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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI

QUÍMICA DA ATMOSFERA – CAT019

Efeito da queima da biomassa


sobre a saúde humana
Adriele Brandani Honorio
Eishyla Raquel da Silva
Felipe Augusto Matos
Francine Eduarda de Oliveira
Isaac Cruz Leite Machado
Ruth da Silva Flauzino

ITAJUBÁ
2017
Introdução
O estudo da poluição atmosférica teve início no século passado, onde fora
comprovado a relação entre a emissão de combustíveis fósseis e o aumento de
morbi-mortalidade nos países desenvolvidos, o termo significa nada mais que a
junção de termos como mortalidade e morbilidade, que é a presença de uma
determinada doença em uma população. Entretanto, não somente altos índices
de poluição nocivos à saúde humana, mas também foram comprovados efeitos
causados para níveis inferiores que antes eram considerados seguros.
Em 1985 a Organização Mundial de Saúde (OMS) questionava qual seria
a extensão e a gravidade dos danos causados pela biomassa, matéria de origem
vegetal ou animal usada para gerar energia, e seus efeitos na população
exposta. Aproximadamente mais da metade da população do planeta utiliza a
incineração de biomassa como fonte de energia, sendo ela oriunda do carvão,
madeira, esterco de animais ou resíduos agrícolas, produzindo altos índices na
região interna das residências, afetando seus moradores. Portanto, podemos
associar tal realidade com a maior causa de mortalidade infantil nos países em
desenvolvimento: a infecção respiratória.

Repercussões fisiopatológicas do processo de combustão


A combustão é um processo químico onde um material reage com o oxigênio,
produzindo luz e calor intenso. Na situação da biomassa, existem três estágios:
ignição, combustão com chama e combustão na ausência de chama. A
combustão da biomassa é a maior fonte de produção de gases tóxicos, material
particulado e gases que intensificam o efeito estufa no planeta. Além disso, as
mudanças climáticas provenientes da queima, incluem a mudança física e
química da atmosfera, produzindo substâncias que mudam o pH da água da
chuva, e o impacto no balanço térmico da atmosfera pela interferência na
quantidade de radiação solar que é refletida para o espaço. A exposição dos
seres vivos aos elementos provenientes da combustão produz efeitos a curto e
a longo prazo, gerando prejuízos à saúde. Durante a combustão, são produzidas
partículas grossas, finas e ultrafinas.

Figura 1: Partículas grossa, fina e ultrafina.


Os tamanhos das partículas produzem respostas diferentes no
organismo. Na figura abaixo, podemos exemplificar a inalação de partículas finas
versus a inalação de partículas ultrafinas. A inalação de partículas ultrafinas
resulta em um grande número de partículas fora e dentro dos macrófagos. Há
liberação de mediadores pelo macrófago e pela célula epitelial devido à ativação
de vias mediadas por stress oxidativo, que conduzem à inflamação, já a inalação
de partículas finas produz menos danos à saúde.

Figura 2: Representação esquemática de eventos de exposição às partículas finas (esquerda) e às partículas


ultrafinas (direita).

Na tabela abaixo podemos exemplificar grande parte dos compostos


produzidos pela combustão de diversos materiais.

Compostos Exemplos Fonte Notas


Condensação após
Partículas finas e grossas.
combustão de gases;
Partículas Partículas grossas não
combustão incompleta
inaláveis são transportadas e
de material inorgânico;
(PM10) contém principalmente
fragmentos de
cinzas e material do solo
Partículas vegetação e cinzas

Condensação após No caso de fumaça


Partículas combustão de gases; proveniente da queima de
respiráveis combustão incompleta biomassa, comporta-se
de material orgânico como partículas finas
Condensação por Transportadas através de
Partículas combustão de gases; longas distâncias.
finas (PM2,5) combustão incompleta Produção primária e
de material orgânico secundária

Combustão incompleta
Acroleína
de material orgânico
Aldeídos
Combustão incompleta
Formaldeído
de material orgânico

Monóxido de Combustão incompleta Transportado através de


Carbono (CO) de material orgânico longas distâncias

Presente somente adiante


Produto secundário de
Ácidos do fogo, transportado
Ozônio óxidos de nitrogênio e
inorgânicos através de longas
hidrocarbonetos
distâncias

