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PSICOFÁRMACOS

Haldol

• O que é e para que serve ?


O haldol é o haloperidol, um neuroléptico do grupo das butirofenonas. Além da
indicação para tratamento dos sintomas psicóticos: pode ser usado também para
evitar enjôos e vômitos de qualquer origem, para controlar agitação, agressividade
devido a outras perturbações mentais, ou ainda para tratar o distúrbio de Gilles La
Tourette.

• Principais efeitos colaterais


Os efeitos sobre o sistema motor, como o enrijecimento muscular, a inquietação
(dificuldade de ficar parado) e a vontade de ficar mexendo com as pernas, mesmo
estando parado, assim como movimentos musculares (principalmente na face) são
os principais efeitos colaterais. Dentre toda a síndrome neuroléptica maligna é a
mais grave e rara de todos os efeitos colaterais.
Não pode ser usado em pacientes com doença de Parkinson, com problemas cerebrais
orgânicos ou com alergias ao princípio ativo. Deve ser usado com controle em pacientes
epiléticos. Apesar de já ter sido usado durante a gestação sem provocar problemas seu uso
não é deve ser feito livremente no primeiro trimestre de gestação.

Amplictil

• O que é e para que serve ?


O amplictil é a clorpromazina, um antipsicótico do grupo das fenotiazinas. Sua
principal finalidade é o tratamento dos sintomas psicóticos, podendo também ser
usado para evitar vômitos e mesmo como anti-hipertensivo quando administrado
pela veia.

• Principais efeitos colaterais


Tonteiras ao levantar-se (hipotensão postural) principalmente nos idosos.
Inquietação, dificuldade de ficar parado: muitos pacientes manifestam isso com
movimentos de marcha sem sair do lugar. Prisão de ventre, alterações menstruais,
galactorréia (escorrimento mamário), sedação.
Pacientes com hipotensão arterial ou arritmias cardíacas devem evitar essa medicação. Da
mesma forma pacientes com a função do fígado prejudicada ou com dificuldade para urinar.
Não há relatos de má formação fetal em pacientes que fizeram uso dessa medicação,
contudo deve-se evitar seu uso no primeiro trimestre da gestação.
Neozine

• O que è e para que serve?


O neozine é a levomepromazina, um neurológico do grupo das fenotiazinas. È usado para
tratar sintomas psicóticos e também para agitação ou irritabilidade de pacientes com outros
problemas psiquiátricos.

• Principais efeitos colaterais


Resseca mento da boca, prisão de ventre,visão turva,queda da pressão
arterial,tonteiras,zumbidos,aumento do peso corporal, sonolência do ritmo cardíaco.

Rivotril

• O que é e para que serve ?


O rivotril é o clonazepam, um tranqüilizante do grupo dos benzodiazepínicos. Sua
alta potência, longo tempo de circulação como forma ativa e peculiaridades
farmacodinâmicas o tornam um dos melhores tranqüilizantes disponíveis no
mercado. Além disso, é uma medicação antiga o que permite seu conhecimento
profundo uma vez que é usada por milhares de pessoas em todo o mundo, há muitos
anos, sem nunca ter acontecido nenhum relato de efeitos perigosos. Como é antigo é
também barato e fácil de ser encontrado, o que de forma alguma deve ser
interpretado como sendo uma medicação de segunda categoria. A segurança dessa
medicação é atestada pelo uso que é feito em crianças há muitos anos, sem nenhum
problema decorrente do longo tempo de uso. A indústria que fabrica essa medicação
elegeu este produto como antiepilético. De fato é assim, como todos os
tranqüilizantes benzodiazepínicos, mas o efeito antiepilético não é sua principal
função. Seu efeito tranqüilizante, sim, deve ser considerado sua principal qualidade.
O Rivotril é eficaz para o controle da Fobia Social, do Distúrbio do Pânico, das
formas de ansiedade genaralizadas e para ajudar a controlar os sintomas de
ansiedade normais decorrentes de situações extremas da vida de qualquer um. Sua
alta potência garante quase sempre um bom resultado e sua prolongada eliminação
do organismo diminuem bastante o risco de dependência química. A dose
comumente empregada varia entre 0,5 e 6mg por dia, podendo chegar a 20mg por
dia em certos casos. Recentemente foi lançado a apresentação de 0,25mg de uso
sublingual que está indicado para o uso imediato e episódico. Certos pacientes
preferem usar a medicação só quando precisam e não o tempo todo como se
costuma fazer, para esses casos existe a alternativa a apresentação sublingual.

