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1º BLOCO ...........................................................................................................................................................................................

2
I. Organização do Estado e da Administração .......................................................................................................................... 2
• Pessoas Políticas do Estado ............................................................................................................................................. 3
• Distribuição das Pessoas Políticas Dentro do Estado Federado ....................................................................................... 3
• Administração Pública Indireta........................................................................................................................................... 4
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 5
I. Entidades da Administração Indireta em Espécie .................................................................................................................. 5
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 8
I. Teoria do Órgão Público ........................................................................................................................................................ 8
4º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 12
I. Administração Pública em Sentido Forma e Material ........................................................................................................... 12
5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 13
I. Exercícios Relativos ao Encontro ......................................................................................................................................... 13

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online.
I. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO
A Administração é o instrumental do qual dispõe o Estado, para pôr em prática as escolhas políticas do País; é o
conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do governo, isto se tomando a definição de governo
como conjunto de Poderes e órgãos constitucionais. Comparativamente, podemos dizer que governo é a atividade
política discricionária e administração é a atividade neutra, normalmente vinculada à conduta hierarquizada. O
Governo e a Administração, como criações abstratas da Constituição e das leis, atuam por intermédio de suas
entidades (pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de seus agentes (pessoas físicas investidas em
cargos e funções).Devemos entender como titulação genérica de Administração Pública o conjunto de todos os
Órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta.
As Entidades da Administração Direta são a União, os Estados o Distrito Federal e os Municípios. Estas Entidades
agem através de seus órgãos, que podem ser do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário. As entidades são
dotadas de personalidade jurídica e possuem patrimônio próprio.
Os órgãos não são dotados de personalidade jurídica e não possuem patrimônio próprio, tampouco vontade
própria e seus agentes agem em imputação a pessoa jurídica a que estão ligados. Podemos afirmar, desta forma,
que o prédio do Ministério da Fazenda no Município do Rio de Janeiro pertence à União, uma vez que este Ministério
é um órgão da União. Assim, devemos entender que a Secretaria da Receita Federal é um órgão do Poder Executivo
da União, a Câmara dos Deputados é um órgão do Poder Legislativo da União e o Tribunal Regional Federal é um
órgão do Poder Judiciário da União. É fundamental entender que a Administração Pública não é representada
somente pelo Poder Executivo e sim pelos órgãos dos Três Poderes, seja da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios.

CARACTERÍSTICAS
Praticar atos tão somente de execução: estes atos são denominados atos administrativos; quem pratica estes atos
são os órgãos e seus agentes, que são sempre públicos;
 Exercer atividade politicamente neutra: sua atividade é vinculada à Lei e não à Política;
 Ter conduta hierarquizada - dever de obediência - escalona os poderes administrativos do mais alto
escalão até a mais humilde das funções;
 Praticar atos com responsabilidade técnica e legal: busca a perfeição técnica de seus atos, que devem
ser tecnicamente perfeitos e segundo os preceitos legais;
 Caráter instrumental: a Administração Pública é um instrumento para o Estado conseguir seus objetivos. A
Administração serve ao Estado.
 Competência limitada: o poder de decisão e de comando de cada área da Administração Pública é
delimitado pela área de atuação de cada órgão.
 Entidades Políticas: São aquelas que recebem suas atribuições da própria Constituição, exercendo-as com
plena autonomia. Possuem competência para legislar. São pessoas jurídicas de direito público interno,
possuidoras de poderes políticos e administrativos. Exemplos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
DICA: Somente essas Quatro Pessoas são Consideradas Entidades Políticas e Nenhuma Outra!