Dióxido de Oxidação em altas Espécies reativas; a


Nitrogênio temperaturas do concentração diminui com
(NO2) nitrogênio do ar a distância do fogo

Transporte local; também


Combustão incompleta
Hidrocarbonetos Benzeno reage com outras formas
de material orgânico
de aerossol orgânico

Hidrocarbonetos Condensação após Compostos específicos


aromáticos Benzopireno combustão de gases; que variam de acordo com
policíclicos (BaP) combustão incompleta a composição da
(PAHs) de material orgânico biomassa
Tabela 1: Principais poluentes provenientes da queima de biomassa

Queima de biomassa em ambientes internos


De forma geral, a poluição do ar em ambientes externos existe desde
quando os humanos pré-históricos se movimentaram para regiões com clima
temperado, há aproximadamente 200 mil anos atrás. O clima frio provocou a
necessidade de abrigo e de uso do fogo para aquecimento, preparar alimentos
e iluminação. Este mesmo fogo, que foi essencial para a sobrevivência humana,
gerou altos níveis de poluição desde aquele tempo, tais níveis são evidenciados
pela presença de carvão em cavernas pré-históricas.
A exposição à fumaça produzida pela queima de biomassa em ambientes
fechados é fortemente associada com infecções respiratórias agudas em
crianças, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumoconiose, catarata
e cegueira, tuberculose pulmonar e efeitos adversos na gestação. Tais efeitos
foram documentados em países em desenvolvimento, onde as principais vítimas
são as mulheres e crianças, uma vez que o trabalho doméstico agrega várias
horas cozinhando em fogões em locais sem abertura para eliminar a fumaça
para o exterior.
Na tabela abaixo podemos caracterizar mecanismos pelos quais os
poluentes presentes na fumaça gerada pela queima de biomassa em domicílios
podem aumentar o risco de doenças.

