You are on page 1of 22
Copia impressa pelo Sistema CENWIN Método Brasileiro MOTORES ALTERNATIVOS DE COMBUSTAO INTERNA, NAO VEICULARES 4. oBsetivo 1.1 Este Método constitui procedimento padrio pa- ra 05 ensaios de determinagfo do desempenho dos motores ‘mencionados no item 2. 1.2. A aplicagio do Método € limiteda para ensaios de motores cuja poténcia pode ser medida precisamente por imometros, gerador elétrico acoplado diretamente por transmissio meciniea, ow por outros meios de medigfo tec- ricamente aprovados. 1.3. As preserigdes deste Método pretendem fornecer ‘egras uniformes para finalidades préticas industriais e co- ‘merciais, a partir da configur dos de enssio convenientemente escolhides, para cada caso particular do motor e dos resulta 1.4 Qualguer condicio ou procedimento precedido de “DEVE SER" significa que 6 exigido neste Método; se pre- cedido de "E CONVENIENTE QUE SEJA", significa que 6 recomendado, mas nio exigido. 2, CAMPO DE APLICAGAO 2.1 Este Método deve ser aplicado para o ensaio dos seguintes tipos de motores alternativos de combustio interna: 2A Quanto a consirucao: — Ciclo de 2 tempos ou 4 tempos. Com carburador ou injetor. Ignigdo por centelha (Otto), compressio (Diesel) fou superficie quente. Combustivel: g4s, gasoline, 6leo diesel, dlcoot ox smult-comibustvel, Alimentagio natural ou superalimentados por pro- 2 Quano ao uso: Propulsio de méquinas estacionétias ou transpor- réveis (geradores eléricos, bombas, compressores, miquinas sgricolas, etc. Propulsio de vefculos ferroviirios, fluviais ou ma- Fitimos. 2.2 © Método nto 6 aplicével a: — Motores veiculares de qualquer tipo (Ver ABNT- MB.372) © de avives. — Motores super-alimentados por tes, acionados por gas de escape. — Motores de propulsio de méquinas transportéveis, auto-propelides (tratores, méquinas rodovidrias, ete). turbo-compresso- 1976 P-MB-749 Votagio 3. DEFINIGOES, TERMINOLOGIA E VOCABULARIO Para os fins deste Método, serio adotadas as seguin- tes definigdes, terminologia e vocabulério: 3.1. Configurseo do motor a ser ensaiado: 3.1.1 Unldade de poténcia — E um conjunto es paz de fornecer poténcia como unidade integral; compreen- de 0 motor, acrescido dos sistemas completos de combust- vel, lubrifieagio, arrefecimento, admissio, escapamento, ge- rador elétrico e motor elétrico de partida, com regulador de velocidade angular e tomada de forga. 3.1.2 Unldade de servigo — B 0 motor yue serd ccomplementado com um ou mais dos sistemas auxiiares necessérios a0 seu funcionamento como unidade integral, por Gras de instalscio, onde sera aplicada, 3.1.3 A poténcia © 0 consumo de combustivel do instalsgdes, para se dar partida a0 motor, tais como, Mo- tor de Partida, Bateria, Carga de Bateria, Motor para sirar a manivela, ete. que serdo desligados quando o motor en- trar em funcionamento, serio desprezados na avaliago do 3.1.4 A poténcia necessicia © © combustivel con- sumido para 0 acionamento dos sistemas auxiliares inte- grantee da Unidade de Poténcia ou de Servigo, fazem parte a poténeia e do consumo de combustivel do motor en- saiado, [Nos casos em que um ou mais desses sistemas forem acionados por fontes de energia separadas, nfo propriamen- te pelo motor, duranie o ensaio, essas poténcias © consu- mos de combustivel devem ser verficados separadamente. ‘A potincia deve ser deduzida © 0 consumo acrescentado fo resultado do ensaio. 3.1.5 Nos casos em que sio acopladas 20 motor cquaisquet maquinarias ou aparethagens (compressores, bom bas, gerador elétrico auxiliar, etc.), nfo diretamente neces- sirias a0 seu funcionamento, ou para desenvolver a potén- cia a set verificada no ensaio, estas unidades auailiares de- ‘vem ser desacopladas durante o mesmo. Se, pela constru- Ho, nfo for possivel o desacoplamento, deve ser verificado 1 poténcla ¢ © consumo de combustivel correspondente, se- paradamente, Ao resultado do ensaio, deve ser acrescen- ada a poténcia absorvida e deduzido © consumo de com- bustvel 3.1.6 Nos casos em que 0 motor faz parte de um conjunto moto-gerador, © 0 ensaio se refere a0 conjunto total, sfo vélidas as prescrigbes dos itens 3.1.1 3.1.5, sendo 0 gerador elttico considerado como parte essencial do conjunto ensaiado. gerador de excitacio © 0 siste- ‘ma de ventilagio sio também parte essencial do conjunto, TReproducto prosbida Cépia impressa pelo Sistema CENWIN Pagina 2 sejam eles diretamente acoplados, ou acionados por cor- reias, correntes ou engrenagens. 