• Principais efeitos
O bloqueio da ansiedade costuma ser sentido logo nos primeiros dias, com isso os
pacientes costumam adquirir confiança na medicação. Por outro lado a sedação é
também forte, sendo recomendado para quem está com problemas para dormir. Ao
longo do uso o efeito sedativo costuma diminuir permitindo que as pessoas que
foram prejudicadas pela sonolência causada pela medicação restabeleçam seu
rendimento normal. A sedação é muito variável: algumas pessoas com 1mg ficam
completamente sedadas enquanto outras com 6mg não sentem sono algum. Isto
depende apenas das características pessoais de cada um e é impossível saber como a
pessoa reagirá caso esteja tomando pela primeira vez. Doses mais altas podem
diminuir o desejo sexual: este efeito colateral desaparece quando a medicação é
suspensa. Outros efeitos comuns aos benzodiazepínicos como tonteiras,
esquecimentos, fadiga, também podem acontecer.

Tegretol

• O que é?
A tegretol é a carbamazepina, um anticonvulsivante.
• Para que serve?
Foi originalmente usado, e continua sendo, para o tratamento da epilepsia, mas
encontra bons resultados para o controle do Transtorno Afetivo Bipolar (antigo
PMD). Além desta indicação pode também ser usado para controlar a
agressividade em pacientes com outros tipos de transtornos mentais, como a
demência, o retardo mental e com pacientes psicóticos. Também pode ser udado
para tratar a síndrome das pernas inquietas, a abstinência alcoólica e a neuralgia
do trigêmio.
• Como é usado?
A dose recomendada varia entre 400 e 800mg por dia, acima disto apenas com
indicação médica. Pela sonolência que pode causar é recomendável dar a maior
parte da dose a noite.

• Principais efeitos colaterais


Reações alérgicas na pele com pequenas placas avermelhadas é relativamente
comum, mas não há necessidade de se interromper o tratamento por isso. Sedação,
descoordenação motora, tonteiras, cansaço, enjôo e visão borrada são mais comuns
de acontecer.

Diazepan

• O que é?
O princípio ativo do diazepan é o diazepam, um tranquilizante do grupo dos
benzodiazepínicos.
• Para que serve?
A principal finalidade de uso dessa medicação é o tratamento dos transtornos de
ansiedade, sendo, portanto necessários um diagnóstico e uma indicação feita pelo
médico. Pode ser usado, desde que de forma limitada, para controlar a tensão
nervosa devida a algum acontecimento estressante, mesmo que não exista um
distúrbio de ansiedade propriamente dito.
• Como é usado?
A dose da medicação deve ser administrada de acordo com cada paciente, ou seja, a
medicação deve promover o máximo de conforto (tranquilização) com o mínimo de
efeitos colaterais, para isso a dose deve começar baixa e ser aumentado aos poucos,
ou o comprimido dividido, ajustando-se a dose às necessidades do paciente. A hora
da administração da medicação também deve ser avaliada conforme cada caso. Os
pacientes que não estejam dormindo bem podem concentrar os comprimidos a noite,
como a eliminação dessa medicação é lenta, durante o dia seguinte ela continuará
fazendo efeito. Já as pessoas que sentem-se muito tensas durante o dia e não ficam
sonolentas, a medicação pode ser administrada ao longo do dia.
• Principais efeitos
O principal efeito dos benzodiazepínicos em geral é o relaxamento. Como a
ansiedade mesmo quando normal é um efeito desagradável, muitas pessoas sentem
vontade de tomar este remédio sempre que se sentem tensas. Isto não é bom, é o
primeiro passo para a dependência química, por isso estas medicações devem ser
vendidas sob controle médico. A indicação de um tranquilizante só é feita quando as
atividades habituais foram prejudicas, porque certo grau de tensão muitas vezes é
benéfico e até necessário na vida. Cabe ao psiquiatra - e apenas ele - determinar se
há ou não benecífio em controlar a ansiedade com as medicações. Já para os
distúrbios de ansiedade a indicação de um tranquilizante é sempre conveniente. O
segundo efeito é o relaxamento da musculatura voluntária, servindo inclusive como
anticonvulsivante, é a medicação de primeira escolha para interromper um
convulsão. Outras indicações comuns são para as complicações relacionadas ao
alcoolismo como o controle da abstinência alcoólica e do delirium tremens.
Os principais efeitos colaterais são: sonolência, tonteiras, prejuízo na memória,
fadiga, leve queda da pressão arterial; estes efeitos acometem menos de 10% dos
pacientes. Outros efeitos menos comuns que incidem sobre em menos de 1% das
pessoas são: descoordenação motora, exitação (efeito paradoxal), insônia, síncope
(desmaiar), náuseas, zumbidos, tremores.
A questão da dependência aos tranquilizantes deve ser vista com muita moderação.
A palavra dependência é muito forte, como geralmente é usada para designar
estados muito fortes como os causados por álcool, morfina ou heroína, o público
leigo tende a julgar que a dependência causada pelos tranquilizantes é igualmente
forte, o que é um engano. A ampla manifestação social desse engano dá a impressão
de que é verdade, mas a dependência induzida pelos tranquilizantes é leve e
reversível, sendo que os benefícios proporcionados por eles supera em muito os
efeitos colaterais. O equívoco existente quanto ao poder de dependência dos
tranquilizantes é reforçado pelo fato dos transtornos de ansiedade serem crõnicos,
sempre que se suspende o tratamento os sintomas voltam, o que leva as pessoas a
julgarem erradamente que estão dependentes da medicação quando na verdade não
se restabeleceram do transtorno. A pior consequência desse engano é ver muitos e
muitos pacientes sofrendo desnecessariamente por medo de ficarem dependentes
das medicações, tendo sua qualidade de vida prejudicada com base em crenças
infundadas e equivocadas.