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• PESSOAS POLÍTICAS DO ESTADO
De acordo com a constituição Federal de 1988, temos 04 pessoas que representam os entes políticos, ou seja, a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A característica marcante dessas pessoas é a capacidade de
legislar, cada qual em sua esfera de competência.
Essas pessoas são independentes e agem em colaboração, não havendo em hipótese alguma relação hierárquica
ou de qualquer interdependência.
Contudo, as pessoas políticas não podem exercer o direito de secessão, que é a autonomia para se separar do
Estado Federado!
DICA: As Pessoas Políticas Possuem Autonomia e Não Soberania, Por Esse Motivo o Direito de Secessão
(Separação) esta Expressamente Proibido!
• DISTRIBUIÇÃO DAS PESSOAS POLÍTICAS DENTRO DO ESTADO FEDERADO
Como dito, as pessoas políticas possuem autonomia e dentro de cada esfera temos os poderes do Estado, ou
seja, os poderes executivo, legislativo e judiciário. A exceção fica por conta dos municípios que possuem em sua
esfera de autonomia somente os poderes executivos e legislativos.
A pessoa jurídica de direito público internacional REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (RFB), constituiu uma
pessoa autônoma das demais, sendo composta pelo todo que denominamos ESTADO. Esse pessoa possui não
autonomia, mas sim SOBERANIA.
Tanto a União quanto a República federativa do Brasil são representadas pela mesma pessoa física, ou seja, o
presidente da República, que nessa ordem possui duas funções primordiais ao Estado:
 Quando esta mantendo relações internacionais, ou seja, quando representa a RFB ele esta na função de
CHEFE DE ESTADO.
 Quando esta no comando da administração superior federal esta na função de CHEFE DE GOVERNO.

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Nessa estrutura devemos nos atentar que não ocorre a chamada hierarquia, ou seja, a União não é superior aos
Estados, que não possuem qualquer superioridade sobre os municípios e assim por diante. Cada ente tem suas
funções precípuas descritas no próprio texto constitucional.

• ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA


Segundo o Decreto 200/67 a Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas
de personalidade jurídica própria:
 Autarquias;
 Empresas Públicas;
 Sociedades de Economia Mista.
 Fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência
estiver enquadrada sua principal atividade. Aqui se trata de um rol taxativo, ou seja, somente essas quatro são
consideradas Administração pública indireta e nenhuma outra.

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I. ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA EM ESPÉCIE
 Autarquias: São criadas por lei específica, para executar em atividades típicas da Administração Pública (exceto
as de natureza econômica e industrial) que necessitem para seu melhor funcionamento de especialização e de
gestão administrativa e financeira descentralizadas e sua extinção também deverá ocorrer por lei específica.
Essa lei específica é de iniciativa privativa dos Chefes do Executivo. Possui personalidade jurídica de direito
público que nasce com a vigência da lei que a instituiu, não necessitando de registro comercial.
Seu patrimônio é formado a partir da transferência de bens da entidade criadora, que pertencerá a nova entidade
enquanto essa durar. Seus bens são considerados públicos, por isso são impenhoráveis, imprescritíveis, inalienáveis
e não oneráveis.
O regime de pessoal pode ser tanto o estatutário quanto o celetista (ou qualquer outro que a lei estabelecer),
contudo é obrigatório o concurso público para acesso aos cargos. Se sujeita ao controle judiciário. Em regra os
litígios serão de competência federal, porém nas lides trabalhistas a exceção se dará no regime celetista quando será
competente a justiça do Trabalho estadual. Os contratos celebrados devem ser precedidos de licitação. As autarquias
gozam de imunidade tributária (impostos), desde que vinculados a suas finalidades essenciais ou às que delas
decorram. Gozam de privilégios processuais (outorgados à Fazenda Pública), como prazo quádruplo para
contestação e em dobro para recorrer, dispensa de exibição de mandado pelos procuradores, pagamento das custas
judiciais só ao final e duplo grau de jurisdição, obrigatório. Não estão sujeitas a falência, concordata ou inventário
para cobrança de seus créditos (salvo entre as três Fazendas Públicas).

