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Aula 00

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Curso de Física para Perito da PCSP
Exercícios Comentados
Aula 00 – Apresentação e Provas da PCSP - 2012 e 2014

AULA 00: Apresentação do curso e provas comentadas (Perito da


PCSP – 2012 e 2014).

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. O curso 3
2.1 Metodologia/Estratégias 3
2.2 Vídeo Aulas de apoio 4
3. A Física em concursos de Perito Criminal. 4
4. Cronograma do Curso. 5
5. Estilo das Questões de Física Para o cargo de Perito 5
Criminal.
6. Estrutura das aulas 7
7. Bibliografia 7
8. Provas - Perito Criminal da Polícia Civil de São Paulo – 9
2012 e 2014
9. Provas - Perito Criminal da Polícia Civil de São Paulo – 21
2012 e 2014 – Comentadas.
10. Gabarito 69

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1. Apresentação

Olá caro concurseiro, e futuro Perito da Polícia Científica de São


Paulo!

Meu nome é Vinícius Silva, e sou professor de Física aqui no Estratégia


Concursos. Tenho certeza de que faremos uma boa parceria rumo ao
seu principal objetivo que é a aprovação na PCSP.

Deixe que me apresente para você. Sou Natural de São Paulo, mas muito
novo (em 1991) mudei-me para o Fortaleza, capital do meu Ceará,
onde vivi praticamente a maioria da minha vida estudantil, até me tornar

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um concurseiro e aí você já sabe como fica a vida de uma pessoa que


abraça o serviço público.

Em 2006, Fiz meu primeiro concurso, para o cargo de Controlador– de


Trafego Aéreo Civil da Aeronáutica (DECEA). Após lograr êxito no
certame (2º Lugar), mudei-me para São José dos Campos - São Paulo,
local em que fiz o curso de formação necessário ao exercício do cargo.

Já em 2008, nomeado para o cargo acima, mudei-me para a cidade de


Recife-PE, e por lá fiquei durante aproximadamente um ano até, no final
de 2008, ser nomeado como Técnico Judiciário, na área de
Segurança e Transportes, na Justiça Federal do Ceará, concurso no
qual logrei aprovação também em 2º lugar.

Atualmente sou lotado na Subseção de Juazeiro do Norte, interior do


Ceará e aqui estou há mais de cinco anos desempenhando minhas
atividades no serviço público e no magistério.

Ainda estou aguardando convocação para o curso de formação para o


cargo de Delegado de Polícia Civil do Ceará, concurso no qual obtive
classificação na lista de excedentes, tradicionalmente convocada e
nomeada.

Na área da Física, matéria que passarei, a partir desta e nas próximas


aulas, a desvendar e tornar seu entendimento muito mais simples do que
você pensa, minha experiência já vem desde 2006 quando iniciei no
magistério como professor substituto e monitor em colégios e cursinhos
de Fortaleza.

Hoje, ministro aulas de Física para as mais diversas carreiras, desde a


preparação para vestibulares em geral até a preparação para os
concursos mais difíceis da carreira militar como IME e ITA, passando
ainda pelas turmas de Medicina, Direito e Engenharia.
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Em paralelo, ministro aulas preparatórias para olimpíadas de Física


regionais, nacionais e até internacionais, já tendo tido alunos
selecionados para participarem de processos seletivos para a IPHO
(Olimpíada Mundial de Física) e OIbF (Olimpíada Ibero Americana de
Física).

Para concursos, já ministrei cursos escritos para área policial (PF, PRF,
PCDF, PCGO, PCSC, Petrobrás, etc.).

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Atualmente, em paralelo ao trabalho para os concursos, escrevo um livro


voltado para o público IME e ITA sobre um assunto que com certeza é um
tema muito fascinante no mundo da Física, a Óptica Ondulatória. Além
– e
disso, desenvolvo outros trabalhos voltados para o público IME – ITA
também para o planejamento e organização de estudos voltados para
concursos (Coaching).

Esse projeto tem como escopo atingir aqueles que estão se preparando
para o concurso da PCSP, para o cargo de Perito Criminal. É certo que um
curso de qualidade, voltado para o concurso de Perito da PCSP, é muito
difícil de se encontrar, porém aqui no Estratégia você terá um curso
voltado para a sua banca (VUNESP) e focado na sua aprovação.

O foco desse curso será a preparação antecipada, pois a Física é uma


matéria que deve ser estudada com muito afinco e antecedência, pois
representou, no último concurso, 10% da sua nota na prova objetiva, ou
seja, não pode ser deixada de lado, se você fizer isso, vai diminuir
bastante a suas chances de aprovação.

A Física certamente é uma matéria na qual a sua dedicação deve ser


grande, é inegável que a dificuldade com essa matéria já começa com a
escassez de material, pois dificilmente você encontra professores com
experiência em provas de concursos e dedicados a fazer o melhor
material didático para você.

Aqui no Estratégia, nós acreditamos que o aluno deve ter apoio total, em
todas as matérias, sabemos como é difícil encontrar professores
dedicados, que entendem a metodologia do concurso público e que
tenham disposição em escrever um material de qualidade. Por tudo isso,
estamos investindo nessa matéria para o concurso da PCSP.

2. O curso

O Curso de Física para Perito da PCSP terá como objetivo principal


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levá-lo à nota máxima nessa matéria, contribuindo para que você consiga
a sua aprovação nesse concurso.

A ideia é cobrir todo o edital da PCSP de 2013, vamos ter um curso de


Física de teoria e resolução de questões da VUNESP de concursos
anteriores, distribuídas em 8 aulas + aula demonstrativa (aula 00).

A ideia do curso é fazer você se familiarizar com as questões que podem


estar presentes em seu concurso, remetendo você a uma resolução
simples, rápida e segura, pois assim você garante a questão e ganha
tempo para resolver as outras provas. É sabido que questões de Física
podem ser extremamente difíceis, caso o candidato não opte pela melhor

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saída, no entanto, estamos aqui para mostrar para você que Física pode
ser tão fácil quanto as matérias jurídicas.

2.1 Metodologia/Estratégias –

O curso será de teoria e questões comentadas, cobrindo-se todo o


edital de 2013 da VUNESP tornando-se assim um curso completo.

Aqui eu vou lhe dar uma dica importantíssima: não perca tempo com
cursos longos, pois eles não vão conseguir cobrir todo o programa, uma
vez que ele é 99% de um curso de ensino médio de Física, tornando-se
impraticável a sua contemplação em pouco mais de dois meses de
preparação.

Assim, sugiro a você, mesmo que não tenha base teórica, que invista seu
tempo e recursos em um curso como o do Estratégia, um curso focado no
seu edital e bem direto no que interessa.

Além da teoria completa de cada assunto, nossos comentários serão


longos, detalhados, com figuras elucidativas e, por vezes, com direito a
mais de uma solução para cada questão.

Utilizarei ainda algumas ferramentas como, por exemplo, o nosso bate


papo com o colega Aderbal, que vocês já devem conhecer, ele sempre
está presente em nossos cursos.

2.2 Vídeo Aulas de apoio

Teremos videoaulas de apoio que serão vinculadas a esse curso, de modo


a deixar o curso bem mais dinâmico.

Haverá videoaulas em todas as aulas, assim como resolução de questões


em vídeo também, para que você tenha uma visão mais direta, como se
estivesse em sala de aula, do seu professor em meio às questões de
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concursos anteriores.

3. A Física em concursos de Perito Criminal.

Esse cargo, você já deve ter pesquisado sobre isso, é um cargo bem
técnico da Polícia Judiciária, pois ele auxilia a investigação do ponto de
vista científico, usando sempre aplicações da Física, da Química e da
Biologia para ajudar a desvendar possíveis autores de delitos, e está aí o
real motivo de estarem presentes no edital essas matérias que citei.

Portanto, um concurso de Perito Criminal deve sempre cobrar essa


matéria (Física).

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Portanto, fique tranquilo, pois adquirindo esse curso você estará


provavelmente dando um passo largo para fazer parte do grupo seleto
dos aprovados.

4. Cronograma do Curso.

O nosso curso seguirá o edital da PCSP de 2013, e será dado em 8 aulas


+ aula zero (demonstrativa). Toda a teoria e exercícios serão ministrados
com muita qualidade e profundidade adequadas.

Abaixo segue um quadro com o cronograma das aulas e os assuntos a


serem tratados em cada uma delas.

CRONOGRAMA

Aula 00. Apresentação do curso e resolução das provas de Perito


Criminal da PCSP 2012 e 2013 (VUNESP).
(18/03/2016)

Aula 01. 1. Sistema Internacional de Unidades, grandezas físicas


escalares e vetoriais, medições das grandezas físicas e
(01/04/2016) algarismos significativos.

Aula 02. 2. Mecânica. Parte 1 (cinemática)

(15/04/2016)

Aula 03. 2. Mecânica. Parte 2(dinâmica – leis de Newton e suas


aplicações)
(29/04/2016)
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Aula 04. 2. Mecânica. Parte 3 (estática dos sólidos e dos líquidos)

(13/05/2016)

Aula 05. 3. Termologia e Termodinâmica

(27/05/2016)

Aula 06. 4. Ondulatória.

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(10/06/2016)

Aula 07. 5. Óptica. –

(24/06/2016)

Aula 08. 6. Eletricidade

(08/07/2016)

5. Estilo das Questões de Física Para o cargo de Perito Criminal.

Esse tema é de muita relevância para quem está iniciando os estudos na


minha matéria e quer garantir valiosos pontos no concurso.

As questões de Física em concursos para Perito Criminal geralmente


abordam situações práticas vivenciadas pelo ocupante do cargo, trata-se
de uma prova bem atual, cheia de contextualização.

É fácil ver que as questões aplicam um determinado assunto da Física a


uma situação cotidiana, geralmente vivenciada no dia a dia do cargo
almejado e isso torna o entendimento mais leve, sem aqueles termos
técnicos que não contribuem em nada para o brilhantismo da questão.

A Física está ligada às atribuições do Perito Criminal, pois esse


profissional auxilia a investigação criminal; da cena do crime até o
laboratório, o Perito está presente e contribui para a investigação
produzindo provas técnicas essenciais ao deslinde do processo.

Assim, é essencial que o nosso curso aborde em seus exercícios situações


práticas comuns ao dia a dia dos cargos, e isso será plenamente atingido
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por meio das questões de concursos passados elaboradas pela VUNESP,


sempre tratando temas da Física com a leveza necessária ao bom
entendimento.

Esse será o estilo do curso. Sempre com questões desafiadoras, com uma
matemática bem acessível a todos e focada no seu edital.

Professor, o que eu vou ter


que saber para poder
acompanhar bem o seu
curso?

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Ótima pergunta Aderbal!

Se você quer se sair bem e acompanhar com um bom rendimento o nosso


curso, você precisará de uma base bem tranquila em Matemática, –
terá de saber resolver equações de primeiro e segundo graus,
análise de gráficos, um pouco de geometria, deverá ainda saber o
cálculo de razões trigonométricas como seno, cosseno e tangente,
entre outros temas simples da matemática que o concurseiro já deve
saber, ou pelo menos já deve estar estudando, por conta das provas de
matemática e raciocínio lógico.

Ah professor, isso aí é moleza,


afinal eu já estudo isso direto
nas aulas de Matemática aqui
do Estratégia.

Muito bem Aderbal, você e todos os concurseiros que querem uma vaga
no serviço público devem adotar a mesma estratégia, ou seja, estudar
com bons materiais, todos os assuntos cobrados no edital.

6. Estrutura das aulas

Antes de começarmos o comentário das duas últimas provas de Perito


Criminal da PCSP, vamos apresentar para você a estrutura das nossas
aulas.

As nossas aulas serão compostas da seguinte forma:


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 Teoria completa (a partir da aula 01)

 Lista de questões VUNESP, sem os comentários, oriundas de


provas passadas.

 Lista das questões com os comentários.

 Gabarito.

 Fórmulas matemáticas utilizadas na aula.

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Essa última parte da aula é uma das mais importantes para você, que não
gosta de Física e está querendo garantir pontos valiosos na sua prova
objetiva, uma vez que as fórmulas matemáticas são o grande problema

de boa parte dos concurseiros, principalmente quando o assunto é Física.

Apesar de saber que muitas e muitas provas aparecem apenas questões


teóricas, é muito importante saber bem a aplicação matemática da teoria.

Um bom exemplo foi a prova da PRF de 2013, onde a maioria dos cursos
acreditava em uma prova bem teórica. Quem pensou dessa forma acabou
se surpreendendo com uma prova bem trabalhosa e cobrando
simplesmente o conteúdo da Física em uma questão prática, quase
sempre com alguma fórmula matemática necessária à resolução.

Nessa última parte da aula constará uma lista de todas as fórmulas


utilizadas nas questões da aula, como se fosse uma lista com os artigos
de lei que foram necessários para a resolução das questões de
Administrativo, por exemplo.

Assim, você poderá ir formando o seu banco de dados de fórmulas, que


será muito útil naquela revisão que você fará às vésperas da prova.

Lembrando que essas fórmulas, quando possível, conterão formas


alternativas de memorização (formas mnemônicas, visuais, etc.)

7. Bibliografia

Caro concurseiro, eu sei que indicar livros de consulta não é uma tarefa
das mais fáceis, pois no mercado você encontra obras para todos os
gostos e bolsos.

Para esse concurso, como esse curso é de exercícios, caso você realmente
não entenda a resolução do professor, procure o fórum de dúvidas que
será acessado praticamente 18 horas por dia, por min, a fim de lhe dar
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um feedback o mais rápido possível; se ainda assim você quiser


aprofundar algum tema, eu recomendo o livro dos professores Caio
Sérgio Calçada e José Luiz Sampaio – Física Clássica, da Editora
Atual, onde você vai encontrar uma explicação muito didática de todos os
assuntos que cairão na sua prova.

A minha dica é: leia todos os PDF com muita atenção, concentração e


dedicação; se tiver alguma dúvida, tente saná-la no fórum de dúvidas que
será acessado por min diariamente, se quiser aprofundar seus estudos no
tema ou reforçar algum ponto, consulte o livro indicado.

Fique certo de que as questões do seu concurso serão bem parecidas com
as que vamos trabalhar durante o curso.

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8. Provas Perito Criminal da Polícia Civil de São Paulo – 2012 e


2014

1. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) O gráfico
qualitativo da velocidade (v), em função do tempo (t), da figura a seguir
representa o movimento de um carro que se desloca em linha reta.

Considerando que sua posição inicial era o marco zero da trajetória, o


correspondente gráfico horário de sua posição (S), em função do tempo
(t), é

2. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) A polia


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dentada do motor de uma motocicleta em movimento, também chamada


de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a
coroa, solidária com a roda traseira. O diâmetro da coroa é de 24 cm e o
diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a seguir
ilustra as partes citadas.

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Use  = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do


movimento de rotação seja integralmente dirigida ao seu deslocamento
linear. A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de

(A) 72.
(B) 62.
(C) 54.
(D) 66.
(E) 90.

3. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP -2012). Ao ser


expelido do cano de 50 cm de comprimento de uma arma em repouso
relativamente ao solo, um projétil leva 0,10 s para percorrer, em linha
reta e com velocidade constante, a distância de 100 m. Supondo que a
massa do projétil seja de 25 g e que seu movimento no interior do cano
seja realizado com aceleração constante, a intensidade da força
propulsora resultante sobre ele no interior do cano deve ser, em newtons,
de

(A) 4,0.103.
(B) 2,5.104.
(C) 2,5.105.
(D) 4,0.104.
(E) 2,5.103.

4. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Em um


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trecho curvilíneo de uma rodovia horizontal, o motorista de determinado


veículo, dirigindo em velocidade excessiva, perdeu o controle da direção
e, atravessando a pista, caiu na vala que havia além do acostamento.
Chovia muito naquele momento e várias hipóteses foram levantadas para
explicar o fato. Em relação a um referencial inercial, assinale a alternativa
que apresenta a hipótese correta.

(A) A força centrífuga sobre o carro foi mais intensa que a força
centrípeta e empurrou o carro para fora da pista, seguindo uma trajetória
curvilínea.

(B) A potência do motor do veículo foi insuficiente para corrigir a


trajetória original a ser descrita e resultou na derrapagem observada.

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(C) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto


da pista fez com que ele derrapasse para fora da pista descrevendo uma
trajetória curvilínea. –

(D) A energia cinética do veículo era maior do que a energia potencial


elástica da borracha dos pneus, daí a derrapagem.

(E) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto


da pista fez com que ele prosseguisse em linha reta ao invés de
completar a curva.

5. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Na


operação de resgate de uma peça metálica, maciça e cilíndrica de geratriz
h, do fundo do mar, um guincho iça a peça retirando-a lentamente e com
velocidade constante, até que ela fique toda fora da água. A distância
vertical entre a roldana do guindaste e a superfície livre da água é H > h,
e a viscosidade da água é desprezível, assim como a resistência do ar. O
instante em que a face superior do cilindro é retirada da água é t1 e o
instante em que a face inferior é retirada é t2.

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O gráfico que melhor relaciona a intensidade da força de tração (F) no


cabo do guindaste com o tempo (t) de duração da operação é

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6. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Um


projétil, de massa m = 10 g, feito de metal de calor específico c = 0,10
cal/(g.ºC), atinge um colete à prova de bala com velocidade v = 600 m/s,
parando antes de atravessá-lo. O equivalente mecânico do calor é
admitido com o valor 4,2 J/cal e o colete é tido como adiabático. A
quantidade de calor dissipada integralmente no projétil deve elevar a
temperatura dele, em ºC, de aproximadamente

(A) 360. 00000000000

(B) 390.
(C) 430.
(D) 300.
(E) 480.

7. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Certa


massa de vapor encontra-se encerrada em um recipiente cilíndrico,
isolante térmico, dotado de um êmbolo que permite variar seu volume,
como mostra a figura.

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Em determinado momento, o êmbolo é bruscamente deslocado, por um


agente externo, no sentido de comprimir o vapor até um volume menor;
essa compressão gera uma combustão espontânea, transformando o
vapor em gás, o que provoca, em seguida, um deslocamento do êmbolo
até a posição inicial. O gráfico, da pressão (P) versus volume (V), que
melhor representa a sequência de transformações ocorridas no interior do
recipiente é

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8. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Em


determinadas investigações, o uso de aparelhos emissores de ondas
eletromagnéticas torna-se imprescindível. Considere uma sequência de

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frentes de ondas planas deslocando-se no ar e incidindo sobre um grande


cubo de vidro maciço formando um ângulo com a face de incidência,
como mostra a figura.

Parte dessas ondas é refletida pela face do cubo de vidro e outra parte é
refratada. A figura ilustra as frentes incidentes e as refratadas. Com base
nessas informações, é correto afirmar que, em relação às frentes de
ondas incidentes, as frentes de ondas

(A) refletidas diminuem o comprimento de onda, mantendo a frequência


de vibração e o ângulo de reflexão com a face.

(B) refratadas diminuem o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

(C) refratadas aumentam o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

(D) refletidas mantêm a velocidade de propagação e o ângulo de reflexão


com a face, diminuindo a frequência de vibração.
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(E) refratadas diminuem a velocidade de propagação e a frequência de


vibração.

9. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Quando


olhamos para um aquário e visualizamos um peixe, raios luminosos
emitidos pelo peixe atingem nossos olhos após sofrerem duas refrações
consecutivas: da água para o vidro e do vidro para o ar. Lembrando que o
índice de refração absoluto de vidro é maior que o da água e o da água
maior que o do ar, a trajetória de um raio de luz refletido pelo peixe P
que atinge o olho de um observador O, está corretamente representada
em

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10. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Dois


chuveiros elétricos apresentam as seguintes especificações: chuveiro A –
5.600W - 240V; chuveiro B – 2.800W - 120V. Sabendo que seus
resistores ôhmicos e cilíndricos são feitos do mesmo material e têm o
mesmo comprimento, a razão entre suas áreas de secção transversal,
SA/SB, vale

(A) 2. 00000000000

(B) 1.
(C) 4.
(D) 1/4.
(E) 1/2.

11. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Ao


percorrer uma curva horizontal, em forma de quarto de circunferência,
com velocidade escalar constante, um veículo sofre, relativamente a um
referencial inercial, uma força resultante centrípeta de

(A) intensidade variável, mas de direção e sentido constantes.


(B) intensidade, direção e sentido constantes.
(C) intensidade constante, apenas.

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(D) intensidade, direção e sentido variáveis.


(E) intensidade e direção constantes, mas de sentido variável.

12. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Um carro,–


que se deslocava em linha reta, teve suas velocidades observadas. O
gráfico a seguir representa, qualitativamente, essas velocidades (v), em
função do tempo (t).

Analisando o gráfico conclui-se, corretamente, que


(A) a aceleração do carro foi maior no intervalo de tempo t1 – 0 do que no
intervalo seguinte t2 – t1.

(B) o movimento do carro foi progressivo no intervalo de tempo t 1 – t0 e


retrógrado no intervalo seguinte t2 – t1.

(C) o movimento do carro no intervalo de tempo t2 – t1 foi retrógrado e


retardado.

(D) o movimento do carro foi progressivo e acelerado durante ambos os


intervalos de tempo.

(E) o deslocamento do carro foi maior no intervalo de tempo t 1 – 0 do que


no intervalo seguinte t2 – t1.
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13. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) A figura


ilustra a roda traseira de uma motocicleta.

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Considerando-a em movimento e com a coroa girando solidariamente


com a roda, é correto afirmar que, em um mesmo intervalo de tempo e
relativamente ao eixo comum de ambas,

(A) a velocidade linear dos pontos periféricos da coroa e da roda, em


relação ao eixo comum de ambas, é a mesma.
(B) a coroa gira com frequência maior do que a roda.
(C) a velocidade angular da coroa é maior do que a da roda.
(D) o deslocamento angular da coroa é igual ao da roda.
(E) o deslocamento linear dos pontos periféricos da coroa é maior do que
o da roda.

14. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) No


campo de provas de uma montadora de automóveis há uma pista
horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus
veículos, de massa total 1 200 kg, incluindo a do motorista, parte do
00000000000

repouso e atinge a velocidade de 144 km∕h ao fim de um percurso de 400


m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a
força resultante sobre ele tem intensidade, em newtons, de

(A) 3 600.
(B) 4 800.
(C) 2 400.
(D) 1 800.
(E) 1 200.

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15. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Um


cilindro de ferro, de altura considerável, é mantido suspenso por um fio
na posição vertical, totalmente submerso em um tanque cheio de água,
como mostra a figura: –

Nessas condições, é correto afirmar que

(A) o empuxo atuante sobre o cilindro como um todo depende de sua


massa específica.

(B) a pressão da água sobre o cilindro como um todo é a mesma em


qualquer ponto dele.

(C) o empuxo atuante sobre a base inferior do cilindro é maior do que


sobre sua base superior.

(D) a pressão da água sobre o cilindro como um todo depende da massa


específica dele.
00000000000

(E) a pressão da água sobre a base inferior do cilindro é maior do que


sobre sua base superior.

16. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) No


interior de São Paulo ocorre uma tragédia familiar. Um garoto de 26 kg de
massa cai em queda livre do 14.º andar de um prédio, projetando-se no
solo de uma altura de 42 m. No impacto com o solo, toda a energia
cinética é convertida em energia térmica para aquecimento do corpo do
garoto em 2oC. A aceleração da gravidade local tem o valor 10 m∕s2 e o
equivalente mecânico do calor é de 4,2 J/cal. A capacidade térmica do
corpo do garoto, em cal/oC, deve ser de

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(A) 1,3•103
(B) 6,5•102
(C) 1,3•102
(D) 1,3•104 –
(E) 6,5•10

17. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Ao


investigar determinado crime, um perito precisava determinar o
comportamento do som proveniente do estampido de uma arma usada
nesse crime. Para tanto, o perito raciocinou corretamente que, ao
atravessar uma janela de vidro, em relação ao seu comportamento no ar,
as ondas sonoras

(A) mantiveram seu comprimento de onda constante.


(B) tiveram sua velocidade de propagação alterada.
(C) tiveram sua frequência de vibração alterada.
(D) mantiveram sua energia mecânica constante.
(E) mantiveram sua quantidade de movimento constante.

18. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) No intuito


de observar o comportamento de certa massa de gás ideal, confinada em
um frasco cilíndrico dotado de uma base móvel, um investigador diminui
isotermicamente seu volume. O gráfico qualitativo da pressão (p) que
esse gás exerce sobre as paredes do recipiente, em função do volume (V)
por ele ocupado está melhor representado em

00000000000

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19. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) A lupa é


um útil instrumento de investigação criminal. Considere um raio luminoso
monocromático que atravessa uma lupa de espessura máxima e, imersa
no ar, seguindo o eixo principal da lupa, como mostra a figura:

O gráfico que melhor representa a velocidade (v) de propagação desse


raio, em função de seu deslocamento (d), é

00000000000

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20. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Duas


lâmpadas idênticas, de especificações 15 W – 220 V cada, são ligadas em
paralelo a uma rede elétrica alimentada por uma fonte de tensão de 220
V. A intensidade da corrente elétrica através de cada lâmpada será, em
ampéres, mais próxima de

(A) 0,05.
(B) 0,07.
(C) 0,03.
(D) 0,10.
(E) 0,14.

9. Provas Perito Criminal da Polícia Civil de São Paulo – 2012 e


2014 – Comentadas

COMENTÁRIO GERAL SOBRE AS PROVAS

As duas provas dos dois últimos concursos foram bem amplas e


parecidas, de certo modo até previsíveis, bem elaboradas, sem problemas
de ordem técnica ou de conteúdo.

O programa foi bem distribuído nas 10 (dez) questões, tanto na prova de


2012, quanto no concurso de 2013/2014, tendo os assuntos sofrido as
mesmas distribuições em quantidade de questões, elas foram divididas da
seguinte forma:
00000000000

 10 (dez) questões de mecânica – 50% da prova.


 4 (quatro) questões de termologia e termodinâmica – 20% da
prova.
 2 (duas) questões de ondulatória – 10% da prova.
 2 (duas) questões de óptica geométrica – 10% da prova.
 2 (duas) questões de eletricidade – 10% da prova.

Assim, você pode perceber que a prova abordou todos os temas previstos
no conteúdo programático de forma geral, no entanto, foi uma prova que
privilegiou a mecânica, que é a maior parte da Física.

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A mecânica será abordada nas primeiras aulas, e uma atenção maior será
dada a essa parte do conteúdo, pois é provável que a próxima prova
venha da mesma forma, ou seja, pegando pesado em mecânica.

O nível das questões eu diria que está separado da seguinte forma:

 12 (doze) questões de nível médio de dificuldade


 8 (oito) questões de nível fácil.

Ou seja, não houve nessas provas, na minha concepção, questões


difíceis, no entanto, a maioria das questões eram de nível médio, ou seja,
não eram de simples aplicação de fórmula, mas também não envolviam
raciocínios mais elaborados.

Enfim, o nível da prova é muito bom, e ela tem um alto teor


discriminativo, selecionando assim os candidatos mais bem preparados
para o cargo de Perito Criminal.

A minha previsão para a próxima prova é que seja de mesmo nível, até
porque a banca provavelmente será a mesma (VUNESP), o edital sofrerá
poucas modificações em relação ao conteúdo programático, a Física
mesmo não mudou nada de 2012 para 2014, praticamente.

Vamos aos comentários das duas provas.

1. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) O gráfico


qualitativo da velocidade (v), em função do tempo (t), da figura a seguir
representa o movimento de um carro que se desloca em linha reta.

00000000000

Considerando que sua posição inicial era o marco zero da trajetória, o


correspondente gráfico horário de sua posição (S), em função do tempo
(t), é

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Resposta: Item E.

Comentário:

Não se preocupe com uma questão dessas, pois você não vai precisar
desenhar o gráfico, basta que você saiba que figura teremos em cada
trecho. Vamos verificar por partes cada trecho do gráfico (S x t).

No primeiro trecho o gráfico da velocidade é crescente e positiva,


temos então um movimento do tipo progressivo e acelerado.

O gráfico de S x t é uma parábola, pois é oriundo da equação horária da


posição.

Veja abaixo um comentário teórico acerca desse tipo de gráfico.


Lembrando que a equação que rege o movimento uniformemente variado
a t2
é: S  S0  V0  t  , podemos afirmar que o gráfico de S contra t é uma
2
parábola que terá sua concavidade definida pelo sinal da aceleração.
00000000000

 a positiva  para cima.


 a negativa  para baixo.

Nesse ponto recomento que você faça uma revisão no estudo da função
do segundo grau. A equação da posição é um exemplo da função do 2º
grau.

Alguns conceitos como concavidade e vértice você vai relembrar caso faça
essa revisão.

Os gráficos então podem ser de dois tipos:

 Concavidade para cima

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 Concavidade para baixo

*Propriedade Importante:

Pode-se demonstrar que a velocidade é dada pela tangente do ângulo


formado pelo gráfico da posição contra tempo.

No MRUV a velocidade é diferente em cada instante, logo teremos


00000000000

que calcular a tangente em cada instante, por exemplo, se quisermos


a velocidade no instante 3s, deveremos calcular a velocidade naquele
instante, que terá um valor distinto da velocidade no instante 5s, por
exemplo.

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Acima representamos um gráfico de S x t, para calcular a velocidade no


instante “t0” basta calcular a tangente do ângulo .

Em outro instante de tempo a inclinação da reta é diferente, motivo pelo


qual a velocidade também o será, o movimento é variado.

Os gráficos também estão presentes na classificação do MRUV. Veja os


gráficos abaixo, nos quais se apresenta um resumo dos tipos de
movimento e o gráfico correspondente.

Retrógrado
Acelerado

00000000000

*Observação:

• No gráfico acima você notou que há um ponto em que a velocidade


é nula, ou seja, um ponto no qual há uma inversão do movimento que
antes possuía velocidade negativa e a partir de então passa a ter
velocidade positiva (A) e vice e versa.

Baseado nas observações acima, vamos verificar qual o tipo de


movimento e o gráfico correspondente.

Veja no gráfico abaixo o ramo de parábola que vamos “pegar”

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Vamos pegar o ramo azul para o primeiro trecho do movimento do


carro.

No segundo trecho do gráfico de velocidade você nota que ela é positiva,


porém decrescente, estamos diante de um movimento progressivo, no
entanto, retardado.

Vaja na figura abaixo qual ramo de parábola vamos “pegar”

Retrógrado
Acelerado

Vamos pegar o ramo verde.


00000000000

No último trecho do gráfico de velocidade a temos constante, o que


corresponde a um movimento uniforme, onde o gráfico da posição é
uma reta, e como temos um trecho de velocidade constante positiva, o
gráfico (S x t) será uma reta crescente.

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Gráfico do MRU progressivo (V>0).

Assim, vamos marcar a alternativa que corresponde ao gráfico que reúne


esses três trechos retromencionados, ou seja, a alternativa E.

2. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) A polia


dentada do motor de uma motocicleta em movimento, também chamada
de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a
coroa, solidária com a roda traseira. O diâmetro da coroa é de 24 cm e o
diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a seguir
ilustra as partes citadas.

00000000000

Use  = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do


movimento de rotação seja integralmente dirigida ao seu deslocamento
linear. A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de

(A) 72.
(B) 62.

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(C) 54.
(D) 66.
(E) 90.

Resposta: item C.

Comentário:

Questão bem comum em provas de Física de concursos, vamos usar o


raciocínio da transmissão de movimentos circulares.

Veja um comentário acerca da transmissão de movimentos circulares,


tema abordado por essa questão.

Transmissão por correia ou corrente.

Nesse tipo de transmissão, uma polia (círculo) transfere seu movimento


circular por meio de uma corrente ou correia que não sofre
escorregamento e é inextensível, esses dois fatos são muito
importantes, pois é por conta deles que podemos afirmar que os corpos
terão a mesma velocidade linear.

Então, podemos afirmar que:

VA  VB , como V    R
00000000000

 A  RA  B  RB
ou
A RB
 
B RA
 fa .Ra  fb .Rb
Ta Ra
 
Tb Rb

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Esse tipo de transmissão é muito conhecido e a sua aplicação mais


comum é a bicicleta e a motocicleta.

Quando numa coroa maior o seu movimento é transmitido para –uma


catraca acoplada à roda traseira por meio de uma corrente ou correia.

Calcularemos a frequência de rotação, em RPM, da coroa traseira da


motocicleta da figura, que será a mesma frequência de rotação da roda
traseira.
fA.RA  fB .RB
fA.12  3.600.2
fA  600 RPM

Essa frequência de rotação será a mesma frequência de rotação da roda


traseira, o que nos levará ao calculo da velocidade da motocicleta:

A velocidade será calculada por meio da aplicação da fórmula que


relaciona a velocidade linear e angular da roda traseira

V   .R
V  2. . f A.R
600
V  2.3. .0, 25
60
V  15m / s( x3, 6)
V  54km / h
Veja que no cálculo acima foram feitas duas transformações de unidades:

 Frequência de RPM para Hz (dividindo-se o valor em RPM para Hz)


00000000000

 Velocidade de m/s para km/h (multiplicando-se por 3,6)

Cuidado com a transformação de unidades.

3. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Ao ser


expelido do cano de 50 cm de comprimento de uma arma em repouso
relativamente ao solo, um projétil leva 0,10 s para percorrer, em linha
reta e com velocidade constante, a distância de 100 m. Supondo que a
massa do projétil seja de 25 g e que seu movimento no interior do cano
seja realizado com aceleração constante, a intensidade da força
propulsora resultante sobre ele no interior do cano deve ser, em newtons,
de

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(A) 4,0.103.
(B) 2,5.104.
(C) 2,5.105.
(D) 4,0.104. –
(E) 2,5.103.

Resposta: item B

Comentário:

Vamos primeiramente calcular a velocidade com que o projétil percorre o


espaço de 100m em um tempo de 0,10s.

S
V
t
100m
V  1.000m / s
0,10 s

Como a velocidade do projétil é constante após sair do cano da arma,


podemos afirmar que essa velocidade calculada acima é a mesma
velocidade com que o projétil é expelido na “boca” do cano da arma.

Assim, podemos dizer que o projétil saiu do repouso, e percorrendo um


espaço de 50cm atingiu a velocidade de 1.000m/s, devido a presença de
uma aceleração, oriunda de uma força resultante.

Para calcular a força, devemos ter em mente a segunda lei de Newton:

F  ma
.
Mas para aplicar a lei acima, devemos encontrar a aceleração.
00000000000

Veja que no interior do cano, não foi mencionado o tempo que levou o
movimento do projétil. Assim, devemos procurar uma equação que não
envolva o fator tempo.

Professor, já sei, vamos


usar a equação de
Torricelli!

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Boa ideia Aderbal, a equação sugerida por você é muito boa para o caso
em questão, pois não envolve o fator tempo, sendo, portanto, uma
equação que pode ser utilizada para o calculo da aceleração do projétil
dentro do cano. –

V 2  V0 2  2.a .S
1.0002  02  2.a .0,5
a  1.0002
a  1, 0.106 m / s 2

Note que transformamos a comprimento do cano, que é o deslocamento


do projétil, de cm para m, para que a aceleração fique na unidade SI.

Vamos agora encontrar a força a que fica submetido o projétil durante o


disparo.

F  m.a
F  m. a

F  25.103.1, 0.106

F  2,5.104  25.000 N

Veja que foi feita a transformação da massa do projétil (de g para kg),
uma vez que a força deve ser fornecida em newtons. Lembre-se de que
para transformar de g para kg, basta dividir por 1.000, ou multiplicar por
10-3.
4. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Em um
00000000000

trecho curvilíneo de uma rodovia horizontal, o motorista de determinado


veículo, dirigindo em velocidade excessiva, perdeu o controle da direção
e, atravessando a pista, caiu na vala que havia além do acostamento.
Chovia muito naquele momento e várias hipóteses foram levantadas para
explicar o fato. Em relação a um referencial inercial, assinale a alternativa
que apresenta a hipótese correta.

(A) A força centrífuga sobre o carro foi mais intensa que a força
centrípeta e empurrou o carro para fora da pista, seguindo uma trajetória
curvilínea.

Comentário:

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O item acima está incorreto.

As forças centrípeta e centrífuga são forças que não ocorrem no mesmo



referencial. A força centrípeta é uma força que atua no corpo na direção
radial, e com sentido para o centro da curva, observada sempre de um
referencial inercial. Por outro lado, A força centrífuga é uma força de
inércia, percebida sempre em um referencial não inercial, possui direção
radial, e sentido para fora da curva.

Para facilitar a vida de vocês, nobres concurseiros, acompanhe o exemplo


abaixo no qual você vai entender a diferença que existe entre essas
forças.

 Centrípeta: para o centro em um referencial inercial


 Centrífuga: para fora do centro (fuga do centro) em um referencial
não inercial.

A centrípeta é a força que um observador parado na estrada percebe que


está atuando em um veículo que está perfazendo uma curva. Geralmente
que faz o papel de resultante centrípeta é a força de atrito entre os pneus
do veículo e a estrada.

A centrífuga é a força que o passageiro do carro (que está em um


referencial não inercial, acelerado, que é o veículo) sente quando ele está
fazendo a curva. A força centrífuga é sempre com sentido contrário ao da
curva que o veículo está fazendo, ou seja, o veículo fez curva à esquerda,
a centrífuga é para a direita; o veículo fez curva à direita, a centrífuga é
para a esquerda.

Portanto, sob a observação de um referencial inercial, não existe a força


centrífuga, muito menos a comparação dela com a centrípeta.

(B) A potência do motor do veículo foi insuficiente para corrigir a


00000000000

trajetória original a ser descrita e resultou na derrapagem observada.

Comentário:

O item também está incorreto, pois a potencia do veículo não tem relação
direta com a realização da curva. A potência do veículo não o faz perfazer
a curva ou não, o que define isso são algumas grandezas relacionadas às
forças que mantém o veículo na curva, que é a força de atrito dos pneus
com a estrada.

(C) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto


da pista fez com que ele derrapasse para fora da pista descrevendo uma
trajetória curvilínea.

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Comentário:

O item está parcialmente correto, portanto não deve ser assinalado –pelo
candidato.

De fato, houve redução doa atrito, pois a chuva fez com que ocorresse o
fenômeno da aquaplanagem, diminuindo assim o coeficiente de atrito
entre os pneus e a estrada, o que realmente deve ter sido o motivo da
derrapagem apontado, por exemplo, por um perito em um laudo técnico.

No entanto, quando um carro sofre derrapagem, deixa de haver força


resultante sobre ele, o que implica em uma condição de equilíbrio, de
acordo com a primeira lei de Newton.

Assim, o carro deve prosseguir em MRU, ou seja, com velocidade


constante e em trajetória retilínea.

É o que acontece quando você possui uma bolinha presa por meio de um
fio ao centro de uma mesa, conforme a figura abaixo.

Caso o fio venha a se romper, a trajetória que a bolinha vai tomar é a


seguinte:

00000000000

Com o carro ocorre o mesmo, a única diferença é o fato de que a força


que o mantém na curva era a força de atrito.

Podemos inclusive calcular a velocidade máxima que um veículo pode


desenvolver em uma curva plana com atrito, de modo a não derrapar.

Cálculo da velocidade máxima permitida em curva plana com


atrito:

Você já deve ter se perguntado por que não pode entrar em uma curva
com qualquer velocidade, sob o risco de haver derrapagem.

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A razão é simples, é por conta da força de atrito estático, que pode ser no
máximo igual ao seu valor máximo. A força de atrito estático faz o papel
de resultante centrípeta. Observe a figura abaixo:

Note que a força resultante centrípeta será representada pela força de


atrito, pois é ela que aponta para o centro da trajetória curvilínea. Assim,
podemos escrever:

| FRESCTP || FATE |


A velocidade máxima será atingida quando a força de atrito estático, que
é variável, atingir o seu valor máximo, ou seja, a força de atrito estático
máximo, assim:

| FRESCTP || FATE |


m. | Vmax |2
  .N
R
m . | Vmax |2
  . m .g
R
| Vmax |2   .R.g
00000000000

| Vmax |  .R.g
Portanto a velocidade máxima irá depender de alguns fatores que são:

 Coeficiente de atrito das superfícies


 Raio de curvatura
 Aceleração da gravidade

A velocidade máxima é diretamente proporcional à raiz quadrada de


qualquer desses fatores citados.

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Professor, é por isso que não se pode


entrar em uma curva fechada em alta –
velocidade, sob o risco de sofrer uma
derrapagem?

É exatamente por isso prezado Aderbal, a velocidade é diretamente


proporcional à raiz quadrada do raio da curva, assim, se for uma curva
fechada, portanto de raio pequeno, teremos uma velocidade mínima
menor.

No item da prova em comento, o que diminuiu foi o coeficiente de atrito,


por conta da aquaplanagem.

(D) A energia cinética do veículo era maior do que a energia potencial


elástica da borracha dos pneus, daí a derrapagem.

Comentário:

O item está incorreto, pois as energias envolvidas no movimento do carro


não possuem relação com a condição de derrapagem, esse item
realmente era daqueles que você nunca marcaria.

(E) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto


da pista fez com que ele prosseguisse em linha reta ao invés de
00000000000

completar a curva.

Comentário:

Eis aqui o nosso item correto.

Acredito que você já deve ter percebido por que ele está correto, afinal de
contas já comentamos nos itens anteriores que o fator atrito foi
preponderante para a derrapagem, inclusive mostramos no item C a
avaliação quantitativa do atrito com a velocidade máxima permitida antes
de ocorrer derrapagem.

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Aqui o item está correto, pois apontou a trajetória retilínea como a


correta trajetória após o atrito insuficiente.

É o caso análogo ao da corda que se rompe. –

5. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Na


operação de resgate de uma peça metálica, maciça e cilíndrica de geratriz
h, do fundo do mar, um guincho iça a peça retirando-a lentamente e com
velocidade constante, até que ela fique toda fora da água. A distância
vertical entre a roldana do guindaste e a superfície livre da água é H > h,
e a viscosidade da água é desprezível, assim como a resistência do ar. O
instante em que a face superior do cilindro é retirada da água é t1 e o
instante em que a face inferior é retirada é t2.

00000000000

O gráfico que melhor relaciona a intensidade da força de tração (F) no


cabo do guindaste com o tempo (t) de duração da operação é

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Resposta: item D

Comentário:

Essa questão era aquela da prova que você não entende nada do
enunciado, fica desesperado e passa para a próxima, no entanto, a partir
de agora você vai responder à essa questão com muita segurança.

Devemos avaliar a força F do cabo de acordo com a evolução do


00000000000

movimento da peça.

Vamos usar um fato muito importante que é o de que a velocidade da


peça é sempre constante, isso vai nos dar base de sustentação para as
equações que vamos montar.

Primeiramente pense na peça totalmente dentro da água, isso irá ocorrer


desde t = 0 até t = t1.

Nesse sentido, vamos colocar todas as forças que atuam na peça durante
esse intervalo de tempo.

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Tração

Empuxo

Peso

Veja que se a velocidade é constante, a resultante é nula, o que implica


que a força de tração no fio, somada ao empuxo deve ser igual ao peso
da peça.

TEP
T  PE
Como o peso é constante com o tempo, bem como o empuxo também é
constante com o tempo, até o instante t = t 1, podemos afirmar que a
tração será constante, tendo como gráfico em função do tempo uma reta
constante e paralela ao eixo dos tempos.

De t1 a t2 a peça vai saindo da água, o que implica dizer que o empuxo


vai diminuindo, uma vez que o empuxo é proporcional ao volume do
corpo imerso no líquido, como, ao subir, a peça vai ficando cada vez
menos imersa, então o empuxo vai ficando cada vez menor.

Logo, equacionando novamente:

T  P E 
00000000000

A tração no fio, portanto, vai aumentar até ele ficar totalmente emerso,
ou seja, fora da água.

Quando o corpo estiver totalmente fora da água, não haverá mais força
de empuxo, o que nos leva a equacionar novamente a força de tração.

TP

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Tração

Peso

Ocorre, que o peso do corpo é constante, assim, a tração também o será,


no entanto, será maior que a tração constante inicial, quando o corpo
estava ainda totalmente submerso.

Portanto, o gráfico mais coerente é o gráfico do item D, no qual temos


uma tração constante, após crescente, até t2 e após t2 uma tração
novamente constante, porém maior.

6. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Um


projétil, de massa m = 10 g, feito de metal de calor específico c = 0,10
cal/(g.ºC), atinge um colete à prova de bala com velocidade v = 600 m/s,
parando antes de atravessá-lo. O equivalente mecânico do calor é
admitido com o valor 4,2 J/cal e o colete é tido como adiabático. A
quantidade de calor dissipada integralmente no projétil deve elevar a
temperatura dele, em ºC, de aproximadamente
00000000000

(A) 360.
(B) 390.
(C) 430.
(D) 300.
(E) 480.

Resposta: Item C.

Comentário:

Trata-se de uma questão de conservação de energia, energia mecânica


transformando-se integralmente em energia térmica.

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A energia mecânica do projétil será convertida em energia térmica no


colete e isso fará com que a temperatura do colete aumente.

Devemos, portanto, calcular o aumento de temperatura por meio da
equação do calor sensível.

. .
Q  mc
O calor será oriundo da energia mecânica do projétil:

Emec  Ecin  E pot


A energia potencial será desprezada, pois não haverá variação de altura
do projétil, o que implica dizer:

mV. 2
Emec  Ecin 
2
3
10.10 .6002
Ecin 
2
102.3, 6.105
Ecin 
2
Ecin  1,8.103 J

Veja que a massa foi transformada em kg, para que obtivéssemos a


energia em J.
00000000000

Vamos agora transformar essa energia de J para cal.

Ecin  1,8.103 J
1,8.103 J
Ecin   4,3.102 cal
4, 2 J / cal
Essa energia será 100% convertida em calor, que servirá para elevar a
temperatura do projétil.

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Q  4,3.102 cal
m.c.  4,3.102 –

10 g .0,1cal / g .C.  4,3.102 cal


  430C
7. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Certa
massa de vapor encontra-se encerrada em um recipiente cilíndrico,
isolante térmico, dotado de um êmbolo que permite variar seu volume,
como mostra a figura.

Em determinado momento, o êmbolo é bruscamente deslocado, por um


agente externo, no sentido de comprimir o vapor até um volume menor;
essa compressão gera uma combustão espontânea, transformando o
vapor em gás, o que provoca, em seguida, um deslocamento do êmbolo
00000000000

até a posição inicial. O gráfico, da pressão (P) versus volume (V), que
melhor representa a sequência de transformações ocorridas no interior do
recipiente é

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Resposta: item A.

Comentário:

Questão de termodinâmica, envolvendo a interpretação de um texto e a


correspondente relação de um gráfico P x V, da situação narrada.

O que ocorre primeiramente é uma compressão brusca, na qual o volume


do gás é reduzido.
00000000000

Outro fato é o de que no texto não foi mencionado nenhuma


transformação a volume constante, o que implica que os itens B, D e E
estão incorretos, pois neles consta um trecho de transformação a volume
constante (isocórica).

Ficamos então com os itens A e C, a diferença entre eles é a forma da


expansão que ocorre depois da combustão. Perceba que no gráfico do
item C a concavidade da curva é para baixo, o que está em desacordo
com as transformações gasosas conhecidas. As duas combustões ocorrem
na temperatura constante de combustão, e, portanto, são isotermas as
curvas correspondentes.

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Veja que a temperatura após a combustão aumenta, e é por isso que a


curva se afasta da origem.

Assim, marcamos como alternativa correta o item A.

8. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Em


determinadas investigações, o uso de aparelhos emissores de ondas
eletromagnéticas torna-se imprescindível. Considere uma sequência de
frentes de ondas planas deslocando-se no ar e incidindo sobre um grande
cubo de vidro maciço formando um ângulo com a face de incidência,
como mostra a figura.

00000000000

Parte dessas ondas é refletida pela face do cubo de vidro e outra parte é
refratada. A figura ilustra as frentes incidentes e as refratadas. Com base
nessas informações, é correto afirmar que, em relação às frentes de
ondas incidentes, as frentes de ondas

(A) refletidas diminuem o comprimento de onda, mantendo a frequência


de vibração e o ângulo de reflexão com a face.

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Comentário:

Item incorreto.

A questão trata do fenômeno da reflexão de ondas.

Nesse fenômeno parte da onda é refletida e parte dela é refratada.

A parte da onda que sofre reflexão volta a se propagar no ar, com o


mesmo comprimento de onda, com a mesma velocidade e com a mesma
frequência.

A frequência é uma característica da onda que só se modifica caso a fonte


geradora das ondas modifique-se. No caso acima a fonte é a mesma,
tanto da onda incidente, como também da fonte refletida, afinal de contas
a onda é a mesma onda eletromagnética.

Assim, a onda refletida volta a se propagar com a mesma velocidade, com


o mesmo comprimento de onda e a mesma frequência.

Logo, o item está incorreto, pois o comprimento de onda se conserva.

(B) refratadas diminuem o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

Comentário:

Item correto.

O comprimento de onda das ondas refratadas pode ser calculado de


acordo com a lei de Snell da refração para as ondas.

Se o meio vai mudar (ar para a água), a velocidade da onda também vai
mudar, já que é uma função característica do meio de propagação.
00000000000

A frequência é uma grandeza que não muda independentemente do


fenômeno que ocorra, pois é uma característica da fonte das ondas.

Assim, podemos dizer que, se a frequência se mantém constante,

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V1 V2
f  e f 
1 2 –
log o,
V1 V2

1 2
Vamos definir agora uma outra grandeza que é o índice de refração de
um meio, essa grandeza traduz a dificuldade que um meio oferece para a
propagação da onda nele.

Por definição podemos dizer que o índice de refração é a razão entre as


velocidades de propagação no vácuo e no meio em questão.

C
n
V
O índice de refração acima é chamado de índice de refração absoluto,
enquanto que o índice relativo é a razão entre dois índices absolutos.
Assim, podemos dizer que:

C
n V V
n1,2  1  1  2
n2 C V1
V2
00000000000

Assim, podemos substituir a relação acima na primeira equação da


refração:

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V1 V2

1 2 –
V1 
 1
V2 2
n2 
 1
n1 2
Todas essas fórmulas são importantes no estudo da refração das ondas,
mas o conceito, que afirma que é um fenômeno no qual uma onda incide
em uma região e depois passa a se propagar em outra é fundamental.

Para finalizar as fórmulas, vamos à Lei de Snell para as ondas:

n2 sen1

n1 sen 2
Logo, como o índice de refração do vidro é maior que o índice de refração
do ar, como as grandezas são inversamente proporcionais, então o seno
do ângulo é menor, o que implica dizer que o ângulo de refração diminui.

Quanto ao comprimento de onda, basta dar uma olhadinha na equação:

n2 1

n1 200000000000

Veja que o comprimento de onda é inversamente proporcional ao índice


de refração do meio de propagação.

(C) refratadas aumentam o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

Comentário:

Item incorreto.

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Esse item ficou fácil de ver que está incorreto, pois as ondas refratadas
diminuem o comprimento de onda, conforme visto no item anterior.

– da
A única parte do item que está correta é o fato de que a frequência
onda permanece constante.

(D) refletidas mantêm a velocidade de propagação e o ângulo de reflexão


com a face, diminuindo a frequência de vibração.

Comentário:

Item incorreto.

A ideia é a mesma, a frequência é constante, independentemente do


fenômeno que ocorre. Portanto, o item está incorreto.

(E) refratadas diminuem a velocidade de propagação e a frequência de


vibração.

Comentário:

Item incorreto.

A velocidade de propagação se comporta de acordo com a seguinte


fórmula:

n1 V2

n2 V1
Logo, a velocidade da onda é inversamente proporcional ao índice de
refração. Assim, a velocidade da onda refratada é menor que a velocidade
da onda no ar, o que implica dizer que na refração houve redução de
00000000000

velocidade.

Até aí o item está correto, no entanto, o item ainda afirma que a


frequência de vibração diminui, o que está em desacordo com aquilo que
vimos nesse comentário, pois a frequência é constante.

9. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Quando


olhamos para um aquário e visualizamos um peixe, raios luminosos
emitidos pelo peixe atingem nossos olhos após sofrerem duas refrações
consecutivas: da água para o vidro e do vidro para o ar. Lembrando que o
índice de refração absoluto de vidro é maior que o da água e o da água
maior que o do ar, a trajetória de um raio de luz refletido pelo peixe P

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que atinge o olho de um observador O, está corretamente representada


em

Resposta: item E.

Comentário:

Essa é mais uma questão que abordou a lei de Snell, no entanto, aqui
00000000000

estamos falando exclusivamente da luz, que é uma onda eletromagnética.

Para resolver essa questão com certeza, basta lembrar a fórmula vista
acima.

n2 sen1

n1 sen 2
Da fórmula acima, podemos afirmar que o seno do ângulo de refração é
inversamente proporcional ao índice de refração do meio.

Assim, podemos resumir da seguinte forma:

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 Passando de um meio mais refringente para um meio menos


refringente o índice de refração diminui, o que implica dizer que o

ângulo de refração é maior que o ângulo de incidência. O exemplo
seria então a luz passando do vidro para o ar afastando-se da reta
normal.

 Passando de um meio menos refringente para um meio mais


refringente, o índice de refração aumenta, o que implica dizer que
o ângulo de refração diminui, portanto o raio de luz aproxima-se da
reta normal.

A conclusão é a seguinte, quando o raio de luz passa da água para o


vidro, o raio aproxima-se da reta normal, ficando mais “em pé”, por outro
lado, passando do vidro para o ar, o raio de luz afasta-se da reta normal.

Portanto, a ideia dessa questão é fazer você relacionar a equação de Snell


para avaliar o desvio do raio de luz.

Acompanhe abaixo uma análise do desvio angular.

Vamos primeiramente isolar o seno do ângulo de refração e após fazer


uma análise matemática dele perante a possibilidades de índices de
refração dos meios.
n1.sen1  n2 .sen 2
n1
sen 2  .sen1
n2
Na figura a, o raio refratado aproxima-se da normal, desviando no sentido
horário, isso ocorre por conta do seno do ângulo 2, que é menor que o
seno do ângulo 1. 00000000000

Isso ocorre quando o raio de luz passa de um meio menos refringente


para um meio mais refringente. Observe a demonstração matemática:

sen 2 n1

sen1 n2
se n1  n2
 2  1

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O mesmo raciocínio vamos adotar na figura b.

Nesse caso o raio de luz vai passar de um meio mais refringente para
um meio menos refringente (exemplo: da água para o ar).

sen 2 n1

sen1 n2
se n1  n2
 2  1
Outra observação importante é quanto à incidência normal, ou seja,
quando o ângulo de incidência vale 0°, nesse caso o raio incidente é
coincidente com a normal.

00000000000

Perceba na figura acima a diferença entre uma incidência inclinada e uma


incidência normal.

No caso da incidência normal, basta colocar o ângulo de incidência igual a


zero, que teremos um ângulo de refração igual a zero também.

10. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Dois


chuveiros elétricos apresentam as seguintes especificações: chuveiro A –
5.600W - 240V; chuveiro B – 2.800W - 120V. Sabendo que seus
resistores ôhmicos e cilíndricos são feitos do mesmo material e têm o

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mesmo comprimento, a razão entre suas áreas de secção transversal,


SA/SB, vale

(A) 2. –
(B) 1.
(C) 4.
(D) 1/4.
(E) 1/2.

Resposta: item E.

Comentário:

Nesse caso temos uma questão de eletricidade, que envolve os


conhecimentos de potência, e de resistência elétrica.

Primeiramente vamos utilizar a fórmula da potência em função da DDP e


da resistência elétrica para encontrarmos o valor da resistência de cada
chuveiro.
U2
Pot 
R
2
U
R
Pot

Calculando as resistências de cada um dos chuveiros:

2402 1202
RA  RB 
5.600 2.800
RA  10,3 RB  5,15
00000000000

Assim, vamos agora encontrar a razão entre as áreas por meio da


aplicação da segunda lei de Ohm, das resistências elétricas.

Lembre de que essa lei aplica-se aos resistores ôhmicos.

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Vamos aplicar a fórmula acima para encontrar a razão entre as áreas das
seções transversais dos fios.

Note que a razão entre as resistências vale RA/RB = 2.

Logo, aplicando a fórmula acima:

 .L
RA S S
2 A  B
RB  .L S A
SB
SA 1

SB 2

Note que as resistividades  dos fios são iguais, pois o material de que
são feitos é o mesmo. Os comprimentos também tem o mesmo valor, por
isso no calculo acima foram cancelados.

11. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Ao


percorrer uma curva horizontal, em forma de quarto de circunferência,
00000000000

com velocidade escalar constante, um veículo sofre, relativamente a um


referencial inercial, uma força resultante centrípeta de

(A) intensidade variável, mas de direção e sentido constantes.


(B) intensidade, direção e sentido constantes.
(C) intensidade constante, apenas.
(D) intensidade, direção e sentido variáveis.
(E) intensidade e direção constantes, mas de sentido variável.

Resposta: item C.

Comentário:

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Estamos falando de uma força centrípeta, ou seja, de uma força de


direção radial, que aponta para o centro de uma trajetória curvilínea, e
possui módulo constante, nesse caso, pois o módulo da velocidade é
constante. –

Veja um pouco mais sobre resultante centrípeta.

A resultante centrípeta está diretamente ligada à aceleração centrípeta.


Você lembra-se de que a aceleração centrípeta é aquela aceleração que
está dirigida na direção radial, e com o sentido para o centro.

Assim, podemos afirmar que a resultante centrípeta será a força


resultante que está de acordo com a aceleração centrípeta.

Não se esqueça de que a resultante centrípeta não é uma força


independente como as outras estudadas no item anterior, na verdade, a
resultante centrípeta é uma resultante das forças que agem no corpo.

As características da resultante centrípeta são as seguintes:

 Direção: Radial (direção do raio).


 Sentido: para o centro.
 Módulo: segunda lei de Newton:

O módulo dessa força será dado por meio da aplicação da segunda lei de
Newton, sabendo que o módulo da aceleração centrípeta você já conhece
das aulas anteriores.

| FRESCTP | m. | a CTP |
| V |2
| FRESCTP | m
00000000000

R
m. | V |2
| FRESCTP |
R
Portanto, a resposta correta é o item C, pois a centrípeta será constante
apenas em módulo, pois em direção e sentido ela será variável, pois a
direção e sentido da força estarão em constante mudança.

12. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Um carro,


que se deslocava em linha reta, teve suas velocidades observadas. O
gráfico a seguir representa, qualitativamente, essas velocidades (v), em
função do tempo (t).

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Analisando o gráfico conclui-se, corretamente, que

(A) a aceleração do carro foi maior no intervalo de tempo t1 – 0 do que no


intervalo seguinte t2 – t1.

(B) o movimento do carro foi progressivo no intervalo de tempo t 1 – t0 e


retrógrado no intervalo seguinte t2 – t1.

(C) o movimento do carro no intervalo de tempo t2 – t1 foi retrógrado e


retardado.

(D) o movimento do carro foi progressivo e acelerado durante ambos os


intervalos de tempo.

(E) o deslocamento do carro foi maior no intervalo de tempo t 1 – 0 do que


no intervalo seguinte t2 – t1.

Resposta: item E.

Comentário:
00000000000

Lembrem-se de que a aceleração será fruto da inclinação da reta do


gráfico de V x t, ou seja, quanto maior a inclinação da reta, maior será o
módulo da aceleração.

Item A: A inclinação da reta é maior no intervalo de tempo t2 – t1.

Item B: O movimento foi progressivo o tempo inteiro, pois movimento


progressivo é aquele em que a velocidade é positiva, e isso ocorreu em
todos os momentos desse movimento representado pelo gráfico, pois em
momento algum o gráfico atingiu a parte de baixo do eixo das
velocidades.

Item C: O movimento não foi retrógrado em momento algum.

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Item D: O movimento foi progressivo sim, porém ele só foi acelerado


enquanto a velocidade aumentava. Veja que isso só ocorreu até o

instante de tempo t1, pois a partir desse momento a velocidade começou
a cair.

Item E: Correta! A distância percorrida, ou, nesse caso, o S será dado


pela área abaixo do gráfico de velocidade contra tempo. Nesse caso, é
simples perceber que a maior área é aquela entre os instantes t1 e t2.

13. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) A figura


ilustra a roda traseira de uma motocicleta.

Considerando-a em movimento e com a coroa girando solidariamente


com a roda, é correto afirmar que, em um mesmo intervalo de tempo e
relativamente ao eixo comum de ambas,
00000000000

(A) a velocidade linear dos pontos periféricos da coroa e da roda, em


relação ao eixo comum de ambas, é a mesma.
(B) a coroa gira com frequência maior do que a roda.
(C) a velocidade angular da coroa é maior do que a da roda.
(D) o deslocamento angular da coroa é igual ao da roda.
(E) o deslocamento linear dos pontos periféricos da coroa é maior do que
o da roda.

Resposta: item D.

Comentário:

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Questão de transmissão de movimentos. Vamos dar uma degustadinha no


material que será dado em nosso curso na aula de cinemática do
movimento circular.

Transmissão por meio de eixo.

Na transmissão por meio de eixo, temos um movimento circular sendo


transmitido por meio de um eixo acoplado aos dois corpos, fixo a
eles.

Esse eixo fará com que uma rotação angular  no primeiro corpo,
acarrete na mesma rotação  no segundo corpo.

Observe as figuras abaixo:

Então, podemos afirmar que:

V
A  B , como  
R
VA VB
 
RA RB 00000000000

Do ponto de vista dos períodos e frequências, podemos dizer que são


idênticas:

fA  fB
TA  TB
Proporcionalmente, quanto maior o raio, maior a sua velocidade linear.

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Esse tipo de transmissão também é utilizado na bicicleta. Ao ser


transmitido para roda, o movimento da catraca traseira acoplada à roda
traseira por meio de um eixo.

Agora ficou fácil perceber que o deslocamento angular, que dá origem à
velocidade angular será idêntico para a coroa e para a roda.

14. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) No


campo de provas de uma montadora de automóveis há uma pista
horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus
veículos, de massa total 1 200 kg, incluindo a do motorista, parte do
repouso e atinge a velocidade de 144 km∕h ao fim de um percurso de 400
m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a
força resultante sobre ele tem intensidade, em newtons, de

(A) 3 600.
(B) 4 800.
(C) 2 400.
(D) 1 800.
(E) 1 200.

Resposta: item C.

Comentário:

Mais uma questão de cinemática e dinâmica, envolvendo a aplicação das


Leis de Newton e da equação de Torricelli. Lembre-se de que a aplicação
dessa fórmula pressupõe a ausência do fator tempo em seus dados. Ou
seja, na maioria das questões em que devemos utilizar a fórmula de
Torricelli precisamos verificar se não foi fornecido o fator tempo.

Vamos inicialmente encontrar a aceleração do corpo mediante a aplicação


da equação de Torricelli:
00000000000

V 2  V0 2  2.a .S
2
 144 
 3, 6   0 2
 2.a .400
 
1.600  800.a
a  2m / s 2

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Veja que diante da aceleração que encontramos, fica fácil encontrar a


força resultante, basta lembrar da 2ª Lei de Newton.

No cálculo acima, utilizamos a velocidade final do veículo em m/s, que– é a


unidade SI de velocidade, mas isso só pode ser feito depois de dividir o
valor dado em km/h (144km/h) por 3,6.

Aplicando a segunda lei:

F  m.a
F  1.200  2
F  2.400 N
15. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Um
cilindro de ferro, de altura considerável, é mantido suspenso por um fio
na posição vertical, totalmente submerso em um tanque cheio de água,
como mostra a figura:

00000000000

Nessas condições, é correto afirmar que

(A) o empuxo atuante sobre o cilindro como um todo depende de sua


massa específica.

(B) a pressão da água sobre o cilindro como um todo é a mesma em


qualquer ponto dele.

(C) o empuxo atuante sobre a base inferior do cilindro é maior do que


sobre sua base superior.

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(D) a pressão da água sobre o cilindro como um todo depende da massa


específica dele.

(E) a pressão da água sobre a base inferior do cilindro é maior do –que


sobre sua base superior.

Resposta: item E.

Comentário:

Mais uma questão de mecânica, agora envolvendo os conceitos ligados à


Hidrostática, ou seja, força de empuxo, descoberta por Arquimedes.

Vamos comentar item por item, mas antes vamos ver alguns conceitos
ligados ao empuxo de Arquimedes:

Princípio de Arquimedes

Chegamos ao último princípio de nossa aula de hoje, trata-se do princípio


de Arquimedes, ou do chamado empuxo de Arquimedes.
00000000000

Esse princípio dá a base para o estudo de uma força que todos os líquidos
exercem em corpos que possuem porções dentro do líquido.

O empuxo de Arquimedes é o resultado de todas as forças que um líquido


exerce em um corpo.

“Quando um corpo é imerso total ou parcialmente em um fluido


em equilíbrio soba ação da gravidade, ele recebe do fluido uma
força chamada empuxo. Essa força tem intensidade igual ao peso
do líquido deslocado pelo corpo.”

A demonstração será feita a partir da figura abaixo, na qual um corpo


está imerso dentro de um líquido homogêneo de massa específica L.

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Vamos calcular a resultante das forças que agem sobre o corpo, a essa
resultante daremos o nome de empuxo.

A resultante será dada por:

| E || F2 |  | F1 |
| E | P2 . A  P1. A
| E | A.( P2  P1 )
| E | A. L .g .h
00000000000

| E |  L .g .VolFD
Onde:

 L é a massa específica do líquido


 VolFD é o volume de fluido deslocado pelo corpo (volume imerso no
líquido)

Note que o produto dado por L.VolFD é o peso de líquido deslocado pelo
corpo imerso totalmente no líquido.

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Entendida a fórmula do empuxo, vamos entender as condições de


flutuabilidade de um corpo.

Um corpo flutua sobre em um líquido quando o empuxo é maior que– o


próprio peso do corpo. Veja na figura abaixo um corpo imerso em um
líquido e as forças empuxo e peso representadas.

Para que o corpo flutue, é necessário que o empuxo seja maior que o
peso, assim:

| E || P |
 L .g.VolExeteriorcorpo  m.g
 L . g.VolExeterior
corpo
 corpo . VolExeteriorcorpo .g
corpo   L

Ou seja, basta que a massa específica do corpo seja menor que a massa
específica do líquido.

Professor, e por que é que um


navio de ferro, cuja massa
00000000000

específica é maior que a da


água consegue flutuar?

Prezado Aderbal,

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No caso do navio o motivo da flutuação é por conta dos espaços vazio que
ele contém, ou seja, como o navio possui muitos espaços em branco, ou
seja, ocos, então a densidade dele acaba sendo menor que a da água, se
considerarmos todo o seu volume, ele acaba sendo mais pesado que – a
água.

O que você deve ter em mente é que se um corpo é mais pesado que o
correspondente corpo feito de água, então ele vai afundar em água, caso
contrário, ele flutua.

Professor e por que um corpo


que flutua sempre fica com uma
parte fora da água?

O motivo é simples Aderbal. Se o empuxo é maior que o peso, então o


corpo vai acabar emergindo, ou seja, saindo para a superfície, a fim de
que fique dentro do líquido apenas a parte necessária a um empuxo que
possa equilibrar o peso do corpo.

Agora vamos comentar item por item, depois dessa revisão teórica você
terá plenas condições de encontrar a resposta.

Item A: Incorreto, pois o empuxo não depende da massa específica do


cilindro, mas apenas do volume de líquido deslocado, da massa específica
do líquido e da gravidade.

Item B: Incorreto, pois a pressão será maior para pontos mais inferiores,
00000000000

mais abaixo no líquido.

Item C: Incorreto, pois basta lembrar que o empuxo é a resultante das


forças que atua no corpo que está imerso no líquido e não há variação do
empuxo, pois se trata de uma força resultante e não de uma força
dividida, que pode ser analisada na parte de cima ou de baixo do cilindro.

Item D: Incorreto, pois a pressão da água depende, na verdade, é da


densidade da água e não da densidade do cilindro.

Item E: Correto, pois a pressão na parte de baixo é maior, pois quando


mais profundo é o ponto no líquido mais coluna de água existe, e isso
leva a pressão a ser aumentada.

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16. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) No


interior de São Paulo ocorre uma tragédia familiar. Um garoto de 26 kg de
massa cai em queda livre do 14.º andar de um prédio, projetando-se no
solo de uma altura de 42 m. No impacto com o solo, toda a energia –
cinética é convertida em energia térmica para aquecimento do corpo do
garoto em 2oC. A aceleração da gravidade local tem o valor 10 m∕s2 e o
equivalente mecânico do calor é de 4,2 J/cal. A capacidade térmica do
corpo do garoto, em cal/oC, deve ser de

(A) 1,3•103
(B) 6,5•102
(C) 1,3•102
(D) 1,3•104
(E) 6,5•10

Resposta: item A.

Comentário:

Vamos trabalhar com a conservação de energia mecânica em energia


térmica. A questão afirma que toda a energia cinética (velocidade) é
transformada em energia térmica, logo, podemos utilizar a seguinte
equação:

E pot  EC  Q
m.g .h  EC  C.
m.g .h 26 10  42
C  J / C
 2
5.460 J / C
C
00000000000

4, 2 J / cal
C  1.300cal / C

17. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Ao


investigar determinado crime, um perito precisava determinar o
comportamento do som proveniente do estampido de uma arma usada
nesse crime. Para tanto, o perito raciocinou corretamente que, ao
atravessar uma janela de vidro, em relação ao seu comportamento no ar,
as ondas sonoras

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(A) mantiveram seu comprimento de onda constante.


(B) tiveram sua velocidade de propagação alterada.
(C) tiveram sua frequência de vibração alterada.
(D) mantiveram sua energia mecânica constante. –
(E) mantiveram sua quantidade de movimento constante.

Resposta: item B.

Comentário:

A prova da PCSP elaborada pela VUNESP é tão previsível, que essa


questão se parece muito com a questão de ondulatória abordada no
concurso anterior.

Trata do tema refração do som, pois a onda sonora vai passar de um


meio material para outro meio material de propagação.

No vidro o som terá maior velocidade, pois nos sólidos a velocidade do


som é sempre maior. Porém manterá sua frequência de propagação. Isso
leva a um aumento do comprimento de onda da onda sonora.

Item A: Incorreto, pois o comprimento de onda altera-se tendo em vista


que a velocidade se altera.

Item B: Correto. A velocidade muda, pois muda o meio de propagação da


onda sonora.

Item C: Incorreto. A frequência só depende da fonte, por isso não


podemos afirmar que ela mudou.

Item D: Incorreto. Quando a velocidade muda, a energia muda.

Item E: Incorreto. A quantidade de movimento muda, pois a velocidade


sofre alterações.
00000000000

18. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) No intuito


de observar o comportamento de certa massa de gás ideal, confinada em
um frasco cilíndrico dotado de uma base móvel, um investigador diminui
isotermicamente seu volume. O gráfico qualitativo da pressão (p) que
esse gás exerce sobre as paredes do recipiente, em função do volume (V)
por ele ocupado está melhor representado em

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Resposta: item C.

Comentário: 00000000000

Na transformação isotérmica o gráfico é uma hipérbole, uma vez que o


produto P x V é constante.

Como se trata de uma compressão isotérmica, devemos procurar um


gráfico de uma hipérbole em que o volume do gás diminua.

Assim, o único gráfico possível é o do item C.

Veja um comentário teórico sobre a transformação isotérmica:

Lei de Boyle-Mariotte

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“À temperatura constante, uma determinada massa de gás


ocupa um volume inversamente proporcional à pressão exercida
sobre ele”. –

Esta transformação gasosa, onde a temperatura é mantida constante, é


chamada de transformação isotérmica.

Experiência da Lei de Boyle-Mariotte

A lei de Boyle-Mariotte pode ser representada por um gráfico pressão


volume. Neste gráfico, as abscissas representam a pressão de um gás, e
as ordenadas, o volume ocupado.

00000000000

A curva obtida é uma hipérbole, cuja equação representativa é PV =


constante. Portanto, podemos representar:

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19. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) A lupa é


um útil instrumento de investigação criminal. Considere um raio luminoso
monocromático que atravessa uma lupa de espessura máxima e, imersa
no ar, seguindo o eixo principal da lupa, como mostra a figura: –

O gráfico que melhor representa a velocidade (v) de propagação desse


raio, em função de seu deslocamento (d), é

00000000000

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Resposta: item E.

Comentário:

A velocidade da luz é menor no vidro do que no ar, pois o vidro é mais
refringente que o ar, no entanto é constante o tempo inteiro, em cada
meio de propagação. Logo, a velocidade de propagação sendo maior no ar
que no vidro e em ambos constante, vamos marcar o item E.

20. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2014) Duas


lâmpadas idênticas, de especificações 15 W – 220 V cada, são ligadas em
paralelo a uma rede elétrica alimentada por uma fonte de tensão de 220
V. A intensidade da corrente elétrica através de cada lâmpada será, em
ampéres, mais próxima de

(A) 0,05.
(B) 0,07.
(C) 0,03.
(D) 0,10.
(E) 0,14.

Resposta: item B.

Comentário:

Mais uma questão muito comum na prova da VUNESP. Potência elétrica


de aparelhos do dia a dia das pessoas.

Você deve ficar ligado no que foi fornecido.

Foram dados a potência e a voltagem que permite àquela lâmpada


dissipar aquela potência.

Vamos utilizar uma das fórmulas da potência e encontrar a corrente


00000000000

elétrica que a circula.

P  iu
15  i.220
i  15 / 220
i  0, 0682 A

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Chegamos ao final na nossa aula zero, se você gostou no nível da


aula, da abordagem, dos comentários, adquira o curso e inicie sua
preparação nessa matéria o quanto antes.

Saiba que o padrão do curso inteiro será esse, todas as questões
da banca VUNESP dos últimos concursos, comentadas de forma
aprofundada, porém objetiva e didática, com teoria
completíssima, para que vocês possam ter uma preparação
completa.

Vejo você no nosso fórum de dúvidas.

10. Gabarito

01. E 02.C 03.B 04.E 05.D


06.C 07.A 08.B 09.E 10.E
11. C 12. E 13. D 14. C 15. E
16. A 17. B 18. C 19. E 20. B

“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não


ter lutado!”

Rui Barbosa.

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Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

AULA 01: Sistema Internacional de Unidades, grandezas físicas


escalares e vetoriais, medições das grandezas físicas e
algarismos significativos. –

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação da aula 1
2. Estudo dos vetores 2
2.1. Representação 2
2.2 Soma Vetorial 3
2.3 Decomposição Vetorial 6
2.4 Multiplicação de um vetor por um número 10
2.5 Diferença de vetores 11
2.6 Diferença entre grandezas escalares e vetoriais 13
3. Grandezas Físicas 14
4. Análise Dimensional 19
5. Sistema Internacional de Unidades 21
6. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 28
7. QUESTÕES COMENTADAS 39
8. Gabarito 71

07856207612

1. Apresentação da aula

Olá você que adquiriu o nosso curso e investiu na sua preparação,


pensando na sua aprovação.

Nessa aula vamos resolver questões sobre os seguintes temas constantes


no conteúdo programático de mecânica do edital 2013 para Perito
Criminal da PCSP.

1. Sistema Internacional de Unidades, grandezas físicas escalares e


vetoriais, medições das grandezas físicas e algarismos significativos.

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Além da teoria completa, você também será apresentado às questões


separadas por assunto, pois o edital não foi nada agradável, no que diz
respeito à divisão dos assuntos de física. A matéria foi altamente
generalizada, retirando a especificidade do edital. –

Porém, você investiu em um curso altamente voltado para a sua


aprovação, portanto, vai poder fazer uso de todas as ferramentas que
foram pensadas para você.

2. Estudo dos vetores

Vetores são entes geométricos. Na verdade, os vetores são objetos de


estudo da matemática e não da Física. O seu conceito mais geral você já
deve ter ouvido falar certa vez por algum professor seu na escola:

“Vetor é um segmento de reta orientado”


O que você acha que isso tem haver com a Física?

Nada, esse conceito é puramente matemático. Precisamos de um conceito


que tenha aplicação na Física.

Os vetores, na Física, servem para representar e dar vida às grandezas


vetoriais, que, em breve, vamos começar a estudar.

Então um melhor conceito seria:

“Vetor é um ente geométrico que é utilizado para representar


grandezas vetoriais”

2.1. Representação

Origem a 07856207612

B
Reta
suporte
A V Extremidade

As características do vetor são as dadas abaixo, ou seja, a direção o


módulo e o sentido:

 A reta suporte dá a direção do vetor


 A medida do seguimento AB dá o módulo
 O sentido será indicado pela extremidade da seta representativa

Obs.: Dois vetores só são iguais se e somente se forem iguais em


módulo, direção e sentido.

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2.2 Soma Vetorial

Assim como aprendemos a operar com números, podemos também


operar com vetores. –

A soma de vetores também é chamada de resultante de vetores e é


largamente utilizada no estudo da dinâmica e da estática, que são
assuntos a serem estudados em nosso curso.

Existem duas regras para determinar a resultante de vetores:

a) Regra do Paralelogramo (para dois vetores)

A regra que será vista nesse ponto da aula é utilizada quando queremos
determinar a resultante de dois vetores. No que se refere à resultante de
mais de dois vetores, veremos no item adiante como fazê-lo.

Quando você tiver de determinar a resultante de vetores, siga os passos


abaixo para a obtenção do vetor soma (resultante):

1. Una (junte) os dois vetores origem com origem

2. Construa um paralelogramo com as retas paralelas aos vetores

3. Una a origem comum ao ponto de encontro das retas traçadas para


originar o paralelogramo.

R=A+B
A

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O método do paralelogramo é muito eficiente quando desejamos obter a


resultante entre DOIS vetores

Professor, e se forem
mais de dois vetores?

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Prezado Aderbal, no item abaixo você irá aprender, a calcular a resultante


quando temos mais de dois vetores.

b) Regra do Polígono –

No caso da resultante de mais de dois vetores, siga os passos abaixo para


determinar a resultante:

A
B
C

 Una a origem de um vetor à extremidade do outro sucessivamente.


 A resultante estará na junção entre a origem do 1º vetor e a
extremidade do último

A C

R=A+B+C

OBS. 1: Esse método para o cálculo da soma vetorial é bastante utilizado


quando se tem vários vetores dispostos no espaço.
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OBS. 2: caso a extremidade do último vetor coincida com a origem do


primeiro temos o caso do polígono fechado, então a soma é igual ao vetor
nulo.

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B

A C
R=0

Professor, já aprendemos a fazer o


“desenho” do vetor soma, mas se eu quiser
saber qual o módulo, ou o valor desse
vetor? Como eu faço?

Aderbal, no item abaixo vamos aprender a calcular o módulo do vetor


soma, fique ligado!

c) Cálculo da resultante

A resultante dos vetores será calculada por meio da aplicação da regra do


paralelogramo, para dois vetores.

Vamos aplicar a lei dos cossenos da matemática:

a = 180 - q 07856207612

B
R=A+B
A
a
q

Aplicando a lei dos cos senos :


R 2 = A2  B 2 - 2AB cos 180 - q 

R = A2  B 2  2AB cos q 

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Temos alguns casos particulares, para os quais a fórmula acima fica


bastante reduzida e mais agradável matematicamente, vejamos:

1º caso: A e B na mesma direção e no mesmo sentido:

Nesse caso, o ângulo q é igual a 0°, então temos R = A + B, ou seja, o


módulo da resultante é a soma dos módulos dos vetores.

2º caso: A e B na mesma direção, mas em sentidos opostos:

B
Nesse caso o ângulo q é igual a 180°, então temos: R =| A - B |, ou seja,
o módulo da soma é o módulo da diferença dos módulos dos vetores.

3º caso: A e B perpendiculares:

B R
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2 2
Nesse caso q = 90° o que implica em R = A  B , ou seja, estamos
diante de um resultado bem conhecido da matemática, o Teorema de
Pitágoras dos triângulos retângulos.

2.3 Decomposição Vetorial

A decomposição de vetores é muito útil no estudo da dinâmica e da


estática, principalmente para esta última, mas vamos aprender a

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decompor vetores logo no início do nosso curso, pois utilizaremos essa


ideia muitas vezes em nossas aulas. Entenda que essa aula é uma base
para todo o estudo que será feito nesse curso regular, ou seja, é de
fundamental importância para o seu sucesso. –

Decompor qualquer coisa é trocar essa coisa por outras mais


convenientes.

Veja abaixo o procedimento que vamos adotar para calcular essas tais
componentes.

Na figura abaixo, as componentes Fx e Fy se somam para resultar na força


F, ou seja, podemos trocar a força F pelas suas componentes, que
estaremos diante da mesma situação física.

Fy F
q

Fx x

Fy
sen  =  Fy = Fsen 
F
F
cos  = x  Fx = F cos 
F

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Professor, eu não entendi por que


decompor, se quando decompomos
damos origem a dois vetores. Se um
vetor já é ruim, imagina dois!

Querido Aderbal, você tem razão, um problema é bem melhor que dois
problemas para resolver, mas a decomposição é conveniente para
trabalhar com vetores em direções mais adequadas ao problema.

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A decomposição é uma ferramenta poderosa para a resolução de


questões que envolvem grandezas vetoriais, será muito comum no nosso
curso.

Veja abaixo um exemplo bem comum nas questões de dinâmica que é o
plano inclinado:

Note que é bem melhor trabalharmos com o movimento do corpo na


direção do plano e na direção perpendicular ao plano, pois o movimento
do bloco se dá na direção paralela ao plano. Seria uma tarefa nada
agradável trabalhar sem decompor os vetores, na direção horizontal e
vertical.

No entanto, para trabalhar nos eixos x e y da figura acima, precisamos


decompor a força peso para essas direções. Um estudo aprofundado do
plano inclinado será feito na aula de dinâmica deste curso.

Exemplo 1: A intensidade da resultante entre duas forças concorrentes,


07856207612

perpendiculares entre si, é de 75 N. Sendo a intensidade de uma das


forças igual a 60 N, pode-se afirmar que o outro vetor tem módulo igual a
45N.

Comentário: Item correto!

No item acima, foi dito que os dois vetores são perpendiculares, o que
nos leva à seguinte figura:

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75N X 2  602 = 752


X –
X 2 = 752 - 602
X = 45 N
60N

Portanto, o item está correto.

Exemplo 2: na representação vetorial abaixo, a expressão correta é: +


+ = .

Comentário: o item está incorreto!

Não se confunda achando que pelo fato de a figura formar um polígono


fechado, a resultante será nula, pois o polígono fechado da figura acima
não está de acordo com o que foi dito na parte teórica acima.

Veja que o vetor não está “casado” extremidade com origem. Na


verdade a extremidade dele está unida junto com a extremidade de , o
que foge à regra do polígono fechado com resultante nula.

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Professor, e como a disposição desses


vetores daria uma soma nula?

Boa pergunta Aderbal, a figura deveria estar assim:

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Dessa forma a extremidade de um vetor está diretamente ligada à origem


do outro, originando assim a seguinte relação vetorial:

+ + = . –

A relação correta para a figura que foi fornecida na questão seria:

+ - = .

Note que o sinal negativo na frente do vetor denota o sentido


contrário em relação à regra do polígono original, pois é apenas o
sentido dele que “estraga” a resultante nula conforme visto
anteriormente, ou seja, formando o polígono fechado perfeito
(extremidade com origem).

2.4 Multiplicação de um vetor por um número

A multiplicação de um vetor por um número é algo bem simples e direto,


devemos apenas aprender uma regrinha prática para que todo
entendimento esteja compactado em um raciocínio.

A primeira coisa que você deve saber é que a multiplicação de um vetor


por um número nunca modifica a direção do vetor, as únicas
características que podem sofrer modificação são o módulo e o sentido.

Vamos analisar um de cada vez:

a) Módulo:

Para que haja aumento do módulo, basta que tenhamos a multiplicação


do vetor por um número maior que um.
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a b = 2 a

a = 6u b = 12u

Note que o vetor foi multiplicado pelo número 2, o que aumentou o


módulo dele duas vezes.

Por outro lado, para que o módulo do vetor sofra uma redução, você
deve multiplicar por um número entre 0 e 1.

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1
a b = a
2

a = 6u b = 3u

O sentido do vetor será modificado quando multiplicarmos por um


número negativo; quando multiplicarmos por um número positivo o
sentido se mantém, como visto nos exemplos acima.

a b = -2  a

a = 6u b = 12u

Note que o módulo continua aumentando, no entanto, o sentido sofre


uma mudança.

Multiplicando por um número negativo entre 0 e -1, teríamos a ideia


abaixo:

1
a b = - a
2

a = 6u b = 3u

O vetor continua diminuindo o módulo, no entanto, o sentido sofreu


modificação.

Resumindo a ideia teríamos o quadro abaixo:

 se k  1 ou k  -1  b  a

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b = k.a 
 se 0  k  1 ou - 1  k  0  b  a

 se k  0  b e a mesmo sentido
b = k.a 
 se k  0  b e a sentidos opostos
2.5 Diferença de vetores

Bom pessoal, aqui a ideia é subtrair um vetor de outro. No entanto,


vamos continuar utilizando a ideia de soma.

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Mas antes vamos conhecer o vetor oposto, que nada m ais é do que um
vetor que é igual a um vetor multiplicado por -1.

O vetor oposto tem o mesmo módulo, a mesma direção, porém sentido
oposto ao do vetor original.

 sentidos opostos
b = -1.a  b e a 
mesmo módulo
Pronto, agora que você conhece o vetor oposto ou simétrico, vamos
aprender a subtrair um vetor de outro.

Na figura abaixo note os vetores e e vamos proceder à diferença - .

A ideia é bem simples, vamos proceder à soma de + (- ), pois somar


nós já sabemos, vamos apenas somar um vetor com o simétrico ou
oposto do outro.

a -b
a a -b a

-b
b
O vetor - será o representado na figura acima.
O módulo dele é de fácil memorização.

Veja, no vetor soma ou resultante, a fórmula é a abaixo:


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R= A2  B 2  2 AB cos q 

Onde q é o ângulo entre os vetores, quando colocados origem com


origem, conforme já visto anteriormente.

O vetor diferença terá módulo igual a:

A-B = A2  B 2 - 2 AB cos q 

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Ou seja, quando temos uma soma o sinal do meio é (+), quando temos
uma diferença o sinal é negativo (-).

2.6 Diferença entre grandezas escalares e vetoriais –

Para concluirmos esse breve estudo dos vetores, falta comentar a


diferença crucial entre as grandezas escalares e vetoriais, vez por outra
cai em prova de concurso uma questão dessa forma, pedindo para marcar
o item correspondente às grandezas vetoriais ou escalares, a depender do
enunciado.

Então vejamos a diferença:

Imagine a situação em que você pergunta para uma pessoa qual a massa
dela.

Você: - “Qual a sua massa, Joãozinho?”.

Joãozinho: - “a minha massa é de 72 kg”.


Opa, você já ficou satisfeito com a resposta do seu amigo, pois a
grandeza massa já está bem definida com essas duas características que
são o módulo e a unidade de medida.

No entanto, se você perguntasse ao Joãozinho o seguinte:

Você: “Joãozinho, se eu me deslocar 10m, você seria capaz de saber onde


eu estaria depois desse deslocamento”?

Joãozinho: “não, eu precisaria saber também em qual direção e sentido


você fará esse deslocamento”.

Perceberam a diferença entre o deslocamento e a massa?

O deslocamento precisa de direção e sentido para ficar bem definido, ou


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seja, para definirmos a grandeza deslocamento, precisamos de módulo,


unidade, direção e sentido.

Se eu disser que irei me deslocar 10m, na direção leste-oeste, com o


sentido para o leste, você seria capaz de me localizar depois do meu
movimento, uma vez que a grandeza deslocamento estaria bem definida
com todas as suas características.

Assim, resumindo a história:

Grandeza Escalar:

 Módulo

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 Unidade

Exemplos: Massa, tempo, densidade, energia, trabalho.



Grandeza Vetorial:

 Módulo
 Unidade
 Direção
 Sentido

Exemplos: Deslocamento vetorial, força, impulso, quantidade de


movimento, campo elétrico, campo magnético.

3. Grandezas Físicas

Acabamos de aprender como representar grandezas físicas vetoriais e


como as diferenciar das escalares. Vamos agora aprender algumas regras
básicas de como escrever o valor de uma medida de uma grandeza física,
vamos também aprender o sistema de unidades internacional, e também
como expressar uma medida com os algarismos significativos de forma
correta.

a) Notação científica

A notação científica é uma forma de representar uma grandeza física, na


verdade, se trata de uma regra bem simples que envolve potencias de
dez e um numero entre 1 e 10. Vamos ver como se processa essa
regrinha.

Algumas grandezas costumam ter valores muito grandes, como, por


exemplo, a massa da terra (6,0 . 1024 kg), enquanto que outras
aparecem com valores muito pequenos como por exemplo a carga do
elétron (1,6 . 10-19C). Esses valores são expressos sempre em uma forma
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mais agradável de escrever e de ler, que é a notação científica e pode ser


entendida a partir do quadro abaixo:

 N = x.10 y

onde, 1  x  10 e y  
Exemplo: A distância entre o Sol e Plutão é d = 5.900.000.000 km. Em
notação científica, basta que coloquemos a virgula entre o algarismo 5 e o
algarismo 9 de tal forma que o número “X” da tabela acima seja 5,9,
assim teríamos deslocado a vírgula 9 casas decimais à esquerda, quando

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a virgula é deslocada para a esquerda, devemos colocar um expoente


positivo de acordo com a quantidade de casas decimais deslocadas, assim

d = 5,9 . 109 km. –

Exemplo: A carga do elétron é igual a 0,00000000000000000016 C ,


para escrever essa constante de maneira mais agradável, usamos a
notação científica, assim deslocamos a vírgula 19 vezes para a direita de
forma a deixar o número “X” igual a 1,6; assim teremos esse valor
expresso em notação científica da seguinte forma:

Q = 1,6 . 10-19C.

Veja que a notação científica é uma forma mais agradável de trabalhar


com medidas de grandezas físicas, pois para que tenhamos cálculos mais
simples é imprescindível trabalharmos com potencias de 10.

b) Ordem de Grandeza

A ordem de grandeza também é uma forma de expressar uma medida.


Conceitualmente podemos definir a ordem de grandeza de uma medida
como sendo a potencia de 10 que mais se aproximada da medida em
questão.

Professor, então é só colocar a medida em


notação científica, pois vai aparecer uma
potencia de dez que deve ser a potência de
10 mais próxima da medida.

É quase isso Aderbal.


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Você tem que tomar cuidado, pois a potência de 10 que mais se aproxima
do valor da medida pode não ser a potencia de 10 que acompanha a
medida em NC (notação científica).

Para obter a ordem de grandeza de uma medida siga os passos abaixo


que você sempre vai se dar bem, inclusive na hora da prova.

1º passo : Escrever o número em notaçã o científica : N = X . 10 y y  



2º passo : Verifique se o número X é maior que 10  3,16
 y 1
3º passo : Se X  10, entã o O.G = 10 , se X  10, entã o O.G = 10
y

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Exemplo: Uma massa m = 0,000045 kg.

Note que ao transformarmos o valor de m para notação científica obtemos


o seguinte: –

m = 4,5.10-5 kg, então como 4,5 > 3,16 a ordem de grandeza será 10 -5+1
= 10-4 kg.

Exemplo: Uma distância de 120.000 km

Note que quando transformarmos para N.C. obteremos o valor: 1,2 . 10 5


km, e como 1,2 < 3,6; então a ordem de grandeza será 10 5km.

Existem diversos problemas envolvendo o conceito acima, e basta que


você siga as instruções acima que você nunca vai errar.

c) Algarismos Significativos

Algarismos significativos de uma medida física são aqueles algarismos


que possuem significado físico de acordo com o instrumento e os aparatos
de que se dispõe para realizar a medida.

Imagine a régua abaixo na qual se deseja medir o tamanho da barra azul.

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Podemos afirmar com toda a certeza duas coisas:

1. O valor é maior que 14 e menor que 15, então deve ser 14,...
– a
2. O valor é maior 14,3 e menor que 14,4; então podemos dizer que
medida pode ser escrita da seguinte forma:

L = 14,35
Note que os algarismos 1, 4 e 3 são algarismos CERTOS, da existência
deles eu tenho certeza, de acordo com o aparelho que eu utilizei para
realizar a medida. O algarismo 5 é o que chamamos de duvidoso e ele
também é significativo, pois tem significado, não é porque ele é
aproximado que ele perde o significado.

Podemos dizer então que o número de algarismos significativos de uma


medida será igual ao número de algarismos certos mais um duvidoso,
apenas um.

Não podemos colocar mais de uma algarismo duvidoso, tendo em vista


que esse primeiro já é uma dúvida, então não podemos colocar mais uma
dúvida em cima daquilo que já é dúvida.

Veja nos exemplos abaixo a contagem dos algarismos significativos de


cada uma dessa medidas:

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Note que quanto maior o número de alg. signif., maior é a precisão do


instrumento de medida. Assim, um instrumento de alta precisão deve
fornecer uma medida com vários alg. signif.

c.1) Operações com Significativos

As operações matemáticas de soma, subtração, multiplicação e divisão


devem ser efetuadas de acordo com algumas regrinhas que serão vistas

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adiante, de modo que o resultado sempre deve aparecer com um número


de algarismos significativos coerente, nunca se aumentando a precisão
por conta da operação matemática efetuada. Vejamos as regras.

I. Adição ou Subtração

Nessa operação, a regra é que o resultado deve sempre conter um


número de casas decimais (após a vírgula) mínimo, ou seja, o número de
casa decimais do resultado deve ser o mesmo número de casas decimais
da medida que possui o menor número de casas decimais.

Complicado de entender, vamos a um exemplo prático:

27,48 cm + 2,5 cm
A medida 2,5 possui o menor número de casas decimais (uma), portanto
o resultado deve conter apenas uma casa decimal.

Assim, efetuando-se a soma normalmente: 29,98cm.

Como o resultado deve conter apenas uma casa decimal, devemos


descartar o “8”, mas devemos fazê-lo somando-se um ao primeiro
algarismo “9”, assim:

30,0cm.
Essa seria a resposta.

Vamos a mais alguns exemplos:

2,041s + 0,0498s + 98,00s = ?

Devemos ter o resultado apenas com duas casas decimais, uma vez que
esse é o menor número de casas decimais nas medidas envolvidas na
soma.
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Somando: 100,0908s.

Devemos agora descartar a parte “08”, pois ela não influencia no


resultado, que deve conter apenas duas casas após a vírgula.

II. Multiplicação ou divisão

Nesse caso, devemos tomar cuidado pois a regra é parecida, mas


diferente.

Aqui vamos determinar o resultado com uma quantidade de algarismos


significativos igual ao da medida mais pobre em algarismos significativos.

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Assim, devemos procurar o algarismo mais pobre, é ele que vai mandar
(rsrsrs).

Observe os exemplos abaixo que envolvem as duas regras: –

1) 1,58 × 0,03 = 0,05

2) 1,58 × 0,030 = 0,047

3) 1,58 × 0,0300 = 0,0474

4) 1,4 + 2,53 = 3,9

5) 2,34 × 102 + 4,93 = 2,39 × 102

6) 2,34 × 103 + 4,93 = 2,34 × 103

Nas questões de concursos você não precisa se preocupar em utilizar


essas regras indiscriminadamente, utilize apenas se o enunciado prever a
utilização de algarismos significativos, nessas questões o conhecimento
cobrado será mais o das regras vistas.

4. Análise Dimensional

Analisar a dimensão de uma grandeza física é escrever ela em função das


grandezas fundamentais, que são as grandezas que você vê no quadro
abaixo.

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As principais grandezas, as chamadas grandezas fundamentais serão o


comprimento, o tempo a massa a temperatura e a corrente

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elétrica, elas aparecerão bastante em nossas questões, vamos ver quais


os símbolos utilizados para expressar cada grandeza dessas.

 Comprimento: L –
 Tempo: T
 Massa M
 Temperatura: q
 Corrente elétrica: I

As outras grandezas físicas como velocidade, força, energia, impulso,


calor, fluxo de calor, calor específico, coeficiente de dilatação térmica,
carga elétrica, potencia elétrica, campo elétrico, campo magnético,...

Bom você viu que são inúmeras as grandezas físicas chamadas de


derivadas.

Todas essas grandezas podem ser deduzidas através das grandezas


fundamentais. Vamos ver alguns exemplos:

Exemplo: velocidade.

S L
V= = = LT -1
t T
Dizemos que a grandeza velocidade tem dimensão de comprimento por
tempo, ou simplesmente LT-1.

Exemplo: Energia

M .V 2
= M .  LT -1  = ML2T -2
2
E=
2
Exemplo: Calor Específico

Q = m.c.q
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ML2T -2 = M . c  .q
 c  = L2T -2
Exemplo: Resistência Elétrica

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Pot = R.i 2
E
= R.i 2 –
t
E
 R = 2
t.i
ML2T -2
 R =
T .I 2
 R = ML2T -3 I -2
Veja que você precisará saber alguma fórmula da Física que envolva a
grandeza derivada em questão. Isso você vai ter que lembrar ou então
pesquisar e saber pelo menos UMA fórmula que envolva a grandeza.

Podemos ainda derivar a unidade em função das unidades do sistema


internacional, de acordo com as unidades da grandeza em questão.

Por exemplo, a velocidade foi dada em função das grandezas


fundamentais da seguinte forma:

LT-1 = m.s-1

Ou seja, podemos sempre encontrar a unidade de medida da grandeza


envolvida no calculo, bastando para isso lembrar do quadro que foi dado
anteriormente e da dimensão da grandeza.

A análise dimensional para concursos, abordada em nosso curso regular


será essa. Lembro que existem outros aprofundamentos nessa matéria,
no entanto, acredito que o que vimos acima com a prática dos exercícios
é suficiente para um ótimo desempenho em concursos.
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5. Sistema Internacional de Unidades

O sistema internacional de unidades é um sistema adotado para as


unidades de medida das grandezas físicas, ele foi concebido de modo a
padronizar as unidades de cada grandeza fundamental. Hoje sabemos que
cada unidade tem um significado, veja o quadro abaixo onde consta cada
uma das unidades fundamentais, seu símbolo e nome.

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Entenda que toda vez que você utilizar as unidades acima o resultado
será uma unidade do SI, no caso uma unidade derivada, uma vez que
todas as demais grandezas são grandezas derivadas das fundamentais.

As grandezas derivadas podem ser observadas nas tabelas abaixo.

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Outras grandezas podem ainda ser derivadas, dentre elas algumas


possuem nomes especiais, em geral dados em homenagem ao cientista
ou estudioso que contribuiu para o desenvolvimento daquele assunto.

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Dentre eles podemos citar o N (newton) Pa (pascal), J(joule), Hz


(hertz),...


Por exemplo, se você tiver uma massa de 5,0kg, com uma aceleração
2
constante de 2m/s , caso você utilize a segunda lei de Newton (F R =
m.a), você vai obter uma valor de 10kg.m/s, no entanto, o kg.m/s é
equivalente ao N (newton) que é uma homenagem ao físico inglês Isaac
Newton.

Ou seja, partindo das unidades fundamentais, podemos chegar às


unidades derivadas e algumas delas possuem nomes especiais, de
cientistas famosos.

Você pode ficar despreocupado, pois não precisará decorar todas as


tabelas aqui mostradas, basta entender as principais grandezas, que vão
aparecer durante todo o nosso curso.

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Existem ainda outras grandezas que são derivadas com nomes que
compreendem unidades derivadas e nomes especiais.

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Existem ainda unidades fora do SI, nas tabelas abaixo você pode observar
algumas delas e suas principais transformações.

As unidades fora do SI são chamadas de unidades usuais, ou seja, são


muito comuns no dia a dia. Observe já pensou se tivéssemos que dizer
sempre que um jogo de futebol dura aproximadamente 5.400s, apenas
para não dizer o tempo fora da unidade SI. É muito mais usual e comum
dizer que ele dura 90min.

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Existem outros sistemas que não são considerados internacionais. Entre


eles temos o CGS.
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A transformação das unidades será feita de modo a utilizarmos as


potências de dez correspondentes a cada prefixo. Veja a tabela abaixo em
que são mostrados vários prefixos e as respectivas potências de dez.
Vamos, portanto, aprender a trabalhar com potências de dez através– das
tabelas de prefixos abaixo. Você verá que vale muito mais a pena do que
ficar decorando aquelas tabelinhas de km, Hm, Dm, m, dm, cm, mm,...
Esqueça isso, pois estamos preparando você para passar.

TABELA I

TABELA II

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Exemplos de transformação de unidades de comprimento, de tempo e


massa vocês observam nas tabelas abaixo:

6. Questões sem Comentários

01. (VUNESP – CTA – TÉCNICO EM MECÂNICA – 2013) As medições


em geral exigem que se definam as unidades a serem usadas em cada
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tipo de grandeza física a ser medida. A segunda Lei de Newton permite


ver claramente que a unidade de força pode ser definida pela combinação
de unidades de algumas grandezas fundamentais. Desse modo, uma força
de 1 N (um newton) pode ser representada pela seguinte combinação de
unidades, respeitando-se a aplicação correta das regras do Sistema
Internacional de Unidades (SI):

(A) kgf.m/s.
(B) kg.m/s2.
(C) kg/s2.m.
(D) s/m2.kgf.
(E) utm.s/m.

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Exercícios Comentados
Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

02. (VUNESP – CETESB – TÉCNICO AMBIENTAL – LABORATÓRIO


DE MECÂNICA – 2013) O consumo, em km/L, do motor de um veículo
que consome etanol hidratado (massa específica: 0,80 kg/L) numa taxa
de 16 kg/h, quando desenvolve uma velocidade de 110 km/h, é de –

(A) 5,5 km/L.


(B) 5,0 km/L.
(C) 6,0 km/L.
(D) 6,3 km/L.
(E) 6,5 km/L.

03. (VUNESP – CETESB – TÉCNICO EM MECÂNICA) Se fosse


solicitada a medição mecânica da espessura de uma peça com quatro
algarismos significativos, utilizando-se um instrumento com resolução de
0,002 mm, seria aceitável um valor de, por exemplo,

(A) 0,0944 mm.


(B) 0,8333 mm.
(C) 3,788 mm.
(D) 4,3520 mm.
(E) 5,0050 mm.

04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA –


2011) Considere que o tempo decorrido desde o surgimento dos
primeiros seres humanos até hoje é de cerca de 1013s e que o tempo de
revolução da Terra ao redor do Sol é de 107s. A partir dessas
informações, pode-se afirmar que o número de voltas da Terra ao redor
do Sol desde o surgimento dos primeiros homens até hoje é igual a

(A) 104.
(B) 105.
(C) 106.
(D) 107.
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(E) 108.

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Um ano-luz refere-se à medida da

(A) intensidade luminosa das estrelas.


(B) velocidade de corpos celestes.
(C) distância entre corpos celestes.
(D) força entre corpos celestes.
(E) massa de corpos celestes.

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) A unidade de medida que se usa para expressar o tamanho dos
átomos é o

(A) grama.
(B) ampére.
(C) tesla.
(D) watt.
(E) angstrom.

07. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – II


– 2012) A velocidade de translação da Terra em relação ao Sol está mais
próxima à velocidade

(A) de um carro em uma corrida de Fórmula 1.


(B) de um avião supersônico em uma rota de viagem.
(C) de uma nave espacial em uma viagem em direção a um planeta.
(D) da luz no vácuo.

01. (CESGRANRIO – TERMOAÇU – OPERADOR) Três forças F1, F2 e F3


de módulo igual a 500 N foram aplicadas a três cordas presas a um
dinamômetro, que se encontra fixo em uma parede, conforme a figura
abaixo.

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Considerando-se que as cordas são inelásticas e de massas desprezíveis,


a força, em N, medida pelo dinamômetro é:

(Dados: cos 30° = 0,87; sen 30° = 0,50; cos 60° = 0,50; sen 60 = 0,87)

(A) 1500
(B) 1370
(C) 1300
(D) 1185

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

(E) 1000

02. (CESPE-UNB – PROFESSOR – MT) Três crianças (Alex, Bruna e


Carlos) puxam um pneu, com forças de intensidades e direções –
diferentes, como mostra a figura acima. Assinale a opção que expressa
corretamente o módulo da força que deve ser aplicada por Bruna (FB)
para o que o pneu não se mova na sua direção.

03. (CESPE PF/2004 – PERITO FÍSICO) Como um vetor se caracteriza


tanto por um módulo como por uma direção, a adição de vetores não
obedece as regras usuais da álgebra. Julgue o item a seguir, acerca da
adição de vetores.

1. Considere que a figura a seguir mostra os vetores velocidade média i


(i = 1, ... , 5) relativos ao deslocamento de um veículo i que partiu do
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ponto A e retornou a este ponto após certo intervalo de tempo. Nessa


situação, é correto concluir que o vetor resultante da soma vetorial das
velocidades médias é nulo.

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04. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR)

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Para que o sistema de forças indicado na figura acima fique em equilíbrio,


qual deve ser a razão F1/F2?

(A)3
(B) 3/2
(C)23

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(D) 3
(E)2/3

05. (CESGRANRIO – DECEA 2006 – CONTROLADOR DE TRÁFEGO –


AÉREO) Sobre um ponto material de massa desprezível, aplicam-se duas
forças de mesma intensidade = 10N que formam, entre si, um ângulo de
120°. Para que o ponto fique em equilíbrio, pode-se aplicar uma terceira
força cujo módulo, em newtons, deverá ser de:

(A) 20
(B) 15
(C) 10
(D) 8
(E) 5

06. (VUNESP/SP – SEED/SP – 2011) Considere que o tempo


decorrido desde o surgimento dos primeiros seres humanos até hoje é de
cerca de 1013s e que o tempo de revolução da Terra ao redor do Sol é de
107s. A partir dessas informações, pode-se afirmar que o número de
voltas da Terra ao redor do Sol desde o surgimento dos primeiros homens
até hoje é igual a

(A) 104.
(B) 105.
(C) 106.
(D) 107.
(E) 108.

07. (CESPE – UNB – UNIPAMPA/2013) Acerca de características,


propriedades, leis, teoremas e mecânica que regem o comportamento dos
fluidos nos domínios da hidrostática e da hidrodinâmica, julgue o item
subsequente.

A grandeza Força, em termos de massa M, comprimento L e tempo T, é


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representada na forma F = MLT-2.

08. (CESPE – UNB – INMETRO - Pesquisador-Tecnologista em


Metrologia e Qualidade – Área: Metrologia Legal) Assinale a opção
correta quanto às grandezas e unidades de medição. Nesse sentido,
considere que a sigla SI, sempre que usada, refere-se ao Sistema
Internacional de Unidades.

A. Temperatura é uma unidade derivada e determinada em grau


Farenheit (oF) no SI.

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

B. Massa é uma unidade derivada e determinada em grama (g), conforme


o SI.

C. Intensidade luminosa é uma unidade derivada e determinada– em


candela (cd) no SI.

D. Velocidade é uma unidade de base e determinada em metro por


segundo (m/s) SI.

E. Pressão é uma grandeza derivada e determinada em pascal (Pa) no SI.

09. (CESPE – UNB - INMETRO - Pesquisador-Tecnologista em


Metrologia e Qualidade – Área: Engenharia Mecânica) A análise
dimensional proporciona uma condição necessária, porém não suficiente
para que uma equação física seja verdadeira. A intensidade da força F
que age em um corpo é expressa em função do tempo t pela equação F =
a + b.t, em que a e b são constantes. Pelo princípio da homogeneidade
dimensional e adotando-se as grandezas fundamentais massa M
comprimento L e tempo T, as equações dimensionais dos parâmetros a e
b são, respectivamente,

A. [a] = MLT-2 e [b] = MLT-3.


B. [a] = MLT e [b] = MLT2.
C. [a] = MLT2 e [b] = MLT.
D. [a] = MLT2 e [b] = MLT3.
E. [a] = MLT e [b] = MLT3.

10. (VUNESP/SP – SEED/SP – 2011) Na Antiguidade, foi a tradição


indiana que imaginou as durações de tempo mais longas. Nessa tradição,
o dia de Brahman, período durante o qual o deus absoluto está ativo,
teria uma duração de aproximadamente 4,38 x 109 anos terrestres.
Estima-se que o tempo presumível de vida do Sol como estrela normal é
da ordem de 1018 segundos. (Roberto de Andrade Martins, O universo:
teorias sobre sua origem e evolução. São Paulo: Editora Moderna, 1994.
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Adaptado)

A partir dessas informações, é correto afirmar que o dia de Brahman em


relação ao tempo presumível de vida do Sol como estrela normal é,
aproximadamente,

(A) 109 vezes menor.


(B) 103 vezes menor.
(C) 10 vezes menor.
(D) 103 vezes maior.
(E) 109 vezes maior.

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

11. (CESPE – UNB – INMETRO - Técnico em Metrologia e Qualidade


– Área: Metrologia – 2010) Assinale a opção que apresenta grandeza
básica incluída no SI, seguida de sua respectiva unidade.

A. massa – gramas
B. velocidade – m/s2
C. pressão – mbarr
D. energia – joules
E. intensidade luminosa – cd

12. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR – ÁREA MECÂNICA) O Sistema Internacional de Unidades (SI),
baseado no Sistema Internacional de Grandezas (ISQ), estabelece o uso
de sete unidades de base, dentre as quais inclui-se o(a)

(A) mol
(B) litro
(C) volt
(D) watt
(E) hora

13. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR – ÁREA MECÂNICA) No Sistema Internacional de Unidades
(SI),
(A) a massa específica é uma grandeza derivada, que divide a massa por
sua área.
(B) a massa e o peso (força) têm as mesmas dimensões.
(C) a massa depende da aceleração da gravidade local.
(D) N é uma unidade de base, e kg é uma unidade derivada.
(E) kg e m são unidades de base correspondentes às grandezas massa e
comprimento.

14. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


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JÚNIOR – ÁREA MECÂNICA) A unidade de pressão no Sistema


Internacional de Unidades (SI) é o pascal (Pa). Utilizando-se as unidades
de base do SI: comprimento (m), massa (kg) e tempo (s), a combinação
equivalente ao (Pa) é

(A) 1 / kg.m.s2
(B) kg / m.s2
(C) kg.m.s
(D) kg / m.s
(E) kg.m / s2

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

15. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR) As unidades de base das grandezas de comprimento, massa e
temperatura do Sistema Internacional de Unidades são, respectivamente,

(A) metro, quilograma e kelvin
(B) metro, grama e kelvin
(C) quilômetro, quilograma e kelvin
(D) metro, quilograma e Celsius
(E) metro, grama e Celsius

16. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR) Um ano-luz é igual a 9,46 x 1015m. A distância entre a Terra e
o Sol é de 150 x 106 km.
Quanto equivale em anos-luz essa distância? Dado: Resposta em
números significativos.

(A) 16 x 10-6 anos-luz


(B) 15,85 x 10-6 anos-luz
(C) 15,856 x 10-6 anos-luz
(D) 15,86 x 10-6 anos-luz
(E) 15,9 x 10-6 anos-luz

17. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR)

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A situação indicada na tirinha acima mostra que

(A) o motorista confundiu unidades de distância com unidades de


velocidade.
(B) a grandeza velocidade tem o km como uma de suas unidades.
(C) a grandeza distância tem o m/s como uma de suas unidades.
(D) as grandezas distância e velocidade possuem a mesma unidade.
(E) as placas indicam a velocidade máxima permitida em cada trecho da
estrada.

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18. (CESPE – UNB – INMETRO - Técnico em Metrologia e Qualidade


– Área: Metrologia – 2010) Considerando os múltiplos e submúltiplos
das unidades de medida, assinale a opção que contém uma conversão
correta. –

A. 100 cg = 0,100 g
B. 23 mV = 0,23 V
C. 0,225 MPa = 225.000 Pa
D. 19 Gm = 19.000 km
E. 45 N = 0,00045 N

19. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO EM MANUTENÇÃO


JÚNIOR) O Sistema Internacional de unidades especifica, para a área de
mecânica, as unidades fundamentais. As grandezas destas unidades,
além do comprimento, são:

(A) tempo e temperatura.


(B) massa e tempo.
(C) massa e temperatura.
(D) força e tempo.
(E) força e temperatura.

20. (IFSC) Com relação a grandezas físicas, unidades e conversão,


analise as seguintes afirmações:

I - A unidade de campo magnético é o Tesla (T), dado por N/Am.


II - A função trabalho referente ao efeito fotoelétrico, tem como unidade
J.s ou eV.s.
III - A relação entre elétron-volt e joule é 1eV x 1,6.10-18J.
IV - A unidade volt (V) pode ser expressa por N.m/C.

A) As afirmações I, II e III estão corretas.


B) Todas as afirmações estão corretas.
C) As afirmações I e IV estão corretas.
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D) As afirmações I, III e IV estão corretas.


E) As afirmações II, III e IV estão corretas.

21. (CESGRANRIO – OPERADOR I – TRANSPETRO) Para a utilização


em determinados cálculos técnicos, a unidade da pressão medida em um
manômetro, em psi, precisa ser substituída pela grandeza de força e
área. Sem converter o resultado da medição, a grandeza equivalente a
psi é:

(A) lbf/pol 2
(B) lbf/pé2
(C) kgf/cm2
(D) N/mm2

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Exercícios Comentados
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(E) N/m2

22. (NUCEPE – PC-PI – PERITO CRIMINAL) As grandezas físicas



fundamentais que definem as unidades de base do Sistema Internacional
de Unidades (SI) são: comprimento, massa, tempo, corrente elétrica,
temperatura, quantidade de matéria e intensidade luminosa. As unidades
dessas grandezas no SI são dadas, respectivamente, por:

A) centímetro, grama, segundo, ampère, kelvin, erg, lux.


B) milímetro, quilograma, milissegundo, ampère, célsius, tonelada, joule.
C) metro, quilograma, segundo, ampère, kelvin, mol, candela.
D) metro, grama, segundo, ampère, kelvin, mol, lux.
E) decímetro, quilograma, segundo, ampère, fahrenheit, tonelada,
candela.

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7. Questões Comentadas

01. (VUNESP – CTA – TÉCNICO EM MECÂNICA – 2013) As medições


em geral exigem que se definam as unidades a serem usadas em cada –
tipo de grandeza física a ser medida. A segunda Lei de Newton permite
ver claramente que a unidade de força pode ser definida pela combinação
de unidades de algumas grandezas fundamentais. Desse modo, uma força
de 1 N (um newton) pode ser representada pela seguinte combinação de
unidades, respeitando-se a aplicação correta das regras do Sistema
Internacional de Unidades (SI):

(A) kgf.m/s.
(B) kg.m/s2.
(C) kg/s2.m.
(D) s/m2.kgf.
(E) utm.s/m.

Resposta: Item B.

Comentário:

Essa é uma questão de unidades do sistema Si e também envolve a parte


de análise dimensional.

Para encontrar a unidade correspondente a 1N você precisa saber uma


fórmula para essa grandeza. Vamos utilizar a fórmula da força resultante,
oriunda da 2ª Lei de Newton:

F = m.a
1N = 1kg .1m / s 2
1N = 1.kg .m / s 2
A dica aqui é você lembrar de uma fórmula envolvendo a grandeza e
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depois basta substituir as incógnitas da fórmula pelas respectivas


unidades.

02. (VUNESP – CETESB – TÉCNICO AMBIENTAL – LABORATÓRIO


DE MECÂNICA – 2013) O consumo, em km/L, do motor de um veículo
que consome etanol hidratado (massa específica: 0,80 kg/L) numa taxa
de 16 kg/h, quando desenvolve uma velocidade de 110 km/h, é de

(A) 5,5 km/L.


(B) 5,0 km/L.
(C) 6,0 km/L.
(D) 6,3 km/L.
(E) 6,5 km/L.

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Resposta: item A.

Comentário: –

Trata-se de uma questão simples, na qual vamos manipular os dados


fornecidos.

Com uma velocidade de 110km/h, em uma hora o espaço percorrido é de


110km.

No entanto, em uma hora o consumo de etanol, é de 16kg.

Vamos agora encontrar o volume de etanol envolvido nesse percurso:

m
=
vol
16kg
0,8kg / l =
vol
vol = 20 L
Logo, podemos dizer que o veículo consumiu 20L de álcool em um trajeto
de 110km.

Calculando o consumo em km/L:

S
consumo =
Vol
110km
consumo =
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20 L
consumo = 5,5km / L
03. (VUNESP – CETESB – TÉCNICO EM MECÂNICA) Se fosse
solicitada a medição mecânica da espessura de uma peça com quatro
algarismos significativos, utilizando-se um instrumento com resolução de
0,002 mm, seria aceitável um valor de, por exemplo,

(A) 0,0944 mm.


(B) 0,8333 mm.
(C) 3,788 mm.
(D) 4,3520 mm.

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(E) 5,0050 mm.

Resposta: Item C.

Comentário:

Com quatro algarismos significativos nós já excluímos os itens D e E, que


possuem medidas com 5 AS’s.

Agora basta você notar que a resolução do aparelho deve incidir no


algarismo duvidoso da medida, é o que ocorre no caso do item C.

Lembra-se de que o algarismo duvidoso é o último algarismo da medida,


sempre. Assim, a resolução do aparelho deve incidir sobre esse algarismo
significativo.

Nos itens A e B a resolução ou incerteza do aparelho iria incidir sobre


outro algarismo significativo, que não o duvidoso.

Essa questão versou sobre os algarismos significativos, se você quiser


uma teoria completa, inclusive com vídeos, confira o nosso curso regular
de Física, que contempla todo o conteúdo de Física de qualquer concurso.

04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA –


2011) Considere que o tempo decorrido desde o surgimento dos
primeiros seres humanos até hoje é de cerca de 1013s e que o tempo de
revolução da Terra ao redor do Sol é de 107s. A partir dessas
informações, pode-se afirmar que o número de voltas da Terra ao redor
do Sol desde o surgimento dos primeiros homens até hoje é igual a

(A) 104.
(B) 105.
(C) 106.
(D) 107.
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(E) 108.

Resposta: Item C.

Comentário:

Nessa questão basta fazermos uma pequena regra de três.

Veja que a cada intervalo de tempo de 107s a Terra efetua uma volta em
torno do Sol.

Assim, para saber a quantidade de voltas que a Terra efetuou desde o


surgimento dos primeiros seres humanos, basta o seguinte cálculo:

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107 _____1volta
1013 ____ n –

1013
n = 7 = 106 voltas
10

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Um ano-luz refere-se à medida da

(A) intensidade luminosa das estrelas.


(B) velocidade de corpos celestes.
(C) distância entre corpos celestes.
(D) força entre corpos celestes.
(E) massa de corpos celestes.

Resposta: Item C.

Comentário:

Ano luz é a distância que a luz percorre com a sua incrível velocidade de
3,0.108m/s durante o intervalo de tempo de um ano.

Assim, fica fácil perceber que se trata de uma unidade de distância.

Como se trata de um valor muito grande, ele servirá para expressar


distâncias muito elevadas, tais como a distância entre os corpos celestes.

Para efeito de cálculo, vamos encontrar, em m, a distância equivalente a


um ano-luz.

S = V.t 07856207612

S = 3, 0.108 1 365  24  3.600


S = 9, 46.1015 m
06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -
2012) A unidade de medida que se usa para expressar o tamanho dos
átomos é o

(A) grama.
(B) ampére.
(C) tesla.
(D) watt.
(E) angstrom.

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

Resposta: Item E.

Comentário: –

O tamanho do átomo é um valor realmente muito pequeno, e, portanto,


deve ser expresso por uma medida muito pequena de comprimento.

O comprimento não é dado em grama, ampére, testa ou watt, essas são


unidades, respectivamente, das grandezas: massa, corrente elétrica,
campo magnético e potência.

Assim, sobrou o angstrom, que nada mais é do que um submúltiplo do m,


é uma potência de 10 que multiplica o m.

1angstrom = 1 = 1, 0.10-10 m
07. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – II
– 2012) A velocidade de translação da Terra em relação ao Sol está mais
próxima à velocidade

(A) de um carro em uma corrida de Fórmula 1.


(B) de um avião supersônico em uma rota de viagem.
(C) de uma nave espacial em uma viagem em direção a um planeta.
(D) da luz no vácuo.

01. (CESGRANRIO – TERMOAÇU – OPERADOR) Três forças F1, F2 e F3


de módulo igual a 500 N foram aplicadas a três cordas presas a um
dinamômetro, que se encontra fixo em uma parede, conforme a figura
abaixo.

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Considerando-se que as cordas são inelásticas e de massas desprezíveis,


a força, em N, medida pelo dinamômetro é:

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(Dados: cos 30° = 0,87; sen 30° = 0,50; cos 60° = 0,50; sen 60 = 0,87)

(A) 1500 –
(B) 1370
(C) 1300
(D) 1185
(E) 1000

Resposta: Item D.

Comentário: A maneira correta de resolver a questão é calcular a


resultante dos vetores força que estão sendo aplicados no dinamômetro,
ou seja, na direção vertical, uma vez que este equipamento irá marcar a
força resultante vertical aplicada nele.

Para calcular a resultante vertical a ideia é decompor os vetores F 1 e F3 na


direção vertical. As componentes verticais irão se somar e juntamente
com o vetor F2 irão formar uma resultante parcial vertical, que será media
pelo dinamômetro.

Vamos aos esquemas, usando os valores de cosseno do enunciado,


teremos:

30°
60°

500N 500.cos30°
500.cos60° 500N
07856207612
500cos60°+500cos30°+500
=1.185N
500N

Lembre-se de que as componentes verde e vermelha serão componentes


“coladas” aos ângulos, sendo, portanto, iguais ao valor do vetor,
multiplicado pelo respectivo cosseno do ângulo.

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Exercícios Comentados
Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

Fy F
q

Fx x

Fy
sen  =  Fy = Fsen  " separado "
F
F
cos  = x  Fx = F cos  " colado "
F

02. (CESPE-UNB – PROFESSOR – MT) Três crianças (Alex, Bruna e


Carlos) puxam um pneu, com forças de intensidades e direções
diferentes, como mostra a figura acima. Assinale a opção que expressa
corretamente o módulo da força que deve ser aplicada por Bruna (FB)
para o que o pneu não se mova na sua direção.

07856207612

Resposta: Item C.

Comentário:

Questão excelente de vetores.

Vamos reeditar a figura agora com alguns ângulos interessantes para a


resolução.

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Exercícios Comentados
Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

FA .sen60 FC .sen45

3 2
FA . FC .
FA 2 2 FC

45°
60°

Para que a resultante


seja nula na direção
vertical, devemos ter:
3 2
FB = FA .  FC .
2 2

 
FB 1
FB = FA 3  FC 2
2
Note que foi feita a decomposição dos vetores A e B, e depois foi
imposta a condição de resultante nula na vertical à roda, que nada mais é
do que a força total que puxa a roda para cima deve ser igual à força que
puxa a roda para baixo.

Pra que a roda não se mova na direção de Bruna, não pode haver
resultante nessa direção.

Mais uma vez foi utilizada a técnica da decomposição vetorial, e fantástica


para a solução de problemas envolvendo mais de dois vetores, não se
esqueça, portanto, dela.
Portanto, a alternativa correta é o item C

03. (CESPE PF/2004 – PERITO FÍSICO) Como um vetor se caracteriza


07856207612

tanto por um módulo como por uma direção, a adição de vetores não
obedece as regras usuais da álgebra. Julgue o item a seguir, acerca da
adição de vetores.

1. Considere que a figura a seguir mostra os vetores velocidade média i


(i = 1,..., 5) relativos ao deslocamento de um veículo i que partiu do
ponto A e retornou a este ponto após certo intervalo de tempo. Nessa
situação, é correto concluir que o vetor resultante da soma vetorial das
velocidades médias é nulo.

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Resposta: Item correto.

Comentário:

Essa questão de vetores figurou na prova de Perito Físico da PF de 2004,


ou seja, uma prova de alto nível, referência para quem se prepara para
concursos na área policial, no entanto, a questão foi de fácil resolução.

Veja. Você aprendeu comigo na teoria que toda vez que for formado um
polígono fechado com os vetores que estão sendo somados, a resultante
será nula, pois na hora que você for ligar a origem do primeiro com a
extremidade do último vetor, eles já vão estar ligados, e assim você não
terá nada para ligar, o que implica em uma resultante nula.
07856207612

Lembra-se do exemplo que colocamos na parte teórica.

Aqui nessa questão é praticamente a mesma coisa, apenas com a


modificação na quantidade de vetores.

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Na questão da PF ele conta uma historinha, mas o que interessa é que os


vetores velocidade média estão formando um polígono fechado e assim
perfazem uma resultante nula.

V1
V5

V2

V3
V4

Ou seja, vale a pena você estudar, dedicar-se com antecedência como


está fazendo, pois até uma questão da PF para perito Físico torna-se fácil
quando se tem a Estratégia correta de preparação.

O item está correto, pois a velocidade resultante das velocidades médias


é nula, pela regra do polígono fechado.

Fica a dica de interpretar bem o texto da questão, pois apesar de esse


texto parecer assustador, você vai tirando as partes desnecessárias dele e
ficando apenas com o principal, que será necessário para a sua resolução,
que é o fato de estarem formando um polígono fechado os cinco vetores
velocidades média.

04. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR)

07856207612

Para que o sistema de forças indicado na figura acima fique em equilíbrio,


qual deve ser a razão F1/F2?

(A)3
(B) 3/2

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(C)23
(D) 3
(E)2/3

Resposta: Item D

Comentário:

Vamos pensar um pouco no raciocínio da questão.

O enunciado é bem claro e solicita o valor da razão entre F 1 e F2 de tal


modo que o sistema permaneça em equilíbrio.

Veja que as forças F1 e F2 estão dispostas na horizontal e vertical,


respectivamente.

Assim, para que tenhamos uma resultante nula, F 1 deve anular a


componente horizontal de F3, enquanto que F2 deve anular a componente
vertical de F3.

Então vamos decompor para descobrir quanto vale cada componente de


F3 e ao final verificar quanto é a razão entre esses valores.

Decompondo F3:

F 3 .sen30 F3
07856207612

F 3 .cos30
Logo, para obter a razão solicitada, basta dividir cada uma das
componentes, pois F1 tem de ser igual à componente vermelha, enquanto
que F2 deve ser igual a componente azul.

Assim,

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3
F1 F 3 .cos 30
= = 2 = 3 –
F2 F3 .sen30 1
2
05. (CESGRANRIO – DECEA 2006 – CONTROLADOR DE TRÁFEGO
AÉREO) Sobre um ponto material de massa desprezível, aplicam-se duas
forças de mesma intensidade = 10N que formam, entre si, um ângulo de
120°. Para que o ponto fique em equilíbrio, pode-se aplicar uma terceira
força cujo módulo, em newtons, deverá ser de:

(A) 20
(B) 15
(C) 10
(D) 8
(E) 5

Resposta: item C.

Comentário:

Mais uma questão em que vamos utilizar a decomposição vetorial.


Observe o esquema abaixo no qual temos as duas forças de 10N
dispostas conforme o enunciado, ou seja, formando um ângulo de 120°.

10N 120° 10N

Agora vamos decompor os vetores na vertical e na horizontal para


determinar de quanto deve ser o valor da terceira força, de modo que a
07856207612

resultante total seja nula.

10.cos60°=10.0,5=5N 10.cos60°=10.0,5=5N

10N 120° 10N

10N

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Note que as duas componentes deram igual a 5N cada uma, o que


somadas dá um total de 10N na vertical.


Na horizontal não há resultante, veja a simetria da figura, cada
componente horizontal de cada vetor de 10N anular-se-á.

Assim, o vetor verde, que deve se opor à soma dos outros dois
decompostos deve somar 10N para que a resultante total seja nula.

06. (VUNESP/SP – SEED/SP – 2011) Considere que o tempo


decorrido desde o surgimento dos primeiros seres humanos até hoje é de
cerca de 1013s e que o tempo de revolução da Terra ao redor do Sol é de
107s. A partir dessas informações, pode-se afirmar que o número de
voltas da Terra ao redor do Sol desde o surgimento dos primeiros homens
até hoje é igual a

(A) 104.
(B) 105.
(C) 106.
(D) 107.
(E) 108.

Resposta: Item C

Comentário:

Questão sobre grandezas físicas, envolvendo uma historinha sobre o


surgimento dos seres humanos.

Vamos resolvê-la com base nos conhecimentos que adquirimos nessa


aula, bem como do sua interpretação do enunciado.

Você vede ter percebido que basta dividir o tempo total desde o
surgimento dos seres humanos pelo tempo de revolução (uma volta) da
07856207612

Terra.

Assim,
1013
nvoltas = 7 = 1013-7 = 106 voltas
10
Podemos afirmar que a ordem de grandeza do número de voltas da Terra
entorno de si, desde o surgimento dos primeiros seres humanos foi de
106, ou seja, na casa dos milhões de voltas.

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07. (CESPE – UNB – UNIPAMPA/2013) Acerca de características,


propriedades, leis, teoremas e mecânica que regem o comportamento dos
fluidos nos domínios da hidrostática e da hidrodinâmica, julgue o item
subsequente. –

A grandeza Força, em termos de massa M, comprimento L e tempo T, é


representada na forma F = MLT-2.

Resposta: Item correto.

Comentário:

Trata-se de um probleminha de análise dimensional, que o CESPE cobrou


na prova da UNIPAMPA.

Em análise dimensional você precisará lembrar-se de pelo menos uma


fórmula que envolva a grandeza em questão. No caso do exemplo acima,
você deve lembrar da fórmula da força, qualquer uma delas.

Vamos utilizar a segunda lei de Newton, que diz o seguinte:

FR = m.a
Então a grandeza força será o produto da grandeza massa pela grandeza
aceleração.

Mas a grandeza aceleração não é tão simples e direta quanto a massa,


que é simplesmente M, pois se trata de uma grandeza fundamental.

A aceleração é a variação da velocidade pela variação do tempo:

 S  L
V  t  T
07856207612

a= = = = LT -2
t t T
Ou seja, a ideia é sempre chegar a uma fórmula que envolva massa,
tempo e comprimento.

Assim, podemos voltar à fórmula da força e concluir qual a dimensão da


grandeza força.

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 FR  =  m.a 
 
 FR  =  m. a  –
 
 F  = MLT -2
Lembre-se de que aqui a ideia é sempre reduzir a grandeza às grandezas
fundamentais.

08. (CESPE – UNB – INMETRO - Pesquisador-Tecnologista em


Metrologia e Qualidade – Área: Metrologia Legal) Assinale a opção
correta quanto às grandezas e unidades de medição. Nesse sentido,
considere que a sigla SI, sempre que usada, refere-se ao Sistema
Internacional de Unidades.

A. Temperatura é uma unidade derivada e determinada em grau


Farenheit (oF) no SI.

B. Massa é uma unidade derivada e determinada em grama (g), conforme


o SI.

C. Intensidade luminosa é uma unidade derivada e determinada em


candela (cd) no SI.

D. Velocidade é uma unidade de base e determinada em metro por


segundo (m/s) SI.

E. Pressão é uma grandeza derivada e determinada em pascal (Pa) no SI.

Resposta: Item E

Comentário:
07856207612

Estamos diante de uma questão de Sistema Internacional de Unidades,


onde você deve lembrar quais são as unidades fundamentais e saber
também que todas as outras são derivadas delas.

As unidades fundamentais são as do quadro abaixo:

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Dessa forma você já percebe que o itens A, B e C estão incorretos, uma


vez que tratam as grandezas temperatura, massa e intensidade luminosa
como grandezas derivadas, enquanto que elas são grandezas
fundamentais, ou primitivas.

O item D afirma que a velocidade e uma grandeza base, ou primitiva, no


entanto, o item está em desacordo, pois a velocidade já é derivada, veja
abaixo a determinação da velocidade em função das grandezas
fundamentais:
S L
V= = = LT -1
t T
Sobra o item E, no qual o enunciado afirma que pressão é uma grandeza
derivada; até aí tudo bem, mas temos que verificar a unidade, se está
correta.

A item afirma que a unidade de pressão no SI é o Pa (pascal), e está


correto, pois é uma daquelas unidades cuja forma original foi substituída
07856207612

pelo nome de um estudioso do tema.

Vamos verificar qual a dimensão em função de M, L, T de pressão.


Lembre-se de que a pressão é a razão entre a força e a área
correspondente á atuação da força, é aquele lance de saber pelo menos
uma fórmula que envolva a grandeza. E isso você vai aprendendo aos
poucos, durante o nosso curso você vai aprender isso.

F MLT -2
P= = 2
= ML-1T -2
A L

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Note que a área tem dimensão de comprimento quadrado, é por isso que
áreas são unidades quadradas (m2, cm2,...).

Vamos substituir cada letra pela unidade SI correspondente. –

ML-1T -2  kg.m-1.s -2 ou N / m2
Essas unidades são meio desagradáveis para escrever, por isso Blaise
Pascal foi homenageado e deu-se o seu nome à grandeza pressão.

kg.m-1.s -2 ou N / m2  Pa
09. (CESPE – UNB - INMETRO - Pesquisador-Tecnologista em
Metrologia e Qualidade – Área: Engenharia Mecânica) A análise
dimensional proporciona uma condição necessária, porém não suficiente
para que uma equação física seja verdadeira. A intensidade da força F
que age em um corpo é expressa em função do tempo t pela equação F =
a + b.t, em que a e b são constantes. Pelo princípio da homogeneidade
dimensional e adotando-se as grandezas fundamentais massa M
comprimento L e tempo T, as equações dimensionais dos parâmetros a e
b são, respectivamente,

A. [a] = MLT-2 e [b] = MLT-3.


B. [a] = MLT e [b] = MLT2.
C. [a] = MLT2 e [b] = MLT.
D. [a] = MLT2 e [b] = MLT3.
E. [a] = MLT e [b] = MLT3.

Resposta: Item A.

Comentário: 07856207612

Mais uma questão de análise dimensional, que é um tema muito


importante, que quase ninguém sabe e que você vai sair na frente ao
aprendê-lo no nosso curso.
Nessa questão o enunciado nos fornece uma equação de força:

F = a  b.t
Ou seja, a força está sendo dada pela soma de duas grandezas.
Obviamente essas duas grandezas também devem ter dimensão de força.

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Caso isso não fosse verdade, estaríamos dizendo que 1N de força é igual
a 1m de distância + 1kg de massa, e não deve ser assim.

Se uma equação é a soma de duas grandezas, então elas devem ter– a


mesma dimensão daquela que está do outro lado da igualdade. Deve-se
somar força com força para dar como resultado outra força.

Assim, podemos dizer que a dimensão de a e de b.t são a mesma


dimensão de força, que nós já vimos nas páginas acima mais de uma vez.

 F  = a 
 a  = MLT -2
b.t  = MLT -2
b.T = MLT -2
MLT -2
b  = = MLT -3
T
Aprenda a trabalhar com as letrinhas M, L e T onde houver massa,
comprimento e tempo respectivamente. Na questão acima trocamos o t
por dimensão de tempo.

A essa ideia dá-se o nome de homogeneidade dimensional.

10. (VUNESP/SP – SEED/SP – 2011) Na Antiguidade, foi a tradição


indiana que imaginou as durações de tempo mais longas. Nessa tradição,
o dia de Brahman, período durante o qual o deus absoluto está ativo,
teria uma duração de aproximadamente 4,38 x 109 anos terrestres.
07856207612

Estima-se que o tempo presumível de vida do Sol como estrela normal é


da ordem de 1018 segundos. (Roberto de Andrade Martins, O universo:
teorias sobre sua origem e evolução. São Paulo: Editora Moderna, 1994.
Adaptado)
A partir dessas informações, é correto afirmar que o dia de Brahman em
relação ao tempo presumível de vida do Sol como estrela normal é,
aproximadamente,

(A) 109 vezes menor.


(B) 103 vezes menor.
(C) 10 vezes menor.
(D) 103 vezes maior.
(E) 109 vezes maior.

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Resposta: Item C

Comentário: –

Mais um probleminha de grandezas, vamos trabalhar com a razão entre


os dois intervalos de tempo, para saber quantas vezes um é maior ou
menor que o outro.

Mas antes vamos ter de transformar o tempo que foi dado em anos
terrestres para segundos, a fim de dividirmos tempos na mesma unidade.

365 dias 24 horas 3.600s


t = 4,38.109 anos . . .
ano dia hora
t = 1,38.1017 s

Usamos uma técnica bastante conhecida de transformação de unidades,


que é multiplicar pelo número 1 convenientemente escolhido de modo a
cancelar as unidades inconvenientes e sobrando apenas a que queremos
(segundos).

Assim, agora basta dividir o maior pelo menor, para saber quantas vezes
um tempo é maior que o outro.

t1 = 1018 s
t2 = 1,38.1017 s
t2 1,38.1017 s
=  0,1
t1 1018 s
07856207612

Veja que dividimos o tempo de Brahman pelo tempo de vida do sol e


resultou em aproximadamente 0,1.

Logo a resposta é o item C, aproximadamente 10 vezes menor.


11. (CESPE – UNB – INMETRO - Técnico em Metrologia e Qualidade
– Área: Metrologia – 2010) Assinale a opção que apresenta grandeza
básica incluída no SI, seguida de sua respectiva unidade.

A. massa – gramas
B. velocidade – m/s2
C. pressão – mbarr
D. energia – joules
E. intensidade luminosa – cd

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Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

Resposta: Item E.

Comentário:

Vamos primeiramente eliminar os itens em que são mencionadas
grandezas derivadas, lembre-se de que as grandezas base são as do
quadro abaixo:

Assim, eliminamos energia, velocidade, e pressão.

Ficamos entre os itens A e E, no entanto o item A traz a grandeza massa


em com uma unidade que não é a do SI (kg).

Assim, ficamos com o Item E, por tratar-se de intensidade luminosa,


acompanhada de sua unidade Si, que é candela (cd).

12. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


07856207612

JÚNIOR – ÁREA MECÂNICA) O Sistema Internacional de Unidades (SI),


baseado no Sistema Internacional de Grandezas (ISQ), estabelece o uso
de sete unidades de base, dentre as quais inclui-se o(a)
(A) mol
(B) litro
(C) volt
(D) watt
(E) hora

Resposta: item A

Comentário:

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A questão traz 4 grandezas derivadas e apenas uma fundamental que é o


mol ou mole.

– de
O litro é unidade de volume, grandeza derivada. O volt é uma unidade
ddp, grandeza derivada também. O watt é uma grandeza cujo nome se
deu em homenagem a James Watt, e tem significado de potência. Por
fim, a hora é uma unidade da grandeza tempo, derivada do segundo, que
é a unidade base no SI.

13. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR – ÁREA MECÂNICA) No Sistema Internacional de Unidades
(SI),
(A) a massa específica é uma grandeza derivada, que divide a massa por
sua área.
(B) a massa e o peso (força) têm as mesmas dimensões.
(C) a massa depende da aceleração da gravidade local.
(D) N é uma unidade de base, e kg é uma unidade derivada.
(E) kg e m são unidades de base correspondentes às grandezas massa e
comprimento.

Resposta: item E

Comentário:

Mais uma questão sobre o SI, na qual você deve se ligar em qual das
grandezas mencionadas é uma grandeza fundamental ou de base como o
enunciado mencionou.

As unidades de base são as da tabela abaixo:

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O item A está correto pela metade, pois a massa específica é realmente


uma grandeza derivada, no entanto é a razão entre a massa e o volume
(kg/m3). –

Já o item B diz que massa e força tem a mesma dimensão, o que está em
desacordo com a análise dimensional, uma vez que massa e peso são
grandezas diferentes, uma é uma força (peso) e a outra tem relação com
a quantidade de matéria de um corpo (massa).

O item C está incorreto, pois uma grandeza de base não depende de


nenhuma outra grandeza, e como massa é uma grandeza de base, ela
não pode depender da aceleração da gravidade.

O item D está equivocado, a grandeza base é a massa e a força é


grandeza derivada.

O item E é o correto, pois carrega em seu bojo duas unidades base de


duas grandezas fundamentais que podem ser observadas na tabela
abaixo.

14. (CESGRANRIO – PETROBRÁS – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR – ÁREA MECÂNICA) A unidade de pressão no Sistema
Internacional de Unidades (SI) é o pascal (Pa). Utilizando-se as unidades
de base do SI: comprimento (m), massa (kg) e tempo (s), a combinação
equivalente ao (Pa) é

(A) 1 / kg.m.s2
(B) kg / m.s2
(C) kg.m.s
(D) kg / m.s
(E) kg.m / s2
Resposta: item B
07856207612

Comentário:

A questão solicita a unidade Pa, em função das unidades fundamentais.

Para isso vamos procurar uma fórmula que envolva a grandeza pressão e
outras já conhecidas.

Vamos utilizar o conceito de pressão:

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V LT -1
m M.
P= =
F m.a
=  t = T
A A A L 2 –

MLT -2
P= 2
= ML-1T -2
L
 Pa  = kg.m-1.s -2 = kg / m.s 2
Vá se acostumando a trabalhar com as unidades no lugar das grandezas.

15. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR) As unidades de base das grandezas de comprimento, massa e
temperatura do Sistema Internacional de Unidades são, respectivamente,

(A) metro, quilograma e kelvin


(B) metro, grama e kelvin
(C) quilômetro, quilograma e kelvin
(D) metro, quilograma e Celsius
(E) metro, grama e Celsius

Resposta: item A

Comentário:

Questão simples, apenas de memorização das unidades das grandezas


fundamentais do SI.

Comprimento – metro (m).

Massa – quilograma (kg).

Temperatura termodinâmica – kelvin (K).


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Ou seja, vale a pena memorizar as informações importante, e se eu fosse


você eu memorizaria o quadro de unidades e grandezas fundamentais
apresentado na parte teórica.

16. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR) Um ano-luz é igual a 9,46 x 1015m. A distância entre a Terra e
o Sol é de 150 x 106 km. Quanto equivale em anos-luz essa distância?

Dado: Resposta em números significativos.

(A) 16 x 10-6 anos-luz


(B) 15,85 x 10-6 anos-luz

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Exercícios Comentados
Aula 01 – Grandezas Físicas e Mecânica

(C) 15,856 x 10-6 anos-luz


(D) 15,86 x 10-6 anos-luz
(E) 15,9 x 10-6 anos-luz

Resposta: item E

Comentário:

Trata-se de uma questão de algarismos significativos, na qual devemos


prestar atenção na quantidade de AS’s de cada medida fornecida.

O enunciado diz o valor de um ano-luz em metros e também a distância


entre a Terra e o Sol em km, vamos primeiramente transformar a
distância da Terra ao Sol em metros.

DSol -Terra = 150.106 km


DSol -Terra = 150.106.103 m
DSol -Terra = 150.109 m

Transformando par ano-luz:

1ano - luz
DSol -Terra = 150.109 m .
9, 46.1015 m
150
DSol -Terra = .10-6 anos - luz
9, 46

Agora vamos observar que vamos fazer uma divisão de duas medidas,
cada uma com 3 AS’s, logo o resultado deve ter 3 AS’s.
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Assim,
DSol -Terra = 15,9.10-6 anos - luz

Você deve arredondar o resultado, que, se você fizer na calculadora vai


dar aproximadamente 15,8562, que arredondando para três
significativos, daria 15,9, uma vez que o 5 que está à direita do oito
obriga-nos a somar uma unidade no algarismo da esquerda (8).

Não se esqueça de que caso uma das medidas tenha uma quantidade de
AS’s menor que a outra a mais pobre em AS’s é quem dará o número de
AS’s do resultado. Basta lembrar: “o mais pobre sempre ganha”.

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17. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO DE OPERAÇÃO


JÚNIOR)

A situação indicada na tirinha acima mostra que

(A) o motorista confundiu unidades de distância com unidades de


velocidade.
(B) a grandeza velocidade tem o km como uma de suas unidades.
(C) a grandeza distância tem o m/s como uma de suas unidades.
(D) as grandezas distância e velocidade possuem a mesma unidade.
(E) as placas indicam a velocidade máxima permitida em cada trecho da
estrada.

Resposta: item A

Comentário:

Cômico esse quadrinho não é? Bom, interpretando o quadrinho, podemos


perceber que o motorista confundiu duas grandezas, que são velocidade e
distância, a placa está marcando uma distância, logo ele deveria ter
pensado que se tratava de uma placa que avisava sobre uma distância
em relação a algum lugar, mas ele não se ligou e, talvez por conta do
nome da cidade, ele foi reduzindo a velocidade do seu veículo e quando
chegou a uma cidade chamada Reduza, ele caiu na real de que a placa
não alertava para a redução de velocidade, e sim para uma distância.
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O motorista não teria tido esse problema caso ele tivesse entendido que a
unidade km é uma unidade de distância e não de velocidade.

18. (CESPE – UNB – INMETRO - Técnico em Metrologia e Qualidade


– Área: Metrologia – 2010) Considerando os múltiplos e submúltiplos
das unidades de medida, assinale a opção que contém uma conversão
correta.

A. 100 cg = 0,100 g
B. 23 mV = 0,23 V
C. 0,225 MPa = 225.000 Pa
D. 19 Gm = 19.000 km
E. 45 N = 0,00045 N

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Resposta: item C

Comentário: –

Estamos diante de uma questão de transformação de unidades, que


requer do candidato o conhecimento de cada um dos prefixos utilizados.

Vamos trocar cada um dos prefixos pela respectiva potencia de 10.

A. 100cg = 100.10-2g = 1g. (falso) o “centi” equivale a 10-2.

B. 23mV = 23.10-3 V = 0,023V. (falso) o “mili” equivale a 10-3.

C. 0,225Mpa = 0,225 . 106Pa = 0,225.103 . 103Pa = 225.103Pa =


225KPa. (verdadeiro) veja que usamos duas potencias de 10, que
foram o “mega”, que corresponde a 10 6 e o “kilo”, que
corresponde a 103.

D. 19Gm = 19.109m = 19.103 . 106m = 19.000Mm. (falso) usamos o


“giga” que corresponde a 109 e o “mega” que corresponde a 106.

E. 45m= 45.10-6m = 0,000045N. (falso) usamos o “micro” que


corresponde a 10-6.

Ou seja, bastava conhecer os prefixos e as potencias de 10


correspondentes. Para isso eu recomendo a memorização dos principais
prefixos das tabelas abaixo, já colocadas na parte teórica da aula.

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19. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – TÉCNICO EM MANUTENÇÃO


JÚNIOR) O Sistema Internacional de unidades especifica, para a área de
mecânica, as unidades fundamentais. As grandezas destas unidades,
além do comprimento, são:

(A) tempo e temperatura.


(B) massa e tempo.
(C) massa e temperatura.
(D) força e tempo.
(E) força e temperatura.

Resposta: item B.

Comentário:

Uma questão simples apenas para identificar na mecânica quais são as


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grandezas fundamentais.

Você deve se lembrar de que as grandezas são massa, comprimento e


tempo (M, L e T).

Todas as grandezas da mecânica podem ser escritas em função dessas


três grandezas fundamentais primitivas.

A título de exercício, encontre a dimensão da seguinte grandeza: Energia.

20. (IFSC) Com relação a grandezas físicas, unidades e conversão,


analise as seguintes afirmações:

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I - A unidade de campo magnético é o Tesla (T), dado por N/Am.


II - A função trabalho referente ao efeito fotoelétrico, tem como unidade
J.s ou eV.s.
III - A relação entre elétron-volt e joule é 1eV x 1,6.10-18J. –
IV - A unidade volt (V) pode ser expressa por N.m/C.

A) As afirmações I, II e III estão corretas.


B) Todas as afirmações estão corretas.
C) As afirmações I e IV estão corretas.
D) As afirmações I, III e IV estão corretas.
E) As afirmações II, III e IV estão corretas.

Resposta: Item C

Comentário:

Essa questão requer que o candidato saiba alguma fórmula de cada


grandeza envolvida.

Durante o curso vamos aprender essas fórmulas, mas você com toda
certeza já viu essas fórmulas alguma vez na sua vida estudantil, a ideia
aqui é saber operar com as dimensões e não propriamente a fórmula, isso
você vai aprender aos poucos durante o curso.

I. Campo Magnético: existe uma fórmula que relaciona o campo


magnética a força e o comprimento de um fio condutor. Veja:

Fmag = B.i.l
 Fmag  =  Bi l 
N =  B. Am .
N
 B = 07856207612

Am
.

Note que trocamos a grandeza pela respectiva unidade, e assim


descobrimos a unidade de campo magnético.

Assim, o item está correto.

II. Na física moderna, existe uma fórmula muito conhecida, que inclusive
rendeu a Albert Einstein o seu prêmio Nobel:

Etotal = w  Ecin

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Onde o w é o que chamamos de função trabalho, ou seja, é a energia


mínima necessária para arrancar elétrons de uma placa metálica.

Você já deve ter percebido que temos uma soma de duas grandezas, –
estamos somando a função trabalho com a energia cinética, então elas
devem ter a mesma unidade, ou seja, a unidade de função trabalho é o J
ou o erg, ou o eV (elétron-volt).

Assim, o item está incorreto.

III. O elétron-volt é a quantidade de energia necessária para acelerar um


elétron do repouso em uma ddp de 1V.

O trabalho da força elétrica é numericamente igual à essa energia, assim,


podemos afirmar que o elétron-volt é a energia tal que:

 = q.U
Energia = 1, 6.10-19 C.1V
1eV = 1, 6.10-19 J
Assim, acabamos de encontrar a relação entre o elétron-volt e o joule.

O item está incorreto.

IV. Nesse item o examinador quer uma relação entre as unidades de volt
e newton, metro e coulomb.

Vamos então procurar uma fórmula que envolva ddp, força, distância e
carga elétrica.
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Na aula de eletrostática, vamos apresentar uma fórmula interessante


para você, que é a do campo elétrico uniforme em função da ddp e da
distância. A fórmula é a seguinte:

E.d = U
Onde E é o campo elétrico, d é a distância entre as placas eletrificadas
que originam o campo e U é a diferença de potencial entre as placas.

Mas falta a força ainda. A força, vamos também apresentar uma fórmula
para você na aula de eletrostática, que é a seguinte:

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F = E.q
Manipulando as fórmulas acima, substituindo E na segunda fórmula:

U
F= .q
d
V
N = .C
m
Nm
V=
C
Logo o item está correto.

Ufa! Essa questão foi muito boa, interessante e bem abrangente.

A resposta correta é o item C (I e IV estão corretas).

21. (CESGRANRIO – OPERADOR I – TRANSPETRO) Para a utilização


em determinados cálculos técnicos, a unidade da pressão medida em um
manômetro, em psi, precisa ser substituída pela grandeza de força e
área. Sem converter o resultado da medição, a grandeza equivalente a
psi é:

(A) lbf/pol 2
(B) lbf/pé2
(C) kgf/cm2
(D) N/mm2
(E) N/m2 07856207612

Resposta: Item A

Comentário:

Essa você tem que memorizar, como em qualquer concurso e qualquer


matéria, tem aquela questãozinha de ura memorização, e essa é uma de
Física que se encaixa nesse tipo de questão.

O psi, aquele que você coloca no pneu do seu carro, aquela unidade que
você chama de “libras”. Popularmente não há problema chamar de libra
a unidade de pressão, afinal de contas a comunicação é estabelecida, o

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borracheiro entende você e coloca a pressão adequada no pneu do seu


veículo.

No entanto, o psi não é igual a libras, na verdade a unidade –


correspondente ao psi é a libra-força por polegada quadrada. Obviamente
você não vai passar a pedir ao borracheiro para ele colocar 30 libras-força
por polegada quadrada no pneu do seu carro de agora em diante, pois
você corre o risco de ele mandar você procurar outro posto.

Mas cientificamente e formalmente o psi é a lbf/pol 2.

Ou seja, a unidade não é SI! A unidade Si de pressão é o Pa, que é


equivalente ao N/m2.

22. (NUCEPE – PC-PI – PERITO CRIMINAL) As grandezas físicas


fundamentais que definem as unidades de base do Sistema Internacional
de Unidades (SI) são: comprimento, massa, tempo, corrente elétrica,
temperatura, quantidade de matéria e intensidade luminosa. As unidades
dessas grandezas no SI são dadas, respectivamente, por:

A) centímetro, grama, segundo, ampère, kelvin, erg, lux.


B) milímetro, quilograma, milissegundo, ampère, célsius, tonelada, joule.
C) metro, quilograma, segundo, ampère, kelvin, mol, candela.
D) metro, grama, segundo, ampère, kelvin, mol, lux.
E) decímetro, quilograma, segundo, ampère, fahrenheit, tonelada,
candela.

Resposta: Item C

Comentário:
Uma questão dada, basta você lembrar-se da tabela que foi colocada na
parte teórica, é uma questão de memorização, mas não se preocupe, pois
você vai se acostumando com as unidades, basta você exercitar muito,
que você acaba pegando naturalmente mesmo, sem forçar a barra pra
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decorar em um dia e esquecer no outro.

Abaixo segue o quadro de que você precisará para matar essa questão.

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Viu como foi fácil marcar o item C, mas você precisa acostumar-se com
essas nomenclaturas e símbolos.

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Exercícios Comentados
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4. Gabarito

01. B 02. A 03. C 04. C 05. C


06. E 07. A 08. D 09. C 10. C –
11. D 12. C 13. C 14. C 15. E
16. A 17. C 18. E 19. A 20. E
21. B 22. A 23. E 24. A 25. C
26. B 27. C 28. A 29. C

Não se deixe abater pelo tamanho da montanha, escale metro a


metro e não volte atrás, apenas quando chegar ao cume, pois
quanto mais você sobe mais perto se está do cume e mais longe
se fica da base”.

Vinícius Silva.

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Aula 02

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Teoria e exercícios comentados
Aula 02 – Cinemática Escalar.

AULA 02: Cinemática Escalar. Cinemática vetorial. Cinemática


angular.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Conceitos iniciais de Cinemática 01
2. Velocidade escalar média 10
3. Movimento Retilíneo e Uniforme 15
4. Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado – 29
MRUV.
5. Questões sem comentários 51
6. Questões Comentadas 57
7. Gabarito 78
8. Fórmulas mais utilizadas na aula 78

1. Conceitos iniciais de Cinemática

Esses conceitos, de agora em diante, serão abordados sempre que


necessário, então fique ligado porque vamos utilizá-los durante todo o
nosso curso. Eles nos ajudarão no embasamento de outros temas e ainda
são cobrados em algumas questões simples, mas que sempre deixam os
candidatos na dúvida.

1.1 Referencial

Referencial é um corpo (ou conjunto de corpos) em relação ao qual são


definidas as posições de outros corpos e também são estudados os
movimentos deles.

Professor, o conceito parece


simples, mas eu nunca entendi
aquela célebre frase: “depende
do referencial”.
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Calma Aderbal, não se preocupe que eu vou tentar tirar a sua dúvida, que
também pode ser a do nosso colega concurseiro.

Quando estamos estudando algum fenômeno ou grandeza, a depender do


referencial adotado, ou seja, do ponto de referencia adotado, esse
fenômeno ou grandeza apresenta comportamentos distintos, dizemos que
aquilo que está sendo estudado depende do referencial.

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Aula 02 – Cinemática Escalar.

Para ficar mais claro, vejamos um exemplo:

Quando você, nobre concurseiro, for um servidor público, certamente – se


deparará por exemplo, com a situação de perseguição policial, caso esteja
estudando para as carreiras policiais.

Imagine a situação hipotética de uma perseguição policial na qual uma


viatura que tem seu velocímetro marcando 100km/h persegue um
veículo suspeito cujo velocímetro marca 90km/h.

Nessa situação uma pergunta poderia ser feita: “Qual a velocidade da


viatura”?

A resposta mais coerente seria a célebre frase que o Aderbal perguntara:


“depende do referencial”.

Se a pergunta for: em relação à Terra ou a qualquer observador fixo na


Terra, como por exemplo, o patrulheiro que ficou no posto de fiscalização,
a resposta é simples e direta: V = 100km/h.

Agora se a pergunta fosse: em relação ao veículo suspeito, a resposta seria


um pouco diferente, pois para o veículo suspeito a situação se passa como
se a viatura se aproximasse apenas com 100km/h – 90km/h =
10km/h, pois o os 90km/h que a viatura possui do seu total de 100km/h
não influenciam em nada em relação ao referencial em movimento do
veículo suspeito.

Viu como é fácil entender o que é referencial. Referencial é um sistema de


referência em relação ao qual se estuda um movimento.
Outras grandezas da cinemática além da velocidade também variam de
acordo com o referencial adotado. Vamos ver isso adiante, nos próximos
itens.
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1.2 Tempo

Tempo é um conceito muito primitivo, associamos ao tempo uma sucessão


de eventos que acontecem.

Não precisamos de muitos comentários por aqui, vamos apenas diferenciar


duas coisas bem simples que são o instante de tempo e o intervalo de
tempo.

a) Instante de tempo:

Instante de tempo é um momento no qual aconteceu alguma coisa durante


uma sucessão de eventos.

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Observe o exemplo abaixo:

Em uma viagem pela rodovia BR 116 um veículo passou pelo marco – do


Km 310 às 10h50min10s medido no relógio de pulso do motorista.

Podemos afirmar, no exemplo acima que o veículo passou pelo marco Km


310 no instante 10h50min10s, pois foi neste momento que aconteceu o
evento passagem. Simples assim.

b) Intervalo de tempo:

Por outro lado, intervalo de tempo é um pouco diferente de instante de


tempo. Toda grandeza física representada por um intervalo é escrita com
uma letra grega, o famoso  “delta”.

Portanto, o intervalo de tempo seria representado no papel da seguinte


forma:

t
Ocorre que todo intervalo de uma grandeza é a subtração da grandeza final
pela grandeza inicial, assim o intervalo de tempo seria:

t = tfinal – tinicial
Podemos concluir que intervalo de tempo é o instante de tempo final
subtraído do instante de tempo inicial.

Um exemplo pra ficar mais claro:

Na prova da PRF de 2009, em uma questão de cinemática, precisamente


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a questão de número 26 do caderno nº. 1, o candidato precisava encontrar


o intervalo de tempo entre dois eventos (a passagem de um veículo por um
posto de fiscalização policial). É claro que a questão não era apenas pra
calcular o intervalo de tempo, porque assim seria uma questão de
matemática e não de Física (rsrsrsrs).

O enunciado segue abaixo:

(PRF-2009/FUNRIO) Ao longo de uma estrada retilínea, um carro passa


pelo posto policial da cidade A, no km 223, às 9h 30min e 20 s, conforme
registra o relógio da cabine de vigilância. Ao chegar à cidade B, no km 379,
o relógio do posto policial daquela cidade registra 10h 20 min e 40 s. O
chefe do policiamento da cidade A verifica junto ao chefe do posto da cidade

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B que o seu relógio está adiantado em relação àquele em 3min e 10 s.


Admitindo-se que o veículo, ao passar no ponto exato de cada posto
policial, apresenta velocidade dentro dos limites permitidos pela rodovia, o

que se pode afirmar com relação à transposição do percurso pelo veículo,
entre os postos, sabendo-se que neste trecho o limite de velocidade
permitida é de 110 km/h?

Note então que os termos destacados envolvem a grandeza tempo,


simplificando o enunciado, a banca afirma que um veículo passou em um
posto policial A às 9h 30min e 20 s e depois passou por um posto B às
10 h 20 min e 40 s e ainda afirmou que há um adiantamento de 3min e
10s do relógio do posto A em relação ao relógio do posto B.

t = tfinal - tinicial

Mas antes vamos arrumar o relógio A, que na verdade, em relação ao


relógio B (nosso relógio de referência) marcaria 9h 30min e 20s – 3min
e 10s = 9h 27min e 10s.

Portanto, o intervalo de tempo t seria:

t = tfinal - tinicial = 10h 20min e 40s – 9h 27min e 10s

t = 53min e 30s

Note que o cálculo do t não é tão simples como era o do instante de tempo,
a questão ainda pode atrapalhar a nossa vida inserindo esse adiantamento
de um relógio em relação ao outro e dificultar o raciocínio.

1.3 Móvel
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Móvel é um conceito muito simples, em diversas questões de prova a banca


pode se referir a esse termo, que nada mais é do que um corpo que pode
se movimentar de acordo com os ditames que o problema especificar em
seu enunciado.

Um móvel pode ser um bloco, um veículo, um helicóptero, uma pessoa,


etc.

Os móveis são separados em dois grandes subgrupos, que são os pontos


materiais e os corpos extensos.

1.3.1 Ponto material

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Ponto material é um conceito um pouco mais difícil de entender, mas não


se preocupe que vamos tornar a sua vida fácil.

Ponto material é um móvel ou um corpo cujas suas dimensões não– são


importantes/relevantes para a análise do problema.

Um exemplo bem simples: Uma formiga caminhando num campo de futebol


da magnitude do maracanã.

É claro que o tamanho da formiga não será relevante para saber se ela está
mais próxima da linha de fundo ou do círculo central do campo.

Já pensou se em cada problema desse você tivesse que responder assim:


“a pata da frente da formiga está a uma distância de X metros da trave
enquanto que a pata traseira está a uma distância de X + 0,0000001 mm.
Os problemas seriam realmente impraticáveis.

Outro exemplo bem simples, que veremos em breve nesta aula é a


ultrapassagem de móveis. Quando queremos analisar o tempo que leva
para um corpo ultrapassar outro, é interessante que você saiba se estamos
lidando com um corpo extenso ou com um ponto material, pois se
estivermos tratando de um ponto material, a ultrapassagem será
completada quando um corpo alcançar o outro, não se levando em conta
as dimensões de cada um deles na análise do problema.

Veja as figuras abaixo e responda em qual delas temos um ponto material.

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Figura 1

Figura 2

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Resposta: É na figura 2 que temos pontos materiais, pois as dimensões


dos veículos nem foram citadas no problema, e não devem importar na
resolução de problemas envolvendo a cinemática de seus movimentos.

1.3.2 Corpo Extenso

Após entender o ponto material, fica muito mais fácil de compreender que
o corpo extenso é o oposto. Se um ponto material é um móvel ou corpo
cujas dimensões não são relevantes para a resolução dos problemas, o
corpo extenso apresenta dimensões consideráveis.

No maracanã, uma formiga tem dimensões irrelevantes e por isso é tratada


como ponto material. Por outro lado, um helicóptero pousado sobre o
campo tem dimensões relevantes em um problema de Física.

No último exemplo do tópico anterior, podemos notar que no caso da figura


1 os caminhões são tratados como corpos extensos, pois suas dimensões
são relevantes na resolução dos problemas, inclusive a figura apresenta o
valor do comprimento do caminhão, informação muito importante para, por
exemplo, o cálculo do tempo de ultrapassagem.

1.4 Posição, Variação da posição e Espaço percorrido

Posição é a medida da distância que um corpo guarda da origem de um


referencial, medida ao longo dele. Pode ser positiva ou negativa, de
acordo com a origem do sistema de referência. Geralmente simbolizada
pela letra “S”

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Note, no desenho acima, que uma das posições da bola é S = +2m.


Podemos ter ainda posições negativas ou nulas, como no caso do móvel
posicionado antes da origem ou sobre ela.

Variação da posição, por sua vez, é o famoso S, que nada mais é do que
a diferença entre a posição final e a posição inicial de um móvel
quando em movimento sobre uma trajetória em um determinado
referencial. Observe a figura abaixo:

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A posição final do corpo é SF = 9m enquanto que a posição inicial é S0 =


4m. Portanto, a variação da posição ou S = = 9m – 4m = 5m.

Basta você subtrair as posições.

Note, deste conceito, que podemos ter três situações distintas para o S:

 Positivo: Quando a posição final é maior que a inicial. Nesse caso o


corpo está se movendo no sentido positivo da trajetória.

 Negativo: Quando a posição final é menor que a inicial. Nesse caso


o corpo está se movendo no sentido negativo da trajetória.

 Nulo (zero!): Quando as posições final e inicial são iguais. Nesse


caso corpo sai e volta para a mesma posição.

Espaço percorrido é o espaço efetivo (sem levar em conta se o corpo está


a favor ou contra a trajetória, verificando apenas a distância efetivamente
percorrida) que o corpo percorre quando em movimento em um
determinado sistema de referência. Observe a figura abaixo:

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Nela, podemos afirmar que o corpo ao se mover da posição S0 = +2m para


a posição SF = -2m, percorreu uma distância efetiva de 4m.

Assim, no cálculo o espaço percorrido ou distância percorrida, não se levam


em conta sinais ou sentidos positivos ou negativos. Todas as distâncias são
consideradas em módulo.

A consequência mais direta é o fato de que a distância percorrida é, se


houver movimento em relação a um referencial, sempre positiva.

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Veja que se o corpo parte da posição +2m e volta para ela, perfazendo a
trajetória acima, ou seja, indo até a posição -2m, o seu S é nulo, pois o

corpo saiu e voltou para a mesma posição. No entanto, o espaço percorrido
não foi nulo, muito pelo contrário, o espaço percorrido foi de 4m (ida) +
4m (volta) = 8m (total)

1.5 Movimento e Repouso

Esses dois conceitos devem gerar muita confusão na cabeça sua cabeça, e
agora você vai ver como nunca foi tão fácil entender movimento e repouso.

Você deve se lembrar do conceito de referencial. Se não lembrar volte


algumas páginas para refrescar a memória. Acredito que o conceito de
posição você também se lembra, afinal de contas acabamos de ver no item
anterior.

Movimento e repouso então são duas situações físicas as quais podemos


resumir em dois conceitos bem simples:

 Movimento: Um corpo está em movimento em relação a um


referencial R, se a sua posição muda com o passar do tempo, em
relação a R.

 Repouso: Um corpo está em repouso em relação a um referencial R,


se a sua posição não muda com o passar do tempo, em relação a
R.

Observe que esses dois conceitos dependem do referencial adotado.

Fixado o referencial, basta ver se a posição do corpo muda ou se se mantém


constante ao longo do tempo.
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Na figura acima, podemos fazer algumas observações:

 O ônibus amarelo encontra-se em movimento em relação ao


observador fixo na Terra, pois sua posição vai diminuindo em relação
ao homem sentado.

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 O ônibus encontra-se em repouso em relação a um observador fixo


dentro do ônibus, pois a posição do ônibus é sempre a mesma para
quem está parado dentro do ônibus. –

 O Senhor de camisa roxa encontra-se em repouso em relação à terra,


pois sua posição não muda em relação à Terra. Por outro lado o
Senhor de camisa roxa encontra-se em movimento em relação ao
ônibus, pois a medida que o tempo passa a sua posição muda em
relação ao ônibus, ele vai ficando mais próximo do ônibus.

 As duas pessoas que se encontram dentro do ônibus encontram-se


em repouso uma em relação a outra, pois suas posições se mantêm
as mesmas.

 As pessoas dentro do ônibus encontram-se em movimento em


relação à Terra, pois suas posições mudam com o passar do tempo.

Ufa! Viram quantas possibilidades de situações de movimento e repouso


podemos ter nessa situação aparentemente simples.

1.6 Trajetória

Esse é o último conceito básico que precisamos aprender antes de adentrar


nos cálculos de velocidade média.

Trajetória é um conceito bem tranquilo. Podemos defini-la como sendo a


linha geométrica que o corpo descreve em relação a um referencial quando
em movimento em relação a esse referencial.

A trajetória pode assumir o formato de diversas figuras geométricas como,


por exemplo, retas, curvas, elipses, parábolas, etc.
07856207612

Note que é mais um conceito que depende do referencial adotado, ou seja,


a trajetória de um corpo pode ser “A” em relação ao referencial 1, ao
passo que pode ser “B” em relação ao referencial 2.

Para ficar mais claro vamos a um exemplo:

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Na figura acima, um avião deixa cair uma bomba para que exploda na
Terra.

Se eu lhe perguntasse qual a trajetória da bomba, qual seria a sua


resposta?

Ora professor, eu lhe responderia com


outra pergunta: “em relação a quem”?

Exatamente Aderbal, a trajetória é um conceito relativo, portanto,


precisamos saber o referencial para responder à pergunta.

Pois bem, em relação à Terra, qual seria a trajetória da bomba?

Em relação à Terra, é fácil: basta notar que o corpo além da queda vertical,
sofrerá um movimento na horizontal, devido a velocidade do avião, que é
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compartilhada pela bomba.

Assim, a trajetória será uma curva parabólica, em relação à Terra.

Por outro lado, a trajetória da bomba em relação ao piloto do avião ou a


qualquer um que esteja dentro dele será uma reta vertical, pois aquele
movimento horizontal que a bomba sofre, o avião e todos que estão dentro
dele também sofrem, assim não se nota o movimento horizontal da bomba
de dentro do avião, apenas o vertical.

2. Velocidade escalar média

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É a partir daqui que talvez você comece a ter dificuldades e meu papel é
fazer as coisas ficarem fáceis para você.


Velocidade média é um conceito fácil, que você provavelmente já utilizou
no seu dia a dia. Imagine a situação abaixo descrita, a qual tem relação
direta com o conceito de velocidade média.

“Em uma viagem, você já deve ter feito a seguinte afirmação: se eu


mantiver uma velocidade média de X km/h chego ao meu destino em Y
horas”.

Você talvez não saiba, mas nessa situação você utilizou o conceito de
velocidade média. Veja abaixo o conceito.

“Velocidade média é a variação da posição ocorrida em um


referencial por unidade de tempo”.

Matematicamente,

Stotal
V
t total
Parece simples, e é simples mesmo.

No exemplo da viagem, o que você fez foi calcular o tempo, e não a


velocidade média, mas tudo se passa da mesma forma. Você conhecia a
velocidade média e a distância e assim efetuou um cálculo simples para
obter ao intervalo de tempo.

Portanto, o que devemos fazer para calcular a velocidade média de um


corpo é dividir o Stotal pelo ttotal.
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Observe o exemplo prático abaixo:

Qual é a velocidade média do veículo representado na figura acima?

É simples mesmo. Basta calcular o Stotal e dividi-lo pelo ttotal.

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Portanto,

Stotal –
V
t total
Sfinal  Sinicial
V
t final  t inicial
190km  30km
V
2h  0h
160km
V
2h
 V  80km / h

As questões mais difíceis de velocidade média são aquelas em que o


percurso é dividido em várias partes, obrigando o aluno a fazer vários
cálculos.

Nesse tipo de questão, basta você ir com calma calculando em partes o


intervalo de tempo e o S correspondente.

2.1 Diferença entre velocidade média e velocidade instantânea

Observe que a velocidade média calculada no último exemplo do item


anterior (80km/h) não nos permite afirmar que durante todo o intervalo de
tempo de 2h o veículo desenvolveu essa velocidade de modo constante.
Provavelmente, em virtude de condições adversas de trânsito o veículo
deve ter desenvolvido velocidades menores e por vezes maiores que a
velocidade média de 80km/h.

É daí que nasce o conceito de velocidade instantânea.

Velocidade instantânea seria a velocidade que o corpo possui num


07856207612

determinado instante de tempo, e você já sabe o que é instante de


tempo, é aquele momento considerado em si só.

Professor, onde eu posso


observar a velocidade
instantânea?

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Caro Aderbal, a velocidade instantânea é aquela que aparece no


velocímetro do seu carro e do nosso nobre aluno.

No Velocímetro acima a velocidade instantânea do veículo no momento em


que a foto foi batida era de 120km/h.

Observe um exemplo que ocorre comigo com frequência:

Moro atualmente em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, região do


Cariri. Em minhas viagens com a família para Fortaleza (visitar os pais)
geralmente levo 6 horas para percorrer os 540km que separam as duas
cidades na trajetória da BR 116.

Qual é a velocidade média desenvolvida por min durante uma de minhas


viagens de carro para Fortaleza?

Basta aplicar a fórmula vista acima:

Stotal
V
t total
540km
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V
6h
 V  90km / h
Portanto, na média, percorri 90km a cada hora.

Mas vocês acham mesmo que com mulher e filha dentro do carro é possível
percorrer a cada hora noventa quilômetros, durante um trajeto de 540km?
A resposta é negativa!

Geralmente durante uma viagem longa temos algumas paradas para


reabastecimento, alimentação, etc.

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Então como é possível desenvolver uma velocidade média de 90km/h?

É simples, basta desenvolver velocidades instantâneas maiores durante o


movimento, isso significa que em alguns vários momentos da viagem – eu
desenvolvi velocidades instantâneas de 100km/h, 120km/h, 140km/h,
para compensar os momentos de paradas e de velocidades reduzidas.

Acredito que agora você compreendeu o conceito de velocidade média e


sua diferença em relação à velocidade instantânea.

2.2 Unidades de velocidade

Esse é outro tema muito importante que aparece sempre em provas para
fazer você errar, algo que doravante não acontecerá mais.

Existem várias unidades de velocidade e você deve estar atento para a


transformação entre elas.

A unidade utilizada pelo Sistema Internacional (SI) é o m/s (metro por


segundo), se você tem dúvidas quanto a isso, volte às tabelas da aula 00,
foi lá que eu lhe ensinei como determinar a unidade de uma grandeza física.

Essa unidade, no entanto, não é a mais usual. No nosso dia a dia as


velocidades são expressas na maioria das vezes em Km/h.

A unidade do resultado será dada de acordo com os dados fornecidos na


questão. Se em uma questão são fornecidas distâncias em Km e tempos
em h, a resposta será em Km/h. Por outro lado, se as distâncias foram
expressas em m e os tempos em s, a velocidade será fornecida em m/s.

Professor, mas se na
questão ele fornecer os
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dados em uma unidade e


pedir a resposta em outra?
Como eu faço?

Boa pergunta!

É isso que gera muitos erros. O candidato bem preparado então deve
transformar as unidades, e isso é feito de acordo com o quadro abaixo:

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Exemplos:

 36km/h = 10m/s
 72km/h = 20m/s
 108km/h = 30m/s
 54km/h = 15m/s

Eu não recomendaria, a princípio, transformar a distância, depois


transformar o tempo e finalmente dividir um pelo outro. Prefira transformar
o resultado.

Existem outras unidades menos comuns, mas que poderemos abordar


durante as questões.

3. Movimento Retilíneo e Uniforme

O movimento retilíneo e uniforme é um dos movimentos que são cobrados


em provas de concursos, para estudá-lo você precisa estar afiado em
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velocidade média, que foi o assunto que acabamos de tratar.

No seu dia a dia, você certamente já se deparou com situações envolvendo


veículos em MRU.

3.1 Conceito

O Movimento Retilíneo e Uniforme – MRU é aquele movimento cuja


trajetória é retilínea e o módulo da velocidade se mantém constante
durante todo o movimento.

Desse conceito podemos tirar duas conclusões:

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a) Pelo fato de a trajetória ser retilínea, podemos afirmar que não há curvas
no movimento. Assim a aceleração centrípeta do corpo é nula.


Professor, mas o que é
essa tal aceleração
centrípeta?

Esse assunto não será abordado nessa aula, mas vale a pena explicar
apenas que aceleração centrípeta é uma das componentes da aceleração
e ela só existe quando a trajetória é curvilínea (possui curvas) como não
temos curvas, não temos aceleração centrípeta.

b) Pelo fato de a velocidade se manter constante em módulo, então


podemos afirmar que o movimento não terá aceleração tangencial.

Professor, mas o que é


essa tal aceleração
tangencial?

A aceleração tangencial é a componente da aceleração que aparece em


trajetórias retilíneas (retas) ou curvilíneas (possui curvas), mas que tem
por função a modificação do módulo (valor, intensidade) da velocidade.

Assim, a conclusão a que chegamos é que no MRU não há aceleração de


nenhuma natureza, seja ela tangencial ou centrípeta.
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Portanto, o vetor velocidade manter-se-á constante em módulo,


direção e sentido.

Como a velocidade se mantém constante, podemos afirmar também que a


velocidade média é sempre a mesma, ou seja, a velocidade média é
sempre igual à velocidade instantânea, que por sua vez é constante
também, durante todo o movimento.

O MRU pode ser representado esquematicamente na forma abaixo:

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Qualquer que seja o instante de tempo, a velocidade terá sempre o mesmo


módulo, a mesma direção e também o mesmo sentido.

Desse conceito podemos concluir que para intervalos de tempos iguais,


teremos sempre o mesmo S ou espaço percorrido (no caso do MRU não
há distinção entre S e espaço percorrido). Veja a representação gráfica
abaixo.

Note que para intervalos de tempos iguais a 1s, temos sempre o mesmo
S ou espaço percorrido de 4m.
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Essa é uma das principais consequências do MRU, e pode ser cobrada em


uma questão teórica contextualizada com a prática em qualquer concurso,
principalmente os das áreas policiais.

Esses exemplos ilustram bem o conceito do MRU que você deve ter em
mente no momento da prova, bem como para situar-se nos mais diversos
tipos de movimento que serão estudados no decorrer do nosso curso.

3.2 Classificação do MRU

O MRU pode ser classificado de acordo com o sentido do movimento em


dois tipos. Veja.

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a) Movimento Progressivo:

É o movimento no qual o móvel percorre a trajetória no sentido positivo


das posições. Simplificadamente, a favor da trajetória. –

Na figura acima podemos afirmar que a velocidade do corpo é sempre a


mesma (30 km/h) e também que a motocicleta move-se a favor da
trajetória, em movimento progressivo.

Note que no movimento progressivo as posições do corpo aumentam com


o tempo, de modo que as posições finais são sempre maiores que as
iniciais. (Sfinal > Sinicial).

Da observação acima podemos chegar à seguinte conclusão:

S
V
t
S S
V  final inicial , como Sfinal  Sinicial e t  0 (sempre)
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t
V0
Portanto, a conclusão a que chegamos é que em todo movimento
progressivo a velocidade é positiva.

MOVIMENTO PROGRESSIVO  V > 0

b) Movimento retrógrado:

No movimento retrógrado, os conceitos se invertem.

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É o movimento no qual o móvel percorre a trajetória no sentido negativo


das posições. Simplificadamente, contra a trajetória.

Na figura acima podemos afirmar que a velocidade do corpo é sempre a


mesma (-30km/h) e também que a motocicleta move-se contra a
trajetória, em movimento retrógrado.

Note que no movimento retrógrado as posições do corpo diminuem com o


tempo, de modo que as posições finais são sempre menores que as iniciais.
(Sfinal < Sinicial).

Da observação acima podemos chegar à seguinte conclusão:

S
V
t
S S
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V  final inicial , como Sfinal  Sinicial e t  0 (sempre)


t
V0
Portanto, a conclusão a que chegamos é que em todo movimento
retrógrado a velocidade é negativa.

MOVIMENTO RETRÓGRADO  V < 0

É fundamental que você, candidato, não confunda a classificação acima


estudada com outro conceito que é o de movimento acelerado e
retardado, estes últimos são dois conceitos bem distintos, que serão

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estudados em um momento posterior de nossa aula, quando estivermos


lidando com os movimentos variados.

3.3 Equação Horária do MRU –

Nesse ponto iremos estudar a equação horária do MRU, será através dela
que vamos determinar a posição de um corpo de acordo com o tempo.

Fazendo uso da equação horária ou equação do espaço no MRU,


poderemos determinar a posição do móvel em quaisquer instantes de
tempo, para isso bastam ser conhecidas a velocidade do corpo (que é
constante) e a posição inicial dele.

a) Velocidade do corpo (V):

Esse conceito é simples, já vimos que a velocidade de um corpo em MRU


é sempre constante, e essa velocidade é a sua própria velocidade média.

b) Posição inicial (S0):

A posição inicial de um móvel em MRU é a posição que o móvel ocupa no


início da contagem dos tempos, ou seja, é a posição que o corpo ocupa
quando t0 = 0.

Ah professor, esse S0 é aquele que é


sempre igual à zero?

Não Aderbal, cuidado com o S0! A posição inicial não necessariamente é


igual à zero, mas pode ser. 07856207612

Entenda bem, a posição inicial é o lugar que um móvel encontra-se quando


o movimento começa a ser estudado, e essa posição pode ou não ser igual
a zero.

Observe os exemplos abaixo:

Exemplo:

Um automóvel encontra-se inicialmente no km 0 da BR116 na rotatória da


avenida Aguanambi (que é o marco zero da BR116).

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BR116
Km0
CE

O espaço inicial, caso o movimento do corpo comece a ser estudado quando


ele passar pelo km0 será igual à zero, ou seja, S0 = 0.

Exemplo:

Por outro lado, caso o movimento do veículo comece a ser estudado quando
este se encontrar na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, então a posição
inicial do automóvel não será igual à zero. Veja.

BR116 BR116
Km 0 Km 540
CE CE

No caso acima o espaço inicial ou a posição inicial do móvel é igual a 540


07856207612

km, ou seja, S0 = 540 km.

Portanto, não pense que o S0 será sempre igual a zero!

Vistos esses conceitos de posição inicial e velocidade, vamos à


demonstração da equação horária ou equação da posição de um corpo em
MRU.

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Na figura acima o carrinho do Felipe Massa sai da posição S0 e depois, num


instante de tempo t qualquer, movendo-se com velocidade constante V,
ele encontra-se numa posição S.

Nossa tarefa é encontrar uma equação que relacione os termos negritados


do parágrafo acima.

Então, vamos partir do conceito, que é o fato de a velocidade ser


constante o tempo inteiro.

S
V  S  V  t
t
 S  S0  V  t  t 0 
 S  S0  V   t  t 0  , como na maioria dos movimentos t 0  0
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 S  S0  V  t

Chegamos assim à famosa fórmula:

 S  S0  V  t
Perceba que essa fórmula irá nos fornecer os valores de S (posição) para
quaisquer instantes de tempo que você quiser.

Observe alguns exemplos:

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S0 V S = S0 + Vt
3m 2 m/s S = 3 +2t
6m -3 m/s S = 6 – 3t –
0m 4 m/s S = 4t

Na equação da primeira linha:

 S = 3 +2t

S T
3m 0
7m 2s
23 m 10s

Assim, você pode calcular qualquer S, conhecendo o valor de t.

Outra aplicação prática da equação da horária é o encontro de móveis e


ultrapassagem de corpos.

Várias questões de prova envolvem esse fenômeno.

Na ultrapassagem de móveis, caso eles sejam pontos materiais, ela


ocorrerá quando as posições de ambos forem iguais.

Portanto, nas questões de ultrapassagem, podemos determinar as


equações das posições de cada um dos móveis e depois igualamos as
equações a fim de encontrar o instante de tempo no qual os corpos se
encontram.

Nos exercícios comentados vamos nos deparar com muitas questões desse
tipo.
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3.4 Gráficos do MRU

O MRU pode ser representado graficamente, aliás, todo movimento pode


ser estudado graficamente. Nesse ponto da aula você precisará lembrar
alguns conceitos das aulas de matemática, precisamente de funções do 1º
grau.

No último ponto da aula chegamos à equação horária ou equação da


posição de um móvel quando em MRU.

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 S  S0  V  t

Essa equação pode ter o seu comportamento estudado por meio de um
gráfico no plano xOy, onde nos eixos ”x” e “y” estarão postados os valores
de “t” e “S” respectivamente.

Assim, substituindo, teremos:

 y  S0  V  x
 y  a bx
Os valores de S0 e V são constantes e, portanto, podem ser substituídos
pelas letras “a” e “b”, que representam constantes.

Da última equação, podemos concluir que o gráfico no plano xOy será uma
reta, pois a função horária passou a ser uma função do primeiro grau.

Vamos agora detalhar em cada tipo de movimento o gráfico


correspondente.

3.4.1 Gráfico S x t do MRU progressivo

No MRU progressivo, a velocidade é sempre positiva, se você não se lembra


desse detalhe, volte algumas páginas, onde foi detalhada toda a
classificação do MRU.
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Assim, como temos V > 0, para qualquer “t”, b > 0.

 y  abx
Logo a reta será crescente.

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O gráfico acima representa um MRU progressivo.

É importante verificar que a inclinação da reta está diretamente ligada à


velocidade constante do móvel. Veja.

S C.O
tgq 
C.A
S  So
tgq 
t 0
S
S
tgq 
t
Cateto

q
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oposto

S0 n
tgq  V
Cateto
adjacente

0 t t

Portanto, a velocidade constante do móvel em MRU é numericamente igual


à tangente do ângulo de inclinação da reta do gráfico (S x t).

Essa propriedade será bastante utilizada nas questões desta aula.

3.4.2 Gráfico S x t do MRU retrógrado

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No caso do MRU retrógrado, o móvel percorre a trajetória no sentido


contrário ao sentido positivo dos espaços (marcha à ré).

A diferença é que à medida que o tempo passa, os espaços diminuem, pois
o móvel está se movendo contra a trajetória.

O gráfico continuará sendo uma reta, só que desta vez será uma reta
decrescente. Veja.
S

S0

Em relação à observação que fiz no gráfico do movimento progressivo,


podemos afirmar que a mesma observação também é válida para o caso
do movimento retrógrado. Veja.
C.O
tgq  tg 
S C.A
S S
tgq   0
S0 t 0
S
tgq  
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Reta
Cateto decrescente t
oposto
n
q tgq  V

S
Cateto
adjacente

0
t t
Assim, fica provado que a propriedade continua válida.

3.4.3 Gráfico V x t do MRU progressivo

Agora vamos estudar o gráfico V x t do MRU.

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Nesse gráfico a análise matemática é bem mais simples, pois a velocidade


do móvel é constante.

Assim,
V  K (cons tante)
Mais uma vez vamos postar os valores de t no eixo “x” e o respectivo valor
de V constante no eixo “y”.

V  K (cons tan te)


y K
No gráfico, temos:

V
Reta
constante

V
V>0
Movimento
Progressivo

t
Ou seja, não há dificuldades em analisar o gráfico, pois será sempre uma
reta constante, paralela ao eixo dos tempos, uma vez que não haverá
variação do módulo da velocidade em um MRU.
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O detalhe que você deve ficar atento é ao fato de que a reta estará
posicionada acima do eixo vertical, pois o movimento é do tipo progressivo
(V > 0).

3.4.4 Gráfico V x t do MRU retrógrado

Caro aluno, nesse ponto a única diferença é que no movimento retrógrado


a velocidade é negativa.

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Professor, por que no movimento


progressivo a velocidade é positiva e no
retrógrado ela é negativa? –

Aderbal, isso foi provado na parte de classificação dos movimentos, mas


vou “quebrar seu galho” e lhe dar essa “colher de chá”.

Não se esqueça de que a velocidade está diretamente ligada ao fato de o


movimento estar a favor ou contra a trajetória.

 A favor da trajetória: V > 0 (progressivo)


 Contra a trajetória: V < 0 (retrógrado)

Voltando ao gráfico do MRU retrógrado, estávamos falando acerca da


velocidade negativa no movimento retrógrado.

Assim, o gráfico tem a seguinte representação:

V
Reta
constante
t

V<0
Movimento
Retrógrado
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A reta estará posicionada abaixo do eixo dos tempos, por ter a velocidade
sempre valores negativos.

3.4.5 Propriedade do gráfico V x t do MRU

Para finalizar o assunto de Gráficos do MRU, temos que demonstrar uma


propriedade importante que existe no gráfico V x t.

Acima, ficou claro que o gráfico V x t é uma reta paralela ao eixo dos
tempos. Agora vamos verificar uma propriedade importante que será
utilizada na resolução de algumas questões.

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Vamos calcular a área abaixo do gráfico (lembre-se de que a área será o


produto da base pela altura do retângulo).

V –
A  bh
V A  (t 2  t1 )  V
A  t  V
A
n
A  S
t1 t2 t

Portanto, podemos afirmar que no gráfico V x t do MRU a área sob o


gráfico é numericamente igual ao S.

N
A  S

4. Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado – MRUV.

Como já foi dito anteriormente o MRUV é um movimento muito importante,


ele está envolvido em frenagens e acelerações, de modo que a velocidade
será sempre variável, é muito comum a análise de cenas de acidentes
de trânsito no qual um perito, por exemplo, ou um PRF faz uma estimativa
de velocidade do veículo a partir da marca de frenagem na pista, e você
vai aprender a fazer isso nas próximas páginas.

Professor, então se o movimento


07856207612

tiver velocidade variável então ele é


um MRUV?

Cuidado Aderbal!

Nem todo movimento que possui velocidade variável será um MRUV, mas
todo MRUV possui velocidade variável.

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Professor, isso tá
parecendo raciocínio
lógico.

Pois é Aderbal, parece mesmo, mas para você entender bem essa história
de velocidade variável, você precisa é conhecer o conceito de MRUV.
Vamos ao conceito.

4.1 Conceito

O MRUV tem como conceito o seguinte: “É aquele movimento que possui


trajetória retilínea e aceleração constante”.

Veja que o próprio nome já te dá uma dica:

M  Movimento
R  Retilíneo  trajetória é uma reta
U  Uniformemente  variação uniforme
V  Variado  velocidade variável

Vamos por partes:

a) Trajetória retilínea: isso significa que a trajetória é uma reta, fato


simples de se entender pela própria etimologia da palavra. Isso vai gerar
uma consequência já vista anteriormente, que é o fato de a aceleração
centrípeta ser nula. 07856207612

Professor, essa tal aceleração


centrípeta é aquela responsável
pela mudança na direção do
movimento?

Exatamente Aderbal!

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É bem previsível que se a trajetória é retilínea, então não pode haver a


aceleração centrípeta, uma vez que esta é responsável pela mudança na
direção do movimento e a direção será sempre a mesma (reta).

b) Aceleração constante: A aceleração é um conceito que você precisa
conhecer antes de prosseguimos no conceito.

*Aceleração

A aceleração trabalhada nesta aula é a aceleração tangencial, ou seja,


tangente à trajetória e tem a função de modificar o módulo da
velocidade.

Assim, a aceleração é a grandeza cinemática responsável pela


medida do aumento ou redução no valor da velocidade do móvel,
de acordo com o tempo.

Podemos resumir o conceito de aceleração como a grandeza física que nos


indica o ritmo com que a velocidade escalar de um móvel varia.

A aceleração escalar média corresponde à aceleração escalar que o móvel


poderia ter mantido constante num certo intervalo de tempo.

Professor, e como eu
calculo essa
aceleração tangencial
que vamos trabalhar
nessa aula?

07856207612

Boa pergunta Aderbal!

Para calcular essa aceleração é muito simples, você e o concurseiro que


estiver acompanhando essa aula terão de memorizar a fórmula abaixo:

V
a
t
É bem previsível a fórmula acima, basta você lembrar-se do conceito de
aceleração, que é a grandeza responsável pela medida da variação da

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velocidade, a fórmula então traduz a variação da velocidade no intervalo


de tempo correspondente.

– no
A aceleração é, portanto, a medida da taxa de variação da velocidade
tempo.

No Sistema Internacional (SI), a unidade para a aceleração escalar média


é o metro por segundo por segundo (m/s/s), que abreviamos por m/s 2.
Outras unidades podem ser utilizadas, tais como cm/s2 e km/h2.

Visto o conceito de aceleração, vamos a alguns exemplos para fixar a ideia


de aceleração:

Exemplo (VINÍCIUS SILVA): Um automóvel trafega na BR116 e é


observado por um radar móvel quando passa pelo KM25, às 08:00,
na cidade de Horizonte, com uma velocidade de 15m/s. Ao passar
pelo KM145, às 09:30, sua velocidade foi verificada pelo radar fixo
do posto policial, que registrou o valor de 162km/h. Qual foi a
aceleração média do veículo no seu trajeto de Horizonte até
Russas?

Questão simples, mas que está rodeada de detalhes que devem ser bem
explicados.

Primeiramente veja que o enunciado solicitou o cálculo da aceleração


média, que é a aceleração suposta constante em todo o intervalo de tempo,
o conceito aqui é semelhante ao de velocidade média. Vamos ao cálculo,
depois voltamos a explicar essa história de aceleração média.

Partindo da fórmula que foi colocada, temos:

V
a
t
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Precisamos encontrar a variação da velocidade que é a subtração da


velocidade final da inicial, assim:

162
V  VFINAL  VINICIAL  m / s  15m / s  30m / s
3,6

Observe que a velocidade em km/h foi transformada para m/s, de acordo


com o que foi explicado na parte inicial desta aula.

Logo, a velocidade aumentou 30m/s durante o trajeto do veículo.

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A variação do tempo é simples também, basta subtrair os instantes de


tempo final do inicial. Vejamos.

V  t FINAL  t INICIAL  09 : 30  08 : 00  1 : 30  90 min  90 x60  5400 s

Para obtermos a aceleração, basta aplicar a fórmula:

V 30m / s
a   0,0056 m / s 2
t 5400 s
Ou seja, a velocidade aumentou em média, 0,0056m/s a cada segundo que
se passou. O valor acima foi pequeno por conta do intervalo de tempo,
geralmente as acelerações são calculadas em curtos intervalos de tempo
da ordem dos segundos.

Exemplo (VINÍCIUS SILVA): O condutor de um automóvel de


passeio envolvido em um acidente relatou ao Policial Rodoviário de
plantão que trafegava com uma velocidade de 72km/h no momento
em que avistou o caminhão parado na pista e freou bruscamente,
contudo o espaço entre os veículos não foi suficiente para evitar o
acidente, pois o automóvel ao colidir estava a uma velocidade de
10m/s. Considerando que o tempo decorrido desde a pisada no
freio e a colisão foi de 5s, calcule a aceleração do veículo, suposta
constante.

Trata-se de mais um bom exemplo de aceleração em movimentos variados,


nesse problema vamos continuar aplicando a fórmula da aceleração.

V
a
t
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Vamos calcular a variação da velocidade, uma vez que a variação do tempo


foi fornecida quase que diretamente (5s).

72
V  VFINAL  VINICIAL  10m / s  m / s  10m / s
3,6

Mais uma vez, tivemos de transformar uma das velocidades dadas em km/h
em m/s.

Portanto a aceleração será dada por:

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V  10m / s
a   2m / s 2
t 5s –

O significado dessa aceleração é que a velocidade do corpo diminuiu (sinal


negativo) 2m/s a cada segundo que passou.

Exemplo: (PM – OFICIAL – CESPE/2012) Considere que, durante uma


perseguição policial, uma viatura conduzida por um oficial combatente
tenha atingido 100 km/h em 11,2 s, tendo partido do repouso em um
movimento retilíneo uniformemente acelerado. Nessa situação, o módulo
da aceleração escalar da viatura, nesse percurso, foi

A) inferior a 0,3 m/s².


B) superior ou igual a 0,3 m/s² e inferior a 1 m/s².
C) superior ou igual a 1 m/s² e inferior a 5 m/s².
D) superior ou igual a 5 m/s² e inferior a 9 m/s².
E) superior ou igual a 9 m/s².

Basta usar mais uma vez a definição de aceleração, atentando para o fato
de ter de transformar a velocidade final atingida pelo veículo para a unidade
correta, qual seja, m/s2.

V
a
t
100
0
3, 6
a
Assim, 11, 2 .

a  2, 48m / s
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Logo, a resposta correta é a alternativa C.

Bom, esses três exemplos ilustram bem a ideia de aceleração e o cálculo


básico do seu valor.

Assim, podemos concluir o seguinte:

 Se a > 0  V aumenta
 Se a < 0  V diminui

Agora vamos voltar ao item “b” do conceito de MRUV.

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Estávamos afirmando que o MRUV é um movimento cuja aceleração é


constante.


Portanto, a variação da velocidade em um MRUV pode ser considerada
constante com o tempo, ou seja, a velocidade aumenta ou diminui de
maneira uniforme.

Professor, é por isso


que o MRUV é
uniformemente
variado?

Exatamente Aderbal!

O MRUV tem esse nome porque a velocidade varia de maneira uniforme e


isso quer dizer que a aceleração é constante. Essa ideia tem que ficar bem
sedimentada na sua cabeça.

Lembre-se de que no MRU, para tempo iguais tínhamos espaços iguais


percorridos pelo móvel. No MRUV as coisas mudam um pouco e os espaços
podem aumentar ou diminuir com o tempo.

No esquema abaixo você verifica que no MRUV os espaços podem diminuir


ou aumentar de acordo com a situação apresentada.

 Quando V aumenta  espaços maiores no mesmo intervalo de


tempo.

 Quando V diminui  espaços menores no mesmo intervalo de


07856207612

tempo.

Nesse caso como a pessoa


AUMENTA o seu
deslocamento no mesmo
intervalo de tempo então a
velocidade da pessoa
aumenta.

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Nesse caso a pessoa em


MRUV DIMINUI o seu
deslocamento no mesmo
– a
intervalo de tempo, então
velocidade da pessoa
diminui.
4.2 Classificação do MRUV

Na classificação do MRUV vamos ter que levar em conta 2 parâmetros para


classificá-lo. Vamos analisar a VELOCIDADE e a ACELERAÇÃO, já que no
MRUV a  0. De acordo com essas duas grandezas, podemos ter um
movimento ACELERADO ou RETARDADO, observe os passos que
devemos acompanhar para uma boa classificação:

 1º Passo: Analisar a velocidade do movimento, se positiva (a favor


da trajetória) ou negativa (contra a trajetória).

 2º Passo: Analisar a aceleração do movimento, se positiva ou


negativa.

 3º Passo: Se V e a tem o mesmo sinal  movimento acelerado

Se V e a tem sinais contrários  movimento retardado

Professor, então pode ser que eu tenha um


movimento com a < 0 e mesmo assim pode
ser um movimento acelerado? Como é essa
história aí?

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Exatamente Aderbal!

Pode ser que tenhamos um movimento com aceleração negativa e mesmo


assim ele pode ser acelerado, pois de acordo com o que foi exposto acima,
um movimento acelerado não é aquele que tem aceleração positiva, e
sim aquele que possui velocidade e aceleração com o mesmo sinal.

É muito importante que seja entendido esse conceito de classificação, pois


é muito comum bons alunos escorregarem nesta casca de banana e
acharem que por ter aceleração positiva o movimento necessariamente
deve ser acelerado.

Podemos montar a seguinte tabela:

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VELOCIDADE ACELERAÇÃO MOVIMENTO


POSITIVA (+) POSITIVA (+) ACELERADO E PROGRESIVO
NEGATIVA (-) NEGATIVA (-) ACELERADO E RETRÓGRADO –
POSITIVA (+) NEGATIVA (-) RETARDADO E PROGRESSIVO
NEGATIVA (-) POSITIVA (+) RETARDADO E RETRÓGRADO

A conclusão é:

 Movimento acelerado: |V| aumenta com o tempo.

 Movimento retardado: |V| diminui com o tempo.

5. Equação da velocidade

Neste item vamos aprender a equação da velocidade, demonstrá-la a partir


do conceito de MRUV.

Professor, por que


temos uma equação da
velocidade para o
MRUV e para o MRU
não?

Ótima pergunta Aderbal!

É simples, o motivo: no MRU a velocidade é constante, não precisa de


equação para estudar o seu comportamento com o tempo. Por outro lado,
no MRUV a velocidade é variável, cabendo uma equação para estudar a
sua variação de acordo com o tempo. 07856207612

Vamos partir do conceito de aceleração constante. Se a aceleração é


constante, então a aceleração média também é constante, assim:

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V
a
t –
V  a .t
V  V0  a .(t  t0 ),
V  V0  a .t , para t0  0
Chegamos à equação da velocidade de um MRUV.

V  V0  a .t
Essa equação é muito parecida com a equação da posição de um MRU a
diferença é que no MRUV, quem é constante é a aceleração e não a
velocidade, portanto, partimos de dois conceitos diferentes para chegar à
equação.

De posse dessa fórmula, podemos encontrar a velocidade do corpo


qualquer que seja o instante de tempo.

Observe os exemplos abaixo:

V0 a Equação V = V0 + a.t
2 m/s 3 m/s2 V = 2 +3.t (SI)
5 m/s -2 m/s2 V = 5 – 2.t (SI)
-3 m/s -4 m/s2 V = -3 - 4.t (SI)
0 -2 m/s2 V = -2.t (SI)
0 1,0 m/s2 V = 1,0.t (SI)

Vamos tomar as duas primeiras equações e calcular alguns valores para a


07856207612

velocidade, dado o tempo.

Equação V = V0 + a.t T V
V = 2 +3.t (SI) 1s 5m/s
V = 2 +3.t (SI) 4s 14m/s
V = 5 – 2.t (SI) 2s 1m/s
V = 5 – 2.t (SI) 10s -15m/s

10. Equação horária do espaço

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A equação horária do espaço é a equação que relacionará as posições de


acordo com o tempo.

Existem diversas formas de se demonstrar a equação do espaço para– um


móvel que executa um MRUV, vamos utilizar uma propriedade gráfica vista
nas páginas anteriores, que serve para todo tipo de gráfico, você entenderá
melhor no item em que explicaremos o gráfico da velocidade em função do
tempo.

O gráfico da velocidade em função do tempo será obtido mediante a


equação da velocidade vista no item anterior.

V  V0  a .t
Na equação acima, caso postássemos os valores de V no eixo y e de t no
eixo x, teríamos uma reta inclinada de acordo com o sinal da aceleração,
que neste caso é o coeficiente angular da reta. (os detalhes gráficos serão
explicados no item correspondente, não se preocupe em entender o gráfico
nesse momento, apenas aceite).

Assim, o gráfico será uma reta da seguinte forma:

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A propriedade do gráfico de que vamos precisar é a área sob o gráfico,


numericamente igual à variação do espaço, ou seja, S = Área.

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A
B  b   h
2

 S 
V  V0   t , como V  V0  a  t

2

 S 
V0  a  t  V0  t
2
a  t2
 S  S0  V0  t 
2

a t2
 S  S0  V0  t 
2

Essa equação relaciona a posição (espaço) e o tempo para um móvel que


executa um MRUV. Observe que se trata de uma equação do 2º grau em t.

Caso tenhamos a equação podemos também retirar dela dados importantes


acerca do movimento, observe a tabela abaixo onde constam alguns
exemplos de equações horárias:

S0 V0 a Equação
1m 3 m/s 4 m/s2 S = 1+3t+2t2 (SI)
0 7 m/s 8 m/s2 S = 7t+4t2
0 3 m/s2 -2 m/s2 S = 3t – t2
0 0 6 m/s2 S = 3t2
5m 0 -12 m/s2 S = 5 – 6t2

Note que o número que acompanha o termo “t” é igual à velocidade


inicial V0, já o número que acompanha o termo t2 é igual a a/2(metade
da aceleração) e o termo independente é igual à posição inicial S0.
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Exemplo: Um automóvel trafega em MRUV segundo a função horária


S = 12 - 8 t + 4.t2, no S.I. Determine:

a) a sua posição inicial, a sua velocidade inicial e a sua aceleração;


b) a função horária da velocidade;
c) o instante em que o móvel inverte o sentido do movimento;
d) qual a sua posição no instante 10s;
e) classifique o movimento para o instante t = 3s.

Vamos lá!

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a) Facilmente identificamos S0 (termo independente), V0 (termo que


acompanha t) e a (dobro do termo que acompanha t2).

S0 = 12m; V0 = -8m/s; a = 8m/s2. –

b) Para obter a equação da velocidade, basta aplicar na fórmula já vista


V  V0  a .t , assim:

V = -8 + 8.t.

c) para saber o instante em que o móvel, inverte o sentido do movimento,


basta raciocinar: o móvel inverte o sentido do movimento a partir do
momento em que ele para, atingindo assim velocidade nula. A pergunta
pode ser refeita da seguinte forma: “em que instante a velocidade é nula”?

Para saber em que t, a V é nula, basta igualar a equação da velocidade a


zero.

Assim,

V = -8 + 8.t. => 0 = -8 + 8.t => 8.t = 8 => t = 1s.

d) Para saber a posição do corpo basta substituir o tempo t = 10s na


equação da posição fornecida.

Assim,

S = 12 - 8 t + 4.t2 => S = 12 – 8.10 + 4.102 = 332m.

e) para t = 3s => V = -8 +8.3 = 16m/s (positiva). Como a aceleração é


também positiva temos as duas grandezas positivas. Portanto o movimento
é acelerado no instante t = 3s.
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Com esse exemplo nós concluímos a equação da horária da posição no


MRUV.

*Observação Importante

Para concluir esse ponto da aula, preciso ainda lhe mostrar uma observação
importante acerca da velocidade média em um MRUV.

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Observando o gráfico acima, podemos fazer a adaptação abaixo:

v1  v2 S v1  v2 v v
A  S  .t    VMÉDIA  1 2
2 t 2 2
Portando, a velocidade média em um MRUV é igual à média das
velocidades final e inicial em um intervalo de tempo.

Cuidado com a propriedade acima, pois é válida somente para o MRUV.

11. Equação de Torricelli

A equação de Torricelli estabelece uma relação direta entre velocidades,


aceleração e variação da posição (S) de um móvel que executa um MRUV,
note que não há a variável tempo nessa equação, veja a demonstração
abaixo:

É muito comum a utilização da equação de Torricelli em frenagens e


acelerações sem o conhecimento do tempo, mas apenas da variação do
espaço.
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Tomemos as duas equações que foram demonstradas anteriormente:

1. V = V0 + a.t
2. S = S0 + V0.t + at2/2

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Isolemos o tempo na primeira equação obtendo: t = (V – V0)/2.


Substituímos na segunda equação:

V  V0  a  V  V0  
2

S  S0  V0   
a 2  a 
V0V V0V0 a V 2  2VV0  V02 
 S     
a a 2  a2 
V0V V0V0 V 2 V0V V02
 S     
a a 2a a 2a

 S 
V 2
 V02 
2a

 V 2  V0 2 2aS

OBSERVAÇÃO: O sinal da aceleração deve ser levado em consideração na


equação acima, ou seja, quando o movimento tiver aceleração negativa o
termo 2aS deve ser acompanhado de um sinal negativo.

12. Gráficos

Os gráficos que vamos aprender nesta aula serão em número de 3.

Vamos aprender o gráfico de V x t, no qual observaremos o comportamento


da velocidade com o tempo.

O gráfico S x t também será estudado, aprenderemos nesse ponto como a


posição do corpo varia com o tempo.
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Finalmente, vamos aprender o gráfico de a x t, no qual vamos estudar a


aceleração de acordo com o tempo.

12.1 Gráfico do MRUV (V x t)

Sabemos que a equação que rege a variação da velocidade com o tempo


no MRUV é a seguinte:
V = V0 + a.t

Logo, temos uma equação do primeiro grau (função do primeiro grau) que,
quando disposta em um gráfico de eixos ortogonais, resulta em uma reta.

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A inclinação da reta será dada pelo valor de “a” que é o seu coeficiente
angular, V0 é o seu coeficiente linear, o valor onde a reta intercepta o
eixo Y.

Note que a aceleração, por tratar-se do coeficiente angular da reta, será


dado pela tg(q), onde q é o ângulo entre a reta e o eixo horizontal. (lembre-
se de que a tangente de um ângulo agudo é positiva enquanto que a
tangente de um ângulo obtuso é negativa).

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Portanto, uma das propriedades do gráfico (V x t) é a tangente do ângulo


de inclinação.

Outra propriedade importante é a mesma que já foi abordada


anteriormente e envolve o gráfico V x t e a área sob o gráfico. Veja.

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“No gráfico de velocidade contra tempo, a área sob o gráfico é


numericamente igual ao S do móvel”.

*OBSERVAÇÕES:

• A propriedade acima leva em consideração o sinal de S, ou seja,


quando o gráfico estiver abaixo do eixo dos tempos, considera-se um
valor negativo para S. Fisicamente significaria um movimento com
velocidade negativa, logo o móvel estaria se deslocando contra a trajetória,
o que significaria um valor negativo para S, já que a posição final é menor
que a inicial, o corpo estaria se movimentando em “marcha à ré”.

• A propriedade acima se estende a todos os gráficos de velocidade


contra tempo, não apenas para uma reta (MRUV), todos os gráficos de
velocidade contra tempo admitem tal propriedade, até mesmo o do MRU,
conforme foi visto anteriormente.

12.2 Gráfico do MRUV (S x t)

Lembrando que a equação que rege o movimento uniformemente variado


a t2
é: S  S0  V0  t  , podemos afirmar que o gráfico de S contra t é uma
2
parábola que terá sua concavidade definida pelo sinal da aceleração.
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 a positiva  para cima.


 a negativa  para baixo.

Nesse ponto recomento que você faça uma revisão no estudo da função do
segundo grau. A equação da posição é um exemplo da função do 2º grau.

Alguns conceitos como concavidade e vértice você vai relembrar caso faça
essa revisão.

Os gráficos então podem ser de dois tipos:

 Concavidade para cima


 Concavidade para baixo

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Aula 02 – Cinemática Escalar.

*Propriedade Importante:

Foi dito em aula anterior que a velocidade é dada pela tangente do


ângulo formado pelo gráfico da posição contra tempo no MRU.

Agora vamos “expandir’” essa propriedade para o gráfico de posição


contra tempo no MRUV, mesmo que o gráfico seja uma curva, podemos
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afirmar que a tangente da inclinação é numericamente igual à


velocidade, o detalhe é que a velocidade no MRU é constante, então
em qualquer instante a velocidade é sempre a mesma.

Por outro lado, no MRUV a velocidade é diferente em cada instante,


logo teremos que calcular a tangente em cada instante, por exemplo, se
quisermos a velocidade no instante 3s, deveremos calcular a velocidade
naquele instante, que terá um valor distinto da velocidade no instante
5s, por exemplo.

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Acima representamos um gráfico de S x t, para calcular a velocidade no


instante “t0” basta calcular a tangente do ângulo .

Em outro instante de tempo a inclinação da reta é diferente, motivo pelo


qual a velocidade também o será, o movimento é variado.

Os gráficos também estão presentes na classificação do MRUV. Veja os


gráficos abaixo, nos quais se apresenta um resumo dos tipos de movimento
e o gráfico correspondente.

Retrógrado
Acelerado

07856207612

*Observação:

• No gráfico acima você notou que há um ponto em que a velocidade é


nula, ou seja, um ponto no qual há uma inversão do movimento que antes
possuía velocidade negativa e a partir de então passa a ter velocidade
positiva (A) e vice e versa.

Exemplo: O gráfico representa a posição de um móvel em movimento


retilíneo de aceleração constante.

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a) Qual a posição inicial?

A posição inicial é o S, quando t = 0.

Basta dar uma olhadinha no gráfico e verificar que S0 = 12m, pois é nesse
ponto que o gráfico intercepta o eixo y.

b) Qual o instante em que o móvel muda de sentido?

A mudança de sentido ocorre no vértice da parábola, na qual a


velocidade muda de sinal, a tangente do ângulo deixa de ser positiva e
passa a ser negativa, pois a inclinação da tangente passa de aguda para
obtusa.

Logo, t = 2s.

Lembre-se: no vértice da parábola o movimento sofre mudança de sentido.

Se não houver o trecho do vértice, significa que não houve inversão do


movimento e a velocidade do corpo não foi nula em nenhum momento.

c) Determine a função horária das posições.


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A função horária da posição será dada por:

at 2 at 2
S  S0  V0 t   S  12  V0 t 
2 2

Vamos determinar os valores de “V0” e “a”.

Lembre-se de que no item b você afirmou que a velocidade é nula quando


t = 2s.

V = V0 + a.t
0 = V0 + a.2
2a = -V0 ou V0 = -2a

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Para S = 0, t = 6s

0 = 12+V0.6+a.62/2 –
0 = 12 + 6.V0 +18a (dividindo toda a equação por 6)
0 = 2 + V0 + 3a
0 = 2 + -2a + 3a
a = -2m/s2

V0 = -2.(-2) = 4m/s

 2t 2
S  12  4t 
Logo, 2
S  12  4t  t 2

d) Ache a velocidade do móvel no instante de 3s.

Substituindo na equação da velocidade:

V = V0 + a.t => V = 4 -2t, para t = 3s => V = 4 – 2.3 = -2m/s.

Veja que no exemplo acima a aceleração é negativa, o que condiz com a


concavidade do gráfico apresentado.

Verifique também que, quando t = 3s, o móvel já inverteu o sentido do seu


movimento, resultando em uma velocidade negativa.

12.3 Gráfico MRUV (a x t).

O gráfico da aceleração é o mais simples, como se trata de uma grandeza


que não sofre variação com o tempo, por ser constante no MRUV, então:
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a = k (função constante)

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*Propriedade Importante

 No gráfico de a x t temos uma propriedade importante que é a da


área sob o gráfico, a área é numericamente igual à V.

 Atenção! Para acelerações negativas, elas darão como resultado


“áreas negativas”, o que implica em V < 0, nada mais normal já
que a aceleração é negativa.

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5. Questões sem comentários

01. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – II



– 2012) A velocidade de translação da Terra em relação ao Sol está mais
próxima à velocidade

(A) de um carro em uma corrida de Fórmula 1.


(B) de um avião supersônico em uma rota de viagem.
(C) de uma nave espacial em uma viagem em direção a um planeta.
(D) da luz no vácuo.

02. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) O gráfico


qualitativo da velocidade (v), em função do tempo (t), da figura a seguir
representa o movimento de um carro que se desloca em linha reta.

Considerando que sua posição inicial era o marco zero da trajetória, o


correspondente gráfico horário de sua posição (S), em função do tempo
(t), é

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03. (VUNESP – PREFEITURA DE JABOTICABAL – PROFESSOR DE


EDUCAÇÃO BÁSICA - 2013) Um carro aumenta sua velocidade de 40
km/h para 94 km/h em 10 segundos. Nesse caso, a aceleração média foi
de

(A) 0,15 m/s2.

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(B) 1,5 m/s2.


(C) 15 m/s2.
(D) 5,4 m/s2.
(E) 54 m/s2. –

04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2007) A tradicional corrida de São Silvestre, no Brasil, ocorre no dia 31 de
dezembro desde 1925. Ao longo desses anos, o percurso foi modificado
inúmeras vezes, tendo tido no mínimo 5 500 metros e no máximo 15 000
metros. A maior velocidade média desenvolvida nessa corrida foi de,
aproximadamente, 6,3 metros por segundo, em uma prova em que o
vencedor obteve a marca de 23 minutos e 26 segundos em um percurso
com

(A) 6 200 metros.


(B) 7 000 metros.
(C) 7 600 metros.
(D) 8 900 metros.
(E) 9 200 metros.

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2007) No Estado de São Paulo, é comum que as estradas apresentem dois
diferentes limites de velocidade; um para caminhões e ônibus e outro, para
automóveis. Na Rodovia dos Bandeirantes, por exemplo, essas velocidades
são, respectivamente, 90 km/h e 120 km/h. Um automóvel entra nessa
rodovia 10 minutos depois de um caminhão, sendo que ambos trafegam
com a velocidade máxima permitida. Pode-se prever que o automóvel irá
ultrapassar o caminhão em, aproximadamente,

(A) 5 minutos.
(B) 10 minutos.
(C) 20 minutos.
(D) 30 minutos.
(E) 40 minutos.
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06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA –


2011) Um professor divide a sala em dois grupos de alunos e propõe a
eles que determinem a velocidade média de um carro ao percorrer toda a
extensão da rua onde fica a escola. Para medir essa extensão, ele sugere
que os alunos contem o número de passos necessários para um deles
percorrê-la e multipliquem esse número pelo comprimento médio de cada
passo; o tempo de percurso seria medido por meio de um cronômetro.
Ambos os grupos mediram o mesmo tempo, 20s, mas o grupo I obteve
para a velocidade média do carro 15 m/s e o grupo II, 12 m/s. Desconfiado
desse resultado, o professor verificou que o segundo grupo realizou
corretamente as suas medidas, mas o primeiro grupo havia cometido um

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erro ao medir a rua, pois havia considerado erroneamente que o


comprimento medido do passo de um dos garotos era igual a 1,0 m.

– o
A partir das informações oferecidas pelo enunciado, pode-se concluir que
comprimento dos passos do garoto do grupo I, que gerou a incoerência das
medidas, era de

(A) 0,50 m.
(B) 0,60 m.
(C) 0,70 m.
(D) 0,80 m.
(E) 0,90 m.

07. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA –


2011) Se, em vez do carro, os grupos I e II, antes da correção feita pelo
professor, tivessem observado uma carroça, que demorou 100 s para
percorrer toda a extensão da rua, teriam concluído, respectivamente, que
a velocidade média da carroça, em m/s, seria de

(A) 3,0 e 2,4.


(B) 2,4 e 3,0.
(C) 0,8 e 3,0.
(D) 2,4 e 0,8.
(E) 1,3 e 3,0.

08. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) O gráfico das velocidades em função do tempo mostrado a seguir
refere-se ao movimento de dois carros que percorrem a mesma trajetória
retilínea e passam pela mesma posição em t = 0s.

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Da análise desse gráfico, é correto afirmar que:

(A) os carros encontram-se no instante t = 2,0 s.


(B) os carros encontram-se no instante t = 4,0 s.

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(C) o carro I percorre 20 m nos primeiros 2,0 s de movimento.


(D) o carro II percorre 10 m nos primeiros 2,0 s de movimento.
(E) o carro II percorre 20 m nos primeiros 4,0 s de movimento.

09. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -
2011) Um grande navio petroleiro com velocidade de 15 m/s percorre
aproximadamente 20 km até conseguir parar. Supondo que durante a
frenagem ele tenha percorrido uma trajetória retilínea com aceleração
constante, pode-se afirmar que o tempo aproximado gasto nessa manobra,
em minutos, é de

(A) 30.
(B) 45.
(C) 60.
(D) 75.
(E) 90.

10. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) Se o Sol se apagar, ainda teremos, aproximadamente, 8,0 minutos
de luz solar, tendo em vista o tempo que a luz do Sol demora até chegar
ao planeta Terra. Considerando que a velocidade da luz no vácuo é de 3,0
x 108 m/s e os dados fornecidos na tabela, pode-se afirmar que, se
estivéssemos em Saturno quando o Sol se apagasse, ainda teríamos um
tempo de luz solar aproximadamente igual a

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(A) 10 minutos.
(B) 20 minutos.
(C) 40 minutos.
(D) 60 minutos.
(E) 80 minutos.

11. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) É dado o gráfico qualitativo das posições (S) ocupadas por um móvel
sobre uma trajetória retilínea, em função do tempo (t).

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Da análise desse gráfico, é correto concluir que o móvel

(A) alternou movimentos progressivos com movimentos retrógrados.

(B) partiu do repouso parando apenas mais uma vez ao final do percurso.

(C) se movimentou por uma pista que, embora retilínea quando vista de
frente, tem a forma de um tobogã se vista de perfil.

(D) atingiu a aceleração máxima bem no meio do percurso.

(E) fez uma parada no meio do percurso além de ter partido e chegado ao
final do percurso em repouso.

12. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Numa academia de musculação, um atleta corre em uma esteira
elétrica com velocidade constante. Após 15 minutos de corrida, ele percebe
que percorreu uma distância de 2,2 km. Contudo, como recebeu uma
orientação de seu treinador para correr 10 km num ritmo de 1 km a cada
6 minutos, para atingir sua meta, o atleta deve
07856207612

(A) manter sua velocidade.


(B) aumentar sua velocidade em 2,4 km/h e mantê-la constante até o fim.
(C) aumentar sua velocidade em 1,6 km/h e mantê-la constante até o fim.
(D) diminuir sua velocidade em 2,4 km/h e mantê-la constante até o fim.
(E) diminuir sua velocidade em 1,6 km/h e mantê-la constante até o fim.

13. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Pelo gráfico a seguir, representa-se como as posições de um móvel,
que se desloca ao longo do eixo OX, variam ao longo do tempo.

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Admitindo que o trecho AB é um arco de parábola, pode-se afirmar


corretamente que, em relação aos trechos AB e DE, os movimentos podem
ser considerados, respectivamente,

(A) uniformemente acelerado e retrógrado.


(B) uniformemente acelerado e progressivo.
(C) uniformemente retardado e retrógrado.
(D) uniformemente retardado e progressivo.
(E) uniformemente acelerado e retardado.

14. (VUNESP – Prefeitura de Sorocaba – Engenheiro Eletricista -


2012) Temos um movimento uniformemente variado definido pela
equação de espaço s em função do tempo: s = t2 + t + 20 A expressão de
velocidade v, em função do tempo, será dada por

(A) t + 1
(B) 2t +1
(C) t +10
(D) 2t +10
(E) t 07856207612

15. (VUNESP – Prefeitura de Sorocaba – Engenheiro Eletricista -


2012) Dois corpos têm as seguintes expressões que descrevem seus
movimentos no espaço em função do tempo:

s1 = 32 + 3t + 2t2;
s2 = 30 + 4t + 3t2.

O instante de tempo em que esses dois corpos vão se encontrar será de

(A) 0,5 s.
(B) 0,75 s.
(C) 1 s.