Poluentes Mecanismos Efeitos Potenciais à Saúde


Material Agudo: irritação, inflamação e
particulado: aumento de reatividade brônquica.
partículas Redução do transporte muco-ciliar. Sibilos, exacerbação de crises
menores que Redução das respostas dos de asma brônquica. Infecções
10µ, e sobretudo macrófagos e redução da respiratórias. DPOC e
as menores que imunidade local. Reação fibrótica. exacerbações de DPOC
2,5µ de diâmetro Descontrole autonômico, atividade
aerodinâmico. pró-coagulante, stress oxidativo
Produção de carboxihemoglobina
com consequente redução da
Monóxido de Recém natos de baixo peso.
absorção de O2 por órgãos vitais e
carbono Aumento de mortes fetais
também prejuízo do
desenvolvimento do feto
Exposição aguda aumenta a Sibilos e exacerbação de asma
reatividade brônquica. Exposição brônquica. Infecções
Dióxido de
crônica aumenta a suscetibilidade respiratórias. Diminuição da
nitrogênio
a infecções respiratórias capacidade pulmonar em
bacterianas e virais crianças
Exposição aguda aumenta a Sibilos e exacerbação de asma
Dióxido de atividade brônquica. Na exposição brônquica. Exacerbação de
enxofre crônica é difícil dissociar dos DPOC, DCV, aumento de
efeitos do material particulado suscetibilidade a infecções
Irritação de vias respiratórias altas.
Formaldeído Aumento de sensibilização a Pode agravar a asma brônquica
alérgenos
Carcinogênico (uma das
Câncer de pulmão, câncer de
Benzopireno substâncias carcinogênicas no
boca, nasofaringe e laringe
carvão e na fumaça da biomassa)
Absorção das toxinas no interior
Fumaça da
da lente, causando mudanças Catarata
biomassa
oxidativas
Tabela 2: Mecanismos e efeitos potencias sobre a saúde.
A incidência de cor pulmonale teve grande incidência, por exemplo, na
Índia 18 necropsias foram realizadas em mulheres que não eram fumantes, mas
que foram submetidas à grandes exposições de poluentes provenientes da
combustão e o resultado foi que todas apresentaram enfisema pulmonar, onze
bronquiectasias, cinco bronquites crônica e duas apresentaram tuberculose.
Em Nova Guiné, foi constatado que os habitantes utilizavam a queima de
biomassa para aquecer suas residências em dias mais frios do ano, dos
indivíduos entrevistados com uma idade maior que quarenta anos, 78%
apresentavam tosse, diminuição difusa do murmúrio vesicular, estertores
crepitantes e distúrbio ventilatório, principalmente obstrutivo.
A prevalência de bronquite crônica também acontece em Lakdah, na Índia
e no Paquistão, e estudos realizados apontam que sujeitos que são mais
frequentemente expostos à fumaça de biomassa apresentam um quadro de
obstrução ao fluxo aéreo. Tal fato se repete em outros estudos realizados em
outras comunidades.
Apesar de a queima de biomassa apresentar um grande teor
carcinogênico a queima de combustível para automóveis apresenta um teor
ainda maior, todavia, através dessa afirmação é possível concluir que a queima
da biomassa não é capaz de induzir à doenças mais severas como, por exemplo,
carcinomas.
A USEPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da
América) realizou um experimento para analisar o efeito da fumaça gerada pela
combustão da biomassa em um certo grupo de indivíduos, onde primeiramente
o grupo foi exposto a um aerossol e após este, exposto à bactéria Streptococcus
Zoopidemicus, que é responsável por causar uma infecção grave respiratória. O
estudo consistia em dividir três grupos de ratos, onde um grupo era exposto à ar
puro, outro grupo exposto à fumaça da queima de óleo da caldeira e outro grupo
exposto à poluentes gerados a partir da queima de biomassa. Dentro do grupo
exposto ao ar puro e a fumaça da caldeira a taxa de mortalidade alcançou cerca
de 5%, e no grupo exposto à combustão da madeira a taxa de falecimento
chegou à 26%. Um outro estudo foi realizado por uma universidade em Nova
York, onde mais uma vez dois grupos de ratos foram sujeitos à exposição de
uma outra bactéria, Staphylococcus aureus, onde um grupo de ratos foi
submetido à exposição de queima de madeira de carvalho e o outro grupo foi
submetido apenas à bactéria aqui já citada. Os resultados do teste mostraram
que aqueles indivíduos que passaram pela fumaça de carvalho foram atingidos
com mais facilidade pela bactéria Staphylococcus, já os ratos que se
encontravam em um ambiente com ar puro sobreviveram por mais um tempo, o