 Fundações Públicas: Atualmente a posição mais adotada pela doutrina é admissão da existência de duas
espécies distintas de fundação pública na Administração Indireta. Temos as com personalidade jurídica de direito
público e as com personalidade jurídica de direito privado. Porém é conveniente, em ambos os casos, a utilização
do termo “Fundação Pública”, para deixar bem claro que se trata de entidade da Administração Pública Indireta
(ex: FUNAI; IBGE; Fundação Nacional da Saúde; etc) diferenciando-se das fundações privadas que não
possuem ligação com a Administração(ex: Fundação Ayrton Senna; Fundação Roberto Marinho; Fundação
Bradesco, etc).
 Fundações Públicas de Direito Público: Também denominadas de fundações autárquicas. São instituídas
diretamente por lei específica e necessitam de lei complementar para estabelecer suas áreas de atuação
(assistência social, médica e hospitalar, educação e ensino, pesquisa, atividades culturais, etc). Possuem as
mesmas restrições, prerrogativas e privilégios que a ordem jurídica confere as Autarquias. Seu patrimônio
origina-se do patrimônio público. Regime estatutário e celetista. Existem nas esferas federal, estadual e
municipal.
 Fundações Públicas de Direito Privado: São autorizadas por lei específica e necessitam de lei complementar
para estabelecer suas áreas de atuação (assistência social, médica e hospitalar, educação e ensino, pesquisa,
atividades culturais, etc). Dependem do registro de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas
Jurídicas. Sujeitas à licitação, extensão da imunidade recíproca e vedação à acumulação de cargos públicos.
Regime estatutário e celetista. Seu patrimônio origina-se do patrimônio público. Existem nas esferas federal,
estadual e municipal.

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 Empresas Públicas: São pessoas jurídicas de direito privado, instituídas pelo Poder Executivo mediante
autorização de lei específica, sob qualquer forma jurídica (Ltda, S.A.,etc). Seu capital é exclusivamente
público(de qualquer das esferas). Explora atividades de natureza econômica ou de execução de serviços
públicos. (ex: ECT, SERPRO, CEF, etc). Dependem do registro de seus atos constitutivos no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas. A criação de suas subsidiárias, bem como sua participação em empresa privada também
depende de autorização legislativa. A extinção poderá ser feita pelo Poder Executivo, mas dependerá de lei
autorizadora. Não possui quaisquer privilégios administrativos, tributários ou processuais. Obrigatoriedade de
licitação. Regime celetista. Suas causas são julgadas pela justiça federal, exceto as de falência, acidente de
trabalho, justiça eleitoral e justiça do trabalho. Vedada acumulação de cargos. Sujeitam-se ao teto de
remuneração, somente se receberem recursos públicos para pagamento de despesa com pessoal ou custeio em
geral. Seus dirigentes são investidos na forma em que seus estatutos estabelecerem.
 Sociedade de Economia Mista: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei
para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.

DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS MARCANTES ENTRE AS EMPRESAS PÚBLICAS E AS SOCIEDADES DE


ECONOMIA MISTA
A Sociedade de Economia Mista é a pessoa jurídica, constituída por algum ente estatal (União, Estados ou
Municípios), sob o regime de Sociedade Anônima, no qual o governo é o principal acionista (50% + 1 ação é do
Governo), e os particulares são sempre minoritários. Desta maneira podemos dizer que existe uma parceria entre o
poder público e as empresas privadas, contudo o controle acionário está na mão do poder público.
Já as empresas públicas é a pessoa jurídica de capital público (100% do capital é do poder público na constituição
da pessoa), instituído por um Ente Estatal (União, Estado ou Município), com a finalidade prevista em lei, ou seja, são
entidades da administração pública indireta. A finalidade é sempre de natureza econômica, eis que, em se tratando
de 'empresa', ela deve visar ao lucro, ainda que este seja utilizado em prol da comunidade.
A administração das empresas públicas no Brasil é feita por dirigentes nomeados pelo Presidente da República,
sendo, via de regra, pessoas do próprio quadro funcional. Dessa forma, seus servidores são nomeados para cargos
em comissão.
A partir da Emenda Constitucional n.º 19 de 1998, contemplou-se como princípio basilar à atuação da empresa
pública o princípio da eficiência, cujo objetivo é uma maior credibilidade e celeridade dos atos praticados pelas
mesmas.
Traçado está conceituação de ambos os órgãos podemos enquadrar características que são visivelmente
encontradas semelhantes em ambas bem como algumas distinções.
Em um primeiro momento podemos dizer que dentre as semelhanças encontradas podemos destacar que ambas
são entidades de administração pública indireta; são autorizadas por lei, assim a sua falência só poderá ser decreta
através de dispositivo legal; estão isentas de impostos relacionados a patrimônio, rendas ou serviços relativos às
finalidades essenciais destas empresas, necessitam de concurso público para admissão de seus empregados.