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(D) 2 s.
(E) 3 s.

16. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – -


2013) Em consonância com as aulas de matemática, em que era estudado
o assunto ‘derivadas’, o professor de Física propõe a seus alunos a função
horária S = t3 – 3.t2 + 100 de um móvel, em unidades do SI. No intervalo
de tempo dos primeiros 5 s, esse móvel tem um desempenho comparável
a um

(A) barco veleiro que se desloca 150 m e atinge, no instante t = 5 s, 90


km/h.
(B) avião a jato, que atinge, no instante t = 5 s, 324 km/h, deslocando-se
1 500 m.
(C) automóvel de passeio que atinge, no instante t = 5 s, 162 km/h,
deslocando-se 150 m.
(D) carro de corrida que atinge, no instante t = 5 s, 324 km/h, deslocando-
se 50 m.
(E) veículo não identificado que atinge, no instante t = 5 s, 162 km/h,
deslocando-se 50 m.

6. Questões comentadas

01. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – II


– 2012) A velocidade de translação da Terra em relação ao Sol está mais
próxima à velocidade

(A) de um carro em uma corrida de Fórmula 1.


(B) de um avião supersônico em uma rota de viagem.
(C) de uma nave espacial em uma viagem em direção a um planeta.
(D) da luz no vácuo.

Resposta: item A
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Comentário:

Para resolver essa questão você vai precisar de algum dado conhecido.

A Terra leva 365 dias para percorrer uma volta em torno do sol. Esse é o
tempo que será levando em conta no nosso cálculo.

Outro dado importante é o raio médio da trajetória do Terra em torno do


sol, para assim calcularmos o valor do espaço percorrido no tempo acima
(365 dias = 365.24.3600s).

O raio médio é de aproximadamente 1,5.1011m.

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Calculando a velocidade, sabendo que a trajetória a ser feita é de uma


circunferência (aproximadamente):


2. .R
V
t
2. .1,5.1011 m
V
365.24.3600s
V  30m / s  108km / h
Portanto, das opções apresentadas a que mais se aproxima é a velocidade
do carro de fórmula 1, as outras velocidades são muito discrepantes.

02. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) O gráfico


qualitativo da velocidade (v), em função do tempo (t), da figura a seguir
representa o movimento de um carro que se desloca em linha reta.

Considerando que sua posição inicial era o marco zero da trajetória, o


correspondente gráfico horário de sua posição (S), em função do tempo
(t), é

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Resposta: Item E.

Comentário:

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Não se preocupe com uma questão dessas, pois você não vai precisar
desenhar o gráfico, basta que você saiba que figura teremos em cada
trecho. Vamos verificar por partes cada trecho do gráfico (S x t). –

No primeiro trecho o gráfico da velocidade é crescente e positiva,


temos então um movimento do tipo progressivo e acelerado.

O gráfico de S x t é uma parábola, pois é oriundo da equação horária da


posição.

Veja abaixo um comentário teórico acerca desse tipo de gráfico.


Lembrando que a equação que rege o movimento uniformemente variado
a t2
é: S  S0  V0  t  , podemos afirmar que o gráfico de S contra t é uma
2
parábola que terá sua concavidade definida pelo sinal da aceleração.

 a positiva  para cima.


 a negativa  para baixo.

Nesse ponto recomento que você faça uma revisão no estudo da função do
segundo grau. A equação da posição é um exemplo da função do 2º grau.

Alguns conceitos como concavidade e vértice você vai relembrar caso faça
essa revisão.

Os gráficos então podem ser de dois tipos:

 Concavidade para cima


 Concavidade para baixo

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*Propriedade Importante:

Pode-se demonstrar que a velocidade é dada pela tangente do ângulo


formado pelo gráfico da posição contra tempo.

No MRUV a velocidade é diferente em cada instante, logo teremos


que calcular a tangente em cada instante, por exemplo, se quisermos a
velocidade no instante 3s, deveremos calcular a velocidade naquele
instante, que terá um valor distinto da velocidade no instante 5s, por
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exemplo.

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Acima representamos um gráfico de S x t, para calcular a velocidade no


instante “t0” basta calcular a tangente do ângulo .

Em outro instante de tempo a inclinação da reta é diferente, motivo pelo


qual a velocidade também o será, o movimento é variado.

Os gráficos também estão presentes na classificação do MRUV. Veja os


gráficos abaixo, nos quais se apresenta um resumo dos tipos de movimento
e o gráfico correspondente.

Retrógrado
Acelerado

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*Observação:

• No gráfico acima você notou que há um ponto em que a velocidade é


nula, ou seja, um ponto no qual há uma inversão do movimento que antes
possuía velocidade negativa e a partir de então passa a ter velocidade
positiva (A) e vice e versa.

Baseado nas observações acima, vamos verificar qual o tipo de movimento


e o gráfico correspondente.

Veja no gráfico abaixo o ramo de parábola que vamos “pegar”

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Vamos pegar o ramo azul para o primeiro trecho do movimento do


carro.

No segundo trecho do gráfico de velocidade você nota que ela é positiva,


porém decrescente, estamos diante de um movimento progressivo, no
entanto, retardado.

Vaja na figura abaixo qual ramo de parábola vamos “pegar”

Retrógrado
Acelerado

Vamos pegar o ramo verde.


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No último trecho do gráfico de velocidade a temos constante, o que


corresponde a um movimento uniforme, onde o gráfico da posição é uma
reta, e como temos um trecho de velocidade constante positiva, o gráfico
(S x t) será uma reta crescente.

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Gráfico do MRU progressivo (V>0).

Assim, vamos marcar a alternativa que corresponde ao gráfico que reúne


esses três trechos retromencionados, ou seja, a alternativa E.

03. (VUNESP – PREFEITURA DE JABOTICABAL – PROFESSOR DE


EDUCAÇÃO BÁSICA - 2013) Um carro aumenta sua velocidade de 40
km/h para 94 km/h em 10 segundos. Nesse caso, a aceleração média foi
de

(A) 0,15 m/s2.


(B) 1,5 m/s2.
(C) 15 m/s2.
(D) 5,4 m/s2.
(E) 54 m/s2.
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Resposta: Item B.

Comentário:

Essa é daquelas fáceis, que todo mundo acerta, portanto, não vamos errar
uma questão dessas. Basta aplicar a definição de aceleração, que é a
rapidez com que a velocidade aumenta ou diminui.

Calculando:

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V
a
t
94 40 –
m/ s  m/ s
3, 6 3, 6
a
10s
54
m/ s
3, 6 15m / s
a   1,5m / s 2
10s 10s

04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2007) A tradicional corrida de São Silvestre, no Brasil, ocorre no dia 31 de
dezembro desde 1925. Ao longo desses anos, o percurso foi modificado
inúmeras vezes, tendo tido no mínimo 5 500 metros e no máximo 15 000
metros. A maior velocidade média desenvolvida nessa corrida foi de,
aproximadamente, 6,3 metros por segundo, em uma prova em que o
vencedor obteve a marca de 23 minutos e 26 segundos em um percurso
com

(A) 6 200 metros.


(B) 7 000 metros.
(C) 7 600 metros.
(D) 8 900 metros.
(E) 9 200 metros.

Resposta: Item D.

Comentário:

Essa é uma questão simples de aplicação da equação da velocidade média.

A equação da velocidade média é, certamente, a mais conhecida de vocês


e foi a primeira equação de Física que você trabalhou.
07856207612

S
V
t
Vamos agora identificar os elementos que possuímos no enunciado e o
elemento faltante na equação.

V = 6,3m/s
t=23min26s = 23.60s+26s = 1.406s

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Teoria e exercícios comentados
Aula 02 – Cinemática Escalar.

S
6,3m / s 
1406s

S  8.857,8m
Portanto, a alternativa que mais se aproxima é a do item D.

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2007) No Estado de São Paulo, é comum que as estradas apresentem dois
diferentes limites de velocidade; um para caminhões e ônibus e outro, para
automóveis. Na Rodovia dos Bandeirantes, por exemplo, essas velocidades
são, respectivamente, 90 km/h e 120 km/h. Um automóvel entra nessa
rodovia 10 minutos depois de um caminhão, sendo que ambos trafegam
com a velocidade máxima permitida. Pode-se prever que o automóvel irá
ultrapassar o caminhão em, aproximadamente,

(A) 5 minutos.
(B) 10 minutos.
(C) 20 minutos.
(D) 30 minutos.
(E) 40 minutos.

Resposta: Item D

Comentário:

Esse problema é um clássico da cinemática. É a velha questão de


ultrapassagem de móveis. Vamos montar a equação horária da posição
para ambos e igualá-las a fim de obter o instante de encontro.

Lembre-se que o caminhão já ocupa certa posição quando o automóvel


entra na estrada. Vamos primeiramente calcular essa posição, que será a
posição inicial do caminhão.
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S
VCa min hão 
t
S  VCa min hão .t
1
S  90km / h. h
6
S  15km
Vamos agora escrever as duas equações da posição:

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 02 – Cinemática Escalar.

Sc  S0C  VC .t

SA  S0 A  VA .t
igualando :
SC  SA
15  90.t  0  120.t
30t  15
t  0,5h  30 min
Consideramos o início da estrada como a origem do sistema de referência,
por isso a posição inicial do automóvel foi considerada zero.

O tempo calculado acima foi em relação ao inicio do movimento do


automóvel e não do caminhão.

06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA –


2011) Um professor divide a sala em dois grupos de alunos e propõe a
eles que determinem a velocidade média de um carro ao percorrer toda a
extensão da rua onde fica a escola. Para medir essa extensão, ele sugere
que os alunos contem o número de passos necessários para um deles
percorrê-la e multipliquem esse número pelo comprimento médio de cada
passo; o tempo de percurso seria medido por meio de um cronômetro.
Ambos os grupos mediram o mesmo tempo, 20s, mas o grupo I obteve
para a velocidade média do carro 15 m/s e o grupo II, 12 m/s. Desconfiado
desse resultado, o professor verificou que o segundo grupo realizou
corretamente as suas medidas, mas o primeiro grupo havia cometido um
erro ao medir a rua, pois havia considerado erroneamente que o
comprimento medido do passo de um dos garotos era igual a 1,0 m.
07856207612

A partir das informações oferecidas pelo enunciado, pode-se concluir que o


comprimento dos passos do garoto do grupo I, que gerou a incoerência das
medidas, era de

(A) 0,50 m.
(B) 0,60 m.
(C) 0,70 m.
(D) 0,80 m.
(E) 0,90 m.

Resposta: Item D.

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Teoria e exercícios comentados
Aula 02 – Cinemática Escalar.

Comentário:

– o
O tempo medido foi o mesmo, no entanto, as velocidades são diferentes,
que implica dizer que o S medido foi diferente.

Vamos aos cálculos dos respectivos valores de S:

SI  VI .t  15m / s.20 s  300m


SII  VII .t  12m / s.20 s  240m

O grupo II realizou o cálculo corretamente, no entanto, o grupo I


considerando que cada passo mede 1,0m, acabou encontrando um espaço
maior.

Na verdade o número de passos foi o mesmo para ambas as medidas e o


número de passos pode ser facilmente encontrado, bastando para isso
dividir o valor 300m pelo valor de 1,0m, que é o tamanho de cada passo
do primeiro grupo.

Assim, o número de passos dados foi de 300passos.

Então o tamanho de cada passo do segundo grupo vale:

240m
passo   0,8m
300
07. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA –
2011) Se, em vez do carro, os grupos I e II, antes da correção feita pelo
professor, tivessem observado uma carroça, que demorou 100 s para
percorrer toda a extensão da rua, teriam concluído, respectivamente, que
07856207612

a velocidade média da carroça, em m/s, seria de

(A) 3,0 e 2,4.


(B) 2,4 e 3,0.
(C) 0,8 e 3,0.
(D) 2,4 e 0,8.
(E) 1,3 e 3,0.

Resposta: Item A.

Comentário:

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Basta fazer o cálculo dividindo o espaço percorrido pelo tempo


correspondente. Os espaços seriam os mesmos medidos por cada grupo
como outrora. O que iria mudar era o tempo.

Calculando:

SI 300m
VI    3, 0m / s
t 100s
S 240m
VII  II   2, 4m / s
t 100 s
Essa foi fácil eim!

08. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) O gráfico das velocidades em função do tempo mostrado a seguir
refere-se ao movimento de dois carros que percorrem a mesma trajetória
retilínea e passam pela mesma posição em t = 0s.

Da análise desse gráfico, é correto afirmar que:

(A) os carros encontram-se no instante t = 2,0 s.


07856207612

(B) os carros encontram-se no instante t = 4,0 s.


(C) o carro I percorre 20 m nos primeiros 2,0 s de movimento.
(D) o carro II percorre 10 m nos primeiros 2,0 s de movimento.
(E) o carro II percorre 20 m nos primeiros 4,0 s de movimento.

Resposta: Item B.

Comentário:

O instante de encontro pode ser calculado igualando as equações das


posições.

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1
SI  S0  V0 .t  .a .t 2
2

1
SI  20.t  .5.t 2
2
SI  20.t  2,5t 2

Note que no cálculo acima a aceleração do móvel foi calculada mediante a


variação da velocidade (de 20m/s para 0m/s) no intervalo de tempo igual
a 4s.

No mais, o movimento é uniformemente variado, pois o gráfico da


velocidade em função do tempo é dado por meio de uma reta.
A velocidade do carro II pé constante, portanto a equação da posição é
simples e dada por:

SII  S0  VII .t
SII  0  10.t
SII  10.t
Igualando as equações:

SI  20.t  2,5t 2
SII  10.t
SI  SII
20t  2,5t 2  10t
07856207612

2,5t  10t
2

t  4s
ou
t  0s
Portanto, os carros encontrar-se-ão no instante de tempo igual a 4s.

Nesse instante de tempo a posição de ambos os carros será igual a:

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SII  10.t
SI  SII  10.2,5  25m –

09. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) Um grande navio petroleiro com velocidade de 15 m/s percorre
aproximadamente 20 km até conseguir parar. Supondo que durante a
frenagem ele tenha percorrido uma trajetória retilínea com aceleração
constante, pode-se afirmar que o tempo aproximado gasto nessa manobra,
em minutos, é de

(A) 30.
(B) 45.
(C) 60.
(D) 75.
(E) 90.

Resposta: Item B.

Comentário:

Podemos resolver esse problema de cinemática por meio da aplicação


direta da equação horária da velocidade.

No entanto, antes vamos calcular a aceleração por meio da equação de


Torricelli.

V 2  V0 2  2.a .S
0  V0 2  2.a .S
0  152  2.a .20.000
07856207612

a  0, 0056m / s 2
Vamos aplicar essa aceleração à equação da velocidade.

V  V0  a .t
0  15  0, 0056.t
t  2.666, 7 s  45 min

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10. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) Se o Sol se apagar, ainda teremos, aproximadamente, 8,0 minutos
de luz solar, tendo em vista o tempo que a luz do Sol demora até chegar
ao planeta Terra. Considerando que a velocidade da luz no vácuo é de– 3,0
x 108 m/s e os dados fornecidos na tabela, pode-se afirmar que, se
estivéssemos em Saturno quando o Sol se apagasse, ainda teríamos um
tempo de luz solar aproximadamente igual a

(A) 10 minutos.
(B) 20 minutos.
(C) 40 minutos.
(D) 60 minutos.
(E) 80 minutos.

Resposta: Item E.

Comentário:

Se estivéssemos em Saturno, a distância que estaríamos guardando do Sol


naquela situação valeria 143.1010m.
07856207612

Assim, poderíamos calcular o tempo aplicando a equação mais famosa da


Física, que você certamente já estudou em alguma oportunidade em sua
vida estudantil.

S 143.1010
V  3, 0.10 
8

t t
10
143.10
t  8
 47, 7.102 s
3, 0.10
47, 7.102 s
t   80 min
60s / min

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11. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) É dado o gráfico qualitativo das posições (S) ocupadas por um móvel
sobre uma trajetória retilínea, em função do tempo (t).

Da análise desse gráfico, é correto concluir que o móvel

(A) alternou movimentos progressivos com movimentos retrógrados.

(B) partiu do repouso parando apenas mais uma vez ao final do percurso.

(C) se movimentou por uma pista que, embora retilínea quando vista de
frente, tem a forma de um tobogã se vista de perfil.

(D) atingiu a aceleração máxima bem no meio do percurso.

(E) fez uma parada no meio do percurso além de ter partido e chegado ao
final do percurso em repouso.

Resposta: Item E.

Comentário: 07856207612

O movimento do corpo foi apenas retrógrado, pois ele diminui a sua posição
o tempo inteiro, não tendo momentos em que a posição aumenta com o
tempo, o que caracteriza um movimento do tipo progressivo.

O movimento teve duas paradas além do momento inicial, basta ver


quantas partes horizontais o gráfico possui, uma vez que o gráfico
horizontal significa a posição constante (repouso).

Acerca da trajetória não se pode afirmar nada, o gráfico é da posição em


função do tempo, não tendo relação de igualdade com a trajetória.

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No meio do percurso o móvel ficou em repouso, basta perceber que no


meio do percurso o gráfico é paralelo ao eixo x, caracterizando uma posição
constante.

Portanto, dos comentários acima, podemos afirmar que a alternativa
correta é o item E.

12. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Numa academia de musculação, um atleta corre em uma esteira
elétrica com velocidade constante. Após 15 minutos de corrida, ele percebe
que percorreu uma distância de 2,2 km. Contudo, como recebeu uma
orientação de seu treinador para correr 10 km num ritmo de 1 km a cada
6 minutos, para atingir sua meta, o atleta deve

(A) manter sua velocidade.


(B) aumentar sua velocidade em 2,4 km/h e mantê-la constante até o fim.
(C) aumentar sua velocidade em 1,6 km/h e mantê-la constante até o fim.
(D) diminuir sua velocidade em 2,4 km/h e mantê-la constante até o fim.
(E) diminuir sua velocidade em 1,6 km/h e mantê-la constante até o fim.

Resposta: Item C.

Comentário:

Primeiramente vamos calcular a velocidade média desenvolvida pelo atleta


até os primeiros 15min:

S
Vmédia 
t
2,2km
Vmédia 
15 h
60
07856207612

Vmédia  8,8km / h

Analisando a meta dada pelo treinador, temos que em um espaço total de


10km percorridos, o tempo deve ser e 60min, pois a cada 1km o tempo
deve ser de 6min.

Foi afirmado que o atleta já percorrera 2,2km, restando ainda um espaço


a ser percorrido de 10km – 2,2km = 7,8km. Para atingir a meta, basta que
o atleta percorra os 7,8km restantes em 60min – 15min = 45min.

Logo, a velocidade média a ser desenvolvida é de:

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S
Vmédia 
t
7,8km –
Vmédia 
45 h
60
Vmédia  10,4km / h

A conclusão é que o atleta, que desenvolvia uma velocidade média de


8,8km/h deverá aumentar a sua velocidade de 1,6km/h, e passar a manter
constante a sua velocidade de 10,4km/h no restante do tempo para assim
atingir a meta estipulada pelo seu treinador.

13. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Pelo gráfico a seguir, representa-se como as posições de um móvel,
que se desloca ao longo do eixo OX, variam ao longo do tempo.

Admitindo que o trecho AB é um arco de parábola, pode-se afirmar


corretamente que, em relação aos trechos AB e DE, os movimentos podem
07856207612

ser considerados, respectivamente,

(A) uniformemente acelerado e retrógrado.


(B) uniformemente acelerado e progressivo.
(C) uniformemente retardado e retrógrado.
(D) uniformemente retardado e progressivo.
(E) uniformemente acelerado e retardado.

Resposta: Item A.

Comentário:

Vamos analisar os dois trechos de gráfico:

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Trecho AB:

Trata-se de uma parábola com a concavidade para cima, ou seja, a


aceleração é positiva. –

Além disso as retas tangentes aos pontos do gráfico possuem inclinação


aguda, o que implica velocidade positiva também, assim como ambos,
velocidade e aceleração, são positivos, então o movimento é
uniformemente variado, do tipo acelerado.

Trecho DE:

No trecho DE temos uma reta no gráfico, o que implica um movimento


uniforme, basta agora verificar a inclinação da reta, que é decrescente,
caracterizando um movimento retrógrado.

14. (VUNESP – Prefeitura de Sorocaba – Engenheiro Eletricista -


2012) Temos um movimento uniformemente variado definido pela
equação de espaço s em função do tempo: s = t2 + t + 20 A expressão de
velocidade v, em função do tempo, será dada por

(A) t + 1
(B) 2t +1
(C) t +10
(D) 2t +10
(E) t

Resposta: Item B.

Comentário:

A equação da velocidade de um MRUV é dada por:

V  V0  at
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Portanto, precisamos encontrar a velocidade inicial e a aceleração do corpo.


Vamos encontrar esses valores na equação da posição fornecida:

1
S  S0  V0 .t  .a .t 2  t 2  t  20
2
 S0  20m
 V0  1m / s
 a  2m / s 2

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Logo, a equação da velocidade em função do tempo será:


V  V0  at
V  1  2t

15. (VUNESP – Prefeitura de Sorocaba – Engenheiro Eletricista -


2012) Dois corpos têm as seguintes expressões que descrevem seus
movimentos no espaço em função do tempo:

s1 = 32 + 3t + 2t2;
s2 = 30 + 4t + 3t2.

O instante de tempo em que esses dois corpos vão se encontrar será de

(A) 0,5 s.
(B) 0,75 s.
(C) 1 s.
(D) 2 s.
(E) 3 s.

Resposta: Item C.

Comentário:

Para saber o instante de tempo de encontro, basta igualar as duas equações


da posição:

2t 2  3.t  32  3t 2  4t  30
t2  t  2  0
9
07856207612

1  3
t  1s ou  2s
2
16. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -
2013) Em consonância com as aulas de matemática, em que era estudado
o assunto ‘derivadas’, o professor de Física propõe a seus alunos a função
horária S = t3 – 3.t2 + 100 de um móvel, em unidades do SI. No intervalo
de tempo dos primeiros 5 s, esse móvel tem um desempenho comparável
a um

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Teoria e exercícios comentados
Aula 02 – Cinemática Escalar.

(A) barco veleiro que se desloca 150 m e atinge, no instante t = 5 s, 90


km/h.
(B) avião a jato, que atinge, no instante t = 5 s, 324 km/h, deslocando-se
1 500 m. –
(C) automóvel de passeio que atinge, no instante t = 5 s, 162 km/h,
deslocando-se 150 m.
(D) carro de corrida que atinge, no instante t = 5 s, 324 km/h, deslocando-
se 50 m.
(E) veículo não identificado que atinge, no instante t = 5 s, 162 km/h,
deslocando-se 50 m.

Resposta: Item E.

Comentário:

Vamos calcular primeiramente a posição final do móvel, e depois calcular o


deslocamento, uma vez que a posição inicial é sempre o termo
independente do tempo na função horária da posição, ou seja, no nosso
caso, 100m.

Assim,
S  t 3  3t 2  100
S (5)  125  3.25  100
S (5)  150m

Assim, o deslocamento sofrido pelo corpo foi de 150-100 = 50m.

Vamos agora calcular a velocidade do corpo no instante t = 5s, por meio


da equação de velocidade, que será obtida derivando a equação da posição
em relação ao tempo.
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S  t  3t  100
3 2

dS t 3  3t 2  100
V (t )  d
dt dt
V (t )  3t 2  6t
p / t  5s :
V (5)  3.52  6.5  45m / s  162km / h

Assim, a resposta que mais se adequa é a constante no item E.

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 02 – Cinemática Escalar.

07. Gabarito

01.A 02.E 03.B 04.D 05.D 06.D 07.A 08.B 09.B 10.E
11.E 12.C 13.A 14.B 15.C 16.E –

08. Fórmulas mais utilizadas na aula

S  Sfinal  Sinicial , S  Vmédia  t


S
t  t final  t inicial , t 
Vmédia
S
Vmédia 
t
S
V , S  S0  V.t , V  tgq , S  ÁREA
t

V
a , V  V0  a .t , a  tgq , V  ÁREA
t
1
S  S0  V0 .t  .a .t 2 , V 2  V0 2  2.a .S
2

Pensamento do dia: 07856207612

“Nunca deixe que ninguém interfira nos seus sonhos, lute por
eles, conquistá-los só depende de você, do tamanho do seu
esforço, pois Deus está com você.”

Vinícius Silva.

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Aula 03

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 03 – Dinâmica.

AULA 03: Dinâmica: Leis de Newton, cálculo de força resultante,


principais tipos de forças, força de atrito.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 2
2. Conceito de Força 2
2.1 Unidade de força 2
3. Leis de Newton 3
4. Exercícios de fixação. 11
5. Aplicações nas leis de Newton 13
5.1 Força Peso 13
5.2 Força Normal 14
5.3 Força de Tração em fios ideais 15
5.4 Força Elástica 17
5.5 Força de atrito 19
5.6 Plano Inclinado 28
6. Resultante Centrípeta 29
7. Exercícios Propostos 33
8. Exercícios Comentados 40
9. Gabarito 63
10. Fórmulas mais usadas na aula 63

07856207612

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 03 – Dinâmica.

Olá futuro Perito Criminal da PCSP,

Você, que adquiriu o nosso curso de forma honesta, investindo no seu



futuro e valorizando o trabalho desse professor, é muito bom poder contar
com a sua presença em nosso curso, gostaria de agradecer pela confiança
e dizer que farei de tudo para ministrar um curso de altíssimo nível,
apropriado para a prova a que você irá submeter - se.

Continue firme na luta e no aprendizado dessa matéria, pois tenho certeza


de que você vai se dar muito bem na Física em que está previsto no seu
edital.

1. Introdução

Bom meus amigos, chegou a hora de mudar de assunto dentro da Física. A


hora agora é da Dinâmica.

A Dinâmica é uma parte da mecânica que se preocupa em estudar o


movimento, levando em conta as suas causas, que na verdade são as
forças.

Então, vamos iniciar o nosso estudo de Dinâmica, pelos conceitos iniciais;


vamos também falar das Leis de Newton e ao final conhecer os tipos de
forças e as suas aplicabilidades práticas em problemas de dinâmica.

À luta!

2. Conceito de Força

Força é o agente físico cujo efeito dinâmico é a aceleração. A força pode


levar um corpo a possuir aceleração em determinado evento físico.

A força é também uma grandeza vetorial, ou seja, possui direção e


sentido, além de um módulo e uma unidade de medida.
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Resumindo:

 Força é grandeza vetorial


 Força está ligada à aceleração

2.1 Unidade de força

A unidade de força é o newton, em homenagem ao nosso grande intelectual


inglês Sir Isaac Newton, que foi um dos grandes responsáveis pelo
desenvolvimento da ciência, além de ter contribuído diretamente para a
Dinâmica com as suas três leis básicas da mecânica, e também com as

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ideias do cálculo diferencial e integral da matemática, sem deixar de fora a


Lei da Gravitação Universal.

Então força é em newtons! –

Existem outras unidades, que não são relevantes para o nosso estudo,
salvo, uma delas que iremos estudar quando falarmos da força peso, essa
unidade será o kgf (quilograma-força).

3. Leis de Newton

As Leis de Newton são a base de sustentação de toda a mecânica clássica,


e elas serão objeto de questões de prova, e disso eu tenho certeza.

As Leis de Newton são três: a lei da inércia, o princípio fundamental


da dinâmica e o princípio da ação e reação.

Vamos aprendê-las por partes:

a) Lei da Inércia (1ª Lei de Newton)

A lei da inércia possui vários significados, e muitas formas de se conceituar,


mas vamos nos ater ao conceito que vou dar agora, ele é mais simples e
direto, fará com que você entenda perfeitamente o que se passa quando
estamos perante um problema de inércia.

“Todo corpo tende a permanecer em repouso, ou movimento


retilíneo e uniforme, até que um agente externo o retire desse
estado, chamado de inércia de repouso ou inércia de movimento,
respectivamente”.

Note que esse conceito é bem amplo e contempla todas as formas de se


pensar em inércia.
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A inércia de repouso é a própria tendência que um corpo possui de


permanecer naquele lugar em que foi deixado até que alguém vá lá e o
retire do repouso.

Por outro lado, a inércia de movimento deve ser pensada da seguinte


forma: se um corpo está em movimento e ninguém age em cima daquele
corpo para que ele modifique o módulo, a direção ou o sentido de sua
velocidade, então aquele corpo irá manter aquele movimento sempre na
mesma direção, no mesmo sentido e com a mesma velocidade em módulo.

Exemplos de 1ª Lei:

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1. Freada em ônibus:

Quando o ônibus dá aquela freada característica, os passageiros tendem a


continuar em movimento de acordo com o Lei da Inércia. Assim, eles são
arremessados para frente até que um agente externo (corrimão, cadeira,
o próprio chão do ônibus, etc.) modifique o estado de inércia de movimento
que o corpo possuía.

2. Colisão de Trânsito

Em toda e qualquer colisão de trânsito os passageiros de um veículo são


arremessados para frente por uma questão de inércia, pois eles tendem a
manter o estado de movimento que eles possuíam antes.
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3. Encaixe do Martelo

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Você já pode ter tentado encaixar um martelo no seu cabo batendo o cabo
no chão ou em uma mesa firme e percebendo o encaixe do martelo.


Note que a parte de ferro do martelo tem a tendência de continuar caindo
e quando paramos bruscamente o movimento, essa parte da ferramenta
continua o seu movimento normalmente. O resultado será o encaixe do
martelo pela inércia de movimento que ele possuía.

Resumindo, a primeira lei é puramente teórica, não possuindo, inicialmente


nenhuma fórmula matemática para aplicação.

Acredito que pelo caráter conceitual, essa lei estará certamente presente
questões de prova.

Para acertar a questão, basta ficar ligado a essa ideia de “tendência” e


correr para o abraço da aprovação.

b) Princípio Fundamental da Dinâmica

O princípio fundamental da dinâmica nos afirma que a força resultante em


um corpo será proporcional à aceleração obtida por ele, assim:

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Matematicamente, podemos escrever:

FR  a

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Para que a proporcionalidade acima se transforme em uma igualdade


vamos precisar inserir uma constante.


Observa-se que essa constante está diretamente ligada à inércia do corpo
e será dada pela sua massa de repouso, que nada mais é do que a sua
massa.

FR  a
FR  m.a
Da equação acima, podemos chegar a duas conclusões:

 A força resultante e a aceleração possuem a mesma direção.


 A força resultante e a aceleração possuem o mesmo sentido.

Perceba que para a força ser dada em N, a aceleração e a massa devem


ser expressas em kg e m/s2, respectivamente.

N  kg.m / s 2
Essa lei de Newton envolve essa fórmula, mas a principal observação acerca
dela é no que diz respeito aos estados de equilíbrio, veja.

OBS: Todo corpo possui dois estados de equilíbrio, que são os equilíbrios
estático e dinâmico.

Em qualquer situação de equilíbrio, a força resultante sobre o corpo é


nula. Assim, vamos às conclusões:
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 Equilíbrio Estático: A força resultante é nula e o corpo encontra-se


em repouso.

 Equilíbrio dinâmico: A força resultante é nula e o corpo encontra-


se em movimento, no entanto, o movimento é um MRU.

Logo, podemos afirmar que pode haver um corpo em movimento e


mesmo assim pode ser que ele esteja com resultante nula. Ou então,
pode haver um corpo em movimento, mas que não possui força resultante
atuando sobre ele.

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Essas duas situações são bem curiosas, pois a maioria dos alunos que
nunca estudou a dinâmica a fundo pensa que é impossível um corpo em
movimento sem que haja uma força empurrando-o.

Equilíbrio  FR  0
Exemplos de 2ª Lei:

1. Força maior para carro mais pesado

Imagine a situação em que você precisa retirar um carro de um “prego”


empurrando-o para fazê-lo “pegar no tranco”.

É claro que um carro de maior massa solicitará um maior esforço de quem


estiver empurrando.

A mesma coisa acontece no supermercado, pois quando o carrinho está


vazio no início das compras, todo mundo quer empurrar, principalmente as
crianças, no entanto, ao final das compras, ninguém quer levar o carrinho
ao caixa, pois ele está com uma massa maior, e, portanto, solicita uma
força maior para retirá-lo da inércia de repouso.

c) Lei da Ação e Reação 07856207612

A terceira lei de Newton, afirma que:

“A toda ação, corresponde uma reação, de mesmo módulo, mesma


direção, porém de sentido oposto à ação e aplicada em corpo
distinto”.

Veja que existem quatro condições que devem ser verificadas para que
um par de forças seja um par ação-reação, se alguma dessas condições
não for verificada, saiba que você não está diante de forças de ação e
reação.

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A banca pode utilizar muito bem o tema acima para formular alguns itens
para a sua prova, pois este tema está diretamente ligado ao cotidiano.

Não se esqueça de que as forças de ação e reação não se anulam, –pois


são aplicadas em corpos distintos.

Vamos aos exemplos para que fiquem claras as observações que devemos
fazer para verificar se estamos diante de um par ação-reação.

Exemplos:

1. Bola colidindo contra a cabeça do jogador

A bola, ao atingir a cabeça do jogador, exerce uma força de contato contra


ele, que por sua vez exerce uma força de oposição na bola, essa força de
oposição terá a mesma direção, o mesmo módulo e sentido oposto,
aplicada sobre a bola.

Assim, as forças trocadas serão de ação e reação.

2. Ato de caminhar 07856207612

Parece difícil de entender, mas o fato de caminhar deve-se à terceira Lei


de Newton, pois quando caminhamos nós exercemos uma força para trás
no solo, e o solo exerce uma força para frente em nós, essa força tem o

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mesmo módulo, a mesma direção, porém sentido contrário e está aplicada


em corpo distinto, a ação é aplicada no solo e a reação é aplicada na
pessoa.

3. Empurrando um carro para pegar no “tranco”

No caso acima uma pessoa aplica uma força no carro para frente com o
intuito de fazê-lo “pegar”, e o carro aplica a mesma força na pessoa, por
conta da 3ª Lei, essa força tem o mesmo módulo, a mesma direção, porém
sentido oposto e é aplicada na pessoa.

4. Carro em movimento em uma estrada

Observe que o carro troca forças com o solo da mesma forma que você
troca forças com o piso de sua sala quando caminha pela casa.

A roda do carro tenta jogar o solo para trás e o solo devolve essa ação com
uma reação sobre as rodas para frente.

Esse movimento só ocorre por conta do atrito entre as superfícies.

5. Colisão entre dois veículos 07856207612

Em uma colisão entre dois veículos, eles trocam forças que são de ação e
reação. Veja:

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FUNO/D-20 FD-20/UNO

Na colisão entre os veículos acima, o Uno e a D-20 trocaram forças de


mesma natureza, de mesmo módulo e direção, porém de sentidos
contrários, uma sendo aplicada no Uno e a outra sendo aplicada na D-20.

Assim, podemos dizer que no momento da colisão os veículos trocaram


forças de ação e reação.

Professor, como pode o uno


sofrer mais do que a D-20, se
as forças que eles trocam são
iguais em módulo?

Interessante a sua pergunta Aderbal, e geralmente o examinador tenta


pegar você com um item do tipo:

“a força recebida pelo Uno foi maior, tendo em vista que sofreu um estrago
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maior”.

Aí você todo cheio de marra dizendo: “eu vou fazer essa na lógica, é claro
que o item está certo, pois o estrago maior se deve a uma força maior”.

Cuidado!

O item está falso, pois as forças são ação e reação, o que as leva a terem
o mesmo módulo, o estrago maior do Uno se deve ao simples fato de ter
uma massa menor, uma menor inércia, portanto ele tem uma tendência
menor de manter o seu estado natural.

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Podemos dizer também que o Uno, pelo fato de ter uma massa menor,
experimenta uma desaceleração maior que a da D-20, o que o leva a um
estrago maior também.

Enfim, existem diversas formas de explicar esse fenômeno.

4. Exercícios de fixação.

1. As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser


obrigatório para prevenir lesões mais graves em motoristas e passageiros
no caso de acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada com
que a segunda lei de Newton.

Comentário:

Incorreto.

A função do cinto de segurança é impedir que os corpos dos passageiros


sejam arremessados para frente, pois de acordo com a 1ª Lei de Newton,
todo corpo tende a manter seu estado de movimento a menos que uma
força externa o impeça de realiza-lo.

No caso do cinto de segurança ele funciona como se fosse esse agente


externo capaz de impedir que o corpo se choque com o painel do veículo,
o que ocasionaria fortes lesões ao passageiro sujeito a um acidente.

Assim, a função do cinto nada mais é do que reduzir a inércia de movimento


do corpo, quando em uma desaceleração brusca.

Outro dispositivo bem comum de ser cobrado em prova é o air-bag, que é


um tipo de bolsa de ar que infla em uma fração de segundo (1/20s) quando
uma colisão ocorre.

A função do air-bag é reduzir a a velocidade do passageiro, fazendo com


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que ele desacelere em uma distância maior.

Em um caso em que não temos o dispositivo acima e o passageiro não


utiliza cinto de segurança, o corpo desacelera em milímetros, pois ele vai
desacelerar quando encontrar uma superfície que o faça parar, que nesse
caso será o painel ou o para brisa do veículo.

2. Julgue as seguintes afirmações:

I. Um corpo livre da ação de forças está certamente em repouso.

Comentário:

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Incorreto.

Um corpo livre da ação de forças pode ter dois estados de equilíbrio que
são os estados de repouso ou de MRU, o que está relacionado –
respectivamente aos equilíbrios estático e dinâmico.

II. Um corpo livre de ação de forças pode estar em movimento retilíneo


uniforme.

Comentário:

Correto.

Este é um dos estados de equilíbrio, que é o equilíbrio dinâmico.

III. Um corpo livre da ação de forças está em repouso ou em movimento


retilíneo uniforme.

Comentário:

Correto.

São estes os estados de equilíbrio que um corpo pode ter.

3. (CESPE - CBM-DF – COMBATENTE – 2011) De acordo com a terceira


lei de Newton, a força de ação e a força de reação correspondente não
atuam em um mesmo corpo, mas em corpos distintos.

Comentário:

Correto.

O item está correto, pois está de acordo com a terceira lei, que afirma que
as forças de ação e reação aplicam-se em corpos distintos.
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É essa justamente a razão pela qual ação e reação não se anulam.

5. Aplicações nas leis de Newton

Agora que você já conhece as Leis de Newton, vamos começar a conhecer


as aplicações delas, que são, notadamente, os tipos de forças que temos
na natureza e que podem cair na sua prova.

5.1 Força Peso

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Essa força sempre existirá, bastando para isso que o corpo possua massa,
e esteja imerso dentro do campo gravitacional terrestre, ou seja,
praticamente todos os corpos.

As características dessa força são:

 Direção: vertical
 Sentido: para baixo
 Módulo: | |=m.| |

Perceba que o valor do peso depende da aceleração da gravidade, ou seja,


a depender do planeta em que estamos, ou de um satélite natural, como,
por exemplo, a lua, teremos uma força peso diferente.

ATENÇÃO!

Essa observação é fundamental, não confunda peso e massa, pois são


grandezas totalmente distintas.

GRANDEZA VETORIAL GRANDEZA ESCALAR


FORÇA QUANTIDADE DE MATÉRIA
UNIDADE SI: N (NEWTON) UNIDADE SI: KG

O quilograma-força:

O quilograma-força, ou simplesmente o kgf, é uma unidade de força muito


utilizada na prática, apesar de não se tratar de uma unidade SI.

Ele representa a massa do corpo em quilogramas, no entanto está


funcionando como o peso daquele corpo.

A transformação de kgf para N é dada de acordo com a relação abaixo:


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x10

kgf F
:10
Portanto, fique ligado quando aparecer a unidade acima.

5.2 Força Normal

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A força normal é uma força de contato entre duas superfícies, que tem a
direção perpendicular à superfície.

A força normal na verdade é uma componente de uma outra força –


chamada força de contato. (a outra componente da força de contato é a
força de atrito).

A força normal possui algumas características que são:

 Direção: perpendicular à superfície (sempre)


 Sentido: é aplicada da superfície para o corpo
 Módulo: irá depender de cada situação, não possuindo uma fórmula
fixa para o seu cálculo.

Veja abaixo algumas situações em que está representada a força normal.

Na figura acima foram representadas três forças no veículo: a força peso


(P), a força de resistência do ar (A) e a força normal (N).

Esse é o exemplo mais conhecido de força normal, e nesse caso a normal


será igual ao peso, por conta do movimento ser horizontal e não haver
força resultante na vertical, o que impede que tenhamos a normal maior
ou menor que o peso, já que são apenas elas duas que agem na vertical.
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Normal

Veja nesse segundo exemplo que a força normal, para que seja
perpendicular à superfície precisou inclinar-se em relação à horizontal, e
nesse caso não será igual ao peso.

Esses são os exemplos mais conhecidos de força normal que podemos ter
na prática.

5.3 Força de Tração em fios ideais

A força de tração é necessita de um fio ideal para que possamos percebê-


la.

Professor, e o que
é um fio ideal?

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Prezado Aderbal, um fio ideal é aquele que satisfaz as seguintes condições:

 Inextensível
 Massa desprezível

Assim, um fio ideal é aquele que não estica e que sua massa pode ser
desconsiderada.

Os fios e cabos que irão aparecer na sua prova serão todos ideais.

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As consequências desse fio ideal é que a força de tração será constante


para todo o fio, não mudando o seu valor ao longo dele.

A força de tração possui algumas características: –

 Direção: a mesma direção do fio.


 Sentido: Sempre o sentido que o fio estiver sendo puxado ou
esticado.
 Módulo: não existe fórmula fixa para a determinação da força de
tração, irá depender muito da situação física.

Exemplos de aplicações da força de tração:

No exemplo acima vemos um bloco sendo suspenso por um cabo ideal que
passa através de uma roldana fixa. O exemplo acima pode ser utilizado
para içar um veículo após uma acidente de grande proporções, que precisa
ser levantado. É muito comum esse tipo de equipamento em corridas de
fórmula 1, em que o carro tem de ser rapidamente retirado da pista, de
modo a evitar novos acidentes.

Na indústria naval também temos muitas ocasiões em que podemos utilizar


o equipamento acima para içar grandes contêineres.
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No exemplo acima, temos dois blocos que são puxados por meio de uma
corda ideal, veja todas as forças de tração envolvidas e os seus respectivos
sentidos.

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O exemplo acima é similar ao caso em que temos um veículo puxando outro


por meio de uma corda após alguma pane de motor ou qualquer outro
motivo que não o faça funcionar.

No cabo de guerra acima, note que o fio, pelo fato de estar sendo puxado
pelos dois lados, fica sujeito a uma força de tração.

5.4 Força Elástica

A força elástica necessita de uma mola ideal para ser observada.

E antes que o Aderbal nos ouça e venha perguntar o que é uma mola ideal,
vou adiantar-me: mola ideal é aquela que possui massa desprezível.

Veja abaixo o exemplo de uma mola ideal:

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Veja que a mola ideal possuía um comprimento natura L0 e após a aplicação


de uma força F, ela passou a ter um comprimento diferente, L.

Na mola surge então uma força chamada de força elástica, a qual possui
as seguintes características:
 Direção: a direção da mola

 Sentido: sentido da restauração. A força elástica possui essa natureza


restauradora, e, portanto, tenderá sempre a levar a mola ao seu
comprimento natural novamente.

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Módulo: de acordo com a Lei de Hooke, o módulo da força elástica é


proporcional à deformação.

Lei de Hooke

Quando uma mola é deformada (comprimida ou esticada) de x, surge uma


força restauradora de intensidade FEL = k.x, com a finalidade de desfazer a
deformação.

O peso do bloco acima deformou a mola de um valor x, e essa deformação


gerou uma força elástica na mola que equilibrou o bloco na sua posição de
equilíbrio estático (repouso).
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A constante elástica da mola, esse K que apareceu na fórmula, é uma


característica da mola, dependendo apenas de sua geometria e do
material de que é feita.

A unidade da constante da mola será o N/m.

A deformação será sempre a diferença entre os tamanhos da mola antes e


depois da aplicação da força.
Podemos ainda montar um gráfico que representa a força da mola em
função da deformação. Veja:

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Note que a força é proporcional à deformação.

5.5 Força de atrito

A força de atrito é uma força de fundamental importância, pois é através


dela que os carros sofrem o processo de frenagem e assim, conseguem
parar pela ação dos freios.

A força de atrito é dividida em força de atrito estático e força de atrito


dinâmico, possui uma natureza de contato e possui a direção da superfície.

a) Atrito Estático

O atrito estático é aquele que ocorre quando não temos deslizamento entre
as superfícies.

Quando empurramos um bloco por uma superfície rugosa (que apresenta


atrito) essa superfície apresenta um atrito que será sempre contrário à
tendência de movimento do corpo. Veja:

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Observe que o corpo mantém-se em repouso, o que garante que as forças


verticais se anulam e as forças horizontais também.

Assim, podemos afirmar que:

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| FMOTRIZ || FATRITO |



Ou seja, sempre que o atrito for do tipo estático e o corpo se mantiver em
repouso, a força de atrito será igual à força motriz que tenta retirá-lo do
repouso.

Desta forma, você já deve ter percebido que a força de atrito estático é
variável. Ela varia desde zero até um valor máximo, que é conhecido como
força de atrito estático máximo.

Professor, e como eu
calculo esse valor
máximo do atrito
estático

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É simples Aderbal, existe uma fórmula para esse cálculo:

| FATRITOESTÁTICO MÁXIMO | ESTÁTICO .N

Esse  que apareceu na fórmula é o coeficiente de atrito estático entre as


superfícies, e N é o módulo da força normal experimentada pelo corpo na
situação.

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O coeficiente de atrito estático só depende das superfícies atritantes, e não


possui unidade de medida.

b) Atrito dinâmico –

O atrito dinâmico é aquele que ocorre quando temos deslizamento entre as


superfícies. O movimento relativo entre as superfícies faz surgir uma força
de atrito chamada de atrito cinético ou dinâmico.

O atrito dinâmico é mais simples do que o estático, pois é constante e


sempre igual a um mesmo valor, independentemente da força motriz que
o empurra, tentando tirá-lo do repouso, como acontecia na força de atrito
estático.
Características do atrito dinâmico:

 Direção: tangente à superfície


 Sentido: contrário ao movimento
 Módulo: fórmula do atrito dinâmico:

| FATRITODINÂMICO |  DINÂMICO .N

A fórmula acima parece a mesma do atrito estático máximo, no entanto a


diferença crucial está no coeficiente de atrito, que neste caso é o dinâmico,
que, por sua vez, é menor que o estático.

O atrito dinâmico sendo constante e menor que o atrito estático máximo,


nos permite construir o gráfico abaixo que relaciona a força de atrito
estático e dinâmico de acordo com a força que empurra o corpo.

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OBS.: O atrito e a frenagem de veículos:

Vamos adentrar um pouco mais na frenagem de veículos de acordo com o


atrito estudado.

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A frenagem de um veículo do ponto de vista das rodas e da superfície da


estrada envolve duas fases, que correspondem à fase de atrito estático e à
fase de atrito dinâmico. Assim, podemos afirmar que quando colocamos – o
pé no freio, um óleo conduz essa força até as pastilhas de freio que apertam
o disco de freio fazendo com que a roda diminua sua rotação e assim, o
carro perca velocidade.

O atrito envolvido na frenagem, do ponto de vista do contato entre a roda


e o asfalto, é do tipo estático enquanto não houver travamento das
rodas, pois por tratar-se de um rolamento perfeito, não haverá
deslizamento entre a superfície do pneu e do asfalto.

Por outro lado, quando há um travamento das rodas, haverá deslizamento


entre elas e o solo do asfalto, portanto, o atrito será dinâmico ou cinético
e também será constante.

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Portanto, a força de atrito dinâmico será calculada pela seguinte fórmula:

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| FATRITODINÂMICO |  DINÂMICO .N

Geralmente, em uma estrada plana e horizontal teremos um equilíbrio
entre as forças peso e normal, o que nos permite dizer que:

| FATRITODINÂMICO |  DINÂMICO .m.g

Observe que a força resultante no veículo será a força de atrito, pois a força
normal irá anular-se com a força peso do veículo, o que nos permite
afirmar, de acordo com a segunda lei de Newton, que:

| FATRITODINÂMICO |  DINÂMICO .m.g


m . | a |  DINÂMICO . m .g
| a |  DINÂMICO .g
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Assim, encontramos a desaceleração sofrida pelo veículo quando em


processo de frenagem.

Observe que a desaceleração sendo dependente apenas da gravidade e do


coeficiente de atrito dinâmico, nos permite afirmar que é uma
desaceleração constante, ou seja, podemos usar as fórmulas do movimento
retilíneo e uniformemente variado para encontrar a velocidade inicial, por
exemplo.

Perceba também que o coeficiente de atrito entre as superfícies está


diretamente ligado ao tipo de pista que o veículo experimenta. Na tabela

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abaixo você tem uma série de pistas e os seus respectivos coeficientes de


atrito para pista seca e pista molhada.

Veja que a pista molhada diminui significativamente o valor do coeficiente


de atrito, o que gera uma desaceleração menor e por via de consequência
uma maior distância de frenagem.

Exercício de fixação

Sob intensa chuva, um motorista conduz, a 144km/h, um veículo por uma


rodovia de asfalto já bastante trafegado. Num trecho da reta, após perceber
a presença de uma árvore caída sobre a rodovia, impedindo a passagem
de qualquer veículo, ele reage e aciona os freios, travando as rodas até a
parada completa do veículo. Exatamente no momento em que as rodas são
travadas, o veículo está a 140m da árvore. Se o carro continuar sua
trajetória em linha reta, com as rodas bloqueadas, o motorista irá colidir
com a árvore? (use os dados da tabela acima).

Comentário:

Para saber se o carro vai colidir com a árvore, vamos calcular quanto de
espaço ele precisa para reduzir sua velocidade a zero. Para isso vamos usar
os dados da tabela que foi fornecida e calcularemos primeiramente a
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desaceleração do veículo:

| a |  DINÂMICO .g
| a | 0,53.10
| a | 5,3m / s 2

Agora vamos fazer uso da equação de Torricelli para encontrar o espaço


necessário para reduzir a velocidade a zero.

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V 2  V0 2  2.a .S
2
 144  –
0   2.5,3.S
 3, 6 
10, 6S  1600
S  150,9m
Portanto, o veículo precisará de, no mínimo 150,9m para parar antes de
colidir com a árvore, como ele tem apenas 140m de distância quando do
início da frenagem, então ele irá colidir com a árvore.

Agora tente fazer sozinho o seguinte cálculo:

Com qual velocidade o veículo irá colidir com a árvore?

O Freio ABS

O freio ABS consiste em um sistema que não permite o bloqueio das rodas
durante a frenagem.

Professor, e qual é a vantagem


desse não bloqueio?

07856207612

Prezado Aderbal, o não bloqueio é fundamental, pois quando há um


bloqueio das rodas, o atrito passa a ser do tipo dinâmico, o que ocasiona
uma redução na força de atrito. Lembre-se de que o coeficiente de atrito
dinâmico é sempre menor que o coeficiente de atrito estático, o que nos
leva a uma força menos intensa. Observe o gráfico a seguir.

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O freio ABS não permite a parte do gráfico em que o atrito é constante, ele
sempre faz com que o atrito seja crescente, facilitando assim o processo
de frenagem. Um gráfico apropriado para a frenagem em um carro
equipado com freio ABS seria:

Exercício de fixação:

(Polícia Civil – MG – Perito) Um veículo que se encontrava em uma


operação de frenagem de emergência derrapa, inicialmente, em uma ponte
sobre uma superfície de concreto (c = 0,75) deixando marcas de 20 m de
07856207612

comprimento. Em seguida, ao sair da ponte, derrapa sobre a superfície


asfáltica (asf = 0,50) da pista deixando uma marca de 10 m de
comprimento. Se o veículo parou após percorrer a superfície asfáltica, com
que velocidade ele entrou na ponte? Considere o seguinte: a única força
que atuou para parar o veículo foi a força de atrito entre os pneus e as
superfícies; as superfícies são horizontais; a aceleração da gravidade vale
10 m/s2.

A) 10 m/s.
B) 40 m/s.
C) 20 m/s.
D) 30 m/s.

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Comentário:

Questão de frenagem, envolvendo duas superfícies cujos coeficientes de


atrito são diferentes. –

Vamos fazer a questão primeiramente considerando a derrapagem no


concreto:

a c   .g
a c  0, 75.10
a c  7,5m / s 2

Acima foi calculada a aceleração do carro no concreto. Vamos agora aplicar


a equação de Torricelli:

V 2  V0 2  2.a c .S
V 2  V0 2  2.7,5.20
V 2  V0 2  300

Agora vamos trabalhar com a derrapagem no asfalto:

a asf   .g
a asf  0,5.10
a asf  5, 0m / s 2

Aplicando a equação de Torricelli novamente, sabendo que a velocidade


07856207612

inicial no asfalto é igual à velocidade final no concreto e a velocidade final


do asfalto é igual a zero, pois o corpo para ao fina de toda a frenagem,
temos:

Vasf 2  V0 asf 2  2.a asf .S


02  V 2  2.5, 0.10
02  V 2  100
V 2  100
Logo, vamos substituir esse dado acima na primeira equação de Torricelli:

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V 2  V0 2  300
100  V0 2  300 –
V0  400
2

V0  20m / s

Portanto, a velocidade inicial do veículo quando do início da frenagem era


de 20m/s.

Resposta: item C

5.6 Plano Inclinado

O plano inclinado é um plano com certo ângulo de inclinação em relação à


superfície horizontal.

Na figura a seguir você vê um bloco em repouso sobre um plano inclinado.

O que você deve saber sobre plano inclinado é a decomposição da força


peso. Veja: 07856207612

Na figura você vê que o ângulo da base, , também é o mesmo ângulo


entre a componente do peso PY e P.

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Assim, podemos afirmar que:


 | PY || P | .cos 
 | PY || P | .sen

Quando você estiver diante de um plano inclinado então saiba que é mais
fácil trabalhar com as componentes do peso, no lugar da própria força peso.

6. Resultante Centrípeta

A resultante centrípeta está diretamente ligada à aceleração centrípeta.


Você lembra-se de que a aceleração centrípeta é aquela aceleração que
está dirigida na direção radial, e com o sentido para o centro.

Assim, podemos afirmar que a resultante centrípeta será a força resultante


que está de acordo com a aceleração centrípeta.

Não se esqueça de que a resultante centrípeta não é uma força


independente como as outras estudadas no item anterior, na verdade, a
resultante centrípeta é uma resultante das forças que agem no corpo.

As características da resultante centrípeta são as seguintes:

 Direção: Radial (direção do raio).


 Sentido: para o centro.
 Módulo: segunda lei de Newton:

O módulo dessa força será dado por meio da aplicação da segunda lei de
Newton, sabendo que o módulo da aceleração centrípeta você já conhece
das aulas anteriores.
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| FRESCTP | m. | a CTP |
| V |2
| FRESCTP | m
R
m. | V |2
| FRESCTP |
R
Usando a segunda fórmula da aceleração centrípeta:

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| FRESCTP | m. | a CTP |
| FRESCTP | m. 2 .R –

OBS1: Cálculo da velocidade máxima permitida em curva plana com


atrito:

Você já deve ter se perguntado por que não pode entrar em uma curva
com qualquer velocidade, sob o risco de haver derrapagem.

A razão é simples, é por conta da força de atrito estático, que pode ser no
máximo igual ao seu valor máximo. A força de atrito estático faz o papel
de resultante centrípeta. Observe a figura abaixo:

Note que a força resultante centrípeta será representada pela força de


atrito, ou seja, quem desempenha o papel de força resultante centrípeta é
a força de atrito. Assim, podemos escrever:

| FRESCTP || FATE |


A velocidade máxima será atingida quando a força de atrito estático, que é
variável, atingir o seu valor máximo, ou seja, a força de atrito estático
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máximo, assim:

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| FRESCTP || FATE |


m. | Vmax |2 –
  .N
R
m . | Vmax |2
  . m .g
R
| Vmax |2   .R.g
| Vmax |  .R.g

Portanto, a velocidade máxima irá depender de alguns fatores que são:

 Coeficiente de atrito das superfícies


 Raio de curvatura
 Aceleração da gravidade

A velocidade máxima é diretamente proporcional à raiz quadrada de


qualquer desses fatores citados.

Professor, é por isso que não se pode


entrar em uma curva fechada em alta
velocidade, sob o risco de sofrer uma
derrapagem?

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É exatamente por isso prezado Aderbal, a velocidade é diretamente


proporcional à raiz quadrada do raio da curva, assim, se for uma curva
fechada, portanto de raio pequeno, teremos uma velocidade mínima
menor.

OBS2: Curva sobrelevada sem atrito

Você já deve ter percebido que as curvas em estradas são, geralmente,


sobrelevadas. Essa sobrelevação serve para aumentar a resultante
centrípeta, que, na maioria das vezes é apenas a força de atrito.

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Observe na figura abaixo que seria possível perfazer a curva se não


houvesse atrito, o que não é possível em uma curva plana.

As únicas forças que estariam agindo no corpo seriam as forças normal F N


e a força peso P.

Esquematizando o triângulo de forças acima e aplicando a tangente do


ângulo , teríamos:

| FRESCTP |
tg 
|P|
m | V |2
N 
P
tg  R
m. | g |

FRESCTP | V |2  R. | g | .tg
| V | R. | g | .tg

Note então que é possível fazer uma estimativa de quanto seria a


velocidade do corpo para que o carro não derrapasse na curva.
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Bom, chegamos ao final de mais uma teoria repleta de informações acerca


das Leis de Newton. Agora precisamos reforçar essa teoria praticando com
muitos exercícios.

Vamos exercitar.

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7. Exercícios Propostos

01. (VUNESP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE



- 2013) A figura a seguir ilustra a projeção de uma pista circular vertical
de raio R = 80 m e um ciclista passando pelo ponto inferior da pista, em
que lhe aplica uma força normal de intensidade 1.100 N. A massa total do
ciclista mais a bicicleta é de 100 kg, e a aceleração da gravidade local é de
10 m∕s2.

A velocidade do ciclista nesse ponto inferior é, em m∕s, de


aproximadamente

(A) 9.
(B) 7.
(C) 6.
(D) 5.
(E) 8.

02. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Ao ser


expelido do cano de 50 cm de comprimento de uma arma em repouso
relativamente ao solo, um projétil leva 0,10 s para percorrer, em linha reta
e com velocidade constante, a distância de 100 m. Supondo que a massa
do projétil seja de 25 g e que seu movimento no interior do cano seja
realizado com aceleração constante, a intensidade da força propulsora
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resultante sobre ele no interior do cano deve ser, em newtons, de

(A) 4,0.103.
(B) 2,5.104.
(C) 2,5.105.
(D) 4,0.104.
(E) 2,5.103.

03. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Em um


trecho curvilíneo de uma rodovia horizontal, o motorista de determinado
veículo, dirigindo em velocidade excessiva, perdeu o controle da direção e,
atravessando a pista, caiu na vala que havia além do acostamento. Chovia
muito naquele momento e várias hipóteses foram levantadas para explicar

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o fato. Em relação a um referencial inercial, assinale a alternativa que


apresenta a hipótese correta.


(A) A força centrífuga sobre o carro foi mais intensa que a força centrípeta
e empurrou o carro para fora da pista, seguindo uma trajetória curvilínea.

(B) A potência do motor do veículo foi insuficiente para corrigir a trajetória


original a ser descrita e resultou na derrapagem observada.

(C) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto da


pista fez com que ele derrapasse para fora da pista descrevendo uma
trajetória curvilínea.

(D) A energia cinética do veículo era maior do que a energia potencial


elástica da borracha dos pneus, daí a derrapagem.

(E) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto da


pista fez com que ele prosseguisse em linha reta ao invés de completar a
curva.

04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2007) É comum alunos do ensino médio afirmarem que aprenderam a
diferença entre massa e peso, alegando que ao irem até a farmácia para
se pesar, na verdade estão medindo sua massa e não seu peso, pois peso
é força, e massa não é. No entanto, às vezes pode-se perceber que tais
balanças de farmácia indicam variações na medida, por exemplo ao
efetuarmos movimentos de agachar ou de levantar. Isso se explica porque
essas balanças

(A) podem não estar funcionando adequadamente, já que deveriam indicar


sempre a mesma massa, que é constante.
(B) medem a força, que é sensível aos movimentos, mas indicam a massa
correspondente, em condições estáticas.
(C) indicam a variação da massa causada pela variação da velocidade, que
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foi prevista por Einstein (E = mc2).


(D) medem a força gravitacional, que varia com a distância ao centro da
Terra e, portanto, com o movimento indicado.
(E) medem a massa inercial quando o corpo está em repouso e a massa
gravitacional quando este se movimenta.

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Um bloco está apoiado sobre um plano horizontal sem atrito. Para deslocá-
lo sobre o plano, uma força aplicada ao bloco

(A) deve ter a componente horizontal maior que o peso do bloco.

(B) deve ter a componente vertical maior que o peso do bloco.

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(C) pode ter qualquer direção, desde que sua intensidade seja maior que o
peso do bloco.

(D) pode ter qualquer intensidade, desde que seja vertical.

(E) pode ter qualquer intensidade, desde que não seja vertical.

06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Seu aluno quer saber como é possível abrir a gaveta de um móvel, se o
princípio da ação e reação diz que a pessoa que puxa essa gaveta para fora
é puxada pela gaveta para dentro, com uma força de mesma intensidade.
Assinale a alternativa que contém a afirmação que esclarece essa dúvida
corretamente.

(A) O princípio da ação e reação não é válido nesta situação, porque estão
envolvidos dois corpos diferentes.

(B) A força exercida pela pessoa, para fora, é maior que a força exercida
pela gaveta, para dentro.

(C) As forças são iguais e opostas, mas não se anulam, porque atuam em
corpos diferentes.

(D) A força exercida pela pessoa é maior do que o peso da gaveta.

(E) A gaveta não é um agente capaz de exercer força sobre uma pessoa.

07. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Uma moeda de massa m está em repouso, com uma de suas faces sobre
uma folha de papel que, por sua vez, está apoiada sobre uma mesa
horizontal. O atrito entre a folha de papel e a mesa é desprezível, enquanto
o coeficiente de atrito estático entre a moeda e a folha de papel é . Sabe-
se que, puxando a folha de papel horizontalmente, com determinada força,
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a folha pode deslocar-se sem deslocar a moeda, que permanece sobre a


mesa. Desprezando a massa da folha de papel e sendo g a aceleração da
gravidade local, pode-se afirmar que a força capaz de deslocar a folha
sem deslocar a moeda deve ter o módulo

(A) F > mg


(B) F > m/
(C) F > m
(D) F > m/g
(E) F > (mg - mg)

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08. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Uma aluna pergunta ao professor de física por que não se instalam grandes
ventiladores nos barcos a vela, para que esses barcos não dependam do
vento para se movimentarem. Assinale a alternativa que contém – a
afirmação que deve ser a resposta correta do professor.

(A) Não haveria energia para mover o ventilador e acionar a quantidade de


ar suficiente para empurrar a vela - o princípio da conservação da energia
mecânica seria violado.

(B) Isso seria possível, mas o barco perderia a estabilidade devido aos
princípios da inércia e da conservação do momento angular.

(C) Seria inútil, pois de acordo com o princípio da conservação da


quantidade de movimento, a ação do vento, gerado pelo ventilador, sobre
a vela do barco, seria contrabalançada pela ação do ar sobre as pás do
ventilador.

(D) Isso seria possível se o motor do ventilador fosse ideal, ou seja, tivesse
rendimento de 100%, mas isso contraria as leis da termodinâmica.

(E) Não há qualquer impedimento teórico, seria uma espécie de helicóptero


com velas. Isso não é feito apenas por dificuldades técnicas e pela baixa
relação custo/benefício que esse sistema teria.

09. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Os astronautas flutuam no interior das naves em órbita em torno da Terra.
Isso ocorre porque

(A) na altura em que essas naves estão, não há gravidade.


(B) no movimento orbital, as forças centrípeta e centrífuga se anulam.
(C) na altura em que essas naves estão, existe vácuo.
(D) os astronautas e as naves em órbita têm a mesma aceleração
centrípeta.
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(E) a órbita dessas naves é programada para que o campo magnético


terrestre equilibre a ação gravitacional.

10. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) Considere um carrinho de brinquedo (B) que seja capaz de exercer
uma força F, constante e paralela ao plano inclinado, sobre uma caixinha
de fósforos (C), enquanto sobe uma rampa inclinada de um ângulo ,
conforme indica a figura:

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Considere as seguintes afirmações sobre as forças atuantes sobre a


caixinha de fósforos:

I. a força de atrito depende da massa da caixinha de fósforos;


II. a força de atrito independe da inclinação ;
III. a força resultante depende da massa da caixinha.

É (são) verdadeira(s) a(s) afirmação(ões)

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

11. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Quando o bloco de massa m da figura desliza descendo o plano
inclinado, cujo ângulo de inclinação é , o faz com velocidade constante.

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Se for lançado no sentido ascendente do mesmo plano, o bloco sofrerá,


durante seu movimento, uma força resultante de intensidade (g é a
aceleração da gravidade)

(A) m.g.sen.
(B) 2.m.g.sen.
(C) m.g.sen2.
(D) m.g.cos.
(E) m.g.tg.

12. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) A criança da figura arrasta o brinquedo de peso P sobre a superfície

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horizontal com velocidade constante, onde há atrito entre o brinquedo e a


superfície, de coeficiente .

A força F exercida pela criança através do fio, formando um ângulo com


a superfície, é dada por

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13. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Em uma operação de resgate, em que um montanhista de 60 kg
caiu de um penhasco, dois bombeiros próximos à beira do abismo lançam
uma corda e puxam o homem. A máxima força que os bombeiros
conseguem exercer sobre a corda é suficiente para erguer, com velocidade
constante, o homem e sua pesada mochila. Para facilitar o resgate, o
montanhista joga fora a mochila de 8 kg, conseguindo ser levantado pela
mesma força, agora com aceleração para cima.

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Considerando a corda não extensível e de massa desprezível, de forma que


a tração se transmita integralmente ao longo de seu comprimento, a
aceleração do montanhista será em m/s2, igual a Dado: Considere g = 10
m/s2.

(A) 0,7.
(B) 1,0.
(C) 1,3.
(D) 1,7.
(E) 2,0.

14. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Suponha que um carro, a uma velocidade de 108 km/h, freia
bruscamente até parar num breve intervalo de tempo de 0,1s. Nessas
condições, a cabeça do passageiro, que tem massa equivalente a cerca de
5 kg, seria arremessada para frente com uma força de intensidade
semelhante ao peso de um bloco, em newtons (N), aproximadamente igual
a
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(A) 108.
(B) 150.
(C) 1 080.
(D) 1 500.
(E) 5 400.

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8. Exercícios Comentados

01. (VUNESP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE



- 2013) A figura a seguir ilustra a projeção de uma pista circular vertical
de raio R = 80 m e um ciclista passando pelo ponto inferior da pista, em
que lhe aplica uma força normal de intensidade 1.100 N. A massa total do
ciclista mais a bicicleta é de 100 kg, e a aceleração da gravidade local é de
10 m∕s2.

A velocidade do ciclista nesse ponto inferior é, em m∕s, de


aproximadamente

(A) 9.
(B) 7.
(C) 6.
(D) 5.
(E) 8.

Resposta: Item A.

Comentário:

Essa é uma questão versando sobre a parte de resultante centrípeta, e


vamos resolvê-la mais uma vez colocando as forças que atuam no ciclista
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no ponto mais baixo de sua trajetória.

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Aula 03 – Dinâmica.

Entre essas duas forças existe uma resultante, que é a resultante


centrípeta, que tem direção radial e sentido para o centro da trajetória,
lembrando-se que essa força aparece sempre no referencial da Terra
(inercial). –

Rctp  N  P
Rctp  N  m.g
Rctp  1.100  1.000
Rctp  100 N

A resultante acima foi calculada subtraindo-se as forças que atuam, pois os


vetores são opostos, e vetores opostos subtraem-se para formar a
resultante centrípeta.

Rctp  100 N
mV. 2
 100
R
100.V 2
 100
80
V 2  80
V  9m / s
02. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Ao ser
expelido do cano de 50 cm de comprimento de uma arma em repouso
relativamente ao solo, um projétil leva 0,10 s para percorrer, em linha reta
07856207612

e com velocidade constante, a distância de 100 m. Supondo que a massa


do projétil seja de 25 g e que seu movimento no interior do cano seja
realizado com aceleração constante, a intensidade da força propulsora
resultante sobre ele no interior do cano deve ser, em newtons, de

(A) 4,0.103.
(B) 2,5.104.
(C) 2,5.105.
(D) 4,0.104.
(E) 2,5.103.

Resposta: item B

Comentário:

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Aula 03 – Dinâmica.

Vamos primeiramente calcular a velocidade com que o projétil percorre o


espaço de 100m em um tempo de 0,10s.

S
V
t
100m
V  1.000m / s
0,10 s

Como a velocidade do projétil é constante após sair do cano da arma,


podemos afirmar que essa velocidade calculada acima é a mesma
velocidade com que o projétil é expelido na “boca” do cano da arma.

Assim, podemos dizer que o projétil saiu do repouso, e percorrendo um


espaço de 50cm atingiu a velocidade de 1.000m/s, devido a presença de
uma aceleração, oriunda de uma força resultante.

Para calcular a força, devemos ter em mente a segunda lei de Newton:

F  ma
.
Mas para aplicar a lei acima, devemos encontrar a aceleração.

Veja que no interior do cano, não foi mencionado o tempo que levou o
movimento do projétil. Assim, devemos procurar uma equação que não
envolva o fator tempo.

Professor, já sei, vamos


usar a equação de 07856207612

Torricelli!

Boa ideia Aderbal, a equação sugerida por você é muito boa para o caso
em questão, pois não envolve o fator tempo, sendo, portanto, uma equação
que pode ser utilizada para o calculo da aceleração do projétil dentro do
cano.

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V 2  V0 2  2.a .S
1.0002  02  2.a .0,5

a  1.000 2

a  1, 0.106 m / s 2

Note que transformamos a comprimento do cano, que é o deslocamento do


projétil, de cm para m, para que a aceleração fique na unidade SI.

Vamos agora encontrar a força a que fica submetido o projétil durante o


disparo.

F  m.a
F  m. a

F  25.103.1, 0.106

F  2,5.104  25.000 N

Veja que foi feita a transformação da massa do projétil (de g para kg), uma
vez que a força deve ser fornecida em newtons. Lembre-se de que para
transformar de g para kg, basta dividir por 1.000, ou multiplicar por 10 -3.

03. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Em um


trecho curvilíneo de uma rodovia horizontal, o motorista de determinado
veículo, dirigindo em velocidade excessiva, perdeu o controle da direção e,
atravessando a pista, caiu na vala que havia além do acostamento. Chovia
muito naquele momento e várias hipóteses foram levantadas para explicar
o fato. Em relação a um referencial inercial, assinale a alternativa que
07856207612

apresenta a hipótese correta.

(A) A força centrífuga sobre o carro foi mais intensa que a força centrípeta
e empurrou o carro para fora da pista, seguindo uma trajetória curvilínea.

Comentário:

O item acima está incorreto.

As forças centrípeta e centrífuga são forças que não ocorrem no mesmo


referencial. A força centrípeta é uma força que atua no corpo na direção
radial, e com sentido para o centro da curva, observada sempre de um
referencial inercial. Por outro lado, A força centrífuga é uma força de

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inércia, percebida sempre em um referencial não inercial, possui direção


radial, e sentido para fora da curva.


Para facilitar a vida de vocês, nobres concurseiros, acompanhe o exemplo
abaixo no qual você vai entender a diferença que existe entre essas forças.

 Centrípeta: para o centro em um referencial inercial


 Centrífuga: para fora do centro (fuga do centro) em um referencial
não inercial.

A centrípeta é a força que um observador parado na estrada percebe que


está atuando em um veículo que está perfazendo uma curva. Geralmente
que faz o papel de resultante centrípeta é a força de atrito entre os pneus
do veículo e a estrada.

A centrífuga é a força que o passageiro do carro (que está em um


referencial não inercial, acelerado, que é o veículo) sente quando ele está
fazendo a curva. A força centrífuga é sempre com sentido contrário ao da
curva que o veículo está fazendo, ou seja, o veículo fez curva à esquerda,
a centrífuga é para a direita; o veículo fez curva à direita, a centrífuga é
para a esquerda.

Portanto, sob a observação de um referencial inercial, não existe a força


centrífuga, muito menos a comparação dela com a centrípeta.

(B) A potência do motor do veículo foi insuficiente para corrigir a trajetória


original a ser descrita e resultou na derrapagem observada.

Comentário:

O item também está incorreto, pois a potencia do veículo não tem relação
direta com a realização da curva. A potência do veículo não o faz perfazer
a curva ou não, o que define isso são algumas grandezas relacionadas às
07856207612

forças que mantém o veículo na curva, que é a força de atrito dos pneus
com a estrada.

(C) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto da


pista fez com que ele derrapasse para fora da pista descrevendo uma
trajetória curvilínea.

Comentário:

O item está parcialmente correto, portanto não deve ser assinalado pelo
candidato.

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De fato, houve redução doa atrito, pois a chuva fez com que ocorresse o
fenômeno da aquaplanagem, diminuindo assim o coeficiente de atrito entre
os pneus e a estrada, o que realmente deve ter sido o motivo da
derrapagem apontado, por exemplo, por um perito em um laudo técnico.–

No entanto, quando um carro sofre derrapagem, deixa de haver força


resultante sobre ele, o que implica em uma condição de equilíbrio, de
acordo com a primeira lei de Newton.

Assim, o carro deve prosseguir em MRU, ou seja, com velocidade constante


e em trajetória retilínea.

É o que acontece quando você possui uma bolinha presa por meio de um
fio ao centro de uma mesa, conforme a figura abaixo.

Caso o fio venha a se romper, a trajetória que a bolinha vai tomar é a


seguinte:

Com o carro ocorre o mesmo, a única diferença é o fato de que a força que
o mantém na curva era a força de atrito.

Podemos inclusive calcular a velocidade máxima que um veículo pode


desenvolver em uma curva plana com atrito, de modo a não derrapar.
07856207612

Cálculo da velocidade máxima permitida em curva plana com atrito:

Você já deve ter se perguntado por que não pode entrar em uma curva
com qualquer velocidade, sob o risco de haver derrapagem.

A razão é simples, é por conta da força de atrito estático, que pode ser no
máximo igual ao seu valor máximo. A força de atrito estático faz o papel
de resultante centrípeta. Observe a figura abaixo:

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Note que a força resultante centrípeta será representada pela força de


atrito, pois é ela que aponta para o centro da trajetória curvilínea. Assim,
podemos escrever:

| FRESCTP || FATE |


A velocidade máxima será atingida quando a força de atrito estático, que é
variável, atingir o seu valor máximo, ou seja, a força de atrito estático
máximo, assim:

| FRESCTP || FATE |


m. | Vmax |2
  .N
R
m . | Vmax |2
  . m .g
R
| Vmax |2   .R.g
| Vmax |  .R.g
07856207612

Portanto a velocidade máxima irá depender de alguns fatores que são:

 Coeficiente de atrito das superfícies


 Raio de curvatura
 Aceleração da gravidade

A velocidade máxima é diretamente proporcional à raiz quadrada de


qualquer desses fatores citados.

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Professor, é por isso que não se pode


entrar em uma curva fechada em alta

velocidade, sob o risco de sofrer uma
derrapagem?

É exatamente por isso prezado Aderbal, a velocidade é diretamente


proporcional à raiz quadrada do raio da curva, assim, se for uma curva
fechada, portanto de raio pequeno, teremos uma velocidade mínima
menor.

No item da prova em comento, o que diminuiu foi o coeficiente de atrito,


por conta da aquaplanagem.

(D) A energia cinética do veículo era maior do que a energia potencial


elástica da borracha dos pneus, daí a derrapagem.

Comentário:

O item está incorreto, pois as energias envolvidas no movimento do carro


não possuem relação com a condição de derrapagem, esse item realmente
era daqueles que você nunca marcaria.

(E) A repentina diminuição do atrito entre os pneus do carro e o asfalto da


pista fez com que ele prosseguisse em linha reta ao invés de completar a
curva.

Comentário:

Eis aqui o nosso item correto. 07856207612

Acredito que você já deve ter percebido por que ele está correto, afinal de
contas já comentamos nos itens anteriores que o fator atrito foi
preponderante para a derrapagem, inclusive mostramos no item C a
avaliação quantitativa do atrito com a velocidade máxima permitida antes
de ocorrer derrapagem.

Aqui o item está correto, pois apontou a trajetória retilínea como a correta
trajetória após o atrito insuficiente.

É o caso análogo ao da corda que se rompe.

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04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2007) É comum alunos do ensino médio afirmarem que aprenderam a
diferença entre massa e peso, alegando que ao irem até a farmácia para
se pesar, na verdade estão medindo sua massa e não seu peso, pois peso
é força, e massa não é. No entanto, às vezes pode-se perceber que tais
balanças de farmácia indicam variações na medida, por exemplo ao
efetuarmos movimentos de agachar ou de levantar. Isso se explica porque
essas balanças

(A) podem não estar funcionando adequadamente, já que deveriam indicar


sempre a mesma massa, que é constante.
(B) medem a força, que é sensível aos movimentos, mas indicam a massa
correspondente, em condições estáticas.
(C) indicam a variação da massa causada pela variação da velocidade, que
foi prevista por Einstein (E = mc2).
(D) medem a força gravitacional, que varia com a distância ao centro da
Terra e, portanto, com o movimento indicado.
(E) medem a massa inercial quando o corpo está em repouso e a massa
gravitacional quando este se movimenta.

Resposta: Item B.

Comentário:

Essa questão versa sobre algo que ocorre no dia a dia das pessoas com
frequência, que é o fato de se pesar em uma balança de farmácia.
07856207612

Mas afinal de contas o que aquela balança marca?

A balança marca a força que está sendo exercida nela pelo corpo que está
sobre a balança.

Assim, quando nos agachamos estamos entrando em movimento, e por


vezes, esse movimento pode ser acelerado ou retardado, o que implica
dizer que a força normal que está sendo exercida pelo corpo sobre a
balança irá variar, modificando-se, portanto, a marcação da balança.

Em condições estáticas, a força normal que é exercida pelo corpo sobre a


balança é igual ao peso, pois o corpo em equilíbrio estático, a resultante
das forças é nula.

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Outra situação em que a marcação da balança é modificada é o caso em


que ela é colocada em um elevador, que esteja em movimento acelerado
ou retardado.

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Um bloco está apoiado sobre um plano horizontal sem atrito. Para deslocá-
lo sobre o plano, uma força aplicada ao bloco

(A) deve ter a componente horizontal maior que o peso do bloco.

(B) deve ter a componente vertical maior que o peso do bloco.

(C) pode ter qualquer direção, desde que sua intensidade seja maior que o
peso do bloco.

(D) pode ter qualquer intensidade, desde que seja vertical.

(E) pode ter qualquer intensidade, desde que não seja vertical.

Resposta: Item E.
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Comentário:

Nessa questão, vamos aplicar as Leis de Newton ao problema.


Veja que o corpo está em repouso sobre uma superfície horizontal sem
atrito, e deseja-se movimenta o bloco, retirando-o do repouso.

A figura abaixo ilustra a situação:

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Veja, então, que qualquer força que possua uma componente horizontal
será única na horizontal, uma vez que não há atrito.

N FY N

FX

De acordo com a primeira e segunda lei de Newton, para que um corpo saia
do seu estado de inércia, ele deve estar submetido a uma força resultante.
No caso acima, caso uma força F, mesmo que inclinada, que possua uma
componente horizontal, vai proporcionar ao corpo uma saída do repouso e
o consequente movimento retilíneo e uniformemente variado.

Assim, de acordo com os comentários acima, a força pode ter qualquer


intensidade, desde que não seja exclusivamente vertical.

06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Seu aluno quer saber como é possível abrir a gaveta de um móvel, se o
princípio da ação e reação diz que a pessoa que puxa essa gaveta para fora
é puxada pela gaveta para dentro, com uma força de mesma intensidade.
Assinale a alternativa que contém a afirmação que esclarece essa dúvida
corretamente. 07856207612

(A) O princípio da ação e reação não é válido nesta situação, porque estão
envolvidos dois corpos diferentes.

(B) A força exercida pela pessoa, para fora, é maior que a força exercida
pela gaveta, para dentro.

(C) As forças são iguais e opostas, mas não se anulam, porque atuam em
corpos diferentes.

(D) A força exercida pela pessoa é maior do que o peso da gaveta.

(E) A gaveta não é um agente capaz de exercer força sobre uma pessoa.

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Resposta: Item C.

Comentário: –

Uma das maiores pegadinhas e dúvidas das Leis de Newton é o fato de que
as forças são aplicadas em corpos distintos.

Esse fato quase nunca é lembrado. É baseado nele que podemos dizer que
a afirmação acima está incorreta, pois não podemos comparar a ação e a
reação no mesmo corpo, uma vez que são aplicadas em corpos distintos.

Elas vão sempre possuir o mesmo módulo, porém não podemos compará-
las para analisar o estado dinâmico de um corpo, justamente pelo fato de
serem aplicadas em corpos distintos.

A Lei da Ação e reação se resume da seguinte forma:

“Um par ação-reação é formado por duas forças de mesmo módulo,


mesma direção, porém de sentidos opostos, aplicadas em corpos
diferentes”.

07. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Uma moeda de massa m está em repouso, com uma de suas faces sobre
uma folha de papel que, por sua vez, está apoiada sobre uma mesa
horizontal. O atrito entre a folha de papel e a mesa é desprezível, enquanto
o coeficiente de atrito estático entre a moeda e a folha de papel é . Sabe-
se que, puxando a folha de papel horizontalmente, com determinada força,
a folha pode deslocar-se sem deslocar a moeda, que permanece sobre a
mesa. Desprezando a massa da folha de papel e sendo g a aceleração da
gravidade local, pode-se afirmar que a força capaz de deslocar a folha
sem deslocar a moeda deve ter o módulo

(A) F > mg


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(B) F > m/


(C) F > m
(D) F > m/g
(E) F > (mg - mg)

Resposta: item A.

Comentário:

Essa questão é muito conhecida no mundo da Física, trata-se de uma


questão de dinâmica, de força de atrito.

Abaixo segue um esquema da situação física narrada no enunciado.

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Vamos esquematizar as forças que estão agindo na moeda que está sobre
a folha de papel:

Onde, fat é a força de atrito, P é o peso da moeda, e N é a força normal.

Para que ocorra o escorregamento entre a moeda e a folha de papel,


devemos ter um valor mínimo para a força F.

Na iminência do escorregamento (prestes a escorregar), a força de atrito


07856207612

atuante é a força de atrito estático máximo, que é o maior valor que o atrito
estático pode assumir, e ocorre justamente na iminência do movimento.

Assim,
fatE  fatE  .N  .m.g
Máx

Por outro lado, podemos isolar a folha de papel com as forças atuantes nela
no mesmo instante.

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De acordo com a terceira Lei de Newton, haverá uma força de atrito
contrária à força de atrito na moeda, atuando na folha de papel.

Logo, para que ocorra o escorregamento, devemos ter a força F maior que
a força de atrito.

F  fatE
F   .m.g
Portanto, a resposta correta é a constante no item A.

08. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Uma aluna pergunta ao professor de física por que não se instalam grandes
ventiladores nos barcos a vela, para que esses barcos não dependam do
vento para se movimentarem. Assinale a alternativa que contém a
afirmação que deve ser a resposta correta do professor.

(A) Não haveria energia para mover o ventilador e acionar a quantidade de


ar suficiente para empurrar a vela - o princípio da conservação da energia
mecânica seria violado.

(B) Isso seria possível, mas o barco perderia a estabilidade devido aos
princípios da inércia e da conservação do momento angular.

(C) Seria inútil, pois de acordo com o princípio da conservação da


quantidade de movimento, a ação do vento, gerado pelo ventilador, sobre
a vela do barco, seria contrabalançada pela ação do ar sobre as pás do
ventilador. 07856207612

(D) Isso seria possível se o motor do ventilador fosse ideal, ou seja, tivesse
rendimento de 100%, mas isso contraria as leis da termodinâmica.

(E) Não há qualquer impedimento teórico, seria uma espécie de helicóptero


com velas. Isso não é feito apenas por dificuldades técnicas e pela baixa
relação custo/benefício que esse sistema teria.

Resposta: Item C.

Comentário:

Essa questão é um clássico da mecânica.

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Ela tem outras nuances e aparece com outros enunciados, mas a ideia é
sempre a mesma.

No caso acima, a ideia da aluna é inútil, pois o sistema formado pelo
ventilador e pelo barco é isolado de forças externas, como o ventilador
permanece no barco, caso ele venha a soprar, a força que ele exerce sobre
o vento é contrabalançada pela força que o vento exerce sobre ele.

Podemos então resolver o problema por meio da aplicação da 3ª Lei de


Newton ou então da 1ª, enfim, todas as respostas levam à mesma
conclusão, é preciso a ação de uma força externa para retirar qualquer
sistema de um estado de inércia, como o ventilador exerce uma força
interna para jogar o vento contra a vela do barco, essa força não é capaz
de retirá-lo do repouso, independentemente de sua magnitude.

É a mesma coisa de querermos nos deslocar puxando com um braço o


nosso próprio corpo, ou então um cachorro querer sair andando puxando
ele próprio a guia de sua coleira.

09. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 97)


Os astronautas flutuam no interior das naves em órbita em torno da Terra.
Isso ocorre porque

(A) na altura em que essas naves estão, não há gravidade.


(B) no movimento orbital, as forças centrípeta e centrífuga se anulam.
(C) na altura em que essas naves estão, existe vácuo.
(D) os astronautas e as naves em órbita têm a mesma aceleração
centrípeta.
(E) a órbita dessas naves é programada para que o campo magnético
terrestre equilibre a ação gravitacional.

Resposta: Item D.
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Comentário:

No interior de uma nave em órbita pode haver a sensação de ausência de


peso, também chamada de imponderabilidade, que nada mais é do que
uma situação em que o campo gravitacional da Terra naquele referencial
está sendo contrabalançado por uma força fictícia, que nasce em virtude
de o referencial ser não inercial.

A nave em movimento circular vai gerar para quem está dentro dela uma
gravidade aparente, oriunda do seu movimento circular.

Assim, a nave vai gerar uma aceleração de mesmo módulo da aceleração


centrípeta.

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Portanto, os astronautas e as naves em órbita estarão na mesma


aceleração centrípeta.

10. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -
2011) Considere um carrinho de brinquedo (B) que seja capaz de exercer
uma força F, constante e paralela ao plano inclinado, sobre uma caixinha
de fósforos (C), enquanto sobe uma rampa inclinada de um ângulo ,
conforme indica a figura:

Considere as seguintes afirmações sobre as forças atuantes sobre a


caixinha de fósforos:

I. a força de atrito depende da massa da caixinha de fósforos;


II. a força de atrito independe da inclinação ;
III. a força resultante depende da massa da caixinha.

É (são) verdadeira(s) a(s) afirmação(ões)

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Resposta: Item C. 07856207612

Comentário:

Vamos analisar item por item:

I. O item é verdadeiro. A força de atrito atuante na caixa de fósforos é igual


à força de atrito dinâmico, que, por sua vez, é igual ao coeficiente de atrito
dinâmico multiplicado pela força normal.

Assim, esquematizando as forças que atuam na caixinha:

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Aula 03 – Dinâmica.

N
F

P.sen
P.cos 

Note que a normal será equilibrada pela componente do peso que vale
P.cos.

Portanto, A força de atrito será dada por:

Fat   Din .N
Fat   Din .P.cos 
Fat   Din .m.g.cos 
Logo, podemos dizer que a força de atrito depende da massa da caixinha.

II. Acredito que agora ficou fácil de perceber que a força de atrito depende
da inclinação, basta dar uma olhadinha na fórmula contida no quadrinho
acima. Veja que o atrito além de depender da massa da caixinha, ele
também depende da inclinação  do plano em relação à horizontal.

Portanto, o item II está falso.

III. A força resultante sobre a caixinha será dada pela resultante vetorial
entre as forças paralelas ao plano inclinado. Logo, podemos escrever a
seguinte relação: 07856207612

Fres  F  P .s en
Fres  F  m.g.s en
Ou seja, a resultante depende da massa da caixinha.

Portanto o item III está correto.

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11. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Quando o bloco de massa m da figura desliza descendo o plano
inclinado, cujo ângulo de inclinação é , o faz com velocidade constante.

Se for lançado no sentido ascendente do mesmo plano, o bloco sofrerá,


durante seu movimento, uma força resultante de intensidade (g é a
aceleração da gravidade)

(A) m.g.sen.
(B) 2.m.g.sen.
(C) m.g.sen2.
(D) m.g.cos.
(E) m.g.tg.

Resposta: item B.

Comentário:

Como o bloco desce com velocidade constante, então a resultante de forças


que age sobre ele é nula, vamos esquematizar as forças atuantes no bloco
e depois impor a condição de resultante nula.

Fat
N
07856207612

P.sen
P.cos 

Como o bloco desce com velocidade constante:

Fat  Psen

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Assim, quando o bloco for lançado ele ficará sujeito a uma força resultante
igual à força de atrito somada com a componente do peso, uma vez que
ele subirá, e subindo a força de atrito ajuda a componente do peso – na
mesma direção e sentido, conforme a figura abaixo:

P.sen
Fat P.cos 

Assim, a força resultante será a soma dos vetores:

Fres  Fat  Psen


Fres  Psen  Psen
Fres  2.Psen  2.m.g.sen

12. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) A criança da figura arrasta o brinquedo de peso P sobre a superfície
horizontal com velocidade constante, onde há atrito entre o brinquedo e a
superfície, de coeficiente .

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A força F exercida pela criança através do fio, formando um ângulo com


a superfície, é dada por

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 03 – Dinâmica.

Resposta: item B.

Comentário:

Mais uma vez a velocidade é constante, o que implica que a resultante é


nula. Para verificar a resultante, vamos colocar todas as forças que atuam
no corpo e depois igualá-las para resultante nula. Veja que a VUNESP
gosta muito de colocar questões dessa natureza, ou seja, envolvendo a
velocidade constante, que nada mais é do que uma condição de equilíbrio
de forças.

N Fsen F

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Fat F cos 

P
Equilíbrio horizontal:

Fat  F cos 

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 03 – Dinâmica.

Equilíbrio vertical:

N  Fsen  P –

Lembrando a fórmula do cosseno e aplicando nas duas acima:

Fat  F cos 
 .N  F cos 
  P  Fsen   F cos 
 .P   .Fsen  F cos 
F cos    .Fsen   .P
F  cos    .sen    .P
 .P
F
 cos   .sen 

13. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Em uma operação de resgate, em que um montanhista de 60 kg
caiu de um penhasco, dois bombeiros próximos à beira do abismo lançam
uma corda e puxam o homem. A máxima força que os bombeiros
conseguem exercer sobre a corda é suficiente para erguer, com velocidade
constante, o homem e sua pesada mochila. Para facilitar o resgate, o
montanhista joga fora a mochila de 8 kg, conseguindo ser levantado pela
mesma força, agora com aceleração para cima.

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 03 – Dinâmica.

Considerando a corda não extensível e de massa desprezível, de forma que


a tração se transmita integralmente ao longo de seu comprimento, a
aceleração do montanhista será em m/s2, igual a Dado: Considere g = 10
m/s2. –

(A) 0,7.
(B) 1,0.
(C) 1,3.
(D) 1,7.
(E) 2,0.

Resposta: Item C.

Comentário:

Essa é uma questão muito boa de dinâmica, na qual vamos separar a


resolução em duas partes.

1) Cálculo da tração na corda:

A tração na corda, incialmente, é dada pelo valor do peso do montanhista,


pois o sistema está em movimento uniforme, velocidade constante, o que
implica dizer que a resultante é nula, como a tração puxa o corpo para cima
e o peso total puxa para baixo, ambas devem ser iguais para promover o
movimento uniforme.

TP
T  m.g  68.10  680 N
2) Cálculo da aceleração do corpo:
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Agora vamos calcular a aceleração do corpo, considerando sua massa de


60kg.

A tração será, portanto, superior ao peso do montanhista sem a mochila.

T  P '  m '.a
680  600  60.a
a  1,33m / s 2

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Teoria e exercícios comentados
Aula 03 – Dinâmica.

14. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Suponha que um carro, a uma velocidade de 108 km/h, freia
bruscamente até parar num breve intervalo de tempo de 0,1s. Nessas
– de
condições, a cabeça do passageiro, que tem massa equivalente a cerca
5 kg, seria arremessada para frente com uma força de intensidade
semelhante ao peso de um bloco, em newtons (N), aproximadamente igual
a

(A) 108.
(B) 150.
(C) 1 080.
(D) 1 500.
(E) 5 400.

Resposta: Item D.

Comentário:

Vamos calcular a desaceleração do veículo:

V 0  30
a   300m / s 2
t 0,1

Ou seja, trata-se de uma desaceleração muito forte, por conta do intervalo


de tempo reduzido.

Assim, a força resultante a que vai ficar submetida a cabeça do motorista


será de:
Fres  m.a
Fres  5.300  1500 N
07856207612

Assim, a força que vai ser exercida sobre a cabeça do motorista é igual a
força peso de um bloco de 1.500N, de aproximadamente 150kg, na
superfície da Terra.

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Teoria e exercícios comentados
Aula 03 – Dinâmica.

9. Gabarito

01.A 02.B 03.E 04.B 05.E 06.C 07.A 08.C 09.D 10.C

11.B 12.B 13.C 14.D

10. Fórmulas mais usadas na aula

FR  m.a Equilíbrio  FR  0
x10

kgf F
:10

| FATRITOESTÁTICO MÁXIMO | ESTÁTICO .N | FATRITODINÂMICO |  DINÂMICO .N

| a |FREADA  DINÂMICO .g V 2  V0 2  2.a freada .S

m. | V |2
| PY || P | .cos  | P || P | .sen | FRES |
Y CTP
R

| FRESCTP | m. 2 .R | Vmax | .R.g | Vmax | tg .R.g


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Aula 04

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Teoria e exercícios comentados
Aula 04 – Estática.

AULA 04: Estática dos sólidos e dos fluidos: equilíbrio dos corpos
rígidos, princípios de Pascal, Stevin e Arquimedes.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução. 2
2. Estática dos sólidos. 2
2.1 Estática do ponto material. 2
2.2 Associação de roldanas 7
3. Estática do corpo extenso 9
3.1 Torque ou momento de uma força 9
3.1.1 conceito 9
3.1.2 Unidade 14
3.2 condições de equilíbrio de um corpo extenso 18
3.3. Binário 19
3.4 Teorema das três forças 20
4. Tipos de equilíbrio 20
5. Centro de gravidade 21
6. Estática dos fluidos 23
6.1 Conceitos iniciais 23
6.1.1 Densidade absoluta 23
6.1.2 Peso específico 25
6.1.3 Densidade de um corpo 25
6.1.4 Densidade relativa 26
6.1.5 Pressão 27
6.2 Teorema de Stevin 28
6.2.1 Consequência do Teorema de Stevin e a experiência de 29
Torricelli
6.3 Teorema de Pascal 32
6.3.1 A prensa hidráulica e o Princípio de Pascal 35
6.4 Princípio de Arquimedes 36
6.4.1 Centro de gravidade e centro de empuxo 39
6.4.2 Observações acerca do empuxo 07856207612

40
7. Questões Propostas
8. Questões comentadas
9. Gabarito
10. Fórmulas utilizadas na aula

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Teoria e exercícios comentados
Aula 04 – Estática.

Olá guerreiros!

Vamos para a nossa sexta aula, estamos chegando na metade do


nosso curso regular. –

Força nos estudos e muita atenção nessa aula que é de suma


importância para a resolução das questões das provas de
concursos.

Abraço.

Prof. Vinícius Silva.

1. Introdução

Essa é a nossa última aula de mecânica.

O conteúdo a ser visto aqui é o de Estática, a terceira e última parte da


mecânica, que é a menor delas, envolve a estática dos sólidos e dos fluidos.

Trata-se de uma aula longa, com bastante conteúdo de muitas questões


comentadas. Vamos fazer um passeio por todos os teoremas, por todas as
conceitos e fazer uma base teórica forte para construir todo o raciocínio das
questões.

2. Estática dos sólidos.

A estática dos sólidos é um assunto muito interessante, que estuda o


equilíbrio de um corpo sólido, o equilíbrio aqui será apenas o equilíbrio
estático, por razões óbvias.

O corpo sólido pode ser de dois tipos:

 Ponto material: as dimensões não influenciam no problema


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 Corpo extenso: as dimensões são relevantes para o equilíbrio.

Vamos iniciar os estudos pela estática do ponto material.

2.1 Estática do ponto material.

Nesse ponto vamos aprender a determinar sob quais condições um corpo


pode ser considerado em equilíbrio.

Essas condições foram vistas na aula de dinâmica, mas vamos relembrar:

“Um corpo encontra-se em equilíbrio quando a força resultante


sobre ele é nula”.

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Aula 04 – Estática.

FR  0  equilíbrio

A força resultante nesse caso será decomposta em duas direções, quais
sejam, a horizontal (x) e a vertical (y).

Logo, podemos dizer que um corpo está em equilíbrio quando:

FRX  0
FRY  0

Essas são as condições de equilíbrio de um ponto material.

A dica aqui é decompor todas as forças que agem no corpo na horizontal e


igualar a soma vetorial a zero, depois decompor todas as forças verticais e
igualar a soma vetorial a zero.

F
RX  F1X  F2 X  F3X  ...  FnX  0

F
RY  F1Y  F2Y  F3Y  ...  FnY  0

Resumindo, você vai decompor as forças que agem na horizontal e igualar


a soma das que “puxam o corpo” para a direita à soma das forças que
“puxam o corpo” para a direita.
Após, irá fazer a mesma coisa para as forças verticais.

Exemplo:
07856207612

Um corpo de peso 100N está em equilíbrio sob a ação das forças F e T,


conforme a figura. Determinar F e T.

Vamos usar a decomposição vetorial, que você tem de lembrar-se nesse


momento da aula, pois na estática do ponto material ela será utilizada
largamente.

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Vou relembrar a decomposição vetorial vista na aula 2.

OBS: Decomposição Vetorial –

A decomposição de vetores é muito útil no estudo da dinâmica e da estática,


principalmente, mas vamos aprender a decompor vetores logo no início do
nosso curso, pois utilizaremos essa ideia muitas vezes em nossas aulas.

Decompor qualquer coisa é trocar essa coisa por outras mais convenientes.

Na figura abaixo calcule as componentes Fx e Fy se somam para resultar na


força F, ou seja, podemos trocar a força F pelas suas componentes, que
estaremos diante da mesma situação Física.

Fy F

Fx x

Fy
sen    Fy  Fsen 
F
F
cos   x  Fx  F cos 
F

Relembrado o conceito de decomposição, vamos decompor todas as forças


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que atuam no bloco:

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Tsen30° equilíbrio em x : equilíbrio em y :


F  T.cos30 P  T.sen30

Tcos30° Vamos dividir a equação em y
pela equação em x
dividindo :
P  T .sen30
F  T .cos30
P sen30
  tg 30
F cos30
P 100
F   100 3N
tg 30 3
3
Assim, foi encontrado o valor de F, basta agora isolar T na equação em y
para chegar ao valor solicitado:

P  T.sen30
P P
T   2P
sen30 1
2
T  2.100  200 N

Os exercícios de concursos também são da mesma forma, você tem de


estar com a decomposição vetorial em dia.

Podemos ainda mostrar uma segunda forma de avaliar o equilíbrio de um


ponto material, que é a regra do polígono fechado.
07856207612

“Assim, quando um ponto material está em equilíbrio, os vetores


que representam as forças que agem sobre ele devem formar um
polígono fechado”.

Exemplo:

Um corpo de peso 100N está em equilíbrio sob a ação das forças F e T,


conforme a figura. Determinar F e T.

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Estamos diante do mesmo exemplo que já foi resolvido, vamos agora


resolver a questão de outra forma, aplicando a regra do polígono.

Montando um polígono fechado com as três forças que atuam no corpo,


podemos esquematizar da seguinte forma:

Aplicando o seno
T do ângulo 30°:
P
P
30° sen30 
T
F
P P
T   2.P  2.100  200 N
sen30 1
2
Aplicando a tangente do
ângulo 30°:
P
tg 30 
F
P P
F   P 3  100. 3N
tg 30 3
3
07856207612

Ou seja, as mesmas respostas foram obtidas.

A dica fundamental que eu dou nesse ponto é você escolher a forma que
mais lhe dá segurança. Note que a regra do polígono fechado requer que
você monte a figura de forma adequada, sem errar quaisquer ângulos
envolvidos na questão.

Por outro lado, a regra da decomposição pode dar um pouco mais de


trabalho, levando mais tempo para resolver um problema.

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2.2 Associação de roldanas

A associação de roldanas para manter corpos de grandes massas em


equilíbrio é muito comum no dia a dia. –

A associação de polias ou roldanas dar-se-á na forma do esquema abaixo:

Basta lembrar que a força de tração no fio, representada pela força F,


manter-se-á constante ao longo do mesmo fio ideal, lembre-se ainda de
que a polia está em equilíbrio. Assim, podemos esquematizar a figura acima
da seguinte forma:

F F
2F 2F
4F
P
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No esquema acima estão representadas as forças atuantes nas polias. A


força F propaga-se para o mesmo fio sempre constante. Após, no segundo
fio a força já é o dobro (2F), pois a primeira polia móvel polia
está em equilíbrio, da mesma forma podemos chegar à conclusão de que
no terceiro fio a força será a soma das anteriores, o que dará como
resultado o valor 4F.

Assim, podemos dizer que para manter o objeto em equilíbrio, basta igualar
a força 4F (vertical para cima) à força P (vertical para baixo).

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P  4F
ou –
P  2 .F n

P
F n
2
Onde, n é o número de polias móveis no sistema. Observe que no nosso
esquema temos 2 polias móveis e uma polia fixa.

A força F será bem menor que o próprio peso do corpo a ser mantido em
equilíbrio e é por isso que é muito útil no levantamento de pesos no dia a
dia.

Resumindo:

07856207612

Exemplo:

(CESPE - UNB) Pela associação de roldanas fixas e móveis, uma pessoa


pode levantar pesos muito grandes, acima de sua capacidade muscular.
Por isso, vê-se, com frequência, sistemas de roldanas sendo utilizados em
canteiros de obras de construção civil. Suponha que a figura adiante
represente o sistema utilizado pelos operários de uma obra, para erguer,
do solo até o segundo pavimento, um elevador de material de construção,
com peso de 100kgf.

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Com base na associação mostrada na figura, se o peso das polias for


desprezível, um operário deverá aplicar uma força F igual a 25kgf para
equilibrar o sistema.

Para equilibrar o sistema, basta aplicar a regra das polias móveis,


lembrando que no esquema acima temos apenas duas polias móveis, pois
uma delas é fixa:

P
F
2n
100kgf
F
22
F  25kgf
3. Estática do corpo extenso

O corpo extenso é aquele em que as suas dimensões são relevantes par a


resolução do problema. 07856207612

A estática de um corpo desses será avaliada de acordo com as mesmas


condições de equilíbrio de um ponto material acrescida e uma outra
condição, aqui teremos três condições de equilíbrio.

Antes de adentrar propriamente nas condições de equilíbrio de um corpo


extenso, vamos aprender uma grandeza muito importante, que é o
momento de uma força ou torque.

3.1 Torque ou momento de uma força

3.1.1 conceito

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O torque é uma grandeza vetorial que é fruto de um produto vetorial entre


os vetores força e posição em relação à um ponto fixo.


O conceito parece meio obscuro, mas é mais facilmente entendido quando
vamos para o mundo prático.

Vejamos a tarefa de abrir uma porta.

Para que uma porta seja aberta, precisamos realizar um giro do corpo em
torno do eixo que passa pelas dobradiças pregadas no canto da parede.
Assim, para realizar esse giro fazer uso de uma força, que pode ser aplicada
em diversos pontos do corpo, já que estamos tratando de um corpo
extenso.

Logo, o ponto de aplicação dessa força nos dará um torque ou momento


que corresponde ao giro da porta. Note que esse giro pode ser mais fácil
ou mais difícil, para uma mesma força ele pode até não acontecer caso o
ponto de aplicação não esteja a certa distância do eixo de rotação.
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É isso que é o torque, o produto da força pela distância do ponto de


aplicação ao eixo de giro do corpo.

Compreendido o conceito de torque, vamos entender a fórmula do módulo:

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| MF0 || F | .| d | .sen



Onde:

 | | = módulo da força
 | | = distância do ponto de aplicação ao eixo de rotação
 sen  = seno do ângulo entre a força e o vetor posição (distância)

Quando a força for perpendicular à distância, a fórmula se reduz a:

| MF0 || F | .| d |

Pois o ângulo vale noventa e o seu seno é igual à um.

Professor, e se o ângulo for


igual a zero, ou seja se a
força estiver na mesma
direção da distância?

Olá Aderbal, pensei que você havia faltado à aula de hoje.

Se o ângulo for igual a zero, do ponto de vista puramente matemático,


podemos dizer que o seno do ângulo será igual a zero e o momento será
nulo.
07856207612

Mas também poderíamos chegar a essa conclusão facilmente analisando a


teoria.

Se o torque está ligado ao giro que é dado pela força a um corpo extenso
em torno de um ponto, então para uma força paralela à distância, por mais
que ela seja de grande magnitude, ela não será capaz de fazer o corpo
girar.

Exemplo:

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(PRF – 2009 – FUNRIO) Um veículo desgovernado perde o controle e


tomba à margem da rodovia, permanecendo posicionado com a lateral
sobre o piso e o seu plano superior rente à beira de um precipício. Uma
equipe de resgate decide como ação o tombamento do veículo à posição –
normal para viabilizar o resgate dos feridos e liberação da pista de
rolamento. Diante disso precisam decidir qual o melhor ponto de amarração
dos cabos na parte inferior do veículo e então puxá-lo. Qual a condição
mais favorável de amarração e que também demanda o menor esforço
físico da equipe?

A) A amarração no veículo deve ser feita em um ponto mais afastado


possível do solo (mais alta), e a equipe deve puxar o cabo o mais próximo
possível do veículo, dentro dos limites de segurança.

B) A amarração no veículo deve ser feita em um ponto mais próximo


possível do seu centro de massa, e a equipe deve puxar o cabo o mais
distante possível do veículo.

C) A amarração no veículo deve ser feita em um ponto mais próximo


possível do seu centro de massa, e a equipe deve puxar o cabo o mais
próximo possível do veículo, dentro dos limites de segurança.

D) A amarração no veículo deve ser feita em um ponto mais afastado do


solo (mais alta), entretanto o esforço feito pela equipe independe de sua
posição em relação ao veículo, desde que dentro dos limites de segurança.

E) A amarração no veículo deve ser feita em um ponto mais afastado


possível do solo (mais alta), e a equipe deve puxar o cabo o mais distante
possível do veículo.

Resolução:

Bom, vamos à resolução da questão.


07856207612

Trata-se de um problema clássico de torque, ou seja, momento de uma


força.

A questão relata que um veículo precisa ser girado em torno de um eixo


que passa pela região de contato entre o veículo e o solo e requer a situação
em que o intento da equipe de resgate será atingido com o menor esforço.

A situação será o caso em que a força terá o menor valor possível.

Assim, vamos fazer um desenho esquemático da situação:

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V
E
Í –
C 2 3

1
U

r2 r3
L
o r1
pista

Ponto
de giro

Veja que o raio de giro vai aumentando a medida que vamos segurando o
cabo cada vez mais longe do ponto de amarração.

Veja que o raio de giro é aquele perpendicular ao cabo que exercerá a força
de tração.

Por outro lado o ponto de amarração deverá ser o mais longe possível do
ponto de giro, para facilitar ainda mais o torque, dessa força o raio de giro
vai ficando cada vez maior, o que garante que para o mesmo torque, que
é o torque que faz o carro girar, será necessário uma menor força.

Também podemos dizer que é bem mais seguro a equipe ficar o mais longe
possível do carro, para evitar que ele caia em cima da equipe. (rsrsrsrs),
mas essa condição é apenas do ponto de vista da segurança, fiquemos
firmes nos outros dois argumentos, que levam em conta o torque gerado
pela força.

Portanto, a resposta mais satisfatória para a questão é o item E.

3.1.2 Unidade 07856207612

A unidade do torque é o N.m, pois o torque é fruto de uma multiplicação


(vetorial) entre força e distância.

Compreendido o conceito e a fórmula do momento de uma força ou torque,


vamos voltar à condições de equilíbrio de um corpo extenso.

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Professor, e N.m é
a mesma coisa que
Joule?

As unidades são equivalentes, porém representam grandezas totalmente


diferentes, basta notar que enquanto o joule representa trabalho, que é
uma grandeza escalar, o N.m representa torque, que é uma grandeza
vetorial.

3.2 condições de equilíbrio de um corpo extenso

Agora que você já conhece o torque, vamos verificar quais são as condições
para que um corpo extenso mantenha-se em equilíbrio.

Para que um corpo extenso esteja em equilíbrio, são necessárias duas


condições, a primeira é a mesma dos corpos extensos, ou seja, a força
resultante sobre o corpo deverá ser nula, assim:

FR  0  equilíbrio
A força resultante nesse caso será decomposta em duas direções, quais
sejam, a horizontal (x) e a vertical (y).

Logo, podemos dizer que uma das condições para que o corpo extenso
mantenha-se em equilíbrio é:

FRX  0
FRY  0
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A dica aqui é decompor todas as forças que agem no corpo na horizontal e


igualar a soma vetorial a zero, depois decompor todas as forças verticais e
igualar a soma vetorial a zero.

F
RX  F1X  F2 X  F3X  ...  FnX  0

F
RY  F1Y  F2Y  F3Y  ...  FnY  0

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Essas condição é o que chamamos de condição de equilíbrio translacional,


ou seja, é a condição para que o corpo não traslade em relação a um
referencial fixo na Terra.

