candidato do partido dele.

Base
Acho que houve um erro por parte da base aliada, que devia ter
avaliado a situação favorável da candidatura situacionista e ter
estabelecido uma estratégia mais inteligente. Desde o ano passado,
quando fomos apresentados pela primeira vez, defendia que a base
deveria ter mais de um candidato. Infelizmente, essa tese não foi
ouvida pela base. Insistimos até as convenções. Depois disso, as
pessoas perguntavam se eu era o segundo candidato da base e falei
que não. O líder da base é o governador e ele declarou que o
candidato da base é um só e que se chama Sandes Júnior. Então, em
respeito à liderança do governador, não falamos mais da tese de mais
de uma candidatura. Mas acho que foi uma pena e a história vai
avaliar se foi um erro estratégico dos partidos da base.

PPS
Ontem, estive em reunião com o presidente nacional do PPS, Roberto
Freire, e discutimos muito essa reta final de campanha e, de
passagem, a questão do PPS. Não houve nenhum problema pessoal.
O que aconteceu foi divergência de caminhos. Eles achavam que o
PPS deveria marchar junto com a candidatura da base aliada. Nós
achávamos que não, que precisávamos apresentar uma proposta
nova, que está na hora de construir nova alternativa para Goiânia. Da
minha parte não existe nenhuma mágoa com relação a isso. Apenas
acho que foi incorreto eles não apresentarem proposta diferente na
convenção. Isso não foi feito. A convenção foi unânime e depois eles
reclamaram (cúpula estadual e municipal, que anunciou desfiliação
este mês). É uma coisa completamente inaceitável. Mesmo assim,
continuamos na expectativa de que eles mudassem de posição e
preferiram sair do partido. Tanto melhor. Enfim um ato de coerência da
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parte deles. Acredito que foi um alívio para o PPS, que agora poderá
retomar uma trajetória de construção partidária mais ligada a sua
trajetória histórica, que veio do antigo PCB, da esquerda democrática.

Reestruturação
O PPS precisava passar por uma crise como essa. O PPS não podia
mais continuar sendo um partido de aluguel, a disposição num balcão
de negócios da pequena política goiana e goianiense. Não dava mais,
chegou ao limite. Nem todo mundo que era filiado ao PPS
compartilhava dessas idéias. Tivemos pré-candidatos que não foram
candidatos e não sei se foi ruim para o partido porque havia
candidatura completamente sem nenhum tipo de compromisso. Tanto
que elegemos três vereadores nas últimas eleições e cadê eles?
Essas coisas realmente temos de mudar. Eu não me disponho a ficar
em um partido de faz-de-conta. Tem gente que estava no PPS
fazendo as contas matemáticas se ele tem mais chance de ser eleito
do que se ele tivesse PP. Ora, um cara que fica na dúvida entre PPS e
PP, não está levando a política a sério. Ele não vê sequer programa, a
trajetória dos partidos. Então, acho que é natural essa reestruturação.
O PPS tem de passar agora por um processo de recadastramento de
filiados. O partido tem de ser reconstruído.

PV
Acredito muito na aliança estratégica com o PV. Estamos construindo
uma força independente nas eleições. Eu e Jacqueline apresentamos
uma candidatura diferente das que estão colocadas. Então, foi o
tempo do alinhamento automático. O PPS não tem mais alinhamento
automático. Não existe mais isso.

Informatização
Vemos na Prefeitura a pouca ou a má administração dos recursos
tecnológicos disponíveis hoje para a gestão. O prefeito confunde
comprar computador com informatizar. Informatizar vai muito além,
mexe com a cultura das pessoas, do trabalho, com a concepção da
gestão. As contas da Prefeitura, por exemplo. Como candidato, tive
muita dificuldade de ter dados sobre a Prefeitura. É uma luta, um
garimpo. O próprio O POPULAR promoveu um debate que me fez rir
bastante. Eu disse que aqui é a terra do absurdo. Existia divergência
sobre o número de CMEIs. Veja, isso não é uma coisa virtual, são
prédios. É possível contar. E a secretaria precisou pedir um relatório
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pra dizer quantos CMEIs. É atrasadíssimo, arcaico. É preciso colocar


a tecnologia a serviço da transparência, da democracia.