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Em relação às diferenças o que distingue a empresa pública da sociedade de economia mista é que, naquela, o
capital é exclusivo das entidades governamentais, ao passo que nas sociedades de economia mista existe
colaboração entre o Estado e os particulares, ambos reunindo recursos para a realização de uma finalidade sempre
econômica. Como nem sempre o Estado dispõe de recursos suficientes para aplicar num determinado
empreendimento que, direta ou indiretamente, apresenta interesse social, ele se associa aos particulares, estes
motivados pelo lucro, para a realização dos objetivos colimados. A sociedade de economia mista não tem os
privilégios das pessoas públicas, não usufruindo de isenções fiscais ou de foro privilegiado. A sociedade de economia
mista será sempre uma sociedade anônima, e o Estado poderá ter uma participação majoritária ou minoritária;
entretanto, mais da metade das ações com direito a voto devem pertencer ao Estado, com o objetivo de conservar,
para o Estado, o domínio do destino da empresa. Já as empresas públicas podem assumir qualquer forma admitida
no direito.
Quanto ao capital, as empresas públicas diferem-se da sociedade de economia mista, porquanto nestas, ainda
que a titularidade também seja do Poder Público, o capital social é dividido também entre particulares, que adquire
suas quotas por meios da compra de ações, já nas empresas públicas o capital ostentado é exclusivo do poder
público.
RELAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA SOBRE A INDIRETA
O controle que a Administração Direta (União, Estados, DF e Municípios) exerce sobre a administração indireta
recebe o nome de controle finalístico ou supervisão ministerial.
Temos que nos atentar que essa relação é uma relação de vinculação e não de hierarquia e subordinação. Não
ocorre subordinação entre pessoas políticas e pessoas administrativas.
A Administração direta somente pode exercer esse tipo de controle quando ocorrer fuga de finalidade por parte do
ente da administração indireta.
DESCENTRALIZAÇÃO:
 Descentralização: Ocorre quando o Estado desempenha suas funções por meio de outras pessoas jurídicas.
Pressupõe duas pessoas jurídicas distintas. Pode ocorrer por Outorga ou Delegação.
 Outorga: Ocorre quando o Estado transfere, por lei, determinado serviço público. O serviço continua sendo
executado em nome, conta e risco do Estado. Normalmente é conferida por prazo indeterminado.
 Delegação: Ocorre quando Estado transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do
serviço. Este serviço passa a ser prestado, pelo ente delegado, em seu próprio nome e por sua conta e risco,
cabendo ao Estado à fiscalização. Normalmente é conferida por prazo determinado. Contudo, por contrato é
sempre por prazo determinado. Concessão somente pode ser dada a Pessoa Jurídica. Permissão e
autorização tanto a pessoa Jurídica quanto a pessoa física.
REGRAS FUNDAMENTAIS

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I. TEORIA DO ÓRGÃO PÚBLICO
Por esta teoria, amplamente adotada por nossa doutrina e jurisprudência, presume-se que a pessoa jurídica
manifesta sua vontade por meio dos órgãos, que são partes integrantes da própria estrutura da pessoa jurídica, de tal
modo que, quando os agentes que atuam nestes órgãos manifestam sua vontade, considera-se que esta foi
manifestada pelo próprio Estado. Fala-se em imputação (e não representação) da atuação do agente, pessoa natural,
à pessoa jurídica.
Maria Sylvia Di Pietro explica que essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticados por
funcionário do fato, pois considera que o ato por ele praticado é ato do órgão, imputável, portanto, à Administração.
Deve-se notar que não é qualquer ato que será imputado ao Estado. É necessário que o ato revista-se, ao menos,
de aparência de ato jurídico legítimo e seja praticado por alguém que se deva presumir ser um agente público (teoria
da aparência). Fora desses casos, o ato não será considerado ato do Estado.
Assim, para que possa haver a imputação, a pessoa que pratica o ato administrativo deve fazê-lo em uma
situação tal que leve o cidadão comum a presumir regular sua atuação.
O cidadão comum não tem como verificar se o agente público está atuando dentro de sua esfera de competência,
ou mesmo se aquela pessoa que se apresenta a ele, com toda aparência de um servidor público, foi regularmente
investida em seu cargo.
Além disso, o destinatário do ato deve estar de boa-fé, ou seja, deve desconhecer a irregularidade que inquina a
atuação do agente funcionário de fato. É oportuno transcrever a lição da professora Maria Sylvia Di Pietro:
"Essa teoria é utilizada por muitos autores para justificar a validade dos atos praticados por funcionário de fato;
considera-se que o ato do funcionário é ato do órgão e, portanto, imputável à Administração”. A mesma solução não
é aplicável à pessoa que assuma o exercício de função pública por sua própria conta, quer dolosamente (como
usurpador de função), quer de boa-fé, para desempenhar função em momentos de emergência, porque nesses casos
é evidente a inexistência da investidura do agente no cargo ou função.
Vale dizer que existem limites à teoria da imputabilidade ao Estado de todas as atividades exercidas pelos órgãos
públicos; para que se reconheça essa imputabilidade, é necessário que o agente esteja investido de poder jurídico,
ou seja, de poder reconhecido pela lei ou que, pelo menos, tenha aparência de poder jurídico, como ocorre no caso
da função de fato.