que mostrou aos pesquisadores que a fumaça produzida por biomassa em
ambientes internos acaba prejudicando o muco ciliar e diminui as propriedades
antibacterianas dos macrófagos pulmonares, que têm seu poder de fagocitose
diminuído.
Queima de biomassa em ambientes abertos
Apesar do estudo sobre a poluição em ambientes fechados por
decorrência da queima da biomassa ser pródigo em demonstrar os prejuízos
causados à saúde, o mesmo não acontece com o estudo em ambientes abertos.
A intensidade e gravidade dependem de fatores como as características dos
poluentes, da população exposta, exposição individual, suscetibilidade do
indivíduo exposto e fatores de confusão. Em ambientes abertos, a fumaça da
combustão de biomassa gera efeitos indiretos sobre a saúde, como por exemplo
a redução de fotossíntese, que por consequência tem grande impacto nas
produções agrícolas; outro exemplo é o bloqueio dos raios ultravioletas A e B,
provocando o aumento de micro-organismos patogênicos no ar e na água.
Em 1997, no sudeste asiático, houve um grande aumento na poluição
atmosférica em decorrência aos incêndios florestais incontroláveis durante
aproximadamente dois meses (julho e setembro), causados pelo fenômeno El
Niño. Aproximadamente 1500 focos de incêndio provocaram a queima de 550
mil hectares de florestas e uma área total de queima de biomassa de 4,5 milhões
de hectares. Tal evento provocou uma névoa que cobriu 3 milhões de hectares
e um total de 300 milhões de pessoas foram afetadas, gerando um gasto de 4,5
bilhões de dólares com a saúde pública. Segundo a Secretaria Central de
Estatística da Indonésia, entre setembro e outubro de 1997, um total de 1,8
milhões de casos, de oito províncias do país foram atendidos por asma,
bronquite crônica, infecção respiratória aguda, entre outras patologias.
Outro caso, aconteceu na Califórnia, um grande incêndio elevou os níveis
de partículas em suspensão e de material particulado a valores demasiadamente
altos, o que causou um aumento na procura por atendimentos de pronto-socorro
por asma, DPOC, laringite, sinusite e outras infecções respiratórias.
Os estudos também revelam que indivíduos portadores de patologias
respiratórias crônicas são mais sensíveis aos danos da queima de biomassa,
entretanto, indivíduos que não apresentam patologias previas também são
afetados quando estão em alta exposição a queima de biomassa, como exemplo
bombeiros que agem em incêndios florestais e sofrem de irritabilidade dos olhos,
garganta e nariz, e diminuição dos parâmetros da função pulmonar.
Portanto, é possível supor que os efeitos podem ser observados na
população em geral quando submetidos a exposições semelhantes os até
menores.
Área Urbana
Atualmente, houve um aumento dos estudos sobre a poluição do ar pelo fato do
grande aumento dos casos de doenças respiratórias causando uma mortalidade
notável e preocupante. Visto isso, os pesquisadores procuram meios de
identificar grandes fontes poluidoras que vai além da queima dos combustíveis
fósseis nos grandes centros urbanos e expandindo para locais onde antes não
eram estudos.
Foram constatados que a queima de biomassa, em especial a palha da cana-
de-açúcar, é uma das grandes vilãs da poluição atmosférica. Seu poder de
poluição é grande, com um grande volume de CO liberado no ar, ela é capaz de
contaminar uma grande região quando dispersada pelas correntes de ar. Tal
problema é mais comum em áreas rurais, por mover a economia de cidades
pequenas que se dedicam a prática da agricultura e também por muitas vezes
ser usada para gerar energia doméstica, como a queima de madeira e carvão.
Porém, quando o produto da combustão de biomassa é transportado para áreas
urbanas pelas correntes de ar e associado a poluição já existente nesse meio,
as consequências podem ser catastróficas.
Existem vários estudos que comprovam que grandes cidades próximas a
locais onde tem a prática de grandes queimadas possuem um maior número de
ocorrências de doenças respiratórias. Até mesmo locais onde ocorre uma grande
incidência de queimadas acidentais apresentam esse número. Isso mostra que
além da população da área urbana, a população da área rural também corre um
grande risco devido a poluição atmosférica e reforça ainda mais que é necessária
uma ação conjunta para melhorar a qualidade do ar.