Cidade criativa
A Cidade Criativa é uma proposta existente no mundo da cultura,
particularmente do turismo. É uma proposta de pensadores,
urbanistas e arquitetos americanos. É um conceito que procura
resgatar algumas questões. Primeiro, o resgate histórico da cidade,
procurando valorizar toda a trajetória, desde a questão da arquitetura,
do urbanismo, dos valores culturais, esportivos. É também uma cidade
que busca tolerância religiosa, política e tudo mais. É preciso priorizar
a questão ambiental, que se busque estabelecer um plano econômico.
Cidade Criativa é uma proposta de aposta nas tecnologias limpas, na
transparência da gestão, na melhoria das condições de vida, no
combate à poluição visual e sonora.

Metrô
Não existe solução mágica para o trânsito de Goiânia. Não dá para
falar que a solução é o metrô. É demagogia. Agora, um gestor de
Goiânia, em pleno século 21, não pode ser contra a proposta do
metrô. Eu lamento que o prefeito termine quatro anos de mandatos
sem deixar um plano, uma proposta, um estudo da viabilidade do
metrô. As gestões populistas não vão apostar no metrô porque não vai
ter fitinha para inaugurar antes do final do mandato. É um erro. Temos
de iniciar o metrô não para o prefeito inaugurar, mas para a cidade.
Daqui a cinco, oito anos, essa cidade vai precisar muito de um metrô.

Transporte
A grande questão do trânsito é o transporte coletivo. É um nó. Temos
de reduzir o número de veículos em trânsito simultâneo. Hoje o sonho
dourado de todo o goianiense é juntar um dinheirinho e comprar um
carro para escapar do terrível transporte coletivo. Precisamos de uma
Prefeitura que tenha independência e firmeza em relação às grandes
empresas de ônibus. Cobrar pontualidade, segurança, conforto. Se
não oferecer isso, as pessoas não vão deixar de sair de carro e a
Prefeitura não teria nem moral para pedir isso a população.

Viadutos
Eu faria eventualmente. Mas não faria da engenharia de tráfego a
única ferramenta para melhorar o trânsito, como acontece hoje. O
viaduto da Praça do Ratinho ficou bonito, não nego, mas convido
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vocês a irem até a Praça do Cruzeiro para ver a onde foi parar o
congestionamento que era da Praça do Ratinho. A sede do PV fica lá
e a gente vê todos os dias um congestionamento terrível. É uma
ferramenta usada na gestão do trânsito, mas não é a única. As outras
são transporte coletivo, a educação para o trânsito e a fiscalização.
Temos 138 agentes apenas na SMT para fiscalizar 800 mil veículos.
Não há campanha de educação para o trânsito e o transporte é de
péssima qualidade. A gestão do trânsito e do transporte tem de
contemplar esses quatro segmentos e só vejo a Prefeitura atuando em
um.

Corredores
A curto prazo podemos implantar os corredores exclusivos para os
ônibus para dar o diferencial da rapidez em relação ao carro.
Precisamos aumentar o número de ônibus, mas, sem corredores
exclusivos, pode piorar a situação. Coloca-se mais mil ônibus na
situação pré-colapso que vive o trânsito e acaba de travar totalmente.
Não se pode abrir mão de pareceres técnicos, de uma consultoria
muito especializada, inclusive considerando experiência em outras
cidades. Não vejo a administração da cidade apostando nessas
questões. Nós temos de ir a esse caminho, ir a Porto Alegre (RS), ir a
Curitiba (PR), ver o que eles fizeram. Não é mal nenhum copiar aquilo
que deu certo. Ficamos aqui batendo cabeça, com o trânsito caótico,
esperando o colapso total chegar.

Campanha
Tem sido um aprendizado muito interessante, rico. É como se você
morasse 30 anos numa casa e de repente descobrisse um cômodo
que nunca soube que existia. Achei que tivesse visto de tudo nas
atividades políticas e estou aprendendo que não. É bem diferente ser
candidato e apoiar uma candidatura. Acho que sairei muito mais bem
preparado.