Porém essa condição é necessária, mas não suficiente para garantir o
equilíbrio de um corpo extenso. Um corpo extenso pode além de trasladar,
rotacionar em torno de um eixo fixo.

Assim, temos de adicionar uma terceira condição para que o corpo


mantenha seu equilíbrio, essa condição é o que chamamos de condição de
equilíbrio rotacional.

Afinal de contas um corpo extenso pode girar em torno de um eixo, e ele


não estará em equilíbrio caso gire.

Portanto, temos duas condição necessárias, que se completam para


garantir o equilíbrio de um corpo extenso.

Vamos organizar essa segunda condição:

M F0 0
Os momentos de uma força possuem sentidos, que podem ser horários ou
anti-horários, vamos convencionar que o momento que faz o corpo girar no
sentido horário é o momento positivo, enquanto que o momento que faz o
corpo girar no sentido anti-horário é um momento negativo.

Podemos melhorar essa segunda condição de equilíbrio fazendo-a da


seguinte forma:

“a soma de todos os momentos das forças que fazem o corpo girar


no sentido horário deve ser igual à soma de todos os momentos das
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forças que fazem o corpo girar no sentido anti-horário”

M F0 (horário)   M F0 (anti  horário)


O ponto em relação ao qual você vai calcular os momentos das forças pode
ser qualquer. Assim, você não está obrigado a escolher um ponto sempre
igual, mas tenha em mente que em relação ao ponto escolhido as forças
aplicadas naquele ponto não possuem torque.

Assim, uma dica muito boa é escolher um ponto no qual esteja agindo uma
força que você desconhece ou então um ponto que possua muitas forças
concorrentes.

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Vamos a um exemplo para que você comece a se familiarizar com os


conceitos de torque e equilíbrio de um corpo extenso.

Exemplo:

(CESPE - UnB - DF) Considere uma barra rígida, de massa M e


comprimento L, presa horizontalmente à parede por uma dobradiça com
eixo horizontal. O ponto médio da barra está ligado ao teto por meio do fio
vertical AB. Um corpo de massa m está suspenso por um fio preso à barra,
a uma distância x da parede, conforme mostra a figura abaixo. Considere
desprezível a massa dos fios e julgue os itens que se seguem.

1. A força exercida pela barra sobre a parede tem apenas componente


vertical.

Comentário:

Item correto.

Perceba que todas as forças que atuam na barra são verticais, ou seja, não
há nenhuma força horizontal, pois as forças que agem na barra são: o seu
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peso, o peso do bloco de massa m e a tração no fio.


Portanto, no ponto de fixação não poderá haver reação horizontal, pois a
barra está em equilíbrio.

2. A diminuição do comprimento x provocará o aumento da tensão no fio


AB.

Comentário:

Item incorreto.

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Veja que, em relação ao ponto de fixação na parede o bloco tenta fazer a


barra gira no sentido horário, assim como o faz o peso da barra. Por outro
lado, a tração no fio tenta fazer a barra girar no sentido anit-horário.

Veja que os momentos das forças peso do bloco e peso da barra são
equilibrados pelo momento da força de tração.

Quando a distância x diminui, o torque da força peso do bloco diminui,


então a tração no fio também deverá diminuir, para que o torque dessa
última força diminua para equilibrar a redução do torque do peso do bloco.

MPbloco  MPbarra  MT
A redução do momento do peso do bloco deverá implicar a redução do
momento da força de tração, para manter o equilíbrio de rotação da barra.

3. A força exercida pela parede sobre a barra não depende da massa M.

Comentário:

Item incorreto.

A força vertical exercida pela parede na barra somada à tração do fio é


igual à soma dos pesos da barra e do bloco.

Portanto, podemos afirmar que:

FParede  T  Pbloco  PBarra


Por outro lado, perceba que a tração está sendo aplicada no centro
geométrico da barra (ponto médio) ponto onde também está sendo
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aplicada a força peso da barra, portanto podemos dizer que a força de


tração acaba anulando a força peso da barra.

Portanto, a força na parede depende apenas do peso do bloco.

3.3. Binário

O binário ocorre quando duas forças de mesmo módulo e sentidos opostos,


porém no mesmo sentido de giro, são aplicadas em pontos distintos de um
corpo extenso, provocando um momento resultante no corpo que é dado
pela soma dos momentos.

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Na figura acima as duas forças tentam fazer a barra girar em sentidos


contrários, assim, para calcular o torque resultante, basta aplicar a
fórmula:

M Fo  F .d  F .d

M Fo  2.F .d

O momento do binário então pode ser dado pelo produto do valor da força
pela distância que separa os dois pontos de aplicação das forças.

É muito comum em equipamentos de veículos o uso do binário. Veja:

Para soltar o parafuso da roda é mais fácil usar o binário com as duas mãos
que usar apenas uma mão, o que lhe solicitará o dobro da força para atingir
o mesmo torque resultante do binário.
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3.4 Teorema das três forças

O teorema das três forças é muito interessante. Não vamos demonstrá-lo


aqui para não perder tempo com algo que não tem relevância para o seu
concurso. Vamos ganhar tempo e partir direto para o teorema.

“sempre que três forças forem aplicadas em um corpo, e este


mantiver-se em equilíbrio, as três forças serão concorrentes em um
ponto, seja dentro ou fora do corpo”.

Esse teorema é muito forte, e é útil na resolução de problemas


aparentemente difíceis quando não utilizado.

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Na figura acima, a barra AB está sujeita a três forças que concorrem em


um ponto exterior ao corpo.

Esse teorema é muito bom quando queremos descobrir a direção de uma


terceira força, dada a direção de outras duas.

Abaixo veja mais três exemplos de teorema das três forças.

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4. Tipos de equilíbrio

Existem 3 tipos de equilíbrio que são:

 Equilíbrio estável
 Equilíbrio instável
 Equilíbrio indiferente

a) Estável:

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No equilíbrio estável o corpo se mantém estabilizado, ou seja, mesmo que


uma força tente retirar o corpo do estado de equilíbrio, o sistema por si só
regressa ao estado anterior de equilíbrio.

b) Instável:

Nesse tipo de equilíbrio, o corpo quando perturbado do seu estado de


equilíbrio não consegue regressar ao estado anterior.

c) Indiferente

Nesse caso o corpo mantem-se na posição para a qual foi perturbado do


seu estado de equilíbrio, não tendo tendência de regressar ou modificar
totalmente seu estado de equilíbrio.

Resumindo:

Os três estados de equilíbrio da bolinha azul estão representados na figura


acima.

5. Centro de gravidade

O centro de gravidade é o ponto no qual está sendo aplicada a força peso


07856207612

do corpo.

Esse ponto é o centro geométrico do corpo quando se trata de um corpo


homogêneo.

Para corpos não homogêneos esse ponto não coincide com o centro
geométrico.
Veja abaixo o centro de gravidade ou centro de massa de corpos
homogêneos, que nada mais é do que o centro geométrico de cada figura.

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5.1 Equilíbrio estável e o centro de gravidade.

Quando em um corpo extenso temos a força peso dentro da base de


sustentação de um corpo, então ele estará em equilíbrio estável,
mantendo-se essa configuração mesmo que uma perturbação externa tente
modificar o seu estado.

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Professor, como funcionam


os brinquedos que mantém
equilíbrio estável? –

Prezado Aderbal,

Os brinquedos de que você fala são muito interessantes do ponto de vista


da Física.

Alguns exemplos desses brinquedinhos você vê abaixo:

Todos esses brinquedinhos tem algo em comum, que é o centro de


gravidade localizado abaixo do centro geométrico do corpo.

Isso é muito interessante, pois sempre haverá um momento restaurador


da posição de equilíbrio original.

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Observe na figura acima que o centro de gravidade está abaixo do centro


geométrico da figura, e isso é fundamental para entender o princípio de
funcionamento do boneco “joão teimoso”.

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Sempre que retirarmo-lo da posição de equilíbrio, o peso do corpo tentará


recuperar o corpo para a posição original de equilíbrio, funcionando como
se fosse um torque restaurador.

Os projetos de navios também funcionam da mesma forma, mas vamos


ver os detalhes da construção de navios mais adiante, quando estivermos
comentando sobre o teorema de Arquimedes.

6. Estática dos fluidos

A estática dos fluidos é outra matéria interessante para o dia a dia do


policial rodoviário federal.

Vamos dividir a hidrostática em quatro partes que são: conceitos iniciais,


Teorema de Stevin, Teorema de Pascal, Teorema de Arquimedes.

A estática dos fluidos estuda o equilíbrio dos fluidos, que aqui serão
predominantemente os líquidos, e é por isso que o nosso estudo também
é chamado de Hidrostática.

Essa matéria está alicerçada sobre três grandes pilares, que são os três
grandes teoremas da hidrostática. No entanto, vamos iniciar falando sobre
alguns conceitos básicos que precisam ser entendidos antes mesmo de
qualquer teorema, que são os conceitos básicos.

6.1 Conceitos iniciais 07856207612

Vamos aqui compreender o conceito de densidade absoluta ou massa


específica, peso específico, densidade de um corpo, densidade relativa e
pressão.

6.1.1 Densidade absoluta

O conceito da densidade absoluta é simples e baseada em algumas


condições, que são pressão e temperatura constantes.

A densidade absoluta de uma substância pura é a razão entre a massa


considerada e o volume correspondente.

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m

V –

A unidade no sistema SI é o kg/m3.

No entanto, é muito comum algumas outras unidades usuais, que são:


 g/cm3
 kg/L

As duas unidades acima são equivalentes, ou seja, g/cm3 = kg/L.

Vamos aprender a conversão entre g/cm3 ou kg/L e kg/m3.

103 kg
1g / cm  6 3  1g / cm3  1.000kg / m3
3

10 m
Para efetuar a transformação então basta memorizar o seguinte esquema:

x103
g / cm3 kg / m3
:103

A densidade absoluta ou massa específica é a divisão da massa pelo volume


correspondente àquela massa. É como se fizéssemos um sólido sem
espaços vazios com aquela massa e calculássemos o volume do sólido. Você
verá que esse conceito é diferente do conceito de densidade de um corpo,
que vai depender da forma com a qual foi feita o corpo.
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A tabela abaixo mostra as densidades absolutas de algumas substâncias:

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6.1.2 Peso específico

Mais um conceito sob as condições de temperatura e pressão constantes.

Uma substância pura tem peso específico constante calculado pela razão
entre o módulo da força peso da porção considerada e o volume
correspondente.

|P|

V
A unidade é obtida dividindo-se a unidade de força (peso) pela unidade de
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volume, obtendo-se, portanto, o N/m3.

6.1.3 Densidade de um corpo

Uma boa pergunta nesse ponto é: “por que um navio flutua, se é feito de
ferro?”

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A resposta está na densidade de um corpo de ferro, que pode ser menor


que a da água.

Como pode isso acontecer, se a
densidade do ferro é maior que a
da água, conforme a tabela
mostrada nas páginas
anteriores?

Caro Aderbal, a tabela mostrada foi a tabela da densidade absoluta, ou


seja, de um corpo contínuo, sem espaços vazios, não preenchidos.

A densidade de um corpo é diferente disso e é ela que nos garante que um


corpo de ferro pode flutuar na água.

A densidade de um corpo é, portanto, a razão entre a sua massa e o volume


delimitado por sua superfície externa.

m
d
VEXT
Se o corpo for oco, o volume exterior pode ser bem maior que o volume de
um corpo maciço, e é exatamente isso que garante o fato de termos uma
densidade menor de um corpo de ferro em relação a um corpo de água,
apesar de a densidade do ferro ser maior que a da água.

6.1.4 Densidade relativa 07856207612

A densidade relativa é a densidade de um corpo em relação a outro, e é


dada pelo quociente entre as massas específicas das substâncias
consideradas, quando a pressão e temperatura constantes.

A
d AB 
B
A densidade relativa é uma grandeza que não possui unidades, pois é a
razão entre outras duas grandezas iguais, resultando, portanto, em uma
grandeza adimensional, ou seja, que não possui dimensão.

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6.1.5 Pressão

Chegamos a um conceito muito importante para o estudo da hidrostática e


dos próximos três principais teoremas da fluidoestática. –

A definição de pressão é a seguinte: “é a razão entre a força perpendicular


à superfície pela área correspondente em que aquela força está sendo
aplicada”.

Assim, podemos montar a formula matemática seguinte:

Fperpendicular
P
Área
A componente tangente à superfície dará origem ao que chamamos de
força de cisalhamento, que serve para cisalhar o corpo, ou seja, fatiá-lo em
pedacinhos, é como se o corpo desmontasse.

Fperpendicular
F

área Ftangencial

A unidade de pressão é muito interessante, pois no dia a dia podemos


perceber várias unidades diferentes de pressão.

A unidade SI de pressão é o N/m2, pois trata-se da unidade de força dividida


pela unidade de área.

Equivalente ao N/m2 é a unidade Pa (pascal).


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Mas usualmente a unidade mais comum é o atm (atmosférica técnica


métrica).

Vamos compreender a unidade e depois verificar o fator de conversão.

1kgf 10 N
1atm  2
 4 2
 105 N / m2  105 Pa
cm 10 m
Outra unidade muito comum no dia a dia dos veículos automotores é a
unidade inglesa psi, que significa libra-força por polegada quadrada.

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1libra  força
1 psi 
pol 2 –
1 psi  7, 0.10 N / m 3 2

Observe então que se você colocar 30psi (vulgarmente 30 libras) você vai
colocar no pneu do seu automóvel uma pressão igual a 2,1 .10 5N/m2.

Ou seja, mais de 2 atmosferas terrestres de pressão.

6.2 Teorema de Stevin

Vistos os conceitos iniciais relativos à Hidrostática, vamos iniciar o estudo


dos três principais teoremas. Para iniciar vamos compreender nesse ponto
o Teorema de Stevin.

O teorema tem o seguinte enunciado:

“A diferença de pressão entre dois pontos de um líquido


homogêneo e em equilíbrio sob a ação da gravidade é dada pelo
produto da massa específica do líquido pela aceleração da
gravidade (em módulo) pelo desnível entre os dois pontos”.

Vaja na figura abaixo um esquema da diferença de pressão entre dois


pontos de um líquido, ilustrando o teorema de Stevin.

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Vamos demonstrar o teorema usando para isso um cubo feito do líquido


em equilíbrio, limitado pelos pontos M e N. Veja a figura abaixo:

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FM –

FN
As forças atuantes no cubo são as forças FM que a porção de líquido acima
do cubo e a atmosfera exercem sobre ele, a força FN que a porção inferior
aplica no cubo e a força peso do cubo.

Como o líquido encontra-se em equilíbrio, então qualquer porção dele


encontra-se em equilíbrio, como, por exemplo, o cubo em questão.

Montando uma equação de equilíbrio:

F2  F1  P
P2 . A  P1. A  m.g
( P2  P1 ). A  m.g
m.g
( P2  P1 ) 
A
 .V.g
( P2  P1 ) 
A
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 . A.h.g
( P2  P1 ) 
A
P   .g .h
6.2.1 Consequência do Teorema de Stevin e a experiência de
Torricelli

Pontos a mesma altura de um líquido em equilíbrio estão a mesma pressão.

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Vamos utilizar a consequência acima para entender a experiência que


Torricelli usou para medir a pressão atmosférica.

A experiência consiste em encher um tubo com mercúrio, emborcá-lo em


uma cuba de mercúrio e deixar o líquido entrar em equilíbrio.

Após isso basta medir a altura do líquido para encontrar a pressão


atmosférica em função da coluna de mercúrio.

Na figura acima você pode perceber os passos para a experiência de


Torricelli.
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Vamos verificar agora qual a que pressão corresponde a pressão da coluna


líquida.

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Os pontos A e B estão a mesma pressão, basta lembrar-se da consequência


do teorema de Stevin (pontos a mesma altura de um líquido em equilíbrio
possuem a mesma pressão), ademais, a pressão no ponto A é a pressão

atmosférica, uma vez que este ponto está sujeito à atmosfera do local.

O ponto B, como possui vácuo na região acima da coluna, estará sujeito


apenas à pressão da coluna líquida, calculada pelo teorema de Stevin.

PA  PB
Patm  Pcolliq
Patm  .g.h
Patm  13, 6.1039,8.76.102 N / m2
Patm  1, 01.105 N / m2

Poderíamos também a partir da pressão atmosférica, calcular a altura da


coluna líquida de mercúrio.

Agora tente calcular a altura da coluna líquida, caso a experiência tivesse


sido feita com água, no lugar do mercúrio.

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Qualquer dúvida envie perguntas para o fórum que eu terei prazer em


responder qual a altura da coluna líquida de água.

A resposta para a pergunta acima é a mesma para a seguinte pergunta:

“Qual o maior valor de comprimento para um canudo utilizado para beber


agua por um ser humano?”

6.3 Teorema de Pascal

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Blaise pascal enunciou o seguinte teorema, cujas aplicações práticas são


diversas.

“Um aumento de pressão exercido em um ponto de um líquido


incompressível em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os
demais pontos do líquido, bem como às paredes do recipiente.”

Vamos demonstrar o seguinte teorema:

Considere a figura abaixo na qual temos um recipiente cilíndrico que


contém um líquido incompreensível e em equilíbrio sob a ação da
gravidade.

1
h

d 2

P2  P1  d .g.h
P2  P1  d .g.h
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Vamos dar um incremento de pressão colocando um bloco sobre o embolo.

1
h

d 2

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O ponto 1 ficará sujeito a uma pressão igual a P1’ = P1 + P, que é o


incremento dado pela deposição do bloco.

Vamos agora calcular a pressão do ponto 2 após a colocação do bloco,–que


será representada por P2’.

P2 '  P1 ' d .g.h


P2 '  P1  P  d .g.h
P2 '  P1  d .g.h  P
P2 '  P2  P

Assim, fica demonstrado que um aumento de pressão em um ponto do


líquido é transmitido igualmente a todos os pontos do líquido.

Alguns exemplos do Teorema de Blaise Pascal seguem abaixo:

a) elevador hidráulico:

Funciona baseado no incremento de pressão feito de um lado do tubo, que


é transmitido para o outro lado.

b) macaco hidráulico 07856207612

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Funciona pelo incremento de pressão efetuado de um lado do tubo,


transmitindo-se para a outra extremidade que serve para levantar o
veículo.

c) freio hidráulico

Veja que o fluido de freio é responsável por levar o aumento de pressão


nele gerado pela pisada no pedal de freio até às pastilhas que abraçam o
disco o fazendo parar e consequentemente o carro diminuir a sua
velocidade.

É por isso que o freio não funciona sem o fluido de freio, tampouco se algum
duto estiver obstruído ou furado.

Na figura abaixo você pode perceber o sistema de freios completo de um


veículo com freios a disco na dianteira e a tambor na traseira.

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6.3.1 A prensa hidráulica e o Princípio de Pascal

O sistema chamado de prensa hidráulica é o que explica o funcionamento


dos exemplos supramencionados. Ele consiste em uma relação entre a –área
e a força correspondente a um ponto do líquido em equilíbrio.

Na figura acima uma força F1 é exercida no embolo de área A1, essa força
irá dar ao líquido em equilíbrio um aumento de pressão P igualmente
distribuído para todos os pontos do líquido e do recipiente (tubo em U).

Esse incremento de pressão na região de área A2 corresponderá à razão


entre a força F2 e a área A2.

Assim, podemos esquematizar a seguinte relação:

F1
P 
A1
F2
P 
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A2
igualando :
F1 F2

A1 A2
Ou seja, a força será diretamente proporcional à área da região na qual
estará sendo aplicada a força. Portanto, para áreas grandes, teremos forças
de grande intensidade.

Isolando a força F2 chegamos à seguinte expressão:

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A2
F2  F1
A1

Ou seja, quanto maior for a razão A2/A1, maior será o valor da força F2,
para uma mesma força F1.

Essa razão entre as áreas é chamada de vantagem mecânica da prensa


hidráulica.

Os equipamentos vistos nos exemplos acima têm seu princípio de


funcionamento baseado na vantagem mecânica que a diferença de áreas
pode lhes proporcionar.

Assim, por meio de um macaco hidráulico pode-se facilmente levantar um


veículo pesado aplicando-se uma força relativamente pequena em um
êmbolo que tenha pequena área.

6.4 Princípio de Arquimedes

Chegamos ao último princípio de nossa aula de hoje, trata-se do princípio


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de Arquimedes, ou do chamado empuxo de Arquimedes.

Esse princípio dá a base para o estudo de uma força que todos os líquidos
exercem em corpos que possuem porções dentro do líquido.

O empuxo de Arquimedes é o resultado de todas as forças que um líquido


exerce em um corpo.

“Quando um corpo é imerso total ou parcialmente em um fluido em


equilíbrio soba ação da gravidade, ele recebe do fluido uma força
chamada empuxo. Essa força tem intensidade igual ao peso do
líquido deslocado pelo corpo.”

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A demonstração será feita a partir da figura abaixo, na qual um corpo está


imerso dentro de um líquido homogêneo de massa específica L. Vamos
calcular a resultante das forças que agem sobre o corpo, a essa resultante
daremos o nome de empuxo. –

A resultante será dada por:

| E || F2 |  | F1 |
| E | P2 . A  P1. A
| E | A.( P2  P1 )
| E | A. L .g .h
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| E |  L .g .VolFD
Onde:

 L é a massa específica do líquido


 VolFD é o volume de fluido deslocado pelo corpo (volume imerso no
líquido)

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Note que o produto dado por L.VolFD é o peso de líquido deslocado pelo
corpo imerso totalmente no líquido.

Entendida a fórmula do empuxo, vamos entender as condições– de


flutuabilidade de um corpo.

Um corpo flutua sobre em um líquido quando o empuxo é maior que o


próprio peso do corpo. Veja na figura abaixo um corpo imerso em um
líquido e as forças empuxo e peso representadas.

Para que o corpo flutue, é necessário que o empuxo seja maior que o peso,
assim:

| E || P |
 L .g.VolExeteriorcorpo  m.g
 L . g.VolExeterior
corpo
 corpo . VolExeteriorcorpo .g
corpo   L

Ou seja, basta que a massa específica do corpo seja menor que a massa
específica do líquido.
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Professor, e por que é que um


navio de ferro, cuja massa
específica é maior que a da
água consegue flutuar?

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Prezado Aderbal,

No caso do navio o motivo da flutuação é por conta dos espaços vazio que
ele contém, ou seja, como o navio possui muitos espaços em branco, – ou
seja, ocos, então a densidade dele acaba sendo menor que a da água, se
considerarmos todo o seu volume, ele acaba sendo mais pesado que a
água.

O que você deve ter em mente é que se um corpo é mais pesado que o
correspondente corpo feito de água, então ele vai afundar em água, caso
contrário, ele flutua.

Professor e por que um corpo


que flutua sempre fica com uma
parte fora da água?

O motivo é simples Aderbal. Se o empuxo é maior que o peso, então o


corpo vai acabar emergindo, ou seja, saindo para a superfície, a fim de que
fique dentro do líquido apenas a parte necessária a um empuxo que possa
equilibrar o peso do corpo.

6.4.1 Centro de gravidade e centro de empuxo

Esses dois conceitos são de fundamental importância para o entendimento


da estabilidade dos corpos imersos em água.

O centro de gravidade é o ponto no qual o peso do corpo é aplicado. Por


07856207612

outro lado, o centro de empuxo é o ponto no qual o empuxo é aplicado.

Quando desejamos obter um equilíbrio estável, o centro de empuxo deve


estar localizado acima do centro de gravidade, pois assim sempre teremos
um torque restaurador.

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Caso o navio sofra uma força lateral, o torque das forças tende a retornar
o corpo para a posição de equilíbrio estável.

Portanto, temos duas condições para a flutuação estável.

A primeira é o fato de a densidade do corpo ser menor que a densidade do


líquido.

A segunda é o fato de estar o centro de gravidade localizado abaixo do


centro de empuxo.

6.4.2 Observações acerca do empuxo

 O empuxo é a resultante das ações do fluido sobre o corpo, apenas


se o fluido estiver em repouso.
 A linha de ação do empuxo passa sempre pelo centro de gravidade
da porção fluida que ocupava o local onde está o corpo.
 O empuxo não tem nenhuma relação geral com o peso do corpo
imerso, cuja intensidade pode ser maior, menor ou igual à do
empuxo. 07856207612

 Para L e g constantes, E é diretamente proporcional ao VFD.


 Para VFD e g constantes, o empuxo é diretamente proporcional à L.

Tenha em mente essas observações, pois elas resolvem questões teóricas


com muita rapidez e facilidade para você ganhar tempo na sua prova.

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7. Questões Propostas

01. (VUNESP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE


- 2013) Durante o processo de pintura de peças na indústria –
automobilística, as peças a serem pintadas são imersas em tanques
contendo a tinta, a qual é impregnada nas peças por eletroforese, um
processo que envolve a adesão por cargas elétricas. As peças são
deslocadas por alavancas, e a figura mostra o esquema básico de
funcionamento desse mecanismo.

A alavanca AB, de peso desprezível, homogênea e articulada em B, tem,


em seu ponto médio C, pendurada a peça completamente imersa na tinta,
de densidade 800 kg⁄m3. A peça pesa 200 N e ocupa um volume de 20L. A
aceleração da gravidade é considerada com o valor 10 m⁄s2. A intensidade
da força vertical exercida pelo operador, na extremidade A da alavanca
horizontal, deverá ser, em N, de

(A) 30. 07856207612

(B) 10.
(C) 20.
(D) 40.
(E) 15.

02. (VUNESP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E


QUALIDADE - 2013). Um bloco sólido, de volume V, encontra-se
totalmente imerso em um líquido de densidade dl. A densidade do bloco é
dC>dl. Para não afundar, o bloco é suspenso por um sistema de cabos,
flexíveis e inextensíveis e de massa desprezível, inclinados em 30o com a
horizontal. A aceleração da gravidade local é g.

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Aula 04 – Estática.

A intensidade da tração em cada um dos cabos inclinados, A e B, é dada


por

03. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) Na figura estão representadas quatro montagens experimentais em
que um mesmo bloco de massa m está suspenso, por fios ideais, em
equilíbrio.

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Aula 04 – Estática.

Sabendo-se que  <  <  < , pode-se afirmar que o módulo da resultante
das trações T1 e T2, é

(A) maior em I. –
(B) maior em II.
(C) maior em III.
(D) maior em IV.
(E) igual nas quatro montagens.

04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) A prateleira da figura, junto com sua carga de livros e objetos, é
considerada homogênea, medindo 40 cm de largura e com peso total de
180 N, concentrado em seu centro geométrico. Ela é sustentada na
horizontal por duas mãos francesas fixadas à parede pelos parafusos 1 e 2
em cada uma, distantes 15 cm um do outro.

A intensidade da força que a parede faz sobre cada mão francesa através
dos parafusos 1 vale, em N,

(A) 90.
(B) 120.
(C) 150.
(D) 180.
(E) 240.

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


07856207612

2012) Considere o conjunto a seguir, montado a partir da colagem de 6


caixas exatamente iguais (mesma massa e mesma dimensão). Os pontos
A, B, D e E estão centralizados em cada uma das caixas indicadas, enquanto
que o ponto C está localizado centralizado na linha de colagem.

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Desses pontos, aquele que representa o centro de massa do conjunto é o


ponto

(A) A. –
(B) B.
(C) C.
(D) D.
(E) E.

06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) A figura a seguir é de um brinquedo equilibrista muito utilizado por
professores de Física em aulas de demonstração, a partir do qual podem
discutir, com seus alunos, conceitos relacionados ao equilíbrio estável.

Com relação ao pássaro, pode-se afirmar corretamente que o centro de


massa

(A) não coincide com o centro de gravidade.


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(B) coincide com o centro de gravidade e este fica acima do ponto de


sustentação.
(C) coincide com o centro de gravidade e este fica abaixo do ponto de
sustentação.
(D) não coincide com o centro de gravidade e, por isso, o pássaro se
equilibra mais facilmente.
(E) não coincide com o centro de gravidade e este fica exatamente no ponto
de sustentação.

07. (VUNESP – Prefeitura de Sorocaba – Engenheiro Eletricista -


2012) A relação entre as forças A e B do conjunto de roldanas na figura é
de

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(A) B=A.
(B) B = 2A.
(C) B = 4A.
(D) B = 8A.
(E) B = 16A.

08. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Na


operação de resgate de uma peça metálica, maciça e cilíndrica de geratriz
h, do fundo do mar, um guincho iça a peça retirando-a lentamente e com
velocidade constante, até que ela fique toda fora da água. A distância
vertical entre a roldana do guindaste e a superfície livre da água é H > h,
e a viscosidade da água é desprezível, assim como a resistência do ar. O
instante em que a face superior do cilindro é retirada da água é t1 e o
instante em que a face inferior é retirada é t2.
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Aula 04 – Estática.

O gráfico que melhor relaciona a intensidade da força de tração (F) no cabo


do guindaste com o tempo (t) de duração da operação é

09. (VUNESP – CETESB – ENGENHEIRO CIVIL – 2013) Considere o


manômetro com tubo em U, da figura, que contém óleo e mercúrio.

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Se os pesos específicos do óleo e do mercúrio são, respectivamente, 8


kN/m3 e 136 kN/m3, a pressão P, em kPa, é

(A) 12,20.
(B) 14,60.
(C) 15,60.
(D) 18,40.
(E) 22,80.

10. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) Você prepara uma atividade experimental para discutir com seus
alunos o Princípio de Arquimedes e pendura um corpo numa mola, suposta
ideal, de constante elástica igual a 1,2 N/cm, e mede uma deformação de
x = 6,0 cm. Em seguida, com o corpo totalmente imerso em água, você
mede uma deformação na mola x = 3,0 cm. Considerando a aceleração da
gravidade igual a 10 m/s2 e a densidade da água igual a 1,0 x 103 kg/m3,
você conclui que o volume do corpo, em 10-5 m3, vale:
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(A) 11.
(B) 16.
(C) 26.
(D) 36.
(E) 46.

11. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Um tubo em U, aberto nas duas extremidades, contém um líquido
(1), de massa específica 1, até a metade de sua altura. Verte-se, em um
dos ramos, outro líquido (2) de massa específica 2<1 e que não se mistura
com o líquido (1), até que sua superfície livre fique a um nível d acima da
superfície livre de (1). A figura ilustra a situação descrita.

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Aula 04 – Estática.

A relação 2 ⁄ 1 (densidade relativa) entre as massas específicas dos


líquidos fica sendo

12. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Num procedimento de filmagem subaquática, uma prancha de
madeira, de densidade 0,60 g⁄cm3, flutua na água, de massa específica 1,0
07856207612

g⁄cm3, tendo colada em seu fundo uma filmadora metálica, de densidade


7,6 g⁄cm3, fazendo com que ela, a prancha de madeira, fique com 90% de
seu volume submerso, como mostra a figura.

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Aula 04 – Estática.

Nessas condições, a razão entre os volumes da filmadora e da prancha de


madeira vale

(A) 3⁄65. –
(B) 3⁄75.
(C) 1⁄22.
(D) 1⁄75.
(E) 1⁄85.

13. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) O sangue flui de uma grande artéria de 0,60 cm de diâmetro, onde
sua velocidade é 10 cm/s, para uma região onde o diâmetro foi reduzido
para 0,40 cm em virtude do espessamento das paredes arteriais. A
velocidade do sangue na região mais estreita, em cm/s, é

(A) 17,5.
(B) 20.
(C) 22,5.
(D) 27,5.
(E) 32,5.

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8. Exercícios comentados

01. (VUNESP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE


- 2013) Durante o processo de pintura de peças na indústria –
automobilística, as peças a serem pintadas são imersas em tanques
contendo a tinta, a qual é impregnada nas peças por eletroforese, um
processo que envolve a adesão por cargas elétricas. As peças são
deslocadas por alavancas, e a figura mostra o esquema básico de
funcionamento desse mecanismo.

A alavanca AB, de peso desprezível, homogênea e articulada em B, tem,


em seu ponto médio C, pendurada a peça completamente imersa na tinta,
de densidade 800 kg⁄m3. A peça pesa 200 N e ocupa um volume de 20L. A
aceleração da gravidade é considerada com o valor 10 m⁄s2. A intensidade
da força vertical exercida pelo operador, na extremidade A da alavanca
horizontal, deverá ser, em N, de

(A) 30. 07856207612

(B) 10.
(C) 20.
(D) 40.
(E) 15.

Resposta: Item C.

Comentário:

Trata-se de uma questão de estática, na qual devemos colocar todas as


forças atuantes no corpo e depois aplicamos o equilíbrio dos momentos das
forças aplicadas à barra (corpo extenso).

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d
F –
d/2
d
F .d  T.
2
T
T
F
2

A força então será calculada por meio da tração. Para calcular a tração,
basta que você isole e peça e coloque as forças que atuam nela para obter
a tração. Lembre-se de que na peça irá atuar uma força de empuxo do
líquido no qual ele está imerso.

E T  P
T  PE
E T T  P  dliq .g.VolFD
20
T  200  800.10.
1000
T  40 N

Agora, basta voltar à equação anterior:


07856207612

T
F
2
40
F  20 N
2
02. (VUNESP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E
QUALIDADE - 2013). Um bloco sólido, de volume V, encontra-se
totalmente imerso em um líquido de densidade dl. A densidade do bloco é
dC>dl. Para não afundar, o bloco é suspenso por um sistema de cabos,
flexíveis e inextensíveis e de massa desprezível, inclinados em 30o com a
horizontal. A aceleração da gravidade local é g.

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Aula 04 – Estática.

A intensidade da tração em cada um dos cabos inclinados, A e B, é dada


por

Resposta: Item B.

Comentário:

Essa é uma questão bem tranquila de estática dos sólidos, que também
envolve a ideia do empuxo de Arquimedes, já trabalhada em questões
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anteriores, nas quais o empuxo já foi calculado por meio da fórmula:

E  d L .g.VolFD
Onde VolFD é o volume de fluido deslocado, que nada mais é do que o
volume do corpo que está imerso no líquido.

No caso da questão, o volume é o próprio volume do corpo, uma vez que


está totalmente imerso.

Assim, vamos esquematizar as forças que atuam no corpo:

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Tsen30 Tsen30
T T

T
T
E

Vamos equacionar o equilíbrio da seguinte forma:

2.Tsen30  T '

T '  2.T.0.5  T
T ' E  P

T '  m.g  E
Substituindo uma equação na outra, eliminando T’:

T '  m.g  d L .g.V


T '  dC .V.g  d L .g.V
07856207612

T '  V.g (dC  d L )


03. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -
2011) Na figura estão representadas quatro montagens experimentais em
que um mesmo bloco de massa m está suspenso, por fios ideais, em
equilíbrio.

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Sabendo-se que  <  <  < , pode-se afirmar que o módulo da resultante
das trações T1 e T2, é

(A) maior em I.
(B) maior em II.
(C) maior em III.
(D) maior em IV.
(E) igual nas quatro montagens.

Resposta: item E.
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Comentário:

Essa questão é aquela que o candidato pensa que não sabe, que é muito
difícil, que tem de fazer um monte de aproximação, de contas e mais
contas, mas na verdade ela é uma questão de simples aplicação de um
conceito teórico.

Em todos os casos o bloco está em equilíbrio, portanto, a resultante de


forças atuantes no bloco deve ser nula, então em todos os casos:

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T1  T2  P  0

T1  T2   P
T1  T2   P

T1  T2  m. g

Portanto, tratando a questão com o rigor matemático e vetorial que ela


merece, podemos afirmar que a resultante das trações terá sempre de
equilibrar o peso do bloco, o que nos remete à resposta constante no item
E.

Parece até meio difícil de se entender, mas é fácil, basta você ter em mente
os conhecimento que adquiridos, bem como as ideias de resoluções
anteriores.

04. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) A prateleira da figura, junto com sua carga de livros e objetos, é
considerada homogênea, medindo 40 cm de largura e com peso total de
180 N, concentrado em seu centro geométrico. Ela é sustentada na
horizontal por duas mãos francesas fixadas à parede pelos parafusos 1 e 2
em cada uma, distantes 15 cm um do outro.

07856207612

A intensidade da força que a parede faz sobre cada mão francesa através
dos parafusos 1 vale, em N,

(A) 90.
(B) 120.
(C) 150.
(D) 180.
(E) 240.

Resposta: Item E

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Comentário:


Equilíbrio dos
momentos de P e F1
Física

P.20  F1.15

F1 .
1 20cm F1 
180.20
15
15cm
.
2
P
F1  240 N

O momento de uma força é igual a força que multiplica o braço de alavanca


que ela provoca no corpo extenso.

Veja que a força F1 faz o a estrutura girar no sentido anti-horário, enquanto


que a força peso faz girar no sentido horário.

05. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) Considere o conjunto a seguir, montado a partir da colagem de 6
caixas exatamente iguais (mesma massa e mesma dimensão). Os pontos
A, B, D e E estão centralizados em cada uma das caixas indicadas, enquanto
que o ponto C está localizado centralizado na linha de colagem.

07856207612

Desses pontos, aquele que representa o centro de massa do conjunto é o


ponto

(A) A.
(B) B.
(C) C.

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(D) D.
(E) E.

Resposta: Item D. –

Comentário:

Caso tivéssemos uma figura simétrica em relação a um eixo horizontal, o


centro de massa seria facilmente dado pelo ponto C, que está no meio do
conjunto.

Por outro lado, como a base possui dois blocos a mais, o centro de massa
deve estar localizado em um ponto mais abaixo de C, o que nos leva aos
pontos D e E. O ponto E seria o centro de massa caso o conjunto fosse
formado apenas pelos blocos da base, como temos três blocos sobre o bloco
central, o centro de massa não pode estar no ponto E, ele vai estar em um
pouco acima.

Assim, um pouco acima da base e abaixo de C só temos o ponto D.

06. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) A figura a seguir é de um brinquedo equilibrista muito utilizado por
professores de Física em aulas de demonstração, a partir do qual podem
discutir, com seus alunos, conceitos relacionados ao equilíbrio estável.

07856207612

Com relação ao pássaro, pode-se afirmar corretamente que o centro de


massa

(A) não coincide com o centro de gravidade.


(B) coincide com o centro de gravidade e este fica acima do ponto de
sustentação.

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(C) coincide com o centro de gravidade e este fica abaixo do ponto de


sustentação.
(D) não coincide com o centro de gravidade e, por isso, o pássaro se
equilibra mais facilmente. –
(E) não coincide com o centro de gravidade e este fica exatamente no ponto
de sustentação.

Resposta: Item C.

Comentário:

O centro de massa coincide com o centro de gravidade, uma vez que o


corpo é rígido.

A condição de equilíbrio estável decorre principalmente do fato de o centro


de gravidade/centro de massa estar posicionado abaixo do ponto de apoio.
Isso faz com que uma eventual perturbação do sistema acabe gerando um
torque restaurador, fazendo com que o corpo tenha uma tendência a voltar
a posição original de equilíbrio.

O centro de gravidade mais abaixo funciona como um contrapeso, fazendo


sempre com que o corpo volte a sua posição de equilíbrio, um dispositivo
que utiliza esse mesmo princípio é o boneco conhecido como João teimoso.
Nele existe um contrapeso na parte inferior do boneco, que faz ele sempre
voltar a posição vertical de equilíbrio.

Assim, podemos concluir que, quando o centro de gravidade está abaixo


do ponto de apoio em que ele se sustenta, teremos um caso de equilíbrio
estável.

07. (VUNESP – Prefeitura de Sorocaba – Engenheiro Eletricista -


2012) A relação entre as forças A e B do conjunto de roldanas na figura é
de
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(A) B=A.
(B) B = 2A.
(C) B = 4A.
(D) B = 8A.
(E) B = 16A.

Resposta: Item E.

Comentário:

A associação de polias ou roldanas dar-se-á na forma do esquema abaixo:

07856207612

Basta lembrar que a força de tração no fio, representada pela força F,


manter-se-á constante ao longo do mesmo fio ideal, lembre-se ainda de
que a polia está em equilíbrio. Assim, podemos esquematizar a figura acima
da seguinte forma:

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F F
2F 2F
4F
P

No esquema acima estão representadas as forças atuantes nas polias. A


força F propaga-se para o mesmo fio sempre constante. Após, no segundo
fio a força já é o dobro (2F), pois a primeira polia móvel polia
está em equilíbrio, da mesma forma podemos chegar à conclusão de que
no terceiro fio a força será a soma das anteriores, o que dará como
resultado o valor 4F.

Assim, podemos dizer que para manter o objeto em equilíbrio, basta igualar
a força 4F (vertical para cima) à força P (vertical para baixo).

P  4F
ou
P  2n.F
P
F n
2
Onde, n é o número de polias móveis no sistema. Observe que no nosso
esquema temos 2 polias móveis e uma polia fixa.
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A força F será bem menor que o próprio peso do corpo a ser mantido em
equilíbrio e é por isso que é muito útil no levantamento de pesos no dia a
dia.

Resumindo:

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Aplicando a fórmula ao nosso problema (4 polias móveis), temos:

P
F
2n
B B
A 4 
2 16
B  16. A
08. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Na
operação de resgate de uma peça metálica, maciça e cilíndrica de geratriz
h, do fundo do mar, um guincho iça a peça retirando-a lentamente e com
velocidade constante, até que ela fique toda fora da água. A distância
vertical entre a roldana do guindaste e a superfície livre da água é H > h,
e a viscosidade da água é desprezível, assim como a resistência do ar. O
instante em que a face superior do cilindro é retirada da água é t1 e o
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instante em que a face inferior é retirada é t2.

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Aula 04 – Estática.

O gráfico que melhor relaciona a intensidade da força de tração (F) no cabo


do guindaste com o tempo (t) de duração da operação é

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Teoria e exercícios comentados
Aula 04 – Estática.

Resposta: item D

Comentário:

Essa questão era aquela da prova que você não entende nada do
enunciado, fica desesperado e passa para a próxima, no entanto, a partir
de agora você vai responder à essa questão com muita segurança.

Devemos avaliar a força F do cabo de acordo com a evolução do movimento


da peça.

Vamos usar um fato muito importante que é o de que a velocidade da peça


é sempre constante, isso vai nos dar base de sustentação para as equações
que vamos montar.

Primeiramente pense na peça totalmente dentro da água, isso irá ocorrer


desde t = 0 até t = t1.

Nesse sentido, vamos colocar todas as forças que atuam na peça durante
esse intervalo de tempo.

Tração

Empuxo

Peso

Veja que se a velocidade é constante, a resultante é nula, o que implica


que a força de tração no fio, somada ao empuxo deve ser igual ao peso da
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peça.

TEP
T  PE
Como o peso é constante com o tempo, bem como o empuxo também é
constante com o tempo, até o instante t = t1, podemos afirmar que a tração
será constante, tendo como gráfico em função do tempo uma reta
constante e paralela ao eixo dos tempos.

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Aula 04 – Estática.

De t1 a t2 a peça vai saindo da água, o que implica dizer que o empuxo vai
diminuindo, uma vez que o empuxo é proporcional ao volume do corpo
imerso no líquido, como, ao subir, a peça vai ficando cada vez menos
imersa, então o empuxo vai ficando cada vez menor. –

Logo, equacionando novamente:

T  P E 
A tração no fio, portanto, vai aumentar até ele ficar totalmente emerso, ou
seja, fora da água.

Quando o corpo estiver totalmente fora da água, não haverá mais força de
empuxo, o que nos leva a equacionar novamente a força de tração.

TP

Tração

Peso

Ocorre, que o peso do corpo é constante, assim, a tração também o será,


no entanto, será maior que a tração constante inicial, quando o corpo
estava ainda totalmente submerso.

Portanto, o gráfico mais coerente é o gráfico do item D, no qual temos uma


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tração constante, após crescente, até t2 e após t2 uma tração novamente


constante, porém maior.

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Aula 04 – Estática.

09. (VUNESP – CETESB – ENGENHEIRO CIVIL – 2013) Considere o


manômetro com tubo em U, da figura, que contém óleo e mercúrio.

Se os pesos específicos do óleo e do mercúrio são, respectivamente, 8


kN/m3 e 136 kN/m3, a pressão P, em kPa, é

(A) 12,20.
(B) 14,60.
(C) 15,60.
(D) 18,40.
(E) 22,80.

Resposta: item D.

Comentário:

Essa é uma questão de hidrostática, na qual vamos calcular a pressão


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exercida no reservatório por meio do princípio de Stevin.

Esse princípio serve para calcular a pressão exercida por uma coluna
líquida. Vamos igualar a pressão de dois pontos de um mesmo líquido, que
será o mercúrio, e depois vamos aplicar a equação da pressão da coluna
líquida.

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B A

Como os pontos A e B pertencem a um mesmo líquido em equilíbrio


hidrostático, então eles estão submetidos a mesma pressão.

A pressão no ponto B será dada pela pressão da coluna de mercúrio. A


pressão no ponto A será dada pela pressão P, do reservatório, somada com
a pressão da coluna de óleo.

PA  PB
P  Pcolóleo  Patm  PcolMercúrio
P  d óleo .g.H óleo  Patm  d Hg .g.H Hg
P  Patm  d Hg .g.H Hg  d óleo .g.H óleo

As densidades multiplicadas pela gravidade são equivalentes ao peso


específico, o que nos permite escrever:

P  d Hg .g.H Hg  d óleo .g.H óleo


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P  136.103.(200  60).103  8.103.(140  60)103


P  19kPa  0, 64kPa
P  18,36kPa

10. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2011) Você prepara uma atividade experimental para discutir com seus
alunos o Princípio de Arquimedes e pendura um corpo numa mola, suposta
ideal, de constante elástica igual a 1,2 N/cm, e mede uma deformação de
x = 6,0 cm. Em seguida, com o corpo totalmente imerso em água, você
mede uma deformação na mola x = 3,0 cm. Considerando a aceleração da

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gravidade igual a 10 m/s2 e a densidade da água igual a 1,0 x 103 kg/m3,


você conclui que o volume do corpo, em 10-5 m3, vale:

(A) 11. –
(B) 16.
(C) 26.
(D) 36.
(E) 46.

Resposta: Item B.

Comentário:

No esquema abaixo você pode perceber as forças que atuam no bloco nas
duas situações narradas no enunciado (dentro e fora da água).

E
Fel F el

Observe que a força elástica é diferente nos dois casos, pois no segundo
experimento há a ocorrência do empuxo de Arquimedes, que é uma força
para cima, que acaba ajudando a força elástica, fazendo com que ela não
07856207612

precise ser tão grande para que ocorra o equilíbrio.

Vamos então aplicar o equilíbrio em ambos os casos e calcular o volume do


corpo de acordo com a equação do empuxo (E = dL.g.VolFD).

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P  Fel
P  F 'el  E

 Fel  F 'el  E
 k.x1  k.x2  d L .g .VolFD
 d L .g.VolFD  k  x1  x2 
k  x1  x2 
 VolFD  Volcorpo 
d L .g
1, 2.(6  3)
 Volcorpo  3
 3, 6.104  36.105 m3
1, 0.10 .10
11. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -
2012) Um tubo em U, aberto nas duas extremidades, contém um líquido
(1), de massa específica 1, até a metade de sua altura. Verte-se, em um
dos ramos, outro líquido (2) de massa específica 2<1 e que não se mistura
com o líquido (1), até que sua superfície livre fique a um nível d acima da
superfície livre de (1). A figura ilustra a situação descrita.

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A relação 2 ⁄ 1 (densidade relativa) entre as massas específicas dos


líquidos fica sendo

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Resposta: Item B

Comentário:

Vamos utilizar o Teorema de Stevin para chegar a conclusão de que


precisamos para marcar a resposta correta.

O teorema acima relaciona a pressão de uma coluna líquida a sua


respectiva altura, de acordo com a seguinte fórmula:

PcolLíq  d Líq .g .H

Vamos agora aplicar esse teorema, tomando dois pontos de um mesmo


líquido em equilíbrio, que são os dois pontos C, marcados na figura do
enunciado. 07856207612

No ramo da esquerda temos o líquido 2 a uma altura 2l +d, enquanto no


ramo da direita o líquido 1 com uma altura 2l.

A pressão atmosférica é a mesma dos dois lados, por isso não vamos
considera-la nos cálculos, pois ela vai ser cancelada.

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2 . g .  2l  d   1. g .  2l 
2 2l –

1 2l  d
12. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -
2012) Num procedimento de filmagem subaquática, uma prancha de
madeira, de densidade 0,60 g⁄cm3, flutua na água, de massa específica 1,0
g⁄cm3, tendo colada em seu fundo uma filmadora metálica, de densidade
7,6 g⁄cm3, fazendo com que ela, a prancha de madeira, fique com 90% de
seu volume submerso, como mostra a figura.

Nessas condições, a razão entre os volumes da filmadora e da prancha de


madeira vale

(A) 3⁄65.
(B) 3⁄75.
(C) 1⁄22.
(D) 1⁄75.
(E) 1⁄85.

Resposta: item C. 07856207612

Comentário:

Nesse caso vamos isolar o sistema, colocando todas as forças atuantes e


impor a situação de equilíbrio estático, ou seja, resultante vertical nula.

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Etotal

PPrancha

Pfilmadora

Etotal  Pprancha  Pfilmadora


d Líq . g .  0,9.Vprancha  Vfilmadora   d prancha .Vprancha . g  d filmadora .Vfilmadora . g
1, 0.  0,9.Vprancha  Vfilmadora   0, 6.Vprancha  7, 6.Vfilmadora
7, 6Vfilmadora  Vfilmadora  0,3.Vprancha
6, 6Vfilmadora  0,3Vprancha
Vfilmadora 1

Vprancha 22

13. (VUNESP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA -


2012) O sangue flui de uma grande artéria de 0,60 cm de diâmetro, onde
sua velocidade é 10 cm/s, para uma região onde o diâmetro foi reduzido
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para 0,40 cm em virtude do espessamento das paredes arteriais. A


velocidade do sangue na região mais estreita, em cm/s, é

(A) 17,5.
(B) 20.
(C) 22,5.
(D) 27,5.
(E) 32,5.

Resposta: Item C.

Comentário:

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Essa questão envolve a equação da continuidade. Ela é aplicada toda vez


que o bombeamendo de um líquido ocorre com vazão constante, e o caso
do fluxo sanguíneo é exatamente o mais comum. –

O sangue que corre nas veias mantém um fluxo constante devido ao


bombeamento dele por meio do coração.

Assim, podemos dizer que a vazão é a mesma tanto na artéria mais grossa
quanto na amis delgada.

Logo,

Z1  Z2 , mas Z  AV
.
A1.V1  A2 .V2
 0,32.10   .0, 22.V2
0, 09
V2  .10  22,5cm / s
0, 04

9. Gabarito

01.C 02.B 03.E 04.E 05.D 06.C 07.E 08.D 09.D 10.B
11. B 12. C 12. C

10. Fórmulas Mais Utilizadas na Aula

Fy
sen    Fy  Fsen 
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F
FRX  0 F P
cos   x  Fx  F cos 
FR  0  equilíbrio F F
FRY  0 2n
| MF0 || F | .| d | .sen | MF0 || F | .| d | M F0 0
Mbinário  2.F .d

| E |  L .g .VolFD
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x103
g / cm3 kg / m3
m |P| –
m
 :103  d
V V VEXT

d AB  A
B

Fperpendicular
P
Área
P  .g.h

F1 F2

A1 A2

“O homem é feito visivelmente para pensar; é toda a sua


dignidade e todo o seu mérito; e todo o seu dever é pensar bem.”

Blaise Pascal.

Abraço a todos!

Prof. Vinícius Silva.

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Aula 05

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Aula 05 – Termologia e Termodinâmica.

AULA 05: Termologia: Termometria, calorimetria, processos de


propagação de calor, dilatação térmica e termodinâmica.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 2
2. Termometria e as Escalas Termométricas 2
3. Calorimetria 9
4. Dilatação Térmica 20
5. Dilatação dos líquidos 27
6. Dilatação Anômala da Água 30
7. Estudos dos gases 31
8. Termodinâmica 42
9. 1ª Lei x 2ª Lei da Termodinâmica 46
10. Questões Propostas 52
11. Questões Comentadas 63
12. Gabarito 95
13. Fórmulas em Termologia 95

Olá futuro perito criminal da PCSP,

Nessa aula, vamos estudar um assunto de suma importância, que é


a termologia e a termodinâmica.

Portanto, vamos seguir fortes na luta.

Bons Estudos!

Prof. Vinícius Silva.

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Aula 05 – Termologia e Termodinâmica.

1. Introdução

Olá Concurseiro,

Estamos caminhando em nosso curso.

Certo de que estou fazendo o melhor trabalho possível e produzindo o


melhor material do mercado para o seu concurso, congratulo-o mesmo
antes do resultado do seu certame, pelo seu esforço, dedicação e entrega
à batalha pela realização de um sonho.

Tenho certeza de que mesmo que você não passe, você terá aquela
sensação gostosa de dever cumprido, que você fez a sua parte e que aquela
prova é sua.

Seja forte, aguente as pancadas dessa caminhada árdua, o vencedor é


aquele que consegue apanhar mais e continuar de pé pronto para a luta.

Essa aula versará sobre um tema muito importante para você, o tema será
a termologia, em suma estudaremos os processos térmicos e as
principais propriedades deles. Falaremos ainda de máquinas térmicas
entre outros temas relevantes.

2. Termometria e as Escalas Termométricas

A primeira parte do nosso conteúdo versará sobre a termometria, que, pela


etimologia da palavra, cuida do estudo dos termômetros e das medidas de
temperatura dos corpos.

A medida da temperatura é de suma importância nos processos térmicos,


pois são as temperaturas que nos darão muitas informações acerca do
comportamento dos gases, bem como das trocas de calor que ocorrem
entre corpos cujas temperaturas apresentam valores distintos.
07856207612

Então perceba que é muito importante para você conhecer a medida da


temperatura.

A temperatura termodinâmica de um corpo está associada ao grau de


agitação das moléculas desse corpo. Em poucas palavras, podemos dizer
que um corpo a baixa temperatura apresenta pouca agitação molecular, ao
passo que um corpo em altas temperaturas apresenta um grau de agitação
molecular intenso.

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Cuidado!

Não confunda temperatura com calor, a primeira possui o conceito dado


acima, por outro lado o segundo trata-se de uma forma de energia, é o que
chamamos de energia térmica em trânsito.

Você provavelmente se confunde porque uma coisa leva a outra. Veja.

Calor é a energia térmica fluindo de um corpo mais quente para um mais


frio, ou seja, de um corpo cuja temperatura é maior que a do outro, que
está recebendo o calor.

É assim que acontece com as sensações de frio e calor.

Eu moro no interior do Nordeste em uma cidade em que nos meses de


outubro e setembro o calor é “infernal”, assim, a temperatura do corpo
eleva-se e para tentar manter a temperatura corporal o nosso corpo elimina
líquidos como o suor.

O calor é a temperatura do nosso corpo elevando-se por conta do sol de


rachar que faz opor aqui.
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Acontece uma coisa análoga quando colocamos uma cerveja no bom e


velho isopor cheio de gelo e a enterramos como se tivéssemos o fazendo
na areia da praia.

Nesse segundo exemplo, a cerveja “quente” perde calor para o gelo e assim
resfria, diminuindo a sua temperatura.

Em todas essas situações podemos afirmar que há variação de temperatura


do corpo pela perda ou ganho de calor.

Vamos ver os tipos de calor envolvidos na termologia na parte de


calorimetria, aqui quero só que você não se confunda com os dois
conceitos, o de temperatura e o de calor.

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2.1 Escalas de temperatura

As escalas de temperatura baseiam-se na comparação.

A fixação de uma escala de temperaturas começa com a escolha do


termômetro, isto é, de um sistema dotado de uma propriedade que varie
regularmente com a temperatura. Essa propriedade chamamos de
propriedade termométrica, por exemplo, a medida que aumenta a
temperatura de um termômetro clínico, aumenta a altura da coluna de
mercúrio em seu interior. A cada valor da propriedade termométrica
(altura) corresponderá um único valor da temperatura, isto é, a
temperatura é uma função unívoca da propriedade termométrica.

Para as escalas termométricas usadas tradicionalmente, os sistemas


universalmente escolhidos são:

a) sistema gelo – água sob pressão normal (1 atm), cuja temperatura é


aqui denominada ponto de gelo.
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b) sistema água – vapor d’água sob pressão normal (1 atm), cuja


temperatura é aqui denominada ponto de vapor.

Essas temperaturas são também chamadas “pontos fixos


fundamentais” e o intervalo entre elas recebe o nome de “intervalo
fundamental” da escala.
Chamamos de escala termométrica a sequência ordenada das
temperaturas que definem, em graus, todos os estados térmicos,
ordenados dos mais frios aos mais quentes. As escalas estabelecidas
atribuindo valores arbitrários aos pontos fixos são denominadas escalas
termométricas relativas.

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Existem três escalas de suma relevância para o seu concurso, que vamos
iniciar seu estudo a partir de agora.

2.2 A Escala Celsius –

Os valores atribuídos, nessa escala, para o ponto de fusão e para o ponto


de vapor são respectivamente, 0 e 100. O intervalo é dividido em 100
partes, cada uma das quais constitui o grau Celsius (0C).

Ponto do Gelo: G =00C XG


Ponto do Vapor: V = 1000C XV

Define-se o grau Celsius como sendo a variação de temperatura que


acarreta na propriedade termométrica (X) uma variação igual a 1/100 da
variação que sofre esta propriedade quando o termômetro é levado do
ponto de gelo ao ponto de vapor (Intervalo Fundamental).

Essa escala é muito utilizada na prática do nosso dia a dia e nos dá uma
impressão muito boa dos dias quentes e frios.
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2.3 A Escala Fahrenheit

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Os valores atribuídos, nessa escala, para o ponto de fusão e para o ponto


do vapor são respectivamente, 32 e 212. O intervalo é dividido em 180
partes, cada uma das quais constitui o grau Fahrenheit (0F). –

Ponto do Gelo: G = 32ºF XG


Ponto do Vapor: V = 212º XV

Essa escala também é muito utilizada no dia a dia em países como os


Estados Unidos da América. Lá eles utilizam essa escala como nós
utilizamos a Celsius por aqui.

2.4. Relação entre as escalas Fahrenheit e Celsius.

Observe a figura abaixo, na qual podemos observar as duas escalas vistas


acima.

07856207612

Para certo estado térmico, observe a coluna de altura h do termômetro


para a qual correspondemos às temperaturas C (Celsius) e F (Fahrenheit).

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a C  0C   32 F
  F
b 100  0C 212  32 F –
simplificando :
C  F  32 F

5 9
Essa fórmula relaciona as duas escalas chamadas de escalas reltivas.

2.5 Variação de temperatura nas escalas Celsius e Fahrenheit

Observe a figura abaixo na qual temos as variações de temperatura


representadas nas respectivas escalas.

07856207612

A relação entre as variações de temperatura C e F pode ser obtida pela
relação entre os segmentos definidos na haste de um termômetro de
mercúrio graduado nas duas escalas:

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a C  F
 
b 100  0C 212  32 F –
simplificando :
C  F

5 9

2.6 Escala absoluta kelvin

É possível demonstrar que existe um limite inferior, ainda que inalcançável


de temperatura, ou seja, há um estado térmico mais frio que qualquer
outro. Como veremos mais tarde, essa situação corresponde à cessação do
chamado movimento de agitação térmica de todos átomos e moléculas do
sistema. A esse estado térmico dá-se o nome de zero absoluto.

Embora seja inatingível na prática, foi possível, através de condições


teóricas, chegar-se à conclusão de que o zero absoluto corresponde, nas
escalas relativas usuais, a –273,160C e – 459,670F.

Representando:

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A escala absoluta Kelvin tem origem no zero absoluto (-273 0C


aproximadamente) e unidade kelvin (símbolo: K), igual ao grau Celsius.

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Para efeito de comparação entre as escalas, consideremos o termômetro


hipotético da figura: Sendo K a leitura na escala Kelvin e C a leitura
Celsius, para a mesma temperatura, temos: –

 K  C  273
 K  C
3. Calorimetria

A calorimetria é um outro ramo da termologia, que estuda alguns


fenômenos térmicos, notadamente as trocas de calor entre corpos que
possuem temperaturas distintas.

Como já foi dito anteriormente, o calor é uma forma de energia, é a energia


térmica em trânsito.

Antes de adentrarmos propriamente nos conceitos relativos ao calor e suas


formas, vamos conhecer dois conceitos que serão necessários, que são os
conceitos de Calor Específico e Capacidade Térmica.

3.1 Capacidade Térmica

Vamos idealizar uma experiência usando uma fonte de potência constante


e igual a 10 cal /s. Anotemos o tempo de aquecimento, a quantidade de
calor fornecida e a variação de temperatura .

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Estabelecendo um gráfico que possa nos mostrar o comportamento das


grandezas acima:

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Analisando o comportamento térmico dessa substância, verificamos que há


uma relação constante entre a quantidade de calor (Q) recebida e a
variação de temperatura () apresentada.

Para cada 100 cal recebidas, a temperatura varia 8ºC. Portanto, essa
relação constante entre a quantidade de calor Q e a respectiva variação de
temperatura é uma grandeza característica do corpo em questão, sendo
denominada capacidade térmica.

Veja que a grandeza não depende da massa do corpo que está sendo
aquecida.

Q
C

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A essa grandeza constante damos o nome de Capacidade Térmica. É a


quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um corpo em
1°C.

A unidade da capacidade térmica é de fácil visualização:

cal
C  cal C 1
C
Essa unidade não se trata de uma unidade SI, mas de uma unidade usual,
a unidade SI seria:

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J
C  J .K 1 –
K
No entanto, a unidade que aparecerá mais nas questões será a usual.

3.2 Calor Específico

Outra grandeza de fundamental importância para o entendimento acerca


da calorimetria é o calor específico. Vejamos.

Caso a experiência descrita no item anterior fosse repetida com corpos da


mesma substância, mas com diferentes massas, obter-se-iam os resultados
expressos na seguinte tabela:

Portanto, para corpos de uma mesma substância, a capacidade térmica é


diretamente proporcional à massa, uma vez que, variando a massa, a
capacidade térmica varia na mesma proporção. Então, a relação entre a
capacidade térmica e a massa, para esses corpos da mesma substância,
permanece constante.
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12,5cal / C 25cal / C 37,5cal / C 50cal / C


c     0,50cal / g.C
25 g 50 g 75g 100 g

Ou seja, a relação entre a capacidade térmica e a massa é constante:

C
c
m
A unidade do calor específico é dada por:

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cal / C
c  cal / g.C
g –

Podemos dizer que o calor específico é a quantidade de calor necessária


para elevar a temperatura de um grama de um corpo de 1°C.

Assim, veja que o calor específico é uma quantidade que depende da massa
envolvida na questão.

Agora que você entendeu essas duas grandezas, vamos aprender a calcular
os dois tipos de calor envolvidos nas transferências de energia térmica.

3.3 Calor Sensível

O calor sensível é um tipo de calor necessário para elevar ou reduzir a


temperatura de um corpo de certo valor.

Assim, podemos dizer que sempre haverá calor sensível quando há


mudança de temperatura de um corpo.

Afirmamos então que quando o corpo aumenta a sua temperatura ele


recebe calor do meio, ou de outro corpo; Ao passo que, quando ele reduz
a sua temperatura, é sinal de que ele cedeu calor para o ambiente.

Vamos então quantificar esse calor sensível partindo do calor específico:

C Q
c c
m m.
Qsensível  m.c.
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Veja então que a variação da temperatura está ligada ao calor sensível.

Poderíamos também ter retirado uma fórmula para o calor sensível a partir
da capacidade calorífica:

Q
C  Q  C.


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Essas são as fórmulas que você vai memorizar para calcular o calor sensível
envolvido em um processo de trocas de calor entre corpos.

– do
Veja que esses calores podem ser positivos ou negativos, a depender
aumento ou redução de temperatura.

3.4 O equivalente mecânico

A unidade de calor vista até aqui é a caloria, no entanto, essa não é uma
unidade do sistema internacional de unidades, para obter a unidade nesse
sistema, devemos trabalhar com um equivalente mecânico, que é nada
mais do que uma relação existente entre a caloria e o joule, este último
unidade de energia na mecânica.

1cal  4, 2 J
3.5 Calor sensível e a potência da fonte térmica

Nesse item vamos encontrar uma forma de relacionar a quantidade de calor


fornecida ou cedida por um corpo e o tempo necessário pra tanto.

Seja Q a quantidade de calor que uma fonte térmica fornece a um sistema


no intervalo de tempo t. Definimos potência média da fonte pela razão:
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Q
Potm 
t
Se a mesma quantidade de calor for fornecida sempre no mesmo intervalo
de tempo, podemos admitir que a potência instantânea será constante e
igual a:

Q
Pot 
t

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Ou também,


Q  Pot.t
É muito bom conhecer esses conceitos, pois já foram objetos de muitas
questões em concursos passados.

3.6. Calor Latente

Ao apresentar o conceito de calor, imaginamos que os dois corpos sofram


variação de temperatura ao trocar calor.

No entanto, há situações em que a temperatura de um dos corpos se


mantém constante. É o que acontece quando um deles está mudando seu
estado de agregação, ou seja, está mudando de fase.

Se aquecermos água sob pressão normal, estando ela inicialmente a 10ºC,


verificaremos que a temperatura registrada pelo termômetro sobe
gradativamente até alcançar 100ºC. A partir desse instante, embora
continue o fornecimento de calor, a temperatura permanece constante e a
água passa a sofrer uma mudança de estado, transformando-se em vapor
o líquido contido no recipiente.

A mesma coisa acontece se você pegar um pedaço de gelo, e sob as


mesmas condições acima, aquecê-lo. Chegará um momento em que a
temperatura irá estacionar em 0°C até que todo o gelo derreta, a partir daí
ela vai amentar até 100° e acontece o que já foi explicado no parágrafo
anterior.

A conclusão é que existe uma situação em que a temperatura permanece


constante e ainda assim há fornecimento de calor para os corpo.
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A esse calor chamamos de calor latente.

Observe o processo de aquecimento abaixo:

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No caso acima, caso quiséssemos representar por meio de um gráfico, a


temperatura em função do tempo:

Define-se calor latente de uma mudança de estado a grandeza, L, que mede


numericamente a quantidade de calor que a substância troca por grama
durante a mudança de estado. Por exemplo, para a vaporização da água
descrita na experiência, o calor latente vale:

LV  540cal / g
Por outro lado, se estiver ocorrendo a liquefação ou condensação do vapor
de água, poderíamos dizer que o calor latente, por conta da perda de calor:

LL  540cal / g
Podemos dizer que cada um grama de água que passa do estado líquido
par ao estado de vapor necessita de 540cal de energia para fazê-lo.
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Por outro lado, cada grama de água que condensa perde um calor de 540cal
para executar a mudança de fase inversa.

Para uma mesma substância, o valor do calor latente depende da transição


que está ocorrendo. Quando o gelo (água no estado sólido) se derrete,
convertendo-se em água no estado líquido (fusão), o calor latente é LF =
80 cal/g.

Para a transformação inversa (solidificação da água ou congelamento), o


calor latente é LS = -80 cal/g.

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Como o calor latente L é expresso para a unidade de massa, se tivermos


que calcular a quantidade de calor Q. envolvida na mudança de estado de
certa massa m da substância, deveremos usar a fórmula:

Q  m.L
Já que estamos falando de mudanças de estado físico, é bom Todo elemento,
a transição entre um estado de agregação e outro tem a seguinte nomenclatura usual:

É bom lembrar-se de todos os conceitos relativos às mudanças de fase,


pois podem ser cobrados em uma questão teórica.

3.7. Curvas de Aquecimento

Vamos procurar agora verificar como construir uma curva de aquecimento


de um corpo de chumbo.

Lembre-se de que existem dois tipos de calor, o sensível e o latente, cada


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um bem definido e com sua atribuição restrita.

Tomemos como exemplo o caso do chumbo: um pedaço dele, sob pressão


normal e à temperatura ambiente, está no estado sólido. Se ele for
aquecido até a temperatura de 327ºC , continuando a receber calor,
começará a fundir-se.

Enquanto durar a fusão, isto é, enquanto houver um fragmento sólido de


chumbo, a temperatura se manterá em 327ºC (mantida constante a
pressão).

Terminada a fusão, estando chumbo líquido a 327ºC , continuando a


receber calor, sua temperatura subirá até 1750ºC , quando se iniciará outra

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mudança de estado de agregação: a vaporização. Durante ela, sua


temperatura se manterá em 1750ºC, mantida constante a pressão.

Somente quanto termina a vaporização, a temperatura volta a subir. –

É importante saber que nas partes inclinadas da curva temos um tipo de


calor, que é o sensível; por outro lado, na parte horizontal do gráfico temos
o calor latente, uma vez que a temperatura permanece constante.

3.8 Equilíbrio térmico

Você já deve ter se perguntado o que acontece quando você “enterra” uma
latinha de cerveja em um isopor cheio de gelo.

De fato, o que vai acontecer é um resfriamento da bebida.

Esse resfriamento ocorre por conta da perda de calor da latinha para o gelo.
É como se o gelo, a uma temperatura inferior, recebesse calor da latinha a
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uma temperatura maior e ambos chegassem, após um certo intervalo de


tempo, a um equilíbrio no qual nem a temperatura do gelo aumenta e nem
a temperatura da latinha diminui.

A esse ponto chamamos de equilíbrio térmico e à essa temperatura


chamamos de temperatura de equilíbrio térmico.

Em muitas questão é solicitado o valor dessa temperatura ou de outras


grandezas envolvidas no processe acima.

Para entendermos melhor essa ideia, vamos estabelecer dois princípios que
serão largamente utilizados para resolver questões dessa natureza.

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3.9 Calorímetros

Os calorímetros são recipientes onde são colocados os corpos que trocam


calor; eles são utilizados para a medição do calor específico dos corpos.

Os calorímetros são tanto quanto possível isolados do meio exterior, para


evitar trocas de calor entre o meio externo e o calorímetro mais seu
conteúdo, por serem essas quantidades de calor difíceis de medir.

No entanto, nada impede que seja introduzida ou retirada do interior do


calorímetro qualquer quantidade de calor facilmente mensurável. Existem
diversos tipos de calorímetros. O esquema abaixo mostra o calorímetro das
misturas, também chamado calorímetro de Berthelot.

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Alguns calorímetros possuem capacidade térmica, e nesse caso devemos


considera-lo nos processos de trocas de calor também, além dos corpos
que estão em seu interior.

Caso queiramos calcular o calor envolvido no calorímetro, basta aplicar a


fórmula da capacidade térmica:

Q  Ccalorímetro .

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Sem exemplificar, fica realmente muito difícil entender como esses dois
princípios podem ser utilizados em um problema. Assim, vamos verificar
como isso foi cobrado em uma questão CESGRANRIO.

(CESGRANRIO – DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO –
2007) Um calorímetro tem capacidade térmica de 12,0cal/°C e sua
temperatura é 25°C. Um certo líquido de calor específico 0,5cal/g°C cuja
temperatura é 38°C será armazenado no calorímetro. Que massa desse
líquido, em gramas, é necessária para que o equilíbrio térmico seja
estabelecido a 35°C?

(A) 90
(B) 80
(C) 70
(D) 60
(E) 50

Resolução:

Essa questão me traz boas lembranças. Na época eu tinha apenas 21 anos


de idade e esse era o meu primeiro concurso público. Havia em min uma
sede de vitória, uma impressionante vontade de vencer, de estar entre os
aprovados.

A sensação que tive quando recebi o resultado desse concurso e percebi


que havia sido aprovado para uma das vagas de Recife (4 vagas), nem me
deparei com a classificação em 2° lugar, pois não havia espaço para outra
coisa a não ser a minha felicidade e alegria em saber que estava abrindo
as portas do serviço público, e com as minhas próprias pernas adentrando
em um lugar que muitos queriam estar.

Pessoal, essa introdução foi para vocês empolgarem e motivarem-se nessa


reta final para a sua prova. Tenho certeza de que você precisa dessas
injeções de ânimo de vez em quando.
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Vamos à questão.
Trata-se de um problema de equilíbrio térmico. Nele temos um calorímetro
a uma temperatura menor que a do líquido.

Assim, podemos de cara perceber que o calorímetro receberá calor do


líquido e o líquido irá ceder calor para o calorímetro e ambos atingirão a
temperatura de equilíbrio de 35°C.

Assim, podemos esquematizar essas trocas de calor e dizer que ambas tem
o mesmo módulo, ou seja o calor cedido pelo, líquido é totalmente recebido
pelo calorímetro.

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Qcedido  Qrecebido

m.clíquido .líquido  Ccalorímetro .calorímetro
m.0,5.  35  38   12.  35  25
1,5m  120
m  80 g
Portanto a resposta para a questão será o item B.

Veja que se trata de questões simples, mas que o aluno deve ter lido a
teoria e também é necessário conhecer as fórmulas.

4. Dilatação Térmica

A dilatação térmica é uma parte do assunto de termologia que não vem


caindo muito em concursos promovidos pela CESGRANRIO para o seu
concurso da Petrobrás.

No entanto, não podemos deixar de comentar tudo a respeito desse tema,


pois a banca pode cobrar logo no seu concurso.

A ideia aqui é um pouco molecular. As moléculas de um sólido podem, por


meio do aumento de temperatura aumentar o seu grau de agitação, o que
levará certamente à dilatação das dimensões do corpo. Essa dilatação pode
ser linear, superficial ou volumétrica.

Vamos estudar um a um os tipos de dilatação e chegar a conclusões lógicas


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e também vamos expor as fórmulas matemáticas que regem o assunto.


4.1 Dilatação linear

A dilatação linear será a dilatação observada em um sólido em apenas uma


dimensão. Aqui vamos considerar que o corpo é composto apenas de uma
linha, e que essa linha sofrerá dilatação com o aumento de temperatura do
corpo.

Considere uma haste de comprimento L0 a 0ºC e de secção desprezível.

Experimentalmente podemos mostrar que, se a haste for aquecida até a


temperatura genérica tºC, seu comprimento passará ao valor genérico L.

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A diferença L = L – L0 é denominada dilatação correspondente ao intervalo


térmico t = t – 0 = tºC .

A experiência revela os seguintes fatos: –

 L é diretamente proporcional ao comprimento inicial L0.


 L é diretamente proporcional ao intervalo térmico t.

As informações empíricas citadas acima podem ser resumidas na expressão

L  L0 .
,sendo que o sinal  indica proporcionalidade.

Para transformar a indicação simbólica acima numa equação, é preciso


introduzir um coeficiente de proporcionalidade, que indicaremos por  e
que é chamado coeficiente de dilatação linear correspondente ao intervalo
térmico considerado.

Portanto:

L   .L0 .
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O valor do coeficiente de dilatação térmica linear, a rigor, não é constante,


assim ele pode variar de acordo com a variação de temperatura. No
entanto, vamos considera-lo constante no intervalo de temperatura
considerado.

Podemos ainda melhorar a fórmula acima isolando o comprimento final da


barra, basta lembrar que a dilatação é o comprimento final menos o inicial.

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L   .L0 .
L  L0   .L0 . –

L  L0 1   . 
1. A unidade em que se exprime é o inverso do grau correspondente à
escala considerada. Por exemplo, se estivermos trabalhando na escala
Celsius, é expresso na unidade ºC−1.

2. O coeficiente de dilatação  é um número da ordem de 10−6, ou seja, da


ordem de milionésimos. Por isso, nas considerações teóricas, abandonamos
as potências de  superiores à primeira; com isto estaremos cometendo
um erro não mensurável experimentalmente.

Graficamente podemos ainda representar o comprimento final da barra em


função da temperatura:

Trata-se de uma função do primeiro grau (função linear) na qual temos o


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coeficiente linear representado pelo produto do coeficiente de dilatação


linear pelo comprimento inicial da barra.

L  L0  .L0 . t
tg     .L0
t t
Uma das mais importantes aplicações da teoria da dilação linear é a lâmina
bimetálica. Vejamos.

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Chama-se lâmina bimetálica o conjunto constituído de duas tiras metálicas,


de materiais com diferentes coeficientes de dilatação, soldadas ou rebitadas
entre si.

O comportamento do conjunto quando aquecido torna-o de grande
aplicação prática.

Consideremos duas chapas de metais distintos (por exemplo aço e latão),


com diferentes coeficientes de dilatação. Sendo assim, para uma mesma
variação de temperatura a dilatação de uma delas é maior (latão) que a
dilatação da outra (aço). Como as tiras de metal estão rigidamente unidas,
aparecem nas chapas tensões térmicas que obrigam o par a curvar-se para
o lado da chapa de menor coeficiente de dilatação. Se resfriássemos o par,
ele se curvaria para o lado da chapa de maior coeficiente de dilatação. Na
figura, o aquecimento é obtido através da passagem de corrente elétrica
pela lâmina:

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4.2 Dilatação Superficial

Passemos a considerar agora a dilatação superficial, isto é, a dilatação em


duas dimensões. Para isto, pensaremos em uma placa feita de um material
isótropo de espessura desprezível, ou seja, um corpo em que uma das
dimensões (a espessura) é desprezível em relação às duas outras
dimensões. Procedemos assim para podermos desprezar a dilatação na
espessura. Mais adiante apresentaremos a dilatação volumétrica, na qual
levamos em conta a dilatação em todas as dimensões.

Voltando ao caso da placa de espessura desprezível, seja S0 a área da sua


superfície a 0ºC. Se a temperatura passar ao valor genérico tºC , a área da
superfície passará ao valor S.

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A diferença S = S − S0 é chamada variação da área da superfície


correspondente ao intervalo térmico t = t – 0 = tºC .

Podemos comprovar experimentalmente fatos parecidos com os que foram


citados na dilatação linear, portanto,

A  A0 .
e para transformar a informação experimental numa igualdade, bastará
introduzir o coeficiente de proporcionalidade , denominado coeficiente de
dilatação superficial médio correspondente ao intervalo térmico. t = tºC.

Assim,

A  A0 . .
Analogamente ao que foi feito para o coeficiente de dilatação linear,
consideraremos constante, desde que o intervalo térmico não seja
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excessivamente grande.

Podemos ainda desenvolver a relação acima para isolarmos a área final em


função da área inicial e dos fatores intervenientes.

A A0  A0 . .
A  A0 1   
Por fim, podemos mostrar qual a relação existente entra os dois
coeficientes de dilatação vistos.

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  2.

4.3 Dilatação Volumétrica

Nos itens anteriores, estudamos a dilatação em uma dimensão (dilatação


linear), e a dilatação em duas dimensões (dilatação superficial). Vejamos a
dilatação em três dimensões, ou seja, a dilatação volumétrica.

Para isto, consideremos um bloco feito de material isótropo e que tenha, a


0ºC, o volume V0. Se a temperatura aumentar para o valor genérico tºC, o
bloco passará a ter o volume V.

A diferença V = V – V0 é chamada variação do volume correspondente ao


intervalo térmico tºC = tºC – 0ºC = tºC considerado.
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A experiência revela ainda, fatos análogos aos que vimos para a dilatação
superficial, ou seja, que V é proporcional a V0 e a t. Portanto

V  V0 .
E introduzindo o coeficiente de proporcionalidade, temos:

V  V0 . .

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O coeficiente  é denominado coeficiente de dilatação volumétrica,


correspondente ao intervalo térmico considerado.


Isolando o volume final em função do volume inicial, do coeficiente e da
temperatura temos:

V  V0 . .
V  V0  V0 . .
V  V0 1   . 
Por fim, vamos mostrar as relações entre o  e  e .

3
  3 e 
2
4.4. Variação da densidade.

Podemos ainda calcular a variação da densidade de um corpo de acordo


com o aumento de temperatura.

A ideia aqui é trabalhar com as regras já vistas anteriormente.

m
d0 07856207612

V0
m
d
V
A massa do corpo permanece a mesma. O que pode variar aqui é o volume
dele, de acordo com a temperatura, conforme visto acima para o volume.

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m
d0 
V0 –

m
d
V
Dividindo :
d 0 V V0 1   . 
 
d V0 V0
d0
d
1   . 
A relação acima é conhecida como a relação entre a densidade de um corpo
e a variação de temperatura a que ele fica submetido.

5. Dilatação dos líquidos

Como os líquidos não têm forma própria, pois adequam-se ao recipiente


que os contém, não faz sentido discutirmos sua dilatação linear ou
superficial, uma vez que estas últimas estão relacionadas aos corpos
sólidos que apresentam dimensões fixas.

O estudo de sua dilatação, volumétrica apresenta dificuldades, uma vez


que, ao aquecermos um líquido, estamos também aquecendo o recipiente.
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Assim, em uma experiência na qual medirmos a dilatação sofrida por um


líquido, esta dilatação é a aparente, fruto do efeito conjunto causado pela
dilatação real do líquido e pela dilatação do recipiente. Consideremos um
recipiente de gargalo fino de capacidade de V0, feito de um material de
coeficiente de dilatação volumétrica R, que esteja completamente cheio de
um líquido de coeficiente de dilatação L.

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Aquecendo o líquido e o recipiente em  , provocamos, ao mesmo tempo,


a dilatação do líquido (que tende a elevar seu nível no gargalo) e a do
recipiente (que tende a aumentar de capacidade, fazendo com que o nível
do gargalo baixe).

Vamos supor que as duas dilatações ocorram em fases sucessivas. Se,


inicialmente, só o líquido se dilatasse, o nível no gargalo subiria o
correspondente a um VL, tal que:

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Se, depois disso, recipiente se dilatasse aumentando sua capacidade em


um VR tal que:

VR  V0 . R .

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o nível do gargalo desceria em uma quantidade correspondente.

Como o gargalo é muito fino, podemos desprezar a dilatação por ele sofrida
e, assim, consideramos a dilatação aparente VA do líquido como sendo

VA  VL  VR

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Supondo
V  V . .
A 0 A , onde A é o coeficiente de dilatação
aparente do líquido, podemos escrever:

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V0 . A.   V0 . L .   V0 . R . 

 A  L R
Esta última expressão permite determinar o coeficiente real de dilatação de
um líquido em função do coeficiente o recipiente (suposto conhecido) e do
coeficiente aparente, fruto da medida direta.

6. Dilatação Anômala da Água

De um modo geral os líquidos se dilatam ao aumentar a temperatura,


porém entre outros, a água constitui uma exceção.

A água sofre contração de volume quando sua temperatura aumenta no


intervalo de 0ºC a 4ºC e se dilata quando a temperatura aumenta a partir
de 4ºC . Portanto, a 4ºC a água apresenta massa específica máxima, cujo
valor é p = 1g/cm3.

Você nota no gráfico que a massa específica diminui à medida que a


temperatura diminui, a partir de 4ºC, e conclui que por isso o gelo é menos
denso que a água e, consequentemente, flutua nesta.

Devido a essa propriedade, nas regiões de clima temperado e de clima frio,


no inverno congela apenas a superfície dos lagos, rios e mares, formando-
se uma capa protetora e isolante que conserva praticamente invariável a
temperatura a grandes profundidades. Isto permite a existência da flora e
da fauna aquática durante todo o ano. Por exemplo, no lago Superior (entre
os Estados Unidos e o Canadá) a temperatura, a 80 m de profundidade, é
permanentemente igual a 4ºC .

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7. Estudos dos gases

Todo gás é constituído de partículas (moléculas) que estão em contínuo


movimento desordenado. Esse movimento de um grande número de
moléculas provoca colisões entre elas e, por isso, sua trajetória não é
retilínea num espaço apreciável, mas sim caminham em ziguezague. Essas
colisões podem ser consideradas perfeitamente elásticas.

O estado em que se apresenta um gás, sob o ponto de vista microscópico,


é caracterizado por três variáveis: pressão, volume e temperatura. São
denominadas variáveis de estado.

7.1. Volume 07856207612

O volume de qualquer substância é o espaço ocupado por esta substância.


No caso dos gases, o volume de uma dada amostra é igual ao volume do
recipiente que a contém.

As unidades usuais de volume são: litro (L), mililitro (mL), metro cúbico
(m3), decímetro cúbico (dm3) e centímetro cúbico (cm3).

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7.3. Temperatura
É a medida do grau de agitação térmica das partículas que constituem uma
substância.

No estudo dos gases, é utilizada a escala absoluta ou Kelvin (K) e, no Brasil,


a escala usual é a Celsius ou centígrado (°C). Portanto, para transformar
graus Celsius (t) em Kelvin, temos:

7.4. Pressão
A pressão é definida como força por unidade de área. No estado gasoso, a
pressão é o resultado do choque de suas moléculas contra as paredes do
recipiente que as contém.
A medida da pressão de um gás é feita através de um aparelho chamado
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manômetro.
O manômetro é utilizado na medida da pressão dos gases, dentro de
recipientes fechados. É formado por um tubo em U, contendo mercúrio.

Encontramos dois tipos de manômetro:

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1. Com extremidade aberta

2. Com extremidade fechada

As unidades de pressão usuais são:

atmosfera (atm), centímetros de mercúrio (cmHg), milímetros de mercúrio


(mmHg); Torricelli (torr). 07856207612

1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg


1 mmHg = 1 torr

7.5 Leis Físicas dos Gases

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Uma dada massa de gás sofre uma transformação quando ocorrem


variações nas suas variáveis de estado. Começamos o estudo modificando-
se apenas duas das grandezas e a outra se mantém constante. –

7.6 Lei de Boyle-Mariotte

“À temperatura constante, uma determinada massa de gás


ocupa um volume inversamente proporcional à pressão exercida
sobre ele”.

Esta transformação gasosa, onde a temperatura é mantida constante, é


chamada de transformação isotérmica.

Experiência da Lei de Boyle-Mariotte

A lei de Boyle-Mariotte pode ser representada por um gráfico pressão


volume. Neste gráfico, as abscissas representam a pressão de um gás, e
as ordenadas, o volume ocupado.
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A curva obtida é uma hipérbole, cuja equação representativa é PV =


constante. Portanto, podemos representar:

7.7 Lei de Charles/Gay-Lussac

“À pressão constante, o volume ocupado por uma massa fixa de


gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta."
Esta transformação gasosa, onde a pressão é mantida constante, é
chamada de transformação isobárica.
As relações entre volume e temperatura podem ser representadas pelo
esquema:

Graficamente, encontramos:

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A reta obtida é representada pela equação:

V = (constante) · T ou V/T = constante

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Com isso, ficamos com:


7.8 Lei de Charles/Gay-Lussac

“A volume constante, a pressão exercida por uma determinada


massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura
absoluta.”
Esta transformação gasosa, onde o volume é mantido constante, é
denominada de transformação isocórica, isométrica ou
isovolumétrica.

As relações entre pressão e temperatura são representadas a seguir:

Graficamente, encontramos:
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A reta obtida é representada pela equação:

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P = (constante) · T ou P/T = constante


Com isso, ficamos com:

7.9 Transformação adiabática

A transformação adiabática é um tipo de transformação bem particular,


pois é nela que o gás não troca calor com o meio externo. Podemos afirmar
que é esse tipo de transformação quando apertamos o spray do
desodorante aerossol, ou quando enchemos um pneu de uma bicicleta por
meio de uma bomba manual.

Esse tipo de transformação também admite uma lei que rege os estágios
final e inicial de pressão e volume do gás.

P.V  K
Na forma comparativa:

P1.V1  P2 .V2
O fator  é chamado de coeficiente de Poisson e para gases ideais pode ser
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dado por:

CP

CV

Onde CP e CV são os calores molares a pressão e volume constante


respectivamente, valores que dependem do gás em questão, geralmente
fornecidos na questão.

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Graficamente, podemos colocar a transformação adiabática no papel da


seguinte forma: –

7.9 Gás Perfeito ou Ideal


Obedece rigorosamente às Leis Físicas dos Gases em quaisquer condições
de temperatura e pressão.

7.10 Gás Real

Não segue o comportamento do gás ideal, principalmente em pressões


muito altas e/ou em temperaturas baixas, porque ocorre alta redução de
volume e as partículas, muito próximas, passam a interferir umas no
movimento das outras. 07856207612

Um gás real aproxima-se do comportamento de um gás ideal à medida que


diminui a pressão e aumenta a temperatura.

7.11 Equação Geral dos Gases

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Esta equação é utilizada quando ocorre transformação gasosa em que as


três variáveis de estado (P, V e T) se modificam simultaneamente.

Ela é obtida por meio da relação matemática entre as transformações


gasosas estudadas anteriormente.

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Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP, CN ou TPN)

São definidas como condições normais de temperatura e pressão quando o


gás é submetido a uma pressão de 1 atm e à temperatura de 0 °C. Portanto,
podemos colocar:
P = 1 atm = 760 mmHg
T = 0 °C = 273 K

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7.12 Lei de Avogadro


“Volumes iguais de gases quaisquer, à mesma temperatura– e
pressão, encerram o mesmo número de moléculas."

Sendo n a quantidade em mols de cada gás, podemos concluir:

Determinou-se experimentalmente o volume ocupado por 1 mol de


qualquer gás nas CNTP e foi encontrado o valor aproximadamente igual a
22,4 L. Portanto, podemos dizer que:

7.13 Equação de Clapeyron

As leis de Boyle e Charles/Gay-Lussac podem ser combinadas com a lei de


Avogadro para relacionar volume, pressão, temperatura e quantidade em
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mols de um gás.

Tal relação é chamada de equação de estado de um gás. Ela pode ser


encontrada das seguintes formas:

7.14. Lei de Boyle-Mariotte

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V é proporcional a quando T e n são constantes.


Lei de Charles/Gay-Lussac

V é proporcional a T onde P e n são constantes.
P é proporcional a T onde V e n são constantes.

7.15 Lei de Avogadro


V é proporcional a n quando T e P são constantes. Agrupando as quatro
expressões encontramos:

V é proporcional a · (T) · (n) ou

V=R· · (T) · (n), onde R representa a constante de proporcionalidade


e é chamada de constante universal dos gases. A equação de estado pode
então ser representada por:

P · V = n ·R · T

Esta equação também é denominada de equação de Clapeyron, em


homenagem ao físico francês que a determinou.

A constante R pode assumir vários valores dentre os quais destacamos:


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8. Termodinâmica

O estudo da termodinâmica está diretamente ligado à capacidade de uma



transformação gasosa transformar uma mudança de estado termodinâmico
(P, V e T) em trabalho mecânico.

O estudo possui uma grande aplicabilidade na área de motores à combustão


e está diretamente ligado ao princípio da conservação da energia.

Vamos procurar entender a primeira lei da termodinâmica de maneira fácil


e bem intuitiva e depois analisá-la em cada uma das transformações
gasosas.

8.1 Energia interna

A energia interna de um gás está ligada à temperatura do gás. Assim,


podemos dizer que a energia interna está ligada ao grau de agitação das
moléculas de um gás. Ou seja, se um gás agita-se mais freneticamente,
podemos dizer que ele possui muita energia interna.

A energia interna funciona como uma reserva de energia que o gás possui
e ela varia sempre que a temperatura do gás variar.

Assim, podemos dizer que:

U T
U  T 
U  T 
Para um gás perfeito monoatômico a energia interna U é a energia cinética
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de translação de suas moléculas:

3
U  .n.RT
.
2
3
U  .n.R.T
2

8.2 Trabalho

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O trabalho realizado pelo gás está ligado à sua variação de temperatura.

Podemos assim dizer que a medida que o gás se expande ele realiza –
trabalho, ao passo que quando trabalho é realizado sobre o gás, então é
comprimido.

O cálculo do trabalho pode ser dado pela relação conhecida da mecânica:

  F .x.cos 
  P . A.x.cos 0
  P .V
A fórmula acima nos fornece uma maneira de calcular o trabalho realizado
pelo gás em uma situação em que a pressão do gás é constante (no caso
acima a pressão do gás é constante). 07856207612

Caso queiramos calcular o trabalho em uma situação generalizada,


podemos calcular o trabalho para uma transformação gasosa qualquer
como sendo a área sob o gráfico.

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P

Área

V
Note que quando o volume do gás não varia então não há realização de
trabalho pelo gás, nem sobre o gás.

Assim, podemos resumir o sinal do trabalho da seguinte forma:

Variação de volume Sinal do trabalho


Expansão Positivo
Compressão Negativo

8.3 Calor

Aqui a ideia é simples, igual ao que vimos na calorimetria. O calor quem


fornece é a fonte externa, portanto, quando o gás absorve esse calor ele é
positivo, ou seja, é injetado calor no gás, aumentando a sua temperatura.

Por outro lado, quando o calor é liberado pelo gás, que diminui a sua
temperatura, então podemos afirmar que o calor será negativo.

8.4 Primeira lei da Termodinâmica


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Na situação acima, veja que a energia interna do gás varia em função do


aumento da temperatura do gás em decorrência da adição de calor,
recebido pelo gás (seta vermelha).

Além de um aumento de energia interna, o gás também realizou trabalho,
por conta da expansão que sofreu aumentando o volume ocupado por ele.

Por meio da conservação da energia, podemos dizer que o aumento de


energia interna e a realização de trabalho são oriundos do recebimento de
calor pelo gás.

Q  U  
Veja que equação acima está de acordo com o princípio da conservação da
energia.

8.5 1ª Lei e a Transformação isotérmica

Na Transformação isotérmica não há variação de temperatura. Logo,


podemos dizer que todo o calor absorvido pelo gás é utilizado para a
variação de volume gasoso, o que leva a uma realização de trabalho.

Q 
8.6 1ª Lei e a Transformação Isobárica

Na transformação Isobárica, a pressão é constante, então devemos fazer o


seguinte:

Q  U  P.V
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Ou seja, a única coisa que podemos fazer é melhorar o cálculo do trabalho.

8.7 1ª Lei e a Transformação Isocórica

Nessa transformação o volume do gás mantém-se constante, o que nos


leva a crer que o calor será integralmente utilizado para variar a enrgia
interna do gás.

Assim,

Q  U
8.8 1ª Lei e a transformação adiabática

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Nessa transformação o que ocorre é que não há troca de calor, ou seja, o


gás sofre modificações em suas funções de estado(P, V e T) e não ocorre
troca de calor com o meio. –

Assim, na primeira lei:

U  
Resumindo, podemos dizer que na expansão adiabática a energia interna
diminui, e temperatura diminui. Por outro lado, na compressão adiabática
a energia interna aumenta e a temperatura aumenta.

9. 1ª Lei x 2ª Lei da Termodinâmica

Como sabemos, a 1ª Lei da Termodinâmica tem como princípio base o


princípio da conservação da energia nos processos termodinâmicos.

No entanto, existem processos que não acontecem naturalmente, mas que


obedecem perfeitamente à 1ª Lei da Termodinâmica.

Exemplos:

 Um corpo “quente” em contato com um corpo mais “frio” nunca


passará a ser mais “quente” enquanto que o outro mais “frio”.

 Um rio não congelará naturalmente em um dia de verão, cedendo


calor às vizinhanças.

Os exemplos acima obedecem à 1ª Lei da termodinâmica, pois admitem a


conservação da energia do sistema, contudo não ocorrem
espontaneamente por conta de um outro conceito chamado de Entropia,
nesses exemplos essa grandeza está diminuindo, o que veremos adiante
que está em desacordo com a 2ª Lei da Termodinâmica.
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9.1 Transformações Reversíveis e Irreversíveis

A diferença básica entre uma transformação reversível e uma


irreversível, está na maneira como as funções termodinâmicas de estado
(pressão, volume e temperatura) variam durante a transformação.

Imagine uma transformação em que de um estado de pressão, volume e


temperatura, através de uma transformação “turbulenta”, na qual não se
pode definir bem os estados intermediários entre os estados final e inicial,
uma transformação dessa natureza nós classificamos como irreversível,
haja vista a impossibilidade de definirmos os pequenos estados
intermediários.

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Por outro lado, imagine uma transformação na qual podemos dividi-la em


pequenos pedaços de processos chamados “quase-estáticos”, nesta
transformação podemos dizer que a mesma é reversível, pois neste caso– é
possível definirmos as infinitésimas (muito pequenas) fases em que a
transformação vai ocorrendo. Transformação reversível a rigor não existe,
trata-se apenas de uma abstração teórica muito útil na definição de outros
conceitos.

Exemplo:

 Imagine um êmbolo sobre o qual, pode deslizar sem atrito, colocamos


um número muito grande de pesos (na figura estão representados
apenas alguns deles)

No caso acima, a medida que retirarmos os pesos o gás vai sofrendo uma
transformação que pode ser classificada como reversível, tendo em vista
que ao retirarmos os pesos o gás encontra uma nova situação de equilíbrio
muito próxima da anterior. Ao recolocarmos os pesos a transformação
inversa ocorre da mesma forma. Lembre-se de que são infinitas bolinhas
verdes.

9.2. Máquinas Térmicas e Máquinas Frigoríficas


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Máquinas térmicas são sistemas termodinâmicos que através de uma


substância termodinâmica (gás) retiram calor de uma “fonte quente”,
realizando trabalho na sequência, sempre com a rejeição (perda) de certa
quantidade de calor para o ambiente.

As máquinas térmicas operam sempre em ciclos para que assim possa ser
considerado um sistema de transformações reversíveis.

Observe o esquema de uma máquina térmica:

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A Máquina frigorífica faz o caminho inverso, pois através da realização de


trabalho mecânico retira calor de uma fonte fria, e o transfere a um corpo
de temperatura maior.

Observe o esquema de uma Máquina frigorífica:

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O conceito da 2ª Lei da Termodinâmica está inserido na seguinte frase


enunciada por Clausius:

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“É impossível qualquer máquina cíclica produzir como único efeito


a transmissão contínua de calor de um corpo a outro que esteja a
maior temperatura.”

O que Clausius quis dizer nessa expressão é que sempre é necessária a
realização de Trabalho mecânico para que essa “retirada” de calor possa se
processar (lembre-se dos exemplos dados na introdução à Segunda Lei,
tornando impossível a construção de uma máquina frigorífica perfeita -
rendimento de 100%).

Kelvin e Planck também enunciaram em outras palavras o mesmo conceito:

“Uma transformação cujo único resultado final seja transformar


em trabalho o calor extraído de uma fonte que esteja em todos os
pontos à mesma temperatura é impossível.”

Kelvin e Planck disseram apenas ser impossível a construção de uma


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máquina térmica perfeita (rendimento 100%).

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9.3. O Rendimento das Máquinas

O rendimento de uma máquina será dado pelo quociente entre a


quantidade de trabalho mecânico realizado pela máquina durante um ciclo
e a quantidade de calor recebido da “fonte quente”.

Wefetivo

Qrecebido
Podemos afirmar que o trabalho realizado pela máquina nada mais é que a
diferença entre o calor recebido da fonte quente e a quantidade de calor
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rejeitado ou cedido à fonte fria, portanto podemos afirmar que a eficiência


da máquina também pode ser dada por:

Q1  Q2 Q
  1 2
Q1 Q1
Onde Q2 é o calor rejeitado para a fonte fria e Q1 é o calor absorvido, ou
seja, retirado da fonte quente.

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9.4. O Ciclo de Carnot

O ciclo de Carnot foi idealizado por Sadi Carnot em 1824, é um ciclo


reversível composto por duas transformações adiabáticas e duas –
transformações isotérmicas, executado por 4 etapas conforme o esquema
a seguir:

Uma máquina operando no ciclo de Carnot tem rendimento dado por


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T2
  1
T1 a (Carnot)

TEOREMA DE CARNOT

“Nenhuma máquina térmica que opere entre uma dada fonte


quente e uma dada fonte fria pode ter rendimento superior ao de
uma Máquina de Carnot. Todas as Máquinas de Carnot que operem
entre essas duas fontes terão o mesmo rendimento.”

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10. Questões Propostas

01. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). O



conjunto de valores numéricos que uma dada temperatura pode assumir
em um termômetro constitui uma escala termométrica. As escalas mais
utilizadas estão indicadas na figura.

O serviço de meteorologia anunciou que, em uma cidade do Estado do Rio


de Janeiro, a temperatura máxima seria de 38 ºC e a mínima 14 ºC. Essa
variação de temperatura expressa na escala Fahrenheit é,
aproximadamente,

(A) 14°.
(B) 26°.
(C) 36°.
(D) 44°.
(E) 64°.

02. (VUNESP – SP – MUNICÍPIO E POÁ - PROFESSOR ADJUNTO DE


EDUCAÇÃO BÁSICA – MATEMÁTICA E CIÊNCIAS - 2013) Calor é

(A) o grau de aquecimento de um corpo. 07856207612

(B) a energia que flui de temperaturas mais altas para temperaturas mais
baixas.
(C) o mesmo que temperatura de um corpo.
(D) a energia total contida nos corpos.
(E) o mesmo que trabalho.

03. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Um


projétil, de massa m = 10 g, feito de metal de calor específico c = 0,10
cal/(g.ºC), atinge um colete à prova de bala com velocidade v = 600 m/s,
parando antes de atravessá-lo. O equivalente mecânico do calor é admitido
com o valor 4,2 J/cal e o colete é tido como adiabático. A quantidade de
calor dissipada integralmente no projétil deve elevar a temperatura dele,
em ºC, de aproximadamente

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(A) 360.
(B) 390.
(C) 430.
(D) 300. –
(E) 480.

04. (VUNESP – SP – CETESB – OPERADOR DE CENTRO DE CONTROLE


- 2012). No combate a chamas, é fundamental que seja reduzida e
eliminada a transmissão de calor. A transmissão de calor pode se dar das
seguintes formas:

I. através do movimento vibratório de molécula para molécula;


II. sem continuidade molecular entre a fonte e o corpo recebedor,
acompanhado geralmente por intensa emissão de luz;
III. através de correntes ascendentes e descendentes em líquidos e gases.

Os mecanismos de transmissão de calor descritos em I, II e III são,


respectivamente,

(A) condução; irradiação; convecção.


(B) condução; convecção; irradiação.
(C) irradiação; convecção; condução.
(D) irradiação; condução; convecção.
(E) convecção; irradiação; condução.

05. (VUNESP – SP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013). Para medir temperaturas, o técnico de um
laboratório dispunha apenas de um termômetro graduado na escala
Fahrenheit e precisava realizar uma operação envolvendo trocas de calor.
Verteu, então, 300 mL de água a 35 oF para o interior de um calorímetro,
de capacidade térmica desprezível e, uma vez isolado o sistema do meio
ambiente, fez atingir a temperatura de 125 oF, após fornecer-lhe uma
quantidade de calor Q. O calor específico da água foi considerado constante
e com o valor 1,0 cal∕(g.oC); a densidade da água é de 1,0 g∕mL. A
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quantidade de calor Q, em cal, recebida pela amostra de água foi de

(A) 20 000.
(B) 14 000.
(C) 16 000.
(D) 18 000.
(E) 15 000.

06. (VUNESP – SP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013). Um técnico de laboratório brasileiro precisa enviar
o valor do calor específico de um metal para seu colega norte-americano,

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o qual utiliza a caloria como unidade de energia, a libra (Pound) como


unidade de massa (1 lb = 450 g), e o grau Fahrenheit como unidade de
temperatura. Se o calor específico do referido metal é de 0,25 cal/(g.oC),
seu correspondente valor em cal/(lb.oF) é –

(A) 625,0.
(B) 202,5.
(C) 457,5.
(D) 62,5.
(E) 405,0.

07. (VUNESP – SP – MUNICÍPIO DE JABOTICABAL – PROFESSOR DE


EDUCAÇÃO BÁSICA – CIÊNCIAS – 2013) A figura representa o
aquecimento de uma substância que na temperatura de – 20 oC está no
estado sólido.

Considerando a representação gráfica, observa-se que

(A) B e D indicam, respectivamente, solidificação e fusão.


(B) o trecho inclinado C corresponde ao aquecimento do sólido.
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(C) durante o processo de fusão a temperatura aumenta.


(D) no trecho inclinado A não ocorre aumento de temperatura.
(E) B e D são processos que absorvem energia do meio externo.

08. (VUNESP – SP – SEED-SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


FÍSICA – 2013). É comum não conseguirmos abrir a porta de um freezer
ou refrigerador logo após ter sido fechada. Para tornar a abri-la é
necessário aguardar um pouco. São dadas as seguintes explicações para
esse fato:

I. Ao abrirmos a porta, a temperatura no interior do freezer aumenta,


diminuindo o volume de ar em seu interior, de modo que devemos exercer

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uma pressão maior ao abri-la, até que o volume aumente com a entrada
de ar por sucção através da borracha de vedação.

– é
II. Ao fecharmos a porta do freezer, o ar externo que havia entrado
resfriado, resultando em uma pressão do lado de fora maior que dentro,
diferença que vai se reduzindo aos poucos pela sucção do ar externo
através da borracha de vedação.

III. Com a porta aberta, a temperatura no interior do freezer aumenta,


ocasionando maior troca de calor com o ambiente e reduzindo as correntes
de convecção em seu interior, o que reduz sua pressão interna até que o
equilíbrio térmico novamente se restabeleça.

Dentre essas justificativas, está(ão) correta(s)

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Um


refrigerador ligado está dentro de uma cozinha fechada e termicamente
isolada. Quando sua porta é deixada aberta por um longo período de tempo,
a temperatura da cozinha

(A) cresce, porque o motor do refrigerador, ao realizar maior quantidade


de trabalho para extrair o calor que entra nele, passa a dissipar mais calor
na cozinha.

(B) permanece constante, porque o calor dissipado pelo refrigerador ao


realizar trabalho para extrair o calor é compensado pelo resfriamento do
ar.
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(C) diminui, em decorrência da entrada do ar mais frio do refrigerador na


cozinha.

(D) permanece constante, porque o calor dissipado pelo motor do


refrigerador não afeta a temperatura da cozinha.

(E) permanece constante, porque a entrada de ar frio do refrigerador não


afeta a temperatura da cozinha.

10. (VUNESP – SP – SEED-SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


FÍSICA – 2013). Em um forno de microondas, é colocada uma vasilha
contendo 2 litros de água, à temperatura ambiente de aproximadamente

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20oC. Na sua máxima potência, observa-se que a água ferve em cerca de


15 minutos e, na mínima potência, em cerca de 30 minutos. Pode-se
concluir que tal forno opera em um intervalo de potência próximo de

(A) 175 W – 350 W.
(B) 175 W – 500 W.
(C) 350 W – 700 W.
(D) 500 W – 750 W.
(E) 750 W – 1 500 W.

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 1997). As


maçanetas metálicas de portas de madeira parecem mais frias do que a
porta, embora ambas estejam, em geral, à mesma temperatura. Esse é um
dos fenômenos que evidenciam a diferença entre calor e temperatura. Ele
ocorre porque

(A) a condutibilidade térmica dos metais é maior do que a da madeira.


(B) a condutibilidade térmica da madeira é maior do que a do metal.
(C) o calor específico dos metais é maior do que o da madeira.
(D) o calor específico da madeira é maior do que o de qualquer metal.
(E) a massa de madeira da porta é sempre maior do que a massa de metal
da maçaneta.

12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 1997). Num


calorímetro contendo uma pedra de gelo de massa 200 g a –10 0C coloca-
se uma amostra de alumínio de massa 100 g a 200 0C. São

Dados:

Calor específico do gelo = 0,50 cal/g 0C


Calor específico da água = 1,0 cal/g 0C
Calor específico do alumínio = 0,22 cal/g0C
Temperatura de fusão do gelo = 0 0C
Calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g
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Desprezando-se o calor absorvido pelo calorímetro, pode-se afirmar que,


no equilíbrio térmico, o calorímetro deve conter a amostra de alumínio e

(A) água, ambos a 71 0C.


(B) água, ambos a 84 0C.
(C) 200 g água, ambos a 0 0C.
(D) 55 g de água e 145 g de gelo, ambos a 0 0C.
(E) 43 g de água e 157 g de gelo, ambos a 0 0C.

13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011 -


MODIFICADA). Na determinação experimental do calor latente de
vaporização da água, um aluno, por meio de um ebulidor elétrico de 700

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W, mantém em ebulição a água contida em um béquer durante 10,0


minutos. Ao final desse tempo, o aluno verifica que foram evaporados 200
g de água. O valor do calor latente de vaporização da água, em 105 J/kg,
obtido pelo aluno, foi de –

(A) 1,8.
(B) 2,1.
(C) 2,5.
(D) 2,7.
(E) 3,0.

14. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). A


tabela fornece o calor específico (c) e a condutividade térmica ( ) de alguns
materiais. A partir desses dados, pode-se afirmar que panelas de mesma
massa, tamanho e espessura, que aquecem mais rápido e conservam por
mais tempo o calor, são feitas de

(A) alumínio.
(B) cerâmica.
(C) ferro.
(D) vidro refratário.
(E) ferro ou cerâmica.

15. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). Em


07856207612

sua mais famosa experiência, Joule construiu um dispositivo para medir o


equivalente mecânico do calor (veja a figura). Depois de elevados por meio
da manivela, os discos P caem de certa altura e, durante sua queda, um
sistema de pás, mergulhadas na água contida num compartimento
termicamente isolado, gira fazendo com que aumente a temperatura da
água. Sabendo que a massa de água contida no compartimento
termicamente isolado seja 0,25 kg, a massa de cada disco seja m = 1,0
kg, e que cada um caia de uma altura h = 1,0 m, pode-se afirmar que a
variação de temperatura, em 10–3 oC, sofrida pela água, será
DADOS: Considere que o calor específico da água seja 4,0 x 103 J/kgoC.
Admita que toda energia potencial seja transformada em energia térmica;
despreze o calor absorvido pelas pás e adote g = 10 m/s2.

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(A) 12.
(B) 15.
(C) 20.
(D) 25.
(E) 30.

16. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Um


calorímetro de alumínio com massa igual a 400 g contém 300 g de água de
calor específico 1cal/g ºC a 20 ºC, na qual é imerso um bloco de cobre de
massa igual 400 g de calor específico 0,094 cal/g ºC e na temperatura
inicial de 100 ºC . Se o calor específico do alumínio é 0,22 cal/g ºC, a
temperatura de equilíbrio térmico do sistema, em graus celsius, é

(A) 12,4.
(B) 16,6.
(C) 20,4.
(D) 25,4.
(E) 27,1.

17. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). O


diagrama de fases é uma representação gráfica das condições de pressão
e temperatura de uma substância nos estados líquido, sólido e gasoso.
Observe a ilustração do diagrama de fases para a água, apresentada a
seguir.