Queima da palha de cana-de-açúcar


O governo brasileiro implementou um programa chamado Proálcool com
o objetivo de produzir um combustível alternativo, renovável, e não poluente.
Onde este programa culminou com uma grande produção de veículos movidos
a álcool. Sendo São Paulo o grande produtor de cana-de-açúcar com
aproximadamente 65% do total da produção nacional, com isso houve uma
melhora de qualidade do ar nos grandes centros urbanos. Porém, há um
contraponto a cana-de-açúcar uma vez que, sua colheita é realizada após a
queima dos canaviais, o que gera uma grande quantidade de elementos negros
denominados “fuligem da cana”. Esse material particulado modifica as
características do meio ambienta nas regiões onde a cana é cultivada e
queimada, nessas regiões a populações fica exposta a grande quantidade de
fuligem, por aproximadamente seis meses ao ano.
O laboratório de poluição atmosférica experimental (LPAE) do
Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo foi pioneiro em nosso país na avaliação dos efeitos tóxicos dos poluentes
emitidos pela queima de combustíveis fósseis nos grandes centros urbanos e
seus efeitos sobre os seres humanos. Foi também o pioneiro na avaliação dos
efeitos tóxicos da combustão do álcool, da mistura álcool/gasolina e na sua
posterior comparação com os efeitos tóxicos da combustão da gasolina e da
mistura chumbo/gasolina.
Pelo ponto de vista do médico, o problema reside no fato que muitos
pacientes com doenças crônica do aparelho respiratório, principalmente
bronquite crônica, enfisema, e asma ocorreram um agravamento o período no
ano da queimada da cana. Além disso, a população sofre também com
frequência, irritação, em vias aéreas superiores com ardor no nariz e na
garganta.
Franco (109), em 1992, formulou algumas considerações a respeito da
relação entre a queima da cana-de-açúcar e agravos à saúde:
1. Durante a época das queimadas dos canaviais há uma piora na
qualidade do ar na região;
2. A queimada dos canaviais não é o único fator de agravamento da
qualidade do ar, mas em consequência da extensão da área plantada e
da duração das queimadas, final de abril a início de novembro, as
descargas de gases e de outros poluentes na atmosfera da região
ganham um significado importante e não podem ser menosprezadas;
3. A população de risco, que tem sua qualidade de vida e de saúde
agravada em condições atmosféricas adversas, é bastante significativa;
4. a maioria das pessoas que compõem a população de risco demanda
um número muito maior de consultas, atendimentos ambulatoriais,
medicação e internações. Isso onera não só os serviços médicos, mas a
economia das famílias.
Um estudo em Araraquara desenvolvido em 26 de maio e 31 de agosto
de 1995 analisou o número de pacientes que necessitaram inalações em um dos
principais hospitais da cidade. Encontrou-se uma associação positiva
significante e dos dependentes entre o número de terapias inalatórias e o peso
do sedimento. Um aumento de 10 mg no peso do sedimento esteve associado a
um risco relativo de terapêutica inalatória de 1,09 (IC 95%: 1,01-1,18). Nos dias
mais poluídos, o risco relativo de terapêutica inalatória foi de 1,20 (1,03-1,39).
Esses resultados indicam que a queima das plantações da cana-de-açúcar pode
causar efeitos deletérios à saúde da população exposta.
Outro estudo em Piracicaba havia condições propícias para o
desenvolvimento de um trabalho visando avaliar as contribuições tanto da
poluição gerada pela queima de biomassa como aquela derivada da queima de
combustíveis fósseis sobre a saúde humana. Nesse estudo, os idosos, crianças
e adolescentes sofrem mais problemas respiratórios com as partículas finas,
assim relacionando com o tamanho da partícula. Quando se compararam os
períodos de queima e de não queima da palha da cana-de-açúcar, o efeito foi
3,5 vezes maior no período da queima, o que mostra o impacto desta sobre a
saúde da população na cidade de Piracicaba.
Conclusão
Com base nos estudos mostrados nesse relatório, é possível identificar
que a poluição atmosférica é um problema que é enfrentado por grande parte da
população e que todos podem ser prejudicados. A contaminação do ar pode ser
proveniente de diferentes atividades que exercemos para manter as
necessidades do mundo atual, como as práticas na agricultura, na indústria, na
rotina da maioria da população.
Dentre essas práticas a incineração de biomassa é a que mais está sendo
alvo de estudos, acontece muitas vezes acidentalmente destruindo grandes
áreas verdes e produzindo uma grande taxa de CO que vai para a atmosfera e,
utilizando as correntes de ar, se espalham por grandes áreas causando grandes
problemas. Além disso, na agricultura essa prática ainda é muito utilizada,
principalmente pelos pequenos agricultores, causando ainda mais transtornos.
Essas práticas somadas aos elementos climáticos, como temperatura,
umidade e precipitação, podem ser muito prejudiciais à saúde, causando uma
variedade de doenças respiratórias que levam a números cada vez mais altos
de mortalidade da população.
Visto isso, é necessária a criação de mais leis para punir as pessoas que
insistem em manter esse costume, fortalecer a fiscalização para que a lei seja
cumprida, além de ter o máximo de controle quando há ocorrência de incêndios
acidentais. A população também deve ser alertada com os perigos da poluição
proveniente das queimadas, principalmente para crianças e idosos, para que
assim a qualidade do ar volte a ser de qualidade preservando a saúde de toda a
sociedade.

Referências
ARBEX, Marcos et al; Queima de biomassa e efeitos sobre a saúde;Jornal
Brasileiro de Pneumologia 30(2) - Mar/Abr de 2004; Disponível em
<http://jornaldepneumologia.com.br/pesquisar_autor.asp?id=986&autor=Paulo
%20Hil%E1rio%20do%20Nascimento%20Saldiva>. Acesso em: 05 de março
de 2018.

ALEIXO, Natacha; NETO, João; A combustão da biomassa e seus efeitos


na saúde humana em áreas urbanas; Revista Brasileira de Climatologia;
Disponível em <file:///home/lro/Downloads/hj%20(2).pdf>. Acesso em: 05 de
março de 2018.

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