Resistências
As pessoas tendem a colocar no mesmo saco todos os políticos. Por
exemplo, o episódio do 15º salário dos vereadores revoltou a
população. O povo diz que todos os políticos só querem saber de ter
15 salários. Essa generalização é compreensível. Por outro lado,
constrange bastante. Sempre tive trajetória inquestionável. Lidamos
com altos recursos no Sebrae e minhas contas foram aprovadas sem
nenhuma observação. Então é preciso estar bastante seguro para
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lidar com isso. Senão, você se sente muito agredido. A pessoa que
não tem estrutura, se abala.
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“A saúde vive um
grande drama”
Gilvane critica gestão de Íris no setor e diz que prefeito tem de
correr atrás de recursos para programas

Renovação
Apostamos numa campanha de alto nível, sem ataques pessoais, que
apresente problemas e soluções criativas e viáveis para a cidade. Não
apresentamos soluções mágicas, mirabolantes. O trânsito, a saúde e
a educação têm muito a ganhar com uma administração mais jovem,
mais atualizada com o século 21. A atual gestão deu sua contribuição,
mas justamente no colapso do trânsito e na má gestão da saúde, ela
demonstra seus limites. Não podemos mais ter administrações com o
ranço dos anos 50 e 60 à frente de uma cidade de mais de 1,2 milhão
de habitantes.

Transparência
A administração precisa de um choque de contemporaneidade. Não
dá mais para não ter uma página na internet onde todos os dados
estejam disponíveis. Fiz isso no Sebrae. Para quem quer esconder
alguma coisa, a informatização e a transparência não servem. Mas
como o intento do PPS e do PV não é esse, colocaremos todas as
informações da gestão, inclusive o resultado dos programas. O
cidadão poderá entrar na internet e saber quanto foi gasto de merenda
escolar em agosto, por exemplo. Hoje isso é impossível.

Saúde
O prefeito tem de lutar pela saúde do goianiense. E, se a
responsabilidade é da Prefeitura, então ele responde. Se é do Estado
ou da União, o prefeito tem de lutar, criticar, ir atrás. Esse é um
compromisso nosso: cobraremos a qualidade na gestão da saúde,
seja estadual ou federal. A saúde hoje vive um drama muito grande.
Há certa discriminação com relação a alguns profissionais de saúde
em favor dos médicos. Isso tem atrapalhado muito. Não há o menor
diálogo hoje. Há inclusive punição, perseguição. Essa foi uma
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denúncia do pessoal do Sindsaúde.

Demanda
Vejo as pessoas falarem que Goiânia recebe muita gente de fora. É
um discurso recorrente não só do atual prefeito. Mas não podemos
fechar os olhos para o fato de que Goiânia ganha com isso. Essas
pessoas ficam hospedadas, gastam dinheiro com táxi, alimentação,
compras. Ou seja, essas pessoas também fazem a economia se
Goiânia se movimentar. No Sebrae, aprendi uma coisa muito
importante. O que parece ruim, se você observar direito, pode ser uma
oportunidade e acho que Goiânia pode usar isso a seu favor.

Estado
Há toda essa discussão se o governo do Estado está obedecendo o
porcentual constitucional de investimento na saúde. Devia estar. Para
defender isso existem a imprensa livre, os partidos legalmente
constituídos. Está na Constituição, tem de ser aplicado. O prefeito
tem de ter independência para exigir isso.

Divisão
É preciso dividir a Prefeitura e criar administrações regionais. Isso já
foi dito inclusive pelo atual prefeito, que não conseguiu implantar, e
por antecessores. Eu considero urgente. Goiânia está muito grande.
Precisamos descentralizar os serviços da Prefeitura. Isso até contribui
para aliviar os fluxos no trânsito.