3.2 Definiedes de poténcia, 3.2.1 A poténcia meciinica desenvolvida pelo motor deve ser expressa em cavalos vapor (cv), equivalente a 75 m.kats, 3.2.2 A poténcia elética, em caso de um enssio de conjunto motor-serador-elétrico, deve set expressa em uilowatt (KW), sendo 1 kW = 102 m.kef/s. 3.2.3 Poténcia observada 6 @ poténcia produzida pelo motor sob as condigGes atmosféricas de ens 3.2.4 Poténcia reduzida & a pottncia observada, re- duzida para as condigées atmostéricas padrio, com auxtlio dos métocos de reduc especiticados no item 6. 3.2.5 Poténcia efetiva & a pottncia mecinica ou clétrica disponivel na tomada de forga, para a produslo de trabalho sti 3.2.6 Poténcia efetiva continua no limitads, meci- nica ou elétrica, 6 a maior poténcia efetiva garantida pelo fabricante, que seré fornecida, sob regime de velocidade angular especificada, conforme sua aplicagio, durante 24 h didvias, sem softer desgaste anormal ¢ perda de desempe- imho. A ajustagem dessa poténcia no motor permite ainda ‘uma sobrecarga, 3.2.7 Pottncia efetiva continua limitada, mecinica fou elétrica, € a maior poténcia efetiva garantida pelo fa- bricante, © que seré fornecida, sob regime de velocidade angular, especficada conforme sua aplicagio, continuamen- te, durante um tempo limitado, ou intermitentemente, sob indicagfo do fabricante, sem sofrer desgaste anormal e per- dda de desempenho, A ajustagem dessa poténcia no motor nfo permite uma sobrecarga 3.2.8 Poténcia efetiva de sobrecarga, mectnica ou elétrca, € a poténcia efetiva garantida pelo fabricante, que a Unidade pode fornecer além da potéacia ef Agnt ‘inaa nde limitada, definida no item 3.2.6, na velocidade angular especificada, em regime de uma hora continua, ot inermitente, durante 12 h, sem sofrer desgaste anormal ou petda de désempenho, A poténcia efetiva de sobrecarga pode ser indicada diretamente em cavalo-vapor (cv) ou quilowatt (kW), ou em percentagem da poténcia efetiva ua nko liitada, 3.2.9 Poténcia efetiva maxima, mecinica ou elétri- co, € a potencia efetiva garnntida pelo fabricamte, e que a Unidade pode fornecer a determinada velocidade angular, durante, no minimo, 15 min, sem ser sobre-soicitada me- ceniea € termicamente. A verificagdo da poténcia efetiva maxima, num ensaio, pode servir como prova de que 0 motor ensaiado, para a poténcia efetiva continua limitada, no trabalha com essa poténcia no seu limite maximo. 3.2.10 Poténcia efetiva a carga parcial, mecdnica ou clétrca, & aquela correspondente a uma patcela da carga aplicada para a determinagio da poténcia efetiva, a uma dada Velocidade angular, 3.2.11 Poténcia de atrito € a poiéacia necesséria pa- ‘a acionar a unidade, sem carga alguma, durante 0 enssio, 3.2.12 Poténcia indicada é a poténcia desenvolvida dentro dos cilindros, verifieada pelo. diagrama indicador. Para as finaidades deste Método de ensaio, pode ser cal ada como sendo a soma da poténcia efetiva e da potén- cia de atrite, ambas & mesma velocidade angular ¢ nas mas condigdes de ensaio, 3.3 Definigdes do consumo. 3.3.1 © consumo de combustivel deverd se referit ‘a0 poder calorifico inferior do combustivel em questio © ser expresso em quilocaloria por quilograma ou quilocalo ‘a por metro eébico padrao. (Padrao de 760 mm Hg € °C). 3.3.2 Consumo de combustivel em estado liquide (g0sotina, leo Diesel, éleool ou muli-combustivel. 3.3.2.1 © consumo de combustivel em estado igui- do, para determinada poténcin efetiva ¢ velocidade angular do motor, deve ser expresso em quilograma por hora, 3.3.2.2 © consumo especfico de combustivel em es tado Fiquido, para determinada poténcia efetiva ¢ velocidade angular do motor, 6 0 consumo de combustivel por unidade de poténcia. Deve ser expresso em syevh (poténcia efetiva mecinica), ou a/kWh (poténcia efetiva elérica) 3.3.3 Consumo de combustivel em estado gasoso. 