07856207612

O gráfico está dividido em três áreas, cada uma delas representa uma fase
pura. A linha cheia mostra as condições sob as quais duas fases podem
existir em equilíbrio. O ponto triplo é onde as três curvas se encontram, é
o ponto de equilíbrio entre as três fases. O ponto triplo da água ocorre sob

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a temperatura 0,01 ºC e 0,006 atm. Apenas nessas condições, a água pode


existir nas três fases em equilíbrio. A transformação A B representa uma
passagem do estado

(A) líquido para vapor.
(B) vapor para líquido.
(C) sólido para líquido.
(D) líquido para sólido.
(E) sólido para vapor.

18. (VUNESP – SP – SEED/SP - PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).


Alguns metais que entram na composição de ligas empregadas na
fabricação de peças de automóveis precisam ser fundidos para que possam
ser moldados. A temperatura de fusão do ferro é de cerca de 1.500 °C, o
calor específico é 0,12 cal/g °C e o seu calor latente de fusão é 65 cal/g. A
quantidade de calor, em quilocalorias, necessária para fundir uma peça de
ferro de 10 kg, que se encontra inicialmente a 50 °C, é

(A) 1 790.
(B) 2 000.
(C) 2 390.
(D) 2 700.
(E) 3 000.

19. (VUNESP – SP – SEED/SP - PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Após


a apresentação dos principais conceitos e grandezas físicas da calorimetria,
o professor convida seus alunos para que determinem experimentalmente
o calor específico de algumas substâncias cujas amostras estão disponíveis
no laboratório. O passo inicial para tal determinação é o conhecimento da
capacidade térmica do recipiente (calorímetro) em cujo interior serão
processadas as trocas de calor. Para tanto, água aquecida é vertida sobre
água fria contida no calorímetro em questão, o qual é isolado do meio
externo. A tabela mostra os valores obtidos para as temperaturas e as
massas dos corpos envolvidos.
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Adota-se o valor de 1,0 cal/(g.oC) para o calor específico da água. O valor


encontrado para a capacidade térmica do calorímetro, em cal/oC, é

(A) 15.

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(B) 18.
(C) 20.
(D) 24.
(E) 25. –

20. (VUNESP – SP – SEED/SP - PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Em


certa pesquisa envolvendo um metal, um bloco sólido de 200 g de massa
feito desse metal de calor específico 0,20 cal/(g.oC), é retirado de um alto
forno a 1.300 oC e inserido num calorímetro de capacidade térmica 100
cal/oC, que contém 500 mL de água a 25 oC. São dados: densidade da água
= 1,0 g/mL, calor específico da água = 1,0 cal/(g.oC), temperatura de
ebulição da água = 100 oC, calor latente de ebulição da água = 540 cal/g
O sistema é isolado, a troca de calor ocorre sob pressão normal constante
de 1,0atm e observa-se que, atingido o equilíbrio térmico

(A) tem-se vapor d’água a 120 oC.


(B) tem-se vapor d’água a 520 oC.
(C) a 100 oC formam-se 5,5 g de vapor d’água, aproximadamente.
(D) a 100 oC toda a água vaporiza.
(E) a 92 oC a água continua no estado líquido.

21. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013). Para


explicar, corretamente, o fenômeno do congelamento apenas das
superfícies dos lagos em lugares frios, o professor de Física deve referir se

(A) à convecção interrompida das moléculas de água ao atingirem


temperaturas inferiores a 4 oC.
(B) à condução interrompida das moléculas da água ao atingirem
temperaturas inferiores a 4 oC.
(C) à convecção e à condução interrompidas das moléculas de água ao
atingirem temperaturas inferiores a 4 oC.
(D) à diminuição do volume das moléculas de água ao atingirem o ponto
de solidificação.
(E) ao aumento da densidade das moléculas de água ao atingirem
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temperaturas inferiores ao ponto de solidificação.

22. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 2012). A


foto ilustra uma estrada de ferro mal construída, na qual as juntas de
dilatação não foram devidamente previstas. Os engenheiros evitam
acidentes como esses ao prever as dilatações que os materiais vão sofrer,
deixando folgas nos trilhos das linhas de trem. Na construção civil, as juntas
são feitas com material que permite a dilatação do concreto. Um prédio de
60 m com uma estrutura de aço tem um vão de 6 cm previsto pelo
construtor. A variação de temperatura que esse vão permite sem que haja
risco para essa estrutura é, em ºC, aproximadamente, Dado: coeficiente
de dilatação térmica volumétrica do aço: 31,5 × 10–6 ºC–1.

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(A) 95.
(B) 100.
(C) 105.
(D) 110. –
(E) 115.

23. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Certa


massa de vapor encontra-se encerrada em um recipiente cilíndrico, isolante
térmico, dotado de um êmbolo que permite variar seu volume, como
mostra a figura.

Em determinado momento, o êmbolo é bruscamente deslocado, por um


agente externo, no sentido de comprimir o vapor até um volume menor;
essa compressão gera uma combustão espontânea, transformando o vapor
em gás, o que provoca, em seguida, um deslocamento do êmbolo até a
posição inicial. O gráfico, da pressão (P) versus volume (V), que melhor
representa a sequência de transformações ocorridas no interior do
recipiente é

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24. (VUNESP – SP – CETESB – TÉCNICO AMBIENTAL –


LABORATÓRIO DE MECÂNICA – 2012) ar de admissão de um motor
sobrealimentado, após passar pelo compressor, deve ser resfriado de 120
°C para 60 °C no pós-arrefecedor (cooler). Admitindo que esse processo
seja isobárico, o aumento porcentual esperado para a massa específica do
ar é de

(A) 50 %.
(B) 36 %.
(C) 18%.
(D) 10%.
(E) 0 %. 07856207612

25. (VUNESP – SP – CETESB – TECNÓLOGO EM MECÂNICA – 2012)


Uma máquina térmica de Carnot recebe 600 J de uma fonte mantida a 900
K. Dado: T(K) = T(°C) + 273 e sabendo-se que ela rejeita calor para uma
fonte fria mantida a 27 °C, o trabalho realizado pela máquina e seu
rendimento térmico são, respectivamente,

(A) 300 J e 50%.


(B) 200 J e 33%.
(C) 291 J e 49%.
(D) 582 J e 97%.
(E) 400 J e 67%.

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26. (VUNESP – SP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013).O gráfico a seguir representa o ciclo de uma
máquina térmica que opera com rendimento de 30%. Dado: Considera-se
1 atm = 1,0 . 105 Pa e 1 L = 10–3 m3. –

Se ela executa esse ciclo com frequência de 50 Hz, sua potência útil, em
kW, é de

(A) 7,2.
(B) 8,0.
(C) 3,6.
(D) 2,4.
(E) 5,4.

27. (VUNESP – SP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013) O diagrama da pressão (P) versus volume (V)
representa, idealizado, o ciclo do motor de uma motocicleta quando gira a
6.000 rpm. Adota-se a relação 1 cv = 0,75 kW.
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A potência que esse motor desenvolve nessa frequência de giro é, em cv,


mais próxima de

(A) 25. –
(B) 19.
(C) 27.
(D) 23.
(E) 21.

28. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


FÍSICA – 2007). Em uma aula de Física, um professor sugeriu o seguinte
experimento: uma tira de borracha é presa em um anel circular em torno
de um eixo, como ilustra a figura. Um foco de luz incandescente (lâmpada
ou lanterna potente) é aproximado somente de uma das metades do aro.
O experimento ilustra o princípio de funcionamento de uma máquina
térmica:

(A) adequadamente, pois o sistema recebe calor de uma fonte quente, cede
calor ao ambiente e produz trabalho mecânico continuamente.

(B) adequadamente, pois o sistema recebe energia na forma de trabalho


mecânico, tendo sua energia interna variada em cada ciclo pelo calor
trocado com o ambiente.
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(C) parcialmente, pois o sistema recebe calor de uma fonte quente e realiza
trabalho mecânico, mas não opera em ciclo.

(D) impropriamente, pois o sistema recebe calor de uma fonte quente, tem
sua energia interna variada, mas não realiza trabalho mecânico.

(E) impropriamente, pois o trabalho mecânico realizado às custas de troca


de calor não produz energia elétrica.

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29. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 1997).


Certa quantidade de ar, aprisionada numa seringa de injeção à pressão
atmosférica, ocupa o volume de 10,0 cm3 à temperatura de 0 0C. Suponha
que essa seringa seja vedada e imersa em água quente, atingindo, – no
0
equilíbrio térmico, a temperatura de 80,0 C. Observa-se que o êmbolo
sobe até atingir a marca correspondente a um novo volume. Admitindo que
a pressão do ar no interior da seringa permaneça constante, esse volume,
em cm3, é de

(A) 15,0.
(B) 13,7.
(C) 12,9.
(D) 12,1.
(E) 11,2.

30. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997).


Uma aluna comenta com seu professor de física: “Minha mãe se queixa de
que meu quarto está sempre desarrumado, mas eu vivo tentando arrumá-
lo. Não existe uma lei da física que justifique isso?” Fazendo uma analogia
entre a física e a situação descrita, assinale a alternativa que expressa a
resposta mais adequada dada pelo professor.

(A) Infelizmente não, pois seu quarto pode ser considerado um sistema
fechado onde as leis da física não valem.

(B) Existe sim, a segunda lei da termodinâmica afirma que a desordem é a


tendência natural das coisas - a entropia do universo sempre tende a
aumentar.

(C) Infelizmente não. Ao contrário, a física se baseia em princípios de


conservação, as coisas tendem sempre a conservar-se em ordem.

(D) Infelizmente não, ordem ou desordem não têm nada a ver com a física.
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(E) Existe sim, o princípio da conservação da quantidade de movimento


explica o contínuo movimento das coisas que estão no seu quarto.

31. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). A


variação de entropia de um sistema S é dada pelo quociente entre a
energia transferida para o sistema sob a forma de calor, Q, e a
temperatura absoluta T constante em que este se encontra: S = Q/T.
Assim, no Sistema Internacional de Unidades, a entropia é dada em J/K
(joule/kelvin). Uma amostra de gelo à temperatura de 0oC, de massa igual
a 200 gramas, ao trocar calor com o ambiente, derrete totalmente.
Admitindo que o calor latente de fusão da água seja 334 x 10 3 J/kg, a
entropia da amostra, em 102 J/K variou, aproximadamente, em

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(A) –2,45.
(B) +2,45.
(C) – 3,33.
(D) + 3,33. –
(E) + 4,15.

32. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011).


Considere um sistema que, ao interagir com a vizinhança, realiza uma
transformação irreversível. A partir dessas informações, pode-se afirmar,
corretamente, que certamente a entropia

(A) do sistema aumentou.


(B) do sistema diminuiu.
(C) do sistema manteve-se constante.
(D) do universo (sistema + vizinhança) aumentou.
(E) do universo (sistema + vizinhança) manteve-se constante.

33. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). O


rendimento de uma máquina térmica ideal

(A) é sempre igual a 100%.


(B) é sempre menor que 100%.
(C) pode ser 100%.
(D) às vezes pode ser menor que 100%.
(E) é nulo.

34. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). O


gráfico P x V representa um ciclo de uma máquina térmica hipotética que,
em 1 segundo, repete esse ciclo 20 vezes. A potência, em kW, dessa
máquina, vale

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(A) 2,0.
(B) 2,5.
(C) 3,0.
(D) 4,5.
(E) 6,0.

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35. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011).


Uma bomba de encher pneus de bicicleta é utilizada para comprimir,
vagarosamente, uma massa de ar de modo que sua temperatura, em torno

de 20 oC, seja mantida constante. Admitindo que o orifício de saída esteja
vedado e que a massa de ar seja comprimida por uma pressão igual à de
3 x 105 Pa, promovendo uma variação de volume igual a 1 x 10–4 m3, pode-
se afirmar que a entropia da massa de ar

(A) aumentou 0,1 J/K.


(B) diminuiu 0,1 J/K.
(C) manteve-se constante.
(D) aumentou 1 J/K.
(E) diminuiu 1 J/K.

36. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). A


revolução industrial desempenhou um papel importante no
desenvolvimento da ciência moderna. A perspectiva de aplicação da ciência
aos problemas da indústria serviu para estimular o financiamento público
da ciência. As áreas de estudos se especializam e a ligação com o modo de
produção torna-se cada vez mais estreita. A relação entre calor e trabalho
baseia-se em dois princípios: o da conservação de energia e o de entropia.
Esses princípios são a base de máquinas a vapor, turbinas, motores de
combustão interna, motores a jato e máquinas frigoríficas. Em 1824, o
cientista Carnot idealizou uma máquina térmica que proporcionaria um
rendimento máximo. O Ciclo de Carnot consiste de duas transformações
adiabáticas alternadas com duas transformações isotérmicas, sendo que
todas elas seriam reversíveis.

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Aula 05 – Termologia e Termodinâmica.

Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes cujas temperaturas


são, respectivamente, 500 ºC e 100 ºC. Nesse caso, o rendimento da
máquina de Carnot é de

(A) 36%.
(B) 40%.
(C) 44%.
(D) 48%.
(E) 52%.

37. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).


Têm-se 3 mols de moléculas de um gás ideal ocupando inicialmente o
volume de 0,10 m3 e exercendo pressão de 2,0 · 105 N/m2. A partir desse
estado, ele se expande isotermicamente, como mostra a figura.

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O trabalho em uma transformação isotérmica pode ser calculado de acordo


com a equação:

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Aula 05 – Termologia e Termodinâmica.

Sendo R = 8,3 J/mol.K e ln2 = 0,69, o módulo do trabalho realizado pelo


gás ao se expandir até ocupar o volume de 0,2 m3 é, em joule,

(A) 1,38 · 104 –


(B) 1,42 · 104
(C) 1,46 · 10–4
(D) 1,48 · 104
(E) 1,52 · 10–4

38. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).


Uma máquina térmica dissipa 1.000 J para um reservatório frio durante um
ciclo. Se a máquina tem rendimento de 20%, o trabalho realizado em cada
ciclo, em J, é igual a

(A) 5.000.
(B) 1.250.
(C) 750.
(D) 250.
(E) 125.

39. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).


Uma máquina térmica, operando em ciclo entre dois reservatórios de calor,
um mais quente e outro mais frio, transforma calor em trabalho. A respeito
do calor recebido pela máquina, é correto afirmar que

(A) é sempre menor do que o calor dissipado pela máquina.


(B) não afeta o trabalho realizado pela máquina.
(C) depende da diferença de temperatura entre os reservatórios.
(D) é convertido completamente em trabalho.
(E) é parcialmente convertido em trabalho.

40. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Um


bloco de gelo de 680 g, inicialmente a 0 °C, é deixado sobre a superfície de
uma mesa em uma cozinha. Espera-se o tempo suficiente para que o gelo
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derreta completamente. Se o calor latente de fusão é 80 cal/g, a variação


da entropia do gelo durante a fusão é, em cal/K, aproximadamente igual a

(A) 200.
(B) 300.
(C) 400.
(D) 500.
(E) 600.

41. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).


Observe na figura o guindaste de demolição, com os dizeres “O aumento
da entropia é o nosso negócio”, quebrando a parede.

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É correto afirmar que a entropia da parede aumentou porque

(A) os diversos pedaços de parede têm energia cinética nula.


(B) os diversos pedaços de parede podem ser rearranjados em inúmeras
configurações, e a parede construída apresenta uma configuração.
(C) os pedaços da parede dispostos em forma espalhada podem ser
rearranjados em uma configuração.
(D) os diversos pedaços da parede estão arranjados em uma única
configuração e a parede construída pode ser arranjada em várias
configurações.
(E) os pedaços da parede dispostos em forma espalhada podem ser
rearranjados em duas configurações.

42. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013).


Exemplificando o conceito de entropia, é correto dizer que

(A) no interior de uma geladeira ligada e de porta fechada, a entropia dos


alimentos aumenta.
(B) quando um gás sofre uma expansão adiabática reversível sua entropia
aumenta. 07856207612

(C) ao sofrer uma vaporização isobárica a água tem sua entropia


aumentada.
(D) quando um ovo é espatifado no chão sua entropia permanece
constante.
(E) ao sofrer condensação o vapor transformado em água tem sua entropia
mantida constante.

43. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013).


Indagado por seus alunos sobre o porquê das máquinas térmicas não
operarem com rendimento total de 100%, uma vez que, segundo o
princípio da natureza em que nada se cria, nada se perde, tudo se
transforma, o professor de Física argumentou, corretamente, que

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(A) há outro princípio segundo o qual, em transformações cíclicas, parte do


calor é convertido em energia interna do sistema, ocasionando uma
diferença entre o calor recebido de uma fonte e o rejeitado para a outra
fonte, impedindo a realização do trabalho. –

(B) há outro princípio segundo o qual nenhuma máquina térmica consegue


operar sem a presença de uma fonte quente e outra fonte fria, e a diferença
entre o calor recebido de uma e o rejeitado para a outra, impede o
rendimento de 100%.

(C) nas máquinas térmicas ocorre um desperdício de energia para o meio


ambiente por conta da diminuição da entropia do sistema remanescente na
máquina. Tal desperdício resulta no rendimento inferior a 100%.

(D) o trabalho realizado em cada ciclo pode ocasionar um


superaquecimento dos componentes físicos da máquina, o que é impedido
pelo calor rejeitado para o meio ambiente.

(E) a diferença entre o calor recebido da fonte quente e o rejeitado para a


fonte fria é indispensável para se evitar o desgaste provocado pelo atrito
entre as peças móveis componentes da máquina.

44. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013). O


conceito de entropia é tal que

(A) se refere exclusivamente aos sistemas termodinâmicos em situação


dinâmica e∕ou em equilíbrio instável.
(B) se aplica aos sistemas termodinâmicos quando estes operam
necessariamente em ciclos periódicos.
(C) se relaciona com o conceito de energia no sentido inverso, ou seja, se
uma grandeza aumenta a outra, necessariamente, diminui.
(D) mede a capacidade de um sistema termodinâmico se reorganizar após
uma transformação envolvendo suas grandezas fundamentais.
(E) sua variação está relacionada com a quantidade de calor que um
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sistema troca em função de sua temperatura.

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11. Exercícios comentados

Termometria

01. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). O
conjunto de valores numéricos que uma dada temperatura pode assumir
em um termômetro constitui uma escala termométrica. As escalas mais
utilizadas estão indicadas na figura.

O serviço de meteorologia anunciou que, em uma cidade do Estado do Rio


de Janeiro, a temperatura máxima seria de 38 ºC e a mínima 14 ºC. Essa
variação de temperatura expressa na escala Fahrenheit é,
aproximadamente,

(A) 14°.
(B) 26°.
(C) 36°.
(D) 44°.
(E) 64°.
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Resposta: Item D.

Comentário:

Trata-se de uma bela questão envolvendo os conceitos de variação de


temperaturas em escalas termométricas distintas.

Na escala °C temos 100 divisores enquanto que na escala °F temos 180


divisores. Então, podemos transformar as variações de temperatura de °C
para °F da seguinte forma:

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TC T F

5 9
 38  14  C  T F –

5 9
T F  43, 2 F

Assim, o valor que mais se aproxima é o de 44°F.

OBS.: Cuidado com a pegadinha da questão! Muita gente pensa em usar a


fórmula abaixo:

TC T F  32

5 9

Veja que se trata de uma fórmula para o calculo da conversão de


temperaturas em °C para °F e vice-versa, no entanto a nossa questão
solicitou a transformação de variações de temperatura, que se dão da
seguinte forma:

TK TC T F


 
5 5 9

Para finalizar o comentário, você deve ficar ligado na fórmula para a


transformação de °C para K (Kelvin, escala absoluta):
TK  TC  273

Não é muito comum caírem questões de termometria em provas de Física


da VUNESP, o que eu percebi na coletânea de questões foi o fato de que
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aparecem muitas questões de calorimetria, próximo tópico, e de gases e


termodinâmica, esse deve ser o foco da sua prova e dos seus estudos, no
entanto, não deixe de saber as fórmulas de transformações de escalas
termométricas.

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Calorimetria

02. (VUNESP – SP – MUNICÍPIO E POÁ - PROFESSOR ADJUNTO DE


EDUCAÇÃO BÁSICA – MATEMÁTICA E CIÊNCIAS - 2013) Calor é –

(A) o grau de aquecimento de um corpo.


(B) a energia que flui de temperaturas mais altas para temperaturas mais
baixas.
(C) o mesmo que temperatura de um corpo.
(D) a energia total contida nos corpos.
(E) o mesmo que trabalho.

Resposta: Item B.

Comentário:

Essa questão é sobre o conceito de calor, que na verdade é a tônica dessa


aula de termologia, que é o estudo do calor.

O calor não deve ser confundido com temperatura, que é a medida do grau
de agitação das moléculas de um corpo.

A energia total de um corpo é também traduzida por outros tipos de


energia, inclusive a energia mecânica.

O trabalho é também diferente de calor, trabalho é uma grandeza que se


relaciona com a variação de energia.

Por fim, o conceito de calor:

Calor é a energia térmica em trânsito, que flui de um corpo mais quente


para um corpo mais frio.

O fluxo de calor sempre se dá de um corpo a maiores temperaturas para


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outro com temperatura menor, de modo a tingirem o equilíbrio térmico.

03. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Um


projétil, de massa m = 10 g, feito de metal de calor específico c = 0,10
cal/(g.ºC), atinge um colete à prova de bala com velocidade v = 600 m/s,
parando antes de atravessá-lo. O equivalente mecânico do calor é admitido
com o valor 4,2 J/cal e o colete é tido como adiabático. A quantidade de
calor dissipada integralmente no projétil deve elevar a temperatura dele,
em ºC, de aproximadamente

(A) 360.
(B) 390.
(C) 430.

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(D) 300.
(E) 480.

Resposta: Item C. –

Comentário:

Trata-se de uma questão de conservação de energia, energia mecânica


transformando-se integralmente em energia térmica.

A energia mecânica do projétil será convertida em energia térmica no colete


e isso fará com que a temperatura do colete aumente.

Devemos, portanto, calcular o aumento de temperatura por meio da


equação do calor sensível.

. .
Q  mc
O calor será oriundo da energia mecânica do projétil:

Emec  Ecin  E pot


A energia potencial será desprezada, pois não haverá variação de altura do
projétil, o que implica dizer:

mV. 2
Emec  Ecin 
2
3
10.10 .6002
Ecin 
2
2
10 .3, 6.105
Ecin 
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2
Ecin  1,8.103 J

Veja que a massa foi transformada em kg, para que obtivéssemos a energia
em J.

Vamos agora transformar essa energia de J para cal.

Ecin  1,8.103 J
1,8.103 J
Ecin   4,3.102 cal
4, 2 J / cal

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Essa energia será 100% convertida em calor, que servirá para elevar a
temperatura do projétil.

Q  4,3.102 cal
m.c.  4,3.102
10 g .0,1cal / g .C.  4,3.102 cal
  430C

04. (VUNESP – SP – CETESB – OPERADOR DE CENTRO DE CONTROLE


- 2012). No combate a chamas, é fundamental que seja reduzida e
eliminada a transmissão de calor. A transmissão de calor pode se dar das
seguintes formas:

I. através do movimento vibratório de molécula para molécula;


II. sem continuidade molecular entre a fonte e o corpo recebedor,
acompanhado geralmente por intensa emissão de luz;
III. através de correntes ascendentes e descendentes em líquidos e gases.

Os mecanismos de transmissão de calor descritos em I, II e III são,


respectivamente,

(A) condução; irradiação; convecção.


(B) condução; convecção; irradiação.
(C) irradiação; convecção; condução.
(D) irradiação; condução; convecção.
(E) convecção; irradiação; condução.

Resposta: Item A.

Comentário: 07856207612

I. O primeiro processo descrito é o de condução térmica, através do qual o


calor é transmitido molécula por molécula, através de um corpo sólido.

É assim que um garfo aquece-se por inteiro caso coloquemos a sua


extremidade em uma chama acesa.

Esse processo necessita de um meio material para a propagação do calor.

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II. O segundo processo descrito é o de irradiação, ou seja, é um processo


por meio do qual um corpo recebe calor pela emissão de luz. Esse processo
não necessita de um meio material para a propagação do calor, ocorrendo
até no vácuo.

III. O último processo descrito é o que chamamos de convecção. A


convecção é um processo de propagação do calor que ocorre por meio de
correntes de convecção.

Nesse processo precisamos de um meio material, que será um líquido ou


um gás, através do qual o calor vai se propagar em correntes ascendentes
e descendentes.

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O exemplo acima é bem característico das correntes de convecção. O ar


frio contido no congelador de uma geladeira é mais denso e por isso tende
a descer, por outro lado, o ar quente da gaveta inferior é menos denso e
sobe. Isso acaba gerando correntes de convecção no interior– do
refrigerador, ocasionando o resfriamento por completo dos alimentos que
estão contidos no aparelho.

A mesma coisa acontece no ar condicionado, instalado no teto dos quartos


da sua casa e das salas de aula. O princípio de resfriamento é o mesmo.

05. (VUNESP – SP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013). Para medir temperaturas, o técnico de um
laboratório dispunha apenas de um termômetro graduado na escala
Fahrenheit e precisava realizar uma operação envolvendo trocas de calor.
Verteu, então, 300 mL de água a 35 oF para o interior de um calorímetro,
de capacidade térmica desprezível e, uma vez isolado o sistema do meio
ambiente, fez atingir a temperatura de 125 oF, após fornecer-lhe uma
quantidade de calor Q. O calor específico da água foi considerado constante
e com o valor 1,0 cal∕(g.oC); a densidade da água é de 1,0 g∕mL. A
quantidade de calor Q, em cal, recebida pela amostra de água foi de

(A) 20 000.
(B) 14 000.
(C) 16 000.
(D) 18 000.
(E) 15 000.

Resposta: Item E.

Comentário:

Como o calorímetro foi considerado ideal, então podemos afirmar que a


quantidade de calor foi totalmente absorvida pela água. Quando a
capacidade térmica de um corpo é desprezível ele não troca calor com o
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ambiente, é o caso dos isopores para conservação da temperatura de


bebidas em locais desprovidos de refrigeradores. O isopor é um ótimo
isolante térmico, possui capacidade térmica desprezível, então as trocas de
calor ocorrem apenas no interior do recipiente, fazendo com que o gelo
absorva o calor emanado pela bebida ao diminuir sua temperatura.

Bom, visto isso, basta aplicar a fórmula da quantidade de calor sensível


absorvida pela água.

. .
Q  mc

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A variação de temperatura  da água foi dada em °F, devemos transformar


o valor para °C.


  125 F  35 F
  90 F
Transformando:

  F   C

9 5
90 C

9 5
C  50C

Voltando para a fórmula do calor sensível:

Q  m.c.
Q  d .Vol.c.
Q  1, 0 g / mL.300 mL.1, 0cal / g C .50 C
Q  15.000cal

06. (VUNESP – SP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013). Um técnico de laboratório brasileiro precisa enviar
o valor do calor específico de um metal para seu colega norte-americano,
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o qual utiliza a caloria como unidade de energia, a libra (Pound) como


unidade de massa (1 lb = 450 g), e o grau Fahrenheit como unidade de
temperatura. Se o calor específico do referido metal é de 0,25 cal/(g.oC),
seu correspondente valor em cal/(lb.oF) é

(A) 625,0.
(B) 202,5.
(C) 457,5.
(D) 62,5.
(E) 405,0.

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Resposta: Item B.

Comentário:

Vamos transformar o grama para libra:

450 g  1lb
1
1g  lb
450
Vamos agora transformar a variação de temperatura:

 F C

9 5
5
C  . F
9
5
1C  . F
9

Aplicando as duas transformações no calor específico:

cH 2O  0, 25cal / g.C
 1 5 
cH 2 O  0, 25cal /  lb. . F 
 450 9 
 1 
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cH 2 O  0, 25cal /  lb. F 
 810 
cH 2 O  202,5cal / lb F

07. (VUNESP – SP – MUNICÍPIO DE JABOTICABAL – PROFESSOR DE


EDUCAÇÃO BÁSICA – CIÊNCIAS – 2013) A figura representa o
aquecimento de uma substância que na temperatura de – 20 oC está no
estado sólido.

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Considerando a representação gráfica, observa-se que

(A) B e D indicam, respectivamente, solidificação e fusão.


(B) o trecho inclinado C corresponde ao aquecimento do sólido.
(C) durante o processo de fusão a temperatura aumenta.
(D) no trecho inclinado A não ocorre aumento de temperatura.
(E) B e D são processos que absorvem energia do meio externo.

Resposta: Item E.

Comentário:

A curva de aquecimento mostrada na figura corresponde ao aquecimento


do corpo que está inicialmente a uma temperatura de -20°C, no estado
sólido.

Aumentando-se a temperatura até o momento em que ela passa a ser


constante, no patamar B, temos o corpo passando do estado sólido para o
líquido. No patamar B, mesmo com o recebimento de energia o corpo não
aumenta a sua temperatura, o que indica a mudança de estado físico, de
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sólido para líquido – fusão.

No trecho C, temos aumento de temperatura o que indica a presença de


calor sensível, o corpo está no estado líquido.

No trecho D, o corpo está em temperatura constante, o que indica mudança


de estado físico, de líquido para vapor – ebulição.

Finalmente, o trecho E indica estado de vapor e a substância sendo


aquecida.

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Assim, diante dos comentários e explicações acima, o item E é o correto


para a situação acima, pois nos trechos de mudança de estado físico não
há variação de temperatura.

08. (VUNESP – SP – SEED-SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
FÍSICA – 2013). É comum não conseguirmos abrir a porta de um freezer
ou refrigerador logo após ter sido fechada. Para tornar a abri-la é
necessário aguardar um pouco. São dadas as seguintes explicações para
esse fato:

I. Ao abrirmos a porta, a temperatura no interior do freezer aumenta,


diminuindo o volume de ar em seu interior, de modo que devemos exercer
uma pressão maior ao abri-la, até que o volume aumente com a entrada
de ar por sucção através da borracha de vedação.

II. Ao fecharmos a porta do freezer, o ar externo que havia entrado é


resfriado, resultando em uma pressão do lado de fora maior que dentro,
diferença que vai se reduzindo aos poucos pela sucção do ar externo
através da borracha de vedação.

III. Com a porta aberta, a temperatura no interior do freezer aumenta,


ocasionando maior troca de calor com o ambiente e reduzindo as correntes
de convecção em seu interior, o que reduz sua pressão interna até que o
equilíbrio térmico novamente se restabeleça.

Dentre essas justificativas, está(ão) correta(s)

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
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Resposta: Item B.

Comentário:

I. O volume interior de gás permanece o mesmo, pois o gás ocupa o volume


do recipiente que o contém, como o interior do freezer é rígido, então o
volume permanece o mesmo.

II. O ar externo entra no freezer diminuindo-se a sua temperatura a volume


constante. De acordo com a lei que rege as transformações gasosas:

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P0 Pf
 K
T0 Tf

Logo, diminuindo-se a temperatura, a pressão diminui também, logo o ar


no interior estará numa pressão menor que o ar ambiente, o que implica
uma força de fora pra dentro maior que o comum, inicialmente, até o gás
reduzir essa diferença pela entrada gradual de ar externo pela borracha de
vedação.

Quando essa diferença de pressão volta a ser o que era antes, a força
necessária para abrir a porta volta a ser a mesma de antes.

Lembre-se que o aumento de força devido à diferença de pressão pode ser


calculado da seguinte forma:

F  P. A
Onde, A é a área da seção transversal da porta do freezer.

Caso uma questão de prova solicite o calculo desse aumento de força, basta
você aplicar a fórmula acima.

III. As correntes de convecção não tem relação com a mudança de pressão


no interior do freezer, a priori, então elas não aumentam a força necessária
para abrir a porta do freezer.

Assim, ficou claro que o único item correto é o item II.

09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Um


refrigerador ligado está dentro de uma cozinha fechada e termicamente
isolada. Quando sua porta é deixada aberta por um longo período de tempo,
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a temperatura da cozinha

(A) cresce, porque o motor do refrigerador, ao realizar maior quantidade


de trabalho para extrair o calor que entra nele, passa a dissipar mais calor
na cozinha.

(B) permanece constante, porque o calor dissipado pelo refrigerador ao


realizar trabalho para extrair o calor é compensado pelo resfriamento do
ar.

(C) diminui, em decorrência da entrada do ar mais frio do refrigerador na


cozinha.

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(D) permanece constante, porque o calor dissipado pelo motor do


refrigerador não afeta a temperatura da cozinha.

(E) permanece constante, porque a entrada de ar frio do refrigerador–não


afeta a temperatura da cozinha.

Resposta: Item A

Comentário:

 O motor do refrigerador para fazer a temperatura do ar interior


diminuir e fazer o refrigerador funcionar de forma correta, retira calor
do ar de dentro dele e dissipa o calor para o ambiente, é por isso que
aquela parte traseira da geladeira fica quente e você até utiliza ela
para secar roupas em tempos de chuva.

Bom, no caso em que a porta está aberta, uma maior quantidade de ar


quente entrará no refrigerador, o que fará com que o motor realize mais
trabalho, pois terá uma maior quantidade de ar quente para retirar calor.

Esse aumento de trabalho realizado pelo motor faz com que ele acabe
aumentando a quantidade de calor dissipado para o ar pela serpentina
traseira, esse aumento de calor dissipado faz com que a temperatura do
ambiente aumente.

10. (VUNESP – SP – SEED-SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


FÍSICA – 2013). Em um forno de microondas, é colocada uma vasilha
contendo 2 litros de água, à temperatura ambiente de aproximadamente
20oC. Na sua máxima potência, observa-se que a água ferve em cerca de
15 minutos e, na mínima potência, em cerca de 30 minutos. Pode-se
concluir que tal forno opera em um intervalo de potência próximo de

(A) 175 W – 350 W.


(B) 175 W – 500 W.
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(C) 350 W – 700 W.


(D) 500 W – 750 W.
(E) 750 W – 1 500 W.

Resposta: Item C.

Comentário:

Para calcular a potência de uma máquina térmica dessa natureza, basta


que nós calculemos a quantidade de calor e dividamos pelo intervalo de
tempo respectivo.

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A quantidade de calor é do tipo sensível, para aumentar a temperatura da


água contida no microondas, e pode ser calculada pela fórmula:


. .
Q  mc
Q  2.000 g.1, 0cal / g.C. 100  20  C
Q  160.000cal

A potência será calculada dividindo-se o valor do calor por cada um dos


valores de tempo. Antes, note que utilizamos a temperatura de ebulição da
água como sendo de 100°C.

Antes de prosseguir no cálculo da potência, vamos transformar a unidade


do calor para joules, uma vez que a potência em W requer a energia em J.

Q  160.000cal.4, 2 J / cal
Q  672.000 J

Calculando as potências:

Q
Pot 
t
672.000
PotMáx 
15.60
PotMáx  746W

A potência mínima será dada para o intervalo de tempo de 30min, que é o


dobro, assim a potência será a metade, não precisa nem fazer o cálculo, o
que implica, portanto, uma potência de aproximadamente 373W.
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Portanto, o intervalo de potência mais coerente é o contido no item C.

Veja que essa foi uma questão em que a VUNESP usou muito a
aproximação, estejamos preparados para isso.

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 1997). As


maçanetas metálicas de portas de madeira parecem mais frias do que a
porta, embora ambas estejam, em geral, à mesma temperatura. Esse é um
dos fenômenos que evidenciam a diferença entre calor e temperatura. Ele
ocorre porque

(A) a condutibilidade térmica dos metais é maior do que a da madeira.

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(B) a condutibilidade térmica da madeira é maior do que a do metal.


(C) o calor específico dos metais é maior do que o da madeira.
(D) o calor específico da madeira é maior do que o de qualquer metal.

(E) a massa de madeira da porta é sempre maior do que a massa de metal
da maçaneta.

Resposta: Item A.

Comentário:

Você já deve ter percebido que as provas da VUNESP trazem muitas


situações corriqueiras do nosso cotidiano, solicitando explicações
cientificamente corretas a respeito.

Nessa questão, você deve prestar atenção ao fato de que tanto a porta de
madeira, quanto a maçaneta estão a mesma temperatura, pois que estão
em equilíbrio térmico com o ambiente.

A sensação de frio e quente se dá por conta do fluxo de calor que ocorre


da sua mão para com a maçaneta ou a porta.

Em um dia frio, a sua mão geralmente está mais quente que o normal, ou
seja, ela está em uma temperatura mais alta que a do ambiente. Quando
você toca a maçaneta ou a porta com a sua mão em uma temperatura
maior há um fluxo de calor do corpo mais quente (mão) para o mais frio
(porta ou maçaneta).

Ocorre que os metais são ótimos condutores térmicos e por isso o calor flui
do nosso corpo para o metal mais rapidamente, diferentemente da madeira
da porta, que não é um bom condutor de calor, tanto quanto o metal da
maçaneta.

Assim, podemos dizer que a sensação de que a maçaneta está mais fria
que a porta é apenas por conta da condutibilidade do metal, que é amior
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que a da madeira.

12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 1997). Num


calorímetro contendo uma pedra de gelo de massa 200 g a –10 0C coloca-
se uma amostra de alumínio de massa 100 g a 200 0C. São

Dados:

Calor específico do gelo = 0,50 cal/g 0C


Calor específico da água = 1,0 cal/g 0C
Calor específico do alumínio = 0,22 cal/g0C
Temperatura de fusão do gelo = 0 0C
Calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g

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Desprezando-se o calor absorvido pelo calorímetro, pode-se afirmar que,


no equilíbrio térmico, o calorímetro deve conter a amostra de alumínio e

0
(A) água, ambos a 71 C.
(B) água, ambos a 84 0C.
(C) 200 g água, ambos a 0 0C.
(D) 55 g de água e 145 g de gelo, ambos a 0 0C.
(E) 43 g de água e 157 g de gelo, ambos a 0 0C.

Resposta: Item E.

Comentário:

Essa questão pode ser considerada a mais chata de calorimetria que pode
aparecer em sua prova.

Vamos inicialmente entender que o calor deve ser cedido pelo alumínio,
que está em uma temperatura maior.

Esse calor é cedido por conta da temperatura maior a que está submetido,
inicialmente, o alumínio, devemos, portanto, saber se o calor máximo
disponível é suficiente para derreter todo o gelo.

O calor é dado por:

Q  m.c.
Qcedido  100.0, 22.  200 
Qcedido  4400cal

Vamos ver de quanto calor o gelo precisa para chegar a 0°C e depois quanto
07856207612

calor sobra para o derretimento do gelo.

 Cálculo do calor sensível para o gelo:

. .
Q  mc
Qgelo  200.0,5.  0   10  
Qgelo  1.000cal

Assim, sobram ainda 3.400cal de calor para derreter o gelo, uma vez que
o alumínio desceu sua temperatura até 0°C.

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Q  m.LF

3.400  m.80
m  42,5 g

Portanto, aproximadamente 43g de gelo foram derretidos e agora


são água a 0°C, de modo que sobraram ainda 157g de gelo ainda
por derreter.

Esse tipo de questão deve sempre seguir esses passos, primeiro você
calcula a quantidade de calor máxima a ser cedida pelo corpo que está a
maior temperatura.

Após o cálculo acima, verifique se a quantidade é suficiente para elevar a


temperatura do gelo e quanto de gelo pode ser derretido, utilizando-se as
fórmulas do calor sensível e do calor latente.

Q  m.LF
(latente)

Q  m.c.
( sensível )

13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011 -


MODIFICADA). Na determinação experimental do calor latente de
vaporização da água, um aluno, por meio de um ebulidor elétrico de 700
W, mantém em ebulição a água contida em um béquer durante 10,0
minutos. Ao final desse tempo, o aluno verifica que foram evaporados 200
07856207612

g de água. O valor do calor latente de vaporização da água, em 105 J/kg,


obtido pelo aluno, foi de

(A) 1,8.
(B) 2,1.
(C) 2,5.
(D) 2,7.
(E) 3,0.

Resposta: Item B

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Comentário:

Vamos inicialmente calcular a energia dissipada pelo ebulidor de 700W


durante 10,0 minutos. –

Q
Pot 
t
Q  Pot.t
Q  700.10.60  420.000
Q  4, 2.105 J

Vamos calcular agora o calor latente de vaporização da água:

Q  4, 2.105 J
m.LV  4, 2.105 J
0, 2kg.LV  4, 2.105 J
LV  2,1.105 J / kg

14. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). A


tabela fornece o calor específico (c) e a condutividade térmica ( ) de alguns
materiais. A partir desses dados, pode-se afirmar que panelas de mesma
massa, tamanho e espessura, que aquecem mais rápido e conservam por
mais tempo o calor, são feitas de

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(A) alumínio.
(B) cerâmica.

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(C) ferro.
(D) vidro refratário.
(E) ferro ou cerâmica.

Resposta: Item A.

Comentário:

Devemos escolher um material cujo coeficiente de condutibilidade térmica


seja o maior possível, bem como o maior calor específico, ou seja, o
alumínio.

A calor específico alto deve ser escolhido por conta da conservação do calor.
Um material de alto calor específico demora mais para perder calor para o
ambiente.

Por outro lado, a condutibilidade térmica desse material deve ser alta, pois
se necessita de um aquecimento rápido.

O coeficiente de condutibilidade térmica traduz isso, ou seja, quão rápido


é o aquecimento do metal.

Portanto, o material a ser escolhido baseado nas informações da tabela e


do comentário acima é o alumínio.

15. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). Em


sua mais famosa experiência, Joule construiu um dispositivo para medir o
equivalente mecânico do calor (veja a figura). Depois de elevados por meio
da manivela, os discos P caem de certa altura e, durante sua queda, um
sistema de pás, mergulhadas na água contida num compartimento
termicamente isolado, gira fazendo com que aumente a temperatura da
água. Sabendo que a massa de água contida no compartimento
termicamente isolado seja 0,25 kg, a massa de cada disco seja m = 1,0
kg, e que cada um caia de uma altura h = 1,0 m, pode-se afirmar que a
07856207612

variação de temperatura, em 10–3 oC, sofrida pela água, será

DADOS: Considere que o calor específico da água seja 4,0 x 103 J/kgoC.
Admita que toda energia potencial seja transformada em energia térmica;
despreze o calor absorvido pelas pás e adote g = 10 m/s2.

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(A) 12.
(B) 15.
(C) 20.
(D) 25.
(E) 30.

Resposta: Item C.

Comentário:

Vamos calcular a quantidade de energia gerada pela queda dos discos:

E potGrav.  m.g.h
E potGrav.  2.1, 0.10.1, 0
E potGrav.  20 J

A energia de queda, proveniente da energia potencial gravitacional dos


discos será convertida em calor:

E potGrav.  Q
Q  20 J07856207612

m.c.  20
0, 25.4.103.  20
  20.103C

16. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Um


calorímetro de alumínio com massa igual a 400 g contém 300 g de água de
calor específico 1cal/g ºC a 20 ºC, na qual é imerso um bloco de cobre de
massa igual 400 g de calor específico 0,094 cal/g ºC e na temperatura
inicial de 100 ºC . Se o calor específico do alumínio é 0,22 cal/g ºC, a
temperatura de equilíbrio térmico do sistema, em graus celsius, é
(A) 12,4.

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(B) 16,6.
(C) 20,4.
(D) 25,4.
(E) 27,1. –

Resposta: Item E.

Comentário:

Esse tipo de questão é muito boa, pois não precisamos fazer a análise que
fizemos antes, em relação ao derretimento de gelo, basta somar os calores
e igualar a zero, uma vez que o sistema está em equilíbrio térmico.

Vejamos:

Qcalorímetro  Qágua  Qcobre  0


400.0, 22.(Teq  20)  300.1.(Teq  20)  400.0, 094.(T  100)  0
88Teq  1.760  300Teq  6.000  37, 6Teq  3.760  0
11.520
Teq   27C
425, 6

17. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). O


diagrama de fases é uma representação gráfica das condições de pressão
e temperatura de uma substância nos estados líquido, sólido e gasoso.
Observe a ilustração do diagrama de fases para a água, apresentada a
seguir.

07856207612

O gráfico está dividido em três áreas, cada uma delas representa uma fase
pura. A linha cheia mostra as condições sob as quais duas fases podem
existir em equilíbrio. O ponto triplo é onde as três curvas se encontram, é

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o ponto de equilíbrio entre as três fases. O ponto triplo da água ocorre sob
a temperatura 0,01 ºC e 0,006 atm. Apenas nessas condições, a água pode
existir nas três fases em equilíbrio. A transformação A B representa uma
passagem do estado –

(A) líquido para vapor.


(B) vapor para líquido.
(C) sólido para líquido.
(D) líquido para sólido.
(E) sólido para vapor.

Resposta: Item A.

Comentário:

Para resolver essa questão devemos lembrar do diagrama de fases da


água, que pode ser dado pela figura abaixo:

Essa é uma questão simples, que exige do candidato apenas a


memorização do diagrama de fases da água.

Sabendo do diagrama acima, podemos dizer que a transformação em


questão se trata de uma transformação do estado líquido para o estado de
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vapor, ou seja, ebulição.

18. (VUNESP – SP – SEED/SP - PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).


Alguns metais que entram na composição de ligas empregadas na
fabricação de peças de automóveis precisam ser fundidos para que possam
ser moldados. A temperatura de fusão do ferro é de cerca de 1.500 °C, o
calor específico é 0,12 cal/g °C e o seu calor latente de fusão é 65 cal/g. A
quantidade de calor, em quilocalorias, necessária para fundir uma peça de
ferro de 10 kg, que se encontra inicialmente a 50 °C, é

(A) 1 790.
(B) 2 000.
(C) 2 390.

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(D) 2 700.
(E) 3 000.

Resposta: Item C. –

Comentário:
Para fundir a peça precisamos primeiramente elevar a temperatura até
1.500°C, chegando a essa temperatura, precisamos fornecer calor para
desagregar a estrutura, levando a fusão, ou seja, precisamos fornecer o
calor latente de fusão da peça.

Q  Qsensível  Qlatente
Q  m.c.  m.Lf
Q  10.000.0,12.(1.500  50)  10.000.65
Q  1.200.1450  650.000
Q  1.740.000  650.000
Q  2.390.000cal  2.390kcal

19. (VUNESP – SP – SEED/SP - PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Após


a apresentação dos principais conceitos e grandezas físicas da calorimetria,
o professor convida seus alunos para que determinem experimentalmente
o calor específico de algumas substâncias cujas amostras estão disponíveis
no laboratório. O passo inicial para tal determinação é o conhecimento da
capacidade térmica do recipiente (calorímetro) em cujo interior serão
processadas as trocas de calor. Para tanto, água aquecida é vertida sobre
água fria contida no calorímetro em questão, o qual é isolado do meio
externo. A tabela mostra os valores obtidos para as temperaturas e as
massas dos corpos envolvidos.
07856207612

Adota-se o valor de 1,0 cal/(g.oC) para o calor específico da água. O valor


encontrado para a capacidade térmica do calorímetro, em cal/oC, é

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(A) 15.
(B) 18.
(C) 20.
(D) 24. –
(E) 25.

Resposta: Item C.

Comentário:

O sistema calorímetro + água fria + água quente é um sistema isolado:

Qágua fria  Qáguaquente  Qcalorímetro  0


m.c.  m.c.  C.  0
100.1.(50  25)  150.1.(50  70)  C.(50  25)  0
2.500  3.000  C.25  0
500
C  20cal / g
25
Nas questões de calorimetria é fundamental conhecer o princípio do sistema
isolado, ou seja, que a soma dos calores é igual a zero, pois o calor que
uma substância libera a outra recebe integralmente.

20. (VUNESP – SP – SEED/SP - PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Em


certa pesquisa envolvendo um metal, um bloco sólido de 200 g de massa
feito desse metal de calor específico 0,20 cal/(g.oC), é retirado de um alto
forno a 1.300 oC e inserido num calorímetro de capacidade térmica 100
cal/oC, que contém 500 mL de água a 25 oC. São dados: densidade da água
= 1,0 g/mL, calor específico da água = 1,0 cal/(g.oC), temperatura de
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ebulição da água = 100 oC, calor latente de ebulição da água = 540 cal/g
O sistema é isolado, a troca de calor ocorre sob pressão normal constante
de 1,0atm e observa-se que, atingido o equilíbrio térmico

(A) tem-se vapor d’água a 120 oC.


(B) tem-se vapor d’água a 520 oC.
(C) a 100 oC formam-se 5,5 g de vapor d’água, aproximadamente.
(D) a 100 oC toda a água vaporiza.
(E) a 92 oC a água continua no estado líquido.
Resposta: Item C.

Comentário:

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Mais uma questão envolvendo o equilíbrio térmico de uma mistura de


substâncias.


Primeiramente vamos calcular a energia disponível para aquecer a água,
que é a energia proveniente do resfriamento do bloco sólido.

. .
Qdisponível  mc
Qdisponível  200.0, 2.(100  1300)
Qdisponível  48.000cal

Veja que a temperatura final foi admitida como sendo a temperatura de


ebulição da água (100°C).

Assim, vamos ver o que pode ser feito com essa quantidade de calor
disponível. Vamos ter de aquecer o calorímetro, desde sua temperatura
inicial até a temperatura de ebulição da água.

Qcalorímetro  C.
Qcalorímetro  100.(100  25)
Qcalorímetro  7.500cal

Para elevar a temperatura da água até a sua temperatura de ebulição


também é necessária uma quantidade de calor, calculemos:

Qágua  m.c.
Qágua  500.1.(100  25)
07856207612

Qágua  37.500cal

Ou seja, somando-se as duas quantidades de calor, temos:

Qágua  Qcalorímetro  45.000cal

Portanto, o calor disponível é suficiente para elevar a temperatura do


calorímetro até 100°C, e também para elevar a temperatura da água até
100°C, sobrando ainda uma quantidade de calor igual a 3.000cal, para
fazer certa quantidade de água entrar em ebulição.

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Calculando essa quantidade:

Qebulição  3.000 –
m.LF  3.000
m.540  3.000
m  5,5 g

A conclusão é de que a temperatura final de equilíbrio é a de 100°C, e que


5,5g de água entraram em ebulição.

21. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013). Para


explicar, corretamente, o fenômeno do congelamento apenas das
superfícies dos lagos em lugares frios, o professor de Física deve referir se

(A) à convecção interrompida das moléculas de água ao atingirem


temperaturas inferiores a 4 oC.
(B) à condução interrompida das moléculas da água ao atingirem
temperaturas inferiores a 4 oC.
(C) à convecção e à condução interrompidas das moléculas de água ao
atingirem temperaturas inferiores a 4 oC.
(D) à diminuição do volume das moléculas de água ao atingirem o ponto
de solidificação.
(E) ao aumento da densidade das moléculas de água ao atingirem
temperaturas inferiores ao ponto de solidificação.

Resposta: Item A.

Comentário:

O fenômeno descrito no enunciado está relacionado com o fato de que a


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água possui comportamento anômalo entre 4°C e 0°C, ou seja, a sua


densidade aumenta com o aumento da temperatura de 0°C até 4°C.

Portanto, nesse intervalo de temperatura a água diminui o seu volume,


fazendo com que a densidade fique maior.

Bom, suponha que em um dia frio, a temperatura ambiente varie de 20°C


até 4°C. Nesse intervalo de temperaturas a água mais próxima da
superfície esfria e fica mais densa, mais pesada, pois nesse intervalo de
temperatura a água possui um comportamento normal, idêntico às demais
substâncias.

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Assim, a água mais pesada (mais fria) desce para o fundo e mais leve (mais
quente) sobe.


No entanto, ao atingirmos a temperatura de 4°C essa movimentação cessa,
pois a partir daí a água possui comportamento anômalo, a sua densidade
nessa temperatura é máxima.

Nessa situação, a água da superfície, ao invés de ficar mais pesada e descer


para o fundo, fica mais leve e permanece na superfície.

Assim, a água mais fria não desce mais, não ocorrendo, portanto, a troca
de água já mencionada e a água da superfície congela primeiro. Ao congelar
a camada de gelo para a funcionar como um isolante térmico, o que faz
com que a água inferior à camada não perca mais calor para o ambiente.

2.3 Dilatação Térmica

22. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 2012). A


foto ilustra uma estrada de ferro mal construída, na qual as juntas de
dilatação não foram devidamente previstas. Os engenheiros evitam
acidentes como esses ao prever as dilatações que os materiais vão sofrer,
deixando folgas nos trilhos das linhas de trem. Na construção civil, as juntas
são feitas com material que permite a dilatação do concreto. Um prédio de
60 m com uma estrutura de aço tem um vão de 6 cm previsto pelo
construtor. A variação de temperatura que esse vão permite sem que haja
risco para essa estrutura é, em ºC, aproximadamente, Dado: coeficiente
de dilatação térmica volumétrica do aço: 31,5 × 10–6 ºC–1.

(A) 95.
(B) 100.
(C) 105.
(D) 110.
(E) 115.
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Resposta: Item A.

Comentário:

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Essa foi a única questão recente que encontrei sobre o tema de dilatação
térmica, ou seja, é um assunto pouco cobrado em provas da VUNESP, por
isso vamos ficar ligado pois ele pode até ser uma surpresa na prova de
perito, pois sua aplicabilidade prática é muito grande.

É uma questão que requer do candidato a aplicação da fórmula da dilatação


térmica.

L  L0 . .
31,5.106
2
6 .10  60 . .
3
3.000
   95, 2C
31,5 07856207612

Note que utilizamos o coeficiente de dilatação linear, que é


aproximadamente igual a 1/3 do coeficiente de dilatação volumétrica.

A relação entre os coeficientes é a seguinte:

  
 
1 2 3

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As fórmulas de dilatação térmica são as seguintes,



 Linear:
L  L0 . .
 Superficial:

A  A0 . .
 Volumétrica:

V  V0 . .

Dilatação é um assunto simples, que, no máximo, requer a aplicação das


fórmulas acima, misturada com um pouco de interpretação textual.

2.4 Gases e Termodinâmica

23. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012). Certa


massa de vapor encontra-se encerrada em um recipiente cilíndrico, isolante
térmico, dotado de um êmbolo que permite variar seu volume, como
mostra a figura.

07856207612

Em determinado momento, o êmbolo é bruscamente deslocado, por um


agente externo, no sentido de comprimir o vapor até um volume menor;
essa compressão gera uma combustão espontânea, transformando o vapor
em gás, o que provoca, em seguida, um deslocamento do êmbolo até a
posição inicial. O gráfico, da pressão (P) versus volume (V), que melhor
representa a sequência de transformações ocorridas no interior do
recipiente é

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Resposta: item A.

Comentário:

Questão de termodinâmica, envolvendo a interpretação de um texto e a


correspondente relação de um gráfico P x V, da situação narrada.

O que ocorre primeiramente é uma compressão brusca, na qual o volume


do gás é reduzido. 07856207612

Outro fato é o de que no texto não foi mencionado nenhuma transformação


a volume constante, o que implica que os itens B, D e E estão incorretos,
pois neles consta um trecho de transformação a volume constante
(isocórica).

Ficamos então com os itens A e C, a diferença entre eles é a forma da


expansão que ocorre depois da combustão. Perceba que no gráfico do item
C a concavidade da curva é para baixo, o que está em desacordo com as
transformações gasosas conhecidas. As duas combustões ocorrem na
temperatura constante de combustão, e, portanto, são isotermas as curvas
correspondentes.

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Veja que a temperatura após a combustão aumenta, e é por isso que a


curva se afasta da origem.

Assim, marcamos como alternativa correta o item A.

24. (VUNESP – SP – CETESB – TÉCNICO AMBIENTAL –


LABORATÓRIO DE MECÂNICA – 2012) ar de admissão de um motor
sobrealimentado, após passar pelo compressor, deve ser resfriado de 120
°C para 60 °C no pós-arrefecedor (cooler). Admitindo que esse processo
seja isobárico, o aumento porcentual esperado para a massa específica do
ar é de

(A) 50 %.
(B) 36 %.
(C) 18%.
(D) 10%.
(E) 0 %.

Resposta: Item C.

Comentário:

Trata-se de uma transformação gasosa a qual ocorre sob pressão constante


07856207612

(processo isobárico).

Vamos primeiramente calcular uma fórmula para a densidade do gás:

P .V  n.RT
.
m
d
V
log o :
m
P .V  .RT .
M
m P .M P .M
 d 
V RT . RT .

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Assim, a densidade depende da pressão e da temperatura.


P .M
d 
RT .
P .M P .M
d1  
RT . 1 R. 120  273
P .M P .M
d1   0, 0025
R.393 R
P .M P .M
d2  
RT. 2 R.  60  273
P .M P .M
d2   0, 0030
R.333 R

Veja que a densidade do gás aumentou um valor de 0,0005 P.M . Calculando


R
esse aumento em relação à densidade inicial:

P .M
0, 0005
R
Aumento :  0,167  16, 7%
P .M
0, 0030
R

25. (VUNESP – SP – CETESB – TECNÓLOGO EM MECÂNICA – 2012)


Uma máquina térmica de Carnot recebe 600 J de uma fonte mantida a 900
K. Dado: T(K) = T(°C) + 273 e sabendo-se que ela rejeita calor para uma
07856207612

fonte fria mantida a 27 °C, o trabalho realizado pela máquina e seu


rendimento térmico são, respectivamente,

(A) 300 J e 50%.


(B) 200 J e 33%.
(C) 291 J e 49%.
(D) 582 J e 97%.
(E) 400 J e 67%.

Resposta: Item E.

Comentário:

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A máquina térmica recebe calor de uma fonte quente e rejeita calor para
uma fonte fria, convertendo parte do calor recebido em trabalho, funciona
na forma do esquema abaixo:

Os calores são proporcionais às temperaturas, o que nos permite dizer que:

Q1 Tquente 900
 
Q2 Tfria 300
1 1
Q2  .Q1  .600  200 J
3 3
Logo, podemos afirmar que a máquina térmica rejeita 200J de calor para a
fonte fria.

Assim, ficou fácil de perceber que se a máquina recebe 600J de calor da


07856207612

fonte quente e rejeita, perdendo para o ambiente, 300J de calor para a


fonte fria, então o trabalho líquido que a máquina é capaz de realizar é de
600J – 200J = 400J.

O rendimento de qualquer máquina térmica é dado pela razão entre o


trabalho útil realizado e o calor total recebido da fonte quente.

Assim,

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
Q1
400 J –

600 J
2
   66, 7%
3

26. (VUNESP – SP – IPEM/SP – TÉCNICO EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013).O gráfico a seguir representa o ciclo de uma
máquina térmica que opera com rendimento de 30%. Dado: Considera-se
1 atm = 1,0 . 105 Pa e 1 L = 10–3 m3.

Se ela executa esse ciclo com frequência de 50 Hz, sua potência útil, em
kW, é de

(A) 7,2. 07856207612

(B) 8,0.
(C) 3,6.
(D) 2,4.
(E) 5,4.

Resposta: Item B.

Comentário:

A potência será dada pela razão entre o trabalho útil e o tempo


correspondente a um ciclo.

Primeiramente vamos calcular o trabalho útil.

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Em questões com gráfico de P x V o trabalho será sempre calculado pela


área interior ao gráfico.

Assim, vamos ter de calcular a área do paralelogramo, que é dada –pela


base multiplicada pela altura, nas respectivas unidades SI, de modo a obter
o trabalho em J.

altura

base

Área  Base x Altura


Área  (0, 4  0, 2) L  (9, 0  1, 0)atm
Área  0, 2.103 m3  8, 0.105 Pa
Área  1, 6.102 J

Calculado o trabalho de um ciclo, precisamos calcular o tempo para um


ciclo termodinâmico.

1 1
T 
f 50
T  0, 02 Hz
07856207612

A potência é a razão entre o trabalho realizado e o tempo para realizá-lo.

 160
Pot  
t 0, 02
Pot  8000
Pot  8, 0kW

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27. (VUNESP – SP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013) O diagrama da pressão (P) versus volume (V)
representa, idealizado, o ciclo do motor de uma motocicleta quando gira a
6.000 rpm. Adota-se a relação 1 cv = 0,75 kW. –

A potência que esse motor desenvolve nessa frequência de giro é, em cv,


mais próxima de

(A) 25.
(B) 19.
(C) 27.
(D) 23.
(E) 21.

Resposta: Item C.

Comentário:

Veja que essa questão é idêntica a que acabamos de fazer. Vamos utilizar
a mesma ideia, calcular o trabalho por meio da área interior ao ciclo e
depois calcular o tempo que leva para um ciclo do motor da motocicleta.
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Após, basta dividir um valor pelo outro e encontrar a potência. Nessa


questão, além disso, vamos ter de fazer ao final uma transformação de
unidades.

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altura

base

Área  Base x Altura


Área  (600  400)106 m3  (11,0  1,0)105 Pa
Área  2.000.101 J
Área  200 J

Calculado o trabalho, vamos calcular o tempo necessário para um ciclo,


utilizando-se a frequência de rotação do motor em Hz.

1 1
T   0, 01s
f 6.000
60

A potência será dada pela razão entre o trabalho realizado em um ciclo e o


respectivo tempo para a realização do ciclo.

200
Pot   20.000W  20kW
0,01
07856207612

Vamos agora transformar a unidade de potência, baseados no fator de


conversão dado no enunciado.

20kW  Pot
0, 75kW  1CV
Pot  26, 67CV

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28. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


FÍSICA – 2007). Em uma aula de Física, um professor sugeriu o seguinte
experimento: uma tira de borracha é presa em um anel circular em torno

de um eixo, como ilustra a figura. Um foco de luz incandescente (lâmpada
ou lanterna potente) é aproximado somente de uma das metades do aro.
O experimento ilustra o princípio de funcionamento de uma máquina
térmica:

(A) adequadamente, pois o sistema recebe calor de uma fonte quente, cede
calor ao ambiente e produz trabalho mecânico continuamente.

(B) adequadamente, pois o sistema recebe energia na forma de trabalho


mecânico, tendo sua energia interna variada em cada ciclo pelo calor
trocado com o ambiente.

(C) parcialmente, pois o sistema recebe calor de uma fonte quente e realiza
trabalho mecânico, mas não opera em ciclo.

(D) impropriamente, pois o sistema recebe calor de uma fonte quente, tem
sua energia interna variada, mas não realiza trabalho mecânico.

(E) impropriamente, pois o trabalho mecânico realizado às custas de troca


de calor não produz energia elétrica.
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Resposta: Item A.

Comentário:

Uma máquina térmica funciona da seguinte forma: A máquina recebe


energia de uma fonte quente realiza trabalho e rejeita calor para o
ambiente através de uma fonte fria.

No caso mostrado a roda modifica sua energia cinética, aumentando a


velocidade de rotação, o que indica a realização de trabalho mecânico.

A luz é como se fosse a fonte quente do sistema e ainda existe a rejeição


de calor para o ambiente, o que indica a rejeição pela fonte fria.

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A rejeição se caracteriza pelas perdas em função do atrito e de outras forças


dissipativas.

29. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA - 1997). –


Certa quantidade de ar, aprisionada numa seringa de injeção à pressão
atmosférica, ocupa o volume de 10,0 cm3 à temperatura de 0 0C. Suponha
que essa seringa seja vedada e imersa em água quente, atingindo, no
equilíbrio térmico, a temperatura de 80,0 0C. Observa-se que o êmbolo
sobe até atingir a marca correspondente a um novo volume. Admitindo que
a pressão do ar no interior da seringa permaneça constante, esse volume,
em cm3, é de

(A) 15,0.
(B) 13,7.
(C) 12,9.
(D) 12,1.
(E) 11,2.

Resposta: Item C.

Comentário:

Essa questão é sobre transformações gasosas. Nesse problema você está


diante de uma transformação do tipo isobárica, na qual a pressão
permanece constante.

Permanecendo a pressão constante, podemos afirmar que ela reger-se-á


pela equação:

V1 V2

T1 T2
10 V2
07856207612


0  273 80  273
3.530
V2   12,9cm3
273
Assim, podemos afirmar que o item correto é o C, perceba que as
temperaturas foram transformadas para a escala absoluta, que é a escala
Kelvin, pois é dessa forma que se deve trabalhar em termodinâmica e
estudo dos gases, sempre com a temperatura em Kelvin.

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30. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997).


Uma aluna comenta com seu professor de física: “Minha mãe se queixa de
que meu quarto está sempre desarrumado, mas eu vivo tentando arrumá-

lo. Não existe uma lei da física que justifique isso?” Fazendo uma analogia
entre a física e a situação descrita, assinale a alternativa que expressa a
resposta mais adequada dada pelo professor.

(A) Infelizmente não, pois seu quarto pode ser considerado um sistema
fechado onde as leis da física não valem.

(B) Existe sim, a segunda lei da termodinâmica afirma que a desordem é a


tendência natural das coisas - a entropia do universo sempre tende a
aumentar.

(C) Infelizmente não. Ao contrário, a física se baseia em princípios de


conservação, as coisas tendem sempre a conservar-se em ordem.

(D) Infelizmente não, ordem ou desordem não têm nada a ver com a física.

(E) Existe sim, o princípio da conservação da quantidade de movimento


explica o contínuo movimento das coisas que estão no seu quarto.

Resposta: Item B.

Comentário:

A ideia aqui é entender que o quarto da nossa amiga da questão está


sempre desarrumado, por uma questão natural, cabe a nós encontrar uma
lei física que explique a situação.

É essa justamente a ideia da segunda lei da termodinâmica, que afirma que


a entropia do universo está sempre aumentando, ou seja, a entropia do
universo é sempre uma grandeza que aumenta.
07856207612

A tendência natural do universo é a desorganização, naturalmente,


espontaneamente a entropia do universo sempre aumenta.

Portanto, a menina da questão poderia argumentar com a sua mãe que o


seu quarto está sempre desarrumado por uma questão científica, ou seja,
de acordo com a segunda lei da termodinâmica a desorganização do seu
quarto é algo natural, espontâneo.

31. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). A


variação de entropia de um sistema S é dada pelo quociente entre a
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energia transferida para o sistema sob a forma de calor, Q, e a


temperatura absoluta T constante em que este se encontra: S = Q/T.
Assim, no Sistema Internacional de Unidades, a entropia é dada em J/K

(joule/kelvin). Uma amostra de gelo à temperatura de 0oC, de massa igual
a 200 gramas, ao trocar calor com o ambiente, derrete totalmente.
Admitindo que o calor latente de fusão da água seja 334 x 10 3 J/kg, a
entropia da amostra, em 102 J/K variou, aproximadamente, em

(A) –2,45.
(B) +2,45.
(C) – 3,33.
(D) + 3,33.
(E) + 4,15.

Resposta: Item B.

Comentário:

Trata-se de uma questão de aplicação direta da fórmula, uma vez que foi
fornecida a fórmula da variação de entropia. Basta para você calcular o
calor transferido, que será justamente o calor latente de fusão da água.

Calculo do calor latente de fusão:

Q  m.LF
Q  0, 2.334.103 J
Q  66,8.103  66,8.103 J

Portanto, a variação de entropia será:

Q 66,8.103
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S  
T 273
S  2, 44.10 2 J / K

A variação da entropia é positiva, pois a entropia do universo sempre


aumenta. Entenda que durante a fusão do gelo o sistema desagrega a sua
estrutura sólida transformando-se em líquido, aumentando a desordem do
sistema.

32. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011).


Considere um sistema que, ao interagir com a vizinhança, realiza uma

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transformação irreversível. A partir dessas informações, pode-se afirmar,


corretamente, que certamente a entropia

(A) do sistema aumentou. –


(B) do sistema diminuiu.
(C) do sistema manteve-se constante.
(D) do universo (sistema + vizinhança) aumentou.
(E) do universo (sistema + vizinhança) manteve-se constante.

Resposta: Item D.

Comentário:

Essa é uma questão fácil de aplicação do princípio da segunda lei da


termodinâmica, o qual afirma que a entropia do universo sempre aumenta.

Lembre-se desse princípio que possui muita aplicabilidade e já caiu várias


vezes em questões da VUNESP.

33. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). O


rendimento de uma máquina térmica ideal

(A) é sempre igual a 100%.


(B) é sempre menor que 100%.
(C) pode ser 100%.
(D) às vezes pode ser menor que 100%.
(E) é nulo.

Resposta: Item B.

Comentário:

O rendimento de uma máquina térmica é sempre menor que 100%.


07856207612

Relembrando a ideia de uma máquina térmica, podemos afirmar que ela é


um dispositivo térmico que retira calor de uma fonte quente e rejeita calor
para uma fonte fria, realizando trabalho com parte do calor retirado da
fonte quente.

De acordo com a 2ª lei da termodinâmica, em um de seus enunciados,


nunca podemos transformar integralmente calor em trabalho.

Cuidado com a ideia de máquina térmica ideal, isso não tem nada haver
com o fato do seu rendimento em 100%. A máquina ideal é a máquina de
Carnot, na qual os calores são proporcionais às temperaturas das fontes.

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A máquina de Carnot é composta por algumas transformações específicas.


Abaixo você pode perceber a máquina de Carnot.

Acima você percebe que a máquina de Carnot é composta por duas


transformações (uma expansão e uma compressão) adiabáticas e duas
transformações (uma expansão e uma compressão) isotérmicas.

O fato relacionado ao rendimento de uma máquina ideal é que o


rendimento de uma máquina dessa natureza é máximo, no entanto é um
rendimento sempre inferior a 100%.

O rendimento de uma máquina térmica ideal é dado por:

TF
  1
TQ

34. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011). O


gráfico P x V representa um ciclo de uma máquina térmica hipotética que,
em 1 segundo, repete esse ciclo 20 vezes. A potência, em kW, dessa
07856207612

máquina, vale

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(A) 2,0.
(B) 2,5.
(C) 3,0. –
(D) 4,5.
(E) 6,0.

Resposta: Item E.

Comentário:

Mais uma questão da mesma forma que duas anteriores já comentadas.

Vamos calcular o trabalho realizado por ciclo, através da área interior ao


ciclo, primeiramente.

altura

base

Área  Base x Altura


Área  (5,5  2,5)103 m3  (3,5  2,5)105 Pa
Área  300 J
07856207612

Calculado o trabalho, vamos calcular o tempo que leva para completar-se


um ciclo termodinâmico.

Basta aplicar uma regra de três com a proporção que foi dada no enunciado.

1s  20ciclos
t  1ciclo
t  0, 05s

Agora ficou fácil calcular a potência da máquina térmica:

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 300
Pot  
t 0, 05

Pot  6.000W  6, 0kW

35. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011).


Uma bomba de encher pneus de bicicleta é utilizada para comprimir,
vagarosamente, uma massa de ar de modo que sua temperatura, em torno
de 20 oC, seja mantida constante. Admitindo que o orifício de saída esteja
vedado e que a massa de ar seja comprimida por uma pressão igual à de
3 x 105 Pa, promovendo uma variação de volume igual a 1 x 10–4 m3, pode-
se afirmar que a entropia da massa de ar

(A) aumentou 0,1 J/K.


(B) diminuiu 0,1 J/K.
(C) manteve-se constante.
(D) aumentou 1 J/K.
(E) diminuiu 1 J/K.

Resposta: Item A.

Comentário:

Essa é uma questão que envolve uma transformação gasosa isotérmica,


pois o enunciado garantiu que a temperatura de 20°C será mantida
constante.

Envolve ainda o conceito de entropia.

Essa questão também é muito boa, pois além de tudo isso ainda envolve a
primeira lei da termodinâmica.
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Vamos iniciar calculando o calor gerado, lembrando que o fato de a


temperatura ser constante garante uma variação de energia interna nula.

Assim, aplicando a primeira lei da termodinâmica:

U  Q  

Como a variação de energia interna é nula:

0  Q 
Q 
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Assim, para calcular a variação de entropia, é necessário calcular o calor,


que por sua vez é idêntico ao trabalho realizado.


O trabalho é simples, pois a transformação ocorre a pressão constante.

  P.V
  3, 0.105 1, 0.104
  30 J
Agora o calor já está calculado:

Q    30 J

Calculando a variação de entropia:

Q
S 
T
30
S   0,1J / K
20  273
36. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). A
revolução industrial desempenhou um papel importante no
desenvolvimento da ciência moderna. A perspectiva de aplicação da ciência
aos problemas da indústria serviu para estimular o financiamento público
da ciência. As áreas de estudos se especializam e a ligação com o modo de
produção torna-se cada vez mais estreita. A relação entre calor e trabalho
baseia-se em dois princípios: o da conservação de energia e o de entropia.
Esses princípios são a base de máquinas a vapor, turbinas, motores de
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combustão interna, motores a jato e máquinas frigoríficas. Em 1824, o


cientista Carnot idealizou uma máquina térmica que proporcionaria um
rendimento máximo. O Ciclo de Carnot consiste de duas transformações
adiabáticas alternadas com duas transformações isotérmicas, sendo que
todas elas seriam reversíveis.

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Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes cujas temperaturas


são, respectivamente, 500 ºC e 100 ºC. Nesse caso, o rendimento da
máquina de Carnot é de

(A) 36%.
(B) 40%.
(C) 44%.
(D) 48%.
(E) 52%.
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Resposta: Item E.

Comentário:

Essa questão envolve a ideia de máquina de Carnot. É simples, pois basta


a aplicação direta da fórmula do rendimento da máquina:

TF
  1
TQ

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O texto longo e cansativo traz apenas a ideia formulada por Carnot, já


explorada em um comentário anterior.

– as
Assim, aplicando a fórmula, lembrando sempre de aplicar a fórmula com
temperaturas em escala absoluta (K).

100  273
  1
500  273
  1  0, 48
  52%
37. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).
Têm-se 3 mols de moléculas de um gás ideal ocupando inicialmente o
volume de 0,10 m3 e exercendo pressão de 2,0 · 105 N/m2. A partir desse
estado, ele se expande isotermicamente, como mostra a figura.

O trabalho em uma transformação isotérmica pode ser calculado de acordo


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com a equação:

Sendo R = 8,3 J/mol.K e ln2 = 0,69, o módulo do trabalho realizado pelo


gás ao se expandir até ocupar o volume de 0,2 m3 é, em joule,

(A) 1,38 · 104


(B) 1,42 · 104

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(C) 1,46 · 10–4


(D) 1,48 · 104
(E) 1,52 · 10–4

Resposta: Item A.

Comentário:

A ideia aqui é apenas aplicar a fórmula fornecida no enunciado. Pelo que


tenho visto em provas da VUNESP, não é a ideia dessa banca dificultar
muito a prova de Física, assim, é muito provável que um conhecimento
muito específico de Física não seja cobrado, ou, se cobrado, seja fornecida
a fórmula matemática para o seu cálculo.

Obtendo os dados do enunciado:

 n = 3mols
 R = 8,3J/molK
 VB = 0,2 m3
 VA = 0,1 m3

Perceberam que falta a temperatura, admitida constante durante o


processo isotérmico.

Para calcular a temperatura, vamos utilizar a equação de Clapeyron:

P .V  n.RT
.
2, 0.105.0,1  3.8,3.T
2, 0.104
T  803, 2 K
24,9

Assim, vamos aplicar a fórmula do trabalho, indicada no enunciado:


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dV
  nRT 
V
0, 2
  3.8,3.803, 2.ln
0,1
  3.8,3.803, 2.ln 2
  3.8,3.803, 2.0, 69
  13.800 J  1,38.104 J
38. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).
Uma máquina térmica dissipa 1.000 J para um reservatório frio durante um
ciclo. Se a máquina tem rendimento de 20%, o trabalho realizado em cada
ciclo, em J, é igual a

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(A) 5.000.
(B) 1.250.
(C) 750.
(D) 250. –
(E) 125.

Resposta: Item D.

Comentário:

Essa é mais uma questão sobre máquinas térmicas. Nesse problema


estamos diante de mais uma questão em que se fala em rendimento, no
entanto ele já fornece o rendimento e a você basta encontrar o trabalho
por meio da aplicação da fórmula.



Q1

0, 2 
Q1
  0, 2.Q1

Lembre-se de que a máquina dissipa um calor igual a 1.000J.

Da conservação da energia:

Q1    Q2
Q1  0, 2Q1  1.000
0,8Q1  1.000
Q1  1.250 J
07856207612

Assim, o trabalho será dado por:

  0, 2Q1
  0, 2.1.250
  250 J
39. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).
Uma máquina térmica, operando em ciclo entre dois reservatórios de calor,
um mais quente e outro mais frio, transforma calor em trabalho. A respeito
do calor recebido pela máquina, é correto afirmar que

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(A) é sempre menor do que o calor dissipado pela máquina.


(B) não afeta o trabalho realizado pela máquina.
(C) depende da diferença de temperatura entre os reservatórios.
(D) é convertido completamente em trabalho. –
(E) é parcialmente convertido em trabalho.

Resposta: item E.

Comentário:

A máquina funciona convertendo parte do calor recebido em trabalho e


rejeitando o restante para a fonte fria.

Assim, podemos afirmar que o calor recebido é sempre maior que o calor
rejeitado e menor que o trabalho.

Logo, é fácil ver que o item A está incorreto, pois o calor recebido é maior
que o rejeitado (dissipado).

Já o item B está também incorreto, pois quanto maior for o calor recebido,
mais energia é transformada em trabalho.

O que depende da diferença de temperaturas é o rendimento da máquina


e não os calores diretamente envolvidos.

Nenhuma máquina térmica é capaz de converter 100% do calor recebido


em trabalho, isso viola a segunda lei da termodinâmica.

Portanto, nos resta o item E, que contém uma afirmação coerente acerca
do trabalho realizado por uma máquina térmica, pois uma parcela do calor
recebido pela fonte quente é convertido em trabalho.

40. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012). Um


bloco de gelo de 680 g, inicialmente a 0 °C, é deixado sobre a superfície de
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uma mesa em uma cozinha. Espera-se o tempo suficiente para que o gelo
derreta completamente. Se o calor latente de fusão é 80 cal/g, a variação
da entropia do gelo durante a fusão é, em cal/K, aproximadamente igual a

(A) 200.
(B) 300.
(C) 400.
(D) 500.
(E) 600.

Resposta: item A.

Comentário:
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Mais uma questão idêntica a outra anterior que fizemos nessa aula.

Veja que a VUNESP é especialista em repetir a ideia das questões, –esse


curso que você adquiriu é realmente essencial para a sua pontuação em
Física nesse concurso.

Vamos inicialmente calcular a energia absorvida pelo gelo, do ambiente,


durante a fusão.

Q  m.LF
Q  680 g .80cal / g
Q  54.400cal

Para calcular a variação de entropia, basta dividir o calor de fusão pela


temperatura constante de fusão do gelo (0°C).

Q
S 
T
54.400cal
S 
273K
S  199, 2cal / K

Note que não precisamos transformar a unidade do calor envolvido, pois a


resposta deve ser dada em cal/K.

41. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012).


Observe na figura o guindaste de demolição, com os dizeres “O aumento
da entropia é o nosso negócio”, quebrando a parede.
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É correto afirmar que a entropia da parede aumentou porque

(A) os diversos pedaços de parede têm energia cinética nula.


(B) os diversos pedaços de parede podem ser rearranjados em inúmeras
configurações, e a parede construída apresenta uma configuração.
(C) os pedaços da parede dispostos em forma espalhada podem ser
rearranjados em uma configuração.
(D) os diversos pedaços da parede estão arranjados em uma única
configuração e a parede construída pode ser arranjada em várias
configurações.
(E) os pedaços da parede dispostos em forma espalhada podem ser
rearranjados em duas configurações.

Resposta: Item B.

Comentário:

A ideia aqui é entender que entropia é sinônimo de desordem. Ao realizar


trabalho, o trator desorganiza o sistema aumentando a entropia, uma vez
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que os pedaços de parede espalhados estão todos desordenados e podem


formar qualquer configuração dentre inúmeras possíveis.

Por outro lado, quando no formato de parede, os pedaços possuem uma


configuração única.

Assim, como a desordem aumentou, podemos afirmar que a entropia do


sistema aumentou.

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42. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013).


Exemplificando o conceito de entropia, é correto dizer que

(A) no interior de uma geladeira ligada e de porta fechada, a entropia– dos


alimentos aumenta.
(B) quando um gás sofre uma expansão adiabática reversível sua entropia
aumenta.
(C) ao sofrer uma vaporização isobárica a água tem sua entropia
aumentada.
(D) quando um ovo é espatifado no chão sua entropia permanece
constante.
(E) ao sofrer condensação o vapor transformado em água tem sua entropia
mantida constante.

Resposta: Item C.

Comentário:

Mais uma de entropia.

Esse é um tema muito solicitado em provas da VUNESP, fique ligado!!

Item A: Dentro da geladeira ligada, a ordem do sistema aumenta, pois à


custa de realização de trabalho, a ordem do sistema é aumentada,
diminuindo a temperatura dos alimentos em um processo não espontâneo.
Item incorreto, portanto.

Item B: Uma expansão adiabática reversível ocorre quando não há troca


de calor entre o ambiente e o sistema. Lembrando-se da fórmula da
variação de entropia:

Q
S 
T
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Como Q = 0, então a variação de entropia, S = 0.

Item C: Esse é o item correto! A entropia é a desordem do sistema. Em


uma vaporização a estrutura da substância aumenta, pois à temperatura
constante, o sistema recebe calor de vaporização, aumentando a desordem
do sistema.

Item D: Esse é fácil de entender por que a desordem aumenta.

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Item E: Ao condensar a entropia diminui, trata-se de um processo não


espontâneo, no qual retira-se energia do sistema de modo que o vapor
d’água sofra condensação.

43. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013).
Indagado por seus alunos sobre o porquê das máquinas térmicas não
operarem com rendimento total de 100%, uma vez que, segundo o
princípio da natureza em que nada se cria, nada se perde, tudo se
transforma, o professor de Física argumentou, corretamente, que

(A) há outro princípio segundo o qual, em transformações cíclicas, parte do


calor é convertido em energia interna do sistema, ocasionando uma
diferença entre o calor recebido de uma fonte e o rejeitado para a outra
fonte, impedindo a realização do trabalho.

(B) há outro princípio segundo o qual nenhuma máquina térmica consegue


operar sem a presença de uma fonte quente e outra fonte fria, e a diferença
entre o calor recebido de uma e o rejeitado para a outra, impede o
rendimento de 100%.

(C) nas máquinas térmicas ocorre um desperdício de energia para o meio


ambiente por conta da diminuição da entropia do sistema remanescente na
máquina. Tal desperdício resulta no rendimento inferior a 100%.

(D) o trabalho realizado em cada ciclo pode ocasionar um


superaquecimento dos componentes físicos da máquina, o que é impedido
pelo calor rejeitado para o meio ambiente.

(E) a diferença entre o calor recebido da fonte quente e o rejeitado para a


fonte fria é indispensável para se evitar o desgaste provocado pelo atrito
entre as peças móveis componentes da máquina.

Resposta: Item B.
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Comentário:

Mais uma questão sobre máquinas térmicas, envolvendo o princípio de


funcionamento.

Nesse tipo de máquina, para que ocorra a realização de trabalho por ela,
deve haver a operação entre duas fontes, uma quente, que injeta calor na
máquina e outra fria que serve para rejeitar calor para o ambiente.

O problema é que nunca conseguimos evitar a dissipação de energia


calorífica para o ambiente através da fonte fria, pois não há como converter
100% do calor recebido em trabalho.

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O rendimento da máquina térmica é dado pela diferença entre o calor


recebido e rejeitado dividida pelo calor recebido. Veja:


Q Q
 1 2
Q1

Como Q2 é sempre maior que zero, então o rendimento não pode ser de
100%.

44. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013). O


conceito de entropia é tal que

(A) se refere exclusivamente aos sistemas termodinâmicos em situação


dinâmica e∕ou em equilíbrio instável.
(B) se aplica aos sistemas termodinâmicos quando estes operam
necessariamente em ciclos periódicos.
(C) se relaciona com o conceito de energia no sentido inverso, ou seja, se
uma grandeza aumenta a outra, necessariamente, diminui.
(D) mede a capacidade de um sistema termodinâmico se reorganizar após
uma transformação envolvendo suas grandezas fundamentais.
(E) sua variação está relacionada com a quantidade de calor que um
sistema troca em função de sua temperatura.

Resposta: Item E.

Comentário:

Mais uma questão sobre o conceito de entropia. A entropia é realmente um


conceito muito presente em provas da VUNESP esteja preparado para uma
eventual questão sobre esse assunto em sua prova.

De acordo com a fórmula da entropia, a temperatura constante:


07856207612

Q
S 
T
Logo, o item correto é o E.

Dando uma passadinha rápida pelos demais itens para verificar o erro de
cada um:

 Item A: Não se refere apenas a sistemas termodinâmicos em situação


dinâmica ou equilíbrio instável
 Item B: Não precisa haver um ciclo para falarmos em entropia.

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 Item C: Incorreto, pois se a energia aumenta, não necessariamente


há uma redução de entropia.
 Idem D: entropia está ligada à desordem, desorganização de um
sistema e não ao contrário. –

12. Gabarito

01.D 02.B 03.C 04.A 05.E 06.B 07.E 08.B 09.A


10.C 11.A 12.E 13.B 14.A 15.C 16.E 17.A 18.C
19.C 20.C 21.A 22.A 23.A 24.C 25.E 26.B 27.C
28.A 29.C 30.B 31.B 32.D 33.B 34.E 35.A 36.E
37.A 38.D 39.E 40.A 41.B 42.C 43.B 44.E

13. Fórmulas mais utilizadas na aula

TC T F  32 TK TC T F Q  m.c.


 TK  TC  273  
5 9 5 5 9 ( sensível )

P0 Pf Q Q  m.LF
 K F  P. A Pot 
T0 Tf t (latente)

  
Qcalorímetro  C.   L  L0 . . A  A0 . .
1 2 3

P.M  V1 V2
V  V0 . . P.V  n.RT
. d  
RT. Qrecebido T1 T2
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Q TF
S    1  U  Q     P.V
T TQ

dV V
  nRT   nRT ln final
V Vinicial

“O homem é feito visivelmente para pensar; é toda a sua


dignidade e todo o seu mérito; e todo o seu dever é pensar bem.”

Blaise Pascal.

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Abraço a todos!


Prof. Vinícius Silva.

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Aula 06

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Aula 06 – Ondulatória.

AULA 06: Ondulatória.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Movimento Harmônico Simples 2
1.1 Conceito 2
1.2. Cinemática do MHS 3
2. Dinâmica do MHS 11
3. Análise energética do MHS 12
4. Pêndulo Simples 14
5. Sistema Massa-Mola 16
6. Ondas 19
6.1 Conceito 19
6.2 Grandezas associadas às ondas 20
6.3 Velocidade de propagação de uma onda 23
6.4 A relação de Taylor e a velocidade das ondas em 25
cordas
6.5 Classificação das ondas em cordas. 26
6.6 Energia transmitida pelas ondas 28
6.7 Ondas estacionárias 30
7. Ondas sonoras 33
7.1 Conceito 33
7.2 Qualidades do som 35
7.3 Equação fundamental 38
7.4 Fenômenos ondulatórios do som 39
7.5 Efeito Doppler 44
8. Frequências naturais e ressonância 47
8.1 Tubos Sonoros 48
9. Ondas Eletromagnéticas 50
10. Exercícios Propostos 55
11. Exercícios Comentados 71
12. Gabarito 132
13. Fórmulas mais utilizadas na aula 07856207612
133

Hoje vamos ter uma excelente aula de ondulatória.

Bons estudos!

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Aula 06 – Ondulatória.

1. Movimento Harmônico Simples

A parte de MHS pode ser o que tenha uma maior dificuldade, no entanto,

vamos tornar sua vida mais fácil, notadamente nessa parte da matéria,
pois a teoria será dada de forma bem lenta, compassada e na medida certa
da sua prova. Quanto aos exercícios dessa parte da aula, teremos vários,
uma quantidade boa de questões sobre esse assunto.

1.1 Conceito

O conceito de MHS é muito importante, por se tratar de um tema que pode


ser cobrado em uma questão teórica.

O MHS é um movimento periódico, oscilatório, cuja força resultante


obedece à seguinte equação:

Fr   K.x
Assim, para que um movimento seja considerado um MHS, é necessário
que ele preencha os três requisitos acima.
Movimento oscilatório é aquele no qual o corpo oscila entre duas posições,
a máxima e a mínima.

Movimento periódico é aquele que se repete com o tempo, possuindo um


período de oscilação.

A força resultante deve, portanto, ser proporcional à elongação (posição).

Existem diversos exemplos de movimentos periódicos que não são


harmônicos simples, como, por exemplo, o movimento circular e
uniforme, que é periódico, mas não é harmônico simples.
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Alguns exemplos de MHS:

 Pêndulo Simples:

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 Sistema Massa-Mola horizontal e vertical:

Esses dois exemplos acima serão estudados com profundidade no decorrer


dessa aula.

Compreendido o conceito de MHS, vamos verificar a cinemática desse


movimento de acordo comas equações desse movimento.

1.2. Cinemática do MHS

Quando estudamos a cinemática de um movimento, estamos preocupados


em determinar três grandezas em função do tempo, que são a posição, a
velocidade e a aceleração.

Essas três grandezas definem a cinemática de qualquer movimento.

Assim, devemos encontrar a função horária da posição, da velocidade e da


aceleração.

a) função horária da posição:


07856207612

A demonstração da equação horária da posição é na verdade uma resolução


de uma equação diferencial bem complexa (matéria de nível
superior em exatas), o que, obviamente não vamos fazer, nosso curso é
focado na sua aprovação, não estou aqui para mostrar demonstrações
complexas, e sim para fazer você passar no seu concurso.

O que vamos fazer aqui nessa aula é mostrar a você a equação pronta.
Alguns autores de ensino médio deduzem essa equação por meio de uma
comparação do MCU com o MHS, contudo não acho necessário fazer
demonstrações adaptadas para entender esse assunto, o que o candidato
deve saber é trabalhar com as variáveis da equação.

A equação da posição é uma equação harmônica (função cosseno):

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x  A.cos(.t  0 )
Onde: –

 x é a posição do corpo que está em MHS.


 A é a amplitude do movimento, ou seja, o módulo da posição
máxima ou mínima.
  é a pulsação, ou seja a frequência angular.
  0 é a fase inicial.
 t é o tempo.

Essas caraterísticas da equação devem ser bem entendidas para


conseguirmos resolver as questões abordadas pelos concursos em
concursos passados.

A pulsação é igual à velocidade angular do corpo que estaria


movimentando-se em MCU. Na verdade, basta você utilizar as relações
entre  e T e  e f, o que vai ser cobrado de você é apenas essa ideia, ou
seja, relacionar essas variáveis.
Assim,

2.

T
ou
  2. . f
A pulsação é dada em rad/s (unidade SI). É como se fosse uma
frequência angular, pois mede o número de vezes que certo ângulo é
percorrido em certo intervalo de tempo. 07856207612

A amplitude, como já dito é a posição máxima ou posição mínima ocupada


pelo corpo em MHS. Veja na figura abaixo a máxima e a mínima
compressão, bem como a posição de equilíbrio, na qual a mola encontra-
se relaxada.

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No sistema massa mola acima você pode notar as posições de máxima


distensão e de mínima distensão.

A fase inicial ( 0) é a posição angular inicial de um corpo em MHS, e é


dada em radianos, é como se fosse a posição inicial de um MCU que é
tomado por referência para analisar o MHS.

Na figura abaixo, veja o ângulo inicial, quando o corpo azul está realizando
um MHS, enquanto o corpo tracejado (projeção) está realizando um MCU.
É aquela história da comparação entre os dois movimentos que eu lhe falei
que ocorre.

Na figura acima, a esfera azul está realizando um MHS em torno da origem


07856207612

da circunferência, e sua projeção realiza um MCU, conforme já dito


anteriormente, e essa comparação é muito utilizada para deduzir as
equações que estamos apenas citando.
Pois bem, a posição angular inicial está representada na figura pela letra
grega 0. É como se fosse um ângulo inicial para o MCU, a posição inicial
da projeção do MHS sobre circunferência no instante inicial igual a zero.

Não se preocupe tanto com a matemática envolvida nesse tipo de questão,


envolvendo as equações, geralmente elas apenas pedem que você
identifique as grandezas, o ideal é saber quem é quem na equação.

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Graficamente, a posição em função do tempo seria representada na forma


do gráfico abaixo, basta colocar um lápis na ponta de uma mola ideal em
oscilação harmônica, a figura obtida é a seguinte:

O que você deve saber bem é identificar as grandezas relativas ao MHS.

Podemos afirmar então que a amplitude, que é a posição máxima ou


mínima que o corpo ocupa, vale 0,1m.

Podemos ainda dizer que o período, que é o tempo para completar um


ciclo, vale 4s, pois é nesse tempo que um corpo completa um ciclo de
oscilação. Logo, a frequência valerá ¼ Hz = 0,25Hz.

1 1 1
T ou f    0, 25Hz
f T 4

A pulsação seria então,   2. . f  2. .0, 25  0,5 rad / s .


A fase inicial corresponde ao ângulo formado quando corpo passa pela
origem, deslocando-se no sentido dos valores positivos de “x”.

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-A O +A

3
270 
2
Note que o corpo em MHS está na origem, indo para os pontos positivos,
logo o ângulo é igual a 270°.

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b) função horária da velocidade

A função horária da velocidade pode ser obtida por meio da derivada da


função do espaço em função do tempo, contudo não vamos fazer –isso,
pois foge aos objetivos desse curso, vamos mostrar a equação e entender
cada termo dela.

v  . Asen
. (.t  0 )
A velocidade é uma função senoidal do argumento t+ 0.

Os termos da equação são os mesmos que vimos anteriormente para


o caso da equação da posição.

A velocidade admite um valor máximo e mínimo, acompanhemos o


raciocínio abaixo, isso foi cobrado inclusive em uma prova de
Papiloscopista da PF - 2012.

 A velocidade é uma função do seno de um ângulo


 O seno de um ângulo possui valor mínimo igual a menos um.
 Então o valor máximo da velocidade será obtido quando o seno do
ângulo for igual a menos um, pois temos um sinal negativo no
início da expressão da velocidade.

Logo o valor máximo da velocidade será:


vMÁX  . A
O valor máximo da velocidade será atingido quando o corpo estiver
passando pela posição chamada de origem, na origem a velocidade do
corpo em MHS é máxima.
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O gráfico de velocidade pode ser dado por:

V(m/s)

Vmáx
6 8
0 2 4 t(s)
Vmín

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Vamos encarar o gráfico acima como um exemplo, no qual devemos


determinar a pulsação, o período, e a equação da velocidade, bem como a
velocidade máxima. Admita que a amplitude de oscilação seja de 10cm,
para efeito de cálculo, e que no instante de tempo t = 0 o corpo passa –pela
posição +A (amplitude positiva).

 A = 10cm = 0,1m
 Período: é simples de notar que o tempo para que um ciclo se
complete é de 4s. T = 4s.
 A fase inicial é dada pelo ângulo correspondente à posição inicial.
Vamos comparar o MHS e o MCU para determinar a fase inicial.

+A
-A O°
0  0

Logo, a fase inicial vale 0°.

 A pulsação  será dada pela relação entre  e T, por exemplo.

2. 2. 
   rad / s
T 4 2
Desta forma, podemos afirmar que temos todos os dados necessários para
a montagem da equação da velocidade.

V  . Asen(.t  0 )
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V  0,5 .sen(0,5  0)


V  0,5 .sen(0,5 )
A velocidade máxima do corpo é dada quando o sen(0,5) vale -1, ou seja,
na equação da velocidade:

V  0,5 .sen(0,5 )
V  0,5 .  1
V  0,5 m / s

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Essa é a velocidade máxima permitida ao corpo que realiza o MHS dado


pelo gráfico.

c) função horária da aceleração:

A aceleração, é o último ente cinemático que você precisa aprender para


descrever bem a cinemática do MHS. Ela também é uma função harmônica,
e pode ser obtida derivando a função horária da velocidade em relação ao
tempo.

Essa derivada também foge aos objetivos do nosso curso, portanto, vamos
ter de apenas citar a equação e perceber suas particularidades.

a   2 . A.cos(.t  0 )
As constantes que aparecem na equação acima são as mesmas verificadas
nas equações da velocidade e da posição.

Aqui eu faço uma pausa para lhe contar um segredo: essas equações são
realmente muito chatas e complexas, cheias de letras gregas e realmente
parece que estamos falando grego, mas relaxe, tenha em mente que você
precisa ser funcional na prova, fala o que o examinador pede e saiba que
isso você vai aprender com o nosso curso.
Bom, as variáveis serão irrelevantes nesse momento, uma vez que já
discutimos bastante essas ideias.

Você deve perceber então que a aceleração também admite um valor


máximo, que será atingido quando o cosseno do ângulo for igual a menos
um.

Assim,

a MAX   2 . A
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Vamos agora tentar descobrir em que posição essa aceleração ocorre.

Essa aceleração é atingida quando o corpo está nas extremidades, ou seja


nos pontos de posição máxima e mínima, ou seja, nas amplitudes.

É nesse ponto que o cos(t+0) vale -1 ou 1.

Logo,

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+A
-A O

Nessas posições a aceleração é máxima e a velocidade é mínima.

Podemos resumir as condições de velocidade máxima e aceleração máxima


de acordo com a figura abaixo.

VMÁX

VMÁX

d) Relação entre x e v:

Vamos determinar uma equação envolvendo a posição e a velocidade sem


envolver a grandeza tempo, para que tenhamos uma equação como a de
Torricelli, que vimos no MRUV.

x  A.cos(.t  0 )
v  . Asen
. (.t  0 )
2
 x
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x
cos(.t  0 )   cos 2 (.t  0 )   
A  A
2
v  v 
sen(.t  0 )    sen 2 (.t  0 )    
A   A
somando :
2 2
 x  v 
     1 (relação fundamental da trigonometria )
 A   A
x2 v2
 1
A2  2 A2

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Assim, temos uma relação entre v e x, que não envolve a grandeza tempo.

e) Relação entre a aceleração e a posição.



A aceleração também pode ser dada em função da posição, vemos ver
como seria essa equação.

x  A.cos(.t  0 )
a   2 . A.cos(.t  0 )
dividindo :
x 1
  a   2 .x
a  2

2. Dinâmica do MHS

Ao estudarmos a dinâmica do MHS, devemos nos preocupar em conhecer


a força que rege o movimento, e já sabemos que se trata de uma força
proporcional à elongação (posição).

Já sabemos que a aceleração pode ser dada em função da posição, então


vamos tentar chegar a uma equação para o período e frequência.

a   2 .x multiplicando por (m)


m.a  m. 2 .x
 2. 
2

Fr  m.   .x
 T 
 2. 
2
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k. x  m.   .x
 T 
m.  2 
2

T2 
k
m
T  2. .
k

A frequência será determinada pela relação entre f e T, já consagrada nas


aulas de movimento circular, o conceito é o mesmo.

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m 1 k
T  2. . , f .
k  m –
Assim, podemos dizer que o período e a frequência de um movimento
harmônico dependem apenas da constante de força e da massa
oscilante.

3. Análise energética do MHS

Vamos fazer agora uma análise energética do MHS, observando em que


pontos temos cada tipo de energia.

O MHS é um sistema mecânico, no qual a energia é do tipo mecânica e


sendo mecânica será fruto de dois tipos de energia, que são a potencial e
a cinética.

EMHS  ECinética  EPotencial

A energia potencial será a energia potencial elástica, fruto da deformação


da mola (elástica).

. 2 k.x2
mv
EMHS  
2 2
Graficamente,

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Entendendo a figura acima, podemos resumi-la da seguinte forma:

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 No ponto de elongação nula, ou seja, na origem a energia é apenas


do tipo cinética, uma vez que a mola não está deformada nesse
ponto.

 Nos pontos de elongação máxima (pontos de inversão do
movimento), a energia mecânica é apenas do tipo potencial
elástica, pois são pontos de inversão de movimento, no qual a
velocidade se anula.

O cálculo da energia mecânica total será feito da seguinte forma:

 Se o sistema é conservativo, ou seja, a energia mecânica é constante,


então podemos utilizar o fato de que a energia é apenas potencial
elástica nos pontos de inversão do movimento e calcular a energia
mecânica.
k. A2
EMHS  0 
2
k. A2
EMHSTotal 
2

Essa energia se mantém constante, pois os atritos são desprezíveis, o


sistema é do tipo conservativo.

Na figura abaixo temos vários pontos nos quais faz-se uma análise
energética do sistema.

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4. Pêndulo Simples

O pêndulo simples é um sistema que oscila em MHS muito comum de



aparecer em questões, vamos destrinchá-lo para que qualquer questão
desse assunto fique “no papo” para vocês.

Vamos fazer uma pergunta logo de início, para que vocês pensem sobre o
problema do pêndulo.

“o período de oscilação do pêndulo simples depende da massa


oscilante?”

Professor, é claro que depende,


se for mais pesado, vai ser mais
rápido!

Cuidado, Aderbal!

Eu não diria isso com tanta certeza. Vamos mostrar o período do pêndulo
simples com todas as suas características.
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No caso do pêndulo simples, temos a seguinte disposição das forças:

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A figura acima mostra as forças que atuam no pêndulo durante seu


movimento. Note que a força “F” é responsável por trazer o corpo de volta
para a posição de equilíbrio “O”. Logo, se mostrarmos que a força “F” é do
tipo F = - K.x, então estaremos diante de um exemplo de MHS. –

Da figura acima, aplicando tg() ao triângulo vermelho, podemos notar que


a força “F” é dada por:

F = - mg tg ( )

Acontece que para ângulos pequenos há uma aproximação muito boa entre
a tangente e o seno do ângulo.

A aproximação é a seguinte:   tg () = sen () = X/L (aqui, lembre-se


de que o seno de um ângulo é igual ao cateto oposto (“x” na figura) ao
ângulo, dividido pela hipotenusa (“L” comprimento do fio).

Com essa aproximação, a força restauradora pode ser reescrita agora


como:
F = - mg X/L

Desta forma, fica provado que a força restauradora no pêndulo simples de


pequenas oscilações (Max = 10°), onde vale a aproximação acima, é do
tipo F = - K.x, ou seja, proporcional ao deslocamento (“x”).

Sem maiores digressões, podemos afirmar que o movimento do pêndulo


simples é periódico (se repete a cada período) e oscilatório (oscila em
torno da posição de equilíbrio “O”).

Finalmente, após provar que o movimento do pêndulo só é harmônico


simples para pequenas oscilações, apresento abaixo as fórmulas para os
cálculos do período de oscilação e da frequência de um pêndulo de
comprimento L em um local cuja aceleração da gravidade é g.
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m
T  2
k
m
T  2
m.g
L
L
T  2
g

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A frequência será dada pelo inverso do período:


1 1 g
f 
T 2. L
Período e frequência de um pêndulo simples

Perceba que tanto o período de oscilação, como também a frequência não


dependem da massa oscilante. Isso nos permite responder à pergunta
inicial com segurança.

O período e a frequência não dependem da massa oscilante (veja que ela


foi cancelada na demonstração das fórmulas).

Cuidado para você não errar como o Aderbal, a Física tem esses mistérios.
Aparentemente uma coisa bem óbvia está incorreta, e é isso que o CESPE
adora colocar em questões.

O que de mais importante havia para falar sobre o pêndulo simples foi dito
acima, fora isso, é memorizar as observações que foram feitas a respeito
do MHS em geral.

5. Sistema Massa-Mola

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No sistema massa mola também temos algumas fórmulas matemáticas


para memorizar, mais uma vez as mais importantes são a do período e da
frequência.

Veja ainda que a análise energética que foi feita nas páginas anteriores
levou em conta o sistema massa mola, portanto é importante lembrar das
energias no MHS.

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Professor, e o sistema massa-mola pode ser


considerado um MHS? Fiquei na dúvida e
queria saber como se faz para provar. É –
igual como nós fizemos com o pêndulo
simples.

Aderbal e suas perguntas sempre muito pertinentes.


Aderbal, o sistema massa-mola é sim um MHS, como já dissemos
anteriormente, e, diga-se de passagem, um dos mais importantes. Você
deve conhecer todos os seus detalhes para qualquer prova.

Vamos relembrar as condições de existência de um MHS:

 Periódico
 Oscilatório
 Força restauradora do tipo F = - K.x

Está na cara que o sistema massa-mola é periódico (se repete com o


tempo) e oscilatório (oscila em torno de uma posição fixa –
origem), falta comprovar se existe uma força do tipo F = - K.x restaurando
o movimento.

A única força que está restaurando o sistema para a sua posição de


equilíbrio é a força elástica da mola, que ao ser comprimida “empurra”
o corpo de volta para a posição “O”, e ao ser esticada “puxa” o corpo
para a posição de equilíbrio.

E a força elástica obedece a uma lei chamada lei de Hooke, de tal forma
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que pode ser escrita da seguinte maneira:

O cara acima é o tal de Robert Hooke e ao lado a sua equação para a força
elástica que surge quando comprimimos ou esticamos uma mola, onde “K”
é a constante elástica da mola e “X” é a deformação à qual ela fica sujeita.

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Você então já deve ter percebido que a força restauradora do sistema


massa-mola é do tipo F = -K.x. Portanto está provado que o sistema massa-
mola é um MHS.

As fórmulas para o cálculo do período e da frequência são:

m 1 K
T  2 e f
K 2 m
Onde, “m” é a massa oscilante e “K” é a constante elástica da mola.
Observe que no sistema massa-mola o período e a frequência dependem
da massa oscilante, diferentemente do pêndulo simples, onde a massa
oscilante é indiferente.

Obs.: O Sistema massa mola vertical é semelhante a esse sistema massa


mola mostrado anteriormente, no entanto, além da força elástica, outra
força atuará no corpo, é a força peso, já que este será vertical.

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O período do movimento acima é o mesmo período de um sistema massa


mola horizontal.

m 1 K
T  2 e f
K 2 m

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A força restauradora será dada pela diferença entre a força elástica e o


peso do corpo.

Fel  P  FRe s
K.( x  A)  P  FRe s
K.x  K. A P  FRe s
Note, por outro lado, que o peso do corpo equilibra a força elástica que
aparece no corpo quando ele está em repouso, na posição de equilíbrio.

P  Fel inicial  K. A
K.x  K. A P  FRe s
FRe s  K.x
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Portanto, a força restauradora é a mesma força restauradora do movimento


horizontal do sistema massa mola, o que nos leva ao mesmo período e à
mesma frequência.

6. Ondas

Nos editais consta o conteúdo de ondas. Vamos conhecer as principais


grandezas associadas às ondas.

6.1 Conceito

As ondas dividem-se quanto a sua natureza em mecânicas ou


eletromagnéticas, cada uma tem um conceito diferente.

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 Onda mecânica é toda perturbação causada em um meio material por


conta de uma propagação de energia, sem que as partículas do meio
sejam transportadas. (som, ondas em cordas, ondas na água)
 –
Onda eletromagnética é um conjunto de dois campos (um magnético,
outro elétrico) que oscilam perpendicularmente um ao outro.
(exemplos: luz, microondas, ondas de rádio)

Vamos dar uma aprofundada nas ondas eletromagnéticas, principalmente


na luz durante a aula de óptica geométrica, na qual vamos tecer os
principais comentários a respeito dessa onda eletromagnética particular.

Bom, esse é o conceito de onda. Agora devemos aprender as principais


grandezas associadas a uma onda, e para isso, vamos usar já o exemplo
da onda em corda, prevista no edital para Papiloscopista que serve de base
para esse curso.

6.2 Grandezas associadas às ondas.

a) Amplitude

Amplitude é a ordenada máxima que um ponto do meio vibracional pode


ocupar quando a onda se propaga nele.

Vamos ver no exemplo abaixo a representação da amplitude, para que você


entenda de forma mais simples.

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Na figura acima você percebe uma onda em uma corda que se propaga da
esquerda para a direita.

A amplitude de uma onda é a distância entre o eixo horizontal da corda em


repouso (eixo tracejado) e uma crista ou vale. A crista é o ponto máximo
de oscilação de uma onda e o vale é o ponto mínimo de oscilação de um
pondo da corda.

A amplitude é dada em “m” no SI.

Vou aproveitar o ensejo para lhe informar que os pontos da corda apenas
vibram na vertical, de acordo com a definição de onda mecânica os pontos

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da corda não se movem da esquerda para a direita, quem se move


na direção horizontal é a onda. ISSO É MUITO IMPORTANTE!

O que foi destacado acima serve de base para a classificação da onda– em


corda, mas disso falamos daqui a pouco quando formos classificar uma
onda em corda.

Entendido o que é amplitude, vamos a um exemplo simples.

Exemplo:

b) Período e frequência
O período de uma onda é o intervalo de tempo que leva para um ponto da
corda completar uma oscilação ou ciclo.

Veja a figura abaixo:

Período é o tempo que leva para o ponto P subir até P1, voltar e descer até
P2 e finalmente concluir a oscilação voltando à posição originária.

Esse tempo é chamado de período de oscilação. Se quisermos colocar uma


fórmula para o seu cálculo, seria ela então:

t
T
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n
Onde t é o intervalo de tempo decorrido e n é o número de oscilações
realizadas naquele intervalo de tempo.

O período é dado em segundos (s), no SI.


A frequência de uma onda, por sua vez, é o número de vezes que um ciclo
se repete em um intervalo de tempo. Se você perceber o conceito, é
justamente o inverso do período.

n
f
t

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A unidade da frequência é o Hz (s-1).

Se você perceber bem, vai notar que os conceitos de frequência e período


são inversos, o que nos permite escrever uma relação entre as duas –
grandezas:

1 1
T ou f
f T
Essa relação é a mesma do MHS, e os conceitos também, por isso você
deve ter se sentido bem tranquilo em relação a esse tópico.

c) Comprimento de onda

Esse é sem dúvida um tema muito relevante para a sua prova. Saber
identificar o comprimento de onda em uma onda propagando-se em uma
corda é fundamental.

Na figura abaixo você vai identificar bem todas as três formas que o
comprimento de onda pode aparecer em sua prova.

A distância correspondente ao comprimento de onda pode ser dada de três


07856207612

formas:

 Distância entre duas cristas


 Distância entre dois vales
 Distância entre dois pontos fixos horizontais iguais aos pontos pretos
acima.

Existe uma definição de comprimento de onda bem complexa, que é:

“Comprimento de onda é a distância entre dois pontos de mesma


ordenada em fase”

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Você não precisa entender esse conceito, o que vai cair na sua prova é a
identificação do comprimento de onda em um caso prático, como o do
exemplo acima.