Segurança
A Constituição Federal estabelece que segurança é responsabilidade
do Estado e da União. O município participa somente solidariamente.
Temos a Guarda Municipal, que deve se dedicar a proteger o
patrimônio. Proponho primeiro a criação da Secretaria de Defesa
Social. Por exemplo, se ela desenvolver estudos sobre as regiões
mais violentas da cidade, já é importante porque ajudam no trabalho
das Polícias Civil e Militar. Propomos também que a Guarda seja bem
preparada, equipada, remunerada e, até mesmo, armada em alguns
casos. Agora, é preciso uma preparação muito intensa, substantiva,
inclusive no tocante aos direitos humanos, para que não tenhamos
problemas como a gente lê, de balas perdidas e assassinatos de
pessoas em situações banais. O pessoal da Guarda reclama por estar
exposto a situações de alto risco em alguns bairros e não ter sequer
cassetete para se defender. A Guarda deve ser uma força auxiliar,
assim como as Polícias Militar e Civil são em relação ao Exército.
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Educação
Eu e Jacqueline também somos professores e temos sensibilidade
muito aguçada para esta área. Todos os especialistas em educação
consideram boa a proposta do ciclo. É mais avançada do que o
sistema anterior. Porém, não houve treinamento do pessoal,
capacitação dos professores e diretores para que o sistema dos ciclos
fosse integralmente aplicado. Então, há uma polêmica. Porque não se
pode aprovar só por aprovar os alunos. Algumas reportagens já
indicaram estudantes que chegam ao final do ensino fundamental sem
saber ler ou escrever. Então, os ciclos precisam ser repensados. Outra
coisa, os educadores precisam ser parceiros da gestão. Hoje, os
educadores, os professores, não são chamados a opinar.

CMEIs
Vamos construir 150 Centros de Educação Infantil em quatro anos.
Vamos aumentar de 25% para 30% a verba investida em educação,
voltando ao que era antes. Acreditamos que esses recursos serão
suficientes para construir mais CMEIs. Vamos também aumentar o
horário de funcionamento para das 6 às 20 horas. As mães reclamam
muito que não têm como deixar e buscar os filhos.

Espaço à vice
É uma estratégia de pessoas que acreditam que às mulheres deve ser
dado espaço igual ao dos homens. As mulheres são maioria do
eleitorado em Goiânia e eu imaginava que teríamos candidatas ou, no
mínimo, mulheres na vice. Lamento porque é uma demonstração
prática da falta de visão. No Sebrae, havia apenas uma gerente
quando entrei e deixei cinco. Sempre tive compreensão da
importância da mulher na sociedade e na política. E a Jacqueline não
é enfeite na nossa chapa. Ela participa de metade do programa para
demonstrar que vai ajudar a governar e, com ela na Prefeitura, as
mulheres terão voz ativa. Não é proposta de campanha de dividir em
50% a administração para mulheres. Damos demonstrações na
campanha.

2010
Se por acaso o eleitorado de Goiânia escolher outro nome nesta
disputa, vou avaliar com meus companheiros o resultado, nossa
performance, e a possibilidade de projetos futuros. Ser candidato a
deputado estadual é uma possibilidade, mas não a única. Tenho o
doutorado para concluir e vou avaliar. Tudo depende muito dessa
resposta das urnas. Se tivermos uma resposta mais positiva, não ao
ponto de ganhar as eleições, mas consistente, podemos ser
candidato. Caso isso não ocorra, pode ser que a gente reveja tudo.
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Não existe nada definido a priori. Quanto à Jacqueline, não posso


falar.

Impostos
A Prefeitura pode abrir mão de parte da receita. Já temos aprovado
pelo Congresso Nacional a Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas. Quando eu estava no Sebrae, lutei muito por isso. Mas,
para vigorar em Goiânia, é preciso que a Prefeitura crie a Lei Geral
Municipal. Isso pode facilitar a vida do pequeno e micro empresário
em termos de burocracia, com fortalecimento do crédito e redução de
impostos. Isso pode dar a idéia de redução de receita da Prefeitura,
mas não. É possível trazer com essas medidas um monte de micro e
pequenos empresários que estão hoje na ilegalidade porque não
vêem a menor possibilidade de sobrevivência se passarem à condição
de legais. A Lei Geral pode ser uma grande solução para aumentar a
arrecadação e criar empregos.