Princípios da Reforma Psiquiátrica

A Reforma Psiquiátrica propõe a transformação do modelo assistencial em saúde


mental e a construção de um novo estatuto social para o louco, o de cidadão como
todos os outros. Não pretente extinguir o tratamento clínico da doença mental, mas
sim eliminar a prática do internamento como forma de exclusão social dos
indivíduos portadores de transtornos mentais. Historicamente, a política de saúde
mental se apresentou com ações direcionadas para o atendimento no âmbito
hospitalar, práticas de confinamento e exclusão social, além da hegemonia dos
saberes e práticas centradas na figura do médico. Neste sentido, a assistência ao
doente mental apresentava-se centrada nos hospitais psiquiátricos, cujos modelos de
atenção restringiam-se à internação e medicação dos sintomas demonstrados pelo
doente mental, excluindo-o dos vínculos, das internações e de tudo o que se
configura como elemento e produto de seu conhecimento. Desta forma, até poucas
décadas atrás, uma única expressão descreve a assistência praticada pela psiquiatria
brasileira: exclusão. As crescentes denuncias da práticas asilar, a violência e o
abandono a que eram submetidos os doentes mentais,fizeram surgir propostas de
intervenção nos manicônios, visando à democratização e à humanização do
atendimento. Assim, tem início o processo da Reforma Psiquiátrica, propondo
formas de atenção substitutivas ao tratamento hospitalar, enfatizando a participação
da família, a descentralização dos serviços, a reintegração do doente mental ao seu
contexto social e a luta pelos seus direitos civis. Neste contexto de transformações,
são instituídos os CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, unidades de atendimento
intensivos e diários aos portadores de sofrimento psíquico, que permitem que os
usuários permaneçam junto às suas famílias e comunidades, constituindo uma
alternativa ao modelo centrado no hospital psiquiátrico, caracterizado por
internações de longa permanência e regime asilar. O preparo da equipe de
enfermagem nos CPAS deve ser ampliado para além das questões clínicas, já que o
papel terapêutico dos enfermeiros é tão importante quanto o da psiquiatria.

Assistência de Enfermagem ao Paciente Psicótico


A prática em enfermagem psiquiátrica se baseia em ações que visam a melhorar a condição
da qualidade de vida do paciente e de sua família, a contribuir no controle do surto da
doença, torná-la estabilizada, a ajudar na integração social após o aparecimento da doença,
e a cooperar na adesão ao tratamento e à adaptação de sua nova condição. A atribuição do
enfermeiro evoluiu de uma postura custódia, centrada das necessidades físicas e gerais dos
pacientes, para, progressivamente incorporar uma abordagem psicológica e social. O
enfermeiro passa a utilizar o relacionamento terapêutico, para exercer um papel
reconhecido como “agente terapêutico” por sua capacidade de influir nas relações
interpessoais, vinculadas às ações comunitárias, como uma lógica inversa àquela da
exclusão e do internamento.

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