3.3.3.1 © consumo de combustivel em estado gasos0, para determinada poténcia efetiva e velocidade angular do motor, deve ser expresso em keal/h. 3.3.3.2 © consumo especttico de combustivel em estado gasoso, para determinada poténcia efetiva e veloct- dade angular do motor, € 0 consumo por unidade dé po- tncia, Deve ser expresso emt: Cépia impressa pelo Sistema CENWIN PMB7a9 keal/eve (poténcia efetiva mecinica); keal/kWh (poténcia efetiva elérica) 3.3.4 Consumo de éleo-lubrificante — O consumo de 6leo lubrificante devers ser expresso em quilograma por hhora, E conveniente que tal consumo seja referente & po- téncia efetiva continua, limitada ou nfo, e a determinada velocidade angular. A troca de éleo, apés determinado tempo de funcionamento do motor, néo deverd ser incluida nessa medi 3.3.5. Fluidos de arrefecimenta, 3.3.5.1 A vazio do fuido de arrefecimento, para deste Método, 6 @ quantidade do fluide de arref mento, em peso ou volume, que percorre o circuito inteiro do sistema de arrefecimento, durante uma hora, nas tempe- raturas de entrada e saida especificadas pelo fabricante, fun- cionando, a poténcia efetiva contiaus, limitada ou nio, a determinada velocidade angular Deve ser expressa em kg/h ou 1/b, para fluides liguidos; ou, 1m? padrio/h, para fluidos gasosos. 3.3.5.2 A quantidade total do fluido de arrefecimen- to contido no sistema de arrefecimento deverd ser expressa em “P Titeo) 3.3.5.3 © consumo de liguido de artefecimento, num ‘ireuito no fechado, deveré ser medido em volume, com o ‘motor funeionando a poténcia efetiva continua, limitada ou rio, ¢ a determinada velocidade angular, © expresso em litro por hora ou metto eibico por hora. 3.4 Velocidades angulares (votasdes) do motor. 3.4.1 A velovidade angular do motor devers ser ex: pressa.em niimero de rotagies da drvore de manivelas por minuto (rpm). 3.4.2 A rpm nominal (velocidade angular nominal) € definida como a rpm na qual © motor deve fornever a poténcia efetiva continu, limitada ou no, 3.4.3 A rpm de sobrecerga 6 velocidade angular na qual © motor desempenha a poténcia efetiva de sobre- ‘carga, conforme item 3.2.8. 3.4.4 A rpm de carga méxima € a velocidade an- gular na qual 0 motor desempenha a poténcia efetiva mé- xima, conforme item 3.2.9. 3.4.5 A rpm de partida é a velocidade angular & qual © motor deve ser levado por um dispositive de partida (fonte de energia, externa), para entrar em funcionamento continuo, apés desligado 0 dispositive de partida, 3.4.6 A rpm de marcha lenta 6 a menor velocidade angular, na qual o motor se mantém funcionando sem car- 8a apreciével, 3.4.7 A rpm de pico a méxima velocidade angu- far, permitida pelo limitador de velocidade, 3.5 Velocidades angulares (rotagées) de regulagem do motor. ANT Pésina 3 3.5.1 A rpm superior com carga 6 a maior velocida- de angular que a gama de regulagem permite, quando o ‘motor funciona regulado para uma das poténcias dos itens 3.2.6 a 3.2.10, 3.5.2 A rpm superior sem carga & a velocidade an- gular que 0 motor atinge, funcionando regularmente para Juma das poténcias dos itens 3.2.6 a 3.2.10, quando for eradual e totalmente descarregado, sem interfer na ajus- tagem do regulador, a partir da velocidade angular defi- nda no item 3.5.1. 3.5.3 A rpm inferior com carga é a menor veloci- fade angular que a gama de regulagem permite, quando 0 ‘motor funciona regulado para uma das poténcias dos itens 3.2.6 a 3.2.10, 3.5.4 A rpm inferior sem carga 6 a velocidade an- gular que 0 motor atinge, funcionando regulado para uma das poténcias dos itens 3.2.6 a 3.2.10, quando for gradual € totalmente descarregado, sem interferir na ajustagem do regulador, a partir da velocidade angular definida no item 3.5.3. 3.6 Graue de irregularidade na regulagem da veloc dade angular, 3.6.1 © gray de irregulatidade permanente total 6 ddeterminado pela diferenca das rpm de carga zero ¢ de ple- nna carga, relacionada & rpm de plena carga, quando, num motor, funcionando regulado para uma dss potéacias dos itens 3.2.6 a 3.2.10, alterase a carga plena até a carga M Mp Mi rpm Grau de irregularidade permanente total = rpm de carga zero rpm de carga plena 3.6.2 © grau de ieregularidade permanente parcial & determinado pela diferenga das rpm, antes e depois de uma alteraglo parcial da carga, em relagio i rpm antes da alte- ragio de carga.

You might also like