 Teoria do Órgão: Essa é a teoria amplamente adotada pela doutrina pátria e jurisprudência, presume-se que a
pessoa jurídica manifesta sua vontade através de seus órgãos, que na verdade é parte integrante da própria
estrutura da pessoa jurídica. Assim, quando os agentes que atuam nos órgãos manifestam sua vontade,
entende-se que foi manifestada pelo próprio Estado. Aqui, o agente está atuando por imputação e não
representação em relação à pessoa jurídica a que está ligado.

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CLASSIFICAÇÃO DO ÓRGÃO PÚBLICO
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL

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 Órgãos independentes- São os definidos na Constituição e representativos dos Poderes do Estado. Não
possuem qualquer subordinação hierárquica e somente são controlados uns pelos outros. Ex.: Congresso
Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Chefias do Executivo, Tribunais e Juízes, Ministério Público e
Tribunais de Contas.
 Órgãos autônomos - São os subordinados diretamente à cúpula da Administração. Têm ampla autonomia
administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos, com funções de planejamento,
supervisão, coordenação e controle das atividades que constituem sua área de competência. Seus dirigentes
são, em geral, agentes políticos nomeados em comissão. São os Ministérios e Secretarias, bem como a AGU
(Advocacia-Geral da União) e as Procuradorias dos Estados e Municípios.
 Órgãos superiores - Detém poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência
específica. Representam as primeiras divisões dos órgãos independentes e autônomos. Ex.: Gabinetes,
Coordenadorias, Departamentos, Divisões, etc.
 Órgãos subalternos - São os que se destinam à execução dos trabalhos de rotina, cumprindo ordens
superiores. Ex.: portarias, seções de expediente, etc.

OS ÓRGÃOS SE ESTRUTURAM EM SIMPLES E COMPOSTOS


 Órgãos Simples - também podem ser chamados de unitários, são constituídos por um só centro de
competência. Caracteriza-se pela inexistência de outro órgão incrustado na sua estrutura, para realizar
desconcentradamente sua função principal ou para auxiliar seu desempenho.
 Órgãos Compostos – São s que reúnem na sua estrutura outros órgãos menores, com função principal idêntica
(atividade-fim realizada de maneira desconcentrada) ou com funções auxiliares diversificadas (atividade-meio
atribuída a vários órgãos menores). Assim, uma Secretaria de Educação – órgão composto – tem na sua
estrutura muitas unidades escolares – órgãos menores com atividade-fim idêntica – e órgão pessoal, de material,
de transporte etc. – órgãos menores com atividade-meio diversificada que auxiliam a realização do ensino, mas
todos eles integrados e hierarquizados ao órgão maior.

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DE ACORDO COM A ATUAÇÃO FUNCIONAL, OS ÓRGÃOS PODEM SER SINGULARES OU COLEGIADOS
 Órgãos Singulares – também chamados de unipessoais, são os que atuam e decidem através de um único
agente, que é seu chefe e representante. Exemplos: Presidência da República, Governadorias dos Estados,
Prefeituras Municipais. Esses órgãos concentram as funções executivas das respectivas entidades estatais,
enfeixam-nas num só cargo de chefia suprema e atribuem seu exercício a um único titular.
 Órgãos Colegiados – também chamados de pluripessoais, são todos aqueles que atuam e decidem pela
manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros. Nos órgãos colegiados não prevalecem as
vontades individual de seu Chefe ou Presidente, nem a de seus integrantes isoladamente: o que impõe e vale
juridicamente é a decisão da maioria, expressa na forma legal, regimental ou estatutária.