6.3 Velocidade de propagação de uma onda

A velocidade de uma onda é algo realmente desafiador, pois cai muito em


prova, pode ser abordado de muitas formas em uma questão, mas é muito
simples de entender, principalmente para você que investiu no seu futuro
e está fazendo um curso de alto nível.

A velocidade de uma onda é constante para um mesmo meio, ou seja ela


é uma grandeza associada a uma onda que permanece constante e com o
mesmo valor ate que o meio de propagação da onda modifique-se.

Professor, e o que é a
mudança de meio em uma
onda em corda?

Ótima pergunta Aderbal!

A mudança de meio ocorre quando modifica-se a corda, ou seja, as


características da corda (comprimento, massa, densidade linear, material
de que é feita...).

Ou seja, quando uma onda passa de uma corda mais fina para uma mais
grossa, conforme o desenho abaixo: 07856207612

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As cordas acima são diferentes, portanto as velocidades são diferentes


também.

Agora que você já conhece as particularidades da velocidade, vamos –


aprender a equação fundamental da ondulatória, que vai relacionar a
velocidade de propagação, o comprimento de onda e a frequência da onda.

Na figura acima, note que a onda percorre uma distância igual a um


comprimento de onda enquanto decorre o tempo correspondente a um
período de oscilação.

Logo, aplicando a ideia de velocidade:

S  1
V   .
t T T
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V  . f
Essa é a equação fundamental da ondulatória. Essa equação se aplica a
todos os tipos de onda, independentemente de sua natureza ou
classificação segundo qualquer critério.

Essa equação vai ser muito discutida em nosso curso.

Resumindo:

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6.4 A relação de Taylor e a velocidade das ondas em cordas

A relação de Taylor foi introduzida por esse estudioso para fornecer-nos


uma fórmula específica para o cálculo da velocidade das ondas em cordas
tensas, ou seja, cordas submetidas à uma força de tração.

Essa fórmula envolve duas grandezas que são específicas de cada corda,
portanto, ela só serve para o cálculo da velocidade de ondas em cordas, e
não para todo tipo de onda.

Observe que as ondas em cordas são apenas um tipo de onda que temos
na natureza, que está repleta de outros exemplos.

Vejamos então a relação de Taylor:

Imagine que você tenha uma corda tensa (submetida a uma força de
tração) na forma da figura abaixo.
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A velocidade da onda será dada pela fórmula acima, onde:

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 T é a força de tração a qual está submetida a corda


  é a densidade linear de massa.

A densidade linear de massa é a razão entre a massa da corda –e o


respectivo comprimento da corda.

m

L
A unidade SI é o kg/m, uma vez que a massa é dada em kg e o
comprimento da corda em m.

A fórmula acima costuma aparecer em toda prova do Cespe que cobra


velocidade de ondas em cordas, quando o edital prevê essa parte do
conteúdo de ondas, saiba que ele esta dizendo “vai cair uma de relação de
Taylor”.

A demonstração da equação acima é um pouco complexa, e leva em conta


o teorema do impulso e a segunda lei de Newton, portanto, deixo a
demonstração para uma pesquisa depois do seu concurso, não vá perder
tempo com aquilo que não contribui para a sua aprovação. O ideal é saber
resolver questões sobre o assunto e não a demonstração em si.

6.5 Classificação das ondas em cordas.

Vamos comentar agora sobre a classificação das ondas em cordas.

As ondas em cordas, como já dito antecipadamente, são ondas mecânicas,


que se propagam em um meio material, que é justamente a própria corda.

Além disso, as ondas em cordas, quanto à direção de propagação


o e de vibração, as ondas em cordas são ditas transversais, ou seja, sua
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direção de vibração é perpendicular à direção de propagação.

Veja na figura abaixo a propagação da onda em corda e a direção de


vibração.

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Outro tipo de classificação de onda quanto à direção de propagação é a


longitudinal, em cuja direção de vibração é a mesma direção de
propagação.

Veja que a vibração tem a mesma direção de propagação. O som é um bom


exemplo de onda no dia a dia que é longitudinal.

Resumindo:

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Além disso, as ondas em cordas também podem ser classificadas quando


às dimensões de propagação.

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Como a onda em uma corda só se propaga na própria dimensão da corda,


ela é dita unidimensional.


Ainda existem as ondas planas, e esféricas, que são as ondas
bidimensionais e tridimensionais.

Resumindo, as ondas em cordas são:

 Transversais
 Mecânicas
 Unidimensionais

Essa classificação pode ser abordada em uma prova sem o menor


problema, por meio de uma questão teórica.

6.6 Energia transmitida pelas ondas

Esse ponto é muito rápido, afinal de contas não devem ser cobradas
fórmulas matemáticas, muito menos algo mais aprofundado acerca desse
tema .

Aqui o que você deve ter em mente primeiramente é o fato de que a energia
nas ondas em cordas é transmitida pela fonte, que vibra em movimentos
verticais, perpendiculares à direção de propagação.

O que ocorre na onda é justamente o transporte de energia para todos os


pontos da corda. Em uma situação ideal, poderíamos dizer que uma onda
transmite energia para todos os pontos de forma igual, ou seja, a mesma
energia é propagada para todos os pontos da corda. Lembre-se de que
apenas energia é transportada pela onda a matéria (partículas da corda)
apenas sofrem vibração vertical.

Pois bem, para entender um pouco mais sobre a energia vamos apenas
dizer que ela é proporcional à amplitude da onda, aquela que você
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aprendeu nos itens anteriores. À amplitude está ligada a intensidade, que,


por sua vez, está ligada à energia transportada.

E  A2
Vamos perceber a veracidade dessa observação através de um exemplo.

Imagine que você está segurando uma corda e provocando uma sucessão
de pulsos que se torna uma onda, na forma da figura abaixo.

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A energia transmitida para os pontos da corda é do tipo potencial


gravitacional, ou seja, a energia sai do alimento que você consumiu, que
serviu para movimentar a sua mão em movimentos periódicos verticais
para cima e para baixo, que acabou transmitindo-se para o meio (corda)
servindo para levantar os pontos da corda.

Essa energia que serve para levantar um ponto de uma corda é do tipo
potencial gravitacional, ou seja, a energia transmitida pela mão serve para
elevar os pontos da corda à certa altura (amplitude), e se quisermos
aumentar essa amplitude, devemos aumentar a energia da onda, vibrando
com amis energia, fazendo com que a amplitude aumente. Viu como a
energia está ligada à amplitude da onda.

Nessa mesma toada, podemos afirmar que a energia da onda também


depende da frequência dela, ou seja, se precisarmos de uma frequência
maior, devemos fornecer mais energia à onda, fazendo com que ela vibre
mais, completando mais ciclos no mesmo intervalo de tempo.

E f 2

Resumindo, a energia de uma onda em uma corda está ligada à amplitude


e à frequência da onda.
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Sei que é muito difícil cair em uma prova do CESPE a fórmula para o cálculo
da energia associada a uma onda em uma corda, no entanto, prefiro errar
por excesso a errar por falta.

Em livros de ensino superior é possível verificar uma fórmula bem


complexa, cuja demonstração foge aos objetivos desse curso, que é dad
por:

1
Emédia  .. 2 A2 .x
2
Cabe a nós identificar cada uma dessas variáveis.

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  é a densidade linear de massa da corda, ou seja, a quantidade de


massa dividida pelo comprimento da corda.
  é a pulsação, a frequência angular, e você já sabe como calcular,
lembre-se das relações que essa grandeza tem com a frequência – e
com o período.
 “A” é a amplitude da onda, fácil de perceber.
 x é a variação da posição da onda, como se fosse o espaço
percorrido pela onda. Perceba que ao percorrer um espaço qualquer,
a onda precisa variar a energia, para que os pontos seguintes sofram
movimentos verticais, atingindo as cristas e os vales.

Bom, essa parte de energia está muito bem explicada, eu acredito, você
vai ter muito sucesso se cair uma questão sobre esse assunto em sua
prova, e se cair a fórmula acima, tenho certeza que apenas você vai
garantir a questão, pois acho muito difícil esse tema ser abordado com essa
riqueza de detalhes.

Parabéns por ter adquirido o curso e estar estudando pelo melhor material
de Física do mercado editorial para concursos.

6.7 Ondas estacionárias

Nesse ponto vamos ter fórmulas matemáticas para memorizar e também


devemos saber aplica-las ao caso concreto, ou seja, aos problemas que
serão abordados em sua prova.

Ondas estacionárias, são ondas que formam-se a partir da interferência das


ondas que se propagam em uma corda em sentidos contrários. Veja na
figura abaixo.

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A amplitude será a amplitude de cada uma das ondas, nesse ponto é


importante você se ligar, muita gente pensa que não haverá amplitude
resultante, pois as ondas interferem em sentidos contrários.

Mas não caia em cascas de banana, a amplitude da onda estacionária
resultante é a amplitude de cada uma das ondas interferentes.

Na figura acima, você viu que as ondas estacionárias aparecem em


harmônicos e cada um deles tem a sua particularidade.

Antes disso você precisa saber o que é um nodo e um antinodo, é simples,


um nodo ou ponto nodal é o ponto representado pela bolinha preta na figura
acima, por outro lado, os antinodos ou pontos antinodais (conhecidos como
pontos ventrais) são aqueles representados pelos pontos que são cristas
ou vales, representados pelos “x” na figura acima.

A figura abaixo resume as ideias vistas acima:

Identificados os pontos e características ligadas às ondas estacionárias,


vamos verificar como conhecer a fórmula da frequência de vibração da
corda vibrante.
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Bom, o primeiro ponto que vamos analisar é o primeiro harmônico que não
possui nenhum nodo intermediário.

Note que o comprimento da corda é idêntico à metade do comprimento de


onda.

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 L    2.L
2
V 1.V –
f1  
 2.L
Para o segundo harmônico:

Note que ao introduzirmos um nodo intermediário, o comprimento do fio


ficou idêntico ao comprimento de onda da onda.

  L   L
V 2.V
f2  
 2.L

Para o terceiro harmônico:

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Note que no terceiro harmônico temos a presença de 2 nodos


intermediários.

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3 2.L
 L  
2 3 –
V V 3.V
f3   
 2.L 2.L
3
Agora, acredito que você já notou um certo padrão de acordo com o número
do harmônico.

Podemos portanto generalizar a fórmula para:

nV
.
fn 
2.L
Onde,

 fn é a frequência da onda
 n é o número do harmônico
 L é o comprimento da corda
 V é a velocidade da onda na corda

Essa fórmula é muito comum em provas CESPE, ela costuma aparecer


misturada com outras fórmulas que você está aprendendo nesta aula.

7. Ondas sonoras

7.1 Conceito
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As ondas sonoras são ondas mecânicas que são formadas a partir de


perturbações mecânicas em sistemas materiais.

A onda sonora necessita de um meio material para se propagar, ela se


propaga no ar, que é um gás, mas também pode se propagar em um líquido
como a água ou até em um sólido como o ferro a temperatura ambiente.

A definição de onda sonora dada por min então pode ser assim resumida:

“Uma onda sonora é uma perturbação mecânica longitudinal, em


um meio material, formada pela compressão e rarefação de regiões
desse meio.”

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A figura acima mostra as duas regiões do meio sujeito a propagação de


uma onda sonora.

Essas ondas também são longitudinais, ou seja, a direção de propagação


da onda é a mesma direção da vibração.

As ondas sonoras, pelo motivo acima, não podem sofrer o fenômeno da


difração, que não será, portanto, estudado por nós aqui nessa aula.
As ondas sonoras, são classificadas da seguinte forma:

 Infrassom
 Som
 Ultrassom

O que vai definir se uma onda sonora é som, infrassom ou ultrassom é a


frequência de vibração dessa onda.

Acompanhe o quadro abaixo no qual podemos verificar as regiões onde


temos cada uma das classificações acima.

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A tabela mostra que um infrassom tem frequência abaixo de 20Hz,


enquanto que um ultrassom tem frequência maior que 20.000Hz, para o
ser humano.

A figura também mostra que dependendo do aparelho auditivo, temos
faixas de variação diferentes.

Entendido o conceito de onda sonora e a diferença entre som, infrassom e


ultrassom, vamos verificar a relação fundamental da ondulatória para o
som.

7.2 Qualidades do som

O som possui algumas características fundamentais que são conhecidas


como qualidade sonoras, estamos falando de altura, intensidade e timbre.

Vamos estudar separadamente cada uma dessas características.

a) Altura

Altura de um som, bem diferentemente do que você pensa não está


associada ao volume do seu aparelho de som. Altura está relacionada à
frequência do som.

 Som alto: som agudo, frequência alta


 Som baixo: som grave, frequência baixa
As mulheres, portanto, falam alto, enquanto que os homens em geral falam
baixo.

A frequência de um som é uma característica muito importante. Quem é


músico sabe que a acústica explica muitos fenômenos da música.

b) Intensidade
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Aqui aparecerão algumas fórmulas básicas que eu acredito que não cairão
na prova de vocês, mas colocarei nesse ponto, por acreditar que podem
cair, e se caírem você cravará mais um ponto na sua caminhada rumo à
vaga.

A intensidade sim está associada ao volume do seu aparelho de som.

Quando você diz: “aumenta o som aí que eu quero ouvir daqui de longe!”.

Você na verdade está pedindo para aumentar a intensidade do som que


está saindo de alguma fonte sonora.

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A intensidade possui uma fórmula, que é a seguinte:

Pot Pot
I  –
Área 4. .R2
A unidade de intensidade é o W/m2.

Aqui estamos levando em conta que a onda sonora é tridimensional e a


área da superfície formada pela frente de onda é uma superfície esférica.

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A intensidade está ligada diretamente à amplitude da onda, ou seja, uma


onda muito intensa é uma onda com grande amplitude.

OBS.: Nível de intensidade sonora.

Na prática, acabamos não trabalhando com a intensidade propriamente


dita, trabalharemos com outra grandeza que é o nível de intensidade
sonora, representado pela letra N.

Existe uma intensidade mínima de audibilidade chamada de limiar de


audibilidade, trata-se de uma intensidade mínima, abaixo da qual não se
pode ouvir nenhum som. Esse liminar depende da frequência do some ele
tem um valor mínimo para frequências na região entre 1.000 e 10.000Hz.

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A curva abaixo mostra a intensidade do som no limiar de audibilidade para


diferentes frequências.

Mas o nível de intensidade sonoro não é idêntico à intensidade, existe uma


fórmula matemática que o relaciona com a intensidade propriamente dita.

I
N  10.log
I0

Onde I0 é a intensidade mínima, no limiar de audibilidade.

A Unidade do nível de intensidade sonora é o dB (decibel).

O nível de intensidade sonora é uma forma de trabalhar a intensidade de


forma mais cômoda, uma vez que os valores de intensidade são muito
pequenos.

Para ilustrar, veja a tabela abaixo onde constam alguns níveis sonoros de
alguns sons emitidos no dia a dia.
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c) Timbre

A última qualidade do som a ser estudada por nós nessa aula chama-se
timbre, e ele está ligado aos harmônicos de um instrumento.

Você já deve ter percebido que uma nota “Lá” emitida em um violão é bem
diferente da mesma nota emitida em um piano.

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Isso acontece porque o piano possui seus harmônicos, assim como o violão,
são características do próprio instrumento que permitem diferenciar dois

sons de mesma altura e mesma intensidade emitidos por dois instrumentos
diferentes.

Na sua prova o que pode cair relacionado a timbre é o conceito puro, por
isso não precisamos de mais delongas nesse ponto.

Acima você nota que um som de mesma frequência (a onda se repete


sempre no mesmo intervalo de tempo), possui formas bem diferentes, que
caracterizam o som particular de cada instrumento.

7.3 Equação fundamental


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A equação fundamental da ondulatória é uma equação matemática que


relaciona três características fundamentais de qualquer onda (velocidade,
comprimento de onda e frequência), e por isso também vale para as ondas
sonoras.

Vamos demonstrar essa equação a partir da definição de período e de


comprimento de onda, que nada mais é do que o espaço percorrido por
uma onda em um intervalo de tempo igual ao intervalo de uma oscilação.

Assim, a velocidade de propagação a onde será dada por:

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S
V
t
 1 –
V  .
T T
V  . f

A relação acima é conhecida como equação fundamental da ondulatória e


serve para todo e qualquer tipo de onda, inclusive para as sonoras.

Especificamente da velocidade de uma onda sonora, podemos dizer que ela


depende das características do meio em questão.

Inclusive, podemos dizer que a velocidade do som segue a ordem crescente


abaixo, dependendo do estado físico do meio de propagação:

Vsomgás  Vsomliq  Vsomsól .


7.4 Fenômenos ondulatórios do som

O som sofre vários fenômenos ondulatórios, assim como várias ondas


sofrem.

Vamos estudar alguns desses fenômenos, que são fundamentais para a sua
prova.

a) Reflexão:

A reflexão das ondas sonoras é um fenômeno que acontece quando a onda


que se propaga em um meio homogêneo atinge uma superfície chamada
de superfície refletora e volta a se propagar no mesmo meio com as
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mesmas propriedades.

Um fenômeno muito importante decorrente da reflexão é o eco e a


reverberação.

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Mas antes de falar de eco e reverberação, vamos entender o que é a


persistência acústica.
A persistência acústica é um intervalo de tempo no qual um som permanece
em nosso sistema auditivo, ou seja, durante aquele tempo o som ainda–
está sendo percebido pelo aparelho auditivo.

Esse intervalo de tempo varia de ser humano para ser humano, mas
podemos aproximar um valor médio igual a 0,1s.

Assim, podemos organizar da seguinte forma:

 Se o intervalo de tempo gasto no trajeto de ida e volta for maior que


0,1s teremos o fenômeno chamado Eco. O observador ouve
separadamente o som direto e o som refletido.

 Se o intervalo de tempo gasto for menor que o de persistência


acústica, 0,1s, haverá um prolongamento da sensação auditiva,
ocorrendo o fenômeno da reverberação.

 Reforço sonoro: ocorre quando t  0s. Há somente um aumento


da intensidade sonora.

b) Refração

Na refração, ao contrário da reflexão, a onda passa a se propagar em outro


meio. Assim, teremos dois meios diferentes de propagação da onda sonora,
cada um com características distintas.

Se o meio vai mudar, a velocidade da onda também vai mudar, já que é


uma função característica do meio de propagação.
A frequência é uma grandeza que não muda independentemente do
fenômeno que ocorra, pois é uma característica da fonte das ondas.

Assim, podemos dizer que, se a frequência se mantém constante,


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V1 V2
f  e f 
1 2
log o,
V1 V2

1 2

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Vamos definir agora uma outra grandeza que é o índice de refração de um


meio, essa grandeza traduz a dificuldade que um meio oferece para a
propagação da onda nele.

Por definição podemos dizer que o índice de refração é a razão entre as
velocidades de propagação no vácuo e no meio em questão.

C
n
V
O índice de refração acima é chamado de índice de refração absoluto,
enquanto que o índice relativo é a razão entre dois índices absolutos. Assim,
podemos dizer que:

C
n V V
n1,2  1  1  2
n2 C V1
V2
Assim, podemos substituir a relação acima na primeira equação da
refração:

V1 V2

1 2
V1 1

2
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V2
n2 
 1
n1 2
Todas essas fórmulas são importantes no estudo da refração do som, mas
o conceito, que afirma que é um fenômeno no qual uma onda incide em
uma região e depois passa a se propagar em outra é fundamental.

Para mudar de meio de propagação, basta qualquer mudança nas


características físicas do meio como, por exemplo, a mudança de

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temperatura. Na figura abaixo você nota que uma onda sonora passando
de um meio de menor temperatura para um outro de maior temperatura.

c) Difração

A difração é um fenômeno muito comum de ocorrer com o som. A onda


sonora pode ser difratada ao passar por um obstáculo.

Quando uma pessoa grita de um lado do muro e a outra pessoa recebe essa
vibração sonora do outro lado, é porque o som contornou o muro para
chegar ao ouvido do receptor.

A esse fenômeno dá-se o nome de difração.

A difração é, portanto, o fenômeno que ocorre com o som quando ele


contorna um obstáculo ou passa por um orifício.

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O Zé Luís aí da figura acima consegue ouvir o grito de sua mãe por conta
da difração. Se não fosse esse fenômeno o Zé Luís certamente pegaria um
resfriado.

d) Ressonância

Já comentamos um pouco sobre ressonância nos itens anteriores, vamos


fazer uma breve revisão aqui.

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A ressonância é o fenômeno que ocorre quando um sistema vibratório


atinge a mesma frequência de vibração de outro, quando isso acontece
dizemos que eles entraram em ressonância.

Para que ela aconteça, é necessário que ambos os sistemas possuam a
mesma frequência.

Um bom exemplo de ressonância do som são os tubos sonoros, que vamos


detalhar mais adiante, mas que são apenas tubos nos quais o ar dentro
deles pode ressoar, isto é entrar em ressonância com a vibração externa.

A maioria dos instrumentos de sopro funcionam dessa forma, baseados


nesse fenômeno.

e) Batimento

O batimento ocorre quando duas ondas de frequência próximas soam


conjuntamente. Nesse caso a onda resultante terá duas frequências
importantes.

1. Frequência da onda resultante:

f1  f2
fRES 
2

2. Frequência de batimento:

fBat | f1  f2 |

Ressalto que para haver o fenômeno as frequências das ondas devem


diferir de no máximo de 15Hz, pois a partir desse valor o ouvido passa a
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não distinguir mais o batimento.

f) Interferência

Esse fenômeno resulta do princípio da superposição das ondas. Quando


duas ondas propagam-se em uma mesma região, elas podem interferir,
isto é superpor-se uma sobre a outra fazendo com que naquela região
surjam pontos de máxima intensidade e mínima intensidade.

Os pontos de máxima intensidade são chamados de pontos de interferência


construtiva, aqui teremos um reforço na intensidade, pois elas vão se
somar.

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Por outro lado, os pontos de mínima intensidade são chamados de pontos


de interferência destrutiva, aqui teremos uma anulação na intensidade,
pois elas vão se subtrair.

Para que duas ondas sonoras interfiram elas devem ter as mesmas
características, ou seja, a mesma frequência, o mesmo comprimento de
onda e a mesma amplitude, e é por isso que fica difícil de perceber esse
fenômeno em nosso dia a dia.

Bom, os fenômenos acima são os principais fenômenos ondulatórios que


ocorrem com as ondas sonoras. Não falamos aqui da polarização, pois as
ondas sonoras não podem ser polarizadas, uma vez que são ondas
longitudinais e apenas ondas transversais como, por exemplo, a luz podem
ser polarizadas.

7.5 Efeito Doppler

Chegamos a um ponto chave em nossa aula, acredito que existe muita


probabilidade de cair uma questão versando sobre esse assunto na sua
prova.

O Efeito Doppler é decorrente do movimento relativo entre a fonte e o


observador das ondas sonoras.

Veja os exemplos abaixo:

Exemplo 1:

Quando você está parado em uma avenida e um carro, também parado,


emite um som de uma buzina, você percebe claramente aquele som.

Agora imagine que o carro começou a mover-se na sua direção,


aproximando-se de você.
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Nesse caso, o som emitido pela buzina muda a sua frequência, pois o
comprimento de onda da onda sonora está diminuindo, fazendo com que
naquele mesmo intervalo de tempo cheguem mais ondas no seu ouvido,
aumentando assim a frequência do som percebido.

A frequência percebida pelo observador é maior que a frequência natural,


ou seja, o som é mais agudo.

É como se as ondas sonoras estivessem sendo empurradas para o ouvido


do receptor.

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Vamos agora para um segundo caso, em que a fonte afasta-se do


observador.

Exemplo 2:

Quando a fonte afasta-se do observador o comprimento de onda percebido


por este aumenta, fazendo com que menos ondas cheguem ao ouvido do
receptor no mesmo intervalo de tempo que chegavam antes do movimento,
o que gera uma diferença na frequência, nesse caso o som fica mais grave,
pois a frequência diminui.

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Nos próximos exemplos, vamos manter a fonte em repouso e movimentar


o receptor.

Exemplo 3:

Quando a fonte mantém-se em repouso e o receptor movimenta-se indo


ao encontro da fonte, o comprimento de onda da onda permanece o
mesmo, no entanto, o observador recebe mais ondas no mesmo intervalo
de tempo, pois tem seu movimento aproximando-se da fonte, fazendo com
que mais ondas cheguem ao seu ouvido.

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Exemplo 4:

Quando o observador afasta-se da fonte ocorre o contrário, pois ao se


afastar o observador está fazendo com que menos ondas cheguem ao– seu
ouvido diminuindo assim a frequência do som recebido.

Matematicamente, existe uma fórmula matemática reunindo todas essas


observações que foram feitas a respeito da frequência, para que você possa
calcular a frequência do som recebido qualquer que seja a situação de
movimento relativo entre fonte e observador.

A fórmula é mostrada a seguir:

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Observe que existe uma convenção de sinais, exatamente para que você
decida qual sinal escolher quando for aplicar a fórmula.

Resumindo:

 Movimento de aproximação entre fonte e observador:

frecebida  femitida
 Movimento de afastamento entre a fonte e observador:

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frecebida  femitida

O Efeito Doppler também ocorre com ondas eletromagnéticas, é
justamente esse fenômeno que explica o funcionamento dos radares
móveis que irão parar nas mãos de vocês após assumirem na PRF. Vamos
dar os detalhes do funcionamento do radar móvel quando estivermos
falando sobre as ondas eletromagnéticas.

OBS.: O que você acha que acontece quando observador e fonte


movimentam-se com a mesma velocidade, na mesma direção e no mesmo
sentido?

Não vai ocorrer Efeito Doppler, pois não haverá movimento relativo entre
o observador e a fonte. Não chegarão mais ondas, nem menos ondas e
nem o comprimento de onda da onda será alterado pelo movimento da
fonte. Assim a frequência percebida pelo observador será idêntica à
frequência natural do som. É como se ambos estivessem em repouso, mas
se considerarmos um em relação ao outro é isso que está acontecendo.

8. Frequências naturais e ressonância

Já falamos um pouco sobre ressonância e frequências naturais nos tópicos


acima, no entanto, vamos retomar e concentrar todos os conceitos nesse
ponto.

Todo sistema físico possui uma vibração natural, uma frequência relativa a
essa vibração natural chama-se frequência natural do sistema.

Por exemplo, um sistema massa mola ideal, possui uma frequência de


vibração dada por:
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1 k
f .
2. m
Essa frequência é simples de compreender, pois sabemos que se trata de
um sistema muito comum que vibra em MHS.

Entretanto, se estivermos trabalhando com um sistema complexo, a


determinação da frequência natural de vibração pode se tornar uma tarefa
bem complicada e dependente de vários experimentos para a conclusão
final.

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A Ressonância, como visto anteriormente, é um fenômeno que ocorre


quando um agente externo vibra com a mesma frequência natural de
vibração do sistema vibrante.

Essa vibração na mesma frequência ocasiona um aumento de amplitude
que pode colapsar o sistema, como alguns afirmam que ocorreu com a
famosa ponte Tacoma Narrows, nos Estados Unidos, que rompeu por conta
da ressonância dos ventos que atingiram sua estrutura.

É por conta da ressonância também que uma taça de cristal pode ser
quebrada no grito. A frequência da voz de quem está gritando próximo à
taça pode atingir o valor da vibração do sistema de moléculas que forma o
vidro da taça, podendo assim entrar em ressonância com o som do grito.

Quando isso ocorre, há um aumento de amplitude de vibração do sistema


física que pode levar ao rompimento do sistema, por isso a taça quebra.

8.1 Tubos Sonoros

Um sistema muito importante de ressonância é o tubo sonoro. Nesse


sistema físico o ar que há dentro de um tubo entra em ressonância com a
vibração externa formando assim um sistema chamado tubo sonoro.

O tubo pode ser considerado aberto nas duas extremidades ou aberto em


uma extremidade e fechado em outra. Para simplificar, vamos chamar de
apenas de tubo aberto o que for aberto nas duas extremidades e tubo
fechado o que tiver uma extremidade fechada.

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a) tubo aberto:

O tubo aberto possui as duas extremidades abertas, da seguinte forma:

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Acima estão representados os três primeiros harmônicos de vibração.


Lembrando que o tubo aberto somente pode vibrar na forma acima, por
conta da ressonância, podemos dizer que essas são as formas ressonantes
de vibração do tubo aberto.

Aplicando a equação fundamental, podemos deduzir a fórmula para o


cálculo das frequências dos harmônicos.

N.V
f
2.L
Onde,

 N é o número do harmônico
 V é a velocidade da onda sonora
 L é o comprimento do tubo

b) Tubo Fechado:

O tubo fechado difere do tubo aberto, pois não apresenta os harmônicos de


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vibração pares, apenas os ímpares, seus modos de vibração são os


mostrados na figura abaixo:

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A fórmula para a determinação da frequências de cada harmônico é dada


pela seguinte fórmula:


N.V
f
4.L
Onde,

 N é o número do harmônico
 V é a velocidade da onda sonora
 L é o comprimento do tubo

9. Ondas Eletromagnéticas

Chegamos a um ponto importante da nossa aula, pois as ondas


eletromagnéticas estão presentes em nosso dia a dia com muita frequência.

Ondas de rádio, de TV, Microondas, raios X e a própria luz são exemplos de


ondas eletromagnéticas.

As ondas eletromagnéticas são produzidas pela vibração de dois campos,


um elétrico e outro magnético, perpendiculares entre si.

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As ondas eletromagnéticas são o outro tipo de onda, fazem oposição às


ondas mecânicas, que necessitam de um meio material para a propagação.
As ondas eletromagnéticas são ondas que podem se propagar no vácuo.

São ondas transversais, pois a direção da oscilação é perpendicular à


direção propagação.

Um fato muito importante das ondas eletromagnéticas é que todas elas se


propagam com a mesma velocidade no vácuo, que é a velocidade da luz no
vácuo.

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V  3, 0.108 m / s

Ou seja, a velocidade das ondas eletromagnéticas é sempre a mesma,
quaisquer que seja a onda.

As ondas eletromagnéticas mais comuns forma o que chamamos de


espectro eletromagnético.

Observe que o comprimento de onda e a frequência são inversamente


proporcionais, pois o seu produto é constante e igual à velocidade da luz
no vácuo.
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Um equipamento muito importante, que funciona com base na propagação


das ondas eletromagnéticas e no efeito Doppler é o radar móvel,
equipamento muito importante para os futuros PRF’s, pois ajuda na
apuração de infrações e no cálculo de velocidades de veículos.

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O radar funciona emitindo uma onda eletromagnética (microonda) com


frequência f0, que é refletida pelo veículo em aproximação, sendo recebida
pelo equipamento, que funciona também como um receptor, com outra
frequência f. Assim, de acordo com essa diferença de frequências, o
equipamento calcula a velocidade do veículo por meio da seguinte fórmula
matemática:

2V
f  . f0
c
f
V .c
f0 07856207612

É importante memorizar essa fórmula, pois ela pode ser muito bem
contextualizada envolvendo conhecimentos interdisciplinares com a
legislação de trânsito.

Ademais, em relação às ondas eletromagnéticas, podemos dizer que elas


sofrem os mesmos fenômenos que sofrem as ondas sonoras, adicionando-
se àqueles a polarização.

A polarização é o fenômeno ondulatório no qual uma onda pode ser


polarizada, ou seja, ela vai oscilar apenas em um plano de oscilação, que
é o plano de polarização da luz.

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Esse fenômeno não tem muita relevância para a nossa prova, por isso
apenas o citei, para não pecar por falta.

APÊNDICE

Vamos estudar nesse apêndice a função de onda, que nada mais é do que
uma representação matemática dos pontos de uma onda. É muito comum
em provas a utilização dessa ferramenta matemática para que você retire
informações importantes acerca das características das ondas.

Vamos verificar o formato dessa função matemática e observar as como


retirar as principais características da onda por meio da análise da função.

Na figura acima você pode perceber a propagação de uma onda em uma


corda, e P é um ponto do meio (corda) que está sob a ação da onda em
questão.

Esse ponto apenas vibra na direção vertical enquanto a onda propaga-se


para a direita. A onda não propaga matéria, apenas energia e quantidade
de movimento, então os pontos da corda que estão vibrando não se
movimentam para a direita, quem se move progressivamente é a onda.

Pois bem, superada essa fase inicial, vamos montar a função matemática
que vai relacionar os valores de x e y. 07856207612

Como a onda é harmônica, os pontos da corda estão oscilando em MHS,


então podemos partir da equação da posição do MHS:

y  a .cos(.t  0 )
O ponto P, em x, oscilará em MHS também, no entanto, a onda demora um
certo tempo para chegar em P, o que nos permite organizar a função acima
da seguinte forma:

yP  a .cos[.(t  t0 )  0 ]

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Onde t0 é o tempo que onda leva para percorrer a distância x. Mas esse
tempo é facilmente calculável por meio da velocidade da onda.


x x
t0  
V . f
Substituindo,

x
yP  a .cos[.(t  )  0 ]
. f
.x
yP  a .cos[.t   0 ]
. f
2
.x
2
yP  a .cos[ .t  T  0 ]
T . f
2 2
yP  a .cos[ .t  .x  0 ]
T 
t x
yP  a .cos[2 .(  )  0 ]
T 

Existem outras maneiras de expressar a função de onda. Vejamos.

y  Asen t  bx   0 

onde  0  0 
2
ou
y  Acos  bx  t   
oriundada do fato que cos   cos   
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ou
y  Asen  bx  t   
onde      0

Em qualquer das formas acima, observe que:

 O coeficiente de t é  = 2/T ou =2f


 O coeficiente de x é b = 2/

Essa função costuma aparecer com frequência em provas, portanto


saibamos aplica-la em nossas questões.

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11. Exercícios Propostos

01. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) A figura representa um sistema massa-mola em repouso, sobre –
um plano horizontal, sem atrito. O bloco, em repouso na origem do eixo x,
é deslocado até a posição +A e, abandonado, passa a oscilar livremente.

Assinale qual dos gráficos melhor representa a energia potencial elástica,


E, desse sistema, em função da posição, x.

a) b) c)

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d) e)

02. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O professor de Física monta, para seus alunos, dois sistemas
oscilantes: um pêndulo simples e um oscilador harmônico simples. Na
extremidade do fio comprido do pêndulo, ele pendura, uma de cada vez,
várias esferas de massas diferentes e solicita aos alunos que determinem
o período e a amplitude de oscilação com cada esfera, mantendo constante
o comprimento do fio. Depois, na extremidade da mola do oscilador, ele
pendura, uma de cada vez também, as mesmas esferas e pede para que
sejam determinados os períodos e as amplitudes de oscilação.

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As conclusões a que a experiência conduz são: o período de oscilação

(A) independe da massa das esferas, mas a amplitude diminui com o tempo
em ambos os sistemas.

(B) independe da massa das esferas no oscilador, mas varia no pêndulo; a


amplitude diminui com o tempo em ambos os sistemas.

(C) varia com a massa das esferas em ambos os sistemas, mas a amplitude
permanece inalterada em ambos os sistemas por um longo tempo.

(D) e a amplitude variam com a massa das esferas em ambos os sistemas.

(E) independe da massa das esferas no pêndulo e varia no oscilador; a


amplitude diminui com o tempo em ambos os sistemas.

 Ondas

03. (VUNESP-SP – SEED/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA –


2012) No espectro eletromagnético, as frequências da luz visível são
maiores do que as frequências.

(A) das ondas de rádio. 07856207612

(B) do ultravioleta.
(C) dos raios X.
(D) dos raios gama.

04. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Em


determinadas investigações, o uso de aparelhos emissores de ondas
eletromagnéticas torna-se imprescindível. Considere uma sequência de
frentes de ondas planas deslocando-se no ar e incidindo sobre um grande
cubo de vidro maciço formando um ângulo com a face de incidência, como
mostra a figura.

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Parte dessas ondas é refletida pela face do cubo de vidro e outra parte é
refratada. A figura ilustra as frentes incidentes e as refratadas. Com base
nessas informações, é correto afirmar que, em relação às frentes de ondas
incidentes, as frentes de ondas

(A) refletidas diminuem o comprimento de onda, mantendo a frequência de


vibração e o ângulo de reflexão com a face.

(B) refratadas diminuem o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

(C) refratadas aumentam o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

(D) refletidas mantêm a velocidade de propagação e o ângulo de reflexão


com a face, diminuindo a frequência de vibração.

(E) refratadas diminuem a velocidade de propagação e a frequência de


vibração.

05. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE POÁ – PROFESSOR DE


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EDUCAÇÃO BÁSICA) - O desenho mostrado a seguir, em que ondas


avançam por um fenda de um obstáculo, representa o fenômeno da

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(A) refração.
(B) difração.
(C) reflexão.
(D) ressonância. –
(E) interferência.

06. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE POÁ – PROFESSOR DE


EDUCAÇÃO BÁSICA – 2013) Uma onda pode ser definida como uma
perturbação que se propaga em um determinado meio, transferindo
energia de um ponto a outro. Alguns fenômenos estão associados a ondas
como, por exemplo:________________, quando as ondas se espalham ao
cruzar com um obstáculo;___________________, quando ondas afins
somam ou subtraem seus campos elétricos ou pressões em cada
ponto;__________________, quando um sistema oscilante responde a
sinais coerentes de um outro sistema. Assinale a alternativa que preenche,
correta e respectivamente, as lacunas do texto.

(A) refração ... ressonância ... difração


(B) difração ... interferência ... ressonância
(C) refração ... reflexão ... difração
(D) difração ... interferência ... reflexão
(E) ressonância ... interferência ... difração

07. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2007) O esquema representa o espectro de radiações eletromagnéticas,
em ordem crescente das frequências.

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Certo dispositivo emite radiação eletromagnética cujo comprimento de


onda é 2.10–5 metros. Tal dispositivo poderia ser

(A) um radiotransmissor.
(B) um forno de microondas.
(C) um controle remoto de TV.
(D) uma lâmpada fluorescente.
(E) um aparelho de raio-X.

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08. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) Seus alunos perguntam por que se veem aquelas faixas luminosas
coloridas refletidas nos CDs. Você diz a eles, corretamente, que essas faixas
se devem –

(A) à refração da luz na superfície do CD.


(B) a um efeito de ilusão de óptica.
(C) à interferência entre os raios de luz refletidos pelos microscópicos
sulcos do CD.
(D) à interferência entre os raios de luz refratados pelos microscópicos
sulcos do CD.
(E) à difração da luz pelos microscópicos sulcos do CD.

09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) O espectro da luz visível ocupa a estreita faixa do espectro
eletromagnético cujos comprimentos de onda variam, aproximadamente,
entre 4,0.10-7 m a 7,0.10-7 m. Se a velocidade da luz no vácuo é 3,0.108
m/s, a frequência das radiações eletromagnéticas visíveis está
compreendida no intervalo

(A) 1,3.10-15 Hz a 2,3.10-15 Hz.


(B) 2,3.10-15 Hz a 3,1.10-15 Hz.
(C) 3,4.1014 Hz a 5,7.1014 Hz.
(D) 4,3.1014 Hz a 7,5.1014 Hz.
(E) 1,2.102 Hz a 2,1.102 Hz.

10. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) A radiação ultravioleta que atinge a Terra, cuja maior fonte é o
Sol, além de bronzear a nossa pele, pode produzir efeitos danosos à nossa
saúde e até destruir toda a vida em nosso planeta. No entanto, por
enquanto, estamos protegidos pela camada de ozônio existente na
estratosfera, que bloqueia quase toda a radiação ultravioleta que chega à
Terra. A ação protetora do ozônio se deve à sua capacidade de
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(A) reduzir a velocidade de propagação da radiação ultravioleta.


(B) alterar a frequência da radiação ultravioleta.
(C) refletir a radiação ultravioleta.
(D) refratar a radiação ultravioleta.
(E) absorver a radiação ultravioleta.

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Em uma demonstração de ondas em sala de aula, o professor
prende um dos extremos de uma mola em um ponto na parede da sala e,
segurando o outro extremo com uma de suas mãos, produz um pulso na
mola. Nessa aula, para que o professor possa mostrar aos seus alunos que
a velocidade do pulso propagado pode ser aumentada, ele precisa

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(A) esticar a mola, afastando-se da parede.


(B) afrouxar a mola, aproximando-se da parede.
(C) diminuir a intensidade do pulso gerado.
(D) aumentar a intensidade do pulso gerado. –
(E) trocar a mola por outra de mesmo comprimento e mais pesada.

12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) O aluno precisa ter claras as semelhanças e diferenças que
ocorrem entre ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas. Quando se trata
de uma onda eletromagnética, pode-se afirmar que ela sempre

(A) transporta energia.


(B) transporta matéria.
(C) é uma onda transversal.
(D) é uma onda longitudinal.
(E) se propaga em meios elásticos.

13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Um pulso é gerado em uma corda de densidade linear pequena e
segue ao encontro do ponto de união com outra corda de densidade linear
maior. Momentos após a chegada ao ponto de união, espera-se apenas que
o pulso original

(A) reflita com a mesma fase.


(B) refrate com a mesma fase.
(C) refrate invertendo a fase.
(D) reflita com a mesma fase e refrate invertendo a fase.
(E) reflita invertendo a fase e refrate com a mesma fase.

14. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Considere os seguintes fenômenos ondulatórios:

I. interferência;
II. difração;
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III. polarização.

O som pode realizar

(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

15. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Muitos livros didáticos promovem certas confusões ao utilizarem
uma mesma letra para a representação de grandezas físicas distintas. Um

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exemplo disso ocorre quando se ensina o cálculo da velocidade de


propagação de pulsos em uma corda tensionada, apresentando a expressão

e, algumas páginas a seguir, ao definir-se a equação fundamental da


ondulatória, apresenta-se a expressão

No primeiro caso, T representa a força de tração sobre a corda, enquanto


que, na segunda expressão, a mesma letra representa o período de
oscilação. Para contornar a confusão gerada pelo livro didático, um
professor expressa a força de tração pela letra F e, para verificar se seus
alunos compreenderam a diferença, pede-lhes que escrevam uma
expressão que leve ao cálculo da densidade linear em função da força de
tensão, do comprimento de onda e do período de um trem de onda
produzido nessa corda, esperando que seus alunos acertadamente
escrevam a relação expressa em

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16. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Sabe-se que o espectro de ondas eletromagnéticas é muito vasto.
Em ordem crescente de comprimento de onda, temos, em um extremo do
espectro, os raios , que são altamente energéticos, enquanto as ondas de

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rádio longas se encontram no extremo oposto. Em regiões intermediárias,


temos a luz visível, ondas infravermelho e ultravioleta, micro-ondas, raios-
X, etc. Assinale a alternativa que elenca corretamente os tipos de ondas,
em ordem crescente de frequência. –

(A) Raios-X, luz visível, micro-ondas.


(B) Infravermelho, ultravioleta, luz visível.
(C) Infravermelho, ultravioleta, raios-X.
(D) Luz visível, raios , ultravioleta.
(E) Ultravioleta, raios-X, micro-ondas.

17. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) A figura a seguir mostra um esquema de uma fonte pontual
emitindo frentes de onda esféricas.

Quando a distância entre uma fonte pontual de luz e um observador (O) é


reduzida de 6,0 m para 2,0 m, a intensidade da luz que chega ao
observador será igual ao valor inicial multiplicado por

(A) 9.
(B) 3.
(C) 1. 07856207612

(D) 1/3.
(E) 1/9.

18. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) No laboratório da escola, o professor de Física faz a montagem do
esquema em que um carrinho é preso a duas molas, S1 e S2, uma na frente
e outra atrás. Uma delas tem sua outra extremidade fixada enquanto a
extremidade da outra é presa a um fio F que, por sua vez, é preso a uma
haste incrustada na periferia de uma roldana dotada de manivela.

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As molas são tensionadas e a manivela é posta a girar manualmente. O


giro provoca oscilações no carrinho sobre a mesa. A frequência de giro é
aumentada gradualmente até que, para certo valor, o carrinho oscila com
máximas amplitudes. Aumentando ainda mais a frequência de giro da
manivela, o carrinho deixa de oscilar com tais amplitudes forçadas. A
experiência serve para demonstrar o fenômeno

(A) da dispersão.
(B) da difração.
(C) do batimento.
(D) da ressonância.
(E) da refração.

19. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O espectro eletromagnético é o conjunto das frequências
conhecidas paras as ondas eletromagnéticas.

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A ordem decrescente de comprimentos de onda para ondas de rádio AM,


FM, Ultravioleta e Raio X, é

(A) AM > FM > Ultravioleta > Raio X


(B) TV > AM > Ultravioleta > Infravermelho
(C) FM > AM > Ultravioleta > Raio X
(D) AM > FM > Raio X > Ultravioleta
(E) Raio X > FM > Ultravioleta > AM

20. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) A intensidade de uma onda eletromagnética ou mecânica que
passa por uma determinada área é definida como a potência pela unidade
de área. Ela mede a quantidade de energia que passa por unidade de tempo

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e por unidade de área em um determinado ponto do espaço. Uma fonte


puntiforme emite ondas esféricas com potência P. Sejam I1 e I2,
respectivamente, as intensidades dessa onda, às distâncias d1 e d2 da
fonte. A relação entre I2/I1 é –
(A) d1. d2
(B) d1/d2
(C) d2/d1
(D) (d1/d2)2
(E) (d2/d1)2

 Acústica

21. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2007) No dia-a-dia, há pessoas que usam como sinônimos a altura e a
intensidade do som. Do ponto de vista físico, isso corresponde a um
equívoco, pois essas são grandezas distintas que correspondem,
respectivamente, a

(A) amplitude e comprimento.


(B) frequência e velocidade.
(C) timbre e comprimento.
(D) frequência e amplitude.
(E) amplitude e timbre.

22. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2007) Ao falar em um microfone para uma plateia, o som é transformado
em sinal eletromagnético que é enviado à caixa de som, no próprio
auditório, ou também para regiões distantes, por ondas de rádio. É curioso
saber que uma pessoa que está a muitos quilômetros do palco, com seu
radinho encostado na orelha, recebe o som da fala do conferencista antes
de quem está na plateia, a poucos metros de distância do alto-falante. Isso
acontece porque

(A) a velocidade do som no ar diminui com o quadrado da distância.


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(B) as ondas de rádio aumentam a velocidade do som no ar.


(C) as ondas de rádio se propagam no ar sem sofrer reflexões ou absorções.
(D) a velocidade do som nos sólidos é maior que a velocidade do som no
ar.
(E) as ondas de rádio se propagam à velocidade da luz, maior que a do
som.

23. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2011) Para determinar a frequência do som produzido por um diapasão,
um estudante faz soar esse diapasão na borda superior de uma proveta de
altura 30 cm, inicialmente vazia. À medida que ele coloca água nessa
proveta, ele observa que o som mantém praticamente a mesma
intensidade, mas há um sensível aumento dessa intensidade quando a

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proveta contém 10 cm de água. Acima dessa quantidade de água, a


intensidade do som volta a baixar ao nível anterior e assim permanece até
que a proveta esteja cheia. Considerando que a velocidade do som no ar é
de 300 m/s, concluímos que a frequência fundamental do som produzido–
pelo diapasão, em Hz, era igual a

(A) 220.
(B) 375.
(C) 390.
(D) 440.
(E) 660.

24. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2011) Uma corda de violão fixa entre duas extremidades separadas pela
distância L0 emite a frequência fundamental de 330 Hz quando vibra
livremente. Para que essa mesma corda emita um som cuja frequência seja
igual a 660 Hz, o comprimento entre as extremidades da corda deverá ser

(A) L0/4.
(B) L0/2.
(C) L0.
(D) 2L0.
(E) 4L0.

25. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2011) Atualmente, há uma preocupação cada vez maior com a poluição
sonora. Suponha que uma lei penalize quem produza ruídos que
ultrapassem os níveis de intensidade sonora, estabelecidos na tabela a
seguir.

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Níveis de intensidade sonora de situações comuns do cotidiano são listados


na próxima tabela.

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Considere os seguintes grupos de pessoas que utilizassem, nas áreas


residencial e industrial,

I. um cortador de grama no período diurno;


II. um carro silencioso no período noturno;
III. um aspirador de pó no período noturno.

Se não houver nenhum outro atenuante na lei, seriam considerados


infratores o(s) grupo(s)

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e III.
(E) I e III, apenas.

26. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Curiosidades sempre são agentes motivadores do aprendizado e,
usando essa estratégia, um professor inicia sua explanação sobre o som
produzido por instrumentos musicais, dizendo aos seus alunos que as
conhecidas notas musicais tiveram seus nomes inspirados em um antigo
hino a São João. 07856207612

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Após tal motivação, o professor pode esclarecer que, mesmo tocando a


mesma nota musical, um instrumento é diferenciado do outro devido

(A) à altura. –
(B) à frequência.
(C) à intensidade.
(D) ao volume.
(E) ao timbre.

27. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Sabe-se que os tubos abertos são capazes de produzir som por
causa de ondas estacionárias que se formam dentro deles. Os instrumentos
de sopro produzem sons utilizando esse mesmo princípio, variando apenas
certas características. O oboé, por exemplo, é um tubo aberto nas 2
extremidades, enquanto que o trombone é aberto apenas em uma delas.
Considere um oboé e um trombone de mesmo comprimento (L), em uma
região em que a velocidade do som no ar é igual (v). É correto afirmar que
as frequências (fn) produzidas pelo oboé e pelo trombone,
respectivamente, são iguais a

(A) fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...


fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...
(B) fn = nv/ 4L, com n = 1,2,3,4...
fn = nv/ 2L, com n = 1,2,3,4...
(C) fn = nv/ 2L, com n = 1,2,3,4...
fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...
(D) fn = nv/ 2L, com n = 1,2,3,4...
fn = nv/ 2L, com n = 1,3,5,7...
(E) fn = nv/ 2L, com n = 1,3,5,7...
fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...

28. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Em alguns centros de ciências, é possível encontrar um
experimento que consiste em uma longa mangueira de extremidades AB,
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capaz de retardar o som em breves intervalos de tempo. Assim, uma


pessoa que emite o som na extremidade A o ouve após um pequeno
intervalo de tempo, na extremidade B. Considerando que o som, ao se
propagar pela mangueira, não é absorvido, que o intervalo de tempo para
distinguir um som do outro é t e que a velocidade do som no ar é de 330
m/s, para que o experimento seja possível, basta que o comprimento AB
da mangueira seja igual a

(A) 30 m, se t = 0,1s.
(B) 33 m, se t = 0,1s.
(C) 33 m, se t = 0,2s.
(D) 60 m, se t = 0,2s.
(E) 60 m, independentemente do valor de t.

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29. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O oboé é um tubo aberto nas duas extremidades, enquanto que
o trompete é aberto apenas em uma delas. Considere que ambos estejam
emitindo uma nota musical em uníssono e em som fundamental –(1.º
harmônico). A relação entre os comprimentos dos tubos do oboé (Lo) e do
trompete (Lt), Lo/Lt, é

(A) 4.
(B) 2.
(C) 1.
(D) 1/2.
(E) 1/4.

30. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O audiograma da figura relaciona frequências de vibração de
ondas sonoras com intensidade física e a pressão exercida pelas ondas
sobre a membrana timpânica.

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O motor de um carro de corrida, girando a 12.000 rpm, exerce uma pressão


de 20 gf/cm2 sobre o tímpano de um espectador próximo e dotado de um
decibelímetro. A intensidade mínima audível é adotada com o valor 10 –16
W/cm2. Este aparelho registra, então, um nível sonoro, em dB, de

(A) 150.
(B) 140.
(C) 130.
(D) 120.
(E) 110.

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31. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O professor de Física leva seus alunos para uma sessão de cinema.
O filme é um western americano e o professor chama a atenção dos alunos
– de
para a atitude dos índios que encostam suas orelhas nos trilhos da linha
trem ou no chão. Tal atitude vem comprovar o fato científico de o som

(A) se propagar em linha reta, qualquer que seja o meio em que se


propaga.
(B) se propagar, geralmente, com maior velocidade nos sólidos do que no
ar.
(C) vibrar nos sólidos com amplitudes maiores do que no ar.
(D) vibrar nos sólidos com frequências maiores do que no ar.
(E) transportar mais energia nos sólidos do que no ar.

32. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) Como a escola se localiza próxima ao aeroporto, o professor leva
seus alunos ao pátio e, dotado de um aparelho medidor de frequências,
registra-as durante a passagem de um avião. O medidor registra 400 Hz
com o avião parado e 680 Hz em voo de decolagem. Se a velocidade do
som no ar é de 340 m⁄s, a velocidade do avião, em km⁄h, é de
aproximadamente

(A) 500, e ele se aproxima da escola.


(B) 500, e ele se afasta da escola.
(C) 400, e ele se aproxima da escola.
(D) 400, e ele se afasta da escola.
(E) 250, e ele se aproxima da escola.

33. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) A intensidade é uma característica do som que está relacionada à
energia de vibração da fonte que emite as ondas. Essa propriedade do som
é provocada pela pressão que a onda exerce, por exemplo, na orelha
humana. Verifica-se que a sensação auditiva não acompanha linearmente
a variação de intensidade energética e sim em uma escala logarítmica dada
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pela expressão: N = 10.logI/I0, onde I0 = 10–12 W/m2 corresponde à


intensidade mínima audível. Em um escritório, o ruído de uma pessoa
digitando um texto em um computador tem intensidade de
aproximadamente 65 dB. Se forem 4 pessoas digitando, em uníssono, o
nível de intensidade será, em dB, próximo de
Dado: log 4 = 1,38

(A) 79.
(B) 91.
(C) 112.
(D) 130.
(E) 139.

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34. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) Entre duas notas musicais há um intervalo de um tom menor de
(10/9). Se a frequência da nota mais grave é 256 Hz, a frequência da nota
mais aguda é, aproximadamente, em Hz, –

(A) 280.
(B) 284.
(C) 288.
(D) 292.
(E) 296.

35. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) Quando um instrumento musical emite uma nota, o som emitido
é, na verdade, uma superposição de várias vibrações com diferentes
frequências e intensidades. Conforme o instrumento, variam em
intensidade os harmônicos que compõem o som fundamental. Por isso,
distingue-se perfeitamente uma mesma nota, emitida por um violão e um
violino.

Ao emitirem tal nota, seus sons se distinguem por apresentar diferentes


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(A) batimentos.
(B) interferências.
(C) difrações.
(D) timbres.
(E) refrações.

36. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) Em uma aula interdisciplinar de física e arte, a professora de Arte
ensinou como podem ser construídos tubos sonoros usando garrafas. Ela
pediu que fossem colocadas garrafas com níveis de água diferentes.
Explicou que a diferença entre os níveis de água produziria sons de
frequências diferentes e o conjunto de frequências formaria o som
harmônico.

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O professor de física explicou aos alunos que garrafas funcionariam como


um tubo sonoro fechado, gerando na extremidade fechada um nó e na
extremidade aberta um ventre. A relação entre os comprimentos de ondas
do som fundamental produzido pelo tubo 1 e o som fundamental produzido
pelo tubo 6 é expressa por

(A) 1/2.
(B) 1/3.
(C) 1/8.
(D) 1/10.
(E) 1/12.

12. Exercícios Comentados

 Movimento Harmônico Simples

01. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) A figura representa um sistema massa-mola em repouso, sobre
um plano horizontal, sem atrito. O bloco, em repouso na origem do eixo x,
é deslocado até a posição +A e, abandonado, passa a oscilar livremente.
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Assinale qual dos gráficos melhor representa a energia potencial elástica,


E, desse sistema, em função da posição, x.

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a) b) c)

d) e)

Resposta: Item A.

Comentário:

Essa questão nos mostra uma sistema muito comum de cair em provas, o
sistema massa-mola, composto por uma massa e uma mola ideal no plano
horizontal.
As energias acumuladas nesse tipo de sistema são do tipo potencial elástica
e cinética.

Abaixo segue um resumo teórico sobre esse tema:

 Análise energética do MHS

Vamos fazer agora uma análise energética do MHS, observando em que


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pontos temos cada tipo de energia.

O MHS é um sistema mecânico, no qual a energia é do tipo mecânica e


sendo mecânica será fruto de dois tipos de energia, que são a potencial e
a cinética.

EMHS  ECinética  EPotencial

A energia potencial será a energia potencial elástica, fruto da deformação


da mola (elástica).

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. 2 k.x2
mv
EMHS  
2 2

Graficamente,

Entendendo a figura acima, podemos resumi-la da seguinte forma:

 No ponto de elongação nula, ou seja, na origem a energia é apenas


do tipo cinética, uma vez que a mola não está deformada nesse
ponto.

 Nos pontos de elongação máxima (pontos de inversão do


movimento), a energia mecânica é apenas do tipo potencial
elástica, pois são pontos de inversão de movimento, no qual a
velocidade se anula.

O cálculo da energia mecânica total será feito da seguinte forma:


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 Se o sistema é conservativo, ou seja, a energia mecânica é constante,


então podemos utilizar o fato de que a energia é apenas potencial
elástica nos pontos de inversão do movimento e calcular a energia
mecânica.

k. A2
EMHS  0 
2
k. A2
EMHSTotal 
2

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Essa energia se mantém constante, pois os atritos são desprezíveis, o


sistema é do tipo conservativo.


Na figura abaixo temos vários pontos nos quais faz-se uma análise
energética do sistema.

Não há energia potencial gravitacional, pois não há variação de alturas.

Assim, basta aplicar a fórmula da energia potencial elástica:

K.x2
E potEl 
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2
K
y  .x2
2

Portanto, estamos diante de uma equação de uma parábola, que passa pela
origem.

O item mais adequado é o A, pois a parábola tem de ser com a concavidade


para cima.

02. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O professor de Física monta, para seus alunos, dois sistemas

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oscilantes: um pêndulo simples e um oscilador harmônico simples. Na


extremidade do fio comprido do pêndulo, ele pendura, uma de cada vez,
várias esferas de massas diferentes e solicita aos alunos que determinem

o período e a amplitude de oscilação com cada esfera, mantendo constante
o comprimento do fio. Depois, na extremidade da mola do oscilador, ele
pendura, uma de cada vez também, as mesmas esferas e pede para que
sejam determinados os períodos e as amplitudes de oscilação.

As conclusões a que a experiência conduz são: o período de oscilação

(A) independe da massa das esferas, mas a amplitude diminui com o tempo
em ambos os sistemas.

(B) independe da massa das esferas no oscilador, mas varia no pêndulo; a


amplitude diminui com o tempo em ambos os sistemas.

(C) varia com a massa das esferas em ambos os sistemas, mas a amplitude
permanece inalterada em ambos os sistemas por um longo tempo.
(D) e a amplitude variam com a massa das esferas em ambos os sistemas.

(E) independe da massa das esferas no pêndulo e varia no oscilador; a


amplitude diminui com o tempo em ambos os sistemas.

Resposta: Item E.

Comentário:
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Na questão acima temos os dois principais tipos de movimento harmônico


simples. O pêndulo simples e o sistema massa mola.

Veja abaixo um resumo teórico desses dois tipos mais comuns de MHS.

Pêndulo Simples

O pêndulo simples é um sistema que oscila em MHS muito comum de


aparecer em questões, vamos destrinchá-lo para que qualquer questão
desse assunto fique “no papo” para vocês.

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Vamos fazer uma pergunta logo de início, para que vocês pensem sobre o
problema do pêndulo.

“o período de oscilação do pêndulo simples depende da massa


oscilante?”

Professor, é claro que depende,


se for mais pesado, vai ser mais
rápido!

Cuidado, Aderbal!

Eu não diria isso com tanta certeza. Vamos mostrar o período do pêndulo
simples com todas as suas características.

No caso do pêndulo simples, temos a seguinte disposição das forças:

07856207612

A figura acima mostra as forças que atuam no pêndulo durante seu


movimento. Note que a força “F” é responsável por trazer o corpo de volta
para a posição de equilíbrio “O”. Logo, se mostrarmos que a força “F” é do
tipo F = - K.x, então estaremos diante de um exemplo de MHS.

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Da figura acima, aplicando tg() ao triângulo vermelho, podemos notar que


a força “F” é dada por:

F = - mg tg ( ) –

Acontece que para ângulos pequenos há uma aproximação muito boa entre
a tangente e o seno do ângulo.

A aproximação é a seguinte:   tg () = sen () = X/L (aqui, lembre-se


de que o seno de um ângulo é igual ao cateto oposto (“x” na figura) ao
ângulo, dividido pela hipotenusa (“L” comprimento do fio).

Com essa aproximação, a força restauradora pode ser reescrita agora


como:
F = - mg X/L

Desta forma, fica provado que a força restauradora no pêndulo simples de


pequenas oscilações (Max = 10°), onde vale a aproximação acima, é do
tipo F = - K.x, ou seja, proporcional ao deslocamento (“x”).

Sem maiores digressões, podemos afirmar que o movimento do pêndulo


simples é periódico (se repete a cada período) e oscilatório (oscila em
torno da posição de equilíbrio “O”).

Finalmente, após provar que o movimento do pêndulo só é harmônico


simples para pequenas oscilações, apresento abaixo as fórmulas para os
cálculos do período de oscilação e da frequência de um pêndulo de
comprimento L em um local cuja aceleração da gravidade é g.

m
T  2
k
m
T  2
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m.g
L
L
T  2
g

A frequência será dada pelo inverso do período:

1 1 g
f 
T 2. L

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Período e frequência de um pêndulo simples

Perceba que tanto o período de oscilação, como também a frequência não


dependem da massa oscilante. Isso nos permite responder à pergunta–
inicial com segurança.

O período e a frequência não dependem da massa oscilante (veja que ela


foi cancelada na demonstração das fórmulas).

Cuidado para você não errar como o Aderbal, a Física tem esses mistérios.
Aparentemente uma coisa bem óbvia está incorreta, e é isso que o CESPE
adora colocar em questões.

O que de mais importante havia para falar sobre o pêndulo simples foi dito
acima, fora isso, é memorizar as observações que foram feitas a respeito
do MHS em geral.

Sistema Massa-Mola

No sistema massa mola também temos algumas fórmulas matemáticas


para memorizar, mais uma vez as mais importantes são a do período e da
frequência.

Veja ainda que a análise energética que foi feita nas páginas anteriores
levou em conta o sistema massa mola, portanto é importante lembrar das
energias no MHS. 07856207612

Professor, e o sistema massa-mola pode ser


considerado um MHS? Fiquei na dúvida e
queria saber como se faz para provar. É
igual como nós fizemos com o pêndulo
simples.

Aderbal e suas perguntas sempre muito pertinentes.

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Aderbal, o sistema massa-mola é sim um MHS, como já dissemos


anteriormente, e, diga-se de passagem, um dos mais importantes. Você
deve conhecer todos os seus detalhes para qualquer prova.

Vamos relembrar as condições de existência de um MHS:

 Periódico
 Oscilatório
 Força restauradora do tipo F = - K.x

Está na cara que o sistema massa-mola é periódico (se repete com o


tempo) e oscilatório (oscila em torno de uma posição fixa –
origem), falta comprovar se existe uma força do tipo F = - K.x restaurando
o movimento.

A única força que está restaurando o sistema para a sua posição de


equilíbrio é a força elástica da mola, que ao ser comprimida “empurra”
o corpo de volta para a posição “O”, e ao ser esticada “puxa” o corpo
para a posição de equilíbrio.

E a força elástica obedece a uma lei chamada lei de Hooke, de tal forma
que pode ser escrita da seguinte maneira:

O cara acima é o tal de Robert Hooke e ao lado a sua equação para a força
elástica que surge quando comprimimos ou esticamos uma mola, onde “K”
é a constante elástica da mola e “X” é a deformação à qual ela fica sujeita.
Você então já deve ter percebido que a força restauradora do sistema
massa-mola é do tipo F = -K.x. Portanto está provado que o sistema massa-
mola é um MHS.
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As fórmulas para o cálculo do período e da frequência são:

m 1 K
T  2 e f
K 2 m
Onde, “m” é a massa oscilante e “K” é a constante elástica da mola.
Observe que no sistema massa-mola o período e a frequência dependem
da massa oscilante, diferentemente do pêndulo simples, onde a massa
oscilante é indiferente.

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Obs.: O Sistema massa mola vertical é semelhante a esse sistema massa


mola mostrado anteriormente, no entanto, além da força elástica, outra
força atuará no corpo, é a força peso, já que este será vertical.

O período do movimento acima é o mesmo período de um sistema massa


mola horizontal.

m 1 K
T  2 e f
K 2 m

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A força restauradora será dada pela diferença entre a força elástica e o


peso do corpo.

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Fel  P  FRe s
K.( x  A)  P  FRe s –

K.x  K. A P  FRe s
Note, por outro lado, que o peso do corpo equilibra a força elástica que
aparece no corpo quando ele está em repouso, na posição de equilíbrio.

P  Fel inicial  K. A
K.x  K. A P  FRe s
FRe s  K.x
Portanto, a força restauradora é a mesma força restauradora do movimento
horizontal do sistema massa mola, o que nos leva ao mesmo período e à
mesma frequência.

De acordo com os comentários acima, podemos afirmar que a massa


oscilante não influencia no período de oscilação do pêndulo simples.

Por outro lado, o período de oscilação do sistema massa mola vertical


depende da massa e aumenta com o aumento da massa oscilante.

Assim, nos resta assinalar o item E, pois a amplitude diminui com o tempo,
pois o atrito e as outras forças dissipativas reduz a amplitude ao realizarem
trabalhos essas forças dissipam a energia mecânica do sistema.

 Ondas

03. (VUNESP-SP – SEED/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA –


07856207612

2012) No espectro eletromagnético, as frequências da luz visível são


maiores do que as frequências.

(A) das ondas de rádio.


(B) do ultravioleta.
(C) dos raios X.
(D) dos raios gama.

Resposta: Item A.

Comentário:

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Teoria e exercícios comentados
Aula 06 – Ondulatória.

Nessa questão você precisa conhecer o espectro eletromagnético, que é


uma faixa de frequências e comprimentos de onda de acordo com o tipo de
onda eletromagnética.

Vamos verificar algumas características das ondas eletromagnéticas:

 São ondas transversais


 São ondas que se propagam inclusive no vácuo
 A luz é o exemplo mais comum de onda eletromagnética.
 Em toda onda eletromagnética vale a relação:

V  . f

 A velocidade é constante para todo tipo de onda eletromagnética e


igual à velocidade da luz no vácuo, quando se propaga no ar ou no
vácuo:

V  c  3, 0.108 m / s

O espectro eletromagnético é um instrumento para avaliar os diversos tipos


de ondas eletromagnéticas de acordo com os respectivos comprimentos de
onda e frequências.

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Recomendo que você memorize o espectro eletromagnético, pelo menos o


básico, pois percebi uma recorrência em questões sobre ele na parte de
ondulatória.

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Teoria e exercícios comentados
Aula 06 – Ondulatória.

Portanto, veja acima que a frequência da luz visível é superior às


frequências das microondas, ondas de rádio, ondas de TV.

A resposta correta é o item A. –

04. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Em


determinadas investigações, o uso de aparelhos emissores de ondas
eletromagnéticas torna-se imprescindível. Considere uma sequência de
frentes de ondas planas deslocando-se no ar e incidindo sobre um grande
cubo de vidro maciço formando um ângulo com a face de incidência, como
mostra a figura.

Parte dessas ondas é refletida pela face do cubo de vidro e outra parte é
refratada. A figura ilustra as frentes incidentes e as refratadas. Com base
nessas informações, é correto afirmar que, em relação às frentes de ondas
incidentes, as frentes de ondas

(A) refletidas diminuem o comprimento de onda, mantendo a frequência de


vibração e o ângulo de reflexão com a face.

(B) refratadas diminuem o comprimento de onda e o ângulo de refração


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com a face, mantendo a frequência de vibração.

(C) refratadas aumentam o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

(D) refletidas mantêm a velocidade de propagação e o ângulo de reflexão


com a face, diminuindo a frequência de vibração.

(E) refratadas diminuem a velocidade de propagação e a frequência de


vibração.

Resposta: Item B.

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Comentário item por item:

(A) refletidas diminuem o comprimento de onda, mantendo a frequência de


vibração e o ângulo de reflexão com a face. –

Comentário:

Item incorreto.

A questão trata do fenômeno da reflexão de ondas.

Nesse fenômeno parte da onda é refletida e parte dela é refratada.

A parte da onda que sofre reflexão volta a se propagar no ar, com o mesmo
comprimento de onda, com a mesma velocidade e com a mesma
frequência.

A frequência é uma característica da onda que só se modifica caso a fonte


geradora das ondas modifique-se. No caso acima a fonte é a mesma, tanto
da onda incidente, como também da fonte refletida, afinal de contas a onda
é a mesma onda eletromagnética.

Assim, a onda refletida volta a se propagar com a mesma velocidade, com


o mesmo comprimento de onda e a mesma frequência.

Logo, o item está incorreto, pois o comprimento de onda se conserva.

(B) refratadas diminuem o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

Comentário:

Item correto.
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O comprimento de onda das ondas refratadas pode ser calculado de acordo


com a lei de Snell da refração para as ondas.

Se o meio vai mudar (ar para a água), a velocidade da onda também vai
mudar, já que é uma função característica do meio de propagação.

A frequência é uma grandeza que não muda independentemente do


fenômeno que ocorra, pois é uma característica da fonte das ondas.

Assim, podemos dizer que, se a frequência se mantém constante,

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V1 V2
f  e f 
1 2 –
log o,
V1 V2

1 2
Vamos definir agora uma outra grandeza que é o índice de refração de um
meio, essa grandeza traduz a dificuldade que um meio oferece para a
propagação da onda nele.

Por definição podemos dizer que o índice de refração é a razão entre as


velocidades de propagação no vácuo e no meio em questão.

C
n
V
O índice de refração acima é chamado de índice de refração absoluto,
enquanto que o índice relativo é a razão entre dois índices absolutos. Assim,
podemos dizer que:

C
n V V
n1,2  1  1  2
n2 C V1
V2 07856207612

Assim, podemos substituir a relação acima na primeira equação da


refração:

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V1 V2

1 2 –
V1 
 1
V2 2
n2 
 1
n1 2
Todas essas fórmulas são importantes no estudo da refração das ondas,
mas o conceito, que afirma que é um fenômeno no qual uma onda incide
em uma região e depois passa a se propagar em outra é fundamental.

Para finalizar as fórmulas, vamos à Lei de Snell para as ondas:

n2 sen1

n1 sen 2
Logo, como o índice de refração do vidro é maior que o índice de refração
do ar, como as grandezas são inversamente proporcionais, então o seno do
ângulo é menor, o que implica dizer que o ângulo de refração diminui.

Quanto ao comprimento de onda, basta dar uma olhadinha na equação:

n2 1

n1 2
07856207612

Veja que o comprimento de onda é inversamente proporcional ao índice de


refração do meio de propagação.

(C) refratadas aumentam o comprimento de onda e o ângulo de refração


com a face, mantendo a frequência de vibração.

Comentário:

Item incorreto.

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Esse item ficou fácil de ver que está incorreto, pois as ondas refratadas
diminuem o comprimento de onda, conforme visto no item anterior.


A única parte do item que está correta é o fato de que a frequência da onda
permanece constante.

(D) refletidas mantêm a velocidade de propagação e o ângulo de reflexão


com a face, diminuindo a frequência de vibração.

Comentário:

Item incorreto.

A ideia é a mesma, a frequência é constante, independentemente do


fenômeno que ocorre. Portanto, o item está incorreto.

(E) refratadas diminuem a velocidade de propagação e a frequência de


vibração.

Comentário:

Item incorreto.

A velocidade de propagação se comporta de acordo com a seguinte


fórmula:

n1 V2

n2 V1
Logo, a velocidade da onda é inversamente proporcional ao índice de
refração. Assim, a velocidade da onda refratada é menor que a velocidade
da onda no ar, o que implica dizer que na refração houve redução de
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velocidade.

Até aí o item está correto, no entanto, o item ainda afirma que a frequência
de vibração diminui, o que está em desacordo com aquilo que vimos nesse
comentário, pois a frequência é constante.

05. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE POÁ – PROFESSOR DE


EDUCAÇÃO BÁSICA) - O desenho mostrado a seguir, em que ondas
avançam por um fenda de um obstáculo, representa o fenômeno da

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(A) refração.
(B) difração.
(C) reflexão.
(D) ressonância.
(E) interferência.

Resposta: Item B.

Comentário:

O fenômeno acima é a difração de ondas, esse tipo de fenômeno ocorre


quando uma onda é forçada a passar por um obstáculo ou orifício da ordem
do comprimento de onda da onda incidente.

A difração na verdade trata-se de um fenômeno ondulatório por meio do


qual uma onda é capaz de contornar obstáculos. Observe a figura abaixo
mostrando uma onda na água contornando um obstáculo graças ao
fenômeno da difração.

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Na figura acima você nota que uma onda gerada em uma região do lago
consegue contornar os obstáculos e chegar ao outro lado atingindo uma
embarcação graças à difração que ela sofre.

06. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE POÁ – PROFESSOR DE


EDUCAÇÃO BÁSICA – 2013) Uma onda pode ser definida como uma

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Teoria e exercícios comentados
Aula 06 – Ondulatória.

perturbação que se propaga em um determinado meio, transferindo


energia de um ponto a outro. Alguns fenômenos estão associados a ondas
como, por exemplo:________________, quando as ondas se espalham ao
cruzar com um obstáculo;___________________, quando ondas afins –
somam ou subtraem seus campos elétricos ou pressões em cada
ponto;__________________, quando um sistema oscilante responde a
sinais coerentes de um outro sistema. Assinale a alternativa que preenche,
correta e respectivamente, as lacunas do texto.

(A) refração ... ressonância ... difração


(B) difração ... interferência ... ressonância
(C) refração ... reflexão ... difração
(D) difração ... interferência ... reflexão
(E) ressonância ... interferência ... difração

Resposta: Item B.

Comentário:

O primeiro fenômeno é a difração, já explicada na questão anterior, ou


seja, ocorre quando a onda se espalha para todas as direções ao contornar
um obstáculo.

O segundo fenômeno é o da interferência, no qual é aplicado o princípio da


superposição para explicar o fato de as ondas serem somadas ou subtraídas
em certo ponto. Quando as ondas se somam, dizemos que houve
interferência construtiva e a intensidade da onda resultante é maior que a
intensidade de cada onda interferente. Quando as ondas subtraem-se,
dizemos que houve interferência destrutiva e a intensidade é mínima.

O terceiro fenômeno é o da ressonância, no qual uma onda responde à


vibração de outro sistema oscilante. Nesse caso o que ocorre é o fato de
que um sistema entra em ressonância com outro quando as ondas vibram
na mesma frequência. Isso leva a um aumento de amplitude, que pode
07856207612

gerar até uma ruptura do sistema oscilante, desfazendo a sua estrutura.

07. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2007) O esquema representa o espectro de radiações eletromagnéticas,
em ordem crescente das frequências.

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Certo dispositivo emite radiação eletromagnética cujo comprimento de


onda é 2.10–5 metros. Tal dispositivo poderia ser

(A) um radiotransmissor.
(B) um forno de microondas.
(C) um controle remoto de TV.
(D) uma lâmpada fluorescente.
(E) um aparelho de raio-X.

Resposta: Item A.

Comentário:

Veja que temos mais uma questão de espectro eletromagnético, na qual


devemos observar o espectro no comprimento de onda 2.10–5 metros.

Como não foi fornecido o comprimento de onda, mas apenas a frequência,


então vamos ter de determina-lo através do uso da equação fundamental
da ondulatória.

c  . f
3, 0.108  2, 0.105. f
f  1,5.103 Hz
07856207612

Veja que se trata de uma frequência bem baixa, a menor do espectro,


podemos afirmar aproximadamente que se trata de ondas de rádio.

08. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) Seus alunos perguntam por que se veem aquelas faixas luminosas
coloridas refletidas nos CDs. Você diz a eles, corretamente, que essas faixas
se devem
(A) à refração da luz na superfície do CD.
(B) a um efeito de ilusão de óptica.
(C) à interferência entre os raios de luz refletidos pelos microscópicos
sulcos do CD.

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(D) à interferência entre os raios de luz refratados pelos microscópicos


sulcos do CD.
(E) à difração da luz pelos microscópicos sulcos do CD.

Resposta: Item E.

Comentário:

No caso acima, o que ocorre é o fenômeno da difração da luz incidente no


CD, que possui sulcos muito pequenos, bem reduzidos, esses sulcos
provocam difração da luz incidente nele.

É o seguinte, a luz proveniente do sol, por exemplo, é uma luz branca,


composta por todas as cores do espectro visível:

A figura acima pode ser observada em um CD iluminado por uma fonte de


luz branca.

Na verdade o que houve foi que a rede de difração do CD, formada pelos
sulcos, forçou a difração e, por conseguinte a dispersão da luz nas suas
cores bases do espectro.

A difração ocorre por conta das pequenas ranhuras que o CD possui.

07856207612

O fenômeno funciona como se a luz proviesse de uma fonte debaixo do CD


da seguinte forma:

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A difração ocorre por conta da diminuta distância entre os sulcos.

09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) O espectro da luz visível ocupa a estreita faixa do espectro
eletromagnético cujos comprimentos de onda variam, aproximadamente,
entre 4,0.10-7 m a 7,0.10-7 m. Se a velocidade da luz no vácuo é 3,0.108
m/s, a frequência das radiações eletromagnéticas visíveis está
compreendida no intervalo

(A) 1,3.10-15 Hz a 2,3.10-15 Hz.


(B) 2,3.10-15 Hz a 3,1.10-15 Hz.
(C) 3,4.1014 Hz a 5,7.1014 Hz.
(D) 4,3.1014 Hz a 7,5.1014 Hz.
(E) 1,2.102 Hz a 2,1.102 Hz.

Resposta: Item D.

Comentário:
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Essa questão se resolve pela aplicação direta da equação fundamental da


ondulatória, mas lembre-se de que é mais uma questão versando sobre o
espectro eletromagnético.

Vamos aplicar a equação para encontrar as frequências:

3, 0.108 m / s
c
f 
 4, 0.107 m
f  0, 75.1015  7,5.1014 Hz

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Essa é a frequência máxima, atingida quando usamos o comprimento de


onda mínimo. Vamos agora calcular a frequência mínima, que ocorre para
o comprimento de onda máximo:

c3, 0.108 m / s
f  
 7, 0.107 m
f  0, 42.1015  4, 2.1014 Hz

O espectro segue abaixo:

10. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 1997) A radiação ultravioleta que atinge a Terra, cuja maior fonte é o
Sol, além de bronzear a nossa pele, pode produzir efeitos danosos à nossa
saúde e até destruir toda a vida em nosso planeta. No entanto, por
enquanto, estamos protegidos pela camada de ozônio existente na
estratosfera, que bloqueia quase toda a radiação ultravioleta que chega à
Terra. A ação protetora do ozônio se deve à sua capacidade de

(A) reduzir a velocidade de propagação da radiação ultravioleta.


(B) alterar a frequência da radiação ultravioleta.
(C) refletir a radiação ultravioleta.
(D) refratar a radiação ultravioleta.
(E) absorver a radiação ultravioleta.
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Resposta: item C.

Comentário:

O ozônio presente na camada da atmosfera é responsável pela filtragem


dos raios ultravioletas, que são prejudiciais à saúde.

O funcionamento da camada é simples, ela reflete parte da radiação,


funcionando como um filtro.

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Em uma demonstração de ondas em sala de aula, o professor

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prende um dos extremos de uma mola em um ponto na parede da sala e,


segurando o outro extremo com uma de suas mãos, produz um pulso na
mola. Nessa aula, para que o professor possa mostrar aos seus alunos que
a velocidade do pulso propagado pode ser aumentada, ele precisa –

(A) esticar a mola, afastando-se da parede.


(B) afrouxar a mola, aproximando-se da parede.
(C) diminuir a intensidade do pulso gerado.
(D) aumentar a intensidade do pulso gerado.
(E) trocar a mola por outra de mesmo comprimento e mais pesada.

Resposta: Item A.

Comentário:

A velocidade da onda da forma que foi mencionada no enunciado pode ser


formulada de acordo com a expressão abaixo:

F .L
V
m

Onde F é a força de tração na mola, L é o comprimento e m é a massa.

Veja que a velocidade de propagação da onda aumenta com o aumento da


força de tração, ou com o aumento do comprimento, ou ainda com a
redução da massa.

A única alternativa plausível para o aumento da velocidade é esticar a mola,


pois isso leva a um aumento da força e, por conseguinte, um aumento no
comprimento L.

Desta forma a velocidade da onda aumentaria.


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12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) O aluno precisa ter claras as semelhanças e diferenças que
ocorrem entre ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas. Quando se trata
de uma onda eletromagnética, pode-se afirmar que ela sempre

(A) transporta energia.


(B) transporta matéria.
(C) é uma onda transversal.
(D) é uma onda longitudinal.
(E) se propaga em meios elásticos.
Resposta: Item C.

Comentário:

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A onda eletromagnética sempre transporta energia, como qualquer onda.


Lembre-se que nenhuma onda, seja de qual natureza for, transporta
matéria. –

Quanto ao meio de propagação, a onda eletromagnética pode se propagar


inclusive no vácuo.

As ondas eletromagnética também são sempre transversais, e esse fator


as diferencia das ondas mecânicas, pois as ondas mecânicas podem ser
também longitudinais, assim, podemos afirmar que quando se trata de uma
onda eletromagnética ela sempre será transversal.

Aliás, vamos a um breve resumo da classificação das ondas:

 Mecânicas: Vibração mecânica em um meio material


 Eletromagnética: Vibração de campos elétrico e magnético em
direções perpendiculares entre si
 Longitudinal: Vibração na mesma direção da propagação
 Transversal: Vibração em direção perpendicular à direção da
propagação

As ondas eletromagnéticas podem ser classificadas como transversais, pois


a direção de vibração é perpendicular à direção de propagação.

07856207612

Na figura acima você percebe as duas ondas propagando-se em direções


perpendiculares entre si e perpendiculares à direção de propagação.

13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Um pulso é gerado em uma corda de densidade linear pequena e
segue ao encontro do ponto de união com outra corda de densidade linear
maior. Momentos após a chegada ao ponto de união, espera-se apenas que
o pulso original

(A) reflita com a mesma fase.


(B) refrate com a mesma fase.
(C) refrate invertendo a fase.

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Aula 06 – Ondulatória.

(D) reflita com a mesma fase e refrate invertendo a fase.


(E) reflita invertendo a fase e refrate com a mesma fase.

Resposta: Item E. –

Comentário:

Esse tipo de fenômeno é o que chamamos de refração e reflexão de ondas


em cordas.

O fenômeno ocorre da seguinte forma:

Em cordas, quando uma onda passa de uma corda para outra com
densidades diferentes, podemos ter inversão de fase ou não. A inversão vai
depender da espessura da corda. Veja as figuras abaixo nas quais podemos
observar a propagação de um pulso que sofre reflexão e refração no ponto
de junção das cordas:

Na figura acima, ao passar de um meio menos denso para outro mais


denso, o pulso refletido sofre inversão de fase, enquanto que o pulso
refratado não sofre modificação alguma em sua fase.

Vamos fazer uma associação desse fenômeno ao caso em que a luz passa
de um meio menos refringente (ar) para um mais refringente (líquido,
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vidro, etc.).

Nesse caso, temos o problema inverso, no qual o pulso passa a se propagar


em uma corda mais grossa, oriundo de uma corda mais fina.

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Nesse caso a onda refletida não sofre modificações em sua fase, assim
como a onda refratada.

No caso da questão da VUNESP o pulso passa de uma corda menos densa –


para outra mais densa. Assim, o pulso refletido inverte de fase e o refratado
não sofre inversão de fase.

14. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Considere os seguintes fenômenos ondulatórios:

I. interferência;
II. difração;
III. polarização.

O som pode realizar

(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

Resposta: Item C.

Comentário:

O som é uma onda mecânica, longitudinal e tridimensional, que é formada


pela compressão e rarefação de um gás em determinado meio.

O som pode sofrer a interferência, pois para que ocorra esse fenômeno,
basta que duas ondas de mesmas características sejam postas em vibração
em um local do espaço. Observar-se-á uma região de intensidade alta e
outras de baixa intensidade, respectivamente onde ocorrem interferências
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construtivas e destrutivas.

O som também sofre difração, que é a possibilidade que o som tem de


contornar obstáculos e chegar em pontos diferentes do espaço.

Você já parou para pensar como o som da sirene de ambulância “dobra a


esquina” e chega aos nossos ouvidos. É exatamente por conta do fenômeno
da difração, a onda sonora se difrata, contorna obstáculos e chega ao
receptor.

Observe na figura abaixo um exemplo de difração do som.

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O único fenômeno que não ocorre com as ondas sonoras é a polarização,


pois esse fenômeno é exclusivo das ondas transversais, ondas longitudinais
não podem ser polarizadas, pois elas possuem a direção de vibração igual
á direção de propagação.

Desta forma, não é possível que uma onda que possua apenas uma direção
de vibração, que é a mesma direção de propagação sofra polarização, que
é justamente a filtragem das diversas direções de vibração para apenas
uma direção, a onda passa a vibrar apenas em uma direção, que é chamada
a direção plano-polarizada.

15. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Muitos livros didáticos promovem certas confusões ao utilizarem
uma mesma letra para a representação de grandezas físicas distintas. Um
exemplo disso ocorre quando se ensina o cálculo da velocidade de
propagação de pulsos em uma corda tensionada, apresentando a expressão

e, algumas páginas a seguir, ao definir-se a equação fundamental da


ondulatória, apresenta-se a expressão 07856207612

No primeiro caso, T representa a força de tração sobre a corda, enquanto


que, na segunda expressão, a mesma letra representa o período de
oscilação. Para contornar a confusão gerada pelo livro didático, um
professor expressa a força de tração pela letra F e, para verificar se seus
alunos compreenderam a diferença, pede-lhes que escrevam uma
expressão que leve ao cálculo da densidade linear em função da força de
tensão, do comprimento de onda e do período de um trem de onda

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produzido nessa corda, esperando que seus alunos acertadamente


escrevam a relação expressa em

Resposta: Item D.

Comentário:

Essa é uma questão simples, apenas de manipulação algébrica das


fórmulas fornecidas no enunciado, na qual devemos isolar uma incógnita e
deixá-la em função da outra.

F 
V e V

07856207612

T
assim, substituindo :
 F

T 
2 F F .T 2
  
T2  2

Logo, a alternativa correta é o item D.


16. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
– 2012) Sabe-se que o espectro de ondas eletromagnéticas é muito vasto.

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Em ordem crescente de comprimento de onda, temos, em um extremo do


espectro, os raios , que são altamente energéticos, enquanto as ondas de
rádio longas se encontram no extremo oposto. Em regiões intermediárias,

temos a luz visível, ondas infravermelho e ultravioleta, micro-ondas, raios-
X, etc. Assinale a alternativa que elenca corretamente os tipos de ondas,
em ordem crescente de frequência.

(A) Raios-X, luz visível, micro-ondas.


(B) Infravermelho, ultravioleta, luz visível.
(C) Infravermelho, ultravioleta, raios-X.
(D) Luz visível, raios , ultravioleta.
(E) Ultravioleta, raios-X, micro-ondas.

Resposta: Item C.

Comentário:

Olha aí mais uma questão de ondas eletromagnéticas, envolvendo a ideia


de espectro eletromagnético.

A questão requer a ordem crescente de frequência, que é a ordem


decrescente dos comprimento de onda, uma vez que são grandezas
inversamente proporcionais.

Lembre-se de que a expressão que nos garante isso é a seguinte:

V  . f  c  . f

Como o produto das duas grandezas é constante, então são inversamente


proporcionais.

Vamos relembrar o espectro eletromagnético:


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Assim, podemos afirmar que a ordem crescente de frequência é o


infravermelho, ultravioleta e os raios X.

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Aliás, no infravermelho, o prefixo infra, que lembra menor, faz referência à


frequência, assim como o ultravioleta.

17. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
– 2012) A figura a seguir mostra um esquema de uma fonte pontual
emitindo frentes de onda esféricas.

Quando a distância entre uma fonte pontual de luz e um observador (O) é


reduzida de 6,0 m para 2,0 m, a intensidade da luz que chega ao
observador será igual ao valor inicial multiplicado por

(A) 9.
(B) 3.
(C) 1.
(D) 1/3.
(E) 1/9.

Resposta: Item A.
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Comentário:

A intensidade de uma onda é uma grandeza associada muito comum de


aparecer em provas, vamos à sua fórmula:

Pot
I
Área

A potência depende exclusivamente da fonte geradora das ondas.

Assim, vamos verificar que a intensidade irá depender apenas da área da


esfera.

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A área será dada por:


A  4 .R2 –

Essa é a fórmula da área da superfície da esfera.

Assim, vamos verificar que a fórmula da intensidade é:

Pot
I
4. .R2

Vamos calcular as duas intensidades:

Pot Pot Pot


I1   I  
4. .R12 4. .62 4. .36
1

Pot Pot Pot


I2   I  
4. .R2 2 4. .22 4. .4
2

Dividindo-se as intensidades:

Pot
I2 
4. .4
Pot
I1 
4. .36
I 2 36
 9
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I1 4

18. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) No laboratório da escola, o professor de Física faz a montagem do
esquema em que um carrinho é preso a duas molas, S1 e S2, uma na frente
e outra atrás. Uma delas tem sua outra extremidade fixada enquanto a
extremidade da outra é presa a um fio F que, por sua vez, é ‘ preso a uma
haste incrustada na periferia de uma roldana dotada de manivela.

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As molas são tensionadas e a manivela é posta a girar manualmente. O


giro provoca oscilações no carrinho sobre a mesa. A frequência de giro é
aumentada gradualmente até que, para certo valor, o carrinho oscila com
máximas amplitudes. Aumentando ainda mais a frequência de giro da
manivela, o carrinho deixa de oscilar com tais amplitudes forçadas. A
experiência serve para demonstrar o fenômeno

(A) da dispersão.
(B) da difração.
(C) do batimento.
(D) da ressonância.
(E) da refração.

Resposta: Item D.

Comentário:

A ideia do experimento é fazer duas vibrações de mesma frequência,


obrigando um sistema a entrar em ressonância com o outro.

A ideia da ressonância é efetuar uma vibração próxima a um sistema


vibrante na mesma frequência do sistema, isso leva a um aumento de
amplitude e às vezes pode ocasionar uma ruptura do sistema vibrante por
conta das amplitudes elevadas.

A frequência de vibração da manivela foi aumentada gradualmente e


07856207612

chegou na frequência de vibração do sistema, o que levou o sistema à


ressonância. A partir daí o aumento de frequência retirou o sistema da
ressonância.

19. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O espectro eletromagnético é o conjunto das frequências
conhecidas paras as ondas eletromagnéticas.

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A ordem decrescente de comprimentos de onda para ondas de rádio AM,


FM, Ultravioleta e Raio X, é

(A) AM > FM > Ultravioleta > Raio X –


(B) TV > AM > Ultravioleta > Infravermelho
(C) FM > AM > Ultravioleta > Raio X
(D) AM > FM > Raio X > Ultravioleta
(E) Raio X > FM > Ultravioleta > AM

Resposta: Item A.

Comentário:

A ordem decrescente dos comprimentos de onda é a ordem crescente das


frequências.

A ideia aqui é olhar o espectro que foi fornecido e ver que a ordem correta
é a que consta no item A. Veja que não foram necessariamente
mencionadas todas as ondas eletromagnéticas do espectro, nem é preciso,
pois questão requer apenas a ordem.

20. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) A intensidade de uma onda eletromagnética ou mecânica que
passa por uma determinada área é definida como a potência pela unidade
de área. Ela mede a quantidade de energia que passa por unidade de tempo
e por unidade de área em um determinado ponto do espaço. Uma fonte
puntiforme emite ondas esféricas com potência P. Sejam I1 e I2,
respectivamente, as intensidades dessa onda, às distâncias d1 e d2 da
fonte. A relação entre I2/I1 é
(A) d1. d2
(B) d1/d2
(C) d2/d1
(D) (d1/d2)2
(E) (d2/d1)2
07856207612

Resposta: Item E.

Comentário:

Mais uma questão de intensidade. Nessa ele forneceu inclusive a fórmula


da intensidade.

Vamos verificar nessa questão que basta dividir uma fórmula pela outra:

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Pot
I1 
4. .d12

Pot
I2 
4. .d 2 2
dividindo uma equação pela outra :
2
I1  d 2 
 
I 2  d1 

 Acústica

21. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2007) No dia-a-dia, há pessoas que usam como sinônimos a altura e a
intensidade do som. Do ponto de vista físico, isso corresponde a um
equívoco, pois essas são grandezas distintas que correspondem,
respectivamente, a

(A) amplitude e comprimento.


(B) frequência e velocidade.
(C) timbre e comprimento.
(D) frequência e amplitude.
(E) amplitude e timbre.

Resposta: Item D.

Comentário:

A questão versa sobre as qualidades fisiológicas do som.

O som possui algumas qualidades fisiológicas, acompanhe um resumo


07856207612

acerca das qualidades fisiológicas do som:

O som possui algumas características fundamentais que são conhecidas


como qualidade sonoras, estamos falando de altura, intensidade e timbre.

Vamos estudar separadamente cada uma dessas características.

a) Altura

Altura de um som, bem diferentemente do que você pensa não está


associada ao volume do seu aparelho de som. Altura está relacionada à
frequência do som.

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 Som alto: som agudo, frequência alta


 Som baixo: som grave, frequência baixa


As mulheres, portanto, falam alto, enquanto que os homens em geral falam
baixo.

A frequência de um som é uma característica muito importante. Quem é


músico sabe que a acústica explica muitos fenômenos da música.

b) Intensidade

Aqui aparecerão algumas fórmulas básicas que eu acredito que não cairão
na prova de vocês, mas colocarei nesse ponto, por acreditar que podem
cair, e se caírem você cravará mais um ponto na sua caminhada rumo à
vaga.

A intensidade sim está associada ao volume do seu aparelho de som.

Quando você diz: “aumenta o som aí que eu quero ouvir daqui de longe!”.

Você na verdade está pedindo para aumentar a intensidade do som que


está saindo de alguma fonte sonora.

A intensidade possui uma fórmula, que é a seguinte:

Pot Pot
I 
Área 4. .R2
A unidade de intensidade é o W/m2.

Aqui estamos levando em conta que a onda sonora é tridimensional e a


área da superfície formada pela frente de onda é uma superfície esférica.
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A intensidade está ligada diretamente à amplitude da onda, ou seja, uma


onda muito intensa é uma onda com grande amplitude.

OBS.: Nível de intensidade sonora.

Na prática, acabamos não trabalhando com a intensidade propriamente


dita, trabalharemos com outra grandeza que é o nível de intensidade
sonora, representado pela letra N.

Existe uma intensidade mínima de audibilidade chamada de limiar de


audibilidade, trata-se de uma intensidade mínima, abaixo da qual não se
pode ouvir nenhum som. Esse liminar depende da frequência do some ele
tem um valor mínimo para frequências na região entre 1.000 e 10.000Hz.

A curva abaixo mostra a intensidade do som no limiar de audibilidade para


diferentes frequências.

07856207612

Mas o nível de intensidade sonoro não é idêntico à intensidade, existe uma


fórmula matemática que o relaciona com a intensidade propriamente dita.

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I
N  10.log
I0

Onde I0 é a intensidade mínima, no limiar de audibilidade.

A Unidade do nível de intensidade sonora é o dB (decibel).

O nível de intensidade sonora é uma forma de trabalhar a intensidade de


forma mais cômoda, uma vez que os valores de intensidade são muito
pequenos.

Para ilustrar, veja a tabela abaixo onde constam alguns níveis sonoros de
alguns sons emitidos no dia a dia.

c) Timbre

A última qualidade do som a ser estudada por nós nessa aula chama-se
timbre, e ele está ligado aos harmônicos de um instrumento.

Você já deve ter percebido que uma nota “Lá” emitida em um violão é bem
diferente da mesma nota emitida em um piano.

Isso acontece porque o piano possui seus harmônicos, assim como o violão,
são características do próprio instrumento que permitem diferenciar dois
sons de mesma altura e mesma intensidade emitidos por dois instrumentos
diferentes.
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Na sua prova o que pode cair relacionado a timbre é o conceito puro, por
isso não precisamos de mais delongas nesse ponto.

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Acima você nota que um som de mesma frequência (a onda se repete


sempre no mesmo intervalo de tempo), possui formas bem diferentes, que
caracterizam o som particular de cada instrumento.

22. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
– 2007) Ao falar em um microfone para uma plateia, o som é transformado
em sinal eletromagnético que é enviado à caixa de som, no próprio
auditório, ou também para regiões distantes, por ondas de rádio. É curioso
saber que uma pessoa que está a muitos quilômetros do palco, com seu
radinho encostado na orelha, recebe o som da fala do conferencista antes
de quem está na plateia, a poucos metros de distância do alto-falante. Isso
acontece porque

(A) a velocidade do som no ar diminui com o quadrado da distância.


(B) as ondas de rádio aumentam a velocidade do som no ar.
(C) as ondas de rádio se propagam no ar sem sofrer reflexões ou absorções.
(D) a velocidade do som nos sólidos é maior que a velocidade do som no
ar.
(E) as ondas de rádio se propagam à velocidade da luz, maior que a do
som.

Resposta: Item E.

Comentário:

De acordo com o enunciado, a onda eletromagnética de rádio chega ao


ouvinte do rádio mais rapidamente do que o som que sai diretamente da
caixa de som para a plateia.

Isso ocorre por que a velocidade das ondas eletromagnéticas é maior que
a velocidade da onda sonora (som).

Assim, as ondas de rádio chegam ao ouvinte mais rapidamente que as


ondas sonoras.
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23. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2011) Para determinar a frequência do som produzido por um diapasão,
um estudante faz soar esse diapasão na borda superior de uma proveta de
altura 30 cm, inicialmente vazia. À medida que ele coloca água nessa
proveta, ele observa que o som mantém praticamente a mesma
intensidade, mas há um sensível aumento dessa intensidade quando a
proveta contém 10 cm de água. Acima dessa quantidade de água, a
intensidade do som volta a baixar ao nível anterior e assim permanece até
que a proveta esteja cheia. Considerando que a velocidade do som no ar é
de 300 m/s, concluímos que a frequência fundamental do som produzido
pelo diapasão, em Hz, era igual a
(A) 220.
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(B) 375.
(C) 390.
(D) 440.
(E) 660. –

Resposta: Item B.

Comentário:

Perceba, do enunciado, que se trata de um tubo sonoro, no qual há uma


ressonância (reforço de intensidade) com o tubo contendo 30cm - 10cm =
20cm de água.

Assim, podemos dizer que a primeira frequência de ressonância do tubo


ocorre para um comprimento de 20cm.

Veja que o tubo é do tipo fechado em uma das extremidades.


A frequência de vibração do tubo fechado dar-se-á para um comprimento
de 20cm.

Abaixo segue um resumo teórico dos tubos sonoros:

Tubos Sonoros

Um sistema muito importante de ressonância é o tubo sonoro. Nesse


sistema físico o ar que há dentro de um tubo entra em ressonância com a
vibração externa formando assim um sistema chamado tubo sonoro.

O tubo pode ser considerado aberto nas duas extremidades ou aberto em


uma extremidade e fechado em outra. Para simplificar, vamos chamar de
apenas de tubo aberto o que for aberto nas duas extremidades e tubo
fechado o que tiver uma extremidade fechada.
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a) tubo aberto:

O tubo aberto possui as duas extremidades abertas, da seguinte forma:

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Acima estão representados os três primeiros harmônicos de vibração.


Lembrando que o tubo aberto somente pode vibrar na forma acima, por
conta da ressonância, podemos dizer que essas são as formas ressonantes
de vibração do tubo aberto.

Aplicando a equação fundamental, podemos deduzir a fórmula para o


cálculo das frequências dos harmônicos.

N.V
f
2.L
Onde,

 N é o número do harmônico
 V é a velocidade da onda sonora
 L é o comprimento do tubo

b) Tubo Fechado:

O tubo fechado difere do tubo aberto, pois não apresenta os harmônicos de


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vibração pares, apenas os ímpares, seus modos de vibração são os


mostrados na figura abaixo:

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A fórmula para a determinação da frequências de cada harmônico é dada


pela seguinte fórmula:


N.V
f
4.L
Onde,

 N é o número do harmônico (os harmônicos no tubo fechado são


exclusivamente ímpares).
 V é a velocidade da onda sonora
 L é o comprimento do tubo

Vamos aplicar a fórmula do tubo fechado:

N.V
f 
4.L
1.300
f   375Hz
4.0, 2
24. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
– 2011) Uma corda de violão fixa entre duas extremidades separadas pela
distância L0 emite a frequência fundamental de 330 Hz quando vibra
livremente. Para que essa mesma corda emita um som cuja frequência seja
igual a 660 Hz, o comprimento entre as extremidades da corda deverá ser

(A) L0/4.
(B) L0/2.
(C) L0.
(D) 2L0. 07856207612

(E) 4L0.

Resposta: Item B.

Comentário:

A questão versa sobre as ondas em cordas, vamos ver um breve resumo


teórico sobre esse tema:

Vamos ter fórmulas matemáticas para memorizar e também devemos


saber aplica-las ao caso concreto, ou seja, aos problemas que serão
abordados em sua prova.

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Ondas estacionárias em cordas, são ondas que formam-se a partir da


interferência das ondas que se propagam em uma corda em sentidos
contrários. Veja na figura abaixo.

A amplitude será a amplitude de cada uma das ondas, nesse ponto é


importante você se ligar, pois muita gente pensa que não haverá amplitude
resultante, pois as ondas interferem em sentidos contrários.

Mas não caia em cascas de banana, a amplitude da onda estacionária


resultante é a amplitude de cada uma das ondas interferentes.

Na figura acima, você viu que as ondas estacionárias aparecem em


harmônicos e cada um deles tem a sua particularidade.

Antes disso você precisa saber o que é um nodo e um antinodo, é simples,


um nodo ou ponto nodal é o ponto representado pela bolinha preta na figura
acima, por outro lado, os antinodos ou pontos antinodais (conhecidos como
pontos ventrais) são aqueles representados pelos pontos que são cristas
ou vales, representados pelos “x” na figura acima.

A figura abaixo resume as ideias vistas acima:


07856207612

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Identificados os pontos e características ligadas às ondas estacionárias,


vamos verificar como conhecer a fórmula da frequência de vibração da
corda vibrante.

Bom, o primeiro ponto que vamos analisar é o primeiro harmônico que não
possui nenhum nodo intermediário.

Note que o comprimento da corda é idêntico à metade do comprimento de


onda.


 L    2.L
2
V 1.V
f1  
 2.L
Para o segundo harmônico:

07856207612

Note que ao introduzirmos um nodo intermediário, o comprimento do fio


ficou idêntico ao comprimento de onda da onda.

  L   L
V 2.V
f2  
 2.L
Para o terceiro harmônico:

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Note que no terceiro harmônico temos a presença de 2 nodos


intermediários.

3 2.L
 L  
2 3
V V 3.V
f3   
 2.L 2.L
3
Agora, acredito que você já notou um certo padrão de acordo com o número
do harmônico.

Podemos portanto generalizar a fórmula para:

nV
.
fn 
2.L
Onde,

 fn é a frequência da onda
 n é o número do harmônico 07856207612

 L é o comprimento da corda
 V é a velocidade da onda na corda

Voltando à questão:
1.V
330 
2.L0

Vamos agora calcular o comprimento da corda, baseado em uma frequência


maior:
1.V
660 
2.L

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Agora vamos dividir uma equação pela outra:

1.V
330  –
2.L0
1.V
660 
2.L
dividindo uma equação pela outra :
1 L L
  L 0
2 L0 2

25. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2011) Atualmente, há uma preocupação cada vez maior com a poluição
sonora. Suponha que uma lei penalize quem produza ruídos que
ultrapassem os níveis de intensidade sonora, estabelecidos na tabela a
seguir.

Níveis de intensidade sonora de situações comuns do cotidiano são listados


na próxima tabela.

07856207612

Considere os seguintes grupos de pessoas que utilizassem, nas áreas


residencial e industrial,

I. um cortador de grama no período diurno;


II. um carro silencioso no período noturno;
III. um aspirador de pó no período noturno.

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Se não houver nenhum outro atenuante na lei, seriam considerados


infratores o(s) grupo(s)

(A) I, apenas. –
(B) I e II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e III.
(E) I e III, apenas.

Resposta: Item D.

Comentário:

I. O cortador de grama, no período diurno, que tem como valores máximos


de intensidade, 50dB e 70dB, ultrapassaria os limites, uma vez que o nível
de intensidade do som emitido por ele vale 100dB.

II. O carro emitiria um som acima do permitido na área residencial, uma


vez que o máximo permitido é de 45dB e o som emitido por ele vale 50dB.

III. O aspirador de pó, possui nível de intensidade de 70dB, então quem o


utilizasse seria considerado um infrator em áreas residenciais.

26. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Curiosidades sempre são agentes motivadores do aprendizado e,
usando essa estratégia, um professor inicia sua explanação sobre o som
produzido por instrumentos musicais, dizendo aos seus alunos que as
conhecidas notas musicais tiveram seus nomes inspirados em um antigo
hino a São João.

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Após tal motivação, o professor pode esclarecer que, mesmo tocando a


mesma nota musical, um instrumento é diferenciado do outro devido
(A) à altura.
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(B) à frequência.
(C) à intensidade.
(D) ao volume.
(E) ao timbre. –

Resposta: Item E.

Comentário:

Timbre

A última qualidade do som a ser estudada por nós nessa aula chama-se
timbre, e ele está ligado aos harmônicos de um instrumento.

Você já deve ter percebido que uma nota “Lá” emitida em um violão é bem
diferente da mesma nota emitida em um piano.

Isso acontece porque o piano possui seus harmônicos, assim como o violão,
são características do próprio instrumento que permitem diferenciar dois
sons de mesma altura e mesma intensidade emitidos por dois instrumentos
diferentes.

Na sua prova o que pode cair relacionado a timbre é o conceito puro, por
isso não precisamos de mais delongas nesse ponto.

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Acima você nota que um som de mesma frequência (a onda se repete


sempre no mesmo intervalo de tempo), possui formas bem diferentes, que
caracterizam o som particular de cada instrumento.

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27. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2012) Sabe-se que os tubos abertos são capazes de produzir som por

causa de ondas estacionárias que se formam dentro deles. Os instrumentos
de sopro produzem sons utilizando esse mesmo princípio, variando apenas
certas características. O oboé, por exemplo, é um tubo aberto nas 2
extremidades, enquanto que o trombone é aberto apenas em uma delas.
Considere um oboé e um trombone de mesmo comprimento (L), em uma
região em que a velocidade do som no ar é igual (v). É correto afirmar que
as frequências (fn) produzidas pelo oboé e pelo trombone,
respectivamente, são iguais a

(A) fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...


fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...
(B) fn = nv/ 4L, com n = 1,2,3,4...
fn = nv/ 2L, com n = 1,2,3,4...
(C) fn = nv/ 2L, com n = 1,2,3,4...
fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...
(D) fn = nv/ 2L, com n = 1,2,3,4...
fn = nv/ 2L, com n = 1,3,5,7...
(E) fn = nv/ 2L, com n = 1,3,5,7...
fn = nv/ 4L, com n = 1,3,5,7...

Resposta: Item D.

Comentário:

De acordo com o que foi colocado em questão anterior, as frequências de


ressonância dos tubos sonoros são dadas pelas relações abaixo:

 Aberto

N.V
f
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2.L
Com n = 1,2,3,4,5,...

 Fechado

N.V
f
4.L
Com n = 1,3,5,7,...
28. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
– 2012) Em alguns centros de ciências, é possível encontrar um
experimento que consiste em uma longa mangueira de extremidades AB,

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Teoria e exercícios comentados
Aula 06 – Ondulatória.

capaz de retardar o som em breves intervalos de tempo. Assim, uma


pessoa que emite o som na extremidade A o ouve após um pequeno
intervalo de tempo, na extremidade B. Considerando que o som, ao se
propagar pela mangueira, não é absorvido, que o intervalo de tempo –para
distinguir um som do outro é t e que a velocidade do som no ar é de 330
m/s, para que o experimento seja possível, basta que o comprimento AB
da mangueira seja igual a

(A) 30 m, se t = 0,1s.
(B) 33 m, se t = 0,1s.
(C) 33 m, se t = 0,2s.
(D) 60 m, se t = 0,2s.
(E) 60 m, independentemente do valor de t.

Resposta: Item B.

Comentário:

Vamos aplicar a equação da velocidade constante da onda sonora,


utilizando o tempo fornecido.

S S
V  330 
t 0,1
S  33m
Por outro lado, se o comprimento for diferente:

S S
V  330 
t 0, 2
S  66m
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29. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O oboé é um tubo aberto nas duas extremidades, enquanto que
o trompete é aberto apenas em uma delas. Considere que ambos estejam
emitindo uma nota musical em uníssono e em som fundamental (1.º
harmônico). A relação entre os comprimentos dos tubos do oboé (Lo) e do
trompete (Lt), Lo/Lt, é

(A) 4.
(B) 2.
(C) 1.

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(D) 1/2.
(E) 1/4.

Resposta: Item B. –

Comentário:

Emitir notas em uníssono significa dizer que as frequências são iguais, o


intervalo acústico vale um.

Assim, vamos impor as duas frequências iguais e encontrar a relação entre


os comprimentos:

1.V
foboé 
2.Loboé

1.V
ftrompete 
4.Ltrompete

Vamos encontrar a razão entre os comprimentos dos tubos:

1.V
ftrompete 
4.Ltrompete
1.V
foboé 
2.Loboé
dividindo :
1.V
07856207612

ftrompete 4.Ltrompete
 1
foboé 1.V
2.Loboé
Loboé L
 1  oboé  2
2 Ltrompete Ltrompete

30. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O audiograma da figura relaciona frequências de vibração de

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ondas sonoras com intensidade física e a pressão exercida pelas ondas


sobre a membrana timpânica.

O motor de um carro de corrida, girando a 12.000 rpm, exerce uma pressão


de 20 gf/cm2 sobre o tímpano de um espectador próximo e dotado de um
decibelímetro. A intensidade mínima audível é adotada com o valor 10 –16
W/cm2. Este aparelho registra, então, um nível sonoro, em dB, de

(A) 150.
(B) 140.
(C) 130.
(D) 120.
(E) 110.