Pequenas empresas
Noto um abandono completo das micro e pequenas empresas. Os
proprietários estão muito revoltados porque só sentem a presença da
Prefeitura quando ela aparece para fiscalizar e aplicar multas. Há
muitas dificuldades em abrir e fechar uma empresa. E de cada dez
empregos gerados em Goiânia, nove são de micro e pequenas
empresas. A verdadeira distribuição de renda passa por elas. E é
incrível que ainda não tenham encontrado ressonância junto aos
gestores públicos. Nós apostaremos no desenvolvimento da cidade a
partir dessas empresas.

Meio ambiente
Há iniciativas na Prefeitura dignas de destaque, como a criação de
parques. Mas isso é apenas parte do que é uma verdadeira política
ambiental. Ela passa antes de tudo por educação. Temos de apostar
na formação das crianças e em campanhas publicitárias de proteção
do meio ambiente. Temos de atacar um problema gravíssimo, que
vem de outras gestões, que é limpar os nossos rios, proteger as
nascentes. Todos os especialistas mundiais dizem que a maior riqueza
do século 21são os mananciais de água.

Lixo
A questão do lixo precisa de uma solução definitiva, profunda. É um
grande problema das grandes cidades, mas que já virou oportunidade.
Há cidades ganhando com isso. Precisamos apresentar uma proposta
ousada, de captação de crédito de carbono, de tratamento do lixo,
urgentemente. Não é apenas ficar criando aterros. Isso é persistir no
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velho caminho. Uma cidade de 1,2 milhão de habitantes não pode


mais permanecer nesse tipo de lógica. É preciso implantar a coleta
seletiva e não com um caminhão. As cidades que promovem a
proteção ambiental podem ganhar dinheiro, como em parcerias com
cooperativas. Há possibilidade de ganhar crédito de carbono e de
gerar empregos.

Parar de crescer
Agradeço à nossa equipe de marketing pela presença de espírito de
ter lançado esse bordão. Foi importante porque provocou discussão
na cidade. As pessoas foram obrigadas a se debruçar sobre este
assunto. Queremos fazer o eleitor pensar. Os programas foram
esclarecendo que queremos parar com o crescimento desordenado,
selvagem. É parar com a especulação imobiliária, com o avanço de
loteamentos e habitações sem qualidade. Por exemplo, esse bairro
onde fica a OJC. Qualquer pessoa de bom senso sabe que é preciso
imediatamente um ato de força da Prefeitura que impeça a
especulação imobiliária. Porque vai gerar problemas de trânsito, não
haverá água pra todos no alto da Serrinha. Nossa candidatura sai em
defesa da qualidade de vida de Goiânia. Tenho amigos que vieram pra
cá correndo da loucura do crescimento desenfreado de grandes
cidades.

Pesquisa
Fiquei muito contente com o resultado do Serpes/O POPULAR de
segunda-feira que mostra que, entre os eleitores com curso superior,
já passamos o candidato Sandes Júnior (PP) e estamos com 9,1%.
Isso nos dá esperança de que tenhamos crescimento grande nos
próximos dias. O papel dos formadores de opinião é importante. Essas
pessoas normalmente ocupam funções que as colocam em contato
com muitas outras. Acreditamos muito nessa possibilidade. O prefeito
caiu para 56% neste segmento. Isso nos dá a perspectiva de uma
mexida grande nesses índices gerais até o dia das eleições.

“Precisamos de uma gestão mais jovem, atualizada


com o século 21. A atual gestão deu sua contribuição,
mas demonstra limites. Não podemos mais ter
administrações com o ranço dos anos 50 e 60 em
Goiânia.”
Ao avaliar a administração do prefeito Iris Rezende (PMDB)
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“A Cidade Criativa é uma proposta existente no mundo da cultura,


particularmente do turismo. É uma proposta de pensadores,
urbanistas e arquitetos americanos. Prevê o resgate histórico da
cidade.”
Ao explicar o plano de governo apresentado por sua chapa para a
Prefeitura

“O líder da base é o governador e ele declarou que o candidato da


base é um só e que se chama Sandes Júnior. Em respeito, não
falamos mais da tese de mais de um candidato. A história vai
avaliar se foi um erro estratégico.”
Ao falar da opção da base governista diante da ampla vantagem de
Iris Rezende

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