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I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO FORMA E MATERIAL
A administração pública pode ser definida objetivamente como a atividade concreta e imediata que o Estado
desenvolve para assegurar os interesses coletivos e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas
jurídicas em que a Lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.
A administração pública pode ser direta, quando composta pelos entes federados (União, Estados, Municípios e
Distrito Federal), ou indireta, quando composta por entidades denominadas Autarquias, fundações públicas,
sociedades de economia mista e empresas públicas (lembrando aqui que o rol é taxativo não admitindo outras
espécies).
Administração Pública tem como principal objetivo o interesse público, seguindo os princípios constitucionais da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência descritos no artigo 37 da Constituição Federal de
1988.
A administração pública é conceituada com base em dois aspectos: objetivo (também chamado material ou
funcional) e subjetivo (também chamado formal ou orgânico).
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois sentidos:
"Em sentido objetivo, material ou funcional, a administração pública pode ser definida como a atividade concreta e
imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos.
Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos
e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado", ou seja, em sentido
formal é constituídas pelas 8 pessoas do Estado!
Em sentido objetivo é a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em
sua função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É a
administração da coisa pública (res publica). Aqui entram os concessionários, permissionários e autorizatários de
serviços públicos.
Já no sentido subjetivo é o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades
administrativas.
Assim, administração pública em sentido material é administrar os interesses da coletividade e em sentido formal
é o conjunto de entidades, órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado.
As atividades estritamente administrativas devem ser exercidas pelo próprio Estado ou por seus agentes.

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I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO
Acerca dos órgãos públicos, julgue os itens seguintes.
1. O Estado, como ente despersonalizado, tanto no âmbito internacional, como internamente, manifesta sua
vontade por meio de seus agentes, ou seja, as pessoas jurídicas que pertencem a seus quadros.
A respeito da administração pública brasileira, julgue o item subsequente.
2. Como regra, a criação e a extinção de órgãos públicos não podem acontecer por decreto do chefe do Poder
Executivo, mas apenas por lei.
3. Como pessoas jurídicas de direito público, as autarquias têm personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios e são criadas com a finalidade de desempenhar atividades próprias e típicas da administração pública.
Acerca da organização administrativa da União, julgue o item seguinte.
4. Em regra, os órgãos, por não terem personalidade jurídica, não têm capacidade processual, salvo nas hipóteses
em que os órgãos são titulares de direitos subjetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa
de suas prerrogativas e competências.
Acerca dos princípios da administração pública e da administração direta e indireta, julgue os itens subsequentes.
5. No que diz respeito à forma de organização, há determinação para que a sociedade de economia mista seja
estruturada sob a forma de sociedade anônima e a empresa pública, sob qualquer das formas admitidas em
direito.
Acerca da organização da administração pública no Brasil, Julgue os itens a seguir:
6. A criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado
assunto é um exemplo de administração descentralizada.
7. As empresas públicas têm natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno.
8. A criação das autarquias é feita através de autorização legislativa
9. As secretarias de estado e as autarquias estaduais fazem parte da administração direta.
10. A descentralização administrativa ocorre quando a Administração Pública Direta distribui competência para
Pessoas Jurídicas Administrativas distintas.
No que diz respeito à organização administrativa federal, julgue o item abaixo.
11. As entidades compreendidas na administração indireta subordinam-se ao ministério em cuja área de
competência estiver enquadrada sua principal atividade, mantendo com este uma relação hierárquica de índole
político-administrativa, mas não funcional.
12. A autarquia é uma pessoa jurídica criada somente por lei específica para executar funções descentralizadas
típicas do Estado.
GABARITO
1 - ERRADO 7 - ERRADO
2 - CORRETO 8 - ERRADO
3 - CORRETO 9 - ERRADO
4 - CORRETO 10 - CORRETO
5 - CORRETO 11 - ERRADO
6 - ERRADO 12 - CORRETO

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