Resposta: Item D.

Comentário:
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À pressão de 20 gf/cm2, temos uma intensidade de 10-4 W/cm2.

Assim, devemos aplicar na fórmula do nível de intensidade sonora,


sabendo-se que o nível mínimo adotado será o de 10-16 W/cm2.

104
N  10.log 16
10
N  10.log.1012
N  10.12  120dB

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31. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) O professor de Física leva seus alunos para uma sessão de cinema.
O filme é um western americano e o professor chama a atenção dos alunos–
para a atitude dos índios que encostam suas orelhas nos trilhos da linha de
trem ou no chão. Tal atitude vem comprovar o fato científico de o som

(A) se propagar em linha reta, qualquer que seja o meio em que se


propaga.
(B) se propagar, geralmente, com maior velocidade nos sólidos do que no
ar.
(C) vibrar nos sólidos com amplitudes maiores do que no ar.
(D) vibrar nos sólidos com frequências maiores do que no ar.
(E) transportar mais energia nos sólidos do que no ar.

Resposta: Item B.

Comentário:

O som propaga-se com maior velocidade nos sólidos, depois nos líquidos e
por fim nos gases.

Assim, ao tempo que leva para o som percorrer a mesma distância no trilho
(sólido) é menor que o tempo que o som leva para percorrer a mesma
distância no ar (gás).

32. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) Como a escola se localiza próxima ao aeroporto, o professor leva
seus alunos ao pátio e, dotado de um aparelho medidor de frequências,
registra-as durante a passagem de um avião. O medidor registra 400 Hz
com o avião parado e 680 Hz em voo de decolagem. Se a velocidade do
som no ar é de 340 m⁄s, a velocidade do avião, em km⁄h, é de
aproximadamente
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(A) 500, e ele se aproxima da escola.


(B) 500, e ele se afasta da escola.
(C) 400, e ele se aproxima da escola.
(D) 400, e ele se afasta da escola.
(E) 250, e ele se aproxima da escola.
Resposta: item A.

Comentário:

Trata-se de uma questão de efeito Doppler, assunto bem relevante para


provas de Física no cargo de perito criminal.

Abaixo segue um resumo teórico acerca do tema:


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Exemplo 1:


Quando você está parado em uma avenida e um carro, também parado,
emite um som de uma buzina, você percebe claramente aquele som.

Agora imagine que o carro começou a mover-se na sua direção,


aproximando-se de você.

Nesse caso, o som emitido pela buzina muda a sua frequência, pois o
comprimento de onda da onda sonora está diminuindo, fazendo com que
naquele mesmo intervalo de tempo cheguem mais ondas no seu ouvido,
aumentando assim a frequência do som percebido.

A frequência percebida pelo observador é maior que a frequência natural,


ou seja, o som é mais agudo.

É como se as ondas sonoras estivessem sendo empurradas para o ouvido


do receptor.

Vamos agora para um segundo caso, em que a fonte afasta-se do


observador.
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Exemplo 2:

Quando a fonte afasta-se do observador o comprimento de onda percebido


por este aumenta, fazendo com que menos ondas cheguem ao ouvido do
receptor no mesmo intervalo de tempo que chegavam antes do movimento,
o que gera uma diferença na frequência, nesse caso o som fica mais grave,
pois a frequência diminui.

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Nos próximos exemplos, vamos manter a fonte em repouso e movimentar


o receptor.

Exemplo 3:

Quando a fonte mantém-se em repouso e o receptor movimenta-se indo


ao encontro da fonte, o comprimento de onda da onda permanece o
mesmo, no entanto, o observador recebe mais ondas no mesmo intervalo
de tempo, pois tem seu movimento aproximando-se da fonte, fazendo com
que mais ondas cheguem ao seu ouvido.

Exemplo 4:

Quando o observador afasta-se da fonte ocorre o contrário, pois ao se


afastar o observador está fazendo com que menos ondas cheguem ao seu
ouvido diminuindo assim a frequência do som recebido.

Matematicamente, existe uma fórmula matemática reunindo todas essas


observações que foram feitas a respeito da frequência, para que você possa
calcular a frequência do som recebido qualquer que seja a situação de
movimento relativo entre fonte e observador.
07856207612

A fórmula é mostrada a seguir:

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Observe que existe uma convenção de sinais, exatamente para que você
decida qual sinal escolher quando for aplicar a fórmula.

Resumindo:

 Movimento de aproximação entre fonte e observador:

frecebida  femitida
 Movimento de afastamento entre a fonte e observador:

frecebida  femitida
O Efeito Doppler também ocorre com ondas eletromagnéticas, é
justamente esse fenômeno que explica o funcionamento dos radares
móveis que irão parar nas mãos de vocês após assumirem na PRF. Vamos
dar os detalhes do funcionamento do radar móvel quando estivermos
falando sobre as ondas eletromagnéticas.07856207612

OBS.: O que você acha que acontece quando observador e fonte


movimentam-se com a mesma velocidade, na mesma direção e no mesmo
sentido?

Não vai ocorrer Efeito Doppler, pois não haverá movimento relativo entre
o observador e a fonte. Não chegarão mais ondas, nem menos ondas e
nem o comprimento de onda da onda será alterado pelo movimento da
fonte. Assim a frequência percebida pelo observador será idêntica à
frequência natural do som. É como se ambos estivessem em repouso, mas
se considerarmos um em relação ao outro é isso que está acontecendo.

Voltando à questão do efeito Doppler:

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Podemos afirmar que o avião se aproxima dos observadores (alunos)


parados.

Assim, –

Vsom
fD  f0
Vsom  Vfonte
340
680  400.
340  Vfonte
578  1, 7Vfonte  340
3,6
Vfonte  140m / s  504km / h

33. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) A intensidade é uma característica do som que está relacionada à
energia de vibração da fonte que emite as ondas. Essa propriedade do som
é provocada pela pressão que a onda exerce, por exemplo, na orelha
humana. Verifica-se que a sensação auditiva não acompanha linearmente
a variação de intensidade energética e sim em uma escala logarítmica dada
pela expressão: N = 10.logI/I0, onde I0 = 10–12 W/m2 corresponde à
intensidade mínima audível. Em um escritório, o ruído de uma pessoa
digitando um texto em um computador tem intensidade de
aproximadamente 65 dB. Se forem 4 pessoas digitando, em uníssono, o
nível de intensidade será, em dB, próximo de

Dado: log 4 = 1,38

(A) 79.
(B) 91. 07856207612

(C) 112.
(D) 130.
(E) 139.

Resposta: Item A.

Comentário:

Como serão quatro pessoas digitando ao mesmo tempo, então vamos ter
uma intensidade quatro vezes maior:

Calculando o nível de intensidade correspondente a essa intensidade:

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I
N  10.log
I0

4.I
N  10.log 12
10
Precisamos calcular a intensidade de uma pessoa digitando:

I
N  10.log
1012
I
65  10 log 12
10
I
6,5  log 12
10
I
12
 106,5  I  105,5W / m2
10
Voltando à expressão para determinar a intensidade:

I
N  10.log
I0
4.I
N  10.log
1012
4.105,5  105,5 
N  10 log  10.  log 4  log 12 
1012 
07856207612

10 
N  10. 1,38  6,5   N  78,8dB

34. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) Entre duas notas musicais há um intervalo de um tom menor de
(10/9). Se a frequência da nota mais grave é 256 Hz, a frequência da nota
mais aguda é, aproximadamente, em Hz,

(A) 280.
(B) 284.
(C) 288.
(D) 292.

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(E) 296.
Resposta: item B.

Comentário: –

Questão sobre intervalo acústico.

O intervalo acústico é definido como a razão entre as frequências dos sons:

f1
i
f2

Assim,

10 f
 1
9 256
f1  284, 4 Hz

35. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA


– 2013) Quando um instrumento musical emite uma nota, o som emitido
é, na verdade, uma superposição de várias vibrações com diferentes
frequências e intensidades. Conforme o instrumento, variam em
intensidade os harmônicos que compõem o som fundamental. Por isso,
distingue-se perfeitamente uma mesma nota, emitida por um violão e um
violino.

07856207612

Ao emitirem tal nota, seus sons se distinguem por apresentar diferentes

(A) batimentos.
(B) interferências.
(C) difrações.
(D) timbres.
(E) refrações.

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Resposta: Item D.

Comentário:

A questão refere-se a uma das qualidades fisiológicas do som, que é o
timbre.

O timbre é a qualidade fisiológica do som que faz distinguirmos sons de


mesma frequência emitidos por instrumentos diferentes.

Timbre

A última qualidade do som a ser estudada por nós nessa aula chama-se
timbre, e ele está ligado aos harmônicos de um instrumento.

Você já deve ter percebido que uma nota “Lá” emitida em um violão é bem
diferente da mesma nota emitida em um piano.

Isso acontece porque o piano possui seus harmônicos, assim como o violão,
são características do próprio instrumento que permitem diferenciar dois
sons de mesma altura e mesma intensidade emitidos por dois instrumentos
diferentes.

Na sua prova o que pode cair relacionado a timbre é o conceito puro, por
isso não precisamos de mais delongas nesse ponto.

07856207612

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Acima você nota que um som de mesma frequência (a onda se repete


sempre no mesmo intervalo de tempo), possui formas bem diferentes, que
caracterizam o som particular de cada instrumento.

36. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
– 2013) Em uma aula interdisciplinar de física e arte, a professora de Arte
ensinou como podem ser construídos tubos sonoros usando garrafas. Ela
pediu que fossem colocadas garrafas com níveis de água diferentes.
Explicou que a diferença entre os níveis de água produziria sons de
frequências diferentes e o conjunto de frequências formaria o som
harmônico.

O professor de física explicou aos alunos que garrafas funcionariam como


um tubo sonoro fechado, gerando na extremidade fechada um nó e na
extremidade aberta um ventre. A relação entre os comprimentos de ondas
do som fundamental produzido pelo tubo 1 e o som fundamental produzido
pelo tubo 6 é expressa por

(A) 1/2.
(B) 1/3.
(C) 1/8.
(D) 1/10.
(E) 1/12.
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Resposta: Item B.

Comentário:

A relação entre os comprimentos de onda é o inverso da relação entre as


frequências, uma vez que a velocidade do som é constante para o meio
considerado.

Vamos ao cálculo da razão entre as frequências e ao final vamos inverter o


valor encontrado.

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Teoria e exercícios comentados
Aula 06 – Ondulatória.

As frequências fundamentais serão calculadas por meio da aplicação das


fórmulas do tubo fechado:


N.V
f
4.L
Aplicaremos a fórmula para os dois comprimentos diferentes:

1.V
f1 
4.2
1.V
f6 
4.12
1.V
f1
 4.4  3
f6 1.V
4.12
A relação entre os comprimentos de onda será o inverso da relação
encontrada acima:

1 1

6 3

13. Gabarito
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01.A 02.E 03.A 04.B 05.B 06.B 07.A


08.E 09.D 10.C 11.A 12.C 13.E 14.C
15.D 16.C 17.A 18.D 19.A 20.E 21.D
22.E 23.B 24.B 25.D 26.E 27.D 28.B
29.B 30.D 31.B 32.A 33.A 34.B 35.D
36.B

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Aula 06 – Ondulatória.

14. Fórmulas que foram utilizadas na aula


Fr   K.x x  A.cos(.t  0 )

2.

T
ou
. (.t  0 ) vMAX  . A
v  . Asen
  2. . f
x2 v2
a   . A.cos(.t  0 )
2
a MAX   . A  1 2
A2  2 A2
m 1 k . 2 k.x2
mv
a   .x T  2. .
2 , f . EMHS  
k  m 2 2

k. A2 L 1 g
EMHSTotal  T  2 e f
2 g 2 L
k b2
  I
Pot

Pot
N  10.log
I
V  . f
m 4m Área 4. .R2 I0
V1 V2
Vsomgás  Vsomliq  Vsomsól . 
1 07856207612

2

n2 1 f1  f2 Vsom  Vobs
 f  f
fBat | f1  f2 | D  f
n1 2 RES 2
O
Vsom  Vfonte

N.V N.V
f f
2.L 4.L

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Aula 07

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Curso de Física para Perito da PCSP
Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

AULA 07: Óptica Geométrica.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Introdução à aula 1
2. Óptica Geométrica 2
7. Exercícios Comentados 55
8 Exercícios propostos 91
9. Gabarito 102
10. Fórmulas mais utilizadas em ondulatória: 102

1. Introdução à aula
07856207612

Olá concurseiro da PCSP!

Nessa aula vamos “conversar” sobre um assunto muito comum no dia a


dia de um Perito Criminal da PCSP, o assunto da aula é a Óptica
Geométrica.

A Óptica Geométrica estuda a luz de um ponto de vista geométrico, ou


seja meramente matemático. Não vamos levar em coonta a natureza da
luz, como onda ou partícula, isso não será relevante para a nossa aula.

Vamos levar em conta o fato de que a luz se propaga em linha reta e daí
então vamos chegar às conclusões de que precisamos para estabelecer as
resoluções das questões.

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Curso de Física para Perito da PCSP
Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

Confesso que se trata de um assunto com uma cobrança pequena em


relação a outros assuntos como Mecânica, mas muito provavelmente
estará presente nas 10 questões da sua prova. –

Como vamos dar um enfoque geométrico à propagação da luz, então


precisamos que você possua conhecimentos básicos de Geometria Plana,
como, por exemplo, ângulos, semelhança de triângulos, entre outros
temas de relevância na Geometria Plana, que serão essenciais para o
entendimento das questões.

2. Conceitos iniciais de Óptica Geométrica.

Para iniciar o estudo da óptica geométrica você deve estar ligado em


alguns conceitos iniciais que dão base de sustentação aos conceitos mais
complexos que serão vistos no decorrer da aula, principalmente no que
diz respeito aos fenômenos da reflexão e refração.

2.1 Fonte de luz

Fonte de luz são quaisquer corpos dos quais se pode receber luz. É um
conceito simples, mas que está cheio de ramificações por conta da
classificação das fontes de luz. Vamos a elas.

a) Quanto à procedência da luz

1) Fontes Primárias:

Fontes primárias de luz são corpos que possuem luz própria, emitindo-a
por si só diretamente para o observador. São exemplos de fontes de luz
primárias: o Sol, uma estrela qualquer, uma vela quando acesa,
uma lâmpada quando acesa.
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2) Fontes secundárias:

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

São corpos que nos enviam luz proveniente de outras fontes. O processo
ocorre por difusão, a luz espalha-se por meio de reflexão, na maioria das
vezes. São exemplos: o computador no qual você está lendo essa aula ou

então o papel em que você imprimiu a aula, a Lua, as nuvens e qualquer
outro corpo que receba luz de uma fonte e possa repassá-la por
meio de difusão.

b) Quando à extensão

1. Fontes puntiformes:

São fontes nas quais não interessa, para os problemas, o tamanho da


fonte, ela é considerada como um ponto. Esse conceito assemelha-se ao
conceito de ponto material lá da mecânica.

São exemplos de fontes puntiformes: uma estrela distante, ou qualquer


outro corpo que possa ser considerado pontual.

2. Fontes extensas

São fontes de dimensões não desprezíveis. Nessas, as dimensões são


relevantes para a resolução de problemas. O exemplo mais comum é o
07856207612

sol, que por ser uma fonte de luz extensa, acaba gerando um
fenômeno muito interessante que são os eclipses.

2.2 Meios transparentes, translúcidos e opacos

Outro conceito importante é o relativo aos tipos de meios que vamos nos
deparar no decorrer da aula de óptica geométrica.

a) Meios transparentes

São aqueles que permitem a passagem de luz regular, sem grandes


desvios. Não existe meio absolutamente transparente, apenas o vácuo.

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Aula 07 – Óptica Geométrica

No entanto, vamos considerar camadas não muito espessas, e assim,


uma água límpida pode ser considerada como um meio transparente.

b) Meios translúcidos

São os meios em que a luz descreve trajetórias bem irregulares no


seu interior, desviando-se totalmente do trajeto natural, impedindo que
se forme uma imagem bem definida. É muito comum em boxes de
banheiros esse tipo de vidro, no qual uma pessoa do outro lado não
acaba sendo bem vista pelo observador, por conta da mudança de
trajetória da luz proveniente do objeto.

Veja na figura acima que os raios de luz que chegam ao observador estão
todos fora da trajetória natural, o que gera a imagem destorcida.

c) Meios opacos

Os meios opacos impedem que a luz os atravesse. Assim o observador


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não verá imagem alguma, caso tente olhar o objeto por meio desse
material.

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Exemplos de meio opaco são muitos. Uma parede pode ser considerada
um meio opaco. Enfim, qualquer meio pelo qual não seja possível
enxergar um objeto é considerado um meio opaco.

2.3 Raio de Luz

Raio de luz é uma linha orientada que tem origem na fonte de luz
e é perpendicular às frentes de luz esféricas, no caso de uma fonte
pontual. Os raios de luz indicam o sentido e a direção de propagação da
luz.

Na figura acima você pode notar vários raios de luz propagando-se


retilineamente, alguns a partir do sinal vermelho do semáforo, que
provavelmente irão atingir os olhos de um pedestre ou condutor, por
exemplo.

2.4 Feixe de luz

O feixe de luz é formado pelo conjunto de raios de luz provenientes de


uma mesma fonte. Observe nas figuras abaixo um feixe de luz e um
pincel de luz, quando fazemos esses raios de luz passarem por um orifício
pequeno.

07856207612

Os feixes e pinceis de luz possuem uma classificação de acordo com a sua


geometria. Observe os tipos de pinceis e feixes abaixo.

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O primeiro chama-se pincel cônico divergente, enquanto que o segundo


chama-se pincel cônico convergente e o terceiro é o cilíndrico.

Um exemplo bem comum dos tipos de pinceis de luz na prática é a lente


convergente de uma lupa, nela você pode notar a presença dos três tipos
de pinceis.

2.5 Princípio da independência dos raios de luz

Os raios de luz são independentes, ou seja, a propagação de um pincel de


07856207612

luz não é perturbada pela propagação de outros no mesmo ambiente.

Você já pensou se isso não fosse verdade, a bagunça que seria se um raio
de luz interferisse na propagação do outro?

Quando um pincel de luz encontra outro, ocorre o cruzamento dos raios


de luz e cada um mantém o seu movimento independentemente do outro.

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Veja nas figuras acima a propagação independente dos raios de luz


provenientes de várias fontes de luz.

2.6 Princípio da propagação retilínea dos raios de luz

O princípio da propagação retilínea é importantíssimo e dá base para


muita coisa na óptica geométrica.

“Em meios homogêneos e transparentes, a luz propaga-se em


linha reta”.

Meio homogêneo é um meio que apresenta as mesmas propriedades


em toda a sua extensão.

Se você fizer a experiência esquematizada na figura acima, você pode


observar experimentalmente o princípio da propagação retilínea, basta
notar que os furos nas placas e a fonte de luz mantém a mesma linha
reta. 07856207612

Uma das principais aplicações e decorrências do princípio acima é a


sombra, que decorre da propagação retilínea da luz.

Outra decorrência é a câmara escura de orifício. Vejamos.

2.6 Câmara escura de orifício

A câmara escura de orifício também utiliza o princípio da propagação


retilínea. Ela consiste em um experimento simples, onde teremos uma
câmara escura com um fundo revestido de papel especial para projeção
de imagens e um pequeno orifício do outro lado, por onde entrarão os
raios de luz.

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Colocando-se um objeto à frente do orifício da câmara, haverá a projeção


de uma imagem invertida no fundo da câmara, que pode ser observada
retirando-se o papel fotográfico de dentro da câmara.

A imagem será invertida, justamente por conta da propagação retilínea.


Vamos agora demonstrar uma fórmula para saber calcular o tamanho da
imagem de acordo com as características do problema.

Na figura acima, chamando de “O” o ponto correspondente ao orifício da


câmara, podemos notar dois triângulos semelhantes, que vão dar origem
à seguinte proporção:

ABO  A' B ' O


o p
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 
i p'
A fórmula acima permite encontrar o tamanho da imagem.

3. Reflexão

O primeiro fenômeno a ser entendido por nós será a reflexão da luz. Esse
fenômeno se parece um pouco com a reflexão de ondas, uma vez que a
luz é uma onda eletromagnética. No entanto, vamos estudar a reflexão
apenas do ponto de vista geométrico.

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Conceitualmente, ocorre reflexão da luz quando a luz incide sobre uma


superfície chamada de superfície refletora e volta a se propagar no
mesmo meio do qual se originou.

No esquema abaixo, perceba como são esquematizados os elementos
essenciais para que seja bem entendida a reflexão.

Na figura acima você pode verificar alguns elementos presentes na


reflexão da luz, quais sejam,

 AB é o raio incidente
 BC é o raio refletido
 i é o ângulo de incidência
 r é o ângulo de reflexão
 N é a reta normal (perpendicular à superfície no ponto de
incidência)
 T é a reta tangente à superfície.
A reflexão da luz é o fenômeno que explica a formação de imagens em
espelhos, planos e esféricos, por exemplo, (fique tranquilo, pois vamos
estudar esses dois sistemas físicos em breve).

Agora vamos às Leis da Reflexão, que são as Leis que dão base de
sustentação a toda a reflexão da luz. 07856207612

3.1 Leis da reflexão

a) 1ª Lei da Reflexão:

“O raio incidente, o raio refletido e a normal são coplanares.”

Essa lei não possui uma aplicação prática muito forte, principalmente em
questões de concurso, contudo você deve estar ligado para qualquer
questão teórica versando sobre essa lei.

Ou seja, traduzindo a lei, ela quer dizer que o raio incidente, o raio
refletido e a normal estão contidos no mesmo plano.

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b) 2ª Lei da Reflexão:

”O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão”. –

Essa Lei possui algumas demonstrações, que não valem a pena para nós
mencionarmos aqui nesse curso. Fugiríamos muito aos objetivos do nosso
concurso, o que você deve ter em mente é o princípio da Lei.

ir
Essa é a lei que fornece a base de sustentação para toda a teoria dos
espelhos planos e esféricos.

3.2 Espelho Plano

O espelho plano é o dispositivo óptico mais comum para ilustrar a


reflexão da luz. Ele é geralmente constituído de uma lâmina de vidro e
um composto de prata que recobre uma das faces do vidro.
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A representação esquemática de um espelho plano é a dada abaixo:

O lado indicado pela hachura (hachuriado) representa a parte opaca do


espelho, que não reflete nada. O outro lado representa o lado espelhado
no qual os raios incidem e são refletidos para o mesmo meio, de acordo
com o princípio básico da reflexão da luz.
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3.3 Construção de imagens no espelho plano

Com o espelho plano é possível construir imagens de objetos (reais ou


virtuais) que se põem a sua frente, para isso basta escolhermos dois raios
de luz que saem do objeto e aplicar a 2ª Lei da reflexão aos raios.

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Para obter a imagem de um objeto posto em frente a um espelho plano,


basta seguir os seguintes passos:

 Construir pelo menos dois raios incidentes no espelho que saem do


objeto.
 Aplicar a segunda lei da reflexão nos pontos de incidência.
 Prolongar os raios refletidos
 No encontro dos raios refletidos estarão sendo formadas as imagens
do objeto real.

OBS1.: Note que as imagens são obtidas dos prolongamentos dos


raios refletidos, o que implica dizer que no espelho plano, quando
o objeto é real, ele conjugará imagens virtuais.

OBS2.: Caso o objeto seja virtual, o espelho conjugará imagem


real daquele objeto.

OBS3.: As imagens reais só podem ser vistas, caso sejam


projetadas sobre um anteparo, as virtuais não precisam desse
aparato.

3.4 Propriedade da simetria 07856207612

A propriedade acima se traduz na seguinte frase:

“No espelho plano a imagem e o objeto são simétricos”

Isso significa que o espelho conjugará uma imagem simétrica ao objeto


em questão.

Abaixo demonstraremos a propriedade acima:

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Dois triângulos são fundamentais para a demonstração, quais sejam, os


triângulos OVV’ e IVV’.

Veja que o ângulo  é congruente ao ângulo i, pois são ângulos


alternos internos.

Veja ainda que os ângulos ’ e r são ângulos correspondentes, o


que implica congruência entre eles também.

No entanto, de acordo com a 2ª Lei da Reflexão, os ângulos i e r são


iguais. Logo os ângulos  e ’ são iguais.

Portanto, os triângulos OVV’ e IVV’ são congruentes, pois possuem


os três ângulos iguais e um lado comum (VV’).

Logo, podemos afirmar que a distância do objeto ao espelho (p) é


igual à distância da imagem ao espelho (q).

Essa propriedade é fundamental para o espelho plano, a partir dela


demonstraremos outras propriedades importantes.
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As imagens, por conta da simetria, são enantiomorfas em relação ao


objeto, isso significa que, por exemplo, caso você levante a mão
esquerda em frente a um espelho, na imagem aparecerá na imagem a
mão direita.

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Uma letra apareceria invertida, por conta dessa propriedade, veja:

É por esse motivo que nas ambulâncias o nome é escrito ao contrário, de


trás para frente. Veja:

3.5 Campo visual de um espelho 07856207612

O campo visual de um espelho plano é a região do espaço na qual um


objeto colocado pode ser “enxergado” por um observador.

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Na figura acima temos representado o campo visual do espelho para um


observador localizado em P, lembrando que para cada observador
existe um campo visual diferente. Mas nesse momento o que
interessa é você saber que qualquer objeto colocado dentro do campo –
visual pode ser observado através do espelho pela reflexão especular.

Abaixo você pode notar que o observador em O pode “enxergar” através


do espelho os objetos colocados nos pontos 3 e 4, enquanto que um
observador colocado em 3 consegue ver objetos colocados em O, 1 e 2.

Para construir o campo visual de um espelho plano, você deve


primeiramente construir a imagem do observador através do espelho.
Feito isso, trace duas linhas que tangenciem as extremidades do espelho.
O resultado será a região chamada de campo visual do espelho.

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3.6 Translação de um espelho plano

Um espelho plano é um sistema óptico que pode ser transladado, ou seja,


movimentado em um eixo perpendicular ao eixo do espelho. Essa
translação vai nos trazer uma nova informação acerca desse sistema
óptico. Vejamos:

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O ponto F possui inicialmente a imagem F’. Ao transladar o espelho, de


uma distância x, a imagem agora vai estar a uma distância d + x do
espelho, pois o objeto está a uma distância d + x do espelho.

Vamos calcular a distância y que a imagem “andou”, devido ao


movimento do espelho.

Note na figura ainda que a distância 2d, somada a distância y é


equivalente ao dobro da distância d + x.

Assim,
2.(d  x)  2d  y
y  2.x
Ou seja, a distância percorrida pela imagem é o dobro da distância
percorrida pelo espelho.

Essa conclusão é importante, pois podemos transformá-la para


velocidades. 07856207612

Vimg  2.Vesp
As principais informações acerca do espelho plano foram as que eu acabei
de passar. Ainda existem outras informações acerca do espelho plano, no
entanto, acredito que não serão cobradas pelo CESPE na sua prova.

3.7. Espelhos esféricos

Os espelhos esféricos são uma classe de espelhos que possuem algumas


características que o individualizam em suas aplicações práticas. São
utilizados na prática por conta de seu campo visual maior, quando
comparado ao campo visual de um espelho plano.

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“Por definição, espelho esférico é qualquer calota esférica polida


com alto poder refletor”.

O plano amarelo determina uma casca chamada de calota esférica, a qual


pode ser uma superfície refletora côncava ou convexa.

Se a superfície refletora estiver voltada para dentro da esfera, então o


espelho é chamado de espelho côncavo.

Por outro lado, se a superfície refletora for a da parte de fora da esfera,


então o espelho é chamado de espelho convexo.

A figura acima mostra um raio de luz sendo refletido nos dois tipos de
espelhos esféricos que vamos trabalhar nessa aula.

O eixo principal do espelho é importante para entendermos os próximos


conceitos dos espelhos esféricos.

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O eixo principal é o eixo horizontal que passa pelo centro da esfera e pelo
vértice do espelho, conforme a figura acima. O centro do espelho se
confunde com o centro da esfera, enquanto que o vértice é o ponto médio
entre os pontos A e B da superfície do espelho. O ângulo  é chamado de
ângulo de abertura do espelho.

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3.8 Espelhos esféricos gaussianos

Os espelhos esféricos que serão estudados por nós serão os espelhos


gaussianos, o nome vem em homenagem à Carl Friedrich Gauss, –uma
alemão filho de família humilde, que ficou famoso por seus estudos em
Matemática e Astronomia.

Os espelhos esféricos gaussianos são aqueles que evitam aberrações


de imagem, por conta da esfericidade dos espelhos.

Para fugir das aberrações, vamos considerar apenas os raios paraxiais,


que são aqueles próximos e pouco inclinados em relação ao eixo
principal do espelho.

Os espelhos gaussianos podem ser obtidos por meio do corte bem


pequeno de uma calota esférica. Ou seja, a abertura do espelho é de
no máximo 10°.

3.9 Focos dos espelhos esféricos

O foco de um espelho esférico é um ponto que tem conjugado um ponto


impróprio, vindo do infinito.

O foco de um espelho esférico localiza-se entre o centro e o vértice.

Nos espelhos esféricos gaussianos côncavos ele é real, enquanto que


nos espelhos esféricos gaussianos convexos ele é virtual.

Observe na figura abaixo o foco dos espelhos esféricos estudados nesse


curso.

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Acima você pode visualizar o foco principal de um espelho esférico


côncavo. Um feixe de raios paralelos entre si e paralelos ao eixo do
espelho, oriundos do infinito, sofrem reflexão no espelho e prosseguem
para um encontro no foco principal do espelho.

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Acima você pode visualizar o foco principal de um espelho esférico


convexo.

Um feixe de raios paralelos sofrem reflexão e os prolongamentos dos


raios refletidos encontram-se atrás do espelho em um ponto chamado de
foco principal do espelho convexo.

Você percebeu que eu mencionei que os focos das figuras acima são os
chamados focos principais dos espelhos. Existem infinitos focos
secundários, localizados em um plano focal. O plano focal é um plano
que contém o foco principal e é perpendicular ao eixo principal do
espelho.

Plano focal Plano focal

Foco principal Eixo principal Foco principal Eixo principal

Foco secundário Foco secundário


07856207612

Na figura acima você pode notar o plano focal, o foco principal e o foco
secundário. Note que os raios oriundos do foco principal, depois de
refletidos permanecem em uma trajetória paralela ao eixo principal.

Por outro lado, os raios provenientes do foco secundário depois de


refletidos continuam paralelos, no entanto, não são paralelos ao eixo
principal.

Em um espelho esférico convexo ocorre da mesma forma, no entanto os


focos são localizados atrás do espelho e são, portanto, virtuais.

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3.9.1 Distância focal

O conceito acima é bem simples, a distância focal é a distância entre


o foco e o vértice do espelho. O que você deve ficar atento é para – o
fato de a distância focal ser positiva quando é real e negativa quando é
virtual.

Na figura abaixo estão destacados os principais elementos de um espelho


esférico.

R
f
2
R
fcôncavo  
2
R
fconvexo
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
2
3.10 Raios Luminosos Particulares

Os raios particulares são muito importantes, pois é através deles que


vamos construir as imagens dos objetos colocados à frente dos espelhos.
Vamos estuda-los um a um, o seu comportamento perante os dois tipos
de espelhos que estamos analisando nesta aula.

a) Raio que parte do centro, retorna pela mesma linha que o levou
até o centro.

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b) Todo raio luminoso que incide no vértice do espelho gera, em


relação ao seu eixo principal, um raio refletido simétrico,
formando o mesmo ângulo com o eixo principal.

c) Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal reflete-se


alinhado com o foco principal.

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d) Todo raio luminoso que incide alinhado com o foco principal


reflete-se paralelamente ao eixo principal.

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3.11 Construção de imagens nos espelhos esféricos.

As imagens serão separadas de acordo com o tipo de espelho, por um



motivo bem simples: o espelho côncavo conjuga 5 tipos de imagens,
enquanto que o espelho convexo conjuga apenas um tipo de
imagem.

Vamos iniciar pelo espelho côncavo.

3.11.1 Construção de imagens no espelho côncavo.

O espelho côncavo conjuga 5 tipos de imagem, que podem ser obtidas


por meio do encontro dos raios refletidos. Vamos a cada uma delas.

a) Objeto além do centro de curvatura

A imagem foi construída a partir do raio que parte do objeto


paralelamente ao eixo principal e reflete-se passando pelo foco e também
do raio que parte do objeto e incide sobre o vértice do espelho e reflete-
se seguindo o mesmo ângulo. 07856207612

As caraterísticas da imagem são as seguintes:

 Imagem real, uma vez que é formada pelos raios refletidos, à frente
do espelho.
 Imagem de tamanho menor que o do objeto.
 Imagem invertida em relação ao objeto.
 Formada entre o centro e o foco.

b) Objeto sobre o centro de curvatura

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Essa imagem também foi construída da mesma forma que a anterior,


tomando como base os mesmos raios, contudo, por conta da posição do
objeto, as características da imagem foram alteradas.

 Imagem Real (formada à frente do espelho, as virtuais são


formadas atrás do espelho, pelos prolongamentos dos raios
refletidos)
 Imagem de mesmo tamanho do objeto.
 Imagem invertida em relação ao objeto.
 Formada sobre o centro.

c) Objeto entre o centro e o foco

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Quando o objeto está localizado entre o centro e o foco, a imagem,


formada pelos mesmos raios particulares que foram utilizados na
construção das imagens anteriores, possui as seguintes características:

 Imagem real (formada à frente do espelho, pelos raios refletidos)


 Imagem maior que o objeto.
 Imagem invertida em relação ao objeto.
 Imagem formada antes do foco.

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Observe que essa construção é inversa à construção que foi feita no item
“a”. Apenas mudaram de posição o objeto e a imagem, esse fato está
ligado ao princípio da reversibilidade dos raios de luz.

d) Objeto sobre o foco

Quando o objeto está localizado sobre o foco, os raios refletidos pelo


espelho serão paralelos e como os raios paralelos não se encontram em
uma dimensão visível para nós, então a imagem é denominada
imprópria.

e) Objeto entre o foco e o vértice

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Usamos para a construção dessa imagem os raios oriundos do objeto que


refletem para o foco e na mesma direção do centro, respectivamente.
Perceba que os raios refletidos não se interceptam, pois são divergentes.
No entanto, os prolongamentos desses raios encontram-se atrás do
espelho. Esse tipo de espelho e construção de imagens é muito utilizado
nos consultórios de odontologia pelos dentistas enxergarem os dentes em
tamanho maior, por meio da reflexão dos raios de luz provenientes dos
dentes dos pacientes.

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A imagem formada possui as seguintes características:

 Imagem virtual (formada pelos prolongamentos dos raios refletidos,


atrás do espelho). –
 Imagem direita em relação ao objeto.
 Imagem maior que o objeto.

3.11.2 Construção de imagens no espelho convexo

No espelho convexo, existe apenas um único tipo de imagem formada.

Veja que mais uma vez a imagem é formada pelo prolongamento dos
raios refletidos, o que implicará em uma imagem virtual.

Algo importante acerca das imagens virtuais é o fato de que apenas elas
nós podemos enxergar. Por outro lado não conseguimos ver as
imagens reais, apenas se as projetarmos em um anteparo, isso é muito
comum em provas do CESPE.

3.12 Equação dos pontos conjugados de Gauss


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Gauss elaborou uma equação baseada na semelhança de triângulos que


nos mostra uma relação entre a distância do objeto ao espelho, da
imagem ao espelho e a focal.
Mas antes de prosseguirmos com as fórmulas da equação dos pontos
conjugados e também com a fórmula do aumento linear transversal,
precisamos conhecer o referencial gaussiano, que, na verdade é um
referencial para saber quais distâncias serão positivas e quais serão
negativas, de acordo com o tipo de espelho que teremos.

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Na figura acima as setas indicam os valores que serão tomados com o


sinal positivo e negativo, caso a caso.

O eixo x é orientado sempre no sentido contrário ao da luz


incidente, fazendo com que os elementos reais tenham abscissas
positivas e os elementos virtuais tenham abscissas negativas.

As distâncias do objeto ao espelho e da imagem ao espelho serão


denominadas com as letras p e p’, respectivamente. Observe a ilustração
abaixo.

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Assim, na figura acima, como exemplo, podemos dizer que p e p’ são


positivos.

Podemos resumir o referencial gaussiano da seguinte forma:

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 Espelho Côncavo - F > 0

 Espelho Convexo - F < 0



 Imagem real - p’ > 0

 Imagem virtual - p’ < 0

 Imagem invertida - i < 0

 Imagem direita - i > 0

Vamos agora procurar entender a equação dos pontos conjugados.

Pode-se demonstrar, usando semelhança de triângulos, a seguinte


fórmula:
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1 1 1
 
f p p'
A fórmula acima relaciona as distâncias da imagem e do objeto ao
espelho e também a distância focal.

Existe ainda outra fórmula chamada fórmula do aumento linear


transversal, que relaciona às distâncias da imagem e do objeto ao
espelho, bem como os tamanhos do objeto e da imagem.

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I p'
A 
O p –

Onde, I é o tamanho da imagem e O é o tamanho do objeto.

4. Refração da luz

A refração da luz é um fenômeno por meio do qual a luz incide sobre uma
superfície e após a refração passa a se propagar em um meio diferente.

Antes de prosseguirmos na refração, precisamos entender o conceito de


índice de refração.

4.1 Índice de refração

O índice de refração é um número que traduz a dificuldade que a luz tem


de se propagar naquele meio.

Um índice de refração alto implica dizer que a velocidade da luz naquele


meio é baixa, enquanto que um reduzido índice de refração significa que a
luz propaga-se com alta velocidade naquele meio.

A fórmula do índice de refração absoluto de um meio é a seguinte:

c
n
V
Veja que a matemática não nos deixa errar, ou seja, quanto maior a
velocidade da luz no meio, menor o índice de refração e vice-versa.
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De outra forma, o índice de refração relativo é um índice de refração em


relação a outro. Assim, ele será matematicamente igual a uma razão
entre índices de refração.

c
n V V
n1,2  1  1  2
n2 c V1
V2

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4.2 Elementos geométricos da refração

Os elementos geométricos da refração também são importantes para


entender as leis da reflexão. –

 Raio incidente: é o raio que incide na superfície de separação entre


os dois meios.

 Raio refratado: raio emergente que sai do ponto de incidência em


direção ao meio 2.

 Normal: reta perpendicular à superfície de separação entre os


meios.

 Meio 1: meio de propagação da luz incidente.

 Meio 2: meio de propagação da luz refratada.

 Ângulo de incidência (i): ângulo formado entre a normal e o raio


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incidente.

 Ângulo de refração (r): ângulo entre a normal e raio refratado.

4.3 Leis de refração:

Existem duas leis da refração também, que dão base de sustentação ao


estudo de todas as consequências relativas à refração.

1ª Lei da Refração:

“A 1ª Lei da Refração afirma que o raio incidente, o raio refratado


e a reta normal estão contidos no mesmo plano, ou seja, são
coplanares”.

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Assim como na reflexão, essa lei não possui muita aplicabilidade prática
nem matemática para as questões do nosso concurso.

2ª Lei da Refração: –

A segunda lei da refração é possível demonstrá-la matematicamente, no


entanto, não vale a pena para o nosso concurso perder tempo com essa
demonstração, vamos nos preocupar em aprender essa lei e sua
aplicabilidade em questões de concursos.

Matematicamente,

n1.sen1  n2 .sen 2

Vamos fazer agora uma análise do desvio angular sofrido pelo raio de luz
incidente.

Vamos primeiramente isolar o seno do ângulo de refração e após fazer


uma análise matemática dele perante as possibilidades de índices de
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refração dos meios.


n1.sen1  n2 .sen 2
n1
sen 2  .sen1
n2
Na figura a (abaixo), o raio refratado aproxima-se da normal, desviando
no sentido horário, isso ocorre por conta do seno do ângulo 2, que é
menor que o seno do ângulo 1.

Isso ocorre quando o raio de luz passa de um meio menos refringente


para um meio mais refringente. Observe a demonstração matemática:

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sen 2 n1

sen1 n2 –
se n1  n2
 2  1

O mesmo raciocínio vamos adotar na figura b.

Nesse caso o raio de luz vai passar de um meio mais refringente para um
meio menos refringente (exemplo: da água para o ar).

sen 2 n1

sen1 n2
se n1  n2
 2  1
Outra observação importante é quanto à incidência normal, ou seja,
quando o ângulo de incidência vale 0°, nesse caso o raio incidente é
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coincidente com a normal.

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No caso da incidência normal, basta colocar o ângulo de incidência igual a


zero, que teremos um ângulo de refração igual a zero também.

4.4 Ângulo limite e reflexão total

Existe um fenômeno associado à refração chamado reflexão total. Mas


antes de adentrar propriamente nesse tema, vamos entender outra
reflexão, que é a reflexão regular que existe em toda refração.
Ao incidir em uma superfície de separação entre dois meios, um raio de
luz sofre refração e reflexão, no entanto a reflexão é bem menos intensa
que a reflexão que ocorre nas superfícies refletoras como um espelho
plano.

Vamos analisar essa reflexão a partir da figura abaixo:

O raio K é o raio incidente, enquanto que o raio K’’ é o raio refratado. A


novidade aqui é o raio refletido K’. Ele sempre vai ocorrer, mesmo que em
pequena porcentagem em relação a todo o fenômeno.

É por isso que você já deve ter notado que quando se coloca em frente a
uma superfície de um lago, você consegue notar uma pequena reflexão,
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podendo ver a sua imagem ainda que distorcida por meio do espelho
d’água.

Bom, entendida essa reflexão, vamos à reflexão total.

A reflexão total ocorre quando um raio de luz passa de um meio mais


refringente para um meio menos refringente. (água para o ar).

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Observe, na figura acima, que quando o ângulo de incidência vai


aumentando o ângulo de refração vai aumentando também. Ocorre que
como o ângulo de refração é maior que o ângulo de incidência, então
acaba ocorrendo o seguinte fenômeno:

A partir de certo ângulo de incidência, o raio refratado não vai mais


ocorrer, havendo apenas raio incidente e refletido.

Logo, o fenômeno se chama reflexão total.

Vamos aprender agora a calcular o ângulo limite.

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Vamos aplicar a Lei de Snell à situação limite.

nmaior .senL  nmenor .sen90


nmenor
senL 
nmaior

Assim, podemos calcular o seno do ângulo limite sabendo quanto valem


os índices de refração dos meios.
As condições para que ocorra o fenômeno da reflexão total são as
seguintes:

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 A luz deve passar de um meio mais refringente para um meio


menos refringente.

 O ângulo de incidência deve ser igual ou superior ao ângulo limite.

Um fenômeno muito comum que ocorre nas estradas brasileiras são as


miragens, fenômeno que está associado à reflexão total.

Quando a temperatura do solo fica muito alta, o ar aquecido torna-se


menos denso e por via de consequência menos refringente que o ar que
se encontra um pouco mais em cima. Assim um raio de luz pode ao
penetrar na atmosfera terrestre sofrer reflexão total, o que faz aparentar
que certa região da estrada está molhada.

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4.5 Dioptro plano

O Dioptro plano é um sistema físico que estamos trabalhando desde o


início do estudo da refração.

Na verdade dioptro plano é um sistema constituído de dois meios de


refringência distinta que fazem uma fronteira plana.

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Por conta do desvio da luz, quando se observa um objeto por meio de um


dioptro plano, os objetos aparentarão distâncias diferentes.

Na figura acima você pode perceber que o observador acaba pensando


que o objeto está em uma profundidade menor que a real.

É possível calcular essa distância aparente por meio de uma fórmula


matemática, valida para um observador próximo à vertical. Veja:

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Para ângulos pequenos a tangente do ângulo é praticamente igual


ao seno, e é justamente essa aproximação que será utilizada.

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n2 .sen 2  n1.sen1
n2 .tg 2  n1.tg1

AB AB
n2  n1.
d real d aparente
d aparente ndestino

d real norigem

Como o índice de refração do meio de destino é menor que o índice de


refração do meio de origem, a profundidade aparente é menor que a
profundidade real.

Por outro lado, se o observador estiver posicionado em um meio cujo


índice de refração é maior que o índice de refração do objeto a ser
localizado, então vamos ter uma pequena diferença, no entanto, a
fórmula matemática é a mesma.

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d aparente ndestino

d real norigem

Assim, a única diferença é que como o índice de refração de destino agora


é maior (água), então a distância aparente é maior que a distância real.

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5. Instrumentos ópticos

5.1 Lentes delgadas



Vamos começar a estudar alguns instrumentos ópticos e o primeiro será a
lente esférica delgada.

As lentes são instrumentos utilizados geralmente em perícias para avaliar


elementos de tamanho reduzido, exatamente por conta do alto poder de
aumento que algumas lentes apresentam.

Outra aplicação prática são as correções de ametropias, que são os


defeitos de visão, ocasionados pela má formação do globo ocular
(aumentado ou reduzido).

O processo de formação de imagens em lentes esféricas é dado por meio


do fenômeno da refração da luz.

Vamos iniciar com a classificação das lentes esféricas.

5.1.1 Classificação das lentes delgadas

As lentes são classificadas em duas grandes categorias, que são as lentes


de bordas finas e de bordas grossas.

a) bordas finas:

Entre as lentes de bordas finas figuram três tipos de lentes:

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O primeiro nome a ser escrito na momento da nomenclatura da lente é o


daquela parte de maior raio de curvatura.

b) bordas grossas:

Aqui também são três tipos:

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Em geral as lentes de bordas finas são convergentes, ou seja,


convergem a luz incidente sobre ele, e as lentes de bordas grossas
são divergentes, pois nesse caso os raios de luz afastam-se da normal
quando incidem na lente.

Isso só vai mudar caso tenhamos a lente inserida em um meio mais


refringente que o meio do qual é feita a lente. Como, geralmente, as
lentes são colocadas no ar, então as de bordas finas são
convergentes enquanto que as de bordas grossas são divergentes.

5.1.2 Focos e antiprincipais

Vamos entender esses dois pontos importantes na geometria das lentes


delgadas.

Aqui as lentes se parecem muito com os espelhos esféricos, no entanto


algumas diferenças devem ser ressaltadas.

a) Focos

Aqui mais uma vez temos o foco que é o ponto imagem de um objeto
localizado no infinito, ou seja, de um feixe luz paralelo. Observe na figura
abaixo os focos de uma lente delgada convergente e divergente.
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Nas figura acima você pode notar que cada lente possui dois focos,
simetricamente dispostos em relação ao centro óptico da lente.

A distância focal será dada da mesma forma que fizemos para os


espelhos, será a distância entre o foco e o centro óptico da lente, que é
o ponto de interseção entre o eixo principal e a própria lente.

O detalhe é que na lente divergente esse foco será negativo.

Antiprincipais são pontos que fazem as vezes de centro dos espelhos


esféricos. São pontos que estão localizados a uma distância 2.f do
centro óptico da lente.

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Acima você pode notar os focos e os antiprincipais de uma lente


convergente e de uma divergente.

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Resumindo, a figura abaixo ilustra todos os pontos de fundamental


importância nas lentes esféricas delgadas, são os chamados elementos da
lente delgada.

5.1.3 Raios luminosos particulares

Assim como nos espelhos esféricos, temos nas lentes também alguns
raios luminosos particulares que nos auxiliarão na construção das
imagens conjugadas pelas lentes.

Vamos conhecer esses raios, que se parecem muito com os raios


particulares dos espelhos, com algumas adaptações, já que aqui o
fenômeno predominante é a refração.

a) raios paralelos ao eixo principal sofrem refração e dirigem-se para o


foco após a refração.

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b) raios oriundos do foco após a refração dirigem-se paralelamente ao


eixo principal.

c) Todo raio que incide na lente sobre o centro óptico sofre refração sem
mudar a sua direção.

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d) Qualquer raio de luz oriundo de um antiprincipal sofre refração e


prossegue se propagando para o outro antiprincipal, localizado do outro
lado da lente.

5.1.4 Construção de imagens em lentes esféricas.

Assim como fizemos no caso dos espelhos, vamos separar a construção


das imagens por tipo de lente (convergente e divergente).

a) Lentes convergentes

Nas lentes convergentes, a construção se assemelha muito com a


construção de imagens nos espelhos côncavos.
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1. Objeto situado além do antiprincipal:

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2. Objeto situado sobre o antiprincipal:

3. Objeto entre o antiprincipal e o foco:

4. Objeto situado sobre o foco.

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Nesse caso não haverá formação de imagem, dizemos que a imagem é


imprópria.

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5. Objeto entre o foco e o centro óptico

Mais tarde falaremos mais sobre esse tipo de imagem formada e suas
aplicações práticas, pois essa lente é conhecida como LUPA ou
MICROSCÓPIO SIMPLES.

b) Lentes divergentes

Aqui temos apenas um tipo de imagem conjugada pelas lentes


divergentes. Vejamos.

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5.1.5 Equação dos pontos conjugados para as lentes

Aqui, assim como nos espelhos temos também uma equação que
relaciona as distâncias do objeto à lente, da imagem à lente e a distância
focal.

Essa equação pode ser demonstrada através da semelhança de


triângulos:

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A equação dos pontos conjugados será dada por:

1 1 1
 
f p p'
Aqui também teremos uma equação acerca do aumento linear transversal
da imagem. Vejamos:

I p'
A 
O p
Mas antes de sair aplicando as fórmulas, você deve conhecer o
referencial gaussiano para as lentes, ele se parece um pouco com o
referencial gaussiano para os espelhos.
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Com esse quadro resumo você pode ficar tranquilo com qualquer questão
relacionada à aplicação das fórmulas das lentes.

5.1.6 Cálculo da distância focal – equação dos fabricantes– de


lentes

A distância focal de uma lente não é tão simples como a distância focal de
um espelho esférico que é dada pela metade do raio.

Aqui devemos conhecer a equação dos fabricantes de lentes, que na


verdade é uma equação que envolve os índices de refração da lente e do
meio na qual está inserida e os seus raios de curvatura.

A equação pode ser demonstrada a partir da equação do dioptro esférico,


que não vamos mencionar nesse curso, portanto, vamos aceitar a fórmula
abaixo (rsrsrsrs).

A fórmula é a seguinte:

1  nLente   1 1 
  1 .   
f  nmeio   R1 R2 
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Na fórmula acima você deve ficar ligado apenas nos sinais dos raios. Para
isso basta memorizar o resumo abaixo:

 Faces convexas: raios de curvatura positivos


 Faces côncavas: raios de curvatura negativos

5.1.7 Teorema das vergências

Antes de adentrarmos propriamente no teorema acima, é de fundamental


importância que conheçamos o conceito de vergência.

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Vergência de uma lente traduz o quanto ela é forte, ou seja, uma lente
forte possui alta vergência e vice e versa.

– de
O nome vergência também está ligado ao poder que uma lente tem
convergir ou divergir um raio de luz.

Conceitualmente, podemos dizer que a vergência é o inverso da


distância focal, pois se a distância focal é grande, o poder de
convergência da lente é pequeno, por outro lado, uma lente de pequena
distância focal, possui um alto poder de convergência, pois ela precisa em
um pequeno espaço fazer convergirem os raios de luz para um ponto
(foco).

Assim,
1
V
f
A unidade de vergência é o di (dioptria), que equivale ao m-1, na prática
ele é conhecido como grau (°) aquele que o seu oftalmologista
recomenda quando você precisa usar óculos.

Agora que você conhece o conceito de vergência, vamos entender o


teorema das vergências.

O teorema acima afirma que lentes justapostas podem ser substituídas


por uma lente equivalente cuja vergência é a soma das vergências.

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Por exemplo, na figura acima temos duas lentes justapostas, cuja


vergência da associação pode ser substituída por:

Veq  V1  V2

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5.2 Câmara fotográfica

Vamos conhecer agora esse novo instrumento óptico que é a câmara


fotográfica, que funciona da seguinte forma: –

Os raios de luz que partem do objeto penetram no corpo da câmera por


meio de uma lente chamada de lente objetiva, que possui distância focal
ajustada para focalizar a imagem onde passa o rolo do filme. A diferença
dessa maquina antiga para a maquina digital é a forma de
armazenamento, que nas máquinas modernas se da por meio de uma
memória digital e não de um filme fotográfico.

5.3 Lupa ou Microscópio Simples

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Eis aqui o instrumento óptico mais comum em provas CESPE, na verdade


ela é o único que vi cair até hoje, por isso vamos focar nossos esforços
em entender do que se trata a lupa, largamente usada em exames
periciais.

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Um objeto é colocado entre o foco e o centro óptico de uma lente


convergente, projetando uma imagem que ao ser vista pelo observador é
do tipo virtual, direita e maior em relação ao objeto.

Esse tipo de instrumento é muito comum por conta de sua simplicidade,
podendo ser carregado para o local de um acidente, por exemplo, para
visualizar uma marca de frenagem com mais detalhes ou vestígios de um
disparo de arma de fogo.

Existem diversos outros tipos de instrumentos ópticos, no entanto, não


acredito que serão cobrados de vocês pelo CESPE.

Portanto, se você quiser entender bem a lupa, basta saber aplicar as


equações das lentes esféricas para o caso de uma lente delgada
convergente.

6. Óptica da Visão

A óptica da visão é certamente um tema fascinante, seja por sua


aplicação prática em nosso dia a dia, seja pela sua frequência em provas.

O olho humano é um instrumento óptico altamente complexo, que possui


muitos elementos, tecidos e outras coisas que não nos interessam.

Veja abaixo um olho humano e alguns de seus elementos.

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Dos elementos acima, alguns serão importantes para a Física, e abaixo


você pode verificar um olho humano simplificado.

Esse é o que chamamos de olho reduzido.

Veja que temos uma lente convergente no olho humano acima, essa lente
é chamada de cristalino, de fundamental importância na formação das
imagens no olho humano.

6.1 Acomodação visual

Você já deve ter percebido que a imagem se forma na retina do globo


ocular, independentemente da distância em que é colocado o objeto real.

Assim, alguma coisa deve variar, pois a distância da imagem à lente é


sempre constante e igual a 15mm.

1 1 1
 
f p p'
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Como o p’ é sempre constante e o p pode variar de acordo com a posição


do objeto, então a distância focal deve variar.

E é exatamente isso que acontece com o olho humano na formação de


imagens, a distância focal modifica-se, através da mudança dos raios de
curvatura do cristalino.

1  nLente   1 1 
  1 .   
f  nmeio   R1 R2 

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Os raios são modificados pela ação dos músculos ciliares, que são
responsáveis pelo arredondamento ou estiramento do cristalino.

6.2 Ponto Próximo e Ponto Remoto –

Os pontos acima, em um olho normal, são sempre fixos, e estão


localizados aproximadamente nas posições da figura abaixo.

Os pontos próximo e remoto definem o que chamamos de zona de


acomodação, que é a região na qual um objeto pode ser focalizado pelo
cristalino, sem o auxílio de lentes corretivas.

De acordo com a figura acima, vamos calcular a variação de vergência


que o cristalino consegue realizar apenas com a ação dos músculos
ciliares.

1 1 1
 
f p p'
1 1 1
 
f ' 25cm p '
1 1 1
 
f ''  p '
1
V ' V ''   4ou di
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25cm

O cálculo acima foi feito considerando-se a diferença das vergências,


subtraindo as equações.

Assim, o olho humano consegue mudar a sua vergência em até 4 graus


ou dioptrias, apenas pela ação dos músculos ciliares. Quando essa
mudança não está sendo feita de forma correta, é porque os músculos
ciliares estão desgastados, e isso geralmente ocorre com pessoas idosas,
é o que chamamos de vista cansada.

Quando o olho humano está realizando esforço máximo de acomodação, a


posição em que o objeto está é chamada de ponto próximo.

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Por outro lado, quando o esforço é mínimo, ou nenhum esforço, dizemos


que o objeto está no ponto remoto, que para o olho humano é
considerado no infinito.

6.3 Defeitos da Visão

Os defeitos da visão que vamos tratar em nossa aula são os principais, ou


seja, a miopia e a hipermetropia, são aqueles que costumam cair em
provas.

O olho normal possui um tamanho característico, que você já deve ter


percebido que vale aproximadamente 15mm. Ocorre que em algumas
pessoas a formação do globo ocular possui imperfeições, que não nos são
importantes nesse momento, e o olho acaba tendo um tamanho menor ou
maior que o normal.

Esses olhos alongados ou encurtados é que dão origem às ametropias que


serão estudadas aqui.

6.3.1 Miopia

A miopia ocorre quando o olho é um pouco mais longo que os 15mm.

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Assim, a imagem se forma antes da retina, ocasionando uma formação de


imagem distorcida.

A pessoa míope possui um problema no ponto remoto, ele não está


localizado no infinito, ele está localizado em uma distância finita, veja
abaixo um exemplo de um olho míope e do ponto remoto correspondente.

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Veja que o “sonho” do míope é conseguir que um objeto localizado muito


longe, muito distante, estivesse localizada no seu ponto remoto, que está
a uma distância finita.

A lente corretiva para o problema é a lente divergente, pois ela pode


“pegar” um objeto no infinito e localizar justamente no seu foco. Assim,
podemos calcular a distância focal de uma lente corretiva, bastando para
isso saber onde está localizado o ponto remoto do olho míope.

Vamos tomar como exemplo o professor que vos escreve. Eu sou míope,
e o meu ponto remoto está localizado a uma distância de 25cm, ou seja,
um objeto localizado a mais de 25cm já não consegue ser focalizado pelo
meu cristalino. Eu preciso então que um objeto no infinito esteja
localizado no meu ponto remoto, ou seja, a 25cm do meu olho.

1 1 1
 
f p p'
1 1 1
 
f  0, 25
V  4di
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Assim, a minha lente corretiva tem 4° e é do tipo divergente. No


esquema abaixo você percebe a função da lente corretiva no olho míope.

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Aula 07 – Óptica Geométrica

6.3.2 Olho Hipermétrope

A hipermetropia é um defeito de visão que ocorre também pela má


formação do globo ocular, nesse caso o globo ocular é encurtado– em
relação ao olho normal. Ou seja, no caso da hipermetropia temos o
inverso da miopia.

A imagem se forma atrás da retina, precisando-se de um poder de


convergência maior para o cristalino, para que ele possa conseguir
focalizar a imagem na retina.

O problema do hipermétrope está no ponto próximo, que não está a


25cm, está mais longe que isso. A pessoa que quer ler um livro acaba
afastando o livro do seu olho para que ele possa estar no seu ponto
próximo, mais longe do que os 25cm.

O esquema abaixo mostra como funciona o problema em relação ao olho


normal.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

A lente corretiva para esse tipo de problema é a lente convergente, pois


ela converge os raios, possibilitando a formação das imagens na retina.

Veja abaixo a correção da hipermetropia: –

A lente aumenta a convergência do olho, fazendo a imagem se formar no


local correto, ou seja, sobre a retina.

7. Exercícios Comentados

01. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Quando


olhamos para um aquário e visualizamos um peixe, raios luminosos
emitidos pelo peixe atingem nossos olhos após sofrerem duas refrações
consecutivas: da água para o vidro e do vidro para o ar. Lembrando que o
índice de refração absoluto de vidro é maior que o da água e o da água
maior que o do ar, a trajetória de um raio de luz refletido pelo peixe P
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que atinge o olho de um observador O, está corretamente representada


em

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

Resposta: item E.

Comentário:

Essa é mais uma questão que abordou a lei de Snell, no entanto, aqui
estamos falando exclusivamente da luz, que é uma onda eletromagnética.

Para resolver essa questão com certeza, basta lembrar a fórmula vista
acima.

n2 sen1

n1 sen 2
Da fórmula acima, podemos afirmar que o seno do ângulo de refração é
inversamente proporcional ao índice de refração do meio.

Assim, podemos resumir da seguinte forma:


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 Passando de um meio mais refringente para um meio menos


refringente o índice de refração diminui, o que implica dizer que o
ângulo de refração é maior que o ângulo de incidência. O exemplo
seria então a luz passando do vidro para o ar afastando-se da reta
normal.

 Passando de um meio menos refringente para um meio mais


refringente, o índice de refração aumenta, o que implica dizer que
o ângulo de refração diminui, portanto o raio de luz aproxima-se da
reta normal.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

A conclusão é a seguinte, quando o raio de luz passa da água para o


vidro, o raio aproxima-se da reta normal, ficando mais “em pé”, por outro
lado, passando do vidro para o ar, o raio de luz afasta-se da reta normal.

Portanto, a ideia dessa questão é fazer você relacionar a equação de Snell
para avaliar o desvio do raio de luz.

Acompanhe abaixo uma análise do desvio angular.

Vamos primeiramente isolar o seno do ângulo de refração e após fazer


uma análise matemática dele perante a possibilidades de índices de
refração dos meios.
n1.sen1  n2 .sen 2
n1
sen 2  .sen1
n2
Na figura a, o raio refratado aproxima-se da normal, desviando no sentido
horário, isso ocorre por conta do seno do ângulo 2, que é menor que o
seno do ângulo 1.

Isso ocorre quando o raio de luz passa de um meio menos refringente


para um meio mais refringente. Observe a demonstração matemática:

sen 2 n1

sen1 n2
se n1  n2
 2  1
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O mesmo raciocínio vamos adotar na figura b.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

Nesse caso o raio de luz vai passar de um meio mais refringente para
um meio menos refringente (exemplo: da água para o ar).


sen 2 n1

sen1 n2
se n1  n2
 2  1
Outra observação importante é quanto à incidência normal, ou seja,
quando o ângulo de incidência vale 0°, nesse caso o raio incidente é
coincidente com a normal.

Perceba na figura acima a diferença entre uma incidência inclinada e uma


incidência normal.

No caso da incidência normal, basta colocar o ângulo de incidência igual a


zero, que teremos um ângulo de refração igual a zero também.

02. (VUNESP – SP - PREFEITURA MUNICIPAL DE JABOTICABAL –


PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 2013)

Leia o seguinte texto: 07856207612

Na primeira semana de setembro de 2013, vários meios de comunicação


noticiaram o caso de um prédio que está em construção em Londres, que
provavelmente seria o responsável pela queima de partes de plástico de
um carro estacionado na rua. A explicação para a queima refere-se ao
formato dos vidros espelhados do edifício e compara a situação com a de
uma “criança que brinca de queimar folhas intensificando os raios solares
com uma lupa”.

(www.engenhariae.com.br. Adaptado)

Considerando o teor desse texto, pode-se afirmar que os vidros do prédio


funcionam como um espelho

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

(A) côncavo e a lupa é uma lente convergente.


(B) convexo e provoca uma refração dos raios solares.
(C) côncavo e a lupa é uma lente divergente. –
(D) convexo e provoca uma reflexão dos raios solares.
(E) plano e a lupa é uma lente convergente.

Resposta: Item A.

Comentário:

Os espelhos podem ser planos ou esféricos, os esféricos dividem-se em


côncavos e convexos.

Os espelhos côncavos refletem a luz e a convergem para um ponto real, à


frente do espelho, chamado foco.

Observe um resumo teórico de espelhos esféricos:

Os espelhos esféricos são uma classe de espelhos que possuem algumas


características que o individualizam em suas aplicações práticas. São
utilizados na prática por conta de seu campo visual maior, quando
comparado ao campo visual de um espelho plano.

“Por definição, espelho esférico é qualquer calota esférica polida


com alto poder refletor”.

O plano amarelo determina uma casca chamada de calota esférica, a qual


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pode ser uma superfície refletora côncava ou convexa.

Se a superfície refletora estiver voltada para dentro da esfera, então o


espelho é chamado de espelho côncavo.

Por outro lado, se a superfície refletora for a da parte de fora da esfera,


então o espelho é chamado de espelho convexo.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

A figura acima mostra um raio de luz sendo refletido nos dois tipos de
espelhos esféricos que vamos trabalhar nessa aula.

O eixo principal do espelho é importante para entendermos os próximos


conceitos dos espelhos esféricos.

O eixo principal é o eixo horizontal que passa pelo centro da esfera e pelo
vértice do espelho, conforme a figura acima. O centro do espelho se
confunde com o centro da esfera, enquanto que o vértice é o ponto médio
entre os pontos A e B da superfície do espelho. O ângulo  é chamado de
ângulo de abertura do espelho.

O foco de um espelho esférico é um ponto que tem conjugado um ponto


impróprio, vindo do infinito.

O foco de um espelho esférico localiza-se entre o centro e o vértice.


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Nos espelhos esféricos gaussianos côncavos ele é real, enquanto que


nos espelhos esféricos gaussianos convexos ele é virtual.

Observe na figura abaixo o foco dos espelhos esféricos estudados nesse


curso.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

Acima você pode visualizar o foco principal de um espelho esférico


côncavo. Um feixe de raios paralelos entre si e paralelos ao eixo do
espelho, oriundos do infinito, sofrem reflexão no espelho e prosseguem
para um encontro no foco principal do espelho.

Na nossa questão a queima das partes de plástico do veículo se deram


por conta da intensa concentração de raios de luz em um ponto chamado
foco, onde provavelmente o carro estava estacionado.

No caso das crianças que brincam com fogo, realizando a queima de


folhas por meio da concentração dos raios de luz refratados pela lupa,
que é uma lente convergente. Vamos ver o um resumo teórico acerca dos
focos de uma lente convergente.

 Focos

Aqui mais uma vez temos o foco que é o ponto imagem de um objeto
localizado no infinito, ou seja, de um feixe luz paralelo. Observe na figura
abaixo os focos de uma lente delgada convergente.

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Assim, os raios solares, que vêm do infinito, convergem para um ponto


chamado foco, onde ficam as folhas que são queimadas.

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Aula 07 – Óptica Geométrica

03. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2007) Suponha que, ao tomar emprestados os óculos de grau
de um conhecido, você vê as imagens invertidas quando o afasta a certa
distância de seu rosto. Esse efeito ocorre porque esses óculos têm– um
tipo de lente que corrige um específico problema de visão que são,
respectivamente,

(A) lente bifocal e astigmatismo.


(B) lente divergente e presbiopia.
(C) lente esférica e glaucoma.
(D) lente convergente e hipermetropia.
(E) lente divergente e miopia.

Resposta: Item D.

Comentário:

O tipo de lente que forma imagens invertidas é a lente convergente, as


imagens formadas por ela são as seguintes:

Lentes convergentes
Nas lentes convergentes, a construção se assemelha muito com a
construção de imagens nos espelhos côncavos.

1. Objeto situado além do antiprincipal:

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2. Objeto situado sobre o antiprincipal:

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3. Objeto entre o antiprincipal e o foco:

4. Objeto situado sobre o foco.

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Nesse caso não haverá formação de imagem, dizemos que a imagem é


imprópria.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

5. Objeto entre o foco e o centro óptico


Mais tarde falaremos mais sobre esse tipo de imagem formada e suas
aplicações práticas, pois essa lente é conhecida como LUPA ou
MICROSCÓPIO SIMPLES.

Veja que na lente convergente temos imagens que alteram de direitas


para invertidas, o que vem ao encontro do que foi comentado no
enunciado.

Além disso, a lente convergente é a lente responsável pela correção do


problema da hipermetropia. Veja.

Olho Hipermétrope

A hipermetropia é um defeito de visão que ocorre também pela má


formação do globo ocular, nesse caso o globo ocular é encurtado em
relação ao olho normal. Ou seja, no caso da hipermetropia temos o
inverso da miopia.
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Aula 07 – Óptica Geométrica

A imagem se forma atrás da retina, precisando-se de um poder de


convergência maior para o cristalino, para que ele possa conseguir
focalizar a imagem na retina.

O problema do hipermétrope está no ponto próximo, que não está a
25cm, está mais longe que isso. A pessoa que quer ler um livro acaba
afastando o livro do seu olho para que ele possa estar no seu ponto
próximo, mais longe do que os 25cm.

O esquema abaixo mostra como funciona o problema em relação ao olho


normal.

A lente corretiva para esse tipo de problema é a lente convergente, pois


ela converge os raios, possibilitando a formação das imagens na retina.

Veja abaixo a correção da hipermetropia:

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A lente aumenta a convergência do olho, fazendo a imagem se formar no


local correto, ou seja, sobre a retina.

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04. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 1997) A sombra de um objeto, devida à luz do Sol, só tem
contorno bem nítido quando está próxima do objeto. À medida que – o
objeto se afasta de sua sombra, seu contorno perde a nitidez e ela chega
até a desaparecer. Isso ocorre

(A) devido aos princípios da independência e da reversibilidade dos raios


de luz.
(B) devido à distância da Terra ao Sol.
(C) porque os raios de Sol são paralelos entre si.
(D) porque o Sol é uma fonte pontual de luz.
(E) porque o Sol é uma fonte extensa de luz.

Resposta: Item D.

Comentário:

O fator determinante para esse fenômeno se deve ao fato de o sol ser


uma fonte extensa de luz.

Fontes extensas

São fontes de dimensões não desprezíveis. Nessas, as dimensões são


relevantes para a resolução de problemas. O exemplo mais comum é o
sol, que por ser uma fonte de luz extensa, acaba gerando um
fenômeno muito interessante que são os eclipses e as sombras e
penumbras variáveis.

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À medida que o objeto se afasta da fonte a sombra vai diminuindo até


desaparecer.

05. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 1997) Um aluno construiu um periscópio alternativo da forma
mostrada na figura, em que E1 e E2 são espelhos planos.

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Se ele olhar o objeto AB, utilizando esse periscópio, a imagem que ele
verá está melhor representada por

Resposta: Item C.

Comentário:
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Abaixo, veja um exemplo de imagem sendo formada pelo periscópio, que


deve possuir os dois espelhos inclinados a 45°.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

A luz sofre duas reflexões, como os ângulos de incidência e reflexão são


iguais, então o objeto gira um ângulo total de 90°, como a luz sofre outra
reflexão em um espelho inclinado de 45°, então a imagem volta ter a
mesma orientação geométrica do objeto. Assim, a imagem possui a
mesma figura do objeto.

06. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 1997) Você pretende utilizar um espelho esférico côncavo
como refletor de um farol, que conjugue, de uma fonte luminosa pontual,
um feixe de raios, aproximadamente paralelos. Sabendo que o raio de
curvatura desse espelho tem 20 cm, a fonte luminosa deve ser colocada
no eixo principal do espelho a uma distância do vértice de

(A) 5,0 cm.


(B) 10 cm.
(C) 15 cm.
(D) 20 cm.
(E) 25 cm.
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Resposta: Item B.

Comentário:

A fonte de luz deve ser colocada no foco do espelho, de modo que após a
reflexão da luz por meio do espelho a luz tenha uma propagação paralela.

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Como o raio de curvatura vale o dobro da distância focal, então a


lâmpada deve ser colocada a uma distância de 10cm do vértice do
espelho.

Observe um resumo teórico acerca dos principais pontos de um espelho


esférico:

Distância focal

O conceito acima é bem simples, a distância focal é a distância entre


o foco e o vértice do espelho. O que você deve ficar atento é para o
fato de a distância focal ser positiva quando é real e negativa quando é
virtual.

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Na figura abaixo estão destacados os principais elementos de um espelho


esférico.

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R
f
2

R
fcôncavo 
2
R
fconvexo 
2
07. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
BÁSICA – 1997) Um aluno, utilizando uma lente, consegue projetar a
imagem da tela da televisão na parede da sala. A altura da tela é de 22
cm, a altura da imagem projetada na parede é de 1,1 cm e a distância da
lente à parede é de 10 cm. Pode-se afirmar que ele utilizou uma lente

(A) convergente, de distância focal, em módulo, de 9,5cm.


(B) convergente, de distância focal, em módulo, de 5,5cm.
(C) convergente, de distância focal, em módulo, de 15cm.
(D) divergente, de distância focal, em módulo, de 5,5cm.
(E) divergente, de distância focal, em módulo, de 9,5cm.

Resposta: Item A.

Comentário:

Veja que a ideia aqui é de uma lente que, a partir de um objeto, forma
uma imagem projetada, portanto real, invertida, e menor. Veja abaixo a
projeção de uma imagem dessa forma:

1. Objeto situado além do antiprincipal:

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A lente que conjuga esse tipo de imagem é, portanto, uma lente


convergente.

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Para calcular a distância focal, basta aplicar a equação dos pontos


conjugados:

Equação dos pontos conjugados para as lentes –

Aqui, assim como nos espelhos temos também uma equação que
relaciona as distâncias do objeto à lente, da imagem à lente e a distância
focal.

Essa equação pode ser demonstrada através da semelhança de


triângulos:

A equação dos pontos conjugados será dada por:

1 1 1
 
f p p'
Aqui também teremos uma equação acerca do aumento linear transversal
da imagem. Vejamos: 07856207612

I p'
A 
O p
Mas antes de sair aplicando as fórmulas, você deve conhecer o
referencial gaussiano para as lentes, ele se parece um pouco com o
referencial gaussiano para os espelhos.

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Com esse quadro resumo você pode ficar tranquilo com qualquer questão
relacionada à aplicação das fórmulas das lentes.

Aplicando a equação do aumento:

1,1 10
A 
22 p
p  200cm

Com esses dados podemos aplicar a equação dos pontos conjugados para
encontrar a distância focal:

1 1 1
 
f 200 10
f  9,5cm

08. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


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BÁSICA – 2011) O gráfico da figura 1 representa a intensidade da


radiação transmitida ou refratada (curva T) e a intensidade da radiação
refletida (R) em função do ângulo de incidência da luz numa superfície
plana de vidro transparente de índice de refração 1,5. A figura 2 mostra
três direções possíveis − I, II e III − pelas quais o observador O olha
para a vitrine plana de vidro transparente, V.

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Exercícios Comentados
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Comparando as duas figuras, pode-se concluir que esse observador vê


melhor o que está dentro da vitrine quando olha na direção
(A) I e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção II.
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(B) I e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção III.


(C) II e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção I.
(D) II e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção III.
(E) III e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção I.

Resposta: Item B.

Comentário:

A partir da primeira figura, podemos afirmar que aproximadamente aos


80° de ângulo de incidência, a luz sofre uma grande reflexão, enquanto
que a luz refratada ou transmitida sofre uma redução brusca.

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Podemos afirmar então que esse é o ângulo que vai ditar a reflexão total.

Podemos afirmar então que na figura II, o raio de luz na posição I, com
ângulo de incidência 0°, a luz é praticamente 100% refratada, o –que
implica dizer que o observador irá observar o que está dentro da vitrine.

Por outro lado, na posição III, o ângulo está mais próximo dos 80°, o que
implica uma maior reflexão do que refração, o que significa que o
observador irá perceber aquilo que a vitrine reflete.

09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2011) Um estudante, por sugestão do seu professor, projeta
a imagem da tela da televisão da sala de sua casa na parede em frente,
com auxílio de uma lupa. Para isso, ele decide distanciá-la da televisão e
aproximá-la da parede. Desse modo, ele consegue projetar na parede
uma imagem que, em relação à imagem da tela da televisão, é

(A) menor e invertida tanto na direção vertical como na horizontal.


(B) maior e invertida tanto na direção vertical como na horizontal.
(C) igual e invertida tanto na direção vertical como na horizontal.
(D) menor, direita na direção vertical, mas invertida na horizontal.
(E) menor, invertida na direção vertical, mas direita na horizontal.

Resposta: Item B.

Comentário:

Afastando o objeto da lente convergente a imagem formada será real,


invertida e menor a partir do momento que o objeto se localizar além do
antiprincipal.

Objeto situado além do antiprincipal:


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10. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2011) Uma pessoa míope enxerga bem, sem óculos, com um
de seus olhos, até uma distância de 25 cm. Avalie qual deve ser a
convergência da lente capaz de corrigir a miopia desse olho. –

(A) – 1,0 di.


(B) – 2,5 di.
(C) – 4,0 di.
(D) + 2,0 di.
(E) + 1,5 di.

Resposta: Item C.

Comentário:

Essa questão é muito comum em provas que contemplem a óptica


geométrica em seu conteúdo programático.

A pessoa míope possui um problema no ponto remoto, ele não está


localizado no infinito, ele está localizado em uma distância finita, veja
abaixo um exemplo de um olho míope e do ponto remoto correspondente.

Veja que o “sonho” do míope é conseguir que um objeto localizado muito


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longe, muito distante, estivesse localizada no seu ponto remoto, que está
a uma distância finita.

A lente corretiva para o problema é a lente divergente, pois ela pode


“pegar” um objeto no infinito e localizar justamente no seu foco. Assim,
podemos calcular a distância focal de uma lente corretiva, bastando para
isso saber onde está localizado o ponto remoto do olho míope.

Vamos tomar como exemplo o professor que vos escreve. Eu sou míope,
e o meu ponto remoto está localizado a uma distância de 25cm, ou seja,
um objeto localizado a mais de 25cm já não consegue ser focalizado pelo
meu cristalino. Eu preciso então que um objeto no infinito esteja
localizado no meu ponto remoto, ou seja, a 25cm do meu olho.

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1 1 1
 
f p p'
1 1 1 –
 
f  0, 25
V  4di

Assim, a minha lente corretiva tem 4° e é do tipo divergente. No


esquema abaixo você percebe a função da lente corretiva no olho míope.

Logo, a pessoa da questão é como o seu professor, possui miopia e lentes


corretivas de -4di.

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2011) O eclipse solar é um evento curto e pode ser visto na
sua totalidade em um trecho relativamente estreito da superfície
terrestre. O eclipse solar ocorre quando

(A) o Sol está entre a Terra e a Lua.


(B) a Terra está entre a Lua e o Sol. 07856207612

(C) a lua está entre o Sol e a Terra.


(D) quando a lua se afasta da linha Terra-Sol.
(E) quando Vênus fica entre a Terra e o Sol.

Resposta: item C.

Comentário:

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

Da figura acima, veja que a lua está posicionada entre o sol e a Terra
fazendo com que haja uma região de escuridão momentânea na Terra,
onde será observado o eclipse.

12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) A figura 1 representa uma lente delgada que conjuga
sobre uma tela uma imagem real de um objeto real. A lente é circular e
esférica e o eixo óptico tem a posição (y) indicada.

Suponhamos agora que com um material opaco disposto entre o objeto e


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a lente bloqueamos toda a parte que corresponde ao semicírculo superior


da lente, como mostra a figura 2.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

Nessas condições,

(A) não há formação de imagem na tela.


(B) a imagem fica fora de foco. –
(C) a imagem fica mais tênue.
(D) a imagem se torna virtual e menor.
(E) a imagem se torna virtual e maior.

Resposta: Item C.

Comentário:

A imagem continua a ser formada, pois os raios de luz provenientes da


vela propagam-se em todas as direções e em todos os sentidos, portanto,
não é por conta da colocação do objeto que a imagem deixará de ser
formada.

Assim, a única diferença será a intensidade da luz transmitida através da


lente, que será naturalmente reduzida por conta da colocação do objeto.

13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) As três ametropias (defeitos visuais) mais presentes
nos seres humanos são a miopia, hipermetropia e o astigmatismo. A
presbiopia (ou vista cansada) é uma alteração natural da visão de perto e
que se manifesta em todas as pessoas a partir dos 38 anos. Um paciente,
que já apresentava problemas de visão, retornou ao oftalmologista para o
ajuste das lentes de seus óculos. A figura a seguir retrata parte da nova
receita emitida pelo médico.

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Com base nos dados da receita, é correto afirmar que as lentes utilizadas
para correção do defeito de visão têm distâncias focais

(A) f1 = – 2,0 cm e f2 = – 2,5 cm.


(B) f1 = – 5,0 cm e f2 = – 4,0 cm.
(C) f1 = – 2,0 m e f2 = – 4,0 m.
(D) f1 = – 5,0 m e f2 = – 4,0 m.
(E) f1 = – 50 cm e f2 = – 40 cm.

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Resposta: Item E.

Comentário:

Trata-se de uma questão bem tranquila, acerca do tema óptica da visão.

Vamos precisar apenas aplicar a fórmula da vergência:

Teorema das vergências

Antes de adentrarmos propriamente no teorema acima, é de fundamental


importância que conheçamos o conceito de vergência.

Vergência de uma lente traduz o quanto ela é forte, ou seja, uma lente
forte possui alta vergência e vice e versa.

O nome vergência também está ligado ao poder que uma lente tem de
convergir ou divergir um raio de luz.

Conceitualmente, podemos dizer que a vergência é o inverso da


distância focal, pois se a distância focal é grande, o poder de
convergência da lente é pequeno, por outro lado, uma lente de pequena
distância focal, possui um alto poder de convergência, pois ela precisa em
um pequeno espaço fazer convergirem os raios de luz para um ponto
(foco).

Assim,
1
V
f
A unidade de vergência é o di (dioptria), que equivale ao m-1, na prática
ele é conhecido como grau (°) aquele que o seu oftalmologista
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recomenda quando você precisa usar óculos.

Agora que você conhece o conceito de vergência, vamos entender o


teorema das vergências.

O teorema acima afirma que lentes justapostas podem ser substituídas


por uma lente equivalente cuja vergência é a soma das vergências.

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Por exemplo, na figura acima temos duas lentes justapostas, cuja


vergência da associação pode ser substituída por:

Veq  V1  V2
Assim,

1 1
V1   f1   m
f1 2
 f1  0,5m  50cm
A distância focal é negativa, o que revela que a lente é divergente.

1 1
V2   f2   m
f2 2,5
 f1  0, 40m  f1  40cm
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Veja que você vai ter que se ater à coluna da esfericidade, que será a
coluna onde constarão as vergências das lentes.

14. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Maurits Cornelis Escher foi um artista gráfico holandês
conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons, que tendem a
representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano,
explorações do infinito e as metamorfoses – padrões geométricos
entrecruzados que se transformam gradualmente para formas
completamente diferentes. A figura mostra uma de suas contruções.
Escher se observa em uma esfera espelhada. Seu rosto encontra-se a 20
cm da esfera, sua imagem tem dimensão 4 vezes menor que seu rosto.

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É correto afirmar que a esfera espelhada funciona como um espelho

(A) convexo de 40 cm como distância entre o objeto e a imagem.


(B) convexo de raio de curvatura de módulo 40/3 cm.
(C) convexo de 60 cm de módulo de raio de curvatura.
(D) convexo, e a imagem está situada a 20 cm do vértice do espelho.
(E) côncavo, e a imagem está situada a 30 cm do vértice do espelho.

Resposta: Item B.

Comentário:

Veja que a imagem é virtual, pois o próprio observador consegue vê-la,


sem a necessidade de projeção em anteparo.

Por outro lado, a imagem é menor que o objeto. O único espelho capaz de
formar imagens virtuais e menores que o objeto é o espelho convexo.

O espelho convexo você pode observar abaixo, com a formação da


imagem colocada no enunciado acima.

Construção de imagens no espelho convexo

No espelho convexo, existe apenas um único tipo de imagem formada.


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Veja que mais uma vez a imagem é formada pelo prolongamento dos
raios refletidos, o que implicará em uma imagem virtual.

Algo importante acerca das imagens virtuais é o fato de que apenas –elas
nós podemos enxergar. Por outro lado não conseguimos ver as
imagens reais, apenas se as projetarmos em um anteparo, isso é muito
comum em provas.

Para chegarmos à resposta, devemos verificar o aumento, que foi


fornecido, bem como a distância entre o objeto e o espelho.
1 1 1 I p'
  e A 
f p p' O p
O aumento é de -1/4, o sinal negativo advém do fato de que a imagem é
invertida.

I p'
A 
O p
1 p' p'
  
4 p 20
p '  5cm

De posse dessas informações, podemos encontrar a distância focal do


espelho e, consequentemente, o raio.

1 1 1
 
f p p'
1 1 1
 
f 20 5 07856207612

1 20
f    cm
0,15 3

Logo, vamos encontrar o raio de curvatura do espelho:

20
f  cm
3
40
R  2. f   cm
3

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15. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Um telescópio de pouco mais de 91cm usado pelo
astrônomo italiano Galileu Galilei, cujas descobertas revolucionaram a

astronomia, é a principal atração de uma exposição no Franklin Institute.

Em sua primeira viagem para fora da Itália, o telescópio de 400 anos é


um dos dois únicos instrumentos ainda existentes usados por Galileu para
comprovar a teoria copernicana de que a Terra e outros planetas giram ao
redor do Sol, e não o contrário. Esse instrumento óptico é composto por
duas lentes: a objetiva e a ocular e está representado no esquema a
seguir.

Considere a observação de um objeto no infinito por meio da luneta


astronômica de Galileu. Nesse caso, a imagem do objeto formada pela
lente ocular é
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(A) virtual e direita em relação ao objeto.


(B) virtual e invertida em relação ao objeto.
(C) real e direita em relação ao objeto.
(D) real e invertida em relação ao objeto.
(E) imprópria em relação ao objeto.

Resposta: Item B.

Comentário:

O microscópio composto mostrado na figura possui uma formação de


imagens como a da figura abaixo:

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Veja que primeiramente é formada uma imagem no foco da objetiva, uma


vez que o objeto localiza-se no infinito, portanto, os raios de luz são
paralelos.

Essa imagem servirá de objeto para a lente ocular, que conjugará uma
imagem virtual e maior que a primeira imagem formada.

16. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Um disco de madeira, de 1,0 m de diâmetro, está
horizontalmente pendurado a 1,2 m de distância de uma fonte luminosa
pontual presa ao teto da sala de laboratório. A fonte está na vertical que
passa pelo centro do disco. A sombra do disco está projetada no piso (A).

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O diâmetro da sombra projetada no piso vale, em metros,

(A) 1,5.
(B) 1,8. –
(C) 2,2.
(D) 2,5.
(E) 3,0.

Resposta: Item D.

Comentário:

Questão simples, de aplicação da semelhança de triângulos na formação


da sombra.

Esse tipo de questão é muito comum nos princípios de Óptica Geométrica.

A semelhança se dá em virtude de os raios de luz serem paralelos, assim,


podemos montar a seguinte proporção entre eles:

Base do maior Altura do maior



Base do menor Altura do menor
D

1, 2  1,8  m
1, 0m 1, 2
D  2,5m

17. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Newton explicou que a luz que consideramos branca é,
na verdade, uma luz composta de várias cores. Em primeiro lugar,
decompôs a luz solar. Por volta de 1666, mediante um prisma triangular
de cristal atravessado por um feixe luminoso, obteve o que hoje
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chamamos de espectro, devido ao diferente índice de refração ou desvio


de cada uma das cores que compõem a luz branca. A divisão de um raio
de luz em seus componentes, devido à sua diferente refração, é
denominada dispersão da luz.

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A sequência crescente de índice de refração das cores é

(A) amarelo – alaranjado – anil.


(B) anil – verde – alaranjado. –
(C) vermelho – azul – violeta.
(D) violeta – vermelho – verde.
(E) violeta – verde – anil.

Resposta: Item B.

Comentário:

No caso acima vamos utilizar a lei de Snell, combinada coma análise do


desvio angular sofrido por cada cor.

Perceba que se aplicarmos a lei de Snell ao caso acima, teremos:

nar seni  nprisma .senr


O índice de refração do ar vale 1, logo podemos isolar o índice de refração
do prisma da seguinte forma:

nar seni  n prisma .sen r


seni
n prisma 
sen r

O ângulo de incidência é o mesmo para todas as cores, logo, o índice de


refração menor será o da cor que experimentar o maior desvio, pois
assim teremos o seno do ângulo de refração maior e o resultado da
expressão menor.

O maior ângulo de refração é o correspondente à cor violeta, logo essa


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será a cor com menor índice de refração.

nvioleta  nanil  nazul  nverde  namarelo  nalaranjado  nvermelho

A resposta correta portanto, será a sequência do item B.

18. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Quando iluminada pela luz branca do Sol, a capa de um
livro tem aparência verde. Ao ser iluminada em sequência e,
separadamente, por fontes emissoras de luz monocromática verde, azul e
vermelha, essa capa aparentará ser, respectivamente,

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(A) verde, preta e preta.


(B) verde, azul e vermelha.
(C) verde, amarela e azul.
(D) branca, preta e preta. –
(E) branca, amarela e preta.

Resposta: Item A.

Comentário:

Quando a capa do livro é iluminada pela luz branca do sol e aparenta ser
verde, significa que o material de que ela é feita absorve todas as outras
cores e reflete a luz verde, que compõe a luz branca do sol.

Portanto, quando for iluminado por luz verde ele vai refletir verde e
apresentar-se-á dessa forma, ou seja verde.

Se o objeto for iluminado por luz azul, ele vai absorvê-la, conforme já
explicitado acima, assim, como a luz será totalmente absorvida, então o
corpo apresentar-se-á na cor preta.

Na mesma toada, se o corpo for iluminado por luz vermelha ele vai
absorvê-la, assim como o fez com a luz azul, desta forma vai se
apresentar na cor preta.

19. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2013) A figura mostra um objeto e suas respectivas imagens
conjugadas pelas lentes 1 e 2.

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O meio material que envolve objetos e lentes é o ar. As lentes 1 e 2 e as


imagens podem ser classificadas, respectivamente, como

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(A) divergente e imagem real, convergente e virtual.


(B) duas lentes convergentes com imagens reais.
(C) convergente e imagem virtual, divergente e imagem virtual.
(D) duas lentes divergentes com imagens virtuais. –
(E) convergente e imagem real, divergente e imagem real.

Resposta: Item C.

Comentário:

Veja que a lente 1 forma uma imagem virtual e maior e direita, formada a
partir de uma lente convergente.

Objeto entre o foco e o centro óptico

Na lente 2, a imagem continua sendo virtual, uma vez que é observada


sem a necessidade de um anteparo.

No entanto, a imagem é menor que o objeto.

Logo a imagem é como a formada na figura abaixo:


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Logo, a lente é divergente.

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20. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2013) A figura mostra uma gravura de Anita Mafaltti e sua
respectiva imagem conjugada por um sistema de lentes.

A distância entre o objeto e o centro óptico da lente é 12 cm. Os módulos


da distância focal do sistema de lentes e da posição da imagem em
centímetros são, respectivamente,

(A) f = 6, P’ = 3.
(B) f = 3, P’ = 4.
(C) f = 6, P’ = 6.
(D) f = 6, P’ = 4.
(E) f = 4, P’ = 3.

Resposta: item D.

Comentário:

A questão versa sobre a equação do aumento e a equação dos pontos


conjugados.

Vamos obter o aumento facilmente observando a figura, onde você pode


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verificar que a imagem é três vezes menor que o objeto.

Assim, A = 1/3. O aumento é positivo, pois a imagem é direita.

Logo,

I p'
A 
O p
1 p'
  
3 12
p '  4cm

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A distância focal será calculada por meio da equação dos pontos


conjugados:

1 1 1 –
 
f p p'
1 1 1
 
f 12 4
f  6cm

Como foram solicitados os módulos dos valores acima calculados, vamos


marcar o item D.

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8. Exercícios Propostos

01. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Quando


olhamos para um aquário e visualizamos um peixe, raios luminosos –
emitidos pelo peixe atingem nossos olhos após sofrerem duas refrações
consecutivas: da água para o vidro e do vidro para o ar. Lembrando que o
índice de refração absoluto de vidro é maior que o da água e o da água
maior que o do ar, a trajetória de um raio de luz refletido pelo peixe P
que atinge o olho de um observador O, está corretamente representada
em

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02. (VUNESP – SP - PREFEITURA MUNICIPAL DE JABOTICABAL –


PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – 2013)

Leia o seguinte texto:

Na primeira semana de setembro de 2013, vários meios de comunicação


noticiaram o caso de um prédio que está em construção em Londres, que
provavelmente seria o responsável pela queima de partes de plástico de
um carro estacionado na rua. A explicação para a queima refere-se ao
formato dos vidros espelhados do edifício e compara a situação com a de

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uma “criança que brinca de queimar folhas intensificando os raios solares


com uma lupa”.


(www.engenhariae.com.br. Adaptado)

Considerando o teor desse texto, pode-se afirmar que os vidros do prédio


funcionam como um espelho

(A) côncavo e a lupa é uma lente convergente.


(B) convexo e provoca uma refração dos raios solares.
(C) côncavo e a lupa é uma lente divergente.
(D) convexo e provoca uma reflexão dos raios solares.
(E) plano e a lupa é uma lente convergente.

03. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2007) Suponha que, ao tomar emprestados os óculos de grau
de um conhecido, você vê as imagens invertidas quando o afasta a certa
distância de seu rosto. Esse efeito ocorre porque esses óculos têm um
tipo de lente que corrige um específico problema de visão que são,
respectivamente,

(A) lente bifocal e astigmatismo.


(B) lente divergente e presbiopia.
(C) lente esférica e glaucoma.
(D) lente convergente e hipermetropia.
(E) lente divergente e miopia.

04. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 1997) A sombra de um objeto, devida à luz do Sol, só tem
contorno bem nítido quando está próxima do objeto. À medida que o
objeto se afasta de sua sombra, seu contorno perde a nitidez e ela chega
até a desaparecer. Isso ocorre

(A) devido aos princípios da independência e da reversibilidade dos raios


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de luz.
(B) devido à distância da Terra ao Sol.
(C) porque os raios de Sol são paralelos entre si.
(D) porque o Sol é uma fonte pontual de luz.
(E) porque o Sol é uma fonte extensa de luz.

05. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 1997) Um aluno construiu um periscópio alternativo da forma
mostrada na figura, em que E1 e E2 são espelhos planos.

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Se ele olhar o objeto AB, utilizando esse periscópio, a imagem que ele
verá está melhor representada por

06. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 1997) Você pretende utilizar um espelho esférico côncavo
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como refletor de um farol, que conjugue, de uma fonte luminosa pontual,


um feixe de raios, aproximadamente paralelos. Sabendo que o raio de
curvatura desse espelho tem 20 cm, a fonte luminosa deve ser colocada
no eixo principal do espelho a uma distância do vértice de

(A) 5,0 cm.


(B) 10 cm.
(C) 15 cm.
(D) 20 cm.
(E) 25 cm.

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07. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 1997) Um aluno, utilizando uma lente, consegue projetar a
imagem da tela da televisão na parede da sala. A altura da tela é de 22
cm, a altura da imagem projetada na parede é de 1,1 cm e a distância – da
lente à parede é de 10 cm. Pode-se afirmar que ele utilizou uma lente

(A) convergente, de distância focal, em módulo, de 9,5cm.


(B) convergente, de distância focal, em módulo, de 5,5cm.
(C) convergente, de distância focal, em módulo, de 15cm.
(D) divergente, de distância focal, em módulo, de 5,5cm.
(E) divergente, de distância focal, em módulo, de 9,5cm.

08. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2011) O gráfico da figura 1 representa a intensidade da
radiação transmitida ou refratada (curva T) e a intensidade da radiação
refletida (R) em função do ângulo de incidência da luz numa superfície
plana de vidro transparente de índice de refração 1,5. A figura 2 mostra
três direções possíveis − I, II e III − pelas quais o observador O olha
para a vitrine plana de vidro transparente, V.

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Comparando as duas figuras, pode-se concluir que esse observador vê


melhor o que está dentro da vitrine quando olha na direção
(A) I e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção II.
(B) I e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção III. –
(C) II e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção I.
(D) II e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção III.
(E) III e vê melhor o que a vitrine reflete quando olha na direção I.

09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2011) Um estudante, por sugestão do seu professor, projeta
a imagem da tela da televisão da sala de sua casa na parede em frente,
com auxílio de uma lupa. Para isso, ele decide distanciá-la da televisão e
aproximá-la da parede. Desse modo, ele consegue projetar na parede
uma imagem que, em relação à imagem da tela da televisão, é

(A) menor e invertida tanto na direção vertical como na horizontal.


(B) maior e invertida tanto na direção vertical como na horizontal.
(C) igual e invertida tanto na direção vertical como na horizontal.
(D) menor, direita na direção vertical, mas invertida na horizontal.
(E) menor, invertida na direção vertical, mas direita na horizontal.

10. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2011) Uma pessoa míope enxerga bem, sem óculos, com um
de seus olhos, até uma distância de 25 cm. Avalie qual deve ser a
convergência da lente capaz de corrigir a miopia desse olho.

(A) – 1,0 di.


(B) – 2,5 di.
(C) – 4,0 di.
(D) + 2,0 di.
(E) + 1,5 di.

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2011) O eclipse solar é um evento curto e pode ser visto na
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sua totalidade em um trecho relativamente estreito da superfície


terrestre. O eclipse solar ocorre quando

(A) o Sol está entre a Terra e a Lua.


(B) a Terra está entre a Lua e o Sol.
(C) a lua está entre o Sol e a Terra.
(D) quando a lua se afasta da linha Terra-Sol.
(E) quando Vênus fica entre a Terra e o Sol.

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Aula 07 – Óptica Geométrica

12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) A figura 1 representa uma lente delgada que conjuga
sobre uma tela uma imagem real de um objeto real. A lente é circular e
esférica e o eixo óptico tem a posição (y) indicada. –

Suponhamos agora que com um material opaco disposto entre o objeto e


a lente bloqueamos toda a parte que corresponde ao semicírculo superior
da lente, como mostra a figura 2.

Nessas condições,

(A) não há formação de imagem na tela.


(B) a imagem fica fora de foco. 07856207612

(C) a imagem fica mais tênue.


(D) a imagem se torna virtual e menor.
(E) a imagem se torna virtual e maior.

13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) As três ametropias (defeitos visuais) mais presentes
nos seres humanos são a miopia, hipermetropia e o astigmatismo. A
presbiopia (ou vista cansada) é uma alteração natural da visão de perto e
que se manifesta em todas as pessoas a partir dos 38 anos. Um paciente,
que já apresentava problemas de visão, retornou ao oftalmologista para o
ajuste das lentes de seus óculos. A figura a seguir retrata parte da nova
receita emitida pelo médico.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

Com base nos dados da receita, é correto afirmar que as lentes utilizadas
para correção do defeito de visão têm distâncias focais

(A) f1 = – 2,0 cm e f2 = – 2,5 cm.


(B) f1 = – 5,0 cm e f2 = – 4,0 cm.
(C) f1 = – 2,0 m e f2 = – 4,0 m.
(D) f1 = – 5,0 m e f2 = – 4,0 m.
(E) f1 = – 50 cm e f2 = – 40 cm.

14. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Maurits Cornelis Escher foi um artista gráfico holandês
conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons, que tendem a
representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano,
explorações do infinito e as metamorfoses – padrões geométricos
entrecruzados que se transformam gradualmente para formas
completamente diferentes. A figura mostra uma de suas contruções.
Escher se observa em uma esfera espelhada. Seu rosto encontra-se a 20
cm da esfera, sua imagem tem dimensão 4 vezes menor que seu rosto.

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É correto afirmar que a esfera espelhada funciona como um espelho

(A) convexo de 40 cm como distância entre o objeto e a imagem.


(B) convexo de raio de curvatura de módulo 40/3 cm.
(C) convexo de 60 cm de módulo de raio de curvatura.
(D) convexo, e a imagem está situada a 20 cm do vértice do espelho.
(E) côncavo, e a imagem está situada a 30 cm do vértice do espelho.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

15. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Um telescópio de pouco mais de 91cm usado pelo
astrônomo italiano Galileu Galilei, cujas descobertas revolucionaram a

astronomia, é a principal atração de uma exposição no Franklin Institute.

Em sua primeira viagem para fora da Itália, o telescópio de 400 anos é


um dos dois únicos instrumentos ainda existentes usados por Galileu para
comprovar a teoria copernicana de que a Terra e outros planetas giram ao
redor do Sol, e não o contrário. Esse instrumento óptico é composto por
duas lentes: a objetiva e a ocular e está representado no esquema a
seguir.

Considere a observação de um objeto no infinito por meio da luneta


astronômica de Galileu. Nesse caso, a imagem do objeto formada pela
lente ocular é
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(A) virtual e direita em relação ao objeto.


(B) virtual e invertida em relação ao objeto.
(C) real e direita em relação ao objeto.
(D) real e invertida em relação ao objeto.
(E) imprópria em relação ao objeto.

16. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Um disco de madeira, de 1,0 m de diâmetro, está
horizontalmente pendurado a 1,2 m de distância de uma fonte luminosa
pontual presa ao teto da sala de laboratório. A fonte está na vertical que
passa pelo centro do disco. A sombra do disco está projetada no piso (A).

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

O diâmetro da sombra projetada no piso vale, em metros,

(A) 1,5.
(B) 1,8.
(C) 2,2.
(D) 2,5.
(E) 3,0.

17. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Newton explicou que a luz que consideramos branca é,
na verdade, uma luz composta de várias cores. Em primeiro lugar,
decompôs a luz solar. Por volta de 1666, mediante um prisma triangular
de cristal atravessado por um feixe luminoso, obteve o que hoje
chamamos de espectro, devido ao diferente índice de refração ou desvio
de cada uma das cores que compõem a luz branca. A divisão de um raio
de luz em seus componentes, devido à sua diferente refração, é
denominada dispersão da luz.

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A sequência crescente de índice de refração das cores é

(A) amarelo – alaranjado – anil.


(B) anil – verde – alaranjado.
(C) vermelho – azul – violeta.
(D) violeta – vermelho – verde.
(E) violeta – verde – anil.

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Aula 07 – Óptica Geométrica

18. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2012) Quando iluminada pela luz branca do Sol, a capa de um
livro tem aparência verde. Ao ser iluminada em sequência e,
– e
separadamente, por fontes emissoras de luz monocromática verde, azul
vermelha, essa capa aparentará ser, respectivamente,

(A) verde, preta e preta.


(B) verde, azul e vermelha.
(C) verde, amarela e azul.
(D) branca, preta e preta.
(E) branca, amarela e preta.

19. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2013) A figura mostra um objeto e suas respectivas imagens
conjugadas pelas lentes 1 e 2.

O meio material que envolve objetos e lentes é o ar. As lentes 1 e 2 e as


imagens podem ser classificadas, respectivamente, como

(A) divergente e imagem real, convergente e virtual.


(B) duas lentes convergentes com imagens reais.
(C) convergente e imagem virtual, divergente e imagem virtual.
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(D) duas lentes divergentes com imagens virtuais.


(E) convergente e imagem real, divergente e imagem real.

20. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA – 2013) A figura mostra uma gravura de Anita Mafaltti e sua
respectiva imagem conjugada por um sistema de lentes.

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Exercícios Comentados
Aula 07 – Óptica Geométrica

A distância entre o objeto e o centro óptico da lente é 12 cm. Os módulos


da distância focal do sistema de lentes e da posição da imagem em
centímetros são, respectivamente,

(A) f = 6, P’ = 3.
(B) f = 3, P’ = 4.
(C) f = 6, P’ = 6.
(D) f = 6, P’ = 4.
(E) f = 4, P’ = 3.

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Aula 07 – Óptica Geométrica

9. Gabarito

01.E 02.A 03.D 04.D 05.C 06.B 07.A


08.B 09.B 10.C 11.C 12.C 13.E 14.B–
15.B 16.D 17.B 18.A 19.C 20.D

10. Fórmulas mais utilizadas em Óptica Geométrica:

R
f
2

ir
o p R
  fcôncavo  
Vimg  2.Vesp 2
i p'
R
fconvexo 
2

1 1 1 I p' c V
  A   n n1,2  2
f p p' O p V V1

nmenor d aparente ndestino


n1.sen1  n2 .sen 2 senL  
nmaior d real norigem

1  nLente   1 1 
  1 .    V 
1
Veq  V1  V2
f  nmeio   R1 R2  f

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Aula 08

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Teoria e exercícios comentados
Aula 8 – Eletrostática (Parte 1).

AULA 8: Eletricidade.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Introdução 2
2. Conteúdo da aula 2
3. Carga elétrica e Força elétrica (Lei de Coulomb) 2
3.1 Interação entre cargas elétricas 3
3.2 Lei de Coulomb 4
4. Campo elétrico 7
4.1 Linhas de campo ou linhas de força 8
4.2. Módulo do campo elétrico 10
4.3 Campo elétrico uniforme 12
5. Trabalho, Energia e Potencial Eletrostático. 13
5.1. Potencial Elétrico 13
5.2. Energia potencial eletrostática 14
5.3 Comportamento das cargas nos campos elétricos 15
5.4. trabalho da força elétrica 16
5.5 Superfícies equipotenciais 18
5.6 Condutores em equilíbrio eletrostático 19
5.7 Capacidade elétrica ou capacitância 21
5.8 Cálculo da energia elétrica consumida por um 23
aparelho
11. Exercícios Propostos 24
12. Exercícios comentados 43
13. Gabarito 106
14. Fórmulas mais utilizadas na aula 106

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Teoria e exercícios comentados
Aula 8 – Eletrostática (Parte 1).

1. Introdução

Olá Concurseiro,

É com muito prazer que venho através dessa aula passar-lhe o conteúdo
de eletrostática. Nessa aula vamos estudar a eletricidade estática, ou seja,
apenas as cargas em repouso, as cargas em movimento serão vistas nas
outras partes dessa aula 08, assim como o eletromagnetismo.

2. Conteúdo da aula

Abaixo segue o conteúdo previsto no edital da Petrobrás-2014:

Eletrostática: Força elétrica, Campo elétrico, potencial elétrico,


trabalho da força elétrica, condutores em equilíbrio eletrostático,
consumo de energia elétrica.

3. Carga elétrica e Força elétrica (Lei de Coulumb)

Bom, nesse início vamos ver as bases da eletricidade, que é o conceito de


carga elétrica, suas implicações e a Lei de Coulomb, que introduz a ideia
de força elétrica.

A carga elétrica é uma característica que todo corpo possui em relação à


sua eletrização.

É necessário entender quais os três tipos de partículas elementares que


têm relação com a carga elétrica.

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A carga elétrica de um corpo pode ser positiva, negativa ou nula, de acordo


com a seguinte relação:

1. Quando um corpo possui mais prótons do que elétrons  carga


elétrica positiva.

2. Quando um corpo possui mais elétrons do que prótons  carga


elétrica negativa.

3. Quando um corpo possui o número de prótons igual ao número de


elétrons  carga elétrica nula.

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Aula 8 – Eletrostática (Parte 1).

OBS.: Cuidado! Geralmente, em provas, a banca induz você ao erro com


a seguinte assertiva: “um corpo neutro não apresenta carga elétrica”. O
item está FALSO, pois o corpo neutro possui carga elétrica sim, mas não

há saldo positivo, nem negativo ele está “zerado” não possui nem prótons
a mais, nem elétrons a mais, ou seja, o corpo pode ser considerado neutro.

Ao valores das cargas do elétron e do próton são iguais em módulo


e é chamada de carga elementar.

e  1, 6.1019 C
A diferença entre a carga de um próton e de um elétron está apenas no
sinal, que é positivo e negativo, respectivamente.

Para finalizar a ideia de carga elétrica, basta lembrar que a carga elétrica é
quantizada, ou seja, ela é sempre um múltiplo inteiro da carga elementar.
Q  n.e
n 

3.1 Interação entre cargas elétricas

Agora que você sabe o que é uma carga elétrica, quais os tipos e quando
um corpo está carregado positivamente e negativamente, vamos entender
como as cargas elétricas interagem umas com as outras.

Existem dois tipos de interação:

 Atração:

A atração ocorre quando duas cargas de sinais opostos são postas próximas
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uma da outra. Aqui vale a máxima: “ os opostos se atraem”.

 Repulsão:

A repulsão ocorre entre duas cargas de mesmo sinal, sejam elas positivas
ou negativas.

Resumindo:

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Essa parte de interação é simples e rápida.

Vamos agora entender no próximo tópico a quantização da atração ou


repulsão.

3.2 Lei de Coulomb

A Lei de Coulomb traduz matematicamente de que depende o valor da força


de atração ou repulsão entre duas cargas elétricas.

A força eletrostática entre duas cargas elétricas puntiformes (de dimensões


desprezíveis) é diretamente proporcional ao produto do módulo das cargas
elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre as
cargas.

Assim,
K. Q1 . Q2
F 
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d2
Essa fórmula define o módulo da força elétrica entre duas cargas elétricas
puntiformes.

A direção da força é sempre a da linha que liga as duas cargas e o sentido


irá depender do tipo de força, se de repulsão ou atração.

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Na figura acima você observa o exemplo de duas carga elétricas sofrendo


atração (primeira figura) e repulsão (segunda figura).

Lembre-se ainda de que a força de tração/repulsão eletrostática entre duas


cargas é um vetor e por isso deve ser operada vetorialmente, de acordo
com as regras da resultante de vetores, considerando-se a direção e o
sentido dos vetores.

Constante eletrostática.

A constante de proporcionalidade que apareceu na fórmula da força


eletrostática é a chamada constante eletrostática do meio no qual estão
inseridas as cargas elétricas.

Trata-se de uma característica do meio, ou seja, varia de acordo com o


meio.

Abaixo segue uma tabela com os valores da constante eletrostática de


alguns meios:

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Geralmente vamos utilizar a constante eletrostática do vácuo, que é


praticamente igual à constante eletrostática do ar seco.

Permissividade eletrostática do meio

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A permissividade eletrostática do meio também é uma constante, que


depende do meio no qual inseridas as cargas, e também pode aparecer em
uma questão de força elétrica, pois há uma relação matemática entre a
constante eletrostática e a permissividade elétrica do meio. –

1
K
4. . 0
A permissividade elétrica do meio é o 0 que aparece na fórmula acima.

Abaixo segue uma tabela com os valores respectivos das permissividades


elétricas de acordo com o meio:

Calculando a constante eletrostática de acordo com a fórmula, para o


vácuo:

1
K  9
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9,0.10 ( SI )
4. .8,84.10 12

A assim por diante, poderíamos calcular as constantes eletrostáticas de


todos os meios acima, veja que a potencia de 10-12 foi utilizada, pois a
permissividade elétrica está em unidades pF/m, o ”p” significa 10-12.

A fórmula da força eletrostática entre duas cargas pode ser modificada


então para:

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1 Q1 . Q2
F 
4. . 0 d 2 –

Fique ligado, pois a fórmula é a mesma, apenas utilizando-se a


permissividade no lugar da constante eletrostática.

A dependência da força com a distância é algo muito relevante para provas.


Note que a força é inversamente proporcional à distância, no entanto a
força é inversamente proporcional ao quadrado da distância. Assim,
graficamente podemos dizer:

Assim, se a distância reduz-se à metade, então a força reduz a um quarto


do que era inicialmente.

4. Campo elétrico

O campo elétrico é outra grandeza física da eletricidade.

Toda carga elétrica gera ao seu redor um campo de ação no qual toda carga
que é inserida sofre uma força elétrica.07856207612

A depender da carga, esse campo pode ser divergente ou convergente.

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Veja que a carga elétrica positiva gera um campo elétrico divergente


enquanto que a carga elétrica negativa gera um campo elétrico
convergente.

4.1 Linhas de campo ou linhas de força

Linhas de campo são linhas que caracterizam geometricamente o campo


elétrico em um determinado local.

As linhas de campo do campo elétrico gerado por uma carga positiva são
as retas radiais que têm como origem a carga pontual assim como o são
também as linhas de campo na carga negativa, porém em sentido
contrário.

Podemos resumir então a definição de linhas de campo com a seguinte


expressão:

Linhas de campo são linhas, retas ou não, que tangenciam o vetor campo
elétrico resultante em um ponto do espaço.

As consequências mais relevantes desse fato são as seguintes:

 Linhas de campo ou linhas de força nunca se cruzam, pois caso se


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cruzassem, haveria dois campos elétricos resultantes em um ponto


do espaço, quando na verdade só pode existir um campo resultante.

 Linhas de campo nunca são linhas fechadas.

Assim, você acabou de entender qual será o sentido e a direção de um


campo elétrico gerado por uma carga puntiforme. Resta-nos, nesse início,
aprender a fórmula para o cálculo do módulo do campo elétrico.

Outro fato interessante acerca das linhas de força é o fato de que o campo
elétrico é mais intenso nos locais em que as linhas de campo são mais
próximas.

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Veja abaixo a representação em que constam as linhas de campo geradas


por duas cargas puntiformes:

A simetria da figura garante que os módulos das cargas são iguais, porém
de sinais opostos.

Professor, como seria um esquema de linhas de força


representando cargas de sinais opostos e também de
cargas cujo módulo são diferentes?

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O esquema acima representa cargas de sinais iguais sendo ambas


positivas.

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Note que as linhas são divergentes em A, então a carga é de A é positiva;


por outro lado, as linhas convergem para B, então a carga de B é negativa.

Observe ainda que o número de linhas de campo que partem de A é maior


do que as que chegam em B, isso significa que o módulo da carga elétrica
de A é maior que o da carga elétrica de B.

4.2. Módulo do campo elétrico

O módulo do campo elétrico será obtido de acordo com a definição de


campo elétrico.

F  E.q
Dessa fórmula podemos encontrar o sentido da força elétrica de uma carga
inserida em um campo elétrico.
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 Se a carga for positiva, a força tem o mesmo sentido do campo


elétrico.

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 Se a carga for negativa, a força tem o sentido oposto ao do campo


elétrico.

Isso é uma decorrência simples do fato de que a força é igual ao vetor


campo elétrico multiplicado por uma constante que pode ser positiva ou
negativa; sendo esta positiva, os dois possuirão sentidos iguais, se
negativa, sentidos opostos.

Agora fica fácil encontrar o módulo do campo elétrico gerado por uma carga
elétrica puntiforme.

Vamos raciocinar: Se a força sobre uma carga “q” é dada por:

F  E.q
Quando inserida em um campo elétrico gerado por uma carga Q, então:

F  E.q
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K. Q . q
F
E   d2
q q
K. Q
E 
d2
A unidade no sistema internacional de unidades, para o campo elétrico, é
o N/C (newto/coulomb).

Observe na figura abaixo o campo elétrico gerado por uma carga:

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O gráfico da força elétrica em função da distância também é importante,


pois é através dele que podemos verificar o módulo do campo elétrico em
função da distância, matematicamente.

Mais uma vez são duas grandezas inversamente proporcionais, no entanto,


o módulo do campo elétrico é inversamente proporcional ao quadrado da
distância. Assim, temos o seguinte gráfico:

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A ideia do gráfico é a mesma do gráfico da força em função da distância.

4.3 Campo elétrico uniforme

O campo elétrico uniforme é um tipo de campo elétrico que você deve


conhecer, trata-se de um tipo particular de campo elétrico, geralmente
gerado no interior de duas placas grandes carregadas eletricamente com
cargas de sinais opostos.

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O campo elétrico uniforme é representado por um vetor perpendicular às


placas e a qualquer distância o valor dele é o mesmo, por isso que se chama
de campo elétrico uniforme, o espaçamento entre as linhas também é o
mesmo.

Observe uma representação das linhas de força de um campo uniforme:

5. Trabalho, Energia e Potencial Eletrostático.

Essa parte da eletrostática é a mais longa e um pouco mais complexa que


as outras, uma vez que vamos sair de duas grandezas vetoriais, para
passarmos a uma grandeza escalar, que é o potencial eletrostático e o
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trabalho e energia eletrostática.

5.1. Potencial Elétrico

O potencial elétrico gerado por uma carga elétrica ode ser positivo ou
negativo, trata-se de uma grandeza escalar, portanto, possui sinal
algébrico.

Primeiramente, você precisa saber que o potencial elétrico é uma


característica associada a uma região na qual temos um campo elétrico
gerado por uma carga elétrica.

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O potencial de qualquer coisa está associado à capacidade que um corpo


tem de fazer alguma coisa. Se eu digo que você tem um grande potencial
para passar em um concurso público, estou dizendo, em outras palavras

que você acumula todas as ferramentas necessárias para realizar um feito,
que é a aprovação em concurso.

Na Física é a mesma coisa, se eu digo que um certo ponto do espaço possui


um grande potencial elétrico, estou dizendo, em outras palavras que uma
carga teste colocada naquele ponto possui a capacidade grande de fazer
alguma coisa.

A capacidade associada a esse ponto do espaço é a realização de trabalho


da força elétrica.

Isso mesmo, a força elétrica realiza trabalho, e esse trabalho está associado
diretamente ao potencial elétrico do ponto no qual está colocada a carga
teste.

Assim, resumindo, podemos dizer que o potencial elétrico é uma grandeza


escalar associada ao campo elétrico gerado por uma carga elétrica, e pode
ser calculado de acordo com a fórmula abaixo:

K.Q
V
d
A unidade SI do potencial elétrico é o Volt (V).

5.2. Energia potencial eletrostática

A energia potencial eletrostática é a grandeza fruto do produto do potencial


pela carga elétrica que se está querendo calcular a energia associada.
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Assim, a energia potencial eletrostática é dada por:

E pot  qV
.
Lembre-se de que o sinal da carga é relevante para a fórmula acima, que
pode ser modificada, caso apliquemos a fórmula do potencial vista acima:

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K.Q
E pot  q.V  q.
d

K.Q.q
E pot 
d
Sendo de sinais opostos as cargas elétricas, a energia potencial será
negativa, o que implica dizer que a energia potencial associada é negativa
também.

Portanto, não se esqueça de levar em conta o sinal das cargas em todos os


cálculos vistos a partir deste tópico.

Para finalizar, vamos comentar acerca da unidade de energia potencial


elétrica:

A unidade, no SI, é o J, a unidade de energia utilizada na mecânica. No


entanto, aqui vamos conhecer uma nova unidade para a unidade que é o
W.h, os detalhes vamos ver nos próximos tópicos.

5.3 Comportamento das cargas nos campos elétricos

07856207612

Na figura acima, temos uma linha de força associada ao campo elétrico


gerado por uma carga pontual positiva (campo divergente).

Uma carga teste será repelida, de acordo com o que foi visto no início da
aula acerca das cargas elétricas.

Assim, a força elétrica é de repulsão.

O potencial elétrico gerado pela carga positiva é menor no ponto B, uma


vez que a distância é maior, e assim, de acordo com a fórmula vista acima,
o potencial elétrico será menor.

Veja que a tendência natural da carga teste é atingir uma energia potencial
eletrostática menor.

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Uma carga negativa colocada no mesmo campo elétrico será atraída, o que
nos permite dizer que terá tendência de atingir pontos de maior potencial
elétrico.

No entanto, como a carga é negativa, a energia potencial elétrica será


menor, uma vez que o número tornar-se-á mais negativo, ao aproximar-
se da carga fonte do campo elétrico.

Na verdade, seja qual for a configuração, a energia potencial elétrica


sempre tem tendência de ser reduzida.

Essa é a tendência espontânea de uma carga elétrica quando abandonada


em um campo elétrico. Tente fazer o mesmo raciocínio adotado nas
observações acima caso a carga fonte seja negativa.

5.4. trabalho da força elétrica

O trabalho de qualquer força é dado formalmente pela fórmula abaixo:

   F .dx
Aplicando a fórmula da força elétrica à integral acima, chegamos a seguinte
07856207612

conclusão:

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K.Q.q K.Q.q
 
d d0 –
 K.Q K.Q 
  q    q Vi  Vf 
 d d0 
  q.U
Veja que acima acabamos de demonstrar uma relação de suma importância
para o decorrer desse assunto, ou seja, o trabalho da força elétrica
realizado para deslocar uma carga elétrica de um ponto localizado a uma
distância d da carga fonte para um ponto localizado a uma distância d0 será
dado pela relação abaixo:

  q.U
Onde U é a diferença de potencial, entre os pontos inicial e final, não
confunda essa diferença com um  que caracteriza a grandeza final
subtraída da inicial.

U é a diferença de potencial que é dada pelo potencial inicial menos o


potencial final.

Outra informação importante acerca do trabalho da força elétrica é que ele


não depende da trajetória tomada pela carga de teste, ou seja ele depende
apenas da posição final e da posição inicial.

Essa é uma característica das forças conservativas, o trabalho depende


apenas da posição final e inicial. 07856207612

Acima você percebe três trajetórias distintas de se carregar uma carga


elétrica de um ponto A até um ponto B, todas elas implicam o mesmo
trabalho realizado.

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5.5 Superfícies equipotenciais

Superfícies equipotenciais são simples de se entender, pois são superfícies


que conservam o potencial, tendo, portanto, em toda a sua extensão – o
mesmo potencial elétrico.

Exemplos de superfícies equipotenciais seguem abaixo:

Acima exemplos de equipotenciais em cargas puntiformes.

07856207612

Acima exemplos de superfícies equipotenciais em um campo elétrico


uniforme com linhas paralelas.

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A mais importante observação é que para deslocar uma carga elétrica


dentro de uma superfície equipotencial não é necessário realizar trabalho.


  q.U
Como não há diferença de potencial entre os pontos final e inicial, uma vez
que são iguais, o trabalho será nulo.

  q.0
 0
Podemos ainda calcular a diferença de potencial em um campo elétrico
uniforme, de acordo com a equação acima, veja.

Em um campo elétrico uniforme o valor é constante, logo, podemos


escrever:

F .d  qU
.
E. q .d  q .U
E.d  U
Essa é a famosa fórmula do “EDU”, muito útil nas questões sobre campo e
ddp (diferença de potencial).

5.6 Condutores em equilíbrio eletrostático

Vamos nesse tópico fazer um breve resumo dos condutores em equilíbrio


eletrostático, sabendo que em um condutor é considerado em equilíbrio
07856207612

quando não há mais movimento ordenado de cargas no seu interior e em


sua superfície.

Se o condutor estiver carregado, as cargas estarão dispostas na superfície,


pois é lá que elas estarão o mais distanciadas possível, sejam positivas ou
negativas.

No interior, como não há carga elétrica o campo elétrico é nulo e o potencial


é constante, pois caso houvesse diferença de potencial as cargas deveriam
se movimentar e um dos princípios básicos do condutor em equilíbrio é o
fato de que não há movimento de portadores de carga no seu interior e
nem em sua superfície.

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Na superfície o campo elétrico é não nulo e é perpendicular à superfície.

Os condutores que apresentam formas irregulares possuem uma


condensação de cargas nas pontas, estando, portanto, dispostas na forma
abaixo:

07856207612

A essa propriedade dá-se o nome de poder das pontas, e é justamente por


conta disso que os para-raios são pontiagudos.

Vamos aplicar as considerações acima para traçar o gráfico do campo


elétrico e do potencial elétrico de uma esfera condutora em equilíbrio
eletrostático.

Como na esfera (condutor em equilíbrio) o campo elétrico é nulo no seu


interior e a partir da superfície ele deixa de ser nulo e vai diminuindo com
a distância, podemos dizer que:

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O campo é máximo então na superfície, enquanto que no seu interior é


nulo.


O potencial, por sua vez, é constante no interior até a superfície e depois
sofre redução, de acordo com o gráfico abaixo.

5.7 Capacidade elétrica ou capacitância

A capacidade eletrostática de um condutor está associada à capacidade que


um corpo possui de acumular carga elétrica, e é calculada de acordo com
a fórmula abaixo:

Q
C
V
Onde Q é a carga acumulada e V é o potencial elétrico do condutor.

Para um condutor esférico, podemos dizer que:

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Ou seja, a capacidade eletrostática é proporcional ao raio da esfera.

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Assim, podemos dizer que quanto maior for o raio do condutor maior será
a carga elétrica dele.


Imagine agora a situação em que dois condutores de geometrias diferentes
(raios diferentes) em contato, com cargas elétricas diferentes.

Quando estes condutores entrarem em contato, haverá um fluxo de


elétrons até que eles atinjam o chamado equilíbrio eletrostático.

Até atingir o equilíbrio eletrostático, haverá um fluxo de elétrons pelo fio


ideal que caracteriza uma corrente elétrica. Quando o equilíbrio é
estabelecido, os potenciais são idênticos e as cargas são diferentes da
inicial.

Podemos aplicar um princípio básico para encontrar as cargas finais. É o


princípio da conservação da carga elétrica.

Q1 ' Q2 '  Q1  Q2

Para calcular as cargas elétricas finais, basta lembrar que o potencial


elétrico de cada esfera é igual, assim:
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KQ1 '
V
R1
KQ2 '
V
R2
igualando :
KQ1 ' KQ2 '

R1 R2
Q1 ' Q2 '

R1 R2

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Assim, as duas equações acima permitem encontrar a carga final de cada


esfera.


Caso as esferas possuam raios idênticos, então as cargas finais serão iguais
e também serão iguais a metade da soma das cargas iniciais.

5.8 Cálculo da energia elétrica consumida por um aparelho

Para finalizar a ideia da eletrostática, falta apenas comentar um pouco


acerca do cálculo da energia elétrica consumida.

Vamos utilizar a ideia de potencia e energia:

E
Pot 
t
E  Pot.t
Assim, a energia consumida será igual a potência elétrica do aparelho
multiplicada pelo tempo que ele fica ligado.

Esse cálculo, geralmente é dado em KWh, que é uma unidade de energia,


para isso devemos utilizar a potencia em KW e o tempo em h.

De posse do valor do KWh, podemos calcular qual será o custo da energia


elétrica consumida naquele intervalo de tempo.

custo  Energia  valor ( KWh)

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11. Exercícios Propostos

01. (VUNESP-SP – CTA – TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA – 2013) Duas


partículas puntiformes eletricamente carregadas, Q1 = 100 [ C] e Q2 =–500
[ C], foram posicionadas a uma distância de 5 [mm], entre si, em um meio
que possui permissividade elétrica meio = 4–1–1 [mF·m-1]. Assinale a
alternativa que apresenta corretamente o valor do módulo da força de
atração entre essas partículas.

(A) 0,02 [N]


(B) 0,10 [N]
(C) 0,20 [N]
(D) 1,00 [N]
(E) 2,00 [N]

Resposta: Item A.

Comentário:

A força eletrostática entre as duas cargas puntiformes será dada por meio
da força eletrostática.

Um breve resumo sobre força elétrica pode ser acompanhada abaixo:

Lei de Coulomb

A Lei de Coulomb traduz matematicamente de que depende o valor da força


de atração ou repulsão entre duas cargas elétricas.

A força eletrostática entre duas cargas elétricas puntiformes (de dimensões


desprezíveis) é diretamente proporcional ao produto do módulo das cargas
elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre as
cargas.
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Assim,
K. Q1 . Q2
F 
d2
Essa fórmula define o módulo da força elétrica entre duas cargas elétricas
puntiformes.

A direção da força é sempre a da linha que liga as duas cargas e o sentido


irá depender do tipo de força, se de repulsão ou atração.

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Na figura acima você observa o exemplo de duas carga elétricas sofrendo


atração (primeira figura) e repulsão (segunda figura).

Lembre-se ainda de que a força de tração/repulsão eletrostática entre duas


cargas é um vetor e por isso deve ser operada vetorialmente, de acordo
com as regras da resultante de vetores, considerando-se a direção e o
sentido dos vetores.

Constante eletrostática.

A constante de proporcionalidade que apareceu na fórmula da força


eletrostática é a chamada constante eletrostática do meio no qual estão
inseridas as cargas elétricas.

Trata-se de uma característica do meio, ou seja, varia de acordo com o


meio.

Abaixo segue uma tabela com os valores da constante eletrostática de


alguns meios:

07856207612

Geralmente vamos utilizar a constante eletrostática do vácuo, que é


praticamente igual à constante eletrostática do ar seco.

Permissividade eletrostática do meio

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A permissividade eletrostática do meio também é uma constante, que


depende do meio no qual inseridas as cargas, e também pode aparecer em
uma questão de força elétrica, pois há uma relação matemática entre a
constante eletrostática e a permissividade elétrica do meio. –

1
K
4. . 0
A permissividade elétrica do meio é o 0 que aparece na fórmula acima.

Abaixo segue uma tabela com os valores respectivos das permissividades


elétricas de acordo com o meio:

Calculando a constante eletrostática de acordo com a fórmula, para o


vácuo:

1
K  9
07856207612

9,0.10 ( SI )
4. .8,84.10 12

A assim por diante, poderíamos calcular as constantes eletrostáticas de


todos os meios acima, veja que a potencia de 10-12 foi utilizada, pois a
permissividade elétrica está em unidades pF/m, o ”p” significa 10-12.

A fórmula da força eletrostática entre duas cargas pode ser modificada


então para:

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1 Q1 . Q2
F 
4. . 0 d 2 –

Fique ligado, pois a fórmula é a mesma, apenas utilizando-se a


permissividade no lugar da constante eletrostática.

A dependência da força com a distância é algo muito relevante para provas.


Note que a força é inversamente proporcional à distância, no entanto a
força é inversamente proporcional ao quadrado da distância. Assim,
graficamente podemos dizer:

Assim, se a distância reduz-se à metade, então a força reduz a um quarto


do que era inicialmente.

Portanto, vamos aplicar a fórmula vista para calcular o módulo da força


elétrica.

1 Q1 . Q2
F 
4. . 0 d 2
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1 100.106500.106
F  .
4. .4 .  
1 1 3 2
5, 0.10

F  0, 02 N

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02. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012)


Embora não se saiba exatamente o que é carga elétrica, conhecemos suas
características e propriedades. A saber:

I. Existem três tipos de cargas elétricas: a negativa, a positiva e a neutra.

II. Cargas elétricas do mesmo tipo se repelem e de tipos diferentes se


atraem.

III. A carga elétrica total de um sistema isolado eletricamente é constante.

IV. Em todo átomo, o número de elétrons é igual ao de prótons quando


esse átomo encontra-se eletricamente neutro.

Está correto o contido em

(A) I e IV, apenas.


(B) II e III, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

Resposta: Item D.

Comentário:

I. Incorreto. Só existem dois tipos de carga elétrica na natureza, a carga


positiva e a carga negativa.

A carga de um corpo é positiva quando ele apresenta mais cargas positivas


do que negativas, aqui o saldo é positivo.

A carga de um corpo é negativa quando ele apresenta mais cargas


negativas do que positivas.
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As cargas negativas advém dos elétrons e as cargas positivas advém dos


prótons.

Por fim, um corpo apresenta-se neutro quanto a quantidade de cargas


positivas é igual à quantidade de cargas negativas.

II. Correto. A atração e a repulsão das cargas é oriunda da natureza da


carga.

É necessário entender quais os três tipos de partículas elementares que


têm relação com a carga elétrica.

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A carga elétrica de um corpo pode ser positiva, negativa ou nula, de acordo
com a seguinte relação:

1. Quando um corpo possui mais prótons do que elétrons  carga


elétrica positiva.

2. Quando um corpo possui mais elétrons do que prótons  carga


elétrica negativa.

3. Quando um corpo possui o número de prótons igual ao número de


elétrons  carga elétrica nula.

OBS.: Cuidado! Geralmente, em provas, a banca induz você ao erro com


a seguinte assertiva: “um corpo neutro não apresenta carga elétrica”. O
item está FALSO, pois o corpo neutro possui carga elétrica sim, mas não
há saldo positivo, nem negativo ele está “zerado” não possui nem prótons
a mais, nem elétrons a mais, ou seja, o corpo pode ser considerado neutro.

Ao valores das cargas do elétron e do próton são iguais em módulo


e é chamada de carga elementar.

e  1, 6.1019 C
A diferença entre a carga de um próton e de um elétron está apenas no
sinal, que é positivo e negativo, respectivamente.

Para finalizar a ideia de carga elétrica, basta lembrar que a carga elétrica é
quantizada, ou seja, ela é sempre um múltiplo inteiro da carga elementar.
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Q  n.e
n 

Interação entre cargas elétricas

Agora que você sabe o que é uma carga elétrica, quais os tipos e quando
um corpo está carregado positivamente e negativamente, vamos entender
como as cargas elétricas interagem umas com as outras.

Existem dois tipos de interação:

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 Atração:
A atração ocorre quando duas cargas de sinais opostos são postas próximas
uma da outra. Aqui vale a máxima: “ os opostos se atraem”.

 Repulsão:

A repulsão ocorre entre duas cargas de mesmo sinal, sejam elas positivas
ou negativas.

Resumindo:

Essa parte de interação é simples e rápida.

III. Correto.

A carga elétrica total de um sistema eletricamente isolado é constante, esse


item retrata um princípio na eletricidade chamado de princípio da
07856207612

conservação da carga elétrica.

A carga elétrica em um sistema isolado eletricamente é constante, as


interações ocorrem dentro do sistema e nele a carga não muda, apenas
pode passar de um corpo para outro que compõe o sistema.

IV. Correto. Esse item é fácil quando comparado com os itens anteriores,
principalmente depois de todas as explanações vistas anteriormente.

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03. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012) A


aplicação dos conhecimentos aprendidos sobre eletricidade pode ser
verificada no próprio ambiente da sala de aula. Suponha que, em uma
– 60
escola, determinada sala de aula possui 8 canaletas com 2 lâmpadas de
W, cada, e dois ventiladores de teto, ambos de 70 W. Admitindo-se que
esses elementos permanecem ligados nos 5 dias úteis da semana, das 7:00
às 23:00, o consumo elétrico semanal dessa sala de aula é, em kWh,

(A) 94.
(B) 88.
(C) 72.
(D) 66.
(E) 50.

Resposta: Item B.

Comentário:

Para calcular esse consumo, você deve se lembrar de calcular a potência


multiplicada pelo tempo de uso durante o período solicitado.

Veja que o tempo durante o qual é solicitado o consumo é o de uma


semana, e em uma semana as lâmpadas ficam ligadas durante cinco dias.

Então:

En  Pot  t
En  8  2  60  5 16Wh  2  70  5 16Wh
En  76.800Wh  11.200Wh
En  88.000Wh  88 KWh 07856207612

A fundação VUNESP costuma cobrar muito a relação entre a potência e


energia consumida.

04. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Carga elétrica é uma propriedade física fundamental que determina as
interações eletromagnéticas. Convenciona-se a existência de dois tipos de
carga, a positiva e a negativa. Um corpo está carregado eletricamente
quando possui um excesso de cargas positivas ou negativas. Nas colisões
entre partículas a altas energias são produzidas muitas outras novas
partículas, diferentes dos elétrons, prótons e nêutrons. As novas partículas
criadas nas colisões devem obedecer

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(A) a não conservação da carga elétrica e conservação da massa.


(B) a não conservação da carga elétrica e conservação da energia
mecânica.

(C) a não conservação da carga elétrica e conservação da energia cinética.
(D) a conservação da carga elétrica e quantidade de movimento.
(E) a conservação da carga elétrica e energia potencial.

Resposta: Item D.

Comentário:

Os dois princípios que prevalecem em uma colisão entre partículas


subatômicas é o princípio da conservação da carga elétrica e o princípio da
conservação da quantidade de movimento ou do momento linear.

A carga elétrica inicial total do sistema será sempre igual à carga elétrica
final total do sistema.
Por outro lado, a quantidade de movimento do sistema também conservar-
se-á, uma vez que em toda colisão não há força externa e portanto não
tem como haver variação da quantidade de movimento ou impulso
resultante.

05. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013) As


esferas A e B são idênticas, eletrizadas com cargas – Q e + Q
respectivamente, distantes uma da outra de 30 cm, são colocadas em
repouso em uma superfície lisa. Para manter o sistema em equilíbrio, o
peso do corpo P dever ser de 36 N e a carga B deverá estar fixada na
superfície. A constante eletrostática K = 9.109 N.m/C2; sen 30º = 0,5; cos
30º = 0,87. Para a situação dada, o módulo da carga Q, em coulomb, é

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(A) 2,85.10–5
(B) 2,75.10–6

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(C) 2,65.10–5
(D) 2,55.10–6
(E) 2,45.10–5

Resposta: Item E.

Comentário:

Essa é uma questão de estática que envolve os conceitos de força elétrica


também.

Isolando todas as forças que atuam no nó central, que está em equilíbrio:

T ' T 'Y

T T Felétrica

T 'X T ''
T ''

P
P  T ''(equilíbrio de P )  T ''  36 N
T ''  T 'Y  T 'Y  36 N
1
T 'Y  T ' sen30  T '.  36  T '  72 N
2
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T ' X  T 'cos 0  72  0,87


T ' X  62,64 N
T ' X  T  Felétrica
Felétrica  62,64 N
K.Q 2 9,0 109.Q 2
 62,64   62,64
d2 0,32
Q 2  0,6264 109  Q  2,5 105 C

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06. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Durante uma fibrilação ventricular, um tipo comum de ataque do coração,
as cavidades do coração não conseguem bombear o sangue. Para salvar
uma vítima de fibrilação ventricular, deve-se usar um desfibrilador, –
equipamento utilizado na parada cardiorrespiratória com objetivo de
restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco. Na versão mais simples, uma
bateria carrega um capacitor a uma elevada tensão gerando uma energia
elétrica de aproximadamente 200 J em 2 ms. A potência elétrica, em kW,
gerada pelo desfibrilador é, aproximadamente,

(A) 100.
(B) 120.
(C) 140.
(D) 160.
(E) 180.

Resposta: Item A.

Comentário:

Pessoal, essa questão é bem simples, pois apesar de o texto ser longo,
basta você aplicar a fórmula da potência:

Energia
Pot 
tempo
200 J 200 J
Pot   J /s
2ms 2.103
Pot  105W ou 100 KW

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12. Exercícios Comentados

01. (VUNESP-SP – CTA – TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA – 2013) Duas


partículas puntiformes eletricamente carregadas, Q1 = 100 [ C] e Q2 =–500
[ C], foram posicionadas a uma distância de 5 [mm], entre si, em um meio
que possui permissividade elétrica meio = 4–1–1 [mF·m-1]. Assinale a
alternativa que apresenta corretamente o valor do módulo da força de
atração entre essas partículas.

(A) 0,02 [N]


(B) 0,10 [N]
(C) 0,20 [N]
(D) 1,00 [N]
(E) 2,00 [N]

02. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012)


Embora não se saiba exatamente o que é carga elétrica, conhecemos suas
características e propriedades. A saber:

I. Existem três tipos de cargas elétricas: a negativa, a positiva e a neutra.

II. Cargas elétricas do mesmo tipo se repelem e de tipos diferentes se


atraem.

III. A carga elétrica total de um sistema isolado eletricamente é constante.

IV. Em todo átomo, o número de elétrons é igual ao de prótons quando


esse átomo encontra-se eletricamente neutro.

Está correto o contido em

(A) I e IV, apenas.


(B) II e III, apenas.
(C) II e IV, apenas.
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(D) II, III e IV, apenas.


(E) I, II, III e IV.

03. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012) A


aplicação dos conhecimentos aprendidos sobre eletricidade pode ser
verificada no próprio ambiente da sala de aula. Suponha que, em uma
escola, determinada sala de aula possui 8 canaletas com 2 lâmpadas de 60
W, cada, e dois ventiladores de teto, ambos de 70 W. Admitindo-se que
esses elementos permanecem ligados nos 5 dias úteis da semana, das 7:00
às 23:00, o consumo elétrico semanal dessa sala de aula é, em kWh,

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Curso de Física para Perito da PCSP
Teoria e exercícios comentados
Aula 8 – Eletrostática (Parte 1).

(A) 94.
(B) 88.
(C) 72.
(D) 66. –
(E) 50.

04. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Carga elétrica é uma propriedade física fundamental que determina as
interações eletromagnéticas. Convenciona-se a existência de dois tipos de
carga, a positiva e a negativa. Um corpo está carregado eletricamente
quando possui um excesso de cargas positivas ou negativas. Nas colisões
entre partículas a altas energias são produzidas muitas outras novas
partículas, diferentes dos elétrons, prótons e nêutrons. As novas partículas
criadas nas colisões devem obedecer

(A) a não conservação da carga elétrica e conservação da massa.


(B) a não conservação da carga elétrica e conservação da energia
mecânica.
(C) a não conservação da carga elétrica e conservação da energia cinética.
(D) a conservação da carga elétrica e quantidade de movimento.
(E) a conservação da carga elétrica e energia potencial.

05. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013) As


esferas A e B são idênticas, eletrizadas com cargas – Q e + Q
respectivamente, distantes uma da outra de 30 cm, são colocadas em
repouso em uma superfície lisa. Para manter o sistema em equilíbrio, o
peso do corpo P dever ser de 36 N e a carga B deverá estar fixada na
superfície. A constante eletrostática K = 9.109 N.m/C2; sen 30º = 0,5; cos
30º = 0,87. Para a situação dada, o módulo da carga Q, em coulomb, é

07856207612

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Teoria e exercícios comentados
Aula 8 – Eletrostática (Parte 1).

(A) 2,85.10–5
(B) 2,75.10–6
(C) 2,65.10–5
(D) 2,55.10–6 –
(E) 2,45.10–5

06. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Durante uma fibrilação ventricular, um tipo comum de ataque do coração,
as cavidades do coração não conseguem bombear o sangue. Para salvar
uma vítima de fibrilação ventricular, deve-se usar um desfibrilador,
equipamento utilizado na parada cardiorrespiratória com objetivo de
restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco. Na versão mais simples, uma
bateria carrega um capacitor a uma elevada tensão gerando uma energia
elétrica de aproximadamente 200 J em 2 ms. A potência elétrica, em kW,
gerada pelo desfibrilador é, aproximadamente,

(A) 100.
(B) 120.
(C) 140.
(D) 160.
(E) 180.

13. Gabarito

01.A 02.D 03.B 04.D 05.E 06.A

14. Fórmulas mais utilizadas na aula

Q  n.e K. Q1 . Q2 1
e  1, 6.10 19
C F  K
n  d2 4. . 0
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1 Q1 . Q2
F 
4. . 0 d 2
F  E.q E 
K. Q
d2
K.Q
V E pot  qV
. E pot 
K.Q.q
  q.U
d d
Q
E.d  U C  E  Pot.t
V

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Aula 8 – Eletrostática (Parte 1).

custo  Energia  valor ( KWh)


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Aula 8 - parte 2 - Eletrodinâmica

Física p/ Polícia Civil/SP - Perito (Com videoaulas)


Professor: Vinicius Silva

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Teoria e exercícios comentados
Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

AULA 8: Eletrodinâmica.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Introdução 1
2. Conteúdo da aula 1
3. Corrente Elétrica 1
4. Resistores e as Leis de Ohm. 5
4.1 Associação de Resistores 8
5. Circuitos elétricos 12
5.1 Aprendendo a calcular correntes elétricas em 12
circuitos quase mentalmente.
5.2 Calculando ddp’s em circuitos elétricos 14
6. Capacitores 18
6.1 Capacitor Plano 24
7. Exercícios Comentados 26
8. Exercícios Propostos 74
9. Gabarito 85
10. Fórmulas mais utilizadas na aula 86

1. Introdução

Olá Concurseiro,

É com muito prazer que venho através dessa aula passar-lhe o conteúdo
de Eletrodinâmica, com base nos editais dos mais variados concursos do
ano de 2013/2014. Os quais trazem um conteúdo bem interessante,
envolvendo a eletrodinâmica, um assunto que é bem extenso, para você
ter uma ideia, no ensino médio essa matéria é vista em aproximadamente
3 meses de aula numa carga horária semanal de duas horas-aula.

Assim, devemos estar bem dispostos para absorver todos os


conhecimentos necessários a um bom desempenho na sua prova.
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2. Conteúdo da aula

Abaixo segue o conteúdo previsto para a nossa aula de hoje:

Eletrodinâmica: corrente elétrica; resistores; capacitores; circuitos


elétricos.

3. Corrente Elétrica

A corrente elétrica é o primeiro assunto acerca da eletrodinâmica que


vamos estudar.

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

A eletrodinâmica é a parte da Eletricidade que estuda as cargas elétricas


em movimento, ou seja, o fluxo de elétrons através de um condutor e suas
implicações.

A corrente elétrica é a quantidade de carga que atravessa a seção reta de
um condutor em certo intervalo de tempo, trata-se do conceito de fluxo de
carga em um condutor.

De acordo com o conceito, a corrente elétrica média será dada por:

Q
i
t
A unidade de corrente elétrica é o ampère, trata-se de uma unidade SI
fundamental, referente a uma grandeza fundamental, que é a corrente
elétrica.

Unidade (SI): A
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A corrente elétrica pode ser constante em um determinado intervalo de


tempo, dessa forma a corrente elétrica média, calculada pela fórmula
acima, torna-se igual à corrente elétrica instantânea.

Em forma de gráfico podemos dizer que a corrente elétrica constante em


função do tempo seria dada por:

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A corrente constante é também conhecida como corrente contínua, a qual


não sofre mudanças com o tempo.

Se a corrente elétrica for variável no intervalo de tempo considerado, então


a questão geralmente lhe fornece um gráfico de corrente elétrica em função
do tempo diferente do gráfico mostrado acima. Veja.

No gráfico acima, a área sob o gráfico é numericamente igual à carga


elétrica que passa pelo condutor no intervalo de tempo considerado.

Assim, se você quiser a corrente média que circulou no condutor naquele


intervalo de tempo, ela seria dada por:
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Área
imédia 
t
Um tipo muito interessante de corrente variável é a corrente alternada, é
essa a corrente elétrica que circula no circuito elétrico de sua residência.

Ela é não constante e varia sempre em intervalos de tempos iguais,


graficamente poderíamos dizer que ela é representada por:

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A parte matemática acerca da corrente alternada nós não vamos abordar


nesse curso, pois se trata de um conhecimento bem específico, que só deve
ser tratado em um curso voltado para área de engenharia elétrica, o que
você precisa saber de corrente elétrica está nessas páginas.

Outro detalhe que você precisa conhecer sobre corrente elétrica é o sentido
da corrente, que deve ser entendido, pois tem detalhes que merecem
explicação.

Bom, a corrente elétrica se estabelece quando submetemos um condutor a


uma diferença de potencial (ddp). É essa diferença de potencial que faz
com que os elétrons se movimentem, você deve estar lembrado que os
elétrons sempre procuram potenciais mais positivos, de modo a diminuir a
energia potencial eletrostática.

Existem dois sentidos para o fluxo de cargas; um, real; outro, convencional.
O sentido real e o convencional podem ser observados na figura abaixo:

07856207612

Veja que o sentido real é o sentido que os elétrons tomam, ou seja do polo
negativo para o polo positivo, no entanto, convencionou-se que a corrente
elétrica é como se fosse o movimento dos portadores de carga positivas,
ou seja, o sentido contrário ao do fluxo de elétrons.

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Muita atenção às questões teóricas sobre esse assunto.

4. Resistores e as Leis de Ohm.

Os resistores são de suma importância no estudo dos circuitos elétricos,


pois são eles que são responsáveis pela dissipação de energia na forma de
calor quando uma corrente elétrica o atravessa.
É importante você conhecer o conceito de efeito Joule, que nada mais do
que um efeito que ocorre quando se estabelece uma corrente elétrica e esta
atravessa um resistor.

A função do resistor é dificultar a corrente elétrica de passar por ele, essa


dificuldade que ele apresenta leva o nome de resistência elétrica ou
impedância.

Na figura abaixo você pode observar vários resistores:

07856207612

As cores têm um lógica, que serve para calcular a resistência do resistor, é


como se fosse uma espécie de código morse para os resistores.

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Nos circuitos elétricos eles são representados de acordo com as figuras


abaixo:

Os resistores podem ter sua resistência variável, e são chamados de


reostatos. A representação de um reostato é dada abaixo:

1ª Lei de Ohm:

A primeira Lei de Ohm é uma lei aplicada aos resistores ôhmicos, que são
justamente os resistores para os quais é válida a lei.

A lei diz o seguinte: “Em um resistor ôhmico a razão entre a ddp (diferença
de potencial) e a corrente elétrica que o circula é constante”.

No caso acima essa constante é a resistência elétrica do resistor, trocando


em miúdos:

U
R
i
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A fórmula acima pode ainda sofrer modificações e ser dada por:

U
i ou U  Ri.
R
Todas têm o mesmo significado, preocupe-se em memorizar apenas uma
delas.

A unidade de resistência elétrica, no SI, é o V/A (volt por ampère), essa


unidade recebeu um nome especial e é chamada de Ôhm ().

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Graficamente, podemos dizer que em todo resistor ôhmico, o gráfico de


ddp em função da corrente elétrica é dado por:

O gráfico é uma reta, e a tangente geométrica da inclinação é


numericamente igual à resistência elétrica do resistor.

2ª Lei de Ôhm

A segunda lei de Ôhm estabelece uma relação entre as características


geométricas e do material de que é feito o resistor e o valor de resistência
elétrica.

Essa lei pode ser expressa por:

L
R 
A
Onde:

  é a resistividade do material, característica que depende de que


material é feito o resistor. A sua unidade no SI é o .m.
 L é o comprimento do resistor.
 A é a área da seção transversal do resistor.

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A segunda lei de Ôhm tem uma aplicabilidade muito grande em questões.

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4.1 Associação de Resistores

Os resistores podem ser associados de duas formas e a associação serve



para substituir uma série de resistores cujas resistências são diferentes,
por uma resistência equivalente de valor diferente.

É comum em laboratórios de Física nos depararmos com a seguinte


situação: temos apenas resistores de 10 e precisamos de uma resistência
de 5 ou 15, o que fazer? Basta associar os resistores de tal maneira que
tenhamos uma resistência equivalente conveniente.

A associação de resistores pode ser feita de duas formas: em série ou em


paralelo.

a) Série:

Os resistores estão associados em série quando eles estão submetidos a


mesma corrente elétrica. Abaixo você a mais clássica associação de
resistores em série.

Na figura acima você tem n resistores associados de modo que a corrente


que os atravessa é a mesma.
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Podemos então somas as diferenças de potencial e igualar à diferença de


potencial da resistência equivalente:

U AB  U1  U 2  ...  U n
R e q . i  R1. i  R2 . i  ...  Rn . i
R e q  R1  R2  ...  Rn

Portanto, a soma das resistências associadas será igual à resistência


equivalente.

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A resistência equivalente na associação em série é sempre maior que cada


umas das resistências associadas.

– é
A resistência equivalente para n resistores iguais associados em série
dada por:

R e q   R  R  ...  Rn vezes


R e q  n.R

É muito importante que você saiba reconhecer uma associação em série,


pois muitos alunos confundem-se achando que a associação em série
ocorre apenas quando os resistores estão um atrás do outro.

No entanto, você precisa ver se os resistores estão submetidos a mesma


corrente para saber se a associação é em série.

Veja abaixo outras configurações de associações em série:

A R1 R1
A
R2 R2
B R3
B
R3
ou

B) Paralelo:

A associação em paralelo ocorre quando os resistores estão submetidos à


mesma diferença de potencial (ddp). As correntes em cada resistor serão,
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a priori, diferentes e sua soma será igual à corrente no resistor equivalente.

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A soma das correntes divididas é igual à corrente que entra no


circuito:

i  i1  i2  ...  in
U U U U
   ... 
R e q R1 R2 Rn
1 1 1 1
   ... 
R e q R1 R2 Rn
Assim, o inverso da resistência equivalente é igual à soma dos inversos das
resistências associadas.

A resistência equivalente será sempre menor que as resistências


associadas.

Quando, em laboratório, precisamos de uma resistência menor, devemos


associar em paralelo para fins de redução da resistência.

Para n resistores iguais associados em paralelo:

1 1 1 1
   ... 
R eq R R R
R
Req  07856207612

n
Temos ainda uma expressão matemática bem comum para dois resistores
associados em paralelo, é muito comum utilizarmos diretamente a
expressão, ao invés de usar a relação demonstrada acima.

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1 1 1
 
R e q R1 R2 –

R1 R2
R eq 
R1  R2
Ou seja, a resistência equivalente é igual ao produto das resistências
dividido pela soma das resistências.

Veja abaixo uma curiosidade de uma associação que aparenta ser em série
e na verdade trata-se de uma associação em paralelo:

R1 R2 R3
A B

No sistema acima os resistores que, aparentemente, parecem estar


associados em série, estão, na verdade, associados em paralelo,
submetidos à mesma ddp UAB.

c) Mista

A associação mista ocorre quando temos os dois tipos de associação em


um mesmo sistema associativo.

A ideia aqui é fazer por partes, primeiro a associação em série e depois a


associação em paralelo, depois resolver as duas associações.

Veja abaixo um exemplo de associação mista:


07856207612

Nesse caso primeiramente resolvemos a associação em paralelo entre os


resistores R1 e R2 e o resultado associamos em série com R3.

Existem casos mais complexos, no entanto, a ideia é fazer por partes.

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No caso acima, assuma que todos os resistores são iguais a R e tente


resolver a associação acima entre os dois pontos em destaque, o resultado
é 17R/7.

5. Circuitos elétricos

A partir de agora você será apresentado a um método revolucionário no


aprendizado dos circuitos elétricos vai aprender a lidar com os circuitos de
uma maneira simples e didática, e o melhor não vai precisar ficar
memorizando fórmulas e mais fórmulas, vai aprender o método que vou
ensinar e depois vai sair por aí mostrando essa ferramenta potente na
resolução de circuitos elétricos.

Antes de mais nada, agradeço ao professor Renato Brito Bastos a quem


sou muito grato por ter me ensinado a utilizar essa ferramenta muito boa
na resolução de circuitos elétricos. Sem dúvida os seus ensinamentos serão
de muita valia nesse momento do nosso curso.

5.1 Aprendendo a calcular correntes elétricas em circuitos quase


mentalmente.

A primeira cosia que vamos aprender é a calcular a corrente elétrica que


passa por todos os resistores de uma associação em paralelo.
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Admita a associação abaixo na qual eu solicito a você as correntes que


passam em todos os resistores.

2 8

12A

4 4

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A corrente de 12A sofre uma divisão no primeiro nó e uma parte dela vai
para o resistor de 2 e outra parte para o resistor de 4. Basta você seguir
os passos seguintes que vai ficar moleza calcular essas correntes.

 Primeiro passo: cruzar os resistores:

Explico. Temos uma primeira associação na qual o resistor de cima é de 2


e o de baixo vale 4, vamos então subir o 4 e descer o 2 e colocar um X
multiplicando essas correntes:

2 8

12A 4X

2X

4 4

Agora ficou fácil, basta ver que a soma do 4X com o 2X vale 12A, logo o X
vale 2A o que implica dizer que a corrente de cima vale 4x2A = 8A e a de
baixo vale 2x2A = 4A.

2 8

12A 4X = 8A

2X = 4A

4 4

Nos próximos dois resistores fica fácil calcular, se você já entendeu a regra.
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Veja que um de 8 em cima e um de 4 em baixo é como se tivéssemos um


de 2 em cima e um de 1 em baixo, o que interessa na verdade é a
simplificação. Assim:

2 8

1Y
12A 4X = 8A

2X = 4A 2Y

4 4

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A soma de 1Y + 2Y é igual a 12A, logo Y = 4A, o que implica dizer que as


correntes serão:

2 8 –

1Y = 4A
12A 4X = 8A

2X = 4A 2Y = 8A

4 4
Parece bem simples, mas a força dessa dica resolve muitos problemas
complexos.

Lembro a você que aqui não haverá necessidade de aprender equação do


gerador, equação do receptor, lei de Ôhm-Paulliet, etc.

Você vai detonar em circuitos elétricos sem precisar decorar fórmulas


desnecessárias, caso alguma delas seja necessária, na parte dos exercícios
faremos referência, mas tenho certeza de que isso praticamente não
ocorrerá.

5.2 Calculando ddp’s em circuitos elétricos

Essa é a ferramenta mais importante da aula, você vai aprender que


calcular uma ddp em um circuito elétrico é algo muito simples quando você
conhece o nosso bizu.

Antes de tudo, aqui não faremos distinção entre geradores e receptores, a


priori, tudo vai ser chamado de bateria. Vamos entender o que é uma
bateria.

Bateria é um sistema físico no qual os polos dela possuem uma diferença


entre os seus potenciais.
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- +
Bateria
9V

No caso acima a bateria possui uma ddp de 9V. Perceba que o cada polo
possui um sinal, um positivo e ou outro, negativo.

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O significado dos sinais é o seguinte:

 Polo positivo: o potencial do polo positivo é maior que o do polo


negativo. Maior quanto? 9V! –
 Polo negativo: o potencial do polo negativo é menor que o do polo
positivo. Menor quanto? 9V!

Viu como é simples? Na verdade o potencial de cada polo é desconhecido,


o que se conhece é a diferença de potencial entre eles.

Pode ser que o polo positivo tenha 18V e o negativo tenha 9V, isso é
plenamente possível. Não é uma regra que o polo positivo tenha potencial
positivo e que o polo negativo tenha potencial negativo.

A ideia é de diferença de potencial, lembre-se!

A bateria, em um circuito elétrico é representada pela seguinte notação:

Bateria
Essa é a representação da bateria em um circuito elétrico.

Lembre-se de que o polo positivo tem um potencial maior que o negativo,


maior na quantidade da voltagem da bateria.

A bateria pode ser percorrida no sentido positivo para o negativo, como


também no negativo para o positivo.

O que você vai aprender agora é a calcular a diferença entre os potenciais:


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VA
VB

O potencial do ponto A (VA) é menor que o do ponto B (VB), uma vez que
o ponto B está do lado positivo da bateria, enquanto que o ponto A está do
lado negativo da bateria.

Assim, podemos afirmar que VA +  = VB.

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Resumindo, podemos dizer que:

VA   VA –


Quando atravessamos a bateria do polo negativo para o polo positivo o
potencial aumenta um valor igual à ddp da bateria.

Vamos ver o que ocorre quando atravessamos a bateria do polo positivo


para o polo negativo.

Você já deve ter percebido que o potencial elétrico diminui. Diminui


justamente o valor da ddp da bateria.

VA   VA

O potencial do ponto B é menor que o do ponto A em um valor equivalente


à ddp da bateria.

Assim, com essas duas dicas, quando você estiver em um circuito


elétrico e encontrar uma bateria você vai saber como proceder para
calcular a ddp entre os dois pontos, basta lembrar que o lado positivo
possui  volts a mais que o lado negativo.
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Para finalizar essa parte, basta lembrar que o sentido da corrente não
tem relevância para o calculo da ddp entre os dois pontos.

Outra dica importante é o cálculo da ddp em um resistor. O resistor


serve para dissipar calor por efeito Joule em um circuito elétrico
quando percorrido no sentido da corrente ele diminui o potencial
elétrico.

Assim, podemos observar o resistor na primeira situação:

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VB VA
R

i
No sentido da corrente o resistor diminui o potencial elétrico. Diminui
quanto? O valor equivalente a R.i, lembre-se da primeira lei de Ôhm: U =
R.i.

Assim:

VA  Ri  VB
Ou seja, o potencial do ponto B é menor em um fator igual a R.i do que o
potencial do ponto A.

VB VA
R

i
O potencial do ponto B agora será maior que o potencial do ponto A, nesse
caso teremos um aumento do potencial elétrico, uma vez que percorremos
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o resistor no sentido contrário ao da corrente elétrica.

VA  Ri  VB
Prezados alunos, é com muito prazer que digo a vocês que vamos resolver
praticamente qualquer questão de circuitos elétricos com as ferramentas
apresentadas acima. Fique tranquilo, pois o que fugir do que foi dito acima
será complementado nas questões, mas acredito que nada mais que isso
será necessário.

Apenas algum conceito que pode ser cobrado em uma questão de circuitos
é que demandará uma análise perfunctória.

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

6. Capacitores

Capacitores elétricos são dispositivos que geralmente aparecem – em


circuitos e precisam ser entendidos para que sua análise seja feita de forma
segura e embasada.

O capacitor é um dispositivo que tem por função precípua a acumulação de


energia potencial elétrica para reposição durante o funcionamento do
circuito.
O capacitor pode ter diversas formas, ele pode ser plano, esférico,
cilíndrico, etc.

Abaixo veja algumas figuras que mostram os capacitores utilizados em


circuitos elétricos:

Certamente, você já viu um desses em um circuito elétrico.

A representação deles em circuito se faz na forma abaixo:


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O último capacitor é um capacitor variável, que possui a capacitância


variável.

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Uma aplicação dos capacitores muito comum e simples de entender é a do


flash da câmera fotográfica. Ele acumula energia das pilhas, e ao dispará-
lo ele descarrega a energia acumulada em uma lâmpada, gerando –uma
luminosidade intensa em um intervalo de tempo curto.

O capacitor mais estudado e possível de cair em provas é o capacitor plano.


Isso se dá por conta da matemática envolvida, que não é das mais
complexas, como, por exemplo, a do capacitor cilíndrico.

A capacitância do capacitor é uma característica que depende do material


de que ele é feito, assim como da geometria dele.

O processo de carregamento se inicia quando fechamos a chave e uma


corrente passa a circular no circuito abaixo.

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A corrente e a ddp no capacitor são variáveis durante o processo de


carregamento e podemos montar um gráfico com os respectivos valores de
acordo com o tempo, gerando a figura que segue abaixo:

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Note que a corrente parte de um valor máximo e tende a zero quando o


tempo tende para o infinito, o que significa que a corrente se anula quando
o capacitor completa o seu carregamento.

A ddp, por outro lado, cresce, saindo de um valor inicial igual a zero e
aumentando até chegar a um valor praticamente constante.

Em relação á carga elétrica que vai se acumulando no capacitor, veja o


gráfico abaixo que ilustra o fenômeno.

07856207612

Ou seja, a carga vai aumentando até que atinge um valor constante.

As equações que regem a ddp, a corrente e a carga no capacitor durante o


carregamento são as seguintes:

 Ddp no capacitor em função do tempo:

 
t

V  V0 1  e t0 
 
 

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 Corrente elétrica em função do tempo:

t –
V0 
i .e t0

R
 Carga elétrica em função do tempo:

 
t

q(t )  CV0 1  e t0 
 
 
A carga final do capacitor, quando ele está considerado completamente
carregado é dada por:

Q  C U
Nesse caso, a corrente no capacitor é nula e a ddp já é constante e igual à
ddp da bateria utilizada para o seu carregamento.

A função precípua dos capacitores é o acúmulo de energia potencial


eletrostática. Para isso, você deve memorizar a fórmula da energia
potencial elétrica acumulada em um capacitor.

Na verdade existem três fórmulas que conduzem ao mesmo resultado.


Veja.

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No gráfico acima, para calcular a energia elétrica acumulada, basta calcular


a área sob o gráfico (a demonstração dessa propriedade também foge aos
objetivos deste curso).
Assim, como a área é numericamente igual à energia potencial: –

Q U
EP 
2
ou , usando Q  C U
Q2
EP 
2C
ou
C U 2
EP 
2

 Associação de capacitores

 Série:

Mais uma vez a característica fundamental da associação em série é o fato


de os capacitores serem carregados por uma mesma corrente elétrica, o
que os leva a uma mesma carga elétrica acumulada.

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A ideia aqui mais uma vez será trocar os capacitores associados por apenas
um capacitor equivalente. Vamos utilizar a equação fundamental dos
capacitores para chegar a conclusão:

U  U1  U 2  ...  U n
Q Q Q Q
   ... 
Ceq C1 C2 Cn
1 1 1 1
   ... 
Ceq C1 C2 Cn

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Conclusões acerca da associação em série:

 – de
A capacitância equivalente é menor que a capacitância individual
cada um dos capacitores associados.

 Para n capacitores iguais associados:

1 1 1 1
   ... 
Ceq C C C
1 n C
  Ceq 
Ceq C n

 Para dois capacitores associados em série:

1 1 1
 
Ceq C1 C2
C1.C2
Ceq 
C1  C2

 Paralelo:

Na associação em paralelo a característica fundamental é o fato de os


capacitores estarem submetidos a mesma ddp. Vamos utilizar a equação
fundamental para demonstrar a capacitância equivalente em paralelo:

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Q  Q1  Q2  ...  Qn
Ceq . U  C1. U  C2 . U  ...  Cn . U –
Ceq  C1  C2  ..  Cn

As conclusões acerca da associação em paralelo são as seguintes:

 A capacitância equivalente é sempre maior que a capacitância


individual de cada capacitor.

 Para n capacitores iguais associados em paralelo:

Ceq  C1  C2  ..  Cn
Ceq  C  C  ...  C
Ceq  nC

Bom, essas eram as principais informações acerca das associações de


capacitores. Ainda temos a associação mista, mas essa dispensa
comentários, pois mais uma vez, basta fazer por partes.

6.1 Capacitor Plano

O capacitor plano é um dos capacitores mais comuns no cotidiano. Ele é


formado por duas placas planas paralelas separadas por meio de um
dielétrico.

Abaixo segue uma figura com as principais informações e equações acerca


do capacitor plano.
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Veja que a capacitância desse tipo de capacitor é dada pela fórmula


seguinte:


A
C 
d
Onde  é a permissividade elétrica do dielétrico, A é a área das placas do
capacitor e d é a distância que separa as placas.

Você deve ainda conhecer o conceito de constante dielétrica, que na


verdade é a razão entre as permissividades elétricas:


k
0

Não confunda constante dielétrica com constante elétrica do meio.

A constante elétrica do meio está relacionada com a permissividade de


acordo com a seguinte fórmula:

1
K
4. .
Não confunda os dois conceitos, pois são bem distintos.

Além disso, o capacitor plano não gera maiores dificuldades, as principais


questões sobre ele versam sobre a sua capacitância, justamente por conta
da fórmula matemática.

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7. Exercícios Comentados

01. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) –Dois


chuveiros elétricos apresentam as seguintes especificações: chuveiro A –
5.600W - 240V; chuveiro B – 2.800W - 120V. Sabendo que seus resistores
ôhmicos e cilíndricos são feitos do mesmo material e têm o mesmo
comprimento, a razão entre suas áreas de secção transversal, SA/SB, vale

(A) 2.
(B) 1.
(C) 4.
(D) 1/4.
(E) 1/2.

Resposta: item E.

Comentário:

Nesse caso temos uma questão de eletricidade, que envolve os


conhecimentos de potência, e de resistência elétrica.

Primeiramente vamos utilizar a fórmula da potência em função da DDP e


da resistência elétrica para encontrarmos o valor da resistência de cada
chuveiro.
U2
Pot 
R
2
U
R
Pot

Calculando as resistências de cada um dos chuveiros:


07856207612

2
240 1202
RA  RB 
5.600 2.800
RA  10,3 RB  5,15

Assim, vamos agora encontrar a razão entre as áreas por meio da aplicação
da segunda lei de Ohm, das resistências elétricas.

Lembre de que essa lei aplica-se aos resistores ôhmicos.

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Vamos aplicar a fórmula acima para encontrar a razão entre as áreas das
seções transversais dos fios.

Note que a razão entre as resistências vale RA/RB = 2.

Logo, aplicando a fórmula acima:

 .L
RA S S
2 A  B
RB  .L S A
SB
SA 1

SB 2

Note que as resistividades  dos fios são iguais, pois o material de que são
feitos é o mesmo. Os comprimentos também tem o mesmo valor, por isso
no calculo acima foram cancelados.

02. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA)


Os dados nominais da lâmpada na figura são 100W-120V.
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É correto afirmar que a lâmpada

(A) poderá ter seu filamento rompido, se a ela for aplicada uma tensão
maior do que 120 V. –

Comentário:

Correto.

O item acima está correto, pois caso seja aplicada uma maior tensão a
potência dissipada será maior e o filamento será submetido a uma
temperatura cada vez maior, que poderá levar ao seu rompimento.

(B) gastará mais energia, se a tensão aplicada a ela for menor do que 120
V.

Comentário:

Incorreto.

Se a tensão for menor, a potência dissipada será menor, pois a potência


dependerá da ddp aplicada.

U2
Pot 
R

A potência sendo menor, teremos um consumo energético menor.

(C) não acenderá, se a ela for aplicada uma tensão maior do que 120 V.

Comentário:

Incorreto. 07856207612

Se a tensão aplicada for maior que 120V podem ocorrer duas coisas:

a) A lâmpada acenderá dissipando uma maior potência, o que levará a um


consumo maior e a uma maior luminosidade;

b) A lâmpada pode não aguentar a tensão e queimar, devido à sobrecarga


de potência.

(D) consumirá sempre a mesma energia, independentemente da tensão


aplicada a ela.

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Comentário:

Incorreto.

A energia consumida será proporcional à potência dissipada pela lâmpada,
que por sua vez dependerá da voltagem a que fica submetida a lâmpada.

A lâmpada é constituída de um filamento delgado de tungstênio, o qual


emite a luminosidade característica da lâmpada.

A potência pode ser dada por três fórmulas diferentes:

U2
Pot  , Pot  Ri 2 ou Pot  U .i
R

Nas três fórmulas acima a potência depende de algumas variáveis, no


entanto, na primeira fórmula a potência só depende da ddp e da resistência
da lâmpada.

A resistência da lâmpada é constante, o que implica dizer que a potência


só depende da ddp, quanto maior for o valor da ddp, maior será a potência
dissipada pela lâmpada e maior será a energia consumida.

03. (VUNESP – SP - FUNDAÇÃO CASA – AGENTE OPERACIONAL –


ELETRICISTA - 2013) A resistência equivalente do circuito é de,
aproximadamente,

07856207612

(A) 100 .
(B) 150 .
(C) 225 .
(D) 300 .
(E) 363 .

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Resposta: Item E.

Comentário:

Vamos primeiramente calcular a resistência de cada lâmpada. Após aplicar
a resistência equivalente.

U2
Pot 
R
U2
R
Pot

U12 110.110
R1    121
Pot1 100
U 2 2 110.110
R2    242
Pot2 50
R3  R2
R4  R1

Reescrevendo o circuito:

Série

242
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121 121
242

paralelo
R.R R 242
Req     121
R R 2 2
Req  121  121  121
Req  363

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04. (VUNESP-SP – CTA – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – 2013) O


circuito a seguir será utilizado para responder às questões de números 04
e 05.

Supor: R1 = 80 , R2 = 200 , R3 = 300 e i 3=10 mA.

Sobre o circuito, é correto afirmar que

(A) i1 = 25 mA e V1 = 10 V.
(B) i1 = 25 mA e VA = 10 V.
(C) i 2 = 15 mA e V2 = 5 V.
(D) V1 – V2 = 10V e i2 = 1,5.i3.
(E) V1 – V2 = 5V e i1 = 2,5.i3.

Resposta: Item C.

Comentário:

Veja que os resistores R2 e R3 estão ligados em paralelo, então estão


sujeitos a mesma ddp.
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Vamos igualar as ddp’s dos dois resistores:

R2 .i2  R3 .i3
200.i2  300.10.mA
i2  15mA

A corrente i 1 pode ser calculada de acordo com a lei dos nós, ou seja, a
soma das correntes que entram é igual a soma das correntes que saem do
nó.

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i1  i2  i3
i1  15mA 10mA

i1  25mA

A diferença entre as ddps das baterias será dada pela resistência


equivalente multiplicada pela corrente total que circula o circuito, que já foi
calculada acima.

V1  V2  R e q .itotal
 200.300  3
V1  V2   80   .25.10
 200  300 
V1  V2   80  120  .25103
V1  V2  200.25.103  5V

05. Sobre a resistência equivalente do circuito, é correto afirmar que o seu


valor

Resposta: Item B.

Comentário:

A resistência equivalente será de 200.

 200.300 
R e q   80  
 200  300 
R e q   80  120 
R e q  200
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Por outro lado, a potência dissipada total será de:

Pot  R e q .i 2

Pot  200.  25.103 


2

Pot  200.0, 00625


Pot  0,125W

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(A) é de 100 , e a potência nela dissipada não pode ser calculada, pois V1
não foi fornecido.

(B) é de 200 , e a potência nela dissipada é de 0,125 W. –

(C) é maior do que 100 , e a potência nela dissipada é de 125 W.

(D) é menor do que 200 , e a potência nela dissipada não pode ser
calculada, pois V1 e V2 não foram fornecidos.

(E) está entre 50 e 300 , e a potência nela dissipada não pode ser
calculada, pois ou V1 ou V2 teria que ser fornecido.

06.(VUNESP-SP – CTA – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – 2013) Analise


o circuito a seguir, alimentado por uma fonte de tensão contínua E.

Caso a tensão entre os pontos C e D seja nula, é correto afirmar que

(A) não é possível determinar o valor de R4.


(B) o valor da tensão da fonte E é 9 V.
(C) o valor de R4 é de 600 .
(D) o valor de R4 é de R1 + R2.
(E) o valor de R4 é nulo.
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Resposta: Item C.

Comentário:

A tensão entre os pontos C e D ser nula, significa dizer que haverá uma
ponte equilibrada entre os resistores associados, logo o produto cruzado
será igual.

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100.R4  200.300
R4  600

Fique ligado em uma questão de ponte, pois ela ode cair no seu concurso,
a regra é clara, quando aparecer uma ponte equilibrada em sua prova,
basta fazer o produto cruzado.

07. (VUNESP – SP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013) Considere a figura.

No circuito esquematizado, M é um motor ideal que consome 600 W de


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potência e tem f.c.e.m. de 120 V. O resistor ôhmico R2 tem resistência de


40 , e o circuito é alimentado por uma fonte U de 220 V. Desprezam-se
as resistências dos fios de ligação e de outros agentes passivos. A
resistência de R1 deve ser, em , de

(A) 12,5.
(B) 60.
(C) 40.
(D) 25.
(E) 32,5.

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Resposta: Item A.

Comentário:

Vamos calcular primeiramente a corrente que fluirá pelo motor, basta
lembrar a fórmula da potencia em função da ddp e da corrente:

Potcos umida   '.i1


600  120.i
i1  5 A

Logo, como a ddp no motor é a sua própria força contra eletromotriz,


podemos dizer que, como o motor está em paralelo com R2, então a ddp
em R2 vale 120V.

Vamos calcular a corrente em R2:

U  R2 .i2
120  40.i2
i2  3 A

Esquematizando as correntes no circuito:

120V
100V
5A

8A
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3A

8A

Assim, podemos dizer que:

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U1  R1.i
100  R1.8

R1  12,5
08. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997) Um
grupo de alunos dispõe de uma fonte de tensão contínua e 4 lâmpadas de
lanterna iguais. As especificações nominais da fonte são 3,0 V; 300mA e
das lâmpadas são 1,5 V; 150 mA. Eles devem montar um circuito, com
essa fonte, em que todas as lâmpadas são utilizadas e acendem de acordo
com suas especificações. Assinale a alternativa cujo esquema representa
esse circuito.

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Resposta: Item B.

Comentário:

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Vamos calcular primeiramente o valor da resistência equivalente que


devemos ter no circuito, uma vez que possuímos o valor da voltagem da
bateria e também da corrente que deve atravessá-la. –

U  R e q .i
3  300.103.R
R e q  10

Portanto, no nosso circuito precisamos ter uma resistência equivalente a


10.
A resistência de cada lâmpada também pode ser calculada:

U lâmpada  R lamp. .ilamp.


1,5  150.103.Rlamp
Rlamp.  10

Portanto, devemos associar 4 resistências de 10 de modo que a


resistência equivalente dessa associação resulte em 10 também.

A alternativa que se adequa a essa realidade é o item B, pois nela temos


duas resistências em série cada uma igual a 10 o que resulta em 20 e
cada uma dessas de 20 associada em série com outra de 20.

Assim, o resultado da resistência equivalente será de 10, o que irá


satisfazer o pedido da questão.

Se você tem dúvidas quanto à associação de resistores, segue um resumo


07856207612

sobre o assunto:

Associação de Resistores

Os resistores podem ser associados de duas formas e a associação serve


para substituir uma série de resistores cujas resistências são diferentes,
por uma resistência equivalente de valor diferente.

É comum em laboratórios de Física nos depararmos com a seguinte


situação: temos apenas resistores de 10 e precisamos de uma resistência
de 5 ou 15, o que fazer? Basta associar os resistores de tal maneira que
tenhamos uma resistência equivalente conveniente.

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A associação de resistores pode ser feita de duas formas: em série ou em


paralelo.

a) Série:

Os resistores estão associados em série quando eles estão submetidos a


mesma corrente elétrica. Abaixo você a mais clássica associação de
resistores em série.

Na figura acima você tem n resistores associados de modo que a corrente


que os atravessa é a mesma.

Podemos então somas as diferenças de potencial e igualar à diferença de


potencial da resistência equivalente:

U AB  U1  U 2  ...  U n
R e q . i  R1. i  R2 . i  ...  Rn . i
R e q  R1  R2  ...  Rn
07856207612

Portanto, a soma das resistências associadas será igual à resistência


equivalente.

A resistência equivalente na associação em série é sempre maior que cada


umas das resistências associadas.

A resistência equivalente para n resistores iguais associados em série é


dada por:

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R e q   R  R  ...  Rn vezes



R e q  n.R
É muito importante que você saiba reconhecer uma associação em série,
pois muitos alunos confundem-se achando que a associação em série
ocorre apenas quando os resistores estão um atrás do outro.

No entanto, você precisa ver se os resistores estão submetidos a mesma


corrente para saber se a associação é em série.

Veja abaixo outras configurações de associações em série:

A R1
R1
A
R2 R2
B R3
R3
B
ou

B) Paralelo:

A associação em paralelo ocorre quando os resistores estão submetidos à


mesma diferença de potencial (ddp). As correntes em cada resistor serão,
a priori, diferentes e sua soma será igual à corrente no resistor equivalente.

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A soma das correntes divididas é igual à corrente que entra no


circuito:

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Teoria e exercícios comentados
Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

i  i1  i2  ...  in

U U U U
   ... 
R e q R1 R2 Rn
1 1 1 1
   ... 
R e q R1 R2 Rn
Assim, o inverso da resistência equivalente é igual à soma dos inversos das
resistências associadas.

A resistência equivalente será sempre menor que as resistências


associadas.

Quando, em laboratório, precisamos de uma resistência menor, devemos


associar em paralelo para fins de redução da resistência.

Para n resistores iguais associados em paralelo:

1 1 1 1
   ... 
R eq R R R
R
Req 
n
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Temos ainda uma expressão matemática bem comum para dois resistores
associados em paralelo, é muito comum utilizarmos diretamente a
expressão, ao invés de usar a relação demonstrada acima.

1 1 1
 
R e q R1 R2
R1 R2
R eq 
R1  R2

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Ou seja, a resistência equivalente é igual ao produto das resistências


dividido pela soma das resistências.

Veja abaixo uma curiosidade de uma associação que aparenta ser em série
e na verdade trata-se de uma associação em paralelo:

R1 R2 R3
A B

No sistema acima os resistores que, aparentemente, parecem estar


associados em série, estão, na verdade, associados em paralelo,
submetidos à mesma ddp UAB.

c) Mista

A associação mista ocorre quando temos os dois tipos de associação em


um mesmo sistema associativo.

A ideia aqui é fazer por partes, primeiro a associação em série e depois a


associação em paralelo, depois resolver as duas associações.

Veja abaixo um exemplo de associação mista:

Nesse caso primeiramente resolvemos a associação em paralelo entre os


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resistores R1 e R2 e o resultado associamos em série com R3.

Existem casos mais complexos, no entanto, a ideia é fazer por partes.

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No caso acima, assuma que todos os resistores são iguais a R e tente


resolver a associação acima entre os dois pontos em destaque, o resultado
é 17R/7.

09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997)
Como há regiões no país em que a tensão é 110 V e outras em que é 127
V, os fabricantes de lâmpadas unificaram em 120 V a voltagem nominal
das lâmpadas que fabricam. Essa medida, obviamente vantajosa para os
fabricantes, é prejudicial para os consumidores que moram em regiões
onde a tensão é 127 V, pois eles gastam mais energia do que deveriam.
Esse gasto a mais, em relação ao consumo na utilização de lâmpadas
incandescentes, é da ordem de

(A) 2%.
(B) 6%.
(C) 12%.
(D) 20%.
(E) 100%.

Resposta: Item C.

Comentário:

Vamos calcular a potência de cada lâmpada, ligada em 110V e em 127.

A potência dissipada pela lâmpada será calculada por maio da fórmula:

U2
Pot 
R
1202 14400
Pot1  
R R
127 2 16129
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Pot2  
R R

Vamos dividir um valor pelo outro para ver a real discrepância:

14400
Pot1 
R
16129
Pot2 
R
Pot2 16129
  1,1201
Pot1 14400

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Portanto o consumo será 12% maior, em relação ao que seria, caso ela
funcionasse sob uma tensão nominal de 120V.

10. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997) Um
morador resolveu substituir o antigo chuveiro elétrico de 3600 W/220V de
seu banheiro por outro mais moderno, de 7200W/220V, mas não conseguia
usá-lo, porque sempre que ligava o chuveiro o disjuntor desarmava. Um
eletricista resolveu o problema fazendo um circuito exclusivo para esse
chuveiro e instalando um novo disjuntor, adequado para esse circuito.
Pode-se garantir que o valor nominal desse disjuntor é

(A) 15 A.
(B) 20 A.
(C) 25 A.
(D) 30 A.
(E) 35 A.

Resposta: Item E.

Comentário:

Devemos calcular a corrente a que fica sujeito o chuveiro.

Para isso vamos fazer uso da equação da potência em função da corrente


e da ddp.
Pot  U .i
7200  220.i
i  32, 7 A

Logo, devemos ter um disjuntor capaz de “segurar” uma corrente no


mínimo igual a 32,7A. 07856207612

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011) No


circuito representado na figura, a fonte tem força eletromotriz, ,
constante, resistência interna desprezível e os resistores têm resistência R,
iguais.

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Sabe-se que quando a chave C está aberta, a intensidade da corrente


elétrica total que percorre o circuito é i, e a potência nele dissipada é P.
Pode-se afirmar que, fechando a chave, os valores da intensidade da
corrente e da potência dissipada, no circuito, serão, respectivamente,

(A) i/2 e P/4.


(B) i/2 e P/2.
(C) i e P.
(D) 2i e 2P.
(E) 2i e 4P.

Resposta: Item D.

Comentário:

Com a chave aberta, podemos dizer que apenas um resistor irá funcionar.

Portanto, a potência P será dada por:

U2
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Pot 
R
2
P
R

A corrente elétrica será dada por:

U
i
R

i
R

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Por outro lado, com a chave fechada, a resistência equivalente passa a ser:

R.R R
Req   –
R R 2

Calculando o valor da potência agora com a chave fechada:

U2
Pot 
R
2 2
P'  2.  2.P
R R
2

A corrente elétrica, por sua vez será dada por:

U
i' 
R'
 
i'  2.  2.i
R R
2

12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011) Um


estudante dispõe de uma fonte de tensão de resistência interna desprezível
cujos valores nominais são 12 V; 5,0 A e lâmpadas idênticas de valores
nominais 12 V; 6,0 W. O número máximo de lâmpadas que o aluno pode
ligar a essa fonte, em paralelo, para que brilhem de acordo com as
especificações do fabricante, é

(A) 2.
(B) 5. 07856207612

(C) 8.
(D) 10.
(E) 25.

Resposta: item D.

Comentário:

No caso acima, devemos calcular o número máximo de lâmpadas que


podem ser associadas em paralelo.

Veja que podemos calcular a resistência de cada lâmpada:

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U2 U2
Pot   R
R Pot

122
R  24
6

A resistência equivalente, como teremos a associação em paralelo, será


dada por:

R 24
Req  
n n

Onde, n é o número de resistores.

A potência máxima a ser dissipada em cada lâmpada será a potência


nominal, logo será uma potência de 6W, com isso podemos calcular a
corrente em cada lâmpada:

Pot  R.i 2
Pot  24.i 2  24.i 2  6
1
i  A  0,5 A
2

Essa corrente será oriunda de uma divisão igualitária de uma corrente total
de 5A para n resistores iguais, logo:

5
 0,5  n  10
n
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13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011) Num


livro de eletricidade, você encontra três informações:

I. isolantes são materiais que não permitem a passagem da corrente


elétrica;
II. o ar é isolante e
III. um raio constitui-se de uma descarga elétrica correspondente, em
média, a uma corrente de 10 000 ampères que desloca da nuvem à Terra
uma carga de 20 coulombs. Você pode concluir que essas três informações
são

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(A) coerentes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica


é de 2,0∙10-3s.

(B) conflitantes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica
é de 2,0∙10 s.
-3

(C) coerentes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica


é de 2,0∙10-4s.
(D) conflitantes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica
é de 2,0∙10-6s.
(E) conflitantes e que não é possível avaliar o intervalo de tempo médio de
uma descarga elétrica.

Resposta: Item A.

Comentário:

Vamos calcular o tempo que leva para a carga elétrica oriunda de um raio
ser descarregada na superfície da Terra:

Q
i
t
20C
10.000 A   t  0, 002  2, 0.103 s
t

Quanto ao conteúdo das duas primeiras afirmações nada se tem a opor,


uma vez que isolantes elétricos são meios em que não há passagem de
corrente elétrica e o ar é um meio que pode ser considerado como isolante.

Em um isolante elétrico as cargas não conseguem se mover elas ficam


presas, e isso faz com que não haja corrente elétrica no meio isolante.

Ainda bem que o ar é um isolante, pois caso contrário, a corrente elétrica


07856207612

oriunda de um raio poderia se propagar para muitos locais e possivelmente


todos morreríamos com a descarga.

14. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -


2011) No circuito apresentado, a tensão aplicada nos bornes L1 e L2 é de
140 V e potência total de 2,8 KW.

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Portanto, os valores em Ohms dos resistores R1, R2 e R4 são:

(A) R1 = 0,023 ; R2 = 0,02 ; R4 = 0,14 .


(B) R1 = 8 ; R2 = 28 ; R4 = 4 .
(C) R1 = 14 ; R2 = 28 ; R4 = 14 .
(D) R1 = 18 ; R2 = 20 ; R4 = 2 .
(E) R1 = 23,3 ; R2 = 20 ; R4 = 140 .

Resposta: Item B.

Comentário:

Se a potencia total será de 2,8KW e a tensão aplicada aos extremos dos


terminais é de 140V, podemos afirmar que a corrente total que circula será
de:

Pot  U .i
2.800  140.i
i  20 A
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Assim, a corrente que passará pelo ramo de cima do circuito vale 15A, uma
vez que a corrente inferior vale 5A.

Como a ddp total é de 140V, e a ddp em R4, que é igual a ddp em R3, vale
20V, então podemos dizer que a ddp em R1 vale 120V.

Como a corrente elétrica que atravessa R1 vale 15A, então:

120  R1.15
120
R1   8
15

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Vamos calcular R2 da mesma forma, ou seja, aplicando a primeira lei de


Ohm:
140  R2 .5 –
R1  28

Vamos calcular a corrente elétrica em R3, pois como ele está associado em
paralelo com R4, então, a ddp será de 20V em R3.

Assim,
U  R3 .i3
20  2.i3
i3  10 A

Logo, como a corrente no trecho de 2 vale 10A e a corrente total que


entra na associação em paralelo entre R3 e R4, podemos afirmar que a
corrente elétrica em R4 vale 5A.

Portanto,
U  R4 .i4
20  R4 .5
R4  4

15. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -


2011) Um resistor elétrico foi submetido ao ensaio para obtenção de sua
resistência, em corrente contínua. Os resultados estão apresentados no
gráfico ilustrado na figura.

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Assinale a alternativa que apresenta a resistência elétrica desse resistor,


considerando apenas sua região linear de operação.

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(A) 133 [m ]
(B) 1,33 [ ]
(C) 1,90 [ ]
(D) 13,3 [ ] –
(E) 19,0 [ ]

Resposta: Item D.

Comentário:

O trecho linear do gráfico é o que vai de 0 a 15A, logo podemos aplicar a


primeira lei de Ohm ao caso:

U  R.i
200  R.15
R4  13,3
16. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -
2011) Observe o que segue:

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Assinale a alternativa que apresenta corretamente a corrente fornecida pela


fonte.

(A) 10 [A]
(B) 5 [A]
(C) 500 [mA]
(D) 100 [mA]
(E) 50 [mA]

Resposta: Item A.

Comentário:

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Vamos primeiramente calcular a resistência equivalente e após aplicar a


primeira lei de Ohm ao circuito e encontrar quanto vale a corrente que o
gerador joga no circuito:

Série = 24

Série:
6+4=10 Paralelo
= 24.8/(24+8)
=6

Logo, perceba que a resistência equivalente é de 10, e a ddp da bateria é


de 100V, logo:

U  R.i
100  10.i
i  10 A

17. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -


2011) A fonte de tensão do circuito ilustrado na figura fornece 1000 [W]
de potência aos elementos passivos.
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Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor


da resistência R do circuito.

(A) 0,67 [ ] –
(B) 1,33 [ ]
(C) 3,33 [ ]
(D) 6,67 [ ]
(E) 8,33 [ ]

Resposta: item D.

Comentário:

Como a finte de tensão fornece 1.000W, então podemos calcular a corrente


elétrica no circuito, fornecida pela bateria:

Pot  U .i
1.000  100.i
i  10 A

Podemos utilizar a primeira lei de Ohm para calcular a resistência


equivalente no circuito externo:
U  R e q .i
100  Req .10
R e q  10

Assim, o resultado de uma associação em paralelo de R com um outro de


20, associado esse resultado com um resistor de 5 em série, deve ter
como resultado uma resistência equivalente de 10.
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R e q  10
R.20
5  10
R  20
R.20
 5  20 R  5R  100
R  20
15R  100  R  6, 67

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18. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012) Um


aquecedor elétrico (A), uma torradeira (T) de 750 W e um grill (G) de 1.000
W são conectados em um circuito sob tensão de 120 V, como mostrado na
figura. –

Na figura, D representa um disjuntor que suporta até 25 A, sem desarmar.


A potência máxima consumida no aquecedor elétrico deve ser igual a

(A) 4 490 W.
(B) 490 W.
(C) 1 250 W.
(D) 125 W.
(E) 3 000 W.

Resposta: Item C

Comentário:

O disjuntor deve ser capaz de “aguentar” uma corrente elétrica de 25A,


oriunda dos três aparelhos.

Como possuímos o valor das potências de dois deles e a ddp comum na


ligação, podemos encontrar a corrente que circula em cada um deles:
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Pot  U .i
750  120.iT
iT  6, 25 A
Vamos adotar o mesmo procedimento para o grill:

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Pot  U .i
1.000  120.iG –
iG  8,33 A
Portanto, vamos calcular a corrente que ainda resta para passar pelo
aquecedor, que não pode, juntamente com as outras exceder o valor de
25A.

itotal  25 A
8,33 A 6, 25 A iA  25 A
iA  10, 42 A
Com essa corrente e a ddp de 120V comum aos três, podemos calcular a
potência do aquecedor:

Pot  U .iA
Pot  120 10, 42
Pot  1.250, 4W
19. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE SOROCABA – ENGENHEIRO
ELETRICISTA – 2011) Um capacitor de placas planas equidistantes tem
uma área de 0,25 m2 e uma distância entre as placas de 2 mm e o material
entre as placas tem permitividade dielétrica 8 vezes à do ar. A área de um
capacitor com o dobro da capacitância, que tem um material entre as placas
de permissividade dielétrica 4 vezes à do ar, é de
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Dados: ar = 8,85 x 10-12F/m

(A) 1 m2.
(B) 1,5 m2.
(C) 2 m2.
(D) 2,5 m2.
(E) 3 m2.

Resposta: Item A.

Comentário:

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A questão é de pura aplicação da fórmula da capacitância do capacitor


plano.


Mas a questão envolve dois capacitores, entenda então que você vai fazer
duas aplicações e determinar constante nas duas:

 .A
CCap.Plano 
d
Vamos chamar de C1 a capacitância do primeiro capacitor, e aplicar a
fórmula:

 .A
CCap.Plano 
d
8   ar . A1 8  8,85 1012  0, 25
C1  
d1 2, 0 103
C1  8,85 109 F
Agora vamos calcular a área de um capacitor plano com a capacitância igual
a 2 x C 1:

 .A
CCap.Plano 
d
4   ar . A2
2.C1 
d1 07856207612

4   ar . A2 4  8,85 1012  A2
9
2  8,85 10  
d1 2, 0 103
A2  1, 0m2

Note que consideramos que a distância entre as placas é a mesma do


primeiro capacitor.

Abaixo segue um resumo teórico sobre capacitores:

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Capacitores

Capacitores elétricos são dispositivos que geralmente aparecem em



circuitos e precisam ser entendidos para que sua análise seja feita de forma
segura e embasada.

O capacitor é um dispositivo que tem por função precípua a acumulação de


energia potencial elétrica para reposição durante o funcionamento do
circuito.
O capacitor pode ter diversas formas, ele pode ser plano, esférico,
cilíndrico, etc.

Abaixo veja algumas figuras que mostram os capacitores utilizados em


circuitos elétricos:

Certamente, você já viu um desses em um circuito elétrico.

A representação deles em circuito se faz na forma abaixo:

07856207612

O último capacitor é um capacitor variável, que possui a capacitância


variável.

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Uma aplicação dos capacitores muito comum e simples de entender é a do


flash da câmera fotográfica. Ele acumula energia das pilhas, e ao dispará-
lo ele descarrega a energia acumulada em uma lâmpada, gerando uma
luminosidade intensa em um intervalo de tempo curto. –

O capacitor mais estudado e possível de cair em provas é o capacitor plano.


Isso se dá por conta da matemática envolvida, que não é das mais
complexas, como, por exemplo, a do capacitor cilíndrico.

A capacitância do capacitor é uma característica que depende do material


de que ele é feito, assim como da geometria dele.

O processo de carregamento se inicia quando fechamos a chave e uma


corrente passa a circular no circuito abaixo.

07856207612

A corrente e a ddp no capacitor são variáveis durante o processo de


carregamento e podemos montar um gráfico com os respectivos valores de
acordo com o tempo, gerando a figura que segue abaixo:

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Note que a corrente parte de um valor máximo e tende a zero quando o


tempo tende para o infinito, o que significa que a corrente se anula quando
o capacitor completa o seu carregamento.

A ddp, por outro lado, cresce, saindo de um valor inicial igual a zero e
aumentando até chegar a um valor praticamente constante.

Em relação á carga elétrica que vai se acumulando no capacitor, veja o


gráfico abaixo que ilustra o fenômeno.

07856207612

Ou seja, a carga vai aumentando até que atinge um valor constante.

As equações que regem a ddp, a corrente e a carga no capacitor durante o


carregamento são as seguintes:

 Ddp no capacitor em função do tempo:

 
t

V  V0 1  e t0 
 
 

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 Corrente elétrica em função do tempo:

t
V0  t0 –
i  .e
R
 Carga elétrica em função do tempo:

 
t

q(t )  CV0 1  e t0

 
 
A carga final do capacitor, quando ele está considerado completamente
carregado é dada por:

Q  C U
Nesse caso, a corrente no capacitor é nula e a ddp já é constante e igual à
ddp da bateria utilizada para o seu carregamento.

A função precípua dos capacitores é o acúmulo de energia potencial


eletrostática. Para isso, você deve memorizar a fórmula da energia
potencial elétrica acumulada em um capacitor.

Na verdade existem três fórmulas que conduzem ao mesmo resultado.


Veja.

07856207612

No gráfico acima, para calcular a energia elétrica acumulada, basta calcular


a área sob o gráfico (a demonstração dessa propriedade também foge aos
objetivos deste curso).
Assim, como a área é numericamente igual à energia potencial:

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Teoria e exercícios comentados
Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

Q U
EP 
2

ou , usando Q  C U
Q2
EP 
2C
ou
C U 2
EP 
2
 Associação de capacitores

 Série:

Mais uma vez a característica fundamental da associação em série é o fato


de os capacitores serem carregados por uma mesma corrente elétrica, o
que os leva a uma mesma carga elétrica acumulada.

A ideia aqui mais uma vez será trocar os capacitores associados por apenas
um capacitor equivalente. Vamos utilizar a equação fundamental dos
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capacitores para chegar a conclusão:

U  U1  U 2  ...  U n
Q Q Q Q
   ... 
Ceq C1 C2 Cn
1 1 1 1
   ... 
Ceq C1 C2 Cn

Conclusões acerca da associação em série:

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Teoria e exercícios comentados
Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

 A capacitância equivalente é menor que a capacitância individual de


cada um dos capacitores associados.

 Para n capacitores iguais associados:

1 1 1 1
   ... 
Ceq C C C
1 n C
  Ceq 
Ceq C n

 Para dois capacitores associados em série:

1 1 1
 
Ceq C1 C2
C1.C2
Ceq 
C1  C2

 Paralelo:

Na associação em paralelo a característica fundamental é o fato de os


capacitores estarem submetidos a mesma ddp. Vamos utilizar a equação
fundamental para demonstrar a capacitância equivalente em paralelo:

07856207612

Q  Q1  Q2  ...  Qn
Ceq . U  C1. U  C2 . U  ...  Cn . U
Ceq  C1  C2  ..  Cn

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

As conclusões acerca da associação em paralelo são as seguintes:

 –
A capacitância equivalente é sempre maior que a capacitância
individual de cada capacitor.

 Para n capacitores iguais associados em paralelo:

Ceq  C1  C2  ..  Cn
Ceq  C  C  ...  C
Ceq  nC

Bom, essas eram as principais informações acerca das associações de


capacitores. Ainda temos a associação mista, mas essa dispensa
comentários, pois mais uma vez, basta fazer por partes.

Capacitor Plano

O capacitor plano é um dos capacitores mais comuns no cotidiano. Ele é


formado por duas placas planas paralelas separadas por meio de um
dielétrico.

Abaixo segue uma figura com as principais informações e equações acerca


do capacitor plano.

07856207612

Veja que a capacitância desse tipo de capacitor é dada pela fórmula


seguinte:

A
C 
d

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Teoria e exercícios comentados
Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

Onde  é a permissividade elétrica do dielétrico, A é a área das placas do


capacitor e d é a distância que separa as placas.

Você deve ainda conhecer o conceito de constante dielétrica, que– na


verdade é a razão entre as permissividades elétricas:


k
0

Não confunda constante dielétrica com constante elétrica do meio.

A constante elétrica do meio está relacionada com a permissividade de


acordo com a seguinte fórmula:

1
K
4. .
Não confunda os dois conceitos, pois são bem distintos.

Além disso, o capacitor plano não gera maiores dificuldades, as principais


questões sobre ele versam sobre a sua capacitância, justamente por conta
da fórmula matemática.

20. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE SOROCABA – ENGENHEIRO


ELETRICISTA – 2011) A seção nominal de um condutor cilíndrico de
alumínio com o mesmo comprimento e resistência de condutor de cobre,
em CC, com comprimento de 10 m e seção de 2,5 mm2, é

Dados:

Temperatura ambiente = 20oC 07856207612

Resistividade do cobre = 1.7×10−8 .m a 20oC


Resistividade do alumínio = 2.8×10−8 .m a 20oC

(A) 2,7 mm2.


(B) 3,0 mm2.
(C) 3,5 mm2.
(D) 4,1 mm2.
(E) 5,0 mm2.

Resposta: item D.

Comentário:

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

Vamos aplicar a fórmula da resistência de um resistor Ôhmico:

.L
R –
A
Essa é a fórmula da resistência elétrica em função das constantes
intervenientes fornecidas no enunciado da questão.

Cu .L 1, 7 108.10
RCu  
A 2,5.106
RCu  6,8.102 

Agora vamos calcular a resistência de um resistor de alumínio:

 Al .L 2,8.108.10
RAl  
A A
RAl  6,8.102 
log o
22,8.108.10
6,8.10 
A
A  0, 41.105  4,1.10 6
A  4,1mm2

21. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Determinado liquidificador tem um selo do fabricante que informa: 127 V;
07856207612

400 W; 10 W, em que este último valor é referente à potência dissipada.


Assim, a energia elétrica que esse aparelho converte em energia mecânica
de movimento, em 2 min de funcionamento, em kWh, e a corrente elétrica,
aproximada, que o atravessa, em A, são, respectivamente

(A) 13 e 0,32.
(B) 1,3 e 0,32.
(C) 0,13 e 3,15.
(D) 0,013 e 3,15.
(E) 0,013 e 31,5.

Resposta: Item D.

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

Comentário:

Vamos calcular a corrente por meio da equação fundamental do receptor:



Pottotal  Potútil  Potdiss
400  Potútil  10
Potútil  390W

Assim, podemos calcular o consumo de energia de acordo com a fórmula


já vista na aula de hoje:

Potútil  390W
En  Potútil .t
1h
En  390W.2 min .
60 min
En  13Wh  0, 013KWh

A corrente elétrica que atravessa o aparelho pode ser calculada de acordo


com a fórmula da potência:

Pottotal  400W
Pottotal  U .i
Pottotal 400
i   3,15 A
U 127

22. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013) Os


07856207612

neurônios que constituem o sistema nervoso formam uma intrincada rede,


comparável, em certos aspectos, a um circuito elétrico. A rede nervosa é
formada pelos axônios e dendritos, que atuam como cabos de transmissão
de impulsos nervosos.

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

Cerca de 2.106 íons de Na+ penetram em uma célula nervosa excitada em


um intervalo de tempo de 10–3 s. Sabendo-se que a carga elementar é
1,6.10–19 C, a intensidade de corrente elétrica em ampère que passa pela
célula é

(A) 1,6.10–10
(B) 2,4.10–10
(C) 3,2.10–10
(D) 3,8.10–10
(E) 4,4.10–10

Resposta: Item C.

Comentário:

Essa é uma questão simples, basta você aplicar a definição de corrente


elétrica. Um breve resumo de corrente elétrica:

Corrente Elétrica

A corrente elétrica é o primeiro assunto acerca da eletrodinâmica que


vamos estudar.

A eletrodinâmica é a parte da Eletricidade que estuda as cargas elétricas


em movimento, ou seja, o fluxo de elétrons através de um condutor e suas
07856207612

implicações.

A corrente elétrica é a quantidade de carga que atravessa a seção reta de


um condutor em certo intervalo de tempo, trata-se do conceito de fluxo de
carga em um condutor.

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De acordo com o conceito, a corrente elétrica média será dada por:

Q
i
t
A unidade de corrente elétrica é o ampère, trata-se de uma unidade SI
fundamental, referente a uma grandeza fundamental, que é a corrente
elétrica.

Unidade (SI): A

A corrente elétrica pode ser constante em um determinado intervalo de


tempo, dessa forma a corrente elétrica média, calculada pela fórmula
acima, torna-se igual à corrente elétrica instantânea.

Em forma de gráfico podemos dizer que a corrente elétrica constante em


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função do tempo seria dada por:

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A corrente constante é também conhecida como corrente contínua, a qual


não sofre mudanças com o tempo.


Se a corrente elétrica for variável no intervalo de tempo considerado, então
a questão geralmente lhe fornece um gráfico de corrente elétrica em função
do tempo diferente do gráfico mostrado acima. Veja.

No gráfico acima, a área sob o gráfico é numericamente igual à carga


elétrica que passa pelo condutor no intervalo de tempo considerado.

Assim, se você quiser a corrente média que circulou no condutor naquele


intervalo de tempo, ela seria dada por:

Área
imédia 
t
Um tipo muito interessante de corrente variável é a corrente alternada, é
essa a corrente elétrica que circula no circuito elétrico de sua residência.

Ela é não constante e varia sempre em intervalos de tempos iguais,


graficamente poderíamos dizer que ela é representada por:
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A parte matemática acerca da corrente alternada nós não vamos abordar


nesse curso, pois se trata de um conhecimento bem específico, que só deve
ser tratado em um curso voltado para área de engenharia elétrica, o que
você precisa saber de corrente elétrica está nessas páginas. –

Outro detalhe que você precisa conhecer sobre corrente elétrica é o sentido
da corrente, que deve ser entendido, pois tem detalhes que merecem
explicação.

Bom, a corrente elétrica se estabelece quando submetemos um condutor a


uma diferença de potencial (ddp). É essa diferença de potencial que faz
com que os elétrons se movimentem, você deve estar lembrado que os
elétrons sempre procuram potenciais mais positivos, de modo a diminuir a
energia potencial eletrostática.

Existem dois sentidos para o fluxo de cargas; um, real; outro, convencional.
O sentido real e o convencional podem ser observados na figura abaixo:

Veja que o sentido real é o sentido que os elétrons tomam, ou seja do polo
negativo para o polo positivo, no entanto, convencionou-se que a corrente
elétrica é como se fosse o movimento dos portadores de carga positivas,
ou seja, o sentido contrário ao do fluxo de elétrons.
07856207612

Muita atenção às questões teóricas sobre esse assunto.

Logo, vamos aplicar a fórmula, lembrando que um íon de Na tem uma carga
elementar positiva.

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Assim,


Q 2, 0 106  1, 6  1019
i 
t 103
3, 2 1013
i 3
 3, 2  1010 A.
10
23. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013) Para
a associação de resistores dada, o resistor equivalente em , e a
intensidade de corrente elétrica em A, que passam pela bateria são,
respectivamente,

(A) Re = 8, i = 1,2.
(B) Re = 10, i = 1,2.
(C) Re = 10, i = 1,0.
(D) Re = 11, i = 1,0.
(E) Re = 2,2, i = 1,7.

Resposta: Item B.
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Comentário:

A primeira coisa que você deve notar nessa questão é o fato de que o
resistor de 1 está em curto circuito, uma vez que as suas extremidades
estão ligadas por um fio ideal.

Sobra para você o circuito abaixo:

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Paralelo :
6 6
i 6.6
 3
4

3 66

Calculo da corrente :
U  R e q .i
12   3  3  4  .i
i  1, 2 A
A resistência equivalente é o resultado de uma associação em série de três
resistores, um de 4, e mais dois de 3.

Logo,

R e q  3  3  4
R e q  10

24. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Capacitor é um dispositivo de circuito elétrico que tem como função
07856207612

armazenar cargas elétricas e consequente energia eletrostática. Podem ser


utilizados nos mais variados tipos de circuitos elétricos, por exemplo, nas
máquinas fotográficas armazenando cargas para o flash.

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No circuito da figura, o capacitor encontra-se carregado e os amperímetros


A1, A2 e o voltímetro são ideais. As indicações dos amperímetros em
ampère, do voltímetro em volts e a carga do capacitor em micro coulomb
são

(A) 2, 2, 8, 6.
(B) 2, 0, 8, 8.
(C) 1, 2, 4, 0.
(D) 1, 1, 4, 2.
(E) 1, 0, 4, 8.

Resposta: item B.

Comentário:

Quando o capacitor encontra-se carregado a corrente que passa por ele é


nula. Logo a corrente circulará apenas no ramo da bateria e dos dois
resistores, o que nos permite dizer que a corrente em A2 é nula.

Por outro lado podemos calcular a corrente no trecho dos resistores e da


bateria, ou seja, a marcação de A1: 07856207612

U  Req  i
12
i  2A
6
Com isso, podemos calcular a ddp no resistor de 4, que por sua vez é a
mesma ddp no capacitor:

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U  R i
U  4.2

U  8V
Essa é a ddp no capacitor e a marcação no voltímetro.

Finalmente, para calcular a carga no capacitor, usamos a equação


fundamental do capacitor:

Q  C U
Q  1  8  8C

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8. Exercícios Propostos

01. (Polícia Civil – SP – Perito Criminal – VUNESP - 2012) Dois


chuveiros elétricos apresentam as seguintes especificações: chuveiro– A –
5.600W - 240V; chuveiro B – 2.800W - 120V. Sabendo que seus resistores
ôhmicos e cilíndricos são feitos do mesmo material e têm o mesmo
comprimento, a razão entre suas áreas de secção transversal, SA/SB, vale

(A) 2.
(B) 1.
(C) 4.
(D) 1/4.
(E) 1/2.

02. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA)


Os dados nominais da lâmpada na figura são 100W-120V.

07856207612

É correto afirmar que a lâmpada

(A) poderá ter seu filamento rompido, se a ela for aplicada uma tensão
maior do que 120 V.

(B) gastará mais energia, se a tensão aplicada a ela for menor do que 120
V.

(C) não acenderá, se a ela for aplicada uma tensão maior do que 120 V.

(D) consumirá sempre a mesma energia, independentemente da tensão


aplicada a ela.

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03. (VUNESP – SP - FUNDAÇÃO CASA – AGENTE OPERACIONAL –


ELETRICISTA - 2013) A resistência equivalente do circuito é de,
aproximadamente,

(A) 100 .
(B) 150 .
(C) 225 .
(D) 300 .
(E) 363 .

04. (VUNESP-SP – CTA – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – 2013) O


circuito a seguir será utilizado para responder às questões de números 31
e 32.

Supor: R1 = 80 , R2 = 200 , R3 = 300 e i 3=10 mA.

07856207612

Sobre o circuito, é correto afirmar que

(A) i1 = 25 mA e V1 = 10 V.
(B) i1 = 25 mA e VA = 10 V.
(C) i 2 = 15 mA e V2 = 5 V.
(D) V1 – V2 = 10V e i2 = 1,5.i3.
(E) V1 – V2 = 5V e i1 = 2,5.i3.

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05. Sobre a resistência equivalente do circuito, é correto afirmar que o seu


valor

– V1
(A) é de 100 , e a potência nela dissipada não pode ser calculada, pois
não foi fornecido.

(B) é de 200 , e a potência nela dissipada é de 0,125 W.

(C) é maior do que 100 , e a potência nela dissipada é de 125 W.

(D) é menor do que 200 , e a potência nela dissipada não pode ser
calculada, pois V1 e V2 não foram fornecidos.

(E) está entre 50 e 300 , e a potência nela dissipada não pode ser
calculada, pois ou V1 ou V2 teria que ser fornecido.

06. (VUNESP-SP – CTA – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – 2013) Analise


o circuito a seguir, alimentado por uma fonte de tensão contínua E.

Caso a tensão entre os pontos C e D seja nula, é correto afirmar que


07856207612

(A) não é possível determinar o valor de R4.


(B) o valor da tensão da fonte E é 9 V.
(C) o valor de R4 é de 600 .
(D) o valor de R4 é de R1 + R2.
(E) o valor de R4 é nulo.

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07. (VUNESP – SP – IPEM/SP – ESPECIALISTA EM METROLOGIA E


QUALIDADE – 2013) Considere a figura.

No circuito esquematizado, M é um motor ideal que consome 600 W de


potência e tem f.c.e.m. de 120 V. O resistor ôhmico R2 tem resistência de
40 , e o circuito é alimentado por uma fonte U de 220 V. Desprezam-se
as resistências dos fios de ligação e de outros agentes passivos. A
resistência de R1 deve ser, em , de

(A) 12,5.
(B) 60.
(C) 40.
(D) 25.
(E) 32,5.

08. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997) Um


grupo de alunos dispõe de uma fonte de tensão contínua e 4 lâmpadas de
lanterna iguais. As especificações nominais da fonte são 3,0 V; 300mA e
das lâmpadas são 1,5 V; 150 mA. Eles devem montar um circuito, com
essa fonte, em que todas as lâmpadas são utilizadas e acendem de acordo
com suas especificações. Assinale a alternativa cujo esquema representa
07856207612

esse circuito.

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09. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997)


Como há regiões no país em que a tensão é 110 V e outras em que é 127
V, os fabricantes de lâmpadas unificaram em 120 V a voltagem nominal
das lâmpadas que fabricam. Essa medida, obviamente vantajosa para os
fabricantes, é prejudicial para os consumidores que moram em regiões
onde a tensão é 127 V, pois eles gastam mais energia do que deveriam.
Esse gasto a mais, em relação ao consumo na utilização de lâmpadas
incandescentes, é da ordem de

(A) 2%.
(B) 6%.
(C) 12%.
(D) 20%.
(E) 100%. 07856207612

10. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 1997) Um


morador resolveu substituir o antigo chuveiro elétrico de 3600 W/220V de
seu banheiro por outro mais moderno, de 7200W/220V, mas não conseguia
usá-lo, porque sempre que ligava o chuveiro o disjuntor desarmava. Um
eletricista resolveu o problema fazendo um circuito exclusivo para esse
chuveiro e instalando um novo disjuntor, adequado para esse circuito.
Pode-se garantir que o valor nominal desse disjuntor é

(A) 15 A.
(B) 20 A.
(C) 25 A.

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(D) 30 A.
(E) 35 A.

11. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011) – No


circuito representado na figura, a fonte tem força eletromotriz, ,
constante, resistência interna desprezível e os resistores têm resistência R,
iguais.

Sabe-se que quando a chave C está aberta, a intensidade da corrente


elétrica total que percorre o circuito é i, e a potência nele dissipada é P.
Pode-se afirmar que, fechando a chave, os valores da intensidade da
corrente e da potência dissipada, no circuito, serão, respectivamente,

(A) i/2 e P/4.


(B) i/2 e P/2.
(C) i e P.
(D) 2i e 2P.
(E) 2i e 4P.

12. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011) Um


estudante dispõe de uma fonte de tensão de resistência interna desprezível
cujos valores nominais são 12 V; 5,0 A e lâmpadas idênticas de valores
nominais 12 V; 6,0 W. O número máximo de lâmpadas que o aluno pode
07856207612

ligar a essa fonte, em paralelo, para que brilhem de acordo com as


especificações do fabricante, é

(A) 2.
(B) 5.
(C) 8.
(D) 10.
(E) 25.

13. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2011) Num


livro de eletricidade, você encontra três informações:

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

I. isolantes são materiais que não permitem a passagem da corrente


elétrica;
II. o ar é isolante e
III. um raio constitui-se de uma descarga elétrica correspondente,– em
média, a uma corrente de 10 000 ampères que desloca da nuvem à Terra
uma carga de 20 coulombs. Você pode concluir que essas três informações
são

(A) coerentes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica


é de 2,0∙10-3s.
(B) conflitantes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica
é de 2,0∙10-3s.
(C) coerentes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica
é de 2,0∙10-4s.
(D) conflitantes e que o intervalo de tempo médio de uma descarga elétrica
é de 2,0∙10-6s.
(E) conflitantes e que não é possível avaliar o intervalo de tempo médio de
uma descarga elétrica.

14. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -


2011) No circuito apresentado, a tensão aplicada nos bornes L1 e L2 é de
140 V e potência total de 2,8 KW.

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Portanto, os valores em Ohms dos resistores R1, R2 e R4 são:

(A) R1 = 0,023 ; R2 = 0,02 ; R4 = 0,14 .


(B) R1 = 8 ; R2 = 28 ; R4 = 4 .
(C) R1 = 14 ; R2 = 28 ; R4 = 14 .
(D) R1 = 18 ; R2 = 20 ; R4 = 2 .
(E) R1 = 23,3 ; R2 = 20 ; R4 = 140 .

15. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -


2011) Um resistor elétrico foi submetido ao ensaio para obtenção de sua

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resistência, em corrente contínua. Os resultados estão apresentados no


gráfico ilustrado na figura.

Assinale a alternativa que apresenta a resistência elétrica desse resistor,


considerando apenas sua região linear de operação.

(A) 133 [m ]
(B) 1,33 [ ]
(C) 1,90 [ ]
(D) 13,3 [ ]
(E) 19,0 [ ]

16. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -


2011) Observe o que segue:

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Assinale a alternativa que apresenta corretamente a corrente fornecida pela


fonte.

(A) 10 [A]
(B) 5 [A]
(C) 500 [mA]
(D) 100 [mA]
(E) 50 [mA]

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17. (VUNESP – SP – SPTRANS – TÉC. MANUTENÇÃO ELÉTRICA -


2011) A fonte de tensão do circuito ilustrado na figura fornece 1000 [W]
de potência aos elementos passivos.

Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor


da resistência R do circuito.

(A) 0,67 [ ]
(B) 1,33 [ ]
(C) 3,33 [ ]
(D) 6,67 [ ]
(E) 8,33 [ ]

18. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2012) Um


aquecedor elétrico (A), uma torradeira (T) de 750 W e um grill (G) de 1.000
W são conectados em um circuito sob tensão de 120 V, como mostrado na
figura.

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Na figura, D representa um disjuntor que suporta até 25 A, sem desarmar.


A potência máxima consumida no aquecedor elétrico deve ser igual a

(A) 4 490 W.
(B) 490 W.
(C) 1 250 W.
(D) 125 W.
(E) 3 000 W.

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19. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE SOROCABA – ENGENHEIRO


ELETRICISTA – 2011) Um capacitor de placas planas equidistantes tem
uma área de 0,25 m2 e uma distância entre as placas de 2 mm e o material
entre as placas tem permitividade dielétrica 8 vezes à do ar. A área de– um
capacitor com o dobro da capacitância, que tem um material entre as placas
de permissividade dielétrica 4 vezes à do ar, é de

Dados: ar = 8,85 x 10-12F/m

(A) 1 m2.
(B) 1,5 m2.
(C) 2 m2.
(D) 2,5 m2.
(E) 3 m2.

20. (VUNESP – SP – PREFEITURA DE SOROCABA – ENGENHEIRO


ELETRICISTA – 2011) A seção nominal de um condutor cilíndrico de
alumínio com o mesmo comprimento e resistência de condutor de cobre,
em CC, com comprimento de 10 m e seção de 2,5 mm2, é

Dados:

Temperatura ambiente = 20oC


Resistividade do cobre = 1.7×10−8 .m a 20oC
Resistividade do alumínio = 2.8×10−8 .m a 20oC

(A) 2,7 mm2.


(B) 3,0 mm2.
(C) 3,5 mm2.
(D) 4,1 mm2.
(E) 5,0 mm2.

21. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Determinado liquidificador tem um selo do fabricante que informa: 127 V;
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400 W; 10 W, em que este último valor é referente à potência dissipada.


Assim, a energia elétrica que esse aparelho converte em energia mecânica
de movimento, em 2 min de funcionamento, em kWh, e a corrente elétrica,
aproximada, que o atravessa, em A, são, respectivamente

(A) 13 e 0,32.
(B) 1,3 e 0,32.
(C) 0,13 e 3,15.
(D) 0,013 e 3,15.
(E) 0,013 e 31,5.

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22. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013) Os


neurônios que constituem o sistema nervoso formam uma intrincada rede,
comparável, em certos aspectos, a um circuito elétrico. A rede nervosa é

formada pelos axônios e dendritos, que atuam como cabos de transmissão
de impulsos nervosos.

Cerca de 2.106 íons de Na+ penetram em uma célula nervosa excitada em


um intervalo de tempo de 10–3 s. Sabendo-se que a carga elementar é
1,6.10–19 C, a intensidade de corrente elétrica em ampère que passa pela
célula é

(A) 1,6.10–10
(B) 2,4.10–10
(C) 3,2.10–10
(D) 3,8.10–10
(E) 4,4.10–10

23. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013) Para


a associação de resistores dada, o resistor equivalente em , e a
intensidade de corrente elétrica em A, que passam pela bateria são,
respectivamente,
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(A) Re = 8, i = 1,2.
(B) Re = 10, i = 1,2.
(C) Re = 10, i = 1,0.
(D) Re = 11, i = 1,0.
(E) Re = 2,2, i = 1,7.

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24. (VUNESP – SP – SEED/SP – PROFESSOR DE FÍSICA – 2013)


Capacitor é um dispositivo de circuito elétrico que tem como função
armazenar cargas elétricas e consequente energia eletrostática. Podem ser
utilizados nos mais variados tipos de circuitos elétricos, por exemplo,– nas
máquinas fotográficas armazenando cargas para o flash.

No circuito da figura, o capacitor encontra-se carregado e os amperímetros


A1, A2 e o voltímetro são ideais. As indicações dos amperímetros em
ampère, do voltímetro em volts e a carga do capacitor em micro coulomb
são

(A) 2, 2, 8, 6.
(B) 2, 0, 8, 8.
(C) 1, 2, 4, 0.
(D) 1, 1, 4, 2.
(E) 1, 0, 4, 8.

9. Gabarito
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01. E 02. A 03. E 04. C 05. B


06. C 07. A 08. B 09. C
10. E 11. D 12. D 13. A 14. B
15. D 16. A 17. D
18. C 19. A 20. D 21. D
22. C 23. B 24. B

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10. Fórmulas mais utilizadas em eletricidade

Q  n.e K. Q1 . Q2 1 –
e  1, 6.10 19
C F  K
n  d2 4. . 0

1 Q1 . Q2
F 
4. . 0 d 2
F  E.q E 
K. Q
d2

K.Q
V E pot  qV
. E pot 
K.Q.q
  q.U
d d
Q
E.d  U C E  Pot.t
V
Q Área
custo  Energia  valor ( KWh) i  imédia 
t t
U U L
R i  
R U  Ri.
R
i A
1 1 1 1
R e q  R1  R2  ...  Rn R    ... 
R1 R2 Rn
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eq

R1 R2  
t
 
t
R eq  V  V0 1  e t 0 V
 i  0 .e t0
R1  R2  
  R

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Aula 08 – Eletrodinâmica (parte 2).

Q U
EP 
2

ou , usando Q  C U

 t
 Q2
 EP 
q(t )  CV0 1  e t0  Q  C U 2C
 
  ou
C U 2
EP 
2

1 1 1 1 C .C
   ...  Ceq  1 2 Ceq  C1  C2  ..  Cn
Ceq C1 C2 Cn C1  C2

A 
C  k
d 0

“Acredite em seus sonhos e pavimente o caminho para que ele se